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TEMAS 1 A 5 NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

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Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
A utilização dos requerimentos energéticos em indivíduos saudáveis com idade, sexo, peso,
altura e nível de atividade física de acordo com um bom estado de saúde.
PROPÓSITO
O cálculo do gasto energético é uma etapa importante no dia a dia do nutricionista,
considerando a importância de se obter valores mais precisos para individualizar a estratégia
nutricional do seu paciente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar como o organismo obtém energia
MÓDULO 2
Aplicar os diferentes métodos de estimativa das necessidades energéticas
INTRODUÇÃO
Os seres vivos utilizam energia para manter suas funções orgânicas básicas, para formar e
depositar novos tecidos e para sua atividade física. O aporte de energia é definido como o teor
calórico do alimento fornecido pelas principais fontes de energia da dieta: carboidratos,
proteínas, lipídeos e álcool.
A determinação do gasto energético de um ser vivo permite estabelecer o estado de balanço
energético, seus requerimentos e as condições metabólicas gerais de uma pessoa. Sabendo
disso, de quanta energia nós precisamos para manter a vida e os nossos depósitos corporais
de energia? Por que algumas pessoas precisam de mais energia e outras de menos? Em
outras palavras, quais são as demandas energéticas dos diferentes tipos de indivíduos? Com
base na definição de balanço energético, as demandas ou as necessidades energéticas do
corpo para manter o balanço energético precisam ser iguais ao gasto energético diário total. O
gasto energético diário total é a soma dos componentes individuais do gasto energético e
representa as necessidades totais de energia de um indivíduo requeridas para manter o
balanço de energia.
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
UNIDADES DE MEDIDA
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
javascript:void(0)
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e
das unidades.
MÓDULO 1
 Identificar como o organismo obtém energia
Os seres vivos, sem exceção, necessitam de energia para sobreviver. É por meio dos
alimentos que conseguimos essa energia, necessária para a realização das funções vitais do
nosso organismo, como: promover manutenção, crescimento, reparo, locomoção, reprodução,
entre outras. Portanto, a energia que vem da nossa alimentação é responsável pelo
funcionamento do cérebro, pela atividade muscular, pelos batimentos cardíacos e até mesmo
pelo crescimento dos cabelos e das unhas.

Nos seres humanos, a energia fornecida pelos alimentos consumidos origina-se dos principais
macronutrientes, também chamados de nutrientes energéticos: carboidratos, proteínas e
lipídeos, assim como do álcool. Quando o alimento é queimado com a participação do oxigênio,
libera essa energia química.
No corpo, o alimento consumido é oxidado ou sofre combustão, na presença de oxigênio, para
liberar dióxido de carbono, água e calor. Entretanto, quando o alimento ingerido é utilizado para
obter energia, a liberação e a transferência de energia ocorrem através de uma série de vias
metabólicas rigorosamente controladas, nas quais a energia potencial do alimento é liberada
de maneira lenta e gradual. Esse processo assegura que o corpo tenha um depósito gradual e
constante de energia, em vez de se basear na liberação súbita proveniente da combustão
imediata do alimento ingerido.

Para exemplificar, considere a combustão de uma única molécula de glicose pelo corpo:
C6H12O6 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O organismo é extremamente econômico no que diz respeito ao uso do substrato energético
disponível. No período pós-absortivo, o organismo utiliza para oxidação apenas a quantidade
de nutrientes necessária para suprir suas necessidades energéticas fisiológicas. Logo,
independentemente do substrato energético ingerido, tudo o que não for prontamente utilizado
não é excretado, mas, sim, armazenado para que possa ser usado no período de jejum.
A manutenção do peso corpóreo dentro da faixa de eutrofia tem-se constituído por uma busca
constante. Assim, é possível entender o peso corpóreo como o resultado da relação entre
ingestão de energia e o gasto energético, que caracteriza o balanço energético.
O balanço energético neutro ocorre quando o conteúdo de energia do alimento iguala-se à
quantidade total de energia gasta pelo corpo, o que implicará na manutenção do peso corporal.
Quando o aporte energético excede o gasto energético diário, ocorre um estado de balanço
energético positivo e um aumento do peso corporal. Logo, o balanço energético é positivo nos
casos de alimentação excessiva em relação às necessidades energéticas, e o corpo aumenta
seus depósitos de energia. Crianças ou adultos que se recuperam de doenças e de
emagrecimento necessitam de mais energia para a formação de tecidos novos, enquanto as
gestantes e as nutrizes requerem energia adicional para manter o crescimento dos seus filhos.

Quando o aporte energético é menor que o gasto energético, o balanço energético é
negativo, com perda de peso corporal, como, por exemplo, durante os períodos de inanição.
 ATENÇÃO
A regulação do balanço energético é obtida a longo prazo, apesar das grandes flutuações no
aporte e no gasto de energia em um mesmo dia e em dias diferentes. Se o aporte energético
exceder cronicamente o gasto energético, com o passar do tempo, a pessoa aumentará
substancialmente o seu peso corporal.
DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO
ENERGÉTICO DISPONÍVEL NO ALIMENTO
Como o calor é um dos resultantes da energia liberada pelo corpo, a caloria e o joule são
unidades de medidas utilizadas para quantificar a energia produzida. A unidade apropriada
para expressar energia é o joule (energia gasta para deslocar 1kg à distância de 1 metro pela
força de 1 newton). No entanto, tipicamente, utiliza-se a caloria (quantidade de calor necessária
para elevar em 1oC, de 14,5 a 15,5oC, a temperatura de 1g de água). A quilocaloria equivale a
mil calorias ou à quantidade de calor necessária para elevar em 1oC, de 14,5 a 15,5oC, a
temperatura de 1kg de água. Na prática, o termo quilocaloria é utilizado tanto para caloria
quanto para quilocaloria.
Para fazer a conversão de uma unidade para outra, são usados os seguintes fatores: 1kcal =
4,184kJ (cerca de 4,2kJ) ou 1kJ = 0,239kcal. Logo, para converter kcal em kJ, deve-se
multiplicar as quilocalorias por 4,2.
A determinação do conteúdo de energia dos alimentos pode ser feita por meio da bomba
calorimétrica, que envolve a combustão completa de uma amostra de alimento com peso
conhecido dentro de uma câmara selada, onde o calor liberado pela combustão dessa pequena
amostra de alimento é registrado com precisão. Essa energia total do alimento é conhecida
como energia de combustão ou energia bruta.
No entanto, a energia de combustão, determinada pela bomba calorimétrica, não é exatamente
a mesma quando comparada ao valor energético do alimento obtido pelo organismo humano.
Não somos capazes de aproveitar 100% do conteúdo energético dos alimentos. Por diversos
motivos, parte da energia de combustão não está disponível ao metabolismo humano, pois é
perdida durante os processos de utilização dos alimentos e dos nutrientes, como digestão,
absorção e metabolização.
 EXEMPLO
Componentes das fibras alimentares não sofrem digestão e absorção pelo trato digestório, e
esse conteúdo energético é excretado pelas fezes.
A porcentagem da energia de combustão absorvida pelo trato digestório é conhecida como
energia digerível. Porém, nem mesmo a energia digerível está totalmente disponível ao
organismo. Os aminoácidos, por exemplo, são oxidados apenas até a ureia ou a amônia. E
esses compostos ainda apresentam energia, a qual é eliminada na urina. Logo, entende-se
comoenergia metabolizável aquela contida nos alimentos e nos nutrientes disponíveis para
utilização pelo organismo humano.
Conforme observado na imagem a seguir, a energia metabolizável para os carboidratos e as
proteínas é 4kcal/g, para o álcool 7kcal/g, e para os lipídeos 9kcal/g. A maior quantidade de
energia fornecida por lipídeos deve-se à maior proporção de hidrogênio: oxigênio dos ácidos
graxos em relação aos outros nutrientes. Logo, há maior quantidade de hidrogênio para as
reações de oxidação na geração de energia. Portanto, se forem conhecidas as quantidades em
grama de nutrientes em qualquer tipo de alimento, o teor de energia pode ser facilmente
calculado. Por exemplo, se uma barrinha de cereais rica em proteínas contém 21g de
carboidratos, 6g de lipídeos e 14g de proteínas, então o teor total de energia é de (21 × 4) + (6
× 9) + (14 × 4) = 194kcal.
 Energia disponível nos nutrientes após processos de utilização.
COM BASE CIENTÍFICA, É POSSÍVEL
AFIRMAR QUE EXISTEM ALIMENTOS
TERMOGÊNICOS?
A especialista Aline Monteiro abordará os alimentos que podem contribuir para elevação do
gasto energético.
COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO
DIÁRIO E OS FATORES QUE OS AFETAM
A energia necessária para manter as atividades diárias de um indivíduo, chamado gasto
energético diário (GED) , corresponde àquela gasta em um período de 24 horas. Compreende
a taxa metabólica basal, necessária para a realização das funções vitais do organismo; o gasto
energético da atividade física, que engloba as atividades físicas do cotidiano e o exercício
físico; o efeito térmico dos alimentos, relacionado com a digestão, a absorção e o metabolismo
dos alimentos; e, eventualmente, a termogênese facultativa decorrente de mudanças na
temperatura, estresse emocional e outros fatores.
TAXA METABÓLICA BASAL E DE REPOUSO
A taxa metabólica basal (TMB) é a quantidade mínima de energia gasta pelo corpo para
manter as suas funções fisiológicas básicas, como batimento cardíaco, contração e função
muscular, respiração, circulação, renovação e reparação celular, bombeamento iônico e
manutenção da temperatura corporal. Ela é considerada o principal componente do gasto
energético diário e representa cerca de 60 a 75% do total.
A TMB é um termo específico, usado para descrever o consumo de energia em condições
cuidadosamente controladas: deve ser medida logo após acordar pela manhã, com o indivíduo
deitado, em jejum de 12 a 14 horas, sem ter realizado qualquer atividade física desgastante no
dia anterior, e em um ambiente com temperatura agradável. Esses cuidados devem ser
tomados para que os efeitos da atividade física, do alimento e da temperatura ambiente
tenham mínima influência sobre o metabolismo. Se quaisquer das condições para a taxa
metabólica basal não forem atingidas, o gasto energético deve ser indicado como a taxa
metabólica de repouso.
 SAIBA MAIS
Hoje, por razões práticas, a TMB é raramente medida. Em seu lugar, as medidas de TMR,
devido às suas condições menos restritas, são utilizadas. A principal diferença entre elas é que
a medida da TMR pode ser realizada após o indivíduo se deslocar até o local do exame e não
requer um período de jejum de 12 a 14 horas. O indivíduo deve permanecer em repouso por 30
minutos antes de realizar o teste. Devido a essas diferenças, a TMR tende a ser de 10 a 20%
maior que a TMB em razão do efeito térmico do alimento e da influência da atividade física.
Fatores que afetam a taxa metabólica basal:
COMPOSIÇÃO CORPORAL
O principal determinante da TMB é a quantidade de tecido magro ou massa livre de gordura
(predominantemente órgãos e músculos), que é metabolicamente mais ativa que o tecido
adiposo. Os músculos são os principais componentes do tecido magro e o seu estado basal,
em repouso, acarreta consumo energético moderadamente alto. Contribui com
aproximadamente 80% na variação da TMB.
TAMANHO CORPORAL
Pessoas maiores têm uma superfície corporal maior e taxas metabólicas mais altas que
pessoas pequenas. Já pessoas altas e magras têm taxas metabólicas mais altas que pessoas
baixas e robustas.
GÊNERO
As mulheres apresentam TMB mais baixa que os homens porque possuem estatura menor.
Ainda que tenham peso semelhante, elas têm menor volume de tecido corporal magra. A TMB
é em média 5 a 10% menor nas mulheres do que nos homens.
IDADE
Como a TMB é muito afetada por tecidos magros, ela é maior durante os períodos de
crescimento rápido, como nos primeiro e segundo anos de vida. Depois do início da idade
adulta, há uma diminuição da TMB. A diminuição da TMB com o aumento da idade pode estar
associada à modificação da composição corporal com substituição gradativa de tecido corporal
magro por gordura.
CLIMA E TEMPERATURA CORPORAL
A TMB é afetada por temperaturas extremas. Pessoas que vivem em climas tropicais têm TMB
5 a 20% maior do que aquelas que vivem em regiões temperadas. O teor de gordura corporal e
o tipo de vestimenta determinam a magnitude do aumento do metabolismo energético em
ambientes frios. A febre aumenta a TMB em cerca de 13% por grau de elevação na
temperatura corporal acima de 37oC.
ESTADO HORMONAL
O estado hormonal pode afetar a taxa metabólica, em especial naquelas pessoas com
distúrbios endócrinos, como hiper e hipotireoidismo, os quais aumentam ou diminuem o gasto
energético, respectivamente. A estimulação do sistema nervoso simpático causa liberação de
epinefrina, que estimula diretamente a glicogenólise e aumenta a atividade celular. A taxa
metabólica das mulheres flutua durante o clico menstrual.
OUTROS FATORES
O uso de cafeína, nicotina e álcool estimula a taxa metabólica. A ingestão de 200 a 350mg de
cafeína para homens e aproximadamente 240mg para mulheres aumenta a TMB em média de
7 a 11% e 8 a 15%, respectivamente. O uso de nicotina aumenta a TMB em média de 3 a 4%
entre os homens e em 6% entre as mulheres. O consumo de álcool entre as mulheres aumenta
a TMB em média 9%. Dietas de restrição calórica diminuem TMB, provavelmente devido à
diminuição na produção de hormônio tireoidiano e à perda de massa muscular pela restrição
calórica.
Efeito térmico dos alimentos (ETA)
Além da TMB, ocorre um aumento no gasto de energia em resposta ao consumo de alimentos.
O efeito térmico dos alimentos e das bebidas, também conhecido como termogênese
induzida pela dieta, representa o gasto energético obrigatório necessário para absorver,
digerir, transportar, oxidar, sintetizar e armazenar os nutrientes energéticos fornecidos por uma
refeição. Ele representa cerca de 5 a 15% do gasto energético diário.
Fatores que afetam o efeito térmico dos alimentos:
O ETA é afetado pela quantidade e pela composição de macronutrientes dos alimentos
consumidos, com o gasto energético aumentando diretamente após a ingestão de alimentos.
 
