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Semiologia - Exame Clínico da Cabeça, Orelha, Olhos, Nariz, Garganta (COONG) e Aparelho Respiratório

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Thais Alves Fagundes 
EXAME CLÍNICO 
 Inspeção: pele e mucosas, postura, fácies, biotipo, peso e altura, marcha, estado nutricional, tela subcutânea 
(edema), linfonodos superficiais. 
 Palpação 
 Percussão: macicez, submacicez, som claro pulmonar, timpanismo. Significado reduzido na propedêutica 
moderna. 
 Ausculta 
 Sinais vitais: PA, pulso, temperatura e FR. 
OBS.: mantenha o paciente informado do que pretende fazer. 
INSPEÇÃO 
Exploração feita a partir do sentido da visão. Investigam-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das 
cavidades em contato com o exterior. 
 Inspeção começa no momento em que se entra em contato com o paciente, realizando-se uma “inspeção 
inicial”, procurando vê-lo em sua totalidade e atento. 
 Inspeção começa durante a anamnese, desde o primeiro momento em que se encontra com o paciente, e 
continua durante todo o exame clínico. 
 Inspeção deve ser realizada por partes, desnudando-se somente a região a ser examinada. 
PALPAÇÃO 
Recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão, 
sobre as mais profundas. 
 Pela palpação percebem-se modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, 
sensibilidade, volume, dureza, além da percepção de frêmito, elasticidade, reconhecimento de flutuação, 
crepitações, vibração, pulsação e verificação da existência de edema. 
 Explique cada etapa do exame ao paciente e a maneira como ele pode cooperar. 
 Aqueça as mãos, friccionando uma contra a outra antes de iniciar qualquer palpação. 
 Posição do examinador e do paciente depende das condições clínicas do paciente e do segmento corporal a 
ser palpado. Geralmente, o paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador de pé, à direita do paciente. 
DIGITOPRESSÃO: 
 Realizada com a polpa do polegar ou do indicador. 
 Consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos. 
 Pesquisar a existência de dor; Avaliar a circulação cutânea; Detectar se há edema. 
PUNTIPRESSÃO: 
 Consiste em comprimir com um objeto pontiagudo um ponto do corpo. 
 Usada para avaliar a sensibilidade dolorosa. 
 
Thais Alves Fagundes 
PERCUSSÃO 
Baseia-se no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que têm 
características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida. 
 Deve-se observar não apenas o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região golpeada. 
 Em órgãos simétricos, é conveniente a percussão comparada de um e outro lado. 
PERCUSSÃO DIGITODIGITAL: 
 Executada golpeando-se com a borda ungueal do dedo médio ou do indicador de uma das mãos a superfície 
dorsal da segunda falange do dedo médio ou do indicador da outra mão. 
 Ao dedo que golpeia designa-se plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro. 
 Dedo plexímetro – médio ou indicador – é o único a tocar a região que está sendo examinada. Os outros e a 
palma da mão ficam suspensos rentes à superfície. Caso se pouse a mão, todas as vibrações são 
amortecidas, e o som torna-se abafado. 
 Golpe deve ser dado com a borda ungueal, e não com a polpa do dedo, que cai em leve obliquidade, 
evitando que a unha atinja o dorso do dedo plexímetro. 
 Execução de dois golpes seguidos, secos e rápidos, tendo-se o cuidado de levantar o plexor imediatamente 
após o segundo golpe. Retardar na sua retirada provoca abafamento das vibrações. 
 
ECTOSCOPIA 
Estado geral do paciente (impressão): bom, regular ou ruim. 
Orientação: consciente, orientado no tempo e no espaço, colaborativo com o exame. Acordado, ativo, reativo 
(bebês). 
Postura: posição adotada pelo paciente. 
 Ativa: assumida espontaneamente (boa postura/má postura). 
 Passiva: impossibilidade do paciente mudar de posição sem auxílio de outra pessoa. 
 Antálgica: adotada para alívio de dor. 
Higiene pessoal/olfato: 
 Hálito do paciente. 
 Odor de secreções. 
Dependência: 
 Sozinho 
 Acompanhado 
 Cadeira de rodas 
 Muletas ou bengalas 
Fala e linguagem: 
Thais Alves Fagundes 
 Dificuldade de comunicação. 
Peso e altura: medido em centímetros com paciente descalço e em posição ereta. 
Biotipo: 
 Brevilíneo: membros curtos, tórax alargado, estatura baixa. 
 Longilíneo: tórax afilado e achatado, membros longos e musculatura delgada. 
 Normolíneo: desenvolvimento do corpo, musculatura e do panículo adiposo harmônicos. 
Fácies: expressão fisionômica do paciente 
 Fácies normais ou atípicas 
 Fácies típicas 
EXAME DOS LINFONODOS 
Localização: necessário saber não apenas a localização com referência às cadeias linfonodais, mas na própria cadeia 
quais linfonodos estão comprometidos, pois este conhecimento permite ao médico deduzir as áreas drenadas ou 
órgãos afetados. 
Tamanho ou volume: linfonodos variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro. Linfonodos palpáveis podem ser normais em 
adultos, quando são bem individualizados, móveis e indolores. 
Coalescência: junção de dois ou mais linfonodos, formando massa de limites imprecisos. A coalescência é 
determinada por processo inflamatório ou neoplásico da cápsula dos linfonodos acometidos, que os une 
firmemente, indicando maior tempo de evolução da doença. 
Consistência: linfonodo pode estar endurecido ou amolecido, com flutuação ou não. A primeira é própria dos 
processos neoplásicos ou inflamatórios com fibrose. Quando mole e/ou com flutuação, indica, em geral, processo 
inflamatório e/ou infeccioso com formação purulenta. 
 Linfadenopatia: linfonodos com tamanho e consistência anormais. 
Mobilidade: palpação deslizante ou, se possível, fixandoo entre o polegar e o indicador, procurase deslocar o 
linfonodo, o qual pode ser móvel ou estar aderido aos planos profundos, o que indica comprometimento capsular 
com participação das estruturas adjacentes. 
Sensibilidade: linfonodo pode estar doloroso ou não. 
 Linfonodos doloridos: adenopatias infecciosas, bacterianas agudas. 
 Linfonodos pouco dolorosos: processos infecciosos crônicos. 
 Linfonodos indolores: infecções virais e nos processos parasitários. 
 Linfonodos metastáticos: consistência pétrea e indolores. 
 Linfonodos leucêmicos ou linfomatosos: são indolores ou levemente doloridos. 
Alteração da pele: presença de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor) e de fistulização, descrevendose o tipo 
de secreção que flui pela fístula. 
 Tuberculose: adenomegalias mais ou menos fixas, de consistência média, com tendência a se fundirem para 
depois fistulizarem, são mais comuns na tuberculose. 
 Neoplasias malignas: linfonodos axilares/supraclaviculares, endurecidos e isolados, de aparecimento 
relativamente recente. 
 Metástase: linfonodos axilares aumentados, endurecidos, fixos e coalescentes. 
Thais Alves Fagundes 
 Aumento dos linfonodos epitrocleanos ocorre na sarcoidose, linfoma, leucemia linfocítica crônica e na 
mononucleose infecciosa. 
Principais linfonodos para avaliar: 
 Occipitais: nuca 
 Pré-auriculares: frente da orelha 
 Retroauriculares: atrás da orelha 
 Submandibulares: mandíbula 
 Submentonianos: ponta do queixo 
 Cervicais superficiais e profundos: frente e atrás do músculo esternocleidomastódeo 
 Supra claviculares: em cima da clavícula 
 Infraclaviculares: abaixo da clavícula 
 Trocleares: cotovelo 
 Axilares: axilas 
 Inguinais: virilha 
 Poplíteos: atrás do joelho 
 
