Buscar

Energia - Nutrição de Cães e Gatos - Notas de Aula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
1 
 
ENERGIA 
Flávia Maria de Oliveira Borges Saad 
Médica Veterinária, MSc., Doutora em Nutrição Animal 
Professora Associada da UFLA – Departamento de Zootecnia 
e-mail: borgesvet@dzo.ufla.br 
1.1. INTRODUÇÂO 
Para cães e gatos, o nível energético da dieta é uma das principais 
preocupações, visto que este é um dos principais reguladores do consumo 
voluntário. Sendo assim, todos os outros nutrientes devem estar balanceados de 
acordo com a densidade energética do alimento a ser fornecido. 
Pela importância dos níveis energéticos nas dietas para cães e gatos é de 
interesse conhecer alguns aspectos da energia, que não pode ser classificada como 
um nutriente, mas sim como uma entidade química, ou como uma propriedade na 
qual os nutrientes produzem energia quando oxidados pelo metabolismo. 
Todo ser vivo necessita de energia. As plantas a obtêm do sol, após a 
germinação. Antes disso, têm que retirá-la das reservas contidas nas sementes para 
poderem germinar. Durante todo o ciclo vegetativo, as plantas captam energia solar 
e, através da fotossíntese, armazenam essa energia em compostos químicos. Os 
animais, ingerindo as plantas, devem desdobrar esses compostos para obterem a 
energia que necessitam. Então, pode-se afirmar que, toda energia utilizada pelos 
seres vivos provém do sol (Nunes, 1995) 
Toda substância contendo carbono e hidrogênio pode ser oxidada fornecendo 
energia. No entanto, nem toda energia bruta fornecida pela oxidação das 
substâncias pode ser aproveitada pelos animais. Por exemplo: óleos minerais 
contêm uma quantidade considerável de energia, mas se fornecermos óleo mineral 
ao animal, nada será aproveitado, uma vez que não teremos os processos de 
absorção. Outras substâncias, mesmo se absorvidas, não poderão ser 
potencialmente aproveitadas, por não entrarem nos processos metabólicos normais 
do animal. 
Dentre os constituintes dos alimentos, os carboidratos, as gorduras, os óleos e 
as proteínas são os grandes fornecedores de energia para o organismo animal. 
1.1.1. Partição da Energia 
Existem várias formas de energia: solar, química, mecânica, elétrica, luminosa, 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
etc. Toda energia pode se interconverter em outra, mas esta transformação não se 
dá com 100% de eficiência, sendo que a única forma de obter 100% de eficiência é 
transformando qualquer forma energética em calor. 
A energia contida nos alimentos é química (ou potencial), ou seja, é a energia 
que une os átomos das moléculas orgânicas. Essa energia não pode ser medida 
diretamente, mas pode ser estimada a partir da oxidação completa dos alimentos, 
em aparelhos denominados calorímetros ou bomba calorimétrica. Nestes aparelhos, 
uma pequena amostra do alimento é colocada sobre uma resistência elétrica, num 
recipiente imerso de água, regulados de acordo que, tanto água, quanto amostra, 
estejam na mesma temperatura. Quando uma corrente elétrica percorre a 
resistência, a amostra é oxidada, desprendendo calor e aquecendo a água. A 
diferença de temperatura antes e depois da oxidação permite calcular quanto de 
energia desprendeu-se do alimento. (Nunes, 1995). 
A energia desprendida da queima total dos alimentos é denominada ENERGIA 
BRUTA (EB), pois não existe nenhuma indicação se o animal pode aproveitá-la, e 
quanto pode ser aproveitada. 
A seguir apresenta-se a partição esquemática da energia no organismo. 
 
 ENERGIA BRUTA 
 (-) Energia Fecal 
 ENERGIA DIGESTÍVEL 
 (-) Energia da urina 
 (-) Energia dos gases da digestão 
 ENERGIA METABOLIZÁVEL 
 (-) Incremento calórico 
 ENERGIA LÍQUIDA 
 (-) Energia de manutenção 
 ENERGIA PRODUTIVA 
 
Então: 
• ENERGIA BRUTA (EB) = Energia Química produzida pela oxidação total da 
substância. 
• ENERGIA DIGESTÍVEL (ED) = Energia Bruta dos alimentos - EB das fezes 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
 
ED = (EB do alimento x Quantidade de matéria seca ingerida) - (EB das 
fezes x quantidade de MS das fezes). 
As fezes são compostas pela porção não digerida e não absorvida do alimento, 
além de microorganismos e células de descamação, enzimas e muco do trato 
digestivo. Portanto, a EB da fezes refere a todos estes compostos e não só a EB 
não aproveitada dos alimentos. Isto mascara a verdadeira ED. Quando se consegue 
medir esta fração endógena (oriunda do animal e não do alimento) a ED é 
denominada de Energia Digestível Verdadeira. Caso não se consiga e 
denominada Energia Digestível Aparente. 
 
• ENERGIA METABOLIZÁVEL (EM) = ED - EB da urina e EB de gases 
produzidos no trato gastrintestinal e perdidos para o exterior. 
 
EM = EB dos alimentos - (EB das fezes + EB da urina + EB dos gases da 
digestão). 
 
Gases da digestão: Incluem os gases combustíveis produzidos no trato 
gastrintestinal e resultante das fermentações microbianas. A EB destes gases é 
medida por meio de calorímetros especiais, que recolhem e medem a quantidade 
excretada na respiração ou pelo ânus. Dentre os gases, pode-se citar o metano 
(CH4), produzido em grande quantidade pelos ruminantes. Nos cães e gatos a 
quantidade de metano é pequena, e normalmente é omitida nos cálculos para EM. 
Tanto a EB das fezes, quanto a da urina, contem uma fração endógena, que 
induz a subestimativa nos cálculos. 
 
• ENERGIA LÍQUIDA (EL) = EM - Energia do Incremento Calórico 
 
A EL é a energia efetivamente utilizada pelo organismo, e pode ser fracionada 
em energia para manutenção e energia para produção. 
Incremento calórico: Para ser digerido e metabolizado pelo organismo, o 
alimento necessita de uma certa quantidade de energia produzida pelo animal. A 
elevação de calor corporal, causada pela produção de energia, é denominada 
termogênese dietética. Como a termogênese é acompanhada por uma aceleração 
metabólica, ela não pode ser estimada separada do metabolismo basal. A este 
conjunto (termogênese dietética + metabolismo basal) dá-se o nome de incremento 
Calórico. O incremento calórico é dependente dos nutrientes ingeridos (proteínas 
levam a um maior incremento calórico e gorduras a um menor incremento calórico) e 
do tipo de produção do animal. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
 
• EL Manutenção = Energia para o metabolismo basal, para a atividade 
voluntária, para a termoregulação (manter o corpo frio ou quente). 
• EL Produtiva = Energia estocada no feto, anexos fetais, no sêmen, no 
crescimento (tecidos), ou no leite. Também considera-se a energia para 
trabalho (parte da qual e perdida como calor). 
 
