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FÍGADO Maior glândula do corpo. O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. Além de suas muitas atividades metabólicas, o fígado armazena glicogênio e secreta bile, um líquido amarelo-acastanhado ou verde que ajuda na emulsificação das gorduras. O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome. Ocupa a maior parte da região hipocôndrica direita e parte da epigástrica. LOBOS DO FÍGADO Externamente, o fígado é dividido em dois lobos anatômicos e dois lobos acessórios pelas reflexões do peritônio a partir de sua superfície e as fissuras formadas em relação a essas reflexões. LOBO HEPÁTICO DIREITO E ESQUERDO Separado pelo plano essencialmente mediano definido pela fixação do ligamento falciforme e a fissura sagital. Lobo hepático E: segmentos 1 a 4. Lobo hepático D: segmentos de 5 a 8. Cada segmento hepático constitui uma unidade funcional do fígado, recebendo uma tríade portal individualizada, e sendo drenado por ramo de uma das veias hepáticas. Pode ser removido, isolado sem prejuízo da irrigação, drenagem e até das funções dos demais. LOBO QUADRADO E CAUDADO Divisões do lobo hepático esquerdo. Separados pela porta do fígado transversal. Lobo quadrado: anterior e inferiormente. Lobo caudado: posterior e superiormente. Na face visceral, as fissuras sagitais direita (margem direita dos lobos caudado e quadrado) e esquerda (margem esquerda dos lobos caudado e quadrado) passam de cada lado dos dois lobos acessórios. RECESSOS SUBFRÊNICOS DIREITO E ESQUERDO Separa o diafragma do fígado. Extensões superiores da cavidade peritoneal — entre o diafragma e a face diafragmática do fígado. Os recessos subfrênicos são separados em recessos direito e esquerdo pelo ligamento falciforme. LIGAMENTO FALCIFORME: se estende entre o fígado e a parede anterior do abdome, formado por duas lâminas de peritônio. FACES DO FÍGADO FACE DIAFRAGMÁTICA Lisa e côncava, relacionada à concavidade do diafragma. Coberta por peritônio visceral, exceto posteriormente na área nua do fígado. RELAÇÕES ANTERIORES DA FACE DIAFRAGMÁTICA Diafragma. Parede anterior do abdome. ÁREA NUA DO FÍGADO Onde o fígado está em contato direto com o diafragma. As duas lâminas de peritônio que formam o ligamento falciforme separam-se sobre a face superior do fígado para formar a lâmina anterior do ligamento coronário deixando a área nua do fígado sem revestimento peritoneal. A área nua é demarcada pela reflexão do peritônio do diafragma para o fígado, como as lâminas anterior (superior) e posterior (inferior) do ligamento coronário. LIGAMENTOS DO FÍGADO LIGAMENTO CORONÁRIO Demarca a área nua superior e posterior. São reflexões do peritônio. Lâmina anterior do ligamento coronário: formada pela separação das duas lâminas de peritônio que formam o ligamento falciforme na face superior do fígado. LIGAMENTO TRIANGULAR ESQUERDO Formado pelo encontro das lâminas anterior e posterior da parte esquerda do ligamento coronário no ápice do fígado cuneiforme. LIGAMENTO REDONDO Remanescente fibroso da veia umbilical, que levava o sangue oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto. FACE VISCERAL Plana, ou mesmo côncava (posteroinferior). Coberta por peritônio exceto no leito da vesícula biliar e porta do fígado (onde entram as estruturas do fígado). Lado Esquerdo: área gástrica e esofágica. Lado Direito: área duodenal RELAÇÕES DA FACE VISCERAL Lado direito da face anterior do estômago (áreas gástrica e pilórica). Parte superior do duodeno (área duodenal). Omento menor (estende-se até a fissura do ligamento venoso). Vesícula biliar (fossa da vesícula biliar). Flexura direita do colón e colón transverso direito (área cólica). Rim e glândula suprarrenal direitos (áreas renal e suprarrenal). IMPRESSÕES DO FÍGADO PORTA DO FÍGADO Porta do fígado ou hepática: área entre o lobo caudado e quadrado (fissura transversal) por onde entram e saem os vasos, o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos que suprem e drenam o fígado. 