EXAME DA PELE 
 Coloração 
o Normocorado 
o Palidez: atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele. 
o Vermelhidão ou eritrose: exagero da coloração rósea da pele e indica aumento da quantidade de 
sangue na rede vascular cutânea, decorrente de vasodilatação ou aumento do sangue. 
o Cianose: cor azulada (leve, moderada, intensa) – deve ser pesquisada no rosto (ao redor dos lábios, 
ponta do nariz, lobos das orelhas) e extremidades das mãos e dos pés. 
o Icterícia: coloração amarelada da pele, mucosas visíveise esclerótica e é resultante de acúmulo de 
bilirrubina no sangue. 
o Albinismo: coloração branco-leitosa da pele em decorrência de uma síntese defeituosa da melanina. 
o Bronzeado 
 Continuidade ou integridade: perda dessas características ocorre em erosão, na ulceração ou na fissura. 
Thais Alves Fagundes 
 Umidade: avaliada por meio da sensação tátil. 
o Umidade normal; Pele seca; Umidade aumentada. 
 Espessura: avaliada por meio do pinçamento de uma dobra cutânea usando-se o polegar e o indicador. Não 
engloba o tecido subcutâneo. Deve ser feita em várias e diferentes regiões, antebraço, tórax e abdome. 
o Normal (indivíduos hígidos); Pele atrófica (idosos); Pele hipertrófica / espessa (indivíduos que 
trabalham expostos ao sol). 
 Textura: avaliada deslizando-se as polpas digitais sobre a superfície cutânea. 
o Textura normal; Pele lisa ou fina; Pele áspera; Pele enrugada. 
 Temperatura: avaliada através da palpação com a face dorsal das mãos ou dos dedos, comparando-se com o 
lado homologo cada segmento examinado. 
o Normal; Aumentada; Diminuída. 
 Elasticidade e mobilidade: elasticidade é a propriedade do tegumento cutâneo se estender quando 
tracionado; mobilidade refere-se a sua capacidade de se movimentar sobre os planos profundos 
subjacentes. Para avaliar a elasticidade, pinça-se uma prega cutânea com o polegar e o indicador, fazendo 
em seguida certa tração, ao fim da qual se solta a pele. 
o Elasticidade normal (indivíduos hígidos); Aumentada ou diminuída (idosos). 
 Mobilidade: pousa-se firmemente a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e movimenta-se 
a mão para todos os lados, fazendo-a deslizar sobre as estruturas subjacentes (ossos, articulações). 
o Mobilidade normal; Diminuída / ausente ou aumentada (idosos). 
 Turgor: avaliado pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele que engloba o tecido subcutâneo. 
o Normal (sensação de pele suculenta); Diminuído (sensação de pele murcha). 
 Sensibilidade: dolorosa, tátil, térmica. 
PERFUSÃO CAPILAR 
Pressionar a polpa do polegar de encontro ao esterno durante alguns segundos, com o objetivo de expulsar o sangue 
que flui naquela área. Retirar o dedo rapidamente e observar o local que esteve comprimido. Em condições normais, 
o tempo necessário para que seja recuperada a cor rósea, indicadora de retorno do fluxo sanguíneo, é menos de um 
segundo. 
 Preservada; Diminuída. 
LESÕES ELEMENTARES 
Modificações do tegmento cutâneo determinadas por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, 
neoplásicos, transtornos do metabolismo ou por defeito de formação. 
 Manchas ou máculas: alterações da cor da pele. 
 Formações sólidas: resultam de processos inflamatórios ou tumorais, podendo acometer a derme, a 
epiderme e o tecido subcutâneo. 
 Formação de lesões sólidas e palpáveis. 
 Formações císticas: lesões que contém líquido em seu interior, que pode ser soro, sangue ou pus. 
 Alterações de espessura: cicatriz. 
 Perdas teciduais: resultam da destruição ou eliminação de tecidos cutâneos. 
CIANOSE 
 Coloração azulada da pele e da mucosa. 
 Manifesta-se quando a hemoglobina está reduzida no sangue – hemoglobina não está saturada de oxigênio 
(hipoxemina). 
Thais Alves Fagundes 
 Encontrada no rosto, especialmente ao redor dos lábios, na ponta do nariz, nos lobos das orelhas e nas 
extremidades das mãos e dos pés (leito ungueal e polpas digitais). Nos casos de cianose muito intensa, todo 
o tegumento cutâneo adquire tonalidade azulada ou mesmo arroxeada. 
Generalizada: observada em toda a pele, embora predomine em algumas áreas. 
Localizada ou segmentar: apenas segmentos corporais adquirem coloração anormal, significando obstrução de uma 
veia que drena uma região. 
ICTERÍCIA 
 Coloração amarelada da pele, das mucosas visíveis e da esclerótica. Coloração ictérica pode ser desde 
amareloclara até amareloesverdeada. 
 Manifesta-se devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue, impregnação do pigmento bilirrubínico 
aumentado no sangue. 
 Principais causas são: hepatite infecciosa, hepatopatia alcoólica, hepatopatia por medicamentos, 
leptospirose, malária, septicemia, lesões obstrutivas das vias biliares extrahepáticas (litíase biliar, colelitíase, 
câncer da cabeça do pâncreas) e doenças nas quais ocorre hemólise (icterícias hemolíticas – com anemia e 
processos neoplásicos). 
ESTADO DE HIDRATAÇÃO 
 Desidratação: sede; Diminuição abrupta do peso; Pele seca; Elasticidade e turgor diminuídos; Mucosas secas. 
Turgor: 
 Pinçar com o polegar e o indicador uma prega de pele que abranja o tecido subcutâneo. 
 Normal: sensação de pele suculenta em que, ao ser solta, a prega se desfaz rapidamente (hidratada). 
 Diminuído: sensação de pele murcha e observação de lento desfazimento de prega (desidratação). 
Elasticidade: 
 Diminuição da elasticidade ou hipoelasticidade: pele, ao ser tracionada, voltar vagarosamente à posição 
primitiva, ou seja, a prega cutânea se desfaz lentamente. 
 Diminuição da elasticidade é observada nas pessoas idosas, nos pacientes desnutridos, no abdome das 
multíparas e, principalmente, na desidratação. 
Pele do paciente idoso: diminuição da elasticidade, do turgor, da espessura, decorrente de alterações do próprio 
envelhecimento e da ação ambiental. Observar a hidratação por meio das mucosas. 
Cetoacidose diabética: desidratação intensa, hipovolemia, hipotensão arterial, taquicardia com pulso filiforme, 
respiração de Kussmaul, hálito com odor de fruta, por aumento da acetona plasmática, pele com turgor diminuído, 
mucosas secas, febre que nem sempre traduz processo infeccioso, eventualmente dor abdominal simulando 
abdome agudo. 
CONJUNTIVA PALPEBRAL – ANEMIA 
 Exame da conjuntiva palpebral inferior fornece valiosa informação nas anemias. 
 Cor normal, rosa-vivo, transforma-se em rosa-pálido ou fica quase branca. 
UMIDADE 
 Umidade normal: pele tem certo grau de umidade que pode ser percebido. 
Thais Alves Fagundes 
 Pele seca: confere ao tato uma sensação especial. É observada em pessoas idosas, em algumas 
dermatopatias crônicas (esclerodermia, ictiose), no mixedema, na avitaminose A, na intoxicação pela 
atropina, na insuficiência renal crônica e na desidratação. 
 Umidade aumentada ou pele sudorenta: pode ser observada em alguns indivíduos normais ou pode estar 
associada a febre, ansiedade, hipertireoidismo, neoplasias malignas, menopausa. 
EXAME DAS MUCOSAS 
 Coloração: descoramento das mucosas, mucosas hipercoradas, cianose, icterícia, leucoplasia. 
o Normocoradas (róseo-avermelhada): decorrente da rica rede vascular. 
o Hipercoradas (acentuação da cor normal): traduzem aumento de hemácias naquela área, como 
ocorre nas inflamações. 
o Descoradas (diminuição ou perda da cor róseo-avermelhada): pode fazer uma avaliação quantitativa 
por meio de cruzes. Ex.: mucosas descordas (+) significam uma leve diminuição da cor normal, 
enquanto mucosas descoradas (+ + + +) indicam o desaparecimento da coloração rósea. 
o Cianose (mucosas azuladas). 
o Icterícia (mucosas amareladas). 
o Mais fácil detectar: mucosa conjuntival e freio da língua. 
o Leucoplasia: áreas esbranquiçadas por espessamento do epitélio ou diminuição da vascularização da 
lamina própria. 
 Umidade: 
o Umidade normal: apresentam discreto brilho traduzindo um bom estado de hidratação. 
o Mucosas secas: perdem o brilho, lábios e língua pardacentos; na maioria das vezes, indicam 
desidratação. 
 Existência de lesões 
DESCORAMENTO - ANEMIA 
 Descoramento das mucosas. 
 Manifesta-se devido à diminuição das hemácias e da hemoglobina no sangue. 
 Outros sintomas: palidez da pele, fadiga, astenia, palpitações. 
o Anemias hemolíticas: icterícia. 
o Anemias megaloblásticas: distúrbios nervosos localizados nos membros inferiores. 
UMIDADE – DESIDRATAÇÃO 
 Mucosas em condições normais são úmidas, especialmente as mucosas lingual e a bucal, traduzindo bom 
estado dehidratação. 