A energia de um alimento, bem como as necessidades energéticas dos 
animais, são medidas em calorias. Em nutrição animal, a medida de aferição é a 
grande caloria ou quilocaloria (kcal), e significa a quantidade de calor necessária 
para elevar de 1ºC a massa de 1 kg de água na temperatura de 14,5ºC. 
Correspondente à quilocaloria temos a pequena caloria ou caloria (cal) e a 
megacaloria (Mcal) que definem a quantidade de calor necessária para elevar de 
14,5 à 15,5ºC as massas de 1 grama e 1 tonelada de água, respectivamente 
(Andriguetto et al., 1982). 
 
Unidades de medida: 
• Calorias por gramas (cal/ g) 
• Quilocalorias por gramas (kcal/ g) 
• Quilocalorias por quilograma (kcal / kg) 
• Megacalorias por quilograma (Mcal/kg) 
 
Joule (J) = 1,0 J = 0,239 cal ou 1,0 cal = 4,18 
J. 
 
As necessidades energéticas de cães são, geralmente, expressas em energia 
metabolizável, isto porque, sendo carnívoros, as perdas energéticas pela urina são 
muito importantes. Algumas empresas de alimentos para cães obtêm os valores de 
EM a partir de ensaios “in vivo”, entretanto, a grande maioria obtém estes valores 
através de fatores matemáticos e cálculos teóricosa partir da energia bruta ou por 
extrapolação de outras espécies. 
1.2. METABOLISMO BASAL E PESO METABÓLICO 
Toda energia utilizada pelo animal em jejum, descansado e em repouso é 
transformada em calor e liberada do organismo. Este processo determina o que 
chamamos de metabolismo basal. 
O metabolismo basal está relacionado com perdas de energia radiante através 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
da pele e, portanto, com superfície corporal. Esta, por sua vez, relaciona-se com 
peso vivo. 
A relação entre consumo de energia e peso corporal não aumenta linearmente 
com o aumento de peso, sendo que pequenos animais consomem, em porcentagem 
do peso vivo, muito mais que grandes animais (Ex: ratos consomem, para 
manutenção, cerca de 10% de seu peso vivo, enquanto que elefantes consomem 
apenas 0,5%). 
Em virtude de que a superfície do corpo do animal ser uma função do peso, 
Brody e colaboradores, em 1934, estabeleceram o cálculo da necessidade 
energética à partir da seguinte relação: 
 
Cal = a PVb; 
 
onde: 
Cal = Calorificação por 24 horas 
PV = Peso vivo 
a e b = Coeficientes para os quais Brody encontrou os valores de 70,5 para a e 
0,73 para b, válidos para animais com pesos entre 20 g e 600 kg. 
 
 
Y = 70,5 Kcal PV0,73 
 
 
Onde Y = kcal necessárias para a manutenção do metabolismo basal 
 
Posteriormente Kleiber estimou que, no lugar de 0,73 para o coeficiente b, o 
valor mais adequado era de 0,75. A equação para definir o gasto energético mínimo 
(metabolismo basal) foi corrigida para: 
 
Cal = 70,5 x PV 0,75 
 
e define o gasto energético mínimo dos processos autônomos do organismo, 
representados pelas reações endo e exotérmicas, ou seja, de um animal em estado 
de pós-absorção (jejum), em repouso e em ambiente termicamente neutro. 
 
 
PV0,75 = Peso metabólico 
(P0,75 equivale à raiz quarta do peso elevado ao cubo) 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
O uso do peso metabólico permite comparações entre animais de pesos e 
tamanhos diferentes e mesmo entre espécies diferentes. Embora baseado no 
dispêndio de energia, o peso metabólico é muito útil nas determinações das 
exigências nutricionais de todos os nutrientes. 
As necessidades energéticas dos cães dependem primariamente do tamanho e 
peso do animal, mas podem variar com as condições ambientais, a atividade e o 
estádio fisiológico, entre outros fatores. 
O sinal mais evidente de uma deficiência de energia é a perda de peso, 
enquanto que a obesidade é o resultado da ingestão calórica em excesso. 
1.3. NECESSIDADES ENERGÉTICAS DO CÃO 
A predição das necessidades energéticas dos cães varia com a idade, estádio 
fisiológico, atividade, condição corporal, temperatura, aclimatização, tipo de pelo 
(curto, longo), temperamento, etc. 
 
1.3.1. Necessidades Energéticas de Manutenção: 
O aporte energético para um animal adulto, com atividade física moderada, em 
temperatura de conforto (18 a 23oC) é, teoricamente, o dobro da necessidade 
energética basal, entretanto as determinações das necessidades energéticas de 
manutenção (NEM) são controversas, pois as equações não levam em conta as 
diferenças do metabolismo entre as raças de pesos semelhantes e entre indivíduos 
da mesma raça. 
Embora as NEM dependam primariamente do tamanho e peso do animal, 
podem variar com as condições ambientais, a atividade e o estádio fisiológico, entre 
outros fatores. 
A necessidade energética de mantença (NEM) é a energia necessária para 
suportar o equilíbrio energético (onde a energia metabolizável é igual à produção de 
calor), acima de um longo período de tempo (Blaxter, 1989, citado pelo NRC 2006). 
Dessa forma, a NEM pode variar com qualquer fator que afete a produção de calor. 
Isso inclui a energia exigida para termorregulação, atividade espontânea e exercício 
moderado. O termo NEM é, dessa forma, qualificado na discussão seguinte pelas 
discussões a que se refere. 
 
As considerações alométricas de peso metabólico são de primordial 
importância em cães, espécie em que animais maduros podem atingir de 1 a 90 kg 
ou mais. Do ponto de vista fisiológico, as necessidades energéticas de animais com 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
amplas diferenças de pesos não estão relacionados diretamente ao peso corpóreo, 
mas estão mais intimamente relacionada ao peso corpóreo elevado a alguma 
potência, Wb, onde W é igual ao peso em quilogramas e b é um expoente calculado 
a partir dados experimentais. Brody et al. (1934) encontraram que a produção de 
calor basal para a manutenção, em animais de sangue quente, varia de acordo com 
o tamanho como de ratos para elefantes, e poderia ser descrito pela expressão Y= 
70,5 x W 0,73, onde Y é igual a calorias para as 24 horas e W igual ao peso vivo em 
quilogramas. Antes de as calculadoras e os computadores estarem disponíveis, 
Kleiber (1961) sugeriu a equação Y= 70,0 x W 0,75, que não diferiria da de Brody, e 
seria muito mais simples de usar. 
 