Foto: Shutterstock.com
A proteína é considerada a que possui maior poder termogênico (20 a 30%).

 
Foto: Shutterstock.com
Seguida pelos carboidratos (5 a 10%).

 
Imagem: Shutterstock.com
Posteriormente, pelos lipídios (0 a 3%).
 DICA
Esse efeito termogênico das proteínas pode ser devido ao aumento da síntese proteica e ao
gasto energético na síntese de ligações peptídicas.
Além disso, o organismo humano não é capaz de armazenar proteínas e aminoácidos, como
ocorre com carboidratos e lipídeos, o que determina que sejam metabolizados imediatamente
após sua ingestão. Isso gera uma demanda energética ainda maior para que ocorram reações
de desaminação, produção de ureia e metabolização dos esqueletos carbonados caso não
sejam oxidados a CO2 e H2O. Se esses esqueletos carbonados forem convertidos a
glicogênio, à glicose ou à gordura, mais energia será necessária para que ocorra essa
transformação. Os carboidratos requerem energia adicional para conversão em glicogênio,
enquanto os lipídios são, em sua maioria, armazenados de forma eficiente logo após a sua
ingestão, exercendo menor influência sobre o consumo de O2 e produção de CO2.
Em uma dieta mista,habitual, o ETA corresponde aproximadamente a 10% do seu
conteúdo energético. Embora o grau do ETA dependa da quantidade e composição de
macronutrientes da refeição, ele diminui após a ingestão ao longo de 30 a 90 minutos.
Refeições com alimentos picantes, como pimenta e mostarda, podem aumentar a taxa
metabólica em 33% a mais do que em refeições não apimentadas. Esse efeito pode ser
prolongado por mais de 3 horas. A cafeína, a capsaicina e os diferentes tipos de chás, como
chá-verde, branco e oolong, também podem aumentar o gasto energético.
ATIVIDADE FÍSICA
O gasto energético da atividade física (ou efeito térmico do exercício, ETE) é o termo
frequentemente utilizado para descrever o aumento na taxa metabólica causado pelo uso da
musculatura esquelética para qualquer tipo de movimento físico. O ETE é o segundo maior
componente do gasto energético, comprometendo em torno de 15 a 30% das necessidades
diárias de energia. O ETE pode alcançar 50% nos indivíduos muito ativos fisicamente.
O ETE é o componente mais variável do gasto energético diário. As diferenças entre as
atividades físicas são responsáveis pela maior parte da variação das necessidades energéticas
entre os indivíduos. Com exceção do dormir e comer, o gasto de energia com a atividade física
abrange as atividades cotidianas e do trabalho, o lazer, o exercício físico e a prática de
esportes.
Fatores que afetam o efeito térmico do exercício:
Devido à natureza voluntária e variável dos tipos de atividade física, o ETE varia
consideravelmente dependendo da composição corporal e do nível de treinamento de cada
indivíduo, além da intensidade com que a atividade física é realizada.
TERMOGÊNESE FACULTATIVA
Refere-se ao aumento do gasto energético decorrente de processos adaptativos de origem
metabólica diante de alterações extremas nas condições ambientais, sobretudo a temperatura
e o estresse emocional. Outra forma de termogênese facultativa tem lugar quando se alteram
radicalmente os níveis de ingestão calórica. A termogênese facultativa representa menos de
10% do gasto energético.
CRESCIMENTO
O gasto energético com o crescimento tem dois componentes: a energia necessária para
sintetizar tecidos em crescimento e a energia depositada nesses tecidos. Corresponde a 35%
da necessidade energética diária nos três primeiros meses de idade. Porém, cai rapidamente
para 5% em 12 meses, 3% no segundo ano, permanece em 1 a 2% até meados da
adolescência, chegando a ser insignificante ao final dessa fase.
GESTAÇÃO
Durante a gravidez, é necessário energia extra para o crescimento do feto, a placenta e os
vários tecidos maternos, como útero, seios e depósitos de gordura, além de acréscimo de
energia devido as alterações no metabolismo materno e o aumento do esforço em repouso e
durante a atividade física.
LACTAÇÃO
O gasto energético com a lactação apresenta dois componentes: o conteúdo energético do
leite secretado e a energia necessária para a produção do leite. Parte dessa energia adicional
pode ser mobilizada dos estoques corporais de gordura acumulados durante a gravidez.
VEM QUE EU TE EXPLICO
Determinação do conteúdo energético disponível no alimento
Determinação do conteúdo energético disponível no alimento
Fatores que afetam a taxa metabólica basal
Fatores que afetam a taxa metabólica basal
Fatores que afetam o efeito térmico dos alimentos
Fatores que afetam o efeito térmico dos alimentos
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (IFPI – 2019) A ENERGIA DISPONIBILIZADA PELOS ALIMENTOS NA
FORMA DE NUTRIENTES ENERGÉTICOS (PROTEÍNA, LIPÍDIOS E
CARBOIDRATOS) PERMITE A REALIZAÇÃO DE TODAS AS ATIVIDADES
FÍSICAS DIÁRIAS, ALÉM DE SER INDISPENSÁVEL, NO PONTO DE VISTA
METABÓLICO, PARA A REALIZAÇÃO DE TODAS AS REAÇÕES QUÍMICAS
QUE OCORREM NAS CÉLULAS. PARTINDO DESSE PRINCÍPIO, A
QUANTIDADE TOTAL DE ENERGIA DE UM ALIMENTO QUE POSSUI, EM
SUA COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL, 18G DE CARBOIDRATO, 7G DE
PROTEÍNAS E 2G DE LIPÍDIO É:
A) 27kcal.
B) 108kcal.
C) 118kcal.
D) 143kcal.
E) 198kcal.
2. (INSTITUTO AOCP – PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS – RJ, 2015) A
TAXA DE METABOLISMO BASAL (TMB), O EFEITO TÉRMICO DA
ATIVIDADE FÍSICA E DO ALIMENTO E A TERMOGÊNESE FACULTATIVA
SÃO CONSIDERADOS OS COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO DE
24 HORAS. REFERENTE AO ASSUNTO, ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA.
A) O efeito térmico dos alimentos contribui com cerca de 50% do gasto energético diário.
B) A taxa de metabolismo de repouso tende a ser de 10 a 20% menor do que a TMB.
C) A TMB corresponde a cerca de 60 a 75% do gasto energético diário.
D) O efeito térmico da atividade física é o segundo maior componente do gasto energético,
comprometendo cerca de 50% das necessidades diárias de energia.
E) A termogênese facultativa refere-se ao gasto de energia decorrente do processo de
absorção dos alimentos.
GABARITO
1. (IFPI – 2019) A energia disponibilizada pelos alimentos na forma de nutrientes
energéticos (proteína, lipídios e carboidratos) permite a realização de todas as
atividades físicas diárias, além de ser indispensável, no ponto de vista metabólico, para
a realização de todas as reações químicas que ocorrem nas células. Partindo desse
princípio, a quantidade total de energia de um alimento que possui, em sua composição
nutricional, 18g de carboidrato, 7g de proteínas e 2g de lipídio é:
A alternativa "C " está correta.
 
A) Carboidrato: 18 × 4 = 72kcal
B) Proteína: 7 × 4 = 28kcal
C) Lipídeo: 2 × 9 = 18kcal
D) Soma = 72 + 28 + 18 = 118kcal
2. (INSTITUTO AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis – RJ, 2015) A taxa de metabolismo
basal (TMB), o efeito térmico da atividade física e do alimento e a termogênese
facultativa são considerados os componentes do gasto energético de 24 horas.
Referente ao assunto, assinale a alternativa correta.
A alternativa "C " está correta.
 