 Umidade normal: mucosas apresentam discreto brilho indicativo de tecidos hidratados. 
 Mucosas secas: mucosas perdem o brilho, os lábios e a língua ficam pardacentos, adquirindo aspecto 
ressequido. Na maioria das vezes, indicam desidratação. 
 Grau de umidade pode refletir a perda de água provocada por diarreia. 
EXAME DOS FÂNEROS 
 Cabelos: tipo de implantação, distribuição, quantidade, coloração. 
 Pelos: forma ou configuração, tipo de implantação, espessura, superfície, consistência, brilho, coloração. 
o hipertricose, hirsutismo 
 Unhas: forma ou configuração, tipo de implantação, espessura, superfície, consistência, brilho, coloração. 
PELOS 
Thais Alves Fagundes 
Até a puberdade são finos, escassos e de cor castanho-clara. Após a puberdade, ocorrem variações: no homem 
aparece barba, pelos nos troncos e os pelos pubianos tomam a forma de losango; na mulher os pelos pubianos se 
implantam na forma de triangulo de vértice voltado para baixo. 
 Brilho, espessura, consistência e comprimento: também podem tornar-se secos, quebradiços e sem brilho. 
 Distribuição: o tempo de aparecimento da pilosidade adulta pode ser precoce ou com atraso. 
 Quantidade: podem ocorrer alterações como hirsutismo (aumento exagerado de pelos sexuais masculinos, 
na mulher) e hipertricose (aumento exagerado de pelos terminais, sexuais e bissexuais ou não sexuais). 
CABELOS 
 Tipo de implantação: na mulher é mais baixa e formam uma linha de implantação característica; no homem 
é mais alta e existem as “entradas” laterais. 
 Distribuição: é uniforme, e quando aparecem áreas desprovidas de pelos, são denominadas alopecia. Uma 
alteração comum é a calvície. 
 Quantidade: varia de acordo com o indivíduo; com o avançar da idade, vão se tornando mais escassos. 
 Coloração: varia com a etnia e genética; cores básicas: castanho, preto, louro e ruivo. 
 Brilho, espessura, consistência: muitas vezes os cabelos podem perder o brilho e ficar quebradiços e secos. 
UNHAS 
 Forma / configuração. 
 Tipo de implantação: o normal é formar um ângulo menor que 160º, apresentando uma curvatura lateral 
nítida. 
 Espessura: normal, aumentada ou diminuída. 
 Superfície: lisa ou irregular. 
 Consistência: firme (normal) ou diminuída. 
 Brilho: brilhante (normal) ou sem brilho. 
 Coloração: róseo-avermelhada (normal), pálidas (anêmicas) ou cianóticas. 
Unha normal: 
 Forma um ângulo menor que 160°. 
 Apresenta apenas uma curvatura lateral nítida, a superfície é lisa, brilhante, tem cor róseoavermelhada, a 
espessura e a consistência são firmes. 
Unhas distróficas: 
 São espessadas, rugosas e de formato irregular. 
 Frequentes em pessoas que trabalham descalças, sujeitas a repetidos traumatismos, em portadores de 
isquemia crônica dos membros inferiores ou de onicomicose. 
 Alterações da forma podem ser notadas em estados carenciais, onicomicoses, nefropatias crônicas, 
hepatopatias crônicas, psoríase e em pessoas que lidam com substâncias cáusticas (pedreiros, lavadeiras). 
Hipocratismo digital: 
 Ângulo de implantação é de aproximadamente 180°. 
 Unhas em “vidro de relógio”: implantação da unha forma uma angulação maior que 160°, e a unha torna-se 
convexa em todos os sentidos, lembrando o vidro de relógio. 
 Causas: cardiopatias congênitas, bronquiectasia. 
 Hipóxia estimula hiperplasia vascular, edema e proliferação de fibroblastos ou osteoblastos em nível 
periférico nas unhas. 
Thais Alves Fagundes 
Coiloníquia ou unha em colher (anemia): 
 Estado distrófico no qual a placa ungueal torna-se fina e desenvolve-se uma depressão. 
 Anemia ferropriva grave. 
 Quando há desnutrição proteica crônica e anemia intensa, pode haver inversão da curvatura das unhas, que 
passam a ser planas ou côncavas, recebendo a denominação de “unha em colher” ou coiloníquia. 
Onicólise (plummer): 
 Unhas parcialmente descoladas do leito. 
 Unhas de Plummer, observadas no hipertireoidismo. 
Linhas de Beau: 
 Sulcos transversais à lúnula. 
 Doenças renais e hepáticas. 
Faixas de Mee: 
 Faixas transversais brancas. 
 Doença sistêmica aguda e intoxicação por arsênico. 
Unhas de Lindsay: 
 Porção proximal da unha é esbranquiçada e a distal, avermelhada ou rósea. 
 Insuficiência renal crônica com uremia. 
Unhas de Terry: 
 Faixa esbranquiçada a 1,0 a 2,0 mm da borda distal da unha. 
 Hipoalbuminemia. 
Unhas distróficas: 
 São espessadas, rugosas e de formato irregular. 
 Frequentes em pessoas que trabalham descalças, sujeitas a repetidos traumatismos, em portadores de 
isquemia crônica dos membros inferiores ou de onicomicose. 
 Alterações da forma podem ser notadas em estados carenciais, onicomicoses, nefropatias crônicas, 
hepatopatias crônicas, psoríase e em pessoas que lidam com substâncias cáusticas (pedreiros, lavadeiras). 
Onicofagia: 
 Sinais do hábito de roer unhas, que é indicativo de ansiedade. 
EXAME DE CABEÇA, OLHOS, OUVIDOS, NARIZ E GARGANTA (COONG) 
CABEÇA 
 Tamanho (macrocefalia/microcefalia), forma, proporção (cabeça/corpo), posição e movimentos do crânio – 
 Deve-se realizar a palpação de todo o couro cabeludo com as pontas do dedo, olhando faixa por faixa. 
 Palpação: suturas, fontanelas, craniotabes. 
 Inspeção e palpação do crânio possibilitam a identificação de saliências (tumores, tumefações, hematomas), 
depressões e pontos dolorosos. 
Thais Alves Fagundes 
OLHOS 
 Simetria, tamanho, distância, motilidade dos olhos e tensão ocular. 
 Supercílios, pálpebras, cílios. 
o Na pálpebra superior existem cinco fileiras de cílios e 2 a 5 na inferior. 
o É importante verificar sua implantação e direção normal (todos arqueados para cima). 
 Posição das pálpebras: invertidas (para dentro) ou evertidas (reviradas para fora). ° Córnea (verificar se ela é 
lisa, transparente e espelhante), conjuntivas (deve-se observar a sua cor, levemente rosada; se é lisa e 
brilhante e se está úmida), escleróticas, íris, pupilas (reflexo fotomotor direto e consensual), cristalino. 
 Motricidade ocular: pedir para que o paciente olhe na ponta do nariz do examinador, e para que o paciente 
siga apenas com os olhos da ponta do seu dedo, que será em cruz. 
Palpação: 
 Glândula lacrimal (e seu ducto) e globo ocular. 
 Observa-se a presença de nistagmos e de corpo estranho. 
ORELHAS 
 Posição, forma, implantação (no nível dos olhos) e cor. 
 Pavilhão auricular e sua vizinhança devido à possibilidade do achado de processo inflamatório, neoplásico, 
alteração congênita ou a presença de gânglios. 
Palpação: 
 Palpação poderá evidenciar ponto doloroso ou edema. 
 Tração do pavilhão auricular para trás e para cima e se o paciente sente dor com esse movimento. 
 Pressionar a região do tragos. 
 Palpação da região mastoidea. 
 Observar se há presença de corpo estranho. 
NARIZ 
 Alterações externas na pirâmide nasal e internas nas cavidades nasais. 
 Formato e tamanho do nariz, desvios da pirâmide, curvatura do seu dorso, ponta nasal, permeabilidade 
nasal (oclui uma narina e com a boca fechada pede ao paciente para inspirar e expirar), ruído respiratório. 
 Utiliza o indicador e o polegar pressionando o nariz externo. 
 Rinoscopia anterior: leva a cabeça do paciente para cima e levanta a ponta do nariz com o polegar. 
 Observar mucosa, coloração do vestíbulo nasal, se há desvio de septo nasal, parte lateral onde se encontram 
as conchas, os meatos, o assoalho e o teto do nariz. 
 Observar a presença de pólipos, secreções e corpo estranho. 
BOCA 
 Lábios (se há alterações na rima labial), mucosa oral, gengivas, palato, dentes (estado de conservação, 
coloração, número, formas, lesões), aspecto da língua, hálito. 
GARGANTA 
Faringe é dividida em 3 partes: 
 Rinofaringe: tem relação com as fossas nasais. 
 Orofaringe: tem relação com a cavidade bucal. 
Thais Alves Fagundes 
 Hipofaringe: tem relação com o vestíbulo laríngeo. Orofaringe: examina-se as amigdalas (tipo, tamanho, presença de secreções, aspecto), úvula (simetria), 
pilares anteriores e posteriores (presença ou não de hipermia), parede posterior da faringe. Observar: 
lesões, secreções, hiperemia e hipertrofia das estruturas. 
 EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
 Posição do paciente: decúbito dorsal (tórax anterior), sentado ou em pé (tórax posterior). 
 Exercício comparativo 
Linhas e regiões do tórax: 
 Tórax anterior: linha paraesternal, linhas na 3ª e 6ª articulações condroesternais. 
 Tórax lateral: LAA, LAM,LAP 
 Tórax posterior: linhas vertebral e escapular e linhas que passam pelas bordas superior e inferior da 
escápula. 
 