Heusner (1982), citado pelo NRC (2006) demonstrou que o expoente de massa 
interespecífico na equação de Kleiber é um artefato estatístico. Ele sugeriu que o 
expoente teórico deveria ser 0,67 para predizer a relação intraespécie de energia 
para massa. Este expoente teórico descreve a relação entre massa e superfície 
corpórea em corpos que são geometricamente similares. No entanto, os cães têm 
diversas raças de diferentes tamanhos que não são geometricamente semelhantes. 
Assim, com o aumento do tamanho, os cães tornam-se relativamente mais altos na 
parte anterior nos ombros e mais estreitos no quadril. Os órgãos e várias vísceras 
incluindo o fígado e o TGI tornam-se menores com aumento do peso maturo, um 
fato que ocorre também entre espécies mesmo que não nas mesmas taxas. O 
volume sanguíneo e a massa do coração, mesmo a razão cardíaca, mudam com o 
tamanho do cão em taxas similares aquelas vistas na variedade das espécies. 
 
De acordo com o NRC (2006) todos esses achados sugerem que o expoente de 
massa interespecies da equação de Kleiber (0,75) pode ser mais adequado para 
descrever a relação massa e energia em cães do que o expoente de massa 
intraespécie proposto por Heusner (1982). 
 
Outros fatores que influenciam as exigências energéticas, tais como idade, pode não 
ser igualmente distribuídas entre os grupos de peso e então podem criar artefatos 
estatísticos para o expoente de massa ótimo. Rainbird e Kienzle (1990) ccitados 
pelo NRC (2006) consideraram somente cães de meia idade de raças sem conhecer 
a peculiaridades em exigências energéticas sob de manejo similares para calcular o 
expoente de massa e coloca-lo em uso com um valor que tem mais relação com 
expoente interespécies da equação de Brody. Dessa forma, a variação no expoente 
de massa não aumenta a acurácia da predição das exigências de energia para os 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
cães. O objetivo deve ser identificar ou mais claramente descrever fatores que 
afetam as exigências individuais, tais como raça, idade, manejo e suas interações. 
 
Um ponto muito importante que pode não ser influenciado pelo peso vivo, no 
entanto, e é afetado pela alimentação, raça, idade e atividade, é a porcentagem de 
massa magra. O tecido adiposo é metabolicamente menos ativo que a massa 
magra. Dessa forma, os cães com menor porcentagem de massa magra (por 
exemplo, sobrepeso em cães) têm requerimentos energéticos abaixo da média em 
relação ao seu peso vivo (PV). Beagles com peso normal (25% de gordura em 
relação ao PV) tem um gasto energético mensurado pelo método da água 
duplamente marcada foi de 130 +/- 6 kcal/kg PV 0,75. Os mesmos cães foram 
superalimentados por um período de tempo até que eles atingissem 38%, 
diminuindo seu gastoenergético para 107± 7 kcal/ kg PV 0,75. A exigência 
energética por unidade de peso de massa magra (157 kcal/ kg PV 0,75) não diferiu 
significativamente de acordo com a condição corporal. 
 
Muitos autores têm mensurado a TMB em cães utilizando calorímetros indiretos em 
cães (ver tabela 3). Os dados individuais de cães (Tabela 3) obtidos por vários 
autores dão uma TMB de 76±23 kcal/kg PV0,75. As aproximações interespécies de 
Kleiber estimam um mínimo de 70 kcal/kg PV0,75 para o metabolismo basal mas os 
valores individuais variaram de 48 a 114 kcal/kg PV0,75. 
 
2.1.2.1. Adulto em manutenção 
 
Segundo o NRC (2006) de um número relativamente pequeno de observações 
baseados parcialmente nos cálculos de Arnold e Elvehjem (1939) da equação de 
predição de Brody et al. (1934), o National Research Council (1974) sugeriu a 
equação de 132 x PV 0,75 para calcular as necessidades energéticas de cães em 
manutenção. No entanto, ela tem sido bastante questionada. Isto porque valores 
mais baixos foram relatados em estudos por calorimetria direta e indireta . No 
entanto, o no NRC (2006) é relatado que de um grande número de dados 
relativamente novos (Rainbird e Kienzle, 1990; Kienzle e Rainbird, 1991; Finke, 
1991,1994; Ballevre et al., 1994; Tabela 4) demonstram que a equação 132 x PV 0,75 
é válida para animais mais jovens alojados em canis. O ponto, no entanto, é que há 
uma considerável variação individual, mesmo para animais mantidos sob as 
mesmas condições. Noventa e cinco por cento de indivíduos dentro da população 
estão dentro da variação média da curva de distribuição normal. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
 
Tabela 1 - Taxa metabólica basal em cães 
 
 
Tabela 2 - Exigências energéticas de manutenção de cães com relação à raça, 
idade, manejo e atividade. 
 
