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Avaliação da composição corporal - Tema 2

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DESCRIÇÃO
Abordagem da avaliação da composição corporal, dos modelos de compartimentos corporais e da antropometria, com descrição dos métodos e de
suas vantagens e desvantagens na avaliação nutricional de adultos.
PROPÓSITO
Apresentar a metodologia de avaliação da composição corporal de adultos, incluindo a antropometria e os modelos de compartimentos corporais, os
métodos e as técnicas de avaliação para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem da avaliação nutricional.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a antropometria e suas técnicas de medição
MÓDULO 2
Identificar os modelos de compartimentos corporais e os métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos utilizados na avaliação da composição
corporal
INTRODUÇÃO
VOCÊ SABIA?
A COMPOSIÇÃO CORPORAL REPRESENTA A DISTRIBUIÇÃO DA MASSA CORPORAL EM
COMPARTIMENTOS SEPARADOS.
A ESTIMATIVA OU A MEDIÇÃO DE DIFERENTES TECIDOS E COMPARTIMENTOS DO CORPO DEVE
SER FEITA UTILIZANDO METODOLOGIAS E INSTRUMENTOS QUE NÃO INFLIJAM DANOS AOS
INDIVÍDUOS AVALIADOS.
O TEMPO E OS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAR DETERMINADO PROCEDIMENTO
PODEM TER LIMITAÇÕES DE USO EM ALGUNS AMBIENTES E SITUAÇÕES.
NESTE TEMA, VAMOS...
 
Imagem: Ensine.Me
APRESENTAR A METODOLOGIA APLICADA NA AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA COMUMENTE
UTILIZADA NA ANÁLISE DO ESTADO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS ADULTOS.
 
Imagem: Ensine.Me
ABRANGEREMOS AS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E AS TÉCNICAS DE MEDIÇÃO
MENCIONANDO ALGUNS PRÓS E CONTRAS DA ANTROPOMETRIA.
 
Imagem: Ensine.Me
APRESENTAREMOS TAMBÉM OS MODELOS DE COMPARTIMENTOS CORPORAIS E A DESCRIÇÃO
DOS MÉTODOS DIRETOS, INDIRETOS E DUPLAMENTE INDIRETOS, ALÉM DE APONTAR
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA UM NO CONTEXTO DA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO
CORPORAL.
MÓDULO 1
 Descrever a antropometria e suas técnicas de medição
ANTROPOMETRIA
A antropometria consiste na obtenção de medidas externas aferidas no corpo. A medição do tamanho do corpo é, em geral, representada pela medida
de variáveis antropométricas que incluem o peso, representando a massa corporal, e a altura.
A proporção de diferentes compartimentos do corpo pode ser avaliada por outras variáveis antropométricas, como as medidas do
tronco (circunferências da cintura e quadril) e dos membros (circunferências do meio do braço e da panturrilha) e a espessura de dobras cutâneas,
úteis na estimativa da massa corporal gorda e não gorda.
AS VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS PODEM SER COMBINADAS COMPONDO ÍNDICES,
POR EXEMPLO O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC), QUE REFLETE O TAMANHO
TOTAL DA MASSA CORPORAL INCLUINDO NO SEU CÁLCULO AS MEDIDAS DE PESO
E ALTURA.
Vejamos algumas vantagens e desvantagens da antropometria para uso na avaliação nutricional de rotina:
VANTAGENS
• Aplicação simples e prática; permite ampla utilização e demanda baixos recursos e gastos.
• Permite a análise da magnitude da alteração, desde subnutrição grave até o excesso de gordura, relacionando-o com o risco para doenças.
• Combinada com testes de aptidão física, serve de base para avaliação da capacidade funcional.

DESVANTAGENS
• Limitada por condições físicas que impedem sua realização de acordo com a técnica padronizada.
• Imprecisão na medição das variáveis antropométricas aferidas.
A maneira mais eficaz de melhorar a precisão das medições de variáveis antropométricas é sempre seguir o mesmo procedimento e a mesma técnica
de forma padronizada.
 ATENÇÃO
É importante interpretar os resultados usando os valores de corte específicos da população avaliada.
A escolha da variável antropométrica mais apropriada depende:
DO OBJETIVO

DO CONHECIMENTO DAS VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E SUAS TÉCNICAS DE
MEDIÇÃO

DA APLICABILIDADE E DAS LIMITAÇÕES DE USO.
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DA ALTURA
A altura é usada como variável no cálculo do IMC e é útil na detecção de alteração da massa corporal estimada. A medida da altura deve ser feita
utilizando equipamento apropriado e técnica padronizada.
 
Imagem: Shutterstock.com
UMA OPÇÃO É O USO DO ESTADIÔMETRO QUE CONTÉM UMA PLATAFORMA HORIZONTAL LISA E
PLANA PARA O POSICIONAMENTO DOS PÉS, UMA HASTE VERTICAL COM ESCALA DE MEDIDA
POSICIONADA EM ÂNGULO RETO COM A PLATAFORMA E UMA HASTE HORIZONTAL (CURSOR)
NA PARTE SUPERIOR PARA SER POSICIONADA NO TOPO DA CABEÇA (EM UM ÂNGULO RETO
COM A HASTE VERTICAL).
Imagem: Shutterstock.com
A técnica de medição padrão para aferir a altura descreve que:

O indivíduo deve pisar descalço sobre a plataforma do estadiômetro mantendo ângulo reto com a haste vertical.

Deve ainda ficar em pé com os calcanhares juntos e o peso distribuído uniformemente em ambos os pés.

Os calcanhares devem ficar encostados na haste vertical e, se possível, também as nádegas e as omoplatas.

Os pés, voltados para fora em ângulo de 60 graus. Em caso de genu valgo (ou seja, joelhos voltados para dentro encostando um no outro), os pés
precisam ficar separados para evitar a sobreposição dos joelhos, mas o contato entre os joelhos deve ser mantido.

Os braços soltos ao lado do corpo com as palmas voltadas para as coxas, a cabeça ereta e os olhos focados à frente ( plano de Frankfort).
javascript:void(0)

A haste horizontal do estadiômetro, também chamada de cursor, deve ser ajustada ao ponto mais alto da cabeça comprimindo o cabelo (retirar
acessórios da cabeça e dos cabelos do cliente).

Ao posicionar o cursor e proceder a leitura da altura, o indivíduo deve inspirar — a medida é então observada com aproximação de 0,1cm.
PLANO DE FRANKFORT
 
Imagem: MADDEN, TSIKOURA e STOTT (2012, p. 8).
Posicionamento da cabeça na aferição da altura de acordo com o plano de Frankfort — a cabeça deve ser posicionada de modo que a cavidade
ocular inferior esteja horizontalmente nivelada com o canal auditivo superior.
Não havendo um estadiômetro, pode-se usar uma fita métrica flexível e inelástica presa à parede. Veja as etapas desta medição:
Posicionar a fita verticalmente em ângulo reto no limite da parede com o chão (liso, plano e sem rodapé).

Manter o início da fita (escala começando no zero) para baixo e seu ponto máximo na ponta superior.

Posicionar uma barra plana e lisa no topo da cabeça para marcar o ponto correto de leitura da medida da altura na fita métrica.
 ATENÇÃO
A medição da altura aferida na parede, com base em procedimentos adequados, não apresenta diferença significativa da obtida pelo uso do
estadiômetro (GEETA et al., 2009).
 