1. Veia porta. 2. Artéria hepática. 3. Ducto colédoco. 4. Vasos linfáticos IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO FÍGADO 1. ARTÉRIA HEPÁTICA Ramo do tronco celíaco. Chamada de: ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM: do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal. ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA: da artéria gastroduodenal até a bifurcação da artéria hepática. Na porta do fígado bifurca-se em artéria hepática direita (2) e esquerda (3). 2. ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA 3. ARTÉRIA HEPÁTICA ESQUERDA VEIAS DO FÍGADO 1. VEIA PORTA HEPÁTICA Conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. União das veias mesentérica superior (2) e esplênica (3). Na porta do fígado bifurca-se em veia porta direita e esquerda. 2. VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR 3. VEIA ESPLÊNICA CIRCULAÇÃO PORTA HEPÁTICA VASOS DO FÍGADO 1. VEIA HEPÁTICA Resultante da união das veias centrais do fígado. Drena para veia cava superior. INERVAÇÃO DO FÍGADO Plexo nervoso hepático – derivado do plexo celíaco. O plexo hepático acompanha os ramos da artéria hepática e da veia porta até o fígado. Esse plexo é formado por fibras simpáticas do plexo celíaco e fibras parassimpáticas dos troncos vagais anterior e posterior. As fibras nervosas acompanham os vasos e os ductos biliares da tríade portal. Função de realizar vasoconstrição. VESÍCULA BILIAR A bile é armazenada na vesícula biliar, que também concentra a bile por meio da absorção de água e sais. Quando o alimento chega ao duodeno, a vesícula biliar envia a bile concentrada pelas vias biliares até o duodeno. Localizada na fossa da vesícula biliar (junção das partes direita e esquerda do fígado) na face visceral. Localizada na depressão entre o lobo direito e quadrado. Capacidade de 50 ml de bile DIVIDA EM: Fundo: extremidade larga e arredondada do órgão que geralmente se projeta a partir da margem inferior do fígado. Corpo: parte principal, que toca a face visceral do fígado, o colo transverso e a parte superior do duodeno. Colo: extremidade estreita e afilada, oposta ao fundo e voltada para a porta do fígado; normalmente faz uma curva em forma de S e se une ao ducto cístico. IRRIGAÇÃO DA VESÍCULA A irrigação arterial da vesícula biliar e do ducto cístico provém principalmente da artéria cística. DUCTOS DO FÍGADO Hepatócitos secretam bile para os canalículos biliares – ductos biliares interlobares. 1. Ductos hepáticos direito e esquerdo: ductos biliares por onde sai a bile. 2. Ducto cístico: une o colo da vesícula biliar ao ducto hepático comum (3). 3. Ducto hepático comum: (ducto hepático direito + esquerdo) recebe o ducto cístico. 4. Ducto colédoco: ducto hepático comum + ducto cístico. DUODENO Intestino delgado é formado pelo duodeno, jejuno e íleo. Primeira e mais curta parte do intestino delgado – 25 cm. Trajeto em forma de C envolvendo a cabeça do pâncreas. Começa no piloro no lado direito e termina na flexura (junção) duodenojejunal no lado esquerdo. FLEXURA DUODEOJEJUNAL Ângulo agudo formado na junção do duodeno ao jejuno. PARTES DO DUODENO BULBO DUODENAL Os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno, imediatamente distais ao piloro, têm mesentério e são móveis. Essa parte livre, chamada ampola (bulbo duodenal), tem uma aparência diferente do restante do duodeno. PARTE SUPERIOR Ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. Coberta de peritônio na face anterior. PARTE DESCENDENTE Segue inferiormente,curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial. PARTE HORIZONTAL OU INFERIOR Cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores PARTE ASCENDENTE Se curva anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pela fixação de um músculo suspensor do duodeno (ligamento de Treitz). Junção duodeno-jejunal: ligamento suspensor do duodeno (ligamento de Treitz). AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA E PAPILA