Com uma dieta mista, o efeito térmico dos alimentos corresponde à aproximadamente 10% do
valor energético diário. A TMR tende a ser de 10 a 20% maior que a TMB. O efeito térmico da
atividade física corresponde de 15 a 30% do gasto energético. A termogênese facultativa
corresponde ao aumento do gasto energético decorrente de processos adaptativos de origem
metabólica.
MÓDULO 2
 Aplicar os diferentes métodos de estimativa das necessidades energéticas
O gasto energético diário (GED) deve fazer parte das avaliações por ser de extrema
importância para determinar a oferta energética necessária, tanto para perda quanto para
manutenção ou ganho de peso corporal. O equilíbrio entre o gasto e o consumo energético
promove o equilíbrio do peso corporal. O gasto energético pode ser medido/estimado por:
Método direto (Calorimetria direta.)
Método indireto (Calorimetria indireta e água duplamente marcada.)
Equações de predição
CALORIMETRIA DIRETA
A calorimetria direta é um método que mede diretamente a perda de calor por um indivíduo
dentro de uma câmara calorimétrica com dimensões pequenas e médias, equipada com
complexos sensores térmicos e permutadores de calor. Porém, a sua aplicabilidade é
tecnicamente complexa, com custo muito elevado para construção e manutenção do
equipamento. Além disso, restringe os indivíduos a um ambiente artificial, alterando suas
atividades de vida. Não é utilizada com frequência e, sim, apenas para estudos clínicos.
CALORIMETRIA INDIRETA
A calorimetria indireta é um método que mede a produção de calor por meio da mensuração do
consumo de oxigênio (O2) e da produção de dióxido de carbono (CO2) que ocorrem durante a
oxidação de carboidratos, lipídeos, proteínas e álcool. A quantidade de energia gasta é
estimada indiretamente, por meio da conversão do O2 consumido, daí o nome de calorimetria
indireta. Os diferentes substratos energéticos consomem diferentes quantidades de O2 e
produzem diferentes quantidades de CO2 no seu metabolismo. Para se obter maior precisão, é
necessário medir também as perdas urinárias de nitrogênio (UN) para estimar a oxidação
proteica. Esses valores são incluídos na equação de Weir (GE = (3,9 × VO²)+ (1,1 × VCO²) -
(2,17 × NU)) , que fornece o gasto energético do indivíduo.
A análise dos gases respiratórios pode ser facilmente realizada nos indivíduos, através de
curtos períodos de medida em repouso ou durante a prática de atividade física, utilizando uma
máscara facial, bocal (com clipes nasais) ou sistema para coleta de gases (capuz ventilado)
conectados a um calorímetro, onde será feita a medição dos volumes inspirados e expirados. A
TMR é medida em condições de jejum de, no mínimo, 5 horas. Cafeína deve ser evitada por,
no mínimo, 4 horas, e bebidas alcoólicas e cigarros por, no mínimo, 2 horas. O teste deve ser
feito, no mínimo, 2 horas após exercícios moderados.
 DICA
Em casos de exercícios intensos de resistência, aconselha-se fazer o teste após 14 horas.
Deve haver um período de repouso de 10 a 20 minutos antes de se realizar a medição.
A calorimetria indireta tem uma vantagem adicional porque a relação entre a produção de CO2
e o consumo de O2, chamado quociente respiratório (QR), indica o tipo de combustível
energético oxidado no momento em que o exame está sendo realizado. O QR na oxidação de
gordura é de 0,70; na oxidação de carboidrato, de 1,0; e na oxidação de proteína, de
aproximadamente 0,8. Valores de QR entre 0,7 a 1,0 indicam oxidação de uma mistura de
combustíveis energéticos (carboidratos, lipídeos e proteínas).
Sendo a TMB ou TMR a maior fração do gasto energético diário, sua estimativa precisa é
necessária para a prescrição de um plano alimentar adequado aos requerimentos energéticos
reais. O método calorimetria indireta é considerado preciso para a avaliação da TMB e TMR,
mais fácil e menos dispendioso quando comparado à calorimetria direta. Porém, não é
frequentemente utilizado na prática clínica devido ao seu alto custo operacional, não sendo
acessível para a maioria dos profissionais. Já em unidades de terapia intensiva, a calorimetria
indireta tem sido empregada na avaliação de pacientes com dificuldades de serem retirados da
assistência ventilatória mecânica e em pacientes com instabilidade hemodinâmica. Ela é usada
nesses casos porque permite uma prescrição energética mais adequada e previne o
desenvolvimento de desnutrição nesses pacientes que apresentam dispêndio energético
normalmente elevado. Também é utilizada em estudos clínicos.
ÁGUA DUPLAMENTE MARCADA (ADM)
Esse método é uma forma de calorimetria indireta. É considerado padrão-ouro para a avaliação
do gasto energético total, uma vez que permite medir o gasto energético de indivíduos fora do
confinamento, sem causar nenhuma modificação das suas atividades cotidianas. O método da
ADM consiste na ingestão de água marcada com os isótopos deutério (2H2) e oxigênio (18O), o
que permite avaliar o GED pela diferença entre o ritmo de desaparecimento do oxigênio
marcado e do deutério na urina. O seu princípio baseia-se na premissa de que a produção de
CO2 pode ser estimada a partir das diferenças de eliminação de deutério (como H2O) e
oxigênio (como H2O e CO2) do corpo, e esta pode ser convertida em consumo de energia por
meio dos métodos clássicos de calorimetria indireta.
 ATENÇÃO
O alto custo do isótopo de oxigênio e do equipamento de espectrometria de massa usado para
medir os isótopos dificulta o uso corrente desse método. É utilizado em estudos clínicos. Esse
método é o ideal para estudos epidemiológicos quando se deseja saber o GED.
EQUAÇÕES PREDITIVAS PARA ESTIMATIVA
DE GASTO ENERGÉTICO
Devido à impossibilidade de se obter rotineiramente a TMB por meio de métodos mais
precisos, como a calorimetria, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs, em 1985, o
emprego de equações preditivas para a obtenção dessas medidas, devido à importância desse
parâmetro para o cálculo das necessidades diárias de energia da população em geral. Ao
longo dos anos, diversas equações preditivas foram desenvolvidas para se medir o gasto
energético (basal ou diário, dependendo da fórmula), a fim de que possamos estimá-lo na
prática clínica.
As equações disponíveis para determinação da TMB foram validadas a partir de um método
considerado padrão-ouro (calorimetria ou água duplamente marcada) e desenvolvidas para
alguma população específica. Como não existem equações para todas as populações e em
diferentes condições de saúde, elas acabam sendo utilizadas em diferentes situações, o que
pode tornar a estimativa bastante imprecisa.
A estimativa do gasto energético diário começa com equações para medir a TMB. Os fatores
adicionais para o efeito térmico dos alimentos (ETA) e para o efeito térmico do exercício (ETE)
devem ser acrescentados. É importante lembrar que as equações para cálculo da TMB são
estimativas, e algumas podem ser mais precisas do que outras, o que pode superestimar o
gasto energético basal. Assim, adicionar uma porcentagem respectiva ao ETA pode aumentar
ainda mais essa superestimação. Por isso, na prática clínica, esse componente do GED é
omitido. Utiliza-se então um fator atividade física que é multiplicado pela TMB calculada.
Dessa forma, é possível estimar a necessidade energética diária de um indivíduo dependendo
do seu nível de atividade física.
GED =TMB ×FA
GED = Gasto energético diário
TMB = Taxa metabólica basal
FA = Fator atividade física
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 ATENÇÃO
Gênero, idade e peso corporal são importantes determinantes do gasto energético diário. Por
isso, os requisitos energéticos são apresentados separadamente para cada gênero e várias
faixas etárias, sendo expressos como unidades de energia por dia.
HARRIS E BENEDICT (1919)
As equações de Harris e Benedict são as mais antigas e utilizadas para indivíduos saudáveis e
enfermos. Essas equações ajustam o valor obtido da TMB por gênero, peso corpóreo, estatura
e idade, variáveis utilizadas nas fórmulas. Essas fórmulas podem superestimar em cerca de 7 a
27% a TMB de pessoas eutróficas e obesas. Por essa razão, têm sido utilizadas para
determinar requerimentos energéticos de indivíduos com diversas doenças, os quais
apresentam aumento nas suas necessidades energéticas. Apesar de serem utilizadas em
pessoas enfermas, foram desenvolvidas para o uso em indivíduos saudáveis, e sua aplicação
para qualquer outro tipo de população é questionável.
Homem 66,5 + (13,8 × P) + (5,0 × A) - (6,8 × I)
Mulher 655,1 + (9,5 × P) + (1,8 × A) - (4,7 × I)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Para a determinação do GED utilizando-se as equações de Harris e Benedict, considera-se o
fator atividade (tabela a seguir) que acrescenta à TMB a energia necessária para as atividades
diárias de um indivíduo, multiplicando-se o tempo gasto em cada atividade pelo seu respectivo
índice. O fator obtido pela média das 24h é então multiplicado pela TMB.
ATIVIDADE
Valor representativo
para o fator atividade,
por unidade de tempo
de atividade
Repouso: dormir, descansar. 1,0
Muito leve: sentar e estar parado em pé, motorista,
trabalho em laboratório, cozinheiro, tocador de
instrumento musical, pintor, datilógrafo e passadeira.
1,5
Leve: caminhar de 4,0 a 4,8km/h em superfície plana,
manobrista, eletricista, carpinteiro, faxineira, babá,
golfista, navegador, tenista de mesa, trabalhar em
restaurante.
2,5
Moderada: caminhar de 5,6 a 6,4km/h devagar,
carregando peso, ciclista, esquiador, dançarino, tenista
de quadra.
5,0
Intensa: caminhar (subir) carregando peso, lavrador,
jogador de basquete, jogador de futebol e alpinista.
7,0
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 EXEMPLO
Indivíduo do sexo feminino, com 35 anos de idade, altura de 165cm e peso de 63kg. Sabe-se
que ele dorme durante 9 horas, fica em repouso durante 5 horas, faz atividade leve durante 5
horas, atividade moderada durante 1 hora e atividades socialmente desejáveis durante 4 horas.
TMB = 655,1 + (9,5 × P) + (1,8 × A) - (4,7 × I)
TMB = 655,1 + (9,5 × 63) + (1,8 × 165)- (4,7 × 35)
TMB = 655,1 + 598,5 + 297 - 164,5 = 1.386kcal
Atividade física:
Dormir e repouso: 14 × 1 = 14
Atividades muito leve: 4 × 1,5 = 6
Atividades leve: 5 × 2,5 = 12,5
Atividades moderada: 1 × 5 = 5
FA = (14 + 6 + 12,5 + 5) ÷ 24 = 1,56
GED = TMB × FA = 1.386 × 1,56 = 2.162kcal/dia
SCHOFIELD (1985)
Schofield (1985) realizou uma compilação de dados para o desenvolvimento de equações
preditivas para TMB. Durante anos, suas equações foram recomendadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, estudos demonstraram que essas equações também
fornecem estimativas elevadas de taxa metabólica basal (TMB) quando utilizadas em
diferentes grupos populacionais. A TMB deve ser posteriormente multiplicada pelo fator
atividade para que tenhamos o gasto energético total.
Idade (anos) Gênero feminino kcal/dia Gênero masculino kcal/dia
3 a 10 anos (0,085 × P + 2,033) × 239 (0,095 × P + 2,110) × 239
10 a 18 anos (0,056 × P + 2,898) × 239 (0,074 × P + 2,754) × 239
18 a 30 anos (0,062 × P + 2,036) × 239 (0,063 × P + 2,896) × 239
30 a 60 anos (0,034 × P + 3,538) × 239 (0,048 × P + 3,653) × 239
A partir de 60 anos (0,049 × P + 2,459) × 239 (0,038 × P + 2,755) × 239
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SEXO LEVE MODERADA INTENSA
Masculino 1,55 1,78 2,10
Feminino 1,56 1,64 1,82
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HENRY E REES (1991)
Henry e Rees (1991) analisaram um banco de dados com 2.822 avaliações de TMB realizadas
em indivíduos que residem em regiões de clima tropical. Eles desenvolveram equações
específicas para essas populações na expectativa de minimizar as diferenças na estimativa da
TMB. A TMB deve ser posteriormente multiplicada pelo fator atividade para que tenhamos o
gasto energético total. Apesar de essas equações levarem em consideração, gênero, idade e
peso, parecem, ainda, superestimar a TMB.
Idade
(anos)
Gênero masculino TMB
(kcal/dia)
Gênero feminino TMB
(kcal/dia)
3 – 10 (0,113 × P + 1,689) × 239 (0,063 × P + 2,466) × 239
10 – 18 (0,084 × P + 2,122) × 239 (0,047 × P + 2,951) × 239
18 – 30 (0,056 × P + 2,800) × 239 (0,048 × P + 2,562) × 239
30 – 60 (0,046 × P + 3,160) × 239 (0,048 × P + 2,448) × 239
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FAO/WHO/UNU (2004)
O cálculo do GED é feito por meio da equação da TMB definida por FAO/WHO/UNU, de 2004,
(tabela a seguir), considerando a atividade física, conforme coeficientes mostrados na tabela.
Idade (anos) Homens TMB (kcal/dia) Mulheres TMB (kcal/dia)
< 3 59,512 × P - 30,4 58,317 × P - 31,1
3 – 9,9 22,706 × P + 504,3 20,315 × P + 485,9
10 – 17,9 17,686 × P + 658,2 13,384 × P + 692,6
18 – 29,9 15,057 × P + 692,2 14,818 × P + 486,6
30 – 59,9 11,472 × P + 873,1 8,126 × P + 845,6
≥ 60 11,711 × P + 587,7 9,082 × P + 658,5
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Categoria Fator atividade física
Sedentário ou atividade leve 1,40 – 1,69
Ativo ou moderadamente ativo 1,70 – 1,99
Muito ativo ou vigoroso 2,0 – 2,40*
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 EXEMPLO
Indivíduo do sexo feminino, com 29 anos de idade, altura de 1,70m, peso de 60kg e nível de
atividade física moderadamente ativo.
TMB = 14,818 × P + 486,6 = 14,818 × 60 + 486,6
TMB = 889,08 + 486,6 = 1.375,68kcal
FA (ponto médio do nível de atividade física moderadamente ativo) = 1,85
GED = TMB × FA = 1.375,68 × 1,85 = 2.545kcal/dia
NECESSIDADE ESTIMADA DE ENERGIA (EER)
Média de ingestão energética dietética que mantém o balanço energético em indivíduos
saudáveis com idade, sexo, peso, altura e nível de atividade física de acordo com um bom
estado de saúde. Para o cálculo da EER, são utilizadas equações de predição a partir de um
banco de dados de gasto energético de 24 horas. Foi proposta pelo comitê de energia da
Ingestão Diária de Referência (Dietary Reference Intakes - DRIs) no ano de 2002. O Instituto
de Medicina (IOM) desenvolveu novas equações para indivíduos eutróficos, avaliando o
método da água duplamente marcada. Posteriormente, foram divulgadas novas equações para
sobrepeso e obesidade, as quais parecem superestimar menos o GED do que as equações
propostas pela OMS. Diferentemente das outras equações, nas da DRI, não se calcula a TMB,
pois já estão inclusos os múltiplos para cada grau de atividade física. Nas equações da DRI,
deve ser utilizado o peso corporal atual. Todas as equações foram feitas para manutenção do
peso corporal e promover o crescimento, quando necessário.
As recomendações de nutrientes se baseiam na média das necessidades somada a 2 desvios-
padrão. Porém, esse conceito não se aplica às recomendações de energia, pois parte da
população iria ingerir mais do que sua real necessidade, contribuindo dessa forma com balanço
energético positivo e, assim, ganho de peso. Por isso, não há Ingestão Dietética Recomendada
(RDA) e Nível Máximo de Ingestão Tolerável (UL) para as EERs.
Idade EER
0 – 3 m (89 × P - 100) + 175 (Energia para deposição)
4 – 6 m (89 × P - 100) + 56 (Energia para deposição)
7 – 12 m (89 × P - 100) + 22 (Energia para deposição)
13 – 35 m (89 × P - 100) + 20 (Energia para deposição)
3 – 8 a
(meninos)
88,5 - (61,9 × I) + CAF × [(26,7 × P) + (903 × A)] + 20 (Energia
para deposição)
3 – 8 a
(meninas)
135,3 - (30,8 × I) + CAF × [(10 × P) + (934 × A)] + 20 (Energia
para deposição)
9 – 18 a
(masculino)
88,5 - (61,9 × I) + CAF × [(26,7 × P) + (903 × A)] + 25 (Energia
para deposição)
9 – 18 a
(feminino)
135,3 - (30,8 × I) + CAF × [(10 × P) + (934 × A)] + 25 (Energia
para deposição)
≥ 19 a
(masculino)
662 - (9,53 × I) + CAF × [(15,91 × P) + (539,6 × A)]
≥ 19 a
(feminino)
354 - (6,91 × I) + CAF × [(9,36 × P) + (726 × A)]
Gestante (14 - EER Adolescente + Adicional para deposição gestante
18 a)
Primeiro
Trimestre
EER Adolescente + 0 (Adicional)
Segundo
Trimestre
EER Adolescente + 160 (8kcal/semana × 20 semanas) + 180kcal
Terceiro
Trimestre
EER Adolescente + 272 (8kcal/semana × 34 semanas) + 180kcal
Gestante (19 -
50 a)
EER Adulto + Adicional para deposição gestante
Primeiro
Trimestre
EER Adolescente + 0 (Adicional)
Segundo
Trimestre
EER Adolescente + 160 (8kcal/semana × 20 semanas) + 180kcal
Terceiro
Trimestre
EER Adolescente + 272 (8kcal/semana × 34 semanas) + 180kcal
Lactante (14 -
18 a)
EER Adolescente + Energia para produção LM - Perda de
peso
Primeiros 6
meses
EER Adolescente + 500 - 170
Segundos 6
meses
EER Adolescente + 400 - 0
Lactante (19 -
50 a)
EER Adulto + Energia para produção LM - Perda de peso
Primeiros 6
meses
EER Adulto + 500 - 170
Segundos 6
meses
EER Adulto + 400 - 0
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Nível de atividade física (NAF) Coeficiente de atividade física
Masculino Feminino
Sedentário (NAF ≥ 1 < 1,4) 1,00 1,00
Pouco ativo (NAF ≥ 1,4 < 1,6) 1,13 1,16
Ativo (NAF ≥ 1,6 < 1,9) 1,26 1,31
Muito ativo (NAF ≥ 1,9 < 2,5) 1,42 1,56
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Nível de atividade física (NAF) Coeficiente de atividade física
Masculino Feminino
Sedentário (NAF ≥ 1 < 1,4) 1,00 1,00
Pouco ativo (NAF ≥ 1,4 < 1,6) 1,11 1,12
Ativo (NAF ≥ 1,6 < 1,9) 1,25 1,27
Muito ativo (NAF ≥ 1,9 < 2,5) 1,48 1,45
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 EXEMPLO
Indivíduo do sexo masculino, com 29 anos, altura de 1,80m, peso de 78kg e nível de atividade
física moderado.
662 - (9,53 × I) + CAF × [(15,91 × P) + (539,6 × A)]
662 - (9,53 × 29) + 1,25 × [(15,91 × 78) + (539,6 × 1,80)]
662 - 276,37 + 1,25 × [1.240,98 + 971,28]
662 - 276,37 + 1,25 × 2.212,26
662 - 276,37 + 2.765,3
EER = 3.151kcal/dia
Considerando o intervalo de confiança de 95% para a equação, há a possibilidade da correção
da oferta calórica para a promoção do ganho ou da perda de peso. Para tanto, deve-se
empregar um valorcorrespondente a duas vezes o desvio padrão (199kcal para o gênero
masculino e 162kcal para o gênero feminino). Assim, no exemplo citado, a ingestão de energia
será 3.151kcal ± (2 x 199), ou seja, entre 2.753 e 3.549kcal/dia. Se o objetivo for ganho de
peso, utiliza-se o maior valor; se for perda de peso, o menor.
NA PRÁTICA CLÍNICA VAMOS CALCULAR
O REQUERIMENTO DE ENERGIA PARA UM
INDIVÍDUO SAUDÁVEL
A especialista Aline Monteiro abordará o cálculo de energia necessária para um adulto
saudável.
VEM QUE EU TE EXPLICO
Água duplamente marcada (ADM)
Água duplamente marcada (ADM)
Harris & Benedict (1919)
Harris & Benedict (1919)
Necessidade estimada de energia (EER)
Necessidade estimada de energia (EER)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (INEP – ENADE 2007) O MÉTODO USUAL PARA A MEDIÇÃO DO GASTO
ENERGÉTICO EM INDIVÍDUOS É A CALORIMETRIA INDIRETA. ENTRE AS
TÉCNICAS DE CALORIMETRIA INDIRETA, A MAIS APLICADA É A DA
CÂMARA METABÓLICA. ATUALMENTE, A TÉCNICA DA ÁGUA
DUPLAMENTE MARCADA (ADM) TAMBÉM É UTILIZADA. ENTRE AS
VANTAGENS DA ADM INCLUI-SE: 
 