Imagem: Shutterstock.com
LIMITAÇÕES DA TÉCNICA DE MEDIÇÃO PADRÃO DA ALTURA
Alguns fatores podem limitar ou alterar a precisão da aferição da altura com o estadiômetro, tais como:
Curvatura da espinha dorsal, por exemplo em casos de lesão medular.
Escoliose idiopática e distrofia muscular.
Incapacidade de se levantar, por exemplo em indivíduos hospitalizados.
Incapacidade de ficar de pé, comum em muitas condições neurológicas, em caso de lesões cerebrais graves ocorrendo contraturas.
Pós-operatório imediato para tratamento de lesões articulares, ósseas, de ligamentos e tendões em membros inferiores com indicação de repouso
completo e confinamento no leito.
CONTRATURAS
javascript:void(0)
Desde perda de movimento articular secundária à patologia do tecido conjuntivo, tendões, ligamentos, músculos, cápsulas articulares e
cartilagem
QUANDO A ALTURA NÃO PODE SER AFERIDA, O VALOR DA MEDIDA POR
AUTORRELATO (DO INDIVÍDUO AVALIADO OU DE SEU REPRESENTANTE) OU POR
ESTIMATIVA SÃO AS OPÇÕES POSSÍVEIS.
A ESTIMATIVA DA ALTURA É CALCULADA COM O USO DE OUTRAS MEDIDAS
CORPORAIS EMPREGADAS EM EQUAÇÕES DE PREVISÃO, COMO VEREMOS A
SEGUIR.
ESTIMATIVA DA ALTURA
Entre as medidas corporais utilizadas nas equações de previsão, temos: envergadura corporal; semienvergadura (metade da envergadura corporal);
comprimento do braço; comprimento do antebraço; altura do joelho; altura recumbente; comprimento da mão.
 ATENÇÃO
Ao usar a fita métrica para aferição da altura e do comprimento, deve-se atentar para que seja uma fita flexível e inelástica.
Vejamos cada uma dessas medidas corporais:
ENVERGADURACORPORAL
Medida pela distância entre os braços na horizontal. Medida da distância máxima entre as pontas dos dedos médios das duas mãos.
A MEDIÇÃO PODE SER FEITA COM UMA FITA MÉTRICA OU COM UM ESTADIÔMETRO
HORIZONTAL COLOCADO NA SUPERFÍCIE DA PAREDE PLANA.
O indivíduo deve estar em pé com o tronco ereto contra a parede, os braços esticados e estendidos lateralmente (abertos) e alinhados com os ombros
e as pontas dos dedos no mesmo nível horizontal.
A estimativa da altura é feita a partir de equações derivadas.
MULHERES: ALTURA = 52,1 + (0,68 ENVERGADURA) 
HOMENS: ALTURA = 56,8 + (0,67 ENVERGADURA)
DE LUCIA et al., 2000
MULHERES: ALTURA = 49,57 + (0,674 ENVERGADURA)
MOHANTY; BABU; NAIR, 2001
MULHERES: ALTURA = 43,1 + (0,75 ENVERGADURA) - (0,08 IDADE) 
HOMENS: ALTURA = 54,1 + (0,70 ENVERGADURA) - (0,08 IDADE)
CAPDEROU et al., 2011
SEMIENVERGADURA
Medida através da aferição do comprimento, tomando assim a distância entre o ponto médio do esterno e a ponta do dedo médio (meio da fúrcula
esternal à falange distal do dedo médio). A fita métrica deve passar paralelamente à clavícula.
A altura é então calculada a partir de equações derivadas.
MULHERES: ALTURA (CM) = 1,35 X SEMIENVERGADURA (CM) + 60,1 
HOMENS: ALTURA (CM) = 1,40 X SEMIENVERGADURA (CM) + 57,8
BASSEY, 1986
ALTURA = SEMIENVERGADURA X 2
MITCHELL; LIPSCHITZ, 1982
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
*Sendo 1 para masculino e 2 para feminino (RABITO et al., 2006).
ALTURA= [0,73 X (2 X METADE DA ENVERGADURA DOS BRAÇOS)] + 0,43
WHO, 1999
Altura   =  63, 525 –  (3, 237 x sexo*) –  (0, 06904 x  idade)
  +  (1, 293 x  semienvergadura)
A MEDIDA DA ENVERGADURA PODE TER LIMITAÇÕES PARA SER AFERIDA COM
PRECISÃO EM IDOSOS COM DIFICULDADES DE ESTICAR OS BRAÇOS OU EM
INDIVÍDUOS COM ALTERAÇÃO NAS MEDIDAS DO TÓRAX (POR EXEMPLO, EM
DOENÇAS PULMONARES, CIFOSE E OSTEOPOROSE) E ESPECIALMENTE EM
INDIVÍDUOS HOSPITALIZADOS ACAMADOS. ASSIM, UMA ALTERNATIVA DE
ESTIMATIVA DA ALTURA É O USO DA MEDIDA DO COMPRIMENTO DO BRAÇO OU DA
MÃO, QUE PODE SER REALIZADA COM FACILIDADE, COMO VEREMOS A SEGUIR.
COMPRIMENTO DO BRAÇO
Medida do comprimento total do braço do início do ombro até o punho (ponta do processo acromial da escápula até o final do processo estiloide da
ulna). Alternativamente, pode-se utilizar a medida do antebraço ou o comprimento da mão.
ENTRE ESSAS MEDIDAS, A MAIS DIFUNDIDA É O COMPRIMENTO DO ANTEBRAÇO.
COMPRIMENTO DO ANTEBRAÇO
Medida do comprimento do cotovelo até o punho. Afere-se a medida da ulna entre a ponta do cotovelo (processo olécrano da ulna, que é a ponta
inicial superior da ulna) e o ponto médio do osso proeminente do punho (final do processo estiloide da ulna, que é a extremidade final inferior da ulna).
O indivíduo deve posicionar o braço esquerdo sobre o peito, cruzando o tórax e tocando com a mão no ombro oposto.
A altura é obtida a partir de uma tabela com valores correspondentes entre a medida da ulna (em cm) e a respectiva medida da altura.
Comprimento da ulna
Ulna(cm) 32,0 31,5 31,0 30,5 30,0 29,5 29,0 28,5 28,0 27,5 27,0 26,5 26,0 25,5
Homens
<65
anos
1,94 1,93 1,91 1,89 1,87 1,85 1,84 1,82 1,80 1,78 1,76 1,75 1,73 1,71
≥65
anos
1,87 1,86 1,84 1,82 1,81 1,79 1,78 1,76 1,75 1,73 1,71 1,70 1,68 1,67
Mulheres
<65
anos
1,84 1,83 1,81 1,80 1,79 1,77 1,76 1,75 1,73 1,72 1,70 1,69 1,68 1,66
≥65
anos
1,84 1,83 1,81 1,79 1,78 1,76 1,75 1,73 1,71 1,70 1,68 1,66 1,65 1,63
Comprimento da ulna
Ulna(cm) 25,0 24,5 24,0 23,5 23,0 22,5 22,0 21,5 21,0 20,5 20,0 19,5 19,0 18,5
Homens
<65
anos
1,69 1,67 1,66 1,64 1,62 1,60 1,58 1,57 1,55 1,53 1,51 1,49 1,48 1,46
≥65
anos
1,65 1,63 1,62 1,60 1,59 1,57 1,56 1,54 1,52 1,51 1,49 1,48 1,46 1,45
Mulheres
<65
anos
1,65 1,63 1,62 1,61 1,59 1,58 1,56 1,55 1,54 1,52 1,51 1,50 1,48 1,47
≥65
anos
1,61 1,60 1,58 1,56 1,55 1,53 1,52 1,50 1,48 1,47 1,45 1,44 1,42 1,40
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Valores de altura correspondentes a valores de comprimento da ulna. Autor: The ‘MUST’ report. Nutritional screening for adults: a multidisciplinary
responsibility. Development and use of the ‘Malnutrition Universal Screening Tool’ (‘MUST’) for adults, Elia M, 2003.
ALTURA DO JOELHO
Medida do comprimento do joelho. A perna deve ser posicionada para formar um ângulo de noventa graus com o joelho e o tornozelo. Afere-se a
medida utilizando um paquímetro (ou fita métrica) posicionado na superfície plantar do pé (calcanhar) até a cabeça da patela (rótula).
A altura é então calculada a partir de equações derivadas.
ALTURA = 
MULHERES BRANCAS: 70,25 + (1,87 X ALTURA DE JOELHO) – (0,06 X IDADE) 
MULHERES NEGRAS: 68,1+ (1,86 X ALTURA DE JOELHO) – (0,06 X IDADE) 
HOMENS BRANCOS: 71,85 + (1,88 X ALTURA DE JOELHO) 
HOMENS NEGROS: 73,42+ (1,79 X ALTURA DE JOELHO)
CHUMLEA; GUO; STEINBAUGH, 1994
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
** Sendo 1 para masculino e 0 para feminino (CEREDA; BERTOLI; BATTEZZATI, 2010).
ALTURA RECUMBENTE
Altura =  60, 76  +  (2, 16 x  altura   de   joelho) –  (0, 06 x  idade)  +  (2, 76 x sexo * *)
Consiste na medição da altura do corpo usando uma fita métrica flexível e não elástica, medindo o comprimento do indivíduo deitado na cama em
posição supina do topo da cabeça até a planta do pé. Assim, a altura é igual à altura recumbente.
COMPRIMENTO DA MÃO
Outra avaliação alternativa para indivíduos com limitações físicas que permite aferir a distância que vai desde a linha do punho até o ponto mais distal
do dedo médio, comprimento da falange proximal (perto da palma da mão) ou da falange média do dedo indicador.
Deve ser utilizada uma fita métrica ou um instrumento específico para medir comprimentos de segmentos incluindo os corporais (segmômetro) com
resolução de 0,1cm e 20,0cm de alcance.
O valor do comprimento da mão pode ser calculado a partir de equações derivadas.
ALTURA = MULHERES: 80,400 + (5,122 COMPRIMENTO DA MÃO) - (0,195 IDADE)
HOMENS: 80,400 + (5,122 COMPRIMENTO DA MÃO) - (0,195 IDADE) + 6,383
GUERRA et al., 2014
CUIDADOS COM A ESTIMATIVA DA ALTURA
Quando for necessário utilizar medidas corporais alternativas para estimar a altura, deve-se escolher uma equação derivada de um estudo cuja
população seja comparável ao indivíduo que se pretende avaliar. Da mesma maneira, a medida deve ser aferida com praticidade e estar de
acordo com a capacidade do indivíduo avaliado, exigindo dele o mínimo esforço.
O uso de equações derivadas de um grupo populacional com idade e etnia incompatíveis com os indivíduos que se pretende avaliar resulta em
baixa precisão da altura estimada.
A altura autorrelatada pode levar à tendência de se superestimar a altura.
Ao utilizar a medida da envergadura ou semienvergadura para avaliar certos grupos étnicos (africanos negros e asiáticos, por exemplo) e idosos
pode ocorrer superestimação.
Ao usar equação derivada de grupos de indivíduos jovens e saudáveis para aplicar a indivíduos hospitalizados portadores de enfermidades, a
altura estimada é inadequada.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Adultos com idade ≥ 65 anos

Mulheres com perda óssea ou osteoporose
javascript:void(0)
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DO PESO
A soma de todos os compartimentos do corpo é representada pela medida do peso corporal. As mudanças no peso de um indivíduo podem
representar alterações em um ou mais componentes do corpo, por exemplo alterações musculares, desequilíbrio hídrico e excessiva adiposidade.
 ATENÇÃO
A medida de peso não é capaz de discriminar qual ou quais compartimentos se apresentam alterados. Mesmo assim, dada a praticidade da sua
medição, o peso consiste na variável antropométrica inicial a ser coletada nas rotinas de análise do estado nutricional, das condições de saúde e do
risco clínico em um indivíduo.
A medição do peso deve ser feita utilizando balança de travessão com pesos móveis (mais comumente usada) ou balança eletrônicadigital,
calibradas adequadamente. A pesagem padronizada requer a remoção dos sapatos e de vestimentas externas, além de outros objetos como joias e
acessórios pesados.
O INDIVÍDUO DEVE SE MANTER EM PÉ NO CENTRO DA BALANÇA COM O PESO DISTRIBUÍDO
UNIFORMEMENTE EM AMBOS OS PÉS (POSICIONADOS SOBRE A PLATAFORMA DA BALANÇA,
SEM QUE AS PONTAS DOS DEDOS OU CALCANHARES FIQUEM DE FORA). OS BRAÇOS SOLTOS
AO LADO DO CORPO E A CABEÇA VOLTADA PARA A FRENTE. A LEITURA DO PESO DEVE SER
FEITA COM O INDIVÍDUO IMÓVEL E O VALOR TOTAL EXPRESSO EM QUILOGRAMAS COM
APROXIMAÇÃO DE 100G.
Imagem: Shutterstock.com
FATORES QUE INTERFEREM NA PRECISÃO DA MEDIÇÃO DO PESO
 
Imagem: Shutterstock.com
ROUPAS E ACESSÓRIOS
As roupas podem alterar a medida da real massa corporal. Embora a técnica padronizada preconize o uso de vestimentas leves ou aventais, pode
haver situações que limitem esse procedimento. Assim, para diminuir o erro de aferição, são recomendadas abordagens consistentes. Por exemplo,
estimar o peso das roupas ou padronizar as opções de roupas a serem usadas no momento da pesagem, descontando a estimativa do valor total
aferido.
 
Imagem: Shutterstock.com
HORÁRIO DE MEDIÇÃO
A precisão da medida de peso pode ser influenciada pelo horário ou turno do dia em que é feita a aferição. Isso se relaciona com o esvaziamento de
bexiga ou intestino e com a proximidade da ingestão de alimentos e das refeições. Essas condições podem levar a variações entre o peso aferido e o
real em aproximadamente 2kg.
 
Imagem: Shutterstock.com
ESTADO DE HIDRATAÇÃO E EQUILÍBRIO HÍDRICO
A fidedignidade do peso corporal que reflete o estado nutricional pode ser comprometida diante de flutuações relacionadas com alterações
fisiológicas no equilíbrio de fluidos corporais.
 