Animais Sexo
a
PV (kg) n Média±2DP Amplitude Fonte
Cães M 5 - 26 8 89 ± 24 78-114
Cães MF 10 - 15 7 71 ± 9 63-78
Cães MF 12 - 17 4 85 ± 27 76-105
Cães F 9 -16 11 71 ± 12 60-82
Cães M 9 -27 6 67 ± 14 59-77
Cães MF 10 -18 13 85 ± 22 72-106
Bull terriers MF 20 - 27 11 81 ± 4 78-83
Cães M 3 - 28 31 70 ± 22 48-88
Cães F 8 - 10 3 70 ± 20 58-77
Mogrels ND 18 ± 3 5 54 ± 9
Tabela 3.3 - Taxa metabólica basal em cães
TMB diária (kcal EM/kg PV 0,75)
Rubner b
Kunde b
Boothby e Sandiford b
Lusk e Duboisb b
Steinhaus b
Kitchen, 1924
NOTA: DP = Desvio Padrão
a M = Macho, F = Fêmea, ND = Não disponível
b Citado por Kunde e Steinhaus (1926)
DeBeer e Hjoor, 1938
Galvão, 1947
Hammel et al, 1958
Leblanc e Diamond, 1986
n Referência
Patil e Bisby, 2001
28 Wichert et al., 1999
9 Burguer, 1994
6 Finke, 1991
14 Rainbird e Kienzle, 1990
48 Connor et al., 2000
26 Rainbird e Kienzle, 1990
11 Taylor et al., 1995
5 Finke, 1994
8 Finke, 1994
6 Finke, 1991
86 Rainbird e Kienzle, 1990
28 Burguer, 1994
12 Taylor et al., 1995
5 Finke, 1991
Patil e Bisby, 2001
Patil e Bisby, 2001
Patil e Bisby, 2001
69 Rainbird e Kienzle, 1990
6 Finke, 1994
10 Burguer, 1994
Patil e Bisby, 2001
7 Zentek e Meyer, 1992
7 Zentek e Meyer, 1992
a95% da população estão dentro desta faixa
Média ± 2 Dpa
EM (Kcal EM/Kg PV0,75)
Labradores Idosos, Cães Experimentais (9)
Labradores Idosos, Cães Experimentais (>7)
Cães de Companhia
Raça, Idade (anos), Manejo, Atividade
Cachorros de Companhia, Raças Grandes
Cachorros de Companhia
Border Collies de Companhia , inativos
Terra Nova de meia Idade, Cães experimentais (3 - 7)
Cães experimentais Idosos de várias Raças (>8)
Beagles Idosos, Cães experimentais (>10)
Beagles de meia Idade, Cães Experimentais (3 - 10)
Beagles de meia Idade, Cães Experimentais (4)
Cães de meia Idade, Cães Experimentais (3 - 7)
Border Collies de Companhia , moderadamente ativos
Cães Jovens de várias Raças, Cães Experimentais (<6)
Huskies Jovens à Meia Idade, Cães Experimentais (1 - 7)
Beagles Experimentais
Cães de Companhia de Médio Porte em diferentes locais
Labradores Experimentais
Cães Jovens Experimentais (1 - 2)
Beagles Experimentais (1 - 2)
Border Collies de Companhia altamente ativos
Terriers Experimentais
Dog Alemães, Canil, Verão
Dog Alemães, Canil, Inverno
TABELA 3 - 4 Exigências Energéticas de Manutenção para Cães em relação à Raça, Idade, Manejo e Atividade
94 ± 50
95 ± 40
97 ± 82
103 ± 22
104 ± 32
105 (60-200)
106 ± 26
107 ± 14
110 ± 26
114 ± 16
117 ± 18
124 ± 42
124 ± 88
129 ± 10
132 ± 20
132 ± 40
133 ± 52
138 ± 32
139 ± 42
 ~250
144 ± 28
175 ± 170
183 ± 48
 ~200
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
 
1.3.1.1. Variações das necessidades energéticas do cão 
As variações nas necessidades energéticas dos cães ocorrem em função dos 
diferentes fatores externos ou ligados ao próprio animal. 
1.3.1.1.1. Estádio fisiológico 
Animais em crescimento e fêmeas em lactação apresentam uma maior 
demanda energética que animais adultos em manutenção. 
Os animais em crescimento têm demandas energéticas distintas. O 
crescimento representa uma variação de peso contínuo. Portanto, não se pode 
considerar um animal em crescimento como, em um dado momento, estando em 
manutenção, pois a cobertura de suas necessidades energéticas deve atender a 
manutenção mais o aumento de peso pretendido na continuidade, que é constante, 
observando uma curva sigmóide própria de cada raça. Igualmente, o crescimento 
dos diferentes tecidos não ocorre com a mesma rapidez, podendo-se considerar que 
o crescimento dos músculos e do esqueleto representam cerca de 48 vezes para os 
primeiros e apenas cerca da metade desta proporção para o último, desde o 
nascimento até a maturidade. Ao se observar uma curva de crescimento, nota-se a 
existência de dois segmentos, o primeiro, crescente, vai do nascimento até a 
puberdade enquanto que o segundo, decrescente, vai da puberdade ao estado 
adulto. As curvas de crescimento próprias de cada raça são tomadas como padrões 
para compará-las com o atendimento das necessidades nutricionais. 
Nos estágios iniciais de crescimento, da desmama até três meses de idade, as 
necessidades calóricas são o dobro das necessidades de manutenção. Nos estágios 
finais de crescimento a necessidade energética vai diminuindo, até atingir os níveis 
necessários para a manutenção do animal adulto. Entretanto este decréscimo não é 
semelhante para todas as raças. Raças pequenas atingem a necessidade de 
manutenção mais precocemente que raças grandes. 
Fêmeas em gestação não apresentam um aumento das necessidades 
energéticas, a não ser nas últimas três semanas de gestação. Já na lactação as 
necessidades energéticas são bastante elevadas em função da produção de leite. 
Esta produção, por sua vez, é dependente do número de crias. 
Para a produção de leite, conhecendo-se a composição média do mesmo, é 
fácil deduzir-se o gasto energético para a produção de um quilograma do produto. 
Multiplicando os constituintes do leite pelos seus correspondentes calóricos brutos 
(ex: gordura x 9,4 etc), teremos a energia perdida através do mesmo. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
Evidentemente, além da energia perdida para cada kg de leite (energia líquida leite), 
existe um gasto energético para produção de 1 kg do produto. Forbes e Kriss 
calcularam que o gasto energético para a produção de leite, em energia 
metabolizável, é 1,67 vezes o gasto energético próprio do leite produzido. 
Se a cadela apresenta um grande número de filhotes (acima de oito), suas 
necessidades energéticas para a produção de leite, principalmente a partir da 
terceira semana de lactação, excede sua capacidade de consumo. Neste caso a 
cadela mobiliza suas reservas corporais, com uma significativa perda de peso. 
Animais obesos apresentam uma necessidade de manutenção menor que 
aquelas de animais magros com pesos semelhantes. A diminuição desta 
necessidade tem relação com uma diminuição da atividade voluntária. 
Cães e gatosgeriátricos apresentam uma necessidade calórica para 
manutenção cerda de 10 a 20% menor que aquelas de animais adultos jovens com 
pesos semelhantes. A não redução do aporte energético nesta fase freqüentemente 
leve a obesidade. 
1.3.1.1.2. Grau de atividade 
Animais atletas e animais que realizam tarefas de guarda e pastoreio tem 
maiores necessidades energéticas. Estas necessidades estão em função do tipo de 
atividade exercida pelo cão. 
1.3.1.1.3. Raças 
Algumas raças apresentam uma maior atividade voluntária, com 
comportamento mais agitado e sangüíneo, necessitando, conseqüentemente, de um 
maior aporte energético. Raças como o Labrador, Cocker Spaniel, Basset Hound, 
Dachshund, Beagles e Shetland Sheepdog, apresentam tendência a obesidade e 
devem ter o aporte energético restrito a 90% das necessidades preconizadas pela 
fórmula de Heusner. De qualquer modo, as necessidades devem ser consideradas 
avaliando-se não só a raça como também um conjunto de fatores externos; 
exercícios, espaço para locomoção, temperatura ambiente, entre outros. 
1.3.1.1.4. Temperatura ambiente 
Existe uma zona termoneutra para cães e gatos, que se encontra entre 17 e 23 
oC. Uma diminuição da temperatura eleva as necessidades de produção de calor 
para aquecer o corpo, elevando, conseqüentemente, as necessidades energéticas 
para a manutenção. O nível de incremento destas necessidades dependerá da 
queda de temperatura. Até 15 oC as necessidades não se alteram, entretanto uma 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
queda a 8 oC eleva as necessidades em 25%. O tipo de pelagem do animal e seu 
estado corporal também influencia neste incremento. Animais com pelo longo 
apresentam uma menor necessidade energética nos períodos mais frios que 
aqueles com pelos curtos. Raças que apresentam uma maior deposição de gordura 
corporal, como o São Bernardo, também apresentam necessidades energéticas 
menores durante o período de inverno 
 