I. A MEDIÇÃO COM O INDIVÍDUO EXERCENDO SUAS ATIVIDADES
COTIDIANAS. 
 
II. O CÁLCULO PRECISO DA PRODUÇÃO DE CO2. 
 
III. A OBTENÇÃO DE ACURÁCIA SUPERIOR À DA CÂMARA
METABÓLICA. 
 
IV. A APLICAÇÃO EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. 
 
V. O DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE BAIXO CUSTO. 
 
ESTÃO CERTOS APENAS OS ITENS:
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, III e V.
D) II, IV e V.
E) III, IV e V.
2. A RESPEITO DA CALORIMETRIA INDIRETA: 
 
I. A CALORIMETRIA INDIRETA É UM MÉTODO CARO E CADA VEZ MENOS
UTILIZADO NA PRÁTICA CLÍNICA DIÁRIA. ALÉM DISSO, OS
RESULTADOS OBTIDOS POR ESSE MÉTODO SÃO DUVIDOSOS. 
 
II. A CALORIMETRIA INDIRETA É UM MÉTODO PRECISO DE MEDIDA DE
GASTO CALÓRICO, REALIZADO SOMENTE EM AMBULATÓRIO, MAS
INAPROPRIADO PARA AFERIR PACIENTES CRÍTICOS SOB VENTILAÇÃO
MECÂNICA. 
 
III. PARA AFERIÇÃO DA CALORIMETRIA INDIRETA, NÃO É NECESSÁRIO
QUE O INDIVÍDUO ESTEJA EM JEJUM, O QUE FACILITA A REALIZAÇÃO
DO EXAME, DIFERENTEMENTE DO EXAME DE BIOIMPEDÂNCIA. 
 
IV. NESSA AVALIAÇÃO, O TERMO “INDIRETA” INDICA QUE A PRODUÇÃO
DE ENERGIA É CALCULADA POR EQUIVALENTES CALÓRICOS DE
OXIGÊNIO CONSUMIDO E GÁS CARBÔNICO PRODUZIDO,
CONSIDERANDO QUE TODO O OXIGÊNIO CONSUMIDO É UTILIZADO
PARA OXIDAR OS SUBSTRATOS ENERGÉTICOS, E TODO GÁS
CARBÔNICO É ELIMINADO PELA RESPIRAÇÃO. 
 
ASSINALE A OPÇÃO CORRETA.
A) Apenas I e IV são falsas.
B) Somente I e II são falsas.
C) Somente III e IV são falsas.
D) Apenas I, II e III são falsas.
E) Apenas II, III e IV são falsas.
GABARITO
1. (INEP – ENADE 2007) O método usual para a medição do gasto energético em
indivíduos é a calorimetria indireta. Entre as técnicas de calorimetria indireta, a mais
aplicada é a da câmara metabólica. Atualmente, a técnica da água duplamente marcada
(ADM) também é utilizada. Entre as vantagens da ADM inclui-se: 
 
I. A medição com o indivíduo exercendo suas atividades cotidianas. 
 
II. O cálculo preciso da produção de CO2. 
 
III. A obtenção de acurácia superior à da câmara metabólica. 
 
IV. A aplicação em estudos epidemiológicos. 
 
V. O desenvolvimento de estudos de baixo custo. 
 
Estão certos apenas os itens:
A alternativa "A " está correta.
 
A ADM é considerada o método ideal para medir o gasto energético total do indivíduo, pois a
produção medida do CO2 produzido permite o uso das técnicas de calorimetria indireta padrão
para o cálculo do gasto de energia. Permite ainda que o indivíduo realize suas atividades
diárias normais. Sendo assim, sua acurácia é maior que a da câmara metabólica, pois esta não
permite a simulação de um ambiente real, uma vez que o indivíduo fica confinado dentro da
câmara, impossibilitado de exercer suas atividades diárias normais. O método é aplicado
apenas em estudos de pesquisa, pois é muito dispendioso, não sendo viável seu uso para
avaliação do gasto energético de uma determinada população.
2. A respeito da calorimetria indireta: 
 
I. A calorimetria indireta é um método caro e cada vez menos utilizado na prática clínica
diária. Além disso, os resultados obtidos por esse método são duvidosos. 
 
II. A calorimetria indireta é um método preciso de medida de gasto calórico, realizado
somente em ambulatório, mas inapropriado para aferir pacientes críticos sob ventilação
mecânica. 
 
III. Para aferição da calorimetria indireta, não é necessário que o indivíduo esteja em
jejum, o que facilita a realização do exame, diferentemente do exame de bioimpedância. 
 
IV. Nessa avaliação, o termo “indireta” indica que a produção de energia é calculada por
equivalentes calóricos de oxigênio consumido e gás carbônico produzido, considerando
que todo o oxigênio consumido é utilizado para oxidar os substratos energéticos, e todo
gás carbônico é eliminado pela respiração. 
 
Assinale a opção correta.
A alternativa "D " está correta.
 