 INSPEÇÃO ESTÁTICA 
 Forma do tórax: tórax chato, tórax em tonel ou em barril, tórax infundibuliforme (pectus excavatum), tórax 
cariniforme (pectus carinatum ou em peito de pomba), tórax, em sino, cifose, escoliose, tórax instável ou 
traumático. 
 Abaulamentos e depressões. 
Tórax chato ou plano: perde a convexidade normal da parede anterior, havendo por isso redução do diâmetro 
anteroposterior. As costelas aumentam sua inclinação, os espaços intercostais se reduzem e o ângulo de Louis torna-
se mais nítido. As clavículas sjão mais oblíquas e salientes, e as fossas supra e infraclaviculares, mais profundas. 
Nesse tipo de tórax, a musculatura é pouco desenvolvida, razão pela qual as omoplatas estão mais baixas, 
afastando-se da caixa torácica, caracterizando o chamado tórax alado. É próprio dos indivíduos longilíneos. Exemplos 
típicos encontram-se em alguns pacientes com doença pulmonar crônica. 
Tórax em tonel ou globoso: aumento exagerado do diâmetro anteroposterior, horizontalização dos arcos costais e 
abaulamento da coluna dorsal, o que torna o tórax mais curto. É observado nos enfisematosos do tipo PP (soprador 
rosado). No processo natural de envelhecimento, pode-se verificar esse tórax, não se devendo confundi-lo com o 
tórax dos enfisematosos, uma vez que o envelhecimento não compromete as funções pulmonares, como acontece 
na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
Tórax infundibuliforme (pectus excavatum): depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica. Em geral, 
essa deformidade é de natureza congênita. No tórax cariniforme (pectus carinatum), o esterno é proeminente e as 
costelas horizontalizadas, resultando em um tórax que se assemelha ao das aves (tórax de pombo). Pode ser de 
origem congênita ou adquirida. Neste último caso, devido a raquitismo na infância. 
Thais Alves Fagundes 
Tórax cônico ou em sino: parte inferior exageradamente alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino. É 
encontrado nas hepatoesplenomegalias e ascites volumosas. 
Tórax cifótico: curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade. Pode ser de origem congênita ou resultar de 
postura defeituosa. Também a tuberculose óssea (mal de Pott), a osteomielite ou as neoplasias podem ser 
responsáveis por essa deformidade. 
Tórax cifoescoliótico: além da cifose, um desvio da coluna para o lado (escoliose). Desprovido de significado 
patológico. 
 