TABELA 3. Necessidades energéticas diárias baseados no estádio fisiológico, 
temperatura e grau de atividade de cães. 
 
METABOLISMO BASAL (MB) 30 x PV + 70 = Kcal/dia 
70 x PV0,75 = Kcal/dia 
 
MANUTENÇÃO (M) 
 
 
2 x MB = Kcal/dia 
144 + 62 x PV = Kcal/dia 
100 PV0,88= Kcal/dia 
159 PV0,67= Kcal/dia 
TRABALHO 
1 hora /dia (Leve) 
1 dia (Leve) 
1 dia (Pesado) 
 
1,1 x M 
1,5 x M 
2,0 - 4,0 x M 
GESTAÇÃO 
 
1as 6 semanas = 1,0 x M 
Últimas 3 semanas = 1,3 x M 
LACTAÇÃO 
1ª Semana 
2ª Semana 
3ª Semana 
4ª semana 
> 4ª Semana 
 
1,5 x M 
2,0 x M 
3,0 x M 
4,0 x M 
(1,0 + [0,25 x (número de crias)]) x (M) 
CRESCIMENTO 
Desmame até 3 meses 
3 - 6 meses 
6 - 12 meses 
3 - 9 meses (Gigantes) 
9 - 24 meses (Gigantes) 
 
2,0 x M 
1,6 x M 
1,2 x M 
1,6 x M 
1,2 x M 
AMBIENTE 
Frio (Vento, 8,5 ºC) 
(Vento, <0 ºC) 
Calor 
 
1,25 x M 
1,75 x M 
até 2,5 x MB 
ENFERMIDADES 
Repouso em gaiola 
 
1,25 x MB 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
Pós-cirúrgico 
Traumatismo 
Câncer 
Septicemia 
Queimaduras 
1,25 - 1,35 x MB 
1,35 - 1,50 x MB 
1,35 - 1,50 x MB 
1,50 - 1,70 x MB 
1,70 - 2,50 x MB 
Adaptada de López (1997). 
 
1.4. NECESSIDADES ENERGÉTICAS DO GATO 
 
O peso de um gato doméstico adulto (Felis catus) varia de menos de 2 a mais que 7 
Kg. Os expoentes de massa sugeridos para o cálculo do peso metabólico dos gatos 
domésticos variam de 0,4 a 1 sendo este último mais utilizado por razões práticas, já 
que os pesos dos gatos não diferem muito entre si. Desta forma, uma relação linear 
entre peso vivo e as exigências energéticas podem levar a uma insignificante 
superestimação das exigências nos gatos mais pesados. No entanto, Earle e Smith 
(1991) citados pelo NRC (2006) mostraram uma superestimação maior das 
exigências energéticas calculadas com base no peso vivo expoente 1 nos gatos 
mais pesados e sugeriram um expoente de massa de 0,404 baseados em 62 
observações da ingestão de energia digestiva. Esta diferença não é um modelo 
espécie específica do gato, mas simplesmente devido aos gatos pesados serem 
mais gordos. 
 
A relação entre o gasto energético (monitoramento da perda gasosa) e peso 
corpóreo foi melhor descrito por um expoente de 0,65. O coeficiente alométrico para 
massa corpórea magra e gasto energético total foi 0,89. Estes resultados concordam 
com o expoente de massa proposto por Brody et al. (1934) para exigência 
energética interespécie e Heusner (1991) para intraespécie. Os resultados obtidos 
por Nguyen et al. (2001) e a relativa uniformidade da forma do corpo de diferentes 
tamanhos de gatos justificam a utilização de um coeficiente alométrico intraespécie 
de 0,67. (NRC, 2006) 
 
Para felídeos maiores tais como leões e tigres, não é claro se o expoente de massa 
intra ou interespecífico (0,67 ou 0,75) deve ser utilizado. McNab (1989) relatou uma 
taxa metabólica de 59 Kcal/Kg de PV0,79 diária para sete espécies de gatos não 
domésticos variando em tamanho de 4 a 138 Kg, mas uma grande variabilidade foi 
observada entre as espécies. (NRC, 2006) 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
2.1.3.1. Adulto em manutenção 
 
Dados na literatura são em sua maioria baseados no peso vivo e não no peso 
metabólico. As quantidades sugeridas variam de 31 a 100 Kcal/Kg de PV (tabela 6). 
Pode haver várias explicações para esta grande variação. Um importante ponto é a 
avaliação energética usada nesses estudos. O uso dos fatores de Atwater para 
alimentos processados pode levar a uma superestimação na energia metabolizável. 
O aumento do conhecimento do bem estar animal tem melhorado as condições 
gerais de vida dos gatos de experimento e pode então ter reduzido o estresse. O 
entendimento das necessidades nutricionais dos gatos melhorou nos últimos 30 
anos e dessa forma há poucas deficiências subclínicas em animais experimentais. 
No entanto a palatabilidade dos alimentos comerciais melhorou consideravelmente 
nas últimas décadas o que levou a um aumento de sobrepeso nesses animais. 
(NRC, 2006) 
 
No entanto, mesmo se somente os dados mais novos são comparados e ajustes são 
feitos para as possíveis diferenças entre os métodos empregados (tais como 
confinamento durante a mensuração das perdas gasosas), a variação na exigência 
energética estimada ainda é alta. As razões para isto são obscuras. Enquanto nos 
cães, fatores como nível de atividade, raça ou idade têm efeitos claros sobre as 
exigências esses efeitos são menos óbvios em gatos. No entanto, há uma tendência 
a exigências mais altas em machos adultos jovens em todos os gatos com pesos 
consideravelmente menores que 4 Kg assumindo-se que esses gatos tenham mais 
massa magra e que pelo menos alguns dos gatos mais pesados estão com 
sobrepeso. Isso sugere que a massa magra pode desempenhar um importante 
papel. Além disso, as exigências são expressas com base no peso vivo o que 
melhora o efeito do sobrepeso nas exigências energéticas. (NRC, 2006) 
 