Na calorimetria indireta, a quantidade de energia gasta é estimada indiretamente por meio da
conversão do O2 consumido na oxidação dos diferentes substratos energéticos. A medida da
TMR é feita em condições de jejum de, no mínimo 5 horas, após pelo menos 2 horas de
exercícios moderados. É um método preciso de medida de gasto energético, porém de alto
custo e, por isso, pouco utilizado na prática clínica. A otimização do suporte nutricional dos
pacientes gravemente enfermos é, no momento, a maior indicação da calorimetria indireta.
Como o gasto energético desses pacientes é muito variável, as estimativas baseadas em
equações preditivas não são recomendadas, pois podem causar um erro considerável.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A manutenção dos processos vitais em seres humanos é condicionada à energia obtida pela
oxidação dos nutrientes presentes nos alimentos ingeridos diariamente. A estimativa de
necessidade de energia é de suma importância para o começo do planejamento alimentar do
paciente, tendo como prioridade alcançar os objetivos do planejamento e o equilíbrio ou a
adequação no balanço energético do indivíduo. Para tal, é necessário conhecer os
componentes do gasto energético e os fatores que podem afetá-los. Os métodos de
calorimetria indireta e água duplamente marcada são considerados os métodos com maior
acurácia. Contudo, ainda têm seu uso limitado no dia a dia da prática clínica, principalmente
devido ao alto custo da técnica.
Temos ainda as equações preditivas, desenvolvidas por meio de estudos populacionais, que
apresentam métodos simples, são de baixo custo e fáceis de serem calculadas. Porém, ao
mesmo tempo, vários estudos vêm demonstrando que algumas dessas equações tendem a
superestimar ou subestimar o gasto energético basal de grupos populacionais específicos,
principalmente, indivíduos com sobrepeso, obesos ou atletas, podendo ocasionar uma conduta
nutricional inadequada. Mesmo assim, as equações preditivas ainda são consideradas a
melhor maneira de estimar o gasto energético, principalmente, em indivíduos saudáveis. Logo,
o nutricionista deve escolher a equação que mais se adequa ao seu paciente e, sempre que
possível, indicar a calorimetria indireta, em especial, aos indivíduos enfermos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
COELHO, K. D. Base da Nutrição e Dietética. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional
S.A., 2016.
CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. Barueri: Manole, 2005.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. FAO; WORLD HEALTH ORGANIZATION.
WHO; UNITED NATIONS UNIVERSITY. UNU. Energy and protein requirements. Technical
Report Series 724. Geneva: WHO, 1985.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. FAO; WORLD HEALTH ORGANIZATION.
WHO; UNITED NATIONS UNIVERSITY. UNU. Human Energy Requirements. Rome: FAO,
2004.
HARRIS, J. A, BENEDICT, F. G. Biometric studies of basal metabolism in man. Washington:
Carnegie Institute of Washington, 1919 apud COELHO, K. D. Base da Nutrição e Dietética.
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016, p. 32.
HARRIS, J. A; BENEDICT, F. G. Biometric studies of basal metabolism inman. Washington:
Carnegie Institute of Washington, 1919.
HENRY, C. J.; REES, D. G. New predictive equations for the estimation of basal metabolic
rate in tropical peoples. Eur J Clin Nutr. v. 45, n. 4, 1991.
INSTITUTE OF MEDICINE/FOOD AND NUTRITION BOARD. Dietary Reference Intakes for
Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids.
Washington: National Academies Press, 2005.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
MANN, J.; TRUSWELL, A. S. Nutrição Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL (US) SUBCOMMITTEE ON THE TENTH EDITION OF THE
RECOMMENDED DIETARY ALLOWANCES. Recommended Dietary Allowances:
Washington: National Academies Press, 1989.
SCHOFIELD, W. N. Predicting basal metabolic rate, new standards and review of previous
work. Clinical Nutrition, v. 39, suppl. 1, 1985.
EXPLORE+
Para aprofundar os seus conhecimentos no assunto estudado:
Leia:
BENDAVID, I.; LOBO, D.N.; BARAZZONI, R.; CEDERHOLM, T. et al. The centenary of
the Harris–Benedict equations: how to assess energy requirements best?
recommendations from the espen expert group. Clinical Nutrition, v. 40, n. 3, p. 690-701,
mar. 2021.
Acesse:
A calculadora interativa disponível no site da Global RPH.
CONTEUDISTA
Adriana Schlecht Ribeiro
DESCRIÇÃO
A utilização das recomendações nutricionais na avaliação da qualidade e elaboração de dietas.
PROPÓSITO
Saber empregar os valores de referência de ingestão dietética é essencial para os profissionais de Nutrição elaborarem planejamentos alimentares
adequados às diferentes fases dos ciclos da vida.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir o conceito das recomendações nutricionais.
MÓDULO 2
Identificar os grupos de alimentos e seus principais efeitos.
MÓDULO 3
Reconhecer o conceito e os objetivos do Guia Alimentar.
MÓDULO 4
Aplicar os valores de referência no planejamento dietético.
INTRODUÇÃO
Será que a alimentação de um indivíduo supre as suas necessidades por nutrientes?
Essa pergunta é fundamental para a educação e para o aconselhamento nutricional e, na prática, não é muito fácil de responder.
A adequação da ingestão de nutrientes é realizada a partir de valores de referência que se constituem em estimativas das necessidades fisiológicas
desses nutrientes, sendo denominadas de recomendações nutricionais.
É preciso ter atenção para que se estabeleça o conceito de forma adequada, evitando confusões entre os conceitos de necessidade nutricional e
recomendação nutricional. A necessidade nutricional é a quantidade mínima de nutriente que um indivíduo precisa ingerir para manter o seu estado
nutricional adequado. Já as recomendações nutricionais indicam a quantidade de energia e de nutrientes presentes na dieta que atendem às
necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis de uma determinada população. Vamos conhecê-las?
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE MEDIDA
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro
estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você
devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
 Definir o conceito das recomendações nutricionais
RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES
As recomendações nutricionais vêm sendo desenvolvidas há diversos anos e são utilizadas nos diferentes estágios de vida como base da orientação
da alimentação a ser consumida para satisfazer às necessidades de diversas populações sem eventuais manifestações de carência ou de efeitos
adversos.
As recomendações nutricionais mais conhecidas e em uso há mais tempo são aquelas desenvolvidas pelo Food and Nutrition Board do National
Research Council, publicadas desde 1941. Em 1989, a 10ª edição da Recommended Dietary Allowances (RDAs) para a população saudável dos
Estados Unidos sofreu a última atualização. No ano de 1990, a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) ajustou essas
recomendações nutricionais para a população brasileira. Hoje, no mundo inteiro, órgãos estatais e privados divulgam uma série de recomendações
nutricionais diferentes.
A mais recente publicação sobre recomendações de nutrientes deriva de um trabalho conjunto de especialistas do Food and Nutrition Board (FNB) e
do Institute of Medicine (IOM) dos Estados Unidos e do Health Canada, cujas publicações na íntegra podem ser obtidas por meio da consulta ao site
da The National Academy Press. No ano de 1997, esse comitê publicou um conjunto de valores de ingestão diária de referência (Dietary Reference
Intakes – DRIs) para nutrientes e energia, visando substituir as RDAs publicadas anteriormente.
As DRIs são constituídas por quatro valores de recomendação de ingestão dietética para o mesmo nutriente que deverão ser utilizados para
planejamento e avaliação de dietas de indivíduos saudáveis, além de definir rotulagem e programas de orientação nutricional:
Necessidade média estimada (EAR)
Ingestão dietética recomendada (RDA)
Ingestão adequada (AI)
Nível máximo de ingestão tolerável (UL)
Destacamos que as recomendações nutricionais aqui discutidas não são elaboradas para o planejamento de planos alimentares destinados a
indivíduos com patologias específicas.
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INGESTÃO DIÁRIA DE REFERÊNCIA (DRI)
NECESSIDADE MÉDIA ESTIMADA (EAR, ESTIMATED AVERAGE REQUIREMENT )
Refere-se à quantidade estimada do nutriente para suprir as necessidades de 50% dos indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado
fisiológico e sexo.
É o princípio para o cálculo da RDA.
Aplicação: avaliar a adequação e planejar a dieta de indivíduos ou grupos populacionais.
INGESTÃO DIETÉTICA RECOMENDADA (RDA, RECOMMENDED DIETARY
ALLOWANCE )
É o valor de recomendação que corresponde à ingestão adequada de um nutriente para cobrir as necessidades de praticamente todos os indivíduos
saudáveis (97 a 98%) em determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo.
Aplicação: meta de ingestão na prescrição da dieta para indivíduos saudáveis.
Não deve ser utilizada para avaliar a adequação da dieta e nem para planejar cardápios de grupos populacionais.
INGESTÃO ADEQUADA (AI, ADEQUATE INTAKE )
Para os nutrientes em que ainda não é possível determinar a RDA, o FNB e o IOM, divulgaram a ingestão adequada (AI), derivada de estudos
experimentais ou observacionais que demonstram o consumo recomendável do nutriente que mantém um indicador de saúde desejável para grupo ou
grupos de indivíduos considerados saudáveis.
Aplicação: meta de ingestão na prescrição da dieta para indivíduos saudáveis.
NÍVEL MÁXIMO DE INGESTÃO TOLERÁVEL (UL, TOLERABLE UPPER INTAKE LEVEL )
Nível mais alto de ingestão continuada de um nutriente, isento de risco de efeitos adversos à saúde para quase todos os indivíduos de uma população.
É difícil ingerir superdosagens de vitaminas e minerais por meio das fontes alimentares naturais, mas fica muito mais fácil se esses elementos
estiverem disponibilizados sob a forma de alimentos fortificados e suplementos, com doses ingeridas cada vez maiores.
Ainda não foi possível determinar valores de UL para todos os nutrientes. Isso não significa dizer que não há riscos de manifestação de efeitos
colaterais devido ao consumo excessivo. Logo, cuidados extras são necessários.
À medida que os valores de ingestão exceder o UL, o risco de efeito adverso aumenta.
A UL não é um nível de ingestão recomendável.
Aplicação: verificar a possibilidade de consumo excessivo.
Tipo de uso Individual Grupo
Planejamento
RDA – meta de ingestão.
EAR – utilizado em conjunto com a medida
de variabilidade da ingestão do grupo para
estabelecer metas para o consumo médio
de uma população específica.
AI – meta de ingestão.
UL – utilizado como um guia para limitar o consumo de nutrientes,uma
vez que a ingestão crônica de quantidades elevadas pode aumentar o
risco de efeitos adversos.
Avaliação
EAR – utilizado para verificar a possibilidade de inadequação do consumo;
no entanto, a avaliação mais precisa do estado nutricional requer o uso de
indicadores bioquímicos, clínicos e/ou antropométricos.
EAR – utilizado para estimar a prevalência
de inadequação em determinado grupo.
AI – uma ingestão nesse nível tem baixa probabilidade de inadequação.
AI – uma ingestão média nesse nível
implica baixa frequência de inadequação.
UL – utilizado para verificar a possibilidade de consumo excessivo; uma
ingestão acima desse nível tem risco de efeitos adversos; no entanto, a
avaliação mais precisa do estado nutricional requer o uso de indicadores
bioquímicos, clínicos e/ou antropométricos.
UL – usado para estimar a frequência de
níveis de ingestões sujeitos a risco de
efeitos adversos.
Quadro: Aplicação das ingestões diárias de referência (DRIs).
 Extraída de: CUPPARI; 2005, p. 6.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Portanto, para a avaliação de dietas de indivíduos, os valores de EAR e UL são as referências mais adequadas, enquanto RDA ou AI devem ser