Imagem: Shutterstock.com
AUSÊNCIA DE SEGMENTOS CORPORAIS
O peso corporal pode não refletir o real estado nutricional quando aferido em indivíduos com membros ausentes ou atrofiados. Assim, deve-se
corrigir o peso aferido de acordo com a situação.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
javascript:void(0)
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Alguns exemplos dessas variações incluem o ciclo menstrual das mulheres, a desidratação de indivíduos com morbidades associadas à perda
excessiva de líquidos (vômitos e diarreias) e à retenção hídrica (na doença hepática, por exemplo, que pode evoluir com o acúmulo de líquido na
cavidade peritoneal).
O PESO AFERIDO EM INDIVÍDUOS COM EDEMA PODE SER CORRIGIDO POR CÁLCULO,
EMBORA AS EVIDÊNCIAS SOBRE ESSES VALORES NÃO ESTEJAM ESTABELECIDAS.
ASSIM, AS ESTIMATIVAS DE PESO RELATIVAS À RETENÇÃO DE FLUIDO DEVEM SER
FEITAS COM CAUTELA, REGISTRADAS DE MANEIRA CLARA E SUAS LIMITAÇÕES
RECONHECIDAS.
UM EXEMPLO DE CÁLCULO EM CASO DE EDEMA É SUBTRAIR 2KG DO PESO AFERIDO
(PESO AFERIDO = 56KG - 2KG = 54KG).
ATENTE QUE, EM CASOS DE EDEMA GRAVE, O PESO DE FLUIDOS RETIDOS
PODE EXCEDER 10KG.
MEMBROS AUSENTES OU ATROFIADOS
O valor estimado da parte do corpo ausente deve ser subtraído do peso medido. Na tabela abaixo, os valores estão apresentados como
percentual em relação ao peso corporal total (massa corporal) e como fator de correção ou ajuste do peso corporal aferido. Por exemplo: peso
estimado = peso aferido x fator referente ao segmento ausente.
 
Imagem: BAPEN, adaptado por Maria Inês Barreto.
 Exemplos de valores da proporção de segmentos corporais em relação à massa corporal e os fatores de ajustes do peso corporal aferido.
 ATENÇÃO
Nos casos de pacientes com gesso, por exemplo, também se pode considerar subtrair do peso aferido o valor do material. Embora a variação da
estrutura e do material utilizado no preparo do gesso seja variável (podendo ser < 1kg em gesso do membro superior e variar de 0,9 a 4,5kg na parte
inferior da perna), recomenda-se obter um valor mais aproximado possível junto à equipe especializada.
LIMITAÇÕES DA TÉCNICA DE MEDIÇÃO DE PESO
Indivíduos acamados ou com limitações de mobilidade e sustentação do próprio corpo, com dificuldade para ficar de pé e se apoiar para subir em
balança convencional (como os dependentes de cadeira de rodas), podem ser pesados em balanças para leito. Elas funcionam por meio de um
mecanismo digital ou de equilíbrio.
NESSE CASO, PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS TAMBÉM DEVEM SER APLICADOS.
Para o uso de balanças para leito, recomenda-se remover a maior parte da roupa de cama, exceto o lençol de baixo e o travesseiro. A calibração
regular da balança é necessária para garantir que valores confiáveis sejam obtidos.
 ATENÇÃO
Na indisponibilidade dessas balanças, o peso autorreferido é uma solução. Pode-se também estimar o peso empregando medidas corporais
alternativas em equações derivadas, como veremos a seguir.
CHUMLEA ET AL., 1988
Peso Corporal (kg) = 
Mulheres:
(1,27 X CIRCUNFERÊNCIA DE PANTURRILHA) + (0,87 X ALTURA DE JOELHO) + (0,98 X
CIRCUNFERÊNCIA DE BRAÇO) + (0,4 X ESPESSURA DE DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR) –
62,35
Homens:
(0,98 X CIRCUNFERÊNCIA DE PANTURRILHA) + (1,16 X ALTURA DE JOELHO) + (1,73 X
CIRCUNFERÊNCIA DE BRAÇO) + (0,37 X ESPESSURA DE DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR) –
81,69
RABITO ET AL., 2006
A) (0,5030 X CIRCUNFERÊNCIA DE BRAÇO) + (0,5634 X CIRCUNFERÊNCIA DE ABDOME) + (1,3180 X
CIRCUNFERÊNCIA DE PANTURRILHA) + (0,0339 X ESPESSURA DE DOBRA CUTÂNEA
SUBESCAPULAR) – 43,1560
B) (0,4808 X CIRCUNFERÊNCIA DE BRAÇO) + (0,5646 X CIRCUNFERÊNCIA DE ABDOME) + (1,3160 X
CIRCUNFERÊNCIA DE PANTURRILHA) – 42,2450
C) (0,5759 X CIRCUNFERÊNCIA DE BRAÇO) + (0,5263 X CIRCUNFERÊNCIA DE ABDOME) + (1,2452 X
CIRCUNFERÊNCIA DE PANTURRILHA) – (4,8689 X SEXO*) ± 32,9241
*Sendo 1 para masculino e 2 para feminino.
THE ROSS KNEE HEIGHT CALIPER. IP.COM ELETRONIC PUBLICATION, 2002
Peso corporal (kg) = 
Mulheres brancas:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Mulheres negras:
(altura   de   joelho  x 1, 01)  +  (circunferência  de  braço x 2, 81) –  66, 04
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Homens brancos:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Homens negros:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
A altura e o peso são importantes na avaliação e categorização diagnóstica nutricional, quando utilizados para o cálculo do índice de massa corporal
(IMC). Esse índice representa a relação entre o peso e altura corporal.
É calculado por meio da divisão do peso pelo quadrado da altura, expresso em valores de kg/m2:
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 ATENÇÃO
A aplicabilidade do IMC pode ser destacada na identificação de grupos populacionais com alterado estado nutricional e no diagnóstico nutricional de
indivíduos sadios ou enfermos.
COMO VIMOS, A METODOLOGIA DE AFERIÇÃO DAS VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS
ALTURA E PESO É SIMPLES, BARATA E FÁCIL.
O IMC é amplamente utilizado para indicar risco de saúde relacionado ao estado nutricional do indivíduo, portanto, é um índice importante na rotina
clínica.
Ao indicar obesidade, o IMC possibilita a identificação de risco de doenças crônicas de alta prevalência mundial e de mortalidade como as doenças
cardiovasculares.

(altura   de   joelho  x 1, 24)  +  (circunferência  de  braço x 2, 81) –  82, 48
(altura   de   joelho  x 1, 19)  +  (circunferência  de  braço x 3, 21) –  86, 82
(altura   de   joelho  x 1, 09)  +  (circunferência  de  braço x 3, 14) –  83, 72
IMC   =   peso   corporal  (kg)/ altura(m)
2
Ao indicar magreza e desnutrição, o índice aponta para o risco de complicações pós-cirúrgicas, infecção, maior tempo de internação hospitalar e de
mortalidade.
 SAIBA MAIS
A classificação do estado nutricional de risco a partir do uso do IMC tem como referência de pontos de corte os valores recomendados pela
Organização Mundial de saúde (OMS) para definição de adequação (18,5-24,99kg/m2).
LIMITAÇÕES DO IMC
A análise do risco de enfermidades relacionadas com o estado nutricional pode ter baixa fidedignidadese apenas o IMC for utilizado como método de
avaliação. Tal limitação se explica porque:
O IMC não discrimina na massa corporal total os compartimentos corporais, como a massa livre de gordura e a massa gorda.
O IMC considera o corpo como um todo, assim, não identifica a localização da gordura corporal: se é maior nas extremidades corporais ou na parte
central, como por exemplo depósitos de gordura visceral.
Medições imprecisas de altura e peso podem levar a erros na classificação do diagnóstico nutricional com implicações na prática clínica, por exemplo:
um erro de 1cm na altura e 0,5kg no peso implica um erro de 0,3kg/m2 e de 0,2kg/2 no IMC, respectivamente. Esses erros combinados podem resultar
em valores imprecisos de IMC que variam de 0,5 a 0,9kg/m2.
Diante de situações em que a medição do peso corporal é limitada, indisponível ou obtida com elevada imprecisão, pode-se utilizar como alternativa o
índice de adiposidade corporal (IAC). O IAC é calculado utilizando como alternativa o peso a circunferência do quadril (BERGMAN et al., 2011):
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 COMENTÁRIO
Na análise do risco do estado nutricional, a antropometria pode ser uma metodologia mais eficiente quando, além de utilizar a altura e o peso,
separadamente e combinados no IMC, emprega também outras variáveis antropométricas para realizar o diagnóstico nutricional. Entre essas variáveis
estão as medidas de circunferências ou perímetros e as dobras cutâneas.
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DAS CIRCUNFERÊNCIAS
As medidas de circunferência são importantes para estimar os compartimentos corporais e permitem distinguir na massa corporal total o tecido gordo e
o tecido magro. A aferição das medidas de circunferências deve ser realizada com fita métrica flexível e não elástica, e o avaliador deve estar
devidamente treinado.
CIRCUNFERÊNCIA DOS MEMBROS
Essa medida é utilizada na avaliação de risco de depleção do estado nutricional. Em geral, as medições são feitas na parte média do braço e na
panturrilha.
IAC   =  (circunferência  do   quadril / altura1,5) –  18 :  
A circunferência do braço (CB) pode ser utilizada na triagem nutricional (BAPEN, 2012). Além disso, pode identificar a deficiência energética crônica.
É muito útil como preditor de mortalidade em adultos hospitalizados por condições clínicas agudas.
A medição deve ser realizada com o indivíduo em pé com o braço pendurado livremente ao lado do corpo, sem contrair os músculos do braço. A fita
métrica é usada para medir o comprimento do braço, encostando a extremidade da fita na borda superior da espinha da escápula, seguindo até o
olécrano e passando sobre o centro do tríceps.
 
Imagem: Shutterstock.com
O valor do comprimento do braço deve ser anotado sem que o avaliador retire a fita da posição.

Após anotar o valor, proceder a marcação do local médio do braço para, em seguida, retirar a fita e usá-la para aferir a circunferência do braço, neste
local marcado.
 ATENÇÃO
A colocação da fita métrica deve ser confortável em torno do ponto médio do braço, sem comprimir a pele.
A circunferência do braço pode ser usada para prever o IMC quando a altura ou o peso não estão disponíveis:
HOMENS: IMC (KG/M2) = 1,01 X CB (CM) – 4,7 
MULHERES: IMC (KG = M2) = 1,10 X CB (CM) – 6,7
MADDEN; SMITH, 2014
 COMENTÁRIO
A partir dessas equações, valores de CB <25 e <23,5cm equivalem aproximadamente a valores de IMC <20 e <18,5kg/m2, respectivamente.
A circunferência da panturrilha fornece uma previsão das condições da massa muscular corporal total, pois a maior parte dos músculos esqueléticos
em adultos está distribuída nos membros inferiores — e não nos membros superiores.
OS ESTUDOS DE MEMBROS INFERIORES TÊM SE CONCENTRADO NA MEDIÇÃO DA
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA E SUA RELAÇÃO COM A CAPACIDADE
FUNCIONAL, QUALIDADE DE VIDA, FRAGILIDADE E RISCO DE QUEDA.
 