O efeito da castração é controverso. Alguns autores observam diminuição das 
exigências, mas outros não (tabela 6). A castração pode diminuir a porcentagem de 
massa magra e este efeito indireto pode ser em parte responsável pelas mudanças 
no metabolismo de energia (Laeuger, 2001). Martin et al. (2001) demonstraram 
maior gasto energético em gatos castrados por Kg de peso vivo. No entanto o gasto 
por Kg de massa magra não diferiu em relação aos gatos inteiros. Dependendo da 
dieta, tempo após a castração, e atividade física o efeito sobre a massa magra e 
dessa forma indiretamente nas exigências energéticas podem ser mais ou menos 
marcantes. Por outro lado, Hoenig e Ferguson (2002) observaram mudanças nas 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
concentrações hormonais e exigências energéticas em gatos que foram alimentados 
paramanter seus pesos após a castração. (NRC, 2006) 
 
 
1.5. FATORES PARA A ESTIMATIVA DA ENERGIA DOS ALIMENTOS 
Os valores de energia metabolizável dos alimentos são obtidos, nas várias 
espécies animais, a partir de ensaios “in vivo” ou fatores matemáticos e cálculos 
teóricos, tendo como base a energia bruta dos alimentos Os valores de energia 
metabolizável (EM), para a maioria dos ingredientes individuais, não foram 
determinados para cães. As tabelas de nutrição (National Reserch Council - NRC, 
1985) não fornecem os valores de energia digestível (ED) e nem de EM dos diversos 
ingredientes. Por essa razão, aproximações do conteúdo de EM pode ser estimado. 
Uma forma de obter a energia bruta dos alimentos seria através de cálculos, 
baseado na energia de cada nutriente. 
Energia bruta dos nutrientes: 
• Proteína = 5,65 Kcal/ grama 
• Gorduras e óleos = 9,40 kcal/g 
• Carboidratos = 4,15 
 
Então: 
EB = (PB x 5,65) + (EE x 9,40) + (FB x 4,15) + (ENN x 4,15) 
 
 
Segundo Silva et al (2000), um método recomendado para o cálculo está 
baseado na admissão da digestibilidade aparente de 80% para proteína, 90% para 
extrato etéreo e 85% para extrato não-nitrogenado (ENN). Os coeficientes de 
digestão resultantes são, então, multiplicados pelos valores de energia bruta de 4,40 
(5,65 - 1,25*); 9,40 e 4,15 Kcal para proteína, extrato etéreo e extrato não-
nitrogenado, respectivamente. Admite-se que a EM não foi derivada da fibra bruta. 
Os valores resultantes de 3,50; 8,46 e 3,50 Kcal são estimativas razoáveis da EM 
disponível para os cães provenientes da proteína, gordura e carboidrato (ENN) de 
ingredientes de alimentos comumente utilizados na fabricação dos alimentos para 
cães (NRC, 1985). Entretanto, os valores médios da digestibilidade aparente da 
proteína, extrato etéreo e extrato não-nitrogenado devem ser usados com cautela, 
pois podem subestimar o valor da EM em alimentos que contenham pouca fibra ou 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
pouco tecido conectivo e subprodutos de origem animal, ou, superestimá-lo em 
alimentos derivados de plantas e cereais que contenham elevado conteúdo de fibra 
(NRC, 1985). 
 
 
TABELA 4. Equações para cálculo da Energia Metabolizável (Kcal/gr). 
EM = a% PB + b% EE + c% ENN 
Coeficientes a b c 
Atwater 4 9 4 
NRC 85 3,5 8,5 3,5 
 
Onde: 
PB = Proteína Bruta. 
EE = Extrato etéreo. 
ENN = Extrativo não Nitrogenado (representa os carboidratos solúveis da 
dieta). 
 
Os coeficientes de Atwater são muito utilizados na dietética humana e podem 
ser precisos para alimentos de alta digestibilidade, entretanto, para alimentos com 
baixa digestibilidade pode ocorrer uma superestimativa do valor energético do 
mesmo Já a equação recomendada pelo NRC (1985) pode subestimar a energia de 
alimentos com alta digestibilidade. A sub e a superestimativa de alimentos para cães 
pode acarretar transtornos nutricionais. Uma subestimativa energética de um dado 
alimento pode acarretar em obesidade, enquanto que a superestimativa pode ser 
deletéria em períodos de maior demanda energética, como os estágios iniciais de 
crescimento e na lactação. 
Um outro ponto não levado em consideração nas fórmulas para as avaliações 
energéticas dos alimentos é a fibra. Normalmente considerá-se que a fibra não 
contribuiu energeticamente no alimento e não são consideradas as diferenças entre 
as fibras fermentáveis e não fermentáveis, entretanto sabe-se que as fibras 
fermentáveis podem contribuir, de modo significante, para aumentar a energia 
metabolizável. 
Outras fórmulas são sugeridas baseado nos coeficientes médios de 
digestibilidade dos vários nutrientes para cães e gatos. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 5. Cálculo da energia digestível de alimentos para cães e gatos. 
Nutriente (g/ kg) EB -Kcal/ g CD (1) Cães CD(1) Gatos Fator Cães Fator 
Gatos 
Carboidratos (CHO) 4,15 84,3 80,0 3,50 3,50 
Gorduras (EE) 9,40 90,4 90,4 8,50 8,50 
Proteína bruta (PB) 5,65 79,5 73,1 4,50 4,13 
(1) Coeficientes de digestibilidade - Valores médios recomendados pela AAFCO (1993). 
Fonte: López (1997). 
 