utilizadas como metas de ingestão. Valores habituais de ingestão abaixo do EAR apresentam grandes chances de inadequação; e acima do UL, risco
de toxicidade. Porém, se a ingestão habitual estiver acima dos valores da RDA, haverá maiores chances de que as necessidades nutricionais, tanto de
indivíduos quanto de populações, sejam atendidas. Quando apenas o valor de AI se encontrar disponível, haverá maior incerteza para avaliar se um
determinado nutriente é fornecido pela dieta em quantidades adequadas e não será possível chegar a uma conclusão sobre inadequação quando os
valores de ingestão forem menores do que o valor de referência.
É preciso considerar que as DRIs se baseiam nas necessidades dos indivíduos americanos e canadenses, assim, elas devem ser aplicadas com
bastante cautela. Além disso, não contamos com dados atualizados de pesquisas específicas sobre a dieta da população brasileira, portanto não
conhecemos a variabilidade intrapessoal na ingestão dos vários nutrientes. Logo, outros parâmetros biológicos, que se relacionam aos nutrientes
analisados, devem ser considerados na avaliação nutricional.
NECESSIDADE ESTIMADA DE ENERGIA (ESTIMATED ENERGY
REQUIREMENT , EER)
O comitê da DRI de energia criou o conceito da necessidade estimada de energia para calcular as necessidades energéticas de indivíduos saudáveis,
de forma a manter o peso corpóreo compatível com boa saúde. É definida como a quantidade de energia proveniente da dieta para manutenção do
balanço energético estável em um indivíduo com determinada idade, gênero, peso, estatura e nível de atividade física.
Homens
EER=662 -[9,53 x idade (anos)]+CAF x {[15,91 x peso (kg)]+[539,6 x estatura (m)]}
CAF: Coeficiente de atividade física:
CAF = 1 se NAF sedentário (≥ 1 a < 1,4)
CAF = 1,11 se NAF pouco ativo (≥ 1,4 a < 1,6)
CAF = 1,25 se NAF ativo (≥ 1,6 a < 1,9)
CAF = 1,48 se NAF muito ativo (≥ 1,9 a < 2,5)
Mulheres
EER =354 -[6,91 x idade (anos)]+CAF x {[9,36 x peso (kg)]+[726 x estatura (m)]}
CAF: Coeficiente de atividade física:
CAF = 1 se NAF sedentário (≥ 1 a < 1,4)
CAF = 1,12 se NAF pouco ativo (≥ 1,4 a < 1,6)
CAF = 1,27 se NAF ativo (≥ 1,6 a < 1,9)
CAF = 1,45 se NAF muito ativo (≥ 1,9 a < 2,5)
Tabela: Equações para o cálculo da necessidade estimada de energia (EER) para adultos com 19 anos ou mais.
NAF: Nível de atividade física
 Extraído de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
FAIXA DE DISTRIBUIÇÃO ACEITÁVEL DE MACRONUTRIENTES (AMDR)
Além dos micronutrientes, os diversos tipos de carboidratos (simples, complexos, glicêmicos, fibras), gorduras (saturadas, monoinsaturadas, poli-
insaturadas) e proteínas (animais ou vegetais) têm sido associados de diversas formas com relação ao risco de doenças crônicas não transmissíveis.
Ao contrário dos micronutrientes, os macronutrientes contribuem para a ingestão de calorias pela dieta.
O IOM propôs, então, adequar a ingestão energética em macronutrientes utilizando o conceito faixa de distribuição aceitável de macronutrientes
(AMDR, Acceptable Macronutrients of Distribution Ranges ), que é expressa em porcentagem e inclui intervalos com limite inferior e superior de
ingestão de macronutrientes baseados na ingestão energética total.
Macronutriente Proporção de energia (%)
Proteínas 10 a 35
Lipídeos 20 a 25
Ácido linoleico 5 a 10
Ácido linolênico 0,6 a 1,2
Carboidratos 45 a 65
Tabela – Valores de ingestão diária de referência para adultos – macronutrientes (AMDR)
 Extraído de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quando a ingestão de macronutrientes fica dentro da AMDR, significa que a alimentação está associada à redução de doenças crônicas e ao
fornecimento de quantidades adequadas de nutrientes essenciais.
Nas tabelas a seguir, apresentamos os valores de referência das quatro categorias publicadas entre 1997 e 2019. Foram reunidos os valores de EAR e
RDA ou AI, além dos valores de UL para homens e mulheres até 70 anos, gestantes e lactantes.
TABELAS DE VALORES DE INGESTÃO DIÁRIA DE REFERÊNCIA
Tabela – Valores de ingestão diária de referência – vitaminas lipossolúveis
Idade (anos)
Vitamina Aa (mg/dia) Vitamina Db (μg/dia) Vitamina Ec (mg/dia) Vitamina K (μg/dia)
EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL AI UL
Homens
19 – 30 625 900 3.000 10 15 100 12 15 1.000 120 ND
31 – 50 625 900 3.000 10 15 100 12 15 1.000 120 ND
51 – 70 625 900 3.000 10 15 100 12 15 1.000 120 ND
Mulheres
19 – 30 500 700 3.000 10 15 100 12 15 1.000 90 ND
31 – 50 500 700 3.000 10 15 100 12 15 1.000 90 ND
51 – 70 500 700 3.000 10 15 100 12 15 1.000 90 ND
Gestantes
19 – 30 550 770 3.000 10 15 100 12 15 1.000 90 ND
31 – 50 550 770 3.000 10 15 100 12 15 1.000 90 ND
Lactantes
19 – 30 900 1.300 3.000 10 15 100 16 19 1.000 90 ND
31 – 50 900 1.300 3.000 10 15 100 16 19 1.000 90 ND
a Como equivalente da atividade de retinol (RAEs): 1 ERA = 1μg de retinol, 12μg de betacaroteno, 24μg de alfa-caroteno ou de 24μg betacriptoxantina.
b Como colecalciferol: 1μg de colecalciferol = 40 unidades internacionais (UI) de vitamina D.
c Como alfatocoferol: alfatocoferol inclui RRR-alfatocoferol e as formas isoméricas 2R alfatocoferol – (RRR -RSR-, RRS e RSS alfatocoferol) presente
em alimentos fortificados e suplementos.
ND = Não determinado.
 Extraída de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2000, 2001, 2011.
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Tabela – Valores de ingestão diária de referência – vitaminas hidrossolúveis
Idade
(anos)
Tiamina (mg/dia) Riboflavina (mg/dia) Niacinaa (mg/dia) Vitamina B6 (mg/dia) Folatob (μg/dia
EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA
Homens
19 –
30
1 1,2 ND 1,1 1,3 ND 12 16 35 1,1 1,3 100 320 400
31 –
50
1 1,2 ND 1,1 1,3 ND 12 16 35 1,1 1,3 100 320 400
51 –
70
1 1,2 ND 1,1 1,3 ND 12 16 35 1,4 1,7 100 320 400
Mulheres
19 –
30
0,9 1,1 ND 0,9 1,1 ND 11 14 35 1,1 1,3 100 320 400
31 –
50
0,9 1,1 ND 0,9 1,1 ND 11 14 35 1,1 1,3 100 320 400
51 –
70
0,9 1,1 ND 0,9 1,1 ND 11 14 35 1,3 1,5 100 320 400
Gestantes
19 –
30
1,2 1,4 ND 1,2 1,4 ND 14 18 35 1,6 1,9 100 520 600
31 –
50
1,2 1,4 ND 1,2 1,4 ND 14 18 35 1,6 1,9 100 520 600
Lactantes
19 –
30
1,2 1,4 ND 1,3 1,6 ND 13 17 35 1,7 2 100 450 500
31 –
50
1,2 1,4 ND 1,3 1,6 ND 13 17 35 1,7 2 100 450 500
a Na forma de equivalente de niacina (NE): 1mg de niacina é igual a 60mg de triptofano.
b Na forma de equivalente de folato alimentar (DFE). 1 DFE = 1 g de folato alimentar ou 0,6 g de ácido fólico (alimentos fortificados ou suplementos
ingeridos com a alimentação) ou 0,5 g de ácido fólico sintético (suplementotomado com estômago vazio).
c Como alfatocoferol: alfatocoferol inclui RRR-alfatocoferol e as formas isoméricas 2R alfatocoferol – (RRR -RSR-, RRS e RSS alfatocoferol) presente
em alimentos fortificados e suplementos.
ND = Não determinado.
 Extraída de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 1998.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela – Valores de ingestão diária de referência – vitaminas hidrossolúveis (continuação)
Idade
(anos)
Vitamina C (mg/dia) Vitamina B12c (μg/dia)
Ácido Pantotênico
(mg/dia)
Biotina
(μg/dia)
Colinad
(mg/dia)
EAR RDA UL EAR RDA UL AI UL AI UL AI UL
Homens
19 – 30 75 90 2.000 2 2,4 ND 5 ND 30 ND 550 3.500
31 – 50 75 90 2.000 2 2,4 ND 5 ND 30 ND 550 3.500
51 – 70 75 90 2.000 2 2,4 ND 5 ND 30 ND 550 3.500
Mulheres
19 – 30 60 75 2.000 2 2,4 ND 5 ND 30 ND 425 3.500
31 – 50 60 75 2.000 2 2,4 ND 5 ND 30 ND 425 3.500
51 – 70 60 75 2.000 2 2,4 ND 5 ND 30 ND 425 3.500
Gestantes
19 – 30 70 85 2.000 2,2 2,6 ND 6 ND 30 ND 450 3.500
31 – 50 70 85 2.000 2,2 2,6 ND 6 ND 30 ND 450 3.500
Lactantes
19 – 30 100 120 2.000 2,4 2,8 ND 7 ND 35 ND 550 3.500
31 – 50 100 120 2.000 2,4 2,8 ND 7 ND 35 ND 550 3.500
c Em função da má-absorção de vitamina B12 dos alimentos em 10 a 30% dos idosos, é aconselhado que pessoas acima de 50 anos atinjam suas
RDAs com o consumo, de preferência, de alimentos fortificados e/ou suplementos.
d Apesar de ter sido estabelecida AI para colina, há poucas evidências de que seja necessária na dieta de grupos em todas as idades, e é provável
que possa ser suprida por síntese endógena em determinadas fases.
ND = Não determinado.
 Extraída de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 1998, 2000.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela – Valores de ingestão diária de referência – minerais
Idade
(anos)
Cálcio (mg/dia) Fósforo (mg/dia) Magnésio (mg/dia) Ferro (mg/dia) Iodo (μ
EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RDA UL EAR RD
Homens
19 –
30
800 1.000 2.500 580 700 4.000 330 400 350 6 8 45 95 150
31 –
50
800 1.000 2.500 580 700 4.000 350 420 350 6 8 45 95 150
51 – 800 1.000 2.000 580 700 4.000 350 420 350 6 8 45 95 150
70
Mulheres
19 –
30
800 1.000 2.500 580 700 4.000 255 310 350 8,1 18 45 95 150
31 –
50
800 1.000 2.500 580 700 4.000 265 320 350 8,1 18 45 95 150
51 –
70
1.000 1.200 2.000 580 700 4.000 265 320 350 5 8 45 95 150
Gestantes
19 –
30
800 1.000 2.500 580 700 3.500 290 350 350 22 27 45 160 220
31 –
50
800 1.000 2.500 580 700 3.500 300 360 350 22 27 45 160 220
Lactantes
19 –
30
800 1.000 2.500 580 700 4.000 255 310 350 6,5 9 45 209 290
31 –
50
800 1.000 2.500 580 700 4.000 265 320 350 6,5 9 45 209 290
ND = Não determinado.
 Extraída de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 1997, 2001, 2011.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela – Valores de ingestão diária de referência – minerais (continuação)
Idade (anos)
Zinco (mg/dia) Selênio (μg/dia) Flúor (mg/dia) Manganês (mg/dia) Cromo (μg/dia)
EAR RDA UL EAR RDA UL AI UL AI UL AI UL
Homens
19 – 30 9,4 11 40 45 55 400 4 10 2,3 11 35 ND
31 – 50 9,4 11 40 45 55 400 4 10 2,3 11 35 ND
51 – 70 9,4 11 40 45 55 400 4 10 2,3 11 30 ND
Mulheres
19 – 30 6,8 8 40 45 55 400 3 10 1,8 11 25 ND
31 – 50 6,8 8 40 45 55 400 3 10 1,8 11 25 ND
51 – 70 6,8 8 40 45 55 400 3 10 1,8 11 20 ND
Gestantes
19 – 30 9,5 11 40 49 60 400 3 10 2 11 30 ND
31 – 50 9,5 11 40 49 60 400 3 10 2 11 30 ND
Lactantes
19 – 30 10,4 12 40 59 70 400 3 10 2,6 11 45 ND
31 – 50 10,4 12 40 59 70 400 3 10 2,6 11 45 ND
ND = Não determinado.
 Extraída de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 1997, 2000, 2001.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela – Valores de ingestão diária de referência – minerais (continuação)
Idade (anos)
Cobre (μg/dia) Molibdêmio (μg/dia) Potássio (g/dia) Sódio (g/dia) Cloro (g/dia)
EAR RDA UL EAR RDA UL AI UL AI UL AI UL
Homens
19 – 30 700 900 10.000 34 45 2.000 3,4 ND 1,5 ND 2,3 3,6
31 – 50 700 900 10.000 34 45 2.000 3,4 ND 1,5 ND 2,3 3,6
51 – 70 700 900 10.000 34 45 2.000 3,4 ND 1,5 ND 2 3,6
Mulheres
19 – 30 700 900 10.000 34 45 2.000 2,6 ND 1,5 ND 2,3 3,6
31 – 50 700 900 10.000 34 45 2.000 2,6 ND 1,5 ND 2,3 3,6
51 – 70 700 900 10.000 34 45 2.000 2,6 ND 1,5 ND 2 3,6
Gestantes
19 – 30 800 1.100 10.000 40 50 2.000 2,9 ND 1,5 ND 2,3 3,6
31 – 50 800 1.100 10.000 40 50 2.000 2,9 ND 1,5 ND 2,3 3,6
Lactantes
19 – 30 1.000 1.300 10.000 36 50 2.000 2,8 ND 1,5 ND 2,3 3,6
31 – 50 1.000 1.300 10.000 36 50 2.000 2,8 ND 1,5 ND 2,3 3,6
ND = Não determinado.
 Extraída de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A IMPORTÂNCIA DE ATINGIR A RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL NA
PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA
A especialista Aline Monteiro fala sobre a importância de atingir a recomendação nutricional na prescrição dietoterápica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (PUC PR/PREF FAZ RG - 2018) AS DIETARY REFERENCE INTAKES (DRI), TRADUZIDAS PARA O PORTUGUÊS
COMO INGESTÕES DIETÉTICAS DE REFERÊNCIA, DISCRIMINAM AS RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES
ESPECÍFICOS PARA MANUTENÇÃO DA SAÚDE. COMPÕEM AS DRI: A NECESSIDADE MÉDIA ESTIMADA (EAR), A
INGESTÃO DIETÉTICA RECOMENDADA (RDA), A INGESTÃO ADEQUADA (AI) E O LIMITE SUPERIOR TOLERÁVEL DE
INGESTÃO (UL). AS SIGLAS ESTÃO APRESENTADAS NA LÍNGUA INGLESA, POIS SÃO ROTINEIRAMENTE
DESCRITAS DESSA MANEIRA. TRÊS SITUAÇÕES QUE SE REFEREM AO CONCEITO E ÀS APLICAÇÕES DOS
COMPONENTES DA DRI ESTÃO APRESENTADAS A SEGUIR: 
 