Imagem: Shutterstock.com
Deve-se posicionar o indivíduo em pé com a panturrilha visível (sem estar coberta por saia ou calça). A aferição se faz passando a fita métrica na parte
de maior perímetro da panturrilha, sem comprimir a pele.
FATORES LIMITANTES PARA A MEDIÇÃO
As principais limitações relativas à medição das circunferências do braço e da panturrilha advêm do erro de medição pelo avaliador e do uso das
medidas em situações de presença de edema periférico.
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA
Essa medição pode ser utilizada para estimar a distribuição da gordura corporal. Está relacionada com a adiposidade na região central do corpo,
podendo refletir os depósitos intra-abdominais de gordura.
• A circunferência da cintura é medida com uma fita métrica com aproximação de 0,1cm. 
• O indivíduo deve remover roupas externas ou apertadas e sapatos volumosos com saltos, esvaziar a bexiga e ficar em posição ortostática (de pé)
com os braços soltos ao lado do corpo sem realizar contrações. 
• A fita deve ser passada ao redor do corpo e posicionada no ponto médio entre a crista ilíaca e a margem costal da costela inferior, garantindo que
esteja horizontal e sem torção. 
• No momento da aferição da medida, o indivíduo deve olhar para frente. 
• A medição é feita no final da expiração.
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Imagem: Shutterstock.com
Pode-se optar por posicionar os braços cruzados sobre os ombros contralaterais.
FATORES LIMITANTES PARA A MEDIÇÃO
Há fatores que podem limitar a medição da circunferência da cintura, por exemplo, indivíduos que não conseguem ficar de pé, como os pacientes com
colostomia, ileostomia ou ascite, gestantes ou pacientes com excesso de gordura corporal, especialmente elevados depósitos na região abdominal.
NESTES CASOS, RECOMENDA-SE OBTER UM ÍNDICE DA RAZÃO ENTRE
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA E ALTURA (RCA).
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CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL
Essa medida pode fornecer estimativa de adiposidade corporal, porém não está estabelecida sua relação com condições nutricionais de saúde
alteradas.
O PROCEDIMENTO PADRONIZADO É SEMELHANTE AO DESCRITO 
PARA MEDIR A CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA.
RCA   =  circunferência  da   cintura  (cm)/ altura  (cm).
 
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
A circunferência do quadril deve ser medida com uma fita métrica e exige uma aproximação de 0,1cm.

O indivíduo deve remover roupas externas ou apertadas e sapatos volumosos com saltos e esvaziar a bexiga.

Estar em posição ortostática (de pé) com os braços soltos ao lado do corpo, sem realizar contrações.
A FITA DEVE SER PASSADA AO REDOR DO QUADRIL E POSICIONADA NA PARTE
MAIS LARGA, SOBRE AS NÁDEGAS E ABAIXO DA CRISTA ILÍACA, GARANTINDO QUE
ESTEJA HORIZONTAL E SEM TORÇÃO.
FATORES LIMITANTES PARA A MEDIÇÃO
Aqui os fatores limitantes são semelhantes aos observados na obtenção da circunferência da cintura. Assim, a medição do quadril não pode ser
realizada ou resulta em valores não confiáveis em situações nas quais os indivíduos não conseguem ficar de pé ou têm retenção de fluidos corporais
concentrados principalmente na parte inferior do corpo.
A MAIOR APLICABILIDADE DA MEDIÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL É
UTILIZAR O VALOR DA MEDIDA COM O DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA PARA
OBTER UM ÍNDICE DA RAZÃO ENTRE CINTURA E QUADRIL (RCQ).
RCQ   =  circunferência  da   cintura /circunferência  do   quadril.
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O índice da RCQ pode indicar risco de saúde. Quando é elevado, prediz, por exemplo, risco de complicações metabólicas associadas com elevada
adiposidade corporal. Esse índice pode ser usado para designar a distribuição da gordura corporal inferior e superior.
Portanto...
Medidas indicando elevada gordura na parte superior do corpo definem um fenótipo de adiposidade corporal androide (o formato do corpo se
assemelha a uma maçã, arredondado na parte central).

Já as medidas indicando elevada gordura na parte inferior do corpo definem um fenótipo de adiposidade corporal ginoide (o formato docorpo se
assemelha a uma pera, arredondado na área do quadril).
AMBOS OS FENÓTIPOS SUGEREM RISCO DE PROBLEMAS DE SAÚDE
RELACIONADOS À OBESIDADE.
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DAS DOBRAS CUTÂNEAS
Essa medição consiste em aferir a espessura do tecido subcutâneo através do uso de um compasso calibrador ou adipômetro. Assim, a medida da
dobra cutânea permite estimar a medida da gordura depositada sob a pele (subcutânea).
As técnicas e posições anatômicas são específicas, e existem vários segmentos corporais onde as dobras cutâneas podem ser aferidas. Os
segmentos corporais mais comuns são:
BÍCEPS
TRÍCEPS
SUPRAILÍACA
COXA
PANTURRILHA
SUBESCAPULAR
ABDOME
PEITORAL
 ATENÇÃO
A técnica é semelhante para todos os locais de aferição.
 
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1º
2º
O primeiro passo é marcar o local de pinçamento da dobra a ser aferida, ou seja, o ponto médio específico (Quadro 1).
Em seguida, deve-se segurar a pele 2cm acima do ponto médio marcado com o polegar e o dedo indicador para criar uma dobra cutânea. Esse será o
local de posicionamento das duas pontas do compasso (adipômetro).
Existe uma ampla variedade de compassos. Os mais comumente usados são o Holtain, o Lange e o Harpenden, que medem com precisão de 0,2mm.
 
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 Compasso Harpenden
A aferição da dobra cutânea deve ser feita preferencialmente com o indivíduo em pé. Uma alternativa pode ser a posição sentada, ou
excepcionalmente a posição supina, porém é muito importante que o avaliador tenha experiência na medição de dobras, para que os valores fiquem
tão confiáveis quanto na medição em posição vertical.
Local de medição
da dobra cutânea
Direção de
pinçamento da dobra
cutânea
Pontos médios
Bíceps Vertical Mesmo ponto da aferição dos tríceps, porém, anteriormente, sobre o bíceps
Tríceps Horizontal
Ponto médio do braço entre o processo acromial da escápula e o processo olecraniano da
ulna (mesmo ponto descrito para a aferição da circunferência do braço)
Coxa Vertical Linha inguinal e patela (transferir o peso do corpo para a perna não aferida)
Panturrilha Vertical Linha de maior circunferência
Peitoral Diagonal Ponto médio entre a axila e o mamilo
Subescapular Diagonal ou oblíqua Ângulo inferior da escápula
Axilar Vertical ou horizontal Processo xifoide esterno
Suprailíaca Diagonal ou oblíqua Crista ilíaca
Abdominal Vertical ou horizontal Cicatriz umbilical
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 Quadro 1. Exemplos de pontos médios e de direção de pinçamento de dobras cutâneas. Autor: STEWART e SUTTON, adaptado por Maria Inês
Barreto.
DIREÇÃO DE PINÇAMENTO DA DOBRA CUTÂNEA
Pinçamento feito com o polegar e dedo indicador em relação ao corpo em pé, na vertical.
PONTOS MÉDIOS
Marcação do local onde a dobra cutânea deverá ser pinçada.
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FATORES LIMITANTES PARA A MEDIÇÃO
A medida das dobras cutâneas não possibilita a avaliação do tecido adiposo intra-abdominal. A constância da compressão da gordura, a espessura da
pele e a variabilidade das medidas podem variar amplamente quando realizadas por avaliadores sem treinamento e pouca experiência. Tal limitação
pode ser contornada pelo uso de técnicas padronizadas e prática.
NA CONDIÇÃO DE EXCESSIVA ADIPOSIDADE CORPORAL, O USO DA MEDIDA DE
DOBRA CUTÂNEA PERDE A CONFIABILIDADE. PORTANTO, NESTE CASO,
RECOMENDA-SE NÃO UTILIZAR A MEDIDA DE DOBRA CUTÂNEA E APRIMORAR O
TREINAMENTO E TÉCNICA EM UM PROCEDIMENTO ESPECÍFICO PARA A SITUAÇÃO.
POR EXEMPLO, CALIBRANDO A MEDIDA COM OUTRO MÉTODO DE MAIS ALTA
PRECISÃO, COMO OS QUE UTILIZAM TECNOLOGIA DE IMAGENS.
Entre os fatores que interferem na precisão da medida de dobras na obesidade, estão:
• A dificuldade de palpação dos pontos referenciais ósseos. 
• O pinçamento da dobra pode incluir tecidos adjacentes à gordura no local de aferição. 
• A abertura do adipômetro pode ser limitada para o tamanho da espessura da dobra pinçada. 
• As hastes muito abertas dificultam a pressão necessária sobre a dobra (podem deslizar impedindo a parada necessária no mesmo ponto para a
realização da leitura das medidas).
A aplicabilidade mais difundida da medição das dobras cutâneas é a estimativa da gordura corporal total. A partir das medidas de dobras cutâneas, é
possível realizar o cálculo da densidade corporal (DC), que é estimada por equação derivada.
PARA SE OBTER O PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL TOTAL (GC %)
ESTIMADO, O VALOR DA DC É UTILIZADO EM EQUAÇÕES DERIVADAS. UMA SÉRIE DE
EQUAÇÕES FORAM DESENVOLVIDAS E SÃO ESPECÍFICAS PARA CADA GRUPO DE
INDIVÍDUOS.
A seguir, veja um exemplo de equação para estimar densidade corporal e gordura corporal total usando dobras cutâneas.
EQUAÇÃO PARA ESTIMAR A DC EM A 
MULHERES (18 - 55 ANOS) 
DC (G/CM3) = 1,0994921 - 0,0009929 X (SOMA DOBRAS: TRÍCEPS + COXA +
SUPRAILÍACA) + 0,0000023 X (SOMA DOBRAS: TRÍCEPS + COXA + SUPRAILÍACA)2 -
0,0001392 X IDADE 
 
HOMENS (18 - 61 ANOS) 
DC (G/CM3)=1,109380 - 0,0008267 X (SOMA DOBRAS: TRÍCEPS + COXA +
SUPRAILÍACA) + 0,0000016 X (SOMA DOBRAS: TRÍCEPS + COXA + SUPRAILÍACA)2 -
0,0002574 X IDADE 
 