E.Dc = (CHO x 3,50) + (E.E. x 8,50) + (PB x 4,50) 
E.Df = (CHO x 3,50) + (E.E. x 8,50) + (PB. x 4,13) 
TABELA 6. Cálculo da energia metabolizável de alimentos para cães e gatos. 
Nutriente g/ kg ED corrigida (1) 
Kcal/ g 
CD(2) cães CD (2) gatos Fator 
cães 
Fator 
gatos 
Carboidratos (CHO) 4,15 84,3 84,3 3,50 3,50 
Gorduras (EE) 9,40 90,4 90,4 8,50 8,50 
Proteína bruta (PB)- cães 4,40 79,5 3,50 
Proteína bruta (PB)- gatos 4,79 73,1 3,50 
(1) Energia urinária= -1,25 kcal/ g PB. (cães) / - 0,86 kcal/ g PB. (gatos) 
(2) Valores médios recomendados pela AAFCO (1993). 
Fonte: López (1997) 
 
E.Mc = (CHO x 3,50) + (EE x 8,50) + (PB x 3,50) 
E.Mg = (CHO x 3,50) + (EE x 8,500 + (PB x 3,50) 
 
Outras fórmulas para estimar energia metabolizável dos alimentos para cães: 
EMc= E.D. – (1,25 x P.D).(g) (AAFCO, 1994) 
EMc= (CHOD x 4,15) + (EED x 9,40) + (PD x 4,40) (AAFCO, 1993) 
EMc = EB x 0,80 (superestima os alimentos ricos em fibra). 
EMc = (0,99 x EB) - 126 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
Lipídeos: EM = 3,075 + (0,066 x EE) (Só é válido na base seca). 
Para felinos várias fórmulas são sugeridas para a estimativa do conteúdo 
energético dos alimentos: 
EMf= ED – (0,90 x PD) (Rações secas, NRC,- 1986) 
EMf= (CHOD x 4,15) + (EED x 9,40) + (PD x 4,79) (AAFCO, 1993) 
EMf= EB x 0,99 - 1,26 (Rações secas, NRC, 1986) 
EMf= (CHO x 3,00) + (EE x 7,70) + (PC x 3,90) - 0,05 (NRC, 1986) 
 
MODELO SIMPLIFICADO PARA A ESTIMATIVA DO VALOR ENERGÉTICO DE 
ALIMENTOS PARA GATOS 
 * o conteúdo energético médio dos nutrientes é 5,62 kcal por g de proteína bruta, 8,5 kcal 
por gramo de gordura e 4,3 kcal por grama de carboidrato: 
 EB (kcal) = 5,62 x PB + 9,4 x EE + 4,3 x ENN (extrativos não nitrogenados ou 
carboidratos solúveis) + 4,3 x FB 
 * a digestibilidade média da PB é de 75%, a do EE é de 85%, a dos ENN é de 75% e a 
da fibra é desprezível: 
 ED (kcal) = 5,62 x 0.75 x PB + 9,4 x 0.85 x EE + 4,3 x 0.75 x ENN = 
 = 4,21 x PB + 8,0x EE + 3,22 x ENN 
 * Referente ao cálculo da EM que aporta a ração assumem-se as seguintes hipóteses: 
- 45% dos aminoácidos absorvidos de rações secas se desaminam (o custo médio da 
desaminação e excreção de uréia é de 2,8 kcal por g de aminoácido desaminado) e 
55% dos aminoácidos absorvidos se incorporam as proteínas: 
- EM aportada pelos aminoácidos = (5,62-2,8) x 0,45 x 0,75 x PB + 5,62 x 0,.55 x 0,75 
x PB = 3,25 x PB 
- - no caso de rações úmidas, se desaminam em média 55% dos aminoácidos 
absorvidos: 
- EM aportada pelos aminoácidos = 3,0 x PB 
- a energia procedente da fermentação da fibra no intestino grosso é desprezível, 
portanto: 
- rações secas: EM (kcal) = 3,25 x PB + 8,0 x EE + 3,2 x ENN 
 rações úmidas: EM (kcal) = 3,0 x PB + 8,0 x EE + 3,2 x ENN 
 * A União Européia (UE) estabeleceu uma fórmula para o cálculo da EM que aportam as 
rações secas de gatos: 
EM (kcal) = 3,5 x PB + 8,5 x EE + 3,5 x ENN 
 
EXEMPLO 
 Uma ração seca de gatos que contém 9% de umidade, 6% de cinzas, 30% de PB, 15% 
de EE e 3% de FB terá o seguinte valor nutritivo. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
 
 EB = 5,62 x 300 + 39,4x 150 + 4,2 x (ENN = 100 – 9,0 – 6,0 – 30,0 – 15,0 –3,0 = 37) = 
4,78 Mcal EB/kg 
 EM = 3,25 x 300 + 8,0 x 150 + 3,2 x 370 = 3,35 Mcal EM/kg 
 EM = 3,5 x 300 + 8,5 x 150 + 3,5 x 370 = 3,62 Mcal EM/kg 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
Dependendo da fórmula utilizada em alimentos para gatos, variações de mais 
de 20 % nos resultados . O recomendado é subdividir os alimentos em diferentestipos (alimento seco, semi-úmido e úmido) com uma equação específica para cada 
tipo. 
TABELA 7. Energia metabolizável e tipo de alimento. 
Alimento umidade (%) Energia metabolizável 
Seco <14 EM = 0,99 (PB x 5,65 + EE x 9,4 + ENN x 4,15) 126 
Semi-úmido 15 a 59 EM = PB x 3,7 + EE x 8,8 + ENN x 3,0 
Úmido > 60% EM = PB x 3,9 + EE x 7,7 + ENN x 3,0 
PB – proteína bruta; EE – extrato etéreo e ENN –extrativo não nitrogenado (carboidratos não 
estruturais). 
Fonte: (FEDIAF 1991) apud López (1997). 
 
Essas estimativas do conteúdo de EM dos vários ingredientes estão sujeitas a 
crítica, visto que consideram iguais os valores de digestibilidade da proteína, extrato 
etéreo e extrato não-nitrogenado para todos os alimentos. Nesse sentido, a 
avaliação da digestibilidade "in vivo" de cada ingrediente que compõe uma ração é 
mais precisa e adequada para a formulação de rações para pequenos animais. 
Sendo assim, Silva et al (2000) apresenta o valor da energia digestível e os valores 
dos coeficientes de digestibilidade da energia, proteína e matéria seca do milho pré-
cozido para a espécie canina, determinados in vivo. 
TABELA 8. Valores de energia digestível (ED), coeficientes de digestibilidade 
(CD) da energia, proteína e matéria seca (EB, PB e MS) do milho 
pré-cozido para cães. 
ANIMAL ED (Kcal/Kg) CD da EB (%) CD da PB (%) CD da MS (%) 
1 3578,7 93,83 80,24 94,62 
2 3509,0 92,75 74,94 94,33 
3 3501,0 92,56 79,25 94,06 
4 3504,0 92,62 79,40 94,20 
Média 3523 ± 37,3 92,94 78,45 94,30 
Fonte: Silva et al (2000). 
 