UM PACIENTE ATENDIDO NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO RELATOU INGERIR TRÊS TIPOS DIFERENTES DE
CÁPSULAS DE VITAMINAS POR INDICAÇÃO DE AMIGOS: UMA DE RETINOL E DUAS DE BETACAROTENO.
PARA VERIFICAR RISCO DE TOXICIDADE, FOI UTILIZADA A RDA DE CADA UM DESSES NUTRIENTES
AVALIANDO-SE A SOMATÓRIA DO SUPLEMENTO COM O REGISTRO ALIMENTAR DE 3 DIAS.
APESAR DO ÁCIDO LINOLEICO E ÁCIDO ALFA-LINOLÊNICO SEREM DENOMINADOS ÁCIDOS GRAXOS
ESSENCIAIS, AS RECOMENDAÇÕES ESTÃO EM UL, POIS, NESSE CASO, NÃO FOI POSSÍVEL DETERMINAR A
EAR, PORTANTO FOI IGUALMENTE IMPOSSÍVEL DETERMINAR A RDA.
UM CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL COMPORTA UMA POPULAÇÃO DE CRIANÇAS COM MÉDIA
DE IDADE DE 2,5 ANOS. O NUTRICIONISTA RECOMENDOU A UTILIZAÇÃO DA EAR PARA AVALIAÇÃO DA
PROBABILIDADE DE INADEQUAÇÃO DE INGESTÃO DOS NUTRIENTES PELAS CRIANÇAS.
 