DUODENAL MAIOR Junção dos ductos colédoco e pancreático. Se abre na papila duodenal maior (ampola de Vater). PAPILA DUODENAL MENOR Papila duodenal menor (papila de Santorini). Onde o ducto pancreático acessório abre-se no duodeno. IRRIGAÇÃO DO DUODENO ARTÉRIA RAMO IRRIGAÇÃO TRONCO CELÍACO Parte abdominal da aorta Esôfago, estômago, parte proximal do duodeno, fígado/vias biliares, pâncreas. HEPÁTICA Tronco celíaco Fígado, vesícula biliar e ductos biliares, estômago, duodeno, pâncreas e respectivos lobos do fígado. GÁSTRICA DUODENAL Hepática Estômago, pâncreas, primeira parte do duodeno. PANCREATICODUODENAL SUPERIOR ANT. POST. Gástrica duodenal Parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco na parte descendente do duodeno. MESENTÉRICA SUPERIOR Duodeno PANCREATICODUODENAL INFERIOR ANT. POST. Mesentérica superior Duodeno distal à entrada do ducto colédoco. As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para a veia porta, algumas diretamente e outras indiretamente, pelas veias mesentérica superior e esplênica. Veias pancreaticas duodenais superiores ant. e post. Veias pancreaticas duodenais inferiores ant. e post. INERVAÇÃO DO DUODENO Parassimpática: deriva do nervo vago Simpático: por meio dos plexos celíaco e mesentérico superior PÂNCREAS Glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) na parede posterior do abdome. Localizado retroperitoneal e transversalmente posterior ao estômago, entre o duodeno e baço. Secreção exócrina (ácinos): suco pancreático. Secreção endócrina (ilhotas pancreáticas): insulina e glucagon. DIVISÃO DO PÂNCREAS CABEÇA Parte expandida, envolvida pelo duodeno (circundada pela curvatura em forma de C do duodeno). O ducto colédoco situa-se em um sulco na face posterossuperior da cabeça ou está inserido em sua substância. RELAÇÕES ANTERIORES DA CABEÇA DO PÂNCREAS Parte pilórica do estômago; Bulbo do duodeno. RELAÇÕES POSTERIORES DA CABEÇA DO PÂNCREAS Veia cava inferior; Artéria e veia renal direita; Veia renal esquerda. COLO DO PÂNCREAS CORPO DO PÂNCREAS O pâncreas continua a partir do colo. RELAÇÕES ANTERIORES DO CORPO DO PÂNCREAS Corpo do estômago. RELAÇÕES POSTERIORES DO CORPO DO PÂNCREAS Artéria aorta e mesentérica superior; Glândula supra-renal; Vasos renais; Rim esquerdo. CAUDA DO PÂCREAS Intimamente relacionada ao hilo do baço. Ligamento esplenorenal (entre o baço e o rim). RELAÇÕES ANTERIORES DA CAUDA DO PÂNCREAS Corpo do estômago. RELAÇÕES DA CAUDA DO PÂNCREAS Rim esquerdo; Hilo do baço; Flexura esquerda do cólon. DUCTOS DO PÂNCREAS DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL Começa na cauda do pâncreas. O ducto pancreático principal e o ducto colédoco (do fígado) se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater), que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno. DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO Abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. O ducto acessório comunica-se com o ducto pancreático principal. Em alguns casos, o ducto pancreático principal é menor do que o ducto pancreático acessório e pode não haver conexão entre os dois. Nesses casos, o ducto acessório conduz a maior parte do suco pancreático. IRRIGAÇÃO DO PÂNCREAS ARTÉRIA RAMO IRRIGAÇÃO TRONCO CELÍACO Parte abdominal da aorta Esôfago, estômago, parte proximal do duodeno, fígado/vias biliares, pâncreas. HEPÁTICA Tronco celíaco Fígado, vesícula biliar e ductos biliares, estômago, duodeno, pâncreas e respectivos lobos do fígado. GÁSTRICA DUODENAL Hepática Estômago, pâncreas, primeira parte do duodeno. PANCREATICODUODENAL SUPERIOR ANT. POST. Gástrica duodenal Irriga a cabeça do pâncreas. MESENTÉRICA SUPERIOR Aorta abdominal Pâncreas PANCREATICODUODENAL INFERIOR ANT. POST. Mesentérica superior Irriga a cabeça do pâncreas. ARTÉRIAS HEPÁTICAS Esplênica Irrigam o corpo e a cauda do pâncreas INERVAÇÃO DO PÂNCREAS Parassimpático: nervos vago. Simpático: plexos celíaco e mesentérico superior.
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