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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MANAUS 2019 BIOMAS BRASILEIROS: AMAZÔNIA Professor: Professor Dr. Jean Dalmo O. Marques Alunos: Edilena Gomes Da Silva Esaú Emanuel Carvalho Barros Evelin Christie Pinto De Souza Hewelly Da Silva Menezes Ranny Cunha Zacarias Correa Rita De Cássia Moreira Teles Valéria Priscila T. Cabral 1. INTRODUÇÃO - Rita de Cássia 2. GEOLOGIA - Valéria Priscila 3. LOCALIZAÇÃO - Hewelly Menezes 4. SOLO - Esaú Barros 5. HIDROGRAFIA ->Hewelly Menezes 6. FLORA - Ranny Correa 7. FAUNA - Rita de Cássia 8. AMEAÇAS À FLORESTA: DEGRADAÇÃO, CAUSAS E CONSEQUENCIAS - Ranny Correa 9. DESAFIOS PARA PRESERVAÇÃO DA AMAZÔNIA - Edilena Silva PROGRAMAÇÃO “A Amazônia é quase mítica: um verde e vasto mundo de águas e florestas, onde as copas de árvores imensas escondem o úmido nascimento, reprodução e morte de mais de um-terço das espécies que vivem sobre a Terra.” FONTE: Ministério do Meio Ambiente Fonte: https://descomplica.com.br/blog/geografia/resumo-amazonia-brasileira/ FONTE: Google Imagens Seus ecossistemas caracterizam-se por uma grande biodiversidade e abrigam mais de 30.000 espécies vegetais, cerca de 2.000 espécies de peixes, 60 espécies de répteis, 35 famílias de mamíferos e 1.800 espécies de aves. FLORESTA AMAZONICA: COMO SURGIU A MAIOR FLORESTA TROPICAL DO MUNDO? Segundo Sioli (1983), para entendermos as condições atuais da Amazônia é necessário conhecermos como ela se originou. Isto quer dizer que precisamos conhecer a história geológica dessa região, de feições grandiosas e simples. A Amazônia é uma extensa região apresentando elevada diversidade geológica, geomorfológica, climática e de vegetação. Nela está localizado o Cráton Amazônico, uma entidade geológica, que cobre uma área de cerca de 4.300.000 km2 e é um dos maiores crátons do mundo. CRÁTON AMAZÔNICO FONTE: CPRM- Serviço Geológico do Brasil DIVISÕES DO CRATÓN AMAZÔNICO Ao norte, Escudo das Guianas compreende um mosaico de unidades tectônicas numa extensa faixa ao longo da costa Atlântica, que inclui uma série de terrenos de granito formados durante a orogênese transamazônica, no paleoproterozoico, associados a uma série de arcos magmáticos continentais com idades parecidas. Esse conjunto inclui os domínios arqueanos Imataca e Amapá, que se situam nas extremidades ocidental e oriental dessa grande região. DIVISÕES DO CRATÓN AMAZÔNICO Ao sul da Bacia Amazônica, o Escudo Brasil Central inclui em sua parte oriental o “Domínio Carajás", a região brasileira com a maior quantidade de rochas Arqueanas expostas. Ele compreende terrenos de granito, bem como rochas supracrustais que incluem grandes formações ferríferas. FONTE: CPRM- Serviço Geológico do Brasil FALHAS GEOLÓGICAS DOS RIOS AMAZÔNICOS De acordo com Silva (2005) o rio Negro corre em uma impressionante zona de falha, que se estende por cerca de 70 km em linha reta, e controla ambas as margens. Essa estrutura geológica forma grábens, que são locais propícios à sedimentação atual. FALHAS GEOLÓGICAS DOS RIOS AMAZÔNICOS Grábens ( Áreas Em Depressão) FONTE: geocaching Os estudos têm mostrado que a atuação das falhas geológicas causa significativas mudanças na paisagem amazônica, inclusive influenciando a dinâmica fluvial dos rios amazônicos. Migrações do rio Solimões, surgimento e o desaparecimento de bancos de areia, o desmoronamento de margens (fenômeno de terras caídas), e o abandono de leito são, muitas vezes, consequência indireta de processos tectônicos. Fenômeno de terras caídas em Iranduba Fonte: G1, Foto: Defesa Civil/Divulgação A dinâmica das movimentações dos rios não é aleatória. Mega migrações e mudanças de leitos são frequentes e chegam a alcançar a ordem de algumas dezenas de quilômetros, cujos registros são os extensos pacotes de sedimentos, terraços e lagos ao longo da calha do sistema do rio Amazonas. Esses estudos quando associados aos registros geológicos, geomorfológicos e tectônicos possibilitam montar a paleogeografia dos rios amazônicos. ASPECTOS FISICOS E GEOGRAFICOS LOCALIZAÇÃO A Região Amazônica ocupa toda a área centro - oriental da América do Sul, a leste da Cordilheira dos Andes, desde a Meseta das Guianas ao Norte até a Meseta Brasileira ao Sul. Sua altitude varia de 4.000 m na Cordilheira Ocidental até o nível do mar. Tem mais de 7,8 milhões de km2 e representa 44% do território sul – americano. Estima - se que a população total da Amazónia seja, em 1992, de 22 milhões de habitantes, incluindo numerosas tribos indígenas. SOLOS DA AMAZÔNIA O que é solo? Solo é o corpo tridimensional, natural e dinâmico da crosta terrestre, que resulta da ação conjugada do clima e organismos vivos sobre a rocha, sendo esta ação condicionada