 INSPEÇÃO DINÂMICA 
 Tipo respiratório: costal superior e toracoabdominal. 
 Ritmo respiratório: dispneia, platipnéia, ortopnéia, trepopnéia. 
 Simetria do tórax: volume pulmonar e posição do mediastino, frequencia dos movimentos (FR), intensidade 
dos movimentos (ins e exp), cicatrizes, tumores. 
 FR: 16-20 ipm 
Dispneia: dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência desse estado. Será subjetiva quando 
só for percebida pelo paciente e nem sempre essa será confirmada pelo médico. Será objetiva quando se fizer 
acompanhar de manifestações que a evidenciam ao exame físico. Relacionando a dispneia com as atividades físicas, 
pode-se classificá-la em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços. 
Dispneia de repouso: dificuldade respiratória mesmo em repouso. 
Dispneia pode acompanhar-se de: 
 Taquipneia: frequência aumentada (> ou =25 irm). 
o Bradpneia: frequência diminuída (não acompanha a dispneia / < 8 irm). 
 Hiperpneia: amplitude aumentada. 
Ortopneia: dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pé para alívio. 
Trepopneia: dispneia que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece nos pacientes com derrame 
pleural que se deitam sobre o lado são. 
Thais Alves Fagundes 
Platipneia (contrário da ortopneia): dispneia que aparece quando o paciente passa da posição deitada para sentado 
ou em pé. As causas mais frequentes são malformação arteriovenosa pulmonar, síndrome hepatopulmonar, forame 
oval patente ou um defeito no septo atrial (shunt direita-esquerda intracardíaco). 
Escala de dispneia do Medical Research Council modificada para situações especiais: 
 