EQUAÇÃO DA ESTIMATIVA DA GC(%)B %G=[(5,01/DC)-4,57]
JACKSON; POLLOCK; WARD, 1980; SIRI, 1961
 COMENTÁRIO
A utilização das medidas de dobras cutâneas em equações derivadas permite estimar a proporção da adiposidade corporal total, expressa em
percentual do peso corporal. Do mesmo modo, empregadas no cálculo da área muscular, as dobras cutâneas possibilitam a estimativa das reservas
proteicas somáticas do corpo.
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO
BRAÇO
A circunferência muscular do braço não pode ser medida diretamente por antropometria. É calculada a partir de uma equação derivada. Essa técnica
pode ser usada para avaliar a massa livre de gordura ou os componentes magros do corpo na avaliação nutricional.
A seguir, mostramos alguns exemplos de equações derivadas para estimar a circunferência ou a área muscular do braço.
FRISANCHO, 1974.
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CM)= 
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CM) – [DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (MM) X 0:3142]
GURNEY E JELLIFFE, 1973.
ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (CM2)= 
(CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CM) - DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (MM) X 0:3142]2/12,57
HEYMSFIELD ET AL, 1982.
ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (CM2) = 
(CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CM) - DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (MM) X 0:3142]2/12,57 - K
Onde k é igual a 10 em homens e 6,5 em mulheres (leva-se em consideração a área ocupada pelo osso no braço).
A aplicabilidade da medição da circunferência ou área muscular do braço é importante na avaliação de prognóstico de depleção do estado nutricional,
principalmente em ambientes clínicos, relacionando-se com a evolução de doenças, menor eficácia de tratamentos, maior tempo de internação
hospitalar, riscos de infecção e mortalidade nos casos críticos.
A ÁREA MUSCULAR TEM UMA RELAÇÃO SIGNIFICATIVA COM A MASSA CORPORAL
LIVRE DE GORDURA. COMPARATIVAMENTE, O PODER PREDITIVO DA
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO E DA ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO É
SEMELHANTE, MAS A PRIMEIRA É MAIS FÁCIL DE CALCULAR.
 RESUMINDO
• A aplicabilidade da antropometria no diagnóstico de risco nutricional e de morbidades depende da comparação das medidas aferidas com os valores
de ponto de corte para cada uma das variáveis antropométricas utilizadas. 
• Diferentes valores de corte são recomendados para diferentes populações em razão das variações na massa corporal, proporcionalidade e
distribuição nos compartimentos corporais e nos diversos tecidos. 
• Assim, para cada situação o diagnóstico nutricional deverá ser abordado na área de atuação do avaliador e de acordo com gênero, etnia, idade e
condição de saúde do indivíduo ou da população avaliada. 
A ANTROPOMETRIA E SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA CLÍNICA:
UMA VISÃO DO NUTRICIONISTA CLÍNICO
A especialista Renata Baratta dos Passos fala sobre a importância da antropometria para o profissional de nutrição.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. VIMOS QUE A ANTROPOMETRIA CONSISTE NA OBTENÇÃO DE MEDIDASEXTERNAS QUANTITATIVAS AFERIDAS
DO CORPO, CONSISTINDO NA MEDIÇÃO DO TAMANHO DO CORPO POR VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS. ASSIM, É
CORRETO AFIRMAR SOBRE A APLICABILIDADE DA ANTROPOMETRIA NO DIAGNÓSTICO DE RISCO NUTRICIONAL:
A) Não depende da comparação das medidas aferidas com valores de ponto de corte.
B) A precisão da medição depende de técnicas padronizadas com aplicação fidedigna e uniforme feita por avaliador treinado.
C) Detecta risco somente na alteração do estado nutricional por deficiências nutricionais.
D) Independe de gênero e etnia para a análise comparativa com valores de referência das variáveis antropométricas utilizadas na avaliação
diagnóstica.
E) As condições de saúde do indivíduo avaliado não se relacionam com a avaliação antropométrica.
2. A MEDIÇÃO DA ALTURA UTILIZANDO O ESTADIÔMETRO E COM O INDIVÍDUO EM PÉ PODE NÃO SER
REALIZÁVEL OU SER REALIZADA COM IMPRECISÃO. QUAL ALTERNATIVA APRESENTA FATORES QUE NÃO
LIMITAM OU ALTERAM A PRECISÃO DA AFERIÇÃO DA ALTURA?
A) Curvatura da espinha dorsal em caso de lesão medular.
B) Incapacidade de se levantar por distrofia muscular.
C) Sonolência diurna e letargia leve em caso de sobrepeso.
D) Contraturas com perda de movimento articular em caso de lesão cerebral grave.
E) Confinamento ao leito em pós-operatório imediato por cirurgia de reparo no joelho.
GABARITO
1. Vimos que a antropometria consiste na obtenção de medidas externas quantitativas aferidas do corpo, consistindo na medição do
tamanho do corpo por variáveis antropométricas. Assim, é correto afirmar sobre a aplicabilidade da antropometria no diagnóstico de risco
nutricional:
A alternativa "B " está correta.
 
A escolha da variável antropométrica mais apropriada depende do objetivo. Deve-se ter um bom entendimento das limitações práticas e teóricas,
aderir a um protocolo de medição padronizado e definido para se obter uma aplicação fidedigna feita por avaliador treinado.
2. A medição da altura utilizando o estadiômetro e com o indivíduo em pé pode não ser realizável ou ser realizada com imprecisão. Qual
alternativa apresenta fatores que NÃO limitam ou alteram a precisão da aferição da altura?
A alternativa "C " está correta.
 
A medição da altura utilizando o estadiômetro e com o indivíduo em pé pode não ser realizável ou ser realizada com imprecisão. Alguns fatores que
podem limitar ou alterar a precisão da aferição da altura incluem: curvatura da espinha dorsal, por exemplo em casos de lesão medular; incapacidade
de se levantar, por exemplo em indivíduos hospitalizados; incapacidade de ficar de pé, comum em muitas condições neurológicas e em caso de lesões
cerebrais graves ocorrendo contraturas; pós-operatório imediato para tratamento de lesões articulares, ósseas, de ligamentos e tendões em membros
inferiores com indicação de repouso completo e confinamento no leito.
MÓDULO 2
 Identificar os modelos de compartimentos corporais e os métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos utilizados na avaliação da
composição corporal
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
A composição corporal é definida pela distribuição da massa corporal em compartimentos do corpo. As medições da composição corporal
compreendem métodos objetivos de avaliação nutricional e são importantes na rotina de trabalho dos profissionais da área da saúde.
A AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL FORNECE INFORMAÇÕES ÚTEIS
PARA:
Estabelecer o prognóstico e o diagnóstico de alterações do estado nutricional.
Analisar a relação preditiva entre as condições nutricionais e o risco de doenças.
Monitorar as mudanças associadas às doenças.
Embasar a concepção de estratégias nutricionais.
Avaliar e acompanhar a eficácia das intervenções nutricionais.
Subsidiar a análise da capacidade funcional e das condições para o desempenho de atividades físicas.
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Diferentes métodos são utilizados para determinar a composição corporal com base em diferentes princípios físicos e diferentes modelos de
compartimentalização dos componentes corporais. Os métodos variam em sua precisão e exatidão.
A escolha do método para a avaliação da composição corporal depende:
DO OBJETIVO DA AVALIAÇÃO.

DO SIGNIFICADO CLÍNICO DO COMPARTIMENTO DO CORPO A SER MEDIDO.

DAS CONDIÇÕES E DOS RECURSOS PARA A APLICAÇÃO DA TÉCNICA
SELECIONADA.
Para selecionar uma metodologia de análise da composição corporal, deve-se levar em consideração que, de modo geral, as mais avançadas são
menos acessíveis e mais caras, muitas demandam treinamento e especialização de pessoal. Além disso, recomenda-se conhecer pontos fortes,
limitações e aplicabilidade prática dos métodos e das técnicas de avaliação da composição corporal.
A SEGUIR, OS MODELOS DE ORGANIZAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS CORPORAIS E
ALGUNS EXEMPLOS DE TÉCNICAS PARA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
(VER TAMBÉM QUADRO 2).
Modelos de
compartimentos
corporais
Os diversos métodos de avaliação da composição corporal se baseiam na organização dos diferentes
componentes do corpo em modelos de compartimentalização.
Modelo de um
compartimento (1C)
Representa a massa corporal total – refere-se ao corpo todo.
Modelo de dois
compartimentos (2C)
Preconiza a simples divisão da massa corporal total (peso) em massa gorda e massa livre de gordura, refere-se
ao nível tecidual. Com base na densidade, é possível reconhecer que a massa gorda é mais leve (0,9007g)
comparada à massa livre de gordura (1,1000g, sendo 0,73 referente ao teor de água).
Modelo de três
compartimentos (3C)
Neste modelo, mede-se a densidade corporal e a água corporal total, assumindo que a proporção mineral/proteína
é constante (0,35). A densidade corporal expressa a massa do compartimento avaliado em relação ao seu volume
(g/litro). Ao utilizar o modelo de 3C, é possível conhecer a variação na hidratação da massa livre de gordura de um
indivíduo.
Modelo de quatro
compartimentos (4C)
Recomenda a avaliação da composição corporal a partir da combinação de vários métodos de análise da massa
corporal. Os compartimentos corporais analisados no modelo de 4C são: massa gorda, conteúdo mineral ósseo,
água corporal total e tecido metabólico (que inclui a proteína corporal).
Modelos
multicomportamentais
Consiste na combinação de técnicas de medição para avaliar a composição corporal total. As técnicas mais
utilizadas nos modelos multicomportamentais são as que analisam:
a) Medidas de volume corporal avaliadas por hidrodensitometria ou pletismografia de deslocamento de ar; 
b) Água corporal total através da técnica de diluição de isótopos na água; 
c) Massa mineral óssea avaliada pela DXA.
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MODELO DE DOIS COMPARTIMENTOS (2C)
As técnicas de medição comumente usadas e com precisão válida para a avaliação da massa gorda e massa livre de gordura incluem a
hidrodensitometria e a pletismografia de deslocamento de ar.
Os possíveis erros associados a esse modelo de 2C podem ser em parte explicados pelo fato de os valores das densidades serem obtidos por
suposições feitas a partir da análise de três cadáveres do sexo masculino.
MODELO DE TRÊS COMPARTIMENTOS (3C)
Esse modelo difere do modelo de 2C por incluir uma subdivisão no compartimento da massa livre de gordura. O modelo de 3C propõe a
compartimentalização do corpo em: massa gorda, conteúdo mineral e massa de tecido magro (contendo água corporal total, proteínas e
minerais, massa seca livre de gordura).
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A técnica de medição comumente usada (rápida e não invasiva) para avaliar a composição corporal total e regional com base no modelo de 3C é
a absorciometria de raios X de energia dupla (DXA). A precisão no uso de tal técnica pode ocorrer devido a situações de alteração do estado de
hidratação, de reserva de proteína e de conteúdo mineral.
O MODELO DE 3C DEVE SER USADO COM CAUTELA EM PACIENTES COM
DEPLEÇÃO DE PROTEÍNACORPORAL OU DE MASSA MINERAL ÓSSEA, POIS
OS VALORES ESTIMADOS DE DENSIDADE NÃO SERÃO PRECISOS E, POR
CONSEQUÊNCIA, A ESTIMATIVA DA MASSA GORDA PODERÁ SER MENOS
CONFIÁVEL. POR EXEMPLO, AO USAR O MODELO DE 3C NA AVALIAÇÃO DE
UM INDIVÍDUO COM BAIXA MASSA ÓSSEA, O VALOR DA DENSIDADE
ESTIMADO SERÁ MENOR E A PROPORÇÃO DA MASSA GORDA ESTIMADA
RESULTARÁ ENVIESADA E MAIOR DO QUE A REAL.
MODELO DE QUATRO COMPARTIMENTOS (4C)
O modelo de 4C pode incluir análises em nível molecular. Exemplos de métodos que avaliam cada um desses compartimentos incluem
ressonância magnética, DXA, hidrodensitometria, métodos de análises por uso de isótopos. Nesse modelo, a variabilidade do conteúdo mineral
ósseo e da água corporal total de um indivíduo é conhecida e analisada separadamente por técnicas específicas. Desse modo, elimina-se a
necessidade de fazer suposições sobre a proporção relativa desses compartimentos no corpo.
A DENSIDADE DA PROTEÍNA E A DO MINERAL SÃO SUPOSTAMENTE 1,34KG/L
E 3,075KG/L, RESPECTIVAMENTE.
O modelo de quatro compartimentos é considerado referência para medir os constituintes individuais da massa livre de gordura, sem precisar
assumir uma densidade constante (1.100g/cm e hidratação de 0,73) como no modelo 3C.
A principal limitação do uso do modelo de 4C para a avaliação da composição é que o resultado pode conter erros inerentes às técnicas de
medição individual de cada compartimento, afetando assim a precisão da análise.
A DESVANTAGEM DA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO EMPREGANDO O MODELO
DE 4C É A SUA LIMITAÇÃO DE USO EM AMBIENTES CLÍNICOS E GRANDES
ESTUDOS, EM RAZÃO DO TEMPO, CUSTO E EQUIPAMENTO NECESSÁRIO PARA
AS MÚLTIPLAS MEDIDAS. POR ISSO, RECOMENDA-SE QUE SEJA USADO
PRINCIPALMENTE PARA VALIDAÇÃO DE MÉTODOS DE COMPOSIÇÃO
CORPORAL E PARA DERIVAÇÃO DE EQUAÇÕES PREDITIVAS.
MODELOS MULTICOMPORTAMENTAIS
A análise direta dos principais elementos que compõem a massa corporal pode ser feita, por exemplo, pela técnica de ativação de nêutrons. Esta
técnica possibilita medir o conteúdo corporal total de elementos como cálcio, sódio, cloreto, fósforo, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio e carbono.
Também pode ser feita a análise de seis componentes: água, nitrogênio, cálcio, potássio, sódio e cloreto. Bem como o nível atômico.
A partir de análises da água, dos minerais e átomos, pode-se compor o modelo multicompartimental descrevendo os seguintes compartimentos:
LIPÍDEO NÃO ESSENCIAL E LIPÍDEO ESSENCIAL (COMPONENTES DA MASSA
GORDA).
ÁGUA CORPORAL TOTAL.
PROTEÍNA (PRINCIPAL COMPONENTE DO TECIDO METABÓLICO).
O CONTEÚDO MINERAL ANALISADO A PARTIR DO CONTEÚDO MINERAL
ÓSSEO, MINERAL DE TECIDO MOLE E GLICOGÊNIO.
AS TÉCNICAS DE ANÁLISE DESSES COMPONENTES FORNECEM MEDIDAS
PRECISAS DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E SÃO REFERÊNCIA PARA A
VALIDAÇÃO DE OUTROS MÉTODOS. PORÉM, A PRINCIPAL LIMITAÇÃO PARA O
USO REGULAR DESSE MODELO É A NECESSIDADE DE INSTALAÇÕES DE ALTO
CUSTO. ALÉM DISSO, AS TÉCNICAS REPRESENTAM EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO.
O compartimento de massa gorda, no modelo multicompartimental, é representado pelos lipídeos essenciais e não essenciais.
Os essenciais compreendem os fosfolipídios presentes nas membranas celulares, na medula de ossos, no coração e nos pulmões, órgãos
intracavitários abdominais (fígado, baço, rins e intestino), músculos e no sistema nervoso central.