Segundo os autores do experimento, a metodologia utilizada para a 
determinação da energia digestível do milho em cães proporcionou resultados 
coerentes e similares entre as repetições, e o coeficiente médio de digestibilidade da 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
energia obtido (92,94%) para o milho pré-cozido foi próximo aos valores 
determinados, respectivamente, por FAHEY et al. (1990a e b) e MUIR et al. (1996), 
para a digestibilidade da energia bruta da ração controle, utilizada naqueles 
trabalhos com cães, que correspondem a 93,3; 91,8 e 91,1%. Já o valor médio do 
coeficiente de digestibilidade da proteína bruta (78,45%) foi próximo daqueles 
referenciados pelo NRC (1985), de 80%, e por KENDALL et al. (1982), de 81%, 
obtido com rações comerciais para cães. 
TABELA 9. Distribuição energética a partir dos nutrientes para cães em vários 
estádios fisiológicos. 
 PROTEÍNA GORDURA CARBOIDRATOS 
Crescimento 27% 41% 32% 
Adultos 26% 38% 36% 
Trabalho 32% 56% 12% 
Fonte: Richard (1996). 
TABELA 10. Distribuição energética a partir dos nutrientes para gatos em 
vários estádios fisiológicos. 
 PROTEÍNA GORDURA CARBOIDRATOS 
Recém-nascidos 42,1% 29,2% 28,8% 
5 Semanas 47,2% 27,5% 25,3% 
10 Semanas 50,0% 26,1% 23,9% 
20 Semanas 51,9% 30,0% 18,1% 
6 meses 51,3% 33,3% 15,4% 
1 a 10 anos 52,0% 35,9% 12,1% 
15 anos 44,0% 42,0% 14,0% 
20 anos 43,3% 41,5% 15,2% 
Gestação 45,7% 31,8% 22,5% 
Aleitamento 44,9% 31,1% 24,0% 
Fonte: http://www.benshemesh.com/nutricao.htm 
 
1.6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
ANDRIGUETTO, J.M.; PERLY, L.; MINARDI, I.; GEMAEL, A. et al. Avaliação do 
valor energético dos alimentos. In: Nutrição Animal, 257 - 267 (I), São Paulo, 
Nobel, 1982, 389p., 1982. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
ASSOCIATION of American Feed Control Officials Incorporated. Official Publication. 
Atlanta, 1994. 
 
ATWATER, W.D. Principles of Nutrition and Nutritional Value of Foods. USDA Bulletin 
162. US Government Printing Office. Washington, D.C. 1910. 
BORGES, F. M. O., NUNES, I. J. Nutrição e Manejo Alimentar de Cães na Saúde e 
na Doença. Cadernos Técnicos da Escola de Veterinária da UFMG, EV-UFMG, 
Belo Horizonte N.1 1998, 103p. 
BURGER, I. H. The Waltham Book of Companion Animal Nutrition. Pergamon Press, 
1 ed. Oxford, 136p, 1993. 
CASE, L.P.;CAREY, D.P.; HIRAKAWA, D.A. Nutrição canina e felina: manual para 
profissionais. Espanha: Harcourt Brace, p.410, 1998. 
CHURCH, D.C. & PONG, W. P., Fundamentos de Nutrición y Alimentación de los 
Animales, 1987. 
EDNEY, A.T.B. El libro Waltham de Nutrición de perros y gatos. Acríbia, 2ed, 
Zaragoza, 164 p, 1988. 
FEDIAF (Fédération Européenne de I’Indrustrie des Aliments pour Animaux 
Familiers), Guideline for Complete Pet Food for Cats and Dogs. 1991. 
HEUSNER A A. Energy metabolism and body size. I. Is the mass exponent of 
Kleiber’s equation a statistical artifact? Resp. Physiol. v. 48. 1982. 
KENDALL P.T. BURGER I.H. SMITH P.M. Methods of Estimation of the 
metabolizable Energy Content of Cat Foods. Feline Practice, v.15, n 2, p.38-44. 
1985. 
LÓPEZ, A.V. Nutrición en pediatría. I Seminario Internacional Pediatria Y Geriatria 
En Pequeñas espécies (1997), 
www.veterinaria.uchile.cl/departamentos/Produccion/ 
Archivos_de%20Cursos/Carnivoros/se.doc 
MACDONALD ML, ROGERS Q.R, MORRIS J.G. Nutrition of the Domestic Cat, a 
Mammaliam Carnivore. Annual Rev Nutr, v.4, p.521, 1984. 
MAYNARD, L. A., LOOSLI, J. K. Nutrição Animal. 2 ed. São Paulo: Freitas Bastos, 
1974. 550 p. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141 
 
 
NOBLET, J.; PEREZ, J.M. Prediction of digestibility of nutrients and energy values of 
pig diets from chemical analysis. J. Anim. Sci., v.71, p.3389 – 3398, 1992. 
NUNES, I. J. Nutrição Animal Básica, FEP – MVZ Editora, Belo Horizonte, 2 ed., 
388p. 1998. 
NUTRIÇÃO dos gatos - http://www.benshemesh.com/nutricao.htm (sem data). 
NUTRIENT requirements of Cats, National Research Council, National Academy of 
Sciences, Washington DC, 1986. 
NUTRIENT requirements of dogs. National Research Council, National Academy of 
Sciences, Washington DC, 1974. 
NUTRIENT requirements of dogs. National Research Council, National Academy of 
Sciences, Washington DC, 1985. 
NRC, Nutrient Requeriments of Dog and Cats, National Research Council of the 
National Academies, Washington DC, 2006, 398 p 
RICHARD C. N. CONGRESSO BRASILEIRO ANCLIVEPA, 1996 (trabalho cedido 
pela Dra Monika Sakamoto - Iams Pet Food International Inc). 
ROYAL CANIN. Princípios da Nutrição canina, Informativo Técnico e Científico da 
Royal Canin (CD-ROM) 2000. 
ROYAL CANIN. Princípios da Nutrição de Felinos, Informativo Técnico e Científico 
da Royal Canin (CD-ROM) 2000. 
SCHNEIDER, B.H. & FIATT, W.P. In: The evaluation of feeds through digestibility 
experiments. 1975, University of Georgia Press, 423p., 1975. 
UNIVERSIDADE de Las Palmas de Gran Canarias, La alimentacion de los perros, 
http://www4.ulpgc.é/departamentos/animal/nutricion/tema17.htm (sem data). 
UNIVERSIDADE de Las Palmas de Gran Canarias, La alimentacion del gato, 
http://www4.ulpgc.é/departamentos/animal/nutricion/tema18.htm (sem data). 
WILL, J. M., SIMPSON, K. W. The Waltham Book of Clinical Nutrition of Dog and 
Cat. Pergamon Press, 1995. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS 
Departamento De Zootecnia 
NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS GZO-141

Continue navegando