Pleuropneumopatias: 
 Movimentos respiratórios deixam de ser simétricos. 
 Redução ou até imobilidade do hemitórax comprometido. 
 Imobilidade significa que há alguma lesão subjacente. 
 Ambos os hemitórax podem estar totalmente paralisados na espondilite anquilosante. 
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave 
 Pequenas vias estão muito comprometidas. 
 Expiração, além de prolongada, é difícil, o que os obriga a manter os lábios semicerrados durante a 
expiração. 
 Fossas supraclaviculares e os espaços intercostais se retraem, durante a inspiração, em decorrência da 
contração dos músculos respiratórios acessórios. 
 TIPO RESPIRATÓRIO 
Observar a movimentação do tórax e do abdome, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são 
mais amplos. 
 Posição de pé ou na sentada (pessoas sadias): respiração é predominantemente torácica ou costal em 
ambos os sexos. 
o Respiração torácica/costal: movimentação predominantemente da caixa torácica. 
 Decúbito dorsal (pessoas sadias): respiração é predominantemente diafragmática em ambos os sexos. 
o Respiração diafragmática: movimentação da 1/2 inferior do tórax e do andar superior do abdome. 
 Fadiga e paralisia diafragmática: parede abdominal tende a se retrair na inspiração, ao contrário do que 
ocorre na respiração diafragmática normal. Nestas situações pode haver alternância da respiração torácica e 
da abdominal, e os músculos da caixa torácica passam a ser recrutados devido à “fraqueza” do diafragma ou 
aumento anormal do trabalho respiratório por alguma lesão que dificulta a respiração. 
 RITMO RESPIRATÓRIO 
Normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, sucedendo-se os dois movimentos com a 
mesma amplitude, intercalados por leve pausa. Quando uma dessas características modifica-se, surgem os ritmos 
respiratórios anormais: 
Respiração de CheyneStokes: 
Thais Alves Fagundes 
 Insuficiência cardíaca grave, hipertensão intracraniana, acidentes vasculares cerebrais e traumatismos 
cranioencefálicos. 
 Fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até atingir um máximo, para 
depois vir decrescendo até nova pausa. 
 Ocorre devido a variações da tensão de H + e CO2 no sangue. Na insuficiência cardíaca, devido a uma intensa 
lentidão na circulação e nas doenças encefálicas pelo excessivo feedback negativo do centro respiratório, 
uma pequena variação do CO2 provoca uma variação na ventilação muito maior que o normal. Assim, o 
excesso de CO2 durante o período de apneia ou uma resposta exagerada a um aumento do CO2 faz com que 
o centro respiratório bulbar envie estímulos mais intensos que resultam em aumento da amplitude dos 
movimentos respiratórios; com isto haverá maior eliminação de CO2, e sua concentração no sangue cai 
intensamente. Consequentemente, não havendo estímulo no centro respiratório, a amplitude dos 
movimentos respiratórios diminui, o que resulta em aumento do CO2, e o ciclo vai se repetindo 
sucessivamente. Nesse ritmo respiratório, a percepção “auditiva” do fenômeno pode ser maior que a 
“visual”, ou seja, é melhor “ouvida” do que vista. 
Respiraçãode Biot: 
 Mesmas causas da respiração de CheyneStokes. Quase sempre este tipo de respiração indica grave 
comprometimento encefálico. 
 Duas fases: primeira, de apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao 
ritmo e à amplitude. 
Respiração de Kussmaul: 
 Acidose, principalmente a diabética. 
 Quatro fases: (1) inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de 
pequena amplitude; (2) apneia em inspiração; (3) expirações ruidosas gradativamente mais profundas 
alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude; (4) apneia em expiração. 
Respiração suspirosa: 
 Tensão emocional e ansiedade. 
 Série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração breve e rápida. Outras 
vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos por “suspiros” isolados ou agrupados. 
 