Os lipídeos não essenciais representam a gordura depositada no tecido adiposo e compreende principalmente triglicerídeos.
 
Imagem: Kuriyan; SIERVO e JEBB; adaptado por Maria Inês Barreto.
 Quadro 2. Modelos de organização dos compartimentos corporais e exemplos de técnicas para avaliação da composição corporal.
 RESUMINDO
A avaliação da composição corporal pode ser realizada por uma variedade de métodos. A escolha do método depende do compartimento que se
pretende analisar, dos recursos disponíveis e da compreensão sobre a técnica a ser utilizada, incluindo sua aplicabilidade, suas vantagens e
desvantagens.
CATEGORIZAÇÃO DOS MÉTODOS DE MEDIÇÃO
MÉTODO DIRETO
Consiste na avaliação por medição direta dos componentes do corpo. A técnica empregada é a dissecação de cadáveres, em que os diferentes
componentes do corpo são separados e pesados.
ESSA É UMA TÉCNICA DE ELEVADA CONFIABILIDADE E PRECISÃO PARA
DETERMINAR A MASSA DE ÓRGÃOS E TECIDOS. ALÉM DISSO, OS DADOS OBTIDOS
SÃO ÚTEIS PARA A VALIDAÇÃO DE OUTROS MÉTODOS INDIRETOS DE ESTIMATIVA
DA COMPOSIÇÃO CORPORAL, COMO POR EXEMPLO A DENSITOMETRIA. NO
ENTANTO, É UM PROCEDIMENTO DE DIFÍCIL ACESSO E POR ISSO POUCO
DIFUNDIDO.
Técnicas diretas de análise da composição corporal também incluem incisão de tecido para dissecção microscópica em laboratório e extração lipídica.
Tal procedimento é de alta precisão, porém invasivo.
MÉTODO INDIRETO
Compreende a estimativa ou extrapolação de medidas obtidas indiretamente e validadas a partir de método direto.
AS TÉCNICAS INDIRETAS TÊM ALTA PRECISÃO.
Na indisponibilidade de um método direto, são alternativas para servir de referência na validação de métodos duplamente indiretos (como a
antropometria e a impedância bioelétrica).
 EXEMPLO
Entre os métodos indiretos, podemos citar:
• Hidrometria 
• Contagem de isótopo radioativo de potássio 
• Diluição de óxido de deutério 
• Pesagem hidrostática 
• Pletismografia por deslocamento de ar 
• Tomografia computadorizada 
• Ressonância magnética 
• DXA
AS LIMITAÇÕES DE SUA APLICAÇÃO PRÁTICA INCLUEM...
O alto custo dos equipamentos
A demanda de recursos específicos de instalação dada a sofisticação tecnológica
A demanda de pessoal treinado para executar as medições
A dificuldade de envolvimento dos indivíduos avaliados
ENTRE AS TÉCNICAS INDIRETAS CONSIDERADAS COMO REFERÊNCIA, A PESAGEM
HIDROSTÁTICA E A PLETISMOGRAFIA DE DESLOCAMENTO DE AR SÃO
AMPLAMENTE UTILIZADAS EM PESQUISAS E TÊM ELEVADOS GASTOS DE TEMPO,
PESSOAL E FINANCEIRO. A PESAGEM HIDROSTÁTICA, POR EXEMPLO, REQUER QUE
TÉCNICOS SEJAM ALTAMENTE TREINADOS E EQUIPAMENTOS LABORATORIAIS
CAROS ESTEJAM DISPONÍVEIS.
 ATENÇÃO
A depender do compartimento que se deseja avaliar e da disponibilidade de recursos, os métodos indiretos alternativos como referência para validação
incluem:
• A tomografia computadorizada 
• A ressonância magnética 
• A absorciometria de raios X de dupla energia (DXA)
MÉTODO DUPLAMENTE INDIRETO
Esse método inclui a antropometria e a bioimpedância elétrica (BIA), que estimam massa gorda e massa livre de gordura a partir de equações
derivadas utilizando um método indireto como referencial para validação.
 VOCÊ SABIA
A melhor aplicação prática na rotina clínica e no trabalho de campo e o menor custo representam as principais vantagens dos métodos duplamente
indiretos para a avaliação da composição corporal.
Os métodos indiretos mais utilizados como referência para validação dos métodos duplamente indiretos são:
A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

A DXA
VEJAMOS ABAIXO ALGUMAS TÉCNICAS REFERENTE AOS MÉTODOS CITADOS:
MÉTODOS INDIRETOS
TÉCNICAS DENSITOMÉTRICAS
São utilizadas para a medição do corpo inteiro, expressando a densidade corporal pelo cálculo da relação entre a massa e o volume corporal.
 ATENÇÃO
As técnicas densitométricas têm alta confiabilidade e precisão e entre as mais difundidas estão a pesagem subaquática e a pletismografia por
deslocamento de ar, as quais avaliam a composição corporal segmentada em dois compartimentos (2C): a massa gorda e a massa livre de gordura.
PESAGEM HIDROSTÁTICA
Também denominada densiometria ou hidrodensitometria ou pesagem subaquática, a pesagem hidrostática obtém a densidade corporal (DC)
calculada pela relação entre o volume do corpo dentro da água e o seu peso fora da água.
O procedimento da técnica consiste:
1º
2º
3º
4º
Na submersão do indivíduo em um tanque de água, em geral alçado por um suporte suspenso.
Após a total submersão, ou seja, todo o corpo abaixo da superfície da água, o ar dos pulmões deve ser totalmente expirado e nesse momento o peso
é registrado.
A aferição da água deslocada pelo corpo,após total submersão, é combinada com o volume pulmonar residual (pois, mesmo na expiração máxima
completa, o pulmão retém um ar residual que é uma variável constante e conhecida).
O peso do indivíduo aferido fora da água é subtraído do peso submerso e assim se determina o volume corporal.
 COMENTÁRIO
Considerando que os corpos mais densos que a água tendem a afundar e os menos densos tendem a flutuar, quanto mais pesado for um corpo dentro
da água em relação a um mesmo volume maior a sua densidade. Por exemplo: Um indivíduo com maior percentual de massa livre de gordura vai
pesar mais na água e ter maior DC e, portanto, menor massa gorda. Enquanto um indivíduo com maior massa gorda terá o corpo mais leve na água
resultando em menor DC e, assim, menor proporção de massa livre de gordura.
VANTAGENS DA PESAGEM HIDROSTÁTICA
• É confiável e válida para medir a densidade corporal. Apresenta fidedignidade de até 99% com o método direto de dissecação de cadáveres. 
• É definida como padrão-ouro na análise da composição corporal por 2C. 
• É considerada o método de critério, ou seja, serve como padrão de referência na validação de outros métodos de estimativa da massa gorda. 
• É útil nas estimativas da massa gorda e da massa livre de gordura (medidas avaliadas no modelo de compartimentos 2C).

DESVANTAGENS DA PESAGEM HIDROSTÁTICA
• Requer a cooperação do indivíduo que vai ser avaliado, pois pode ser demorada e causar desconforto. 
• Tem alto custo e por isso sua aplicação é limitada a ambientes clínicos; é mais empregada em locais pesquisa altamente especializados.
PLETISMOGRAFIA DE DESLOCAMENTO DE AR
É um método semelhante à hidrodensitometria, ou seja, também utiliza a DC para estimar a massa gorda e a massa livre de gordura na avaliação por
2 compartimentos (2C).
A PLETISMOGRAFIA DE DESLOCAMENTO DE AR PODE SER CONSIDERADA UM
MÉTODO ALTERNATIVO À PESAGEM HIDROSTÁTICA.
O procedimento do método consiste em colocar o indivíduo sentado dentro da câmara de pesagem, vestindo trajes leves e descalço.
 
O equipamento utilizado é uma câmara fechada com volume de aproximadamente 450 litros, feita de fibra de vidro com uma janela de acrílico. No
interior, um assento é usado pelo indivíduo avaliado. O fechamento da porta é eficiente com dispositivos eletromagnéticos.
 
A aferição do volume corporal é feita pela medida do deslocamento de ar quando o indivíduo entra na câmara. O volume de ar e de pressão dentro da
câmara vazia é captado por um software instalado em um microcomputador conectado à câmara: quando o indivíduo entra, ocorre um deslocamento
de ar, o volume do ar deslocado pode ser determinado a partir da mudança de pressão e essa variação é detectada e registrada pelo software.
 