QUAL ALTERNATIVA A SEGUIR APONTA A(S) AFIRMATIVA(S) CORRETA(S)?
A) Apenas a afirmativa I
B) Apenas a afirmativa II
C) Apenas a afirmativa III
D) Apenas as afirmativas I e II
E) Apenas as afirmativas II e III
2. NO PLANEJAMENTO DA DIETA PARA UMA GESTANTE DE 28 ANOS, A INGESTÃO DIETÉTICA RECOMENDADA
(DRI) DE VITAMINA A (ΜG); DE CÁLCIO (MG); DE FERRO (MG) É, RESPECTIVAMENTE
A) 850; 1000; 25
B) 770; 1000; 27
C) 700; 750; 25
D) 660; 750; 20
E) 600; 750; 20
GABARITO
1. (PUC PR/Pref Faz RG - 2018) As Dietary Reference Intakes (DRI), traduzidas para o português como ingestões dietéticas de referência,
discriminam as recomendações de nutrientes específicos para manutenção da saúde. Compõem as DRI: a necessidade média estimada
(EAR), a ingestão dietética recomendada (RDA), a ingestão adequada (AI) e o limite superior tolerável de ingestão (UL). As siglas estão
apresentadas na língua inglesa, pois são rotineiramente descritas dessa maneira. Três situações que se referem ao conceito e às aplicações
dos componentes da DRI estão apresentadas a seguir: 
 
Um paciente atendido no ambulatório de Nutrição relatou ingerir três tipos diferentes de cápsulas de vitaminas por indicação de
amigos: uma de retinol e duas de betacaroteno. Para verificar risco de toxicidade, foi utilizada a RDA de cada um desses nutrientes
avaliando-se a somatória do suplemento com o registro alimentar de 3 dias.
Apesar do ácido linoleico e ácido alfa-linolênico serem denominados ácidos graxos essenciais, as recomendações estão em UL, pois,nesse caso, não foi possível determinar a EAR, portanto foi igualmente impossível determinar a RDA.
Um Centro Municipal de Educação Infantil comporta uma população de crianças com média de idade de 2,5 anos. O nutricionista
recomendou a utilização da EAR para avaliação da probabilidade de inadequação de ingestão dos nutrientes pelas crianças.
 
Qual alternativa a seguir aponta a(s) afirmativa(s) correta(s)?
A alternativa "C " está correta.
 
O valor de referência EAR é utilizado para avaliar dietas de indivíduos e/ou grupos populacionais. Quando não for possível determinar o EAR,
utilizaremos o valor de referência AI. O valor de referência para avaliar risco de toxicidade é o UL.
2. No planejamento da dieta para uma gestante de 28 anos, a ingestão dietética recomendada (DRI) de vitamina A (μg); de cálcio (mg); de
ferro (mg) é, respectivamente
A alternativa "B " está correta.
 
Para o planejamento de dietas utilizamos como meta de planejamento o valor de referência RDA.
MÓDULO 2
 Identificar os grupos de alimentos e seus principais efeitos
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
Os alimentos são todas as substâncias sólidas e líquidas que, levadas ao trato gastrointestinal, são degradadas e depois usadas para formar e/ou
manter os tecidos do corpo, regular processos orgânicos, fornecer nutrientes e energia, além de transmitirem satisfação emocional, estímulos
hormonais e convívio social.
A classificação dos alimentos é uma ferramenta útil para tornar didáticas as orientações nutricionais. Esse tipo de recurso vem sendo amplamente
utilizado em vários países, a fim de aconselhar e orientar consumidores, além da população em geral. Uma das primeiras classificações, utilizadas em
todo o mundo, foi a clássica divisão dos alimentos conforme a função no organismo:
CONSTRUTORES
Fontes de proteínas: carnes, ovos, laticínios e derivados, leguminosas
ENERGÉTICOS
Fontes de carboidratos e gorduras: cereais, raízes e tubérculos, açúcares e doces, óleos e gorduras
REGULADORES
Fontes de vitaminas e minerais: frutas, legumes e verduras
Conceitos sobre alimentos, fonte e escolhas alimentares inteligentes permitirão aproximar a prática dietética aos princípios básicos da Nutrição em
busca de uma alimentação saudável. A proposta de apresentar nutrientes a partir de grupos de alimentos permite um melhor entendimento do papel e
da importância de que cada alimento tem para a composição de uma refeição.
ALIMENTOS CONSTRUTORES
Esse grupo é constituído por alimentos de origem animal e vegetal que contribuem principalmente com fontes de proteínas. Essas são formadas por
cadeias lineares de aminoácidos, sem ramificações. Cada proteína apresenta uma composição e sequência de aminoácidos.
As proteínas são consideradas o segundo maior constituinte do organismo humano, onde desempenham diversas funções biológicas, como: estrutural,
transporte, catalítica, contração, defesa, reguladora e ainda podendo exercer a função energética. Sobre o ponto de vista dietético e nutricional, as
proteínas são necessárias para o crescimento, a renovação e a construção de tecidos, além de serem responsáveis pelo fornecimento de aminoácidos
essenciais.
 
Imagem: Shutterstock.com
Os alimentos construtores podem apresentar valores nutricionais para proteínas distintos. A qualidade nutricional de uma proteína pode ser
determinada por diferentes métodos que avaliam sua quantidade em alimentos, composição química em aminoácidos essenciais, digestibilidade e
biodisponibilidade para o organismo humano.
 ATENÇÃO
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As proteínas de origem animal são consideradas de alta qualidade nutricional por serem completas em aminoácidos essenciais e apresentarem uma
alta disponibilidade. Também encontramos alimentos de origem vegetal como boas fontes de proteínas, porém, não são completos em todos os
aminoácidos essenciais e tendem a apresentar uma digestibilidade menor quando comparados às fontes animais.
GRUPO DAS CARNES E OVOS
Dentre os alimentos considerados como fonte de proteína, podemos destacar o grupo das carnes e ovos, o qual inclui as carnes e vísceras de todos
os animais e os ovos de galinha e de outras aves.
O grupo das carnes é uma importante fonte de proteínas de alta qualidade, ferro, zinco e vitaminas tiamina, riboflavina, niacina, vitamina A e B12.
 ATENÇÃO
Hoje, diversos estudos apontam que deve haver moderação no consumo de carne vermelha e carnes processadas, caso contrário, pode-se colocar
em risco a saúde. A carne vermelha apresenta alto teor de gordura saturada, a qual está associada ao aumento dos níveis plasmáticos de colesterol e
à resistência à insulina. O consumo de carnes processadas pode ainda estar relacionado ao aumento do risco de câncer.
A orientação é dar preferência a outras classes de carnes, como, por exemplo, de aves e peixes. Grande parte da gordura das aves está localizada
abaixo da pele e pode ser facilmente removida. O consumo de peixes apresenta benefícios para a saúde devido ao seu conteúdo de ácidos graxos
poli-insaturados W3, contribuindo para reduzir o risco de doença cardíaca.
 
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Os ovos possuem alta qualidade nutricional para proteínas, além de contribuírem com fontes de vitaminas, minerais e os antioxidantes luteína e
zeaxantina, essenciais para a saúde dos olhos. O consumo de ovos foi encorajado diante dos vários nutrientes presentes e devido a estudos recentes
não demonstrarem alterações significativas no colesterol plasmático.
GRUPO DO LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
O leite e seus derivados também são excelentes fontes de proteína de alta qualidade nutricional, pois são completos em todos os aminoácidos
essenciais. O carboidrato presente no leite é a lactose, a qual é digerida no intestino pela enzima lactase.
 
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O leite integral, o semidesnatado e o desnatado contêm 3,8, 1,4 e < 0,1% de gordura, respectivamente. 25% desse conteúdo é gordura
monoinsaturada e cerca de dois terços são de gorduras saturadas. É preciso sempre estar atento aos teores de gordura saturada desses alimentos e
analisar de acordo com a população a consumir.
O leite contribui com fontes de vitamina B12, riboflavina, folato e vitamina A, e representa a fonte mais rica em cálcio nas dietas ocidentais, além de
fornecer outros minerais, como fósforo, magnésio, potássio, zinco, sódio, e baixo teor de ferro.
Uma porção de 200g de iogurte ou 40g de queijo é equivalente a um copo de 250mL de leite, com a mesma quantidade de energia e cálcio.
GRUPO DAS LEGUMINOSAS
Esse grupo de alimentos inclui vários tipos de feijões, soja, ervilhas, lentilhas, amendoim e grão-de-bico. São alimentos de alta qualidade nutricional,
sendo ricos em carboidratos e fibras solúveis e insolúveis, a maioria apresenta baixo conteúdo de lipídeos. São uma boa fonte de vitaminas do
complexo B e minerais, como ferro, zinco, magnésio e cálcio.
As leguminosas fornecem quantidades adequadas de proteínas, porém não são completas em todos os aminoácidos essenciais. O seu aminoácido
limitante é a metionina, porém, como são ricas em lisina, as proteínas das leguminosas são bem complementadas pelos cereais. Corresponde ao
valor nutricional, do ponto de vista proteico, equivalente àquele apresentado pelas proteínas de origem animal.
Não podemos esquecer que as leguminosas cruas apresentam em sua composição química várias substâncias tóxicas que podem interferir na sua
qualidade nutricional. A maioria dessas substâncias são inativadas pelo processamento ou cozimento da leguminosa.
GRUPO DAS OLEAGINOSAS
Os tipos mais comuns incluem as castanhas, nozes, amêndoas, avelãs e macadâmias. O teor de proteínas varia de 2 a 25% e a lisina é o aminoácido
limitante. Os alimentos que integram esse grupo apresentam baixo teor de água e alto teor gordura (ácidos graxos mono e poli-insaturados), além de
serem boas fontes de fibras, vitaminas do complexo B e vitamina E, minerais como ferro, zinco, potássio, selênio. Contêm compostos antioxidantes

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