Thais Alves Fagundes 
 EXPANSIBILIDADE 
Médico fica atrás do paciente em posição sentada, e este deve respirar profunda e pausadamente. Útil na 
identificação dos processos localizados nas bases e que reduzem a mobilidade da região. 
Expansibilidade dos ápices pulmonares: pesquisada com ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas 
internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas 
supraclaviculares. 
Expansibilidade das bases pulmonares: apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos 
recobrem os últimos arcos costais. 
 
 FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV) 
Corresponde às vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. Deve-se fazer com que o paciente 
pronuncie “trinta e três”. A maneira correta de pesquisá-lo é colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do 
tórax, comparando-se a intensidade das vibrações em regiões homólogas. 
Mais acentuado à direita e nas bases. 
 Aumento do FTV: pneumonias e infarto pulmonar. 
 Diminuição do FVT: derrame pleural, pneumotórax, enfisema pulmonar. 
 
 
Thais Alves Fagundes 
 PERCUSSÃO 
Percussão do tórax pela sua face posterior, de cima para baixo, ficando o médico atrás e à esquerda do paciente. 
SONS OBTIDOS À PERCUSSÃO 
Sons obtidos à percussão poderiam ser classificados quanto à intensidade, ao timbre e à tonalidade, as três 
qualidades fundamentais das vibrações sonoras. 
Som maciço: 
 Percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, área de projeção do fígado, no nível do coração e do baço). 
 Região inframamária direita (macicez hepática). 
 Obtido percutindo-se a cabeceira da cama, o tampo de uma mesa, uma parede ou um bloco de madeira. 
 Ausência da sonoridade pulmonar e indica inexistência de ar nos alvéolos, como nos derrames pleurais. 
Som submaciço: 
 Constitui uma variação do som maciço. 
 Na região precordial. 
 Existência de ar em quantidade restrita lhe concede características peculiares. 
 Diminuição da sonoridade pulmonar, como na pneumonia e no infarto pulmonar. 
Som claro pulmonar: 
 Percutir o tórax normal (diferentes áreas do tórax normal para obtenção do som pulmonar). 
 Nas áreas de projeção dos pulmões. Depende da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas 
pulmonares. 
 Vibrações lentas, som de baixa tonalidade e de maior duração: som claro pulmonar. 
 Obtido ao se percutir um colchão de mola, caixa contendo pedaços de isopor, livro grosso sobre a mesa. 
 Campos pulmonares normais. 
Som timpânico: 
 Hipersonoridade. 
 Percutir sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer área que contenha ar, 
recoberta por uma membrana flexível (percutir o abdome). 
 Obtido percutindo uma caixa vazia ou um pequeno tambor. 
 Indica ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou em uma grande cavidade intrapulmonar (caverna 
tuberculosa, por exemplo) – percussão aumentada. 
OBS.: palpação da traquéia, frêmito toracovocal e percussão não são realizados rotineiramente. 
 AUSCULTA 
 Máximo silêncio. 
 Paciente com o tórax despido e respirar pausada e profundamente, com boca aberta, sem fazer ruído. 
CLASSIFICAÇÃO E ORIGEM DOS SONS NORMAIS DA RESPIRAÇÃO 
Som bronquial: 
Corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, 
nas proximidades do esterno. Assemelha-se ao som traqueal, dele se diferenciando apenas por ter o componente 
expiratório menos intenso. 
Thais Alves Fagundes 
 Fluxo rápido e turbulento (traquéia). 
 Som mais intenso e rude. 
 Insp = exp 
Som vesicular: 
 Fluxo transicional. 
 Inspiração componente mais periférico e expiração mais central. 
 Inspiração é mais audível que a expiração sem pausas. 
 Bronquíolos respiratórios: fluxo lento, laminar, sem vibrações. 
 Insp > exp 
 Diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de numerosas causas: 
o Presença de ar (pneumotórax). 
o Presença de líquido (hidrotórax). 
o Tecido sólido (espessamento pleural) na cavidade pleural. 
o Enfisema pulmonar; Dor torácica de qualquer etiologia que impeça ou diminua a movimentação do 
tórax; Obstrução das vias respiratórias superiores; Oclusão parcial ou total de brônquios ou 
bronquíolos. 
 Alteração do murmúrio vesicular: prolongamento da expiração, mais longa que a inspiração (exp > insp). 
o Asma brônquica em crise; DPOC avançada 
o Inspiração mais longa que expiração demonstra a dificuldade de saída do ar. 
Parênquima: 
 Difusão de gases, não há ruído. 
 Notas de alta frequência são absorvidas pelo parênquima, permanecendo notas de baixa frequência. 
Som broncovesicular: 
 Sem pausas, ápices pulmonares. 
 Insp = exp 
 
 
Thais Alves Fagundes 
 
RUÍDOS ADVENTÍCIOS 
 Descontínuos: estertores finos ou crepitação e estertores grossos 
 Contínuos: roncos, sibilos e estridor. 
DESCONTÍNUOS (Estertores finos ou crepitação e grossos): ruídos audíveis na inspiração ou na expiração, 
superpondo-se aos sons respiratórios normais. 
Estertor fino ou crepitação: 
 Uma fase: meio para o final da inspiração. 
 Curta duração. 
 Sons agudos, portanto, de alta frequência. 
 Não se modificam com a tosse. 
o Secreções nas grandes vias aéreas ou reabertura súbita de brônquios previamente colapsados. 
Ouvidos principalmente nas zonas pulmonares influenciadas pela força da gravidade quando 
originados por congestão pulmonar. 
o Podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto à orelha ou 
ao som percebido ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro. 
Estertor grosso ou bolhoso: 
 Duas fases: início da inspiração e durante toda a expiração. 
 Maior duração que os finos 
 Sons baixos, portanto, de frequência menor. 
 Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. 
o Origem na abertura e fechamento de vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem 
como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas. São comuns na bronquite 
crônica e nas bronquiectasias. 
Thais Alves Fagundes 
Tipos Fase do ciclo 
respiratório 
Efeito da tosse Efeito da posição do paciente Áreas em que 
predominam 
Estertores finos 
ou crepitantes 
Predominantemente 
no final da inspiração 
Não se alteram Podem ser modificados 
(aumento / redução) quando 
secundários a congestão 
pulmonar. Se de causa 
inflamatória, não se 
modificam. 
Bases se originados 
por congestão 
pulmonar. Se de 
origem inflamatória, 
a depender da 
doença. 
Estertores 
grossos ou 
bolhosos 
Início da inspiração e 
toda a expiração 
Podem 
desaparecer 
Não se modificam Todas as áreas do 
tórax 
CONTÍNUOS (Roncos e sibilos): aparecem tanto na inspiração como na expiração, mas predominam nesta última. 
São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. 
Roncos: 
 Nas duas fases: inspiração e expiração (predomina na expiração). 
 Sons graves, portanto, de baixa frequência. 
 Vibrações das paredesbrônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento destes ductos. 
 Espasmo ou edema da parede ou achado de secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, nas 
bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. 
Sibilos: 
 Nas duas fases: inspiração e expiração (predomina na expiração). 
 Sons agudos, portanto, de alta frequência. 
 Vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso. 
 Em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que 
comprometem a árvore brônquica, como acontece na asma e na bronquite. Quando bem localizados em 
uma determinada região, indicam semiobstrução por neoplasia ou corpo estranho. 
ROTEIRO 
1. Som contínuo ou de curta duração? 
2. Fase do ciclo: 
 Inspiração ou expiração? 
 No início ou final da inspiração? 
 Nas duas fases? 
3. Ruído grave ou agudo? 
4. Fixo ou variável com a tosse? 
 