A partir dessa medida (variação de volume e pressão e considerando as variáveis pulmonares), calcula-se o volume corporal, o qual, por sua vez, é
usado para determinar a DC.
DE MODO SEMELHANTE À PESAGEM HIDROSTÁTICA, A DC É EMPREGADA NA
EQUAÇÃO DERIVADA PARA ESTIMAR A MASSA GORDA CORPORAL TOTAL.
VANTAGENS DA PLETISMOGRAFIA DE DESLOCAMENTO DE AR
• Requer uma cooperação mínima do indivíduo avaliado. 
• É rápida, simples, não invasiva e segura, produzindo menos ansiedade em comparação à pesagem hidrostática. 
• Tem validade em comparação à pesagem hidrostática. 
• Possui excelente precisão e exatidão para a medição de volume corporal. 
• Pode ser usada com segurança em todas as faixas etárias. 
• Acomoda com conforto indivíduos com elevada massa corporal total. 
• Os cálculos de modelo de multicompartimento podem usar a DC.

DESVANTAGENS DA PLETISMOGRAFIA DE DESLOCAMENTO DE AR
• Alto custo dos equipamentos técnicos necessários para realizar as medições.
MÉTODOS DE ISÓTOPOS OU TÉCNICAS DE DILUIÇÃO DE ISÓTOPOS
HIDROMETRIA
Consiste na medição da água corporal total através do uso de análise de isótopos diluídos na água. O indivíduo avaliado deve ingerir (via endovenosa)
uma substância em solução de água, ou seja, contendo isótopo traçador nela diluídos. Os isótopos estáveis de deutério (D2O, água deuterada-2H; ou
D3, água tritada-3H) ou de oxigênio 18 (H218O) são preconizados. O deutério é mais utilizado por ter menor custo.

O procedimento consiste na análise em amostras de saliva, urina e sangue antes e depois da administração da solução com o isótopo escolhido
(hidrogênio ou oxigênio).

Depois disso, em torno de 3-4 horas, o isópoto já é capaz de ser distribuído pelo corpo. A água com isótopos se distribuirá igualmente por toda a
água contida no corpo.

A água total do corpo compreende de 40 % a 60 % do peso, distribuída principalmente na massa livre de gordura. A diferença na concentração (antes
e após a administração) é medida, e o volume do compartimento é determinado pela razão: isótopo traçador corporal antes da
administração/concentração do traçador administrado.

A partir da água total do corpo, pode-se estimar a massa livre de gordura, a qual é constituída com aproximadamente 73 % de água (presumido,
podendo variar entre 70 % e 76 %).
ISÓTOPO
A quantidade do isótopo traçador é analisada por espectrometria de massa ou espectrofotometria de infravermelho.
ÁGUA CONTIDA NO CORPO
A quantidade de água total do corpo pode ser estimada pela concentração e quantidade conhecida do isótopo administrado.
VANTAGENS DA HIDROMETRIA
• É segura e prática para o campo da pesquisa. 
• Permite estimar a massa livre de gordura e amassa gorda (modelo de 2 compartimentos). 
• É fácil de administrar. 
• Tem alta precisão e confiabilidade para ser usada nos cálculos de modelo de multicompartimentos.

DESVANTAGENS DA HIDROMETRIA
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• É invasiva devido à necessidade de ingerir uma substância com carga radioativa (isótopo). 
• Tem alto custo e requer elevada perícia técnica nas análises químicas dos isótopos. 
• São necessárias várias suposições com relação à distribuição do traçador e o efeito no corpo. 
• Depende da hidratação assumida do compartimento de massa livre de gordura (~73,2%).
CONTADOR DE POTÁSSIO DE CORPO INTEIRO
O método consiste em utilizar um detector contador de potássio, capaz de detectar o potássio 40K, uma forma naturalmente radioativa de potássio que
pode ser quantificada.
O procedimento requer que o indivíduo avaliado permaneça deitado em decúbito dorsal por 30 minutos em uma cama móvel, que é parte do
equipamento de contagem de potássio corporal total (a cama é envolta sob detectores).
A medição é feita no corpo todo, da parte superior até a inferior, em três momentos seguidos com intervalo de 10 minutos entre cada um.
O potássio corporal total é estimado a partir da proporção constante de potássio e seus principais isótopos estáveis.
São também analisados o nitrogênio corporal total, assumindo uma razão potássio/nitrogênio de 2,15mmol de potássio/gN.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A partir dos valores do potássio e nitrogênio corporal total, pode-se estimar a:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
DESSE MODO, ESTE MÉTODO PERMITE AVALIAR A COMPOSIÇÃO CORPORAL AO
NÍVEL DE 4 COMPARTIMENTOS (4C).
VANTAGENS DO CONTADOR DE POTÁSSIO DE CORPO INTEIRO
• É o padrão-ouro para medir com precisão a massa celular corporal, ou seja, o tecido metabolicamente ativo, o qual contém mais de 98% de potássio. 
• Pode ser usado como um método não invasivo para estimar a proteína corporal e a massa muscular esquelética. 
• Independe de mudança no estado de hidratação corporal (desidratação ou edema). 
• Não implica em exposição à radiação. 
• É seguro e aplicável em todas as faixas etárias. 
• Pode fornecer estimativas de gordura corporal por meio de estimativas de peso e da massa celular corporal.
proteína  corporal   total   =  6, 25  ×  nitrogênio  corporal   total  (g)
massa   celular   corporal  (kg)  =  0, 0092  ×  potássio  corporal   total(mmol)

DESVANTAGENS DO CONTADOR DE POTÁSSIO DE CORPO INTEIRO
• É limitado a ambientes de pesquisa especializados e requer habilidades técnicas avançadas para operar. 
• Tem alto custo com equipamento e pessoal especializado.
ANÁLISE DE ATIVAÇÃO DE NÊUTRONS IN VIVO
Esta técnica é usada para determinar com precisão o conteúdo de vários elementos do corpo humano:
NITROGÊNIO
CARBONO
HIDROGÊNIO
CÁLCIO
OXIGÊNIO
TAIS ELEMENTOS SÃO ANALISADOS PARA DETERMINAR COMPARTIMENTOS
ESPECÍFICOS, COMO PROTEÍNA, MASSA GORDA, ÁGUA CORPORAL TOTAL E MASSA
MINERAL ÓSSEA.
O procedimento consiste em expor o corpo do indivíduo avaliado a um feixe de nêutrons que faz com que esses elementos se tornem isótopos
radioativos (átomos isotópicos ou elementos atômicos) e então emitam radiações e caminhos de decaimento específicos que podem ser medidos. Os
espectros das emissões são analisados e com isso se pode determinar o conteúdo de cada elemento no corpo.
VANTAGENS DA ANÁLISE DE ATIVAÇÃO DE NÊUTRONS IN VIVO
• A fonte rápida de nêutrons é um campo de baixa radioatividade. 
• Permite estimar com alta precisão compartimentos específicos, como proteína, massa gorda, água corporal total e massa mineral óssea.

DESVANTAGENS DA ANÁLISE DE ATIVAÇÃO DE NÊUTRONS IN VIVO
• Tem alto custo, incluindo instalação e manutenção. 
• Possui baixa disponibilidade, limitada. 
• Demanda excelência e habilidade técnica de pessoal. 
• Envolve a exposição à radiação de nêutrons (embora relativamente baixa, limita a utilização em gestantes, por exemplo).
DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM
ABSORCIOMETRIA DE RAIOS X DE DUPLA ENERGIA (DXA)
O método DXA consiste na análise da atenuação de raios X com duas energias (altas e baixas energias de fótons) quando passam através do corpo.
Assim, a fonte de raios X passa por um filtro que converte os feixes de raios X em picos fotoelétricos de baixa e alta energia que, por sua vez,
atravessam o corpo do paciente.
O procedimento preconiza que:
1º
2º
3º
O indivíduo avaliado deve permanecer deitado em decúbito dorsal (posição supina) e imóvel sobre a mesa de exame, a fonte de feixes de raios X
percorre todo o corpo por baixo do indivíduo.
Os raios X atenuados são medidos por um detector discriminante de energia que faz varreduras transversais em intervalos de 1cm a partir da cabeça
até o pé, captando a atenuação do corpo (tecidos corporais) aos raios.
A obtenção da composição corporal é feita através da medida de atenuação dos picos fotoelétricos no corpo, em que a emissão de alta e baixa
energia diferencia tecido mole e osso. Assim, a massa gorda é determinada a partir de características específicas de atenuação dos tecidos moles. A
variação da atenuação depende das características dos tecidos corporais, mudando de acordo com a densidade e a composição química da gordura e
do osso.
VANTAGENS DO MÉTODO DXA
• Utiliza baixa radiação, é não invasivo e não traumático. 
• Demanda pouca cooperação do indivíduo avaliado, com preparo simples e de rápida execução. 
• Necessita de pouca habilidade técnica do avaliador. 
• É padrão-ouro para avaliação da densidade mineral do osso. 
• Apresenta boa confiabilidade para estimar massa magra mole (massa livre de gordura, o conteúdo mineral ósseo) e massa gorda corporal, podendo
informar sobre o valor total do corpo e por regiões corporais. 
• Confiabilidade comparável à pesagem hidrostática.

DESVANTAGENS DO MÉTODO DXA
• Pressupõe que a quantidade de gordura sobre o osso é igual à quantidade de gordura sobre o tecido ósseo, o que não é exato. Essa é uma limitação
na precisão da análise da gordura corporal. 
• Presume que o compartimento magro contém uma fração de água (73,2%), assim pode ter limitações na estimativa de massa gorda e massa magra
em situações de hidratação corporal alterada. Pressupõe também uma hidratação constante do tecido mole magro, porém essa hidratação varia com a
idade, o sexo e a doença (casos de retenção de líquidos ou perda excessiva). 
• Existem diferenças entre fabricantes e versões de software. 
• Não tem capacidade de diferenciar compartimentos nos tecidos adiposo e magro (a qualidade desses tecidos).
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Esse método baseia-se na atenuação de raios X através dos tecidos do corpo (usando projeções de raios X de diferentes ângulos do corpo) e na
detecção de múltiplas imagens que são usadas para produzir uma única imagem de volume tridimensional de alta resolução de partes do corpo.
 ATENÇÃO
As diferenças de atenuação entre as radiografias de tecido mole magro e tecido adiposo, músculo esquelético, osso, vísceras e órgãos e o tecido
cerebral são detectadas.
A avaliação da composição corporal por tomografia computadorizada é feita por análise bidimensional de cortes axiais específicos do corpo, e a
avaliação da gordura corporal é mais precisa com imagens captadas na altura das vértebras lombares L4-L5.
A IDENTIFICAÇÃO DE PONTO ESPECÍFICO PARA A CAPTAÇÃO DAS IMAGENS COM
PRECISÃO FAVORECE A MENOR EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO.
VANTAGENS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
• Tem capacidade de medições quantitativa e qualitativa e com alta precisão de diferentes depósitos de gordura e infiltração de gordura em órgãos. 
• É considerada padrão-ouro para análise de composição corporal. 
• Possibilita a visualização e quantificação de tecidos, órgãos, músculo e tecido adiposo. 
• Permite discriminar a massa gorda corporal total e regional. 
• Apresenta alta resolução de imagem. 
• É útil em ambientes clínicos, onde essas imagens são adquiridas para fins de diagnóstico médico.