 
 
 
 
 
 
Thais Alves Fagundes 
 SÍNDROMES 
DOENÇAS EXPANSIBILIDADE FRÊMITO PERCUSSÃO AUSCULTA 
Derrames pleurais: 
- Derrame (líquido) 
- Pneumotórax (ar) 
Reduzida Redução ou abolição 
Reduzido – maior gravidade 
Maciço 
Sonoridade 
aumentada 
Diminuição do 
murmúrio vesicular 
- Egofonia: mais alto 
Condensações 
pulmonares 
(brônquios permeáveis) 
1. Pneumonia 
Reduzida Aumentado (mais nítido) Maciço ou submaciço Diminuição do 
murmúrio vesicular 
- Estertores finos 
Obstruções dos 
brônquios (atelectasia) 
1. Asma 
2. DPOC 
Reduzida Reduzido Maciço 
 
Diminuição do 
murmúrio vesicular 
- Sibilos 
- Sibilos e estertores 
Síndrome brônquica Reduzida Normal ou reduzido Claro pulmonar ou 
hipersonoridade 
Diminuição do 
murmúrio vesicular 
- Sibilos expiratórios 
- Roncos e estertores 
Enfisema pulmonar Reduzida 
(tórax em tonel) 
Reduzido Claro pulmonar 
Hipersonaridade – 
caso avançado 
Diminuição do 
murmúrio vesicular 
 
Congestão passiva dos 
pulmões 
(acúmulo de líquido no 
interstício) 
Normal ou 
reduzida 
Normal ou aumentado Submaciço nas bases - Estertores finos nas 
bases 
Escavação pulmonar 
(eliminação de 
parênquima) 
Reduzida no local 
da escavação 
Aumentado se há muita 
secreção 
Claro pulmonar 
Hipersonoridade 
Timpânico 
Som broncovesicular 
 SÍNDROMES BRONCOPULMONARES E PLEURAIS: SÍNDROME BRÔNQUICA 
Causas mais comuns: asma, DPOC, bronquiectasia e infecções traqueobrônquicas. Em todas essas doenças observa--
se redução de calibre dos brônquios devido a edema de mucosa brônquica, aumento de produção de muco e 
aumento do tônus broncomotor, portanto, o principal achado no exame físico que caracteriza a síndrome brônquica 
é a presença de sibilos, roncos e estertores grossos. 
ASMA BRÔNQUICA 
 Sibilos, roncos e/ou estertores grossos. 
 Inspeção e a palpação podem estar normais. 
 Pode haver aumento da frequência respiratória. 
Asma em crise: 
 Redução bilateral da expansibilidade. 
 Hipersonoridade. 
 Redução do frêmito toracovocal. 
 Redução do murmúrio vesicular, bilateralmente. 
BRONQUITE CRÔNICA DA DPOC 
 Estertores grossos disseminados em ambos os hemitórax. Roncos e sibilos são frequentes. 
 Pode haver redução bilateral da expansibilidade, hipersonoridade e redução do frêmito toracovocal e do 
murmúrio vesicular nos indivíduos com enfisema associado. 
Thais Alves Fagundes 
BRONQUIECTASIA 
 Aumento da frequência respiratória. 
 Redução da expansibilidade uni ou bilateral. 
 Alteração do frêmito toracovocal (habitualmente diminuição devido à broncoconstrição associada). 
 Nessa situação pode haver hipersonoridade à percussão e redução do murmúrio vesicular. 
 Estertores grossos, roncos ou sibilos. 
 Nas bronquiectasias basais extensas, observa-se redução da expansibilidade e submacicez nestes locais. 
INFECÇÕES BRÔNQUICAS 
 Inspeção, palpação e percussão, nada de anormal. 
 Estertores grossos em ambos os pulmões. Podem-se ouvir, também, roncos e sibilos esparsos, inconstantes. 
 
 SÍNDROMES BRONCOPULMONARES E PLEURAIS: SÍNDROMES PARENQUIMATOSAS 
CONSOLIDAÇÃO PULMONAR 
 
ATELECTASIA 
 
ENFISEMA PULMONAR 
 
CONGESTÃO PASSIVA DOS PULMÕES 
 
Thais Alves Fagundes 
ESCAVAÇÃO OU CAVERNA PULMONAR 
 
 SÍNDROMES PLEURAIS 
SÍNDROME PLEURÍTICA 
 
SÍNDROME DO DERRAME PLEURAL 
 
SÍNDROME PLEURAL RESPIRATÓRIA (PNEUMOTÓRAX) 
 Sem ruídos adventícios. 
 
PRONTUÁRIO MÉDICO NORMAL SOBRE OS EXAMES ESTUDADOS 
“Paciente hidratado, corado, acianótico, anictérico, afebril. 
Pele e fâneros de distribuição fisiológica. 
FR: 12 irpm 
Tórax normal, expansibilidade simétrica, frêmito toracovocal normal. 
Som claro pulmonar. 
Sons respiratórios normais (OU murmúrio vesicular fisiológico) sem ruídos adventícios.”

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