DESVANTAGENS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
• É limitada a ambientes altamente especializados, é cara e requer habilidades especializadas para operar. 
• Requer grande exposição à radiação.
IMAGEM DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
O método da ressonância magnética permite a avaliação da composição a partir da análise de imagens volumétricas tridimensionais dos diferentes
tecidos que compõem o corpo.
AS IMAGENS SÃO PRODUZIDAS A PARTIR AGITAÇÃO/ATIVAÇÃO DE PRÓTONS,
GERALMENTE O HIDROGÊNIO, PRESENTES NAS CÉLULAS DOS TECIDOS
CORPORAIS.
• Esses prótons de hidrogênio são ativados por uma onda de radiofrequência, absorvendo energia. 
• O sinal gerado é usado para desenvolver imagens regionais e transversais de corpo inteiro. 
• O hidrogênio é encontrado na água e na gordura corporal.
 
Imagem: Shutterstock.com
A SEPARAÇÃO DOS SINAIS NA IMAGEM DA ÁGUA E DA GORDURA É FEITA USANDO
AS FREQUÊNCIAS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DOS PRÓTONS NA GORDURA E
NA ÁGUA.

ASSIM, É POSSÍVEL QUANTIFICAR TECIDO ADIPOSO, MÚSCULO ESQUELÉTICO,
EDEMA E ÓRGÃOS VISCERAIS, E INFILTRAÇÃO DIFUSA DE GORDURA EM ÓRGÃOS.
VANTAGENS DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
• Faz medições in vivo de diferentes depósitos de gordura e infiltração de gordura em órgãos. 
• É considerada padrão-ouro para a análise de composição corporal. 
• Tem capacidade de visualizar e quantificar tecidos, órgãos ou constituintes, como músculo e tecido adiposo. 
• Não usa radiação ionizante. 
• Possui excelente resolução de imagem. 
• É procedimento seguro para todas as idades.

DESVANTAGENS DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
• É limitada a ambientes altamente especializados, dispendiosa e requer habilidades especializadas. 
• Exige que o indivíduo prenda a respiração durante o procedimento.
ULTRASSONOGRAFIA
Baseia-se no uso de ondas acústicas (de som) que, aplicadas ao corpo e transmitidas através da pele, são parcialmente refletidas ao entrarem em
contato com os tecidos e voltam para o transdutor.
 SAIBA MAIS
• Esse som refletido varia com a densidade dos compartimentos corporais, caracterizando a impedância acústica dos tecidos. 
• O software transforma o som refletido em imagens, que podem ser mensuradas e permitem distinguir tecido gorduroso, tecido muscular e tecido
ósseo.
VANTAGENS DA ULTRASSONOGRAFIA
• É segura, rápida e de baixo custo. 
• Tem medição confiável e reproduzível.

DESVANTAGENS DA ULTRASSONOGRAFIA
• Falta de técnicas de medição padronizadas. 
• Resultados podemser afetados por erros técnicos, padronização de protocolo e irregularidades anatômicas. 
• Fornece melhores dados qualitativos do que quantitativos. 
• Resultados são altamente dependentes da habilidade dos operadores.
MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS
BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA)
Baseia-se na condução de uma corrente elétrica ao corpo e na impedância (Z), que é resultado da razão entre a resistência (R) e reatância (Xc) que os
diferentes tecidos produzem em resposta à passagem dessa corrente. Assim, a BIA permite estimar a composição corporal com base nas
propriedades condutoras elétricas do corpo. A partir dos valores de R e Xc, empregados em equações específicas, calcula-se o volume da água
corporal total e a massa livre de gordura.
 ATENÇÃO
A principal diferença de aplicabilidade entre a BIA de uma certa frequência comparada à outra de multifrequência é que esta última permite diferenciar
na água corporal total a proporção intracelular e extracelular distribuída.
POR SE TRATAR DE UM MÉTODO DE ANÁLISE POR CONDUÇÃO DE CORRENTE
ELÉTRICA E COMO OS TECIDOS COM MAIOR HIDRATAÇÃO (COMO O TECIDO MAGRO
CORPORAL) SÃO BONS CONDUTORES ELÉTRICOS, O FATOR DE HIDRATAÇÃO DA
MASSA MAGRA CORPORAL (0,73; 73%) É USADO NA ESTIMATIVA DA ANÁLISE DA
ÁGUA CORPORAL TOTAL E DA MASSA LIVRE DE CORDURA PELA BIA. POR OUTO
LADO, COMO O TECIDO GORDUROSO É UM MAU CONDUTOR ELÉTRICO, LOGO A
IMPEDÂNCIA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À PROPORÇÃO DE GORDURA
CORPORAL.
Os fatores que podem diminuir a precisão da estimativa nas análises da BIA são:
As diferenças no comprimento dos membros
O nível de atividade
O momento da análise imediatamente após a execução de atividade física
O estado nutricional
O estado de hidratação
O ciclo menstrual
O posicionamento adequado dos eletrodos de condução da corrente elétrico
A temperatura ambiente
A equação de predição utilizada
A PRINCIPAL APLICABILIDADE DA BIA É PERMITIR A AVALIAÇÃO DE MUDANÇAS DE
FLUIDOS E NÍVEIS DE HIDRATAÇÃO NO CORPO.
VANTAGENS DA BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA)
• Fornece estimativas rápidas, fáceis e relativamente baratas de água corporal total e da massa livre de gordura. 
• Utiliza instrumento portátil, seguro, fácil de usar e de custo relativamente baixo. 
• Demanda mínimo esforço e envolvimento ao indivíduo avaliado. 
• Tem baixo custo.

DESVANTAGENS DA BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA)
• As estimativas dependem de equações preditivas que são específicas para a população da qual foi derivada. 
• O estado de hidratação alterado compromete a confiabilidade dos resultados. 
 RECOMENDAÇÃO
Cuidados no preparo do indivíduo a ser avaliado
• Não comer ou beber quatro horas antes do teste. 
• Não fazer exercícios 12 horas antes do teste. 
• Urinar 30 minutos antes do teste. 
• Não consumir álcool nas 24 horas anteriores ao teste. 
• Não estar em uso de medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o exame.
A AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E SUA IMPORTÂNCIA
NA PRÁTICA CLÍNICA: UMA VISÃO DO NUTRICIONISTA CLÍNICO.
O especialista Daniel Ronaldo Chreem fala sobre a importância da composição corporal para o profissional de nutrição.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OS DIVERSOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL SE BASEIAM NA ORGANIZAÇÃO DOS
DIFERENTES COMPONENTES DO CORPO EM MODELOS. O MODELO DE TRÊS COMPARTIMENTOS SE
CARACTERIZA POR COMPARTIMENTALIZAR A AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO NOS SEGUINTES COMPONENTES
CORPORAIS:
A) Massa seca livre de gordura; proteínas; massa gorda
B) Tecido metabólico, lipídeo não essencial; massa magra
C) Massa gorda; conteúdo mineral ósseo; água corporal total
D) Massa gorda; conteúdo mineral; massa de tecido magro
E) Proteína; mineral de tecido não ósseo; glicogênio
2. A ESCOLHA DO MÉTODO AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DEPENDE DO COMPARTIMENTO QUE SE
PRETENDE ANALISAR E DOS RECURSOS DISPONÍVEIS. OS MÉTODOS SÃO CATEGORIZADOS DE ACORDO COM
O(S) COMPARTIMENTO(S) CORPORAL(IS) QUE ANALISA E A METODOLOGIA (TÉCNICA) UTILIZADA PARA A
AVALIAÇÃO. 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A OPÇÃO DE CORRETA DE MÉTODO INDIRETO E SUA RESPECTIVA
METODOLOGIA (TÉCNICA) DE ANÁLISE.
A) Bioimpedância; diagnóstico por imagem
B) Pesagem hidrostática; diluição de isótopos
C) Absorciometria de raios X de duplo feixe; técnica densitométrica
D) Ultrassonografia; aplicação de corrente elétrica
E) Hidrometria; diluição de isótopos
GABARITO
1. Os diversos métodos de avaliação da composição corporal se baseiam na organização dos diferentes componentes do corpo em
modelos. O modelo de três compartimentos se caracteriza por compartimentalizar a avaliação da composição nos seguintes componentes
corporais:
A alternativa "D " está correta.
 
O modelo de três compartimentos (3C) difere do modelo de 2C por incluir uma subdivisão no compartimento da massa livre de gordura. O modelo de
3C propõe a compartimentalização do corpo em massa gorda, conteúdo mineral e massa de tecido magro (contendo água corporal total, proteínas e
minerais e massa seca livre de gordura).
2. A escolha do método avaliação da composição corporal depende do compartimento que se pretende analisar e dos recursos disponíveis.
Os métodos são categorizados de acordo com o(s) compartimento(s) corporal(is) que analisa e a metodologia (técnica) utilizada para a
avaliação. 
 
Assinale a alternativa que apresenta a opção de correta de método indireto e sua respectiva metodologia (técnica) de análise.
A alternativa "E " está correta.
 
A hidrometria consiste na medição da água corporal total através do uso de análise de isótopos diluídos na água.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que a antropometria é uma metodologia simples que utiliza poucos recursos e, quando aplicada de acordo com normas metodológicas de
medição padronizadas, uniformemente e por avaliador treinado e experiente, representa uma excelente ferramenta para a avaliação nutricional na
prática clínica e na análise nutricional de grupos populacionais e de subgrupos de indivíduos.
A APLICABILIDADE DA ANTROPOMETRIA NO DIAGNÓSTICO DE RISCO NUTRICIONAL
E DE MORBIDADES DEPENDE DA COMPARAÇÃO DAS MEDIDAS AFERIDAS COM
VALORES DE PONTO DE CORTE PARA CADA UMA DAS VARIÁVEIS
ANTROPOMÉTRICAS UTILIZADAS. ELAS SÃO ESPECÍFICAS PARA CADA GRUPO
POPULACIONAL DE ACORDO COM:
GÊNERO

ETNIA

IDADE

CONDIÇÕES DE SAÚDE
Descrevemos ainda as limitações do uso da antropometria diante de situações nas quais as medições não podem ser realizadas com rigor. Porém,
entendemos que, alternativamente, uma diversidade de equações derivadas possibilita o uso de medidas antropométricas variadas de modo a
favorecer a avaliação de risco nutricional e de saúde.
Reconhecemos os modelos de composição corporal e os diferentes métodos de avaliação abordados no contexto de sua aplicabilidade para:
A REALIZAÇÃO DE ANÁLISE DAS CONDIÇÕES NUTRICIONAIS E DE SAÚDE.

A DETERMINAÇÃO DE CONDIÇÕES DE RISCO NUTRICIONAL.
Compreendemos que a metodologia de avaliação da composição do corpo possibilita a análise detalhada dos diversos compartimentos corporais e
completa a antropometria, ao fornecer informações sobre a proporcionalidade dos compartimentos corporais e seu estado de integridade estrutural e
funcional.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BAPEN. The must report-nutritional screening of adults: a multidisciplinary responsibility. Executive summary, 2012. Consultado
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