pelo relevo ou topografia e que é uma função do tempo. (Ribeiro, 1998). SOLOS DA AMAZÔNIA Os solos da Amazônia são por vários determinantes classificados como de extrema pobreza em fósforo e reduzida fixação do elemento, pH alto, pobreza em macro e micronutrientes, lençol freático elevado na grande maioria dos solos, facilidade a erosão nos solos arenosos e argilosos. FONTE: Google imagens TIPOS DE SOLO DA AMAZÔNIA Solos Eluviais (Terra Firme): Solos produzidos pelo intemperismo físico e a diferenciação pedológica. Solos Aluviais (Várzea): Solos decorrentes da erosão e ação do intemperismo químico. F o n te: acrítica.co m F o n te: in fo esco la.co m SOLOS DE TERRA FIRME Latossolos: São homogêneos; Pouca diferenciação entre as camadas; São profundos; Ligeiramente drenados; Tem um pH alto requerendo um manejo especifico na medida de fertilização, mas são pouco férteis. SOLOS DE TERRA FIRME FONTE: aencia.cnptia.embrapa.br Latossolos amarelos: • Associado a florestas de baixa fertilidade; • Grande importância agrícola; • Relevo plano e de boa drenagem; • As vezes apresentam-se argilosos. Latossolos vermelho-amarelos: • Baixa fertilidade natural; • Teor de argila médio à elevado; • Suavemente ondulado; • pH levemente ácido • Em condições naturais, os teores de fósforo são baixos, sendo indicada a adubação fosfatada. Fonte: agencia.cnptia.embrapa.com Latossolos Antropogênicos (Terra Preta de Índio): • Possuem coloração escura devido ao alto nível de carbono (C) no solo; • Gerado por descartes e resíduos antropogênicos; • Associado à florestas densas; • Apresenta baixo nível de argila natural; • Boa fertilização. Fonte: ainfo.cnptia.embrapa.br Latossolos Roxo: • Importante solo para a agricultura; • Bom armazenamento de água para as plantas; • Boa Fertilidade; • Proveniente de rochas basálticas; • Manejo especializado para tratamento do solo. Argissolos • Solos minerais com nítida diferenciação entre as camadas ou horizontes; • Alta compactação de argila em profundidade; • Podem ser arenosos de textura média ou argilosos ; • Sua fertilidade depende de seu material de origem; • Sua retenção de água é maior nos horizontes próximos a superfície; • Possui uma fertilidade natural baixa. Argissolos de Textura Arenosa/Média: • Provenientes de quantidades enormes de resíduos da rocha matriz; • Com estabilização para aguentar grande florestas; • São bastantes suscetíveis à erosão; • Sua fertilidade química é baixa, mas pode se tornar útil quando agregados aos arenitos com a contribuição do carbono (C). • É necessário técnicas de manejo contra a erosão. Fonte: pedologiafacil.com.br Argissolos de Textura Argilosa/Média: • Desenvolvidos de rochas vulcânicas, ígneas e metamórficas; • Podendo também sustentar florestas; • Bastante maleável; • Possuem uma maior capacidade de estocar agua; • Adequado para uma exploração agrícola mais favorável. Fonte: embrapa.br Espodossolos: • Identificável pela diferenciação de horizontes; • Eluviação do alumínio; • São solos de húmus moderado a fortemente ácidos; •Pode causar o impedimento às raízes; • Não apresentam aptidão agrícola. Cambissolos: • Solos de aspectos variáveis; • Profundidade rasa e grande quantidade de matérias brutas da rocha matriz; • Contribui para uma maior reserva nutricional para as plantas; • Bom potencial agrícola; Plintossolos: • Solos constituídos por material mineral , Plintita; • São hidromórficos; • Baixa fertilidade natural, • Acidez elevada; • Drenagem imperfeita. Fonte: nature.com SOLOS DE VÁRZEA Gleissolos: • Solos formados em condição de saturação de água (hidromórfico); • Tem uma coloração com variações de cinza; • Sua textura é bastante sedimentar variando de argilosa à arenosa; • sua estabilidade para plantio é variável • As restrições ao uso agrícola estão relacionadas à toxidez por teores elevados de alumínio, sódio e de enxofre; Fonte: agencia.cnptia.embrapa.br Neossolos Flúvicos: • Solos com dominância de areias de quartzo ou com uma grossa de camada de materiais processados pela eluviação; • Apresentam caráter flúvico dentro de 150cm de profundidade a partir da superfície do solo; • Podem ser de alto, médio, e até mesmo de baixo potencial agrícola; • Utilizados em colheitas de curto prazo (época da vazante); F o n te : a g e n c ia .c n p ta .e m b ra p a .b r Fonte: edisciplinas.ups.br Neossolos Aluviais: • Solos caracterizados por formação geológica que se mostram planos ou pouco ondulados; • São pouco evoluídos; • Formam-se pela decantação ao longo dos anos de sedimentos trazidos pelos rios; • Há potencialidade agrícola; • Requerem manejo especializado quanto a problemas de compactação. Fonte: pt.wikipedia.org F o n te : p o rf fe rn a n d o .c o m .b r F o n te : w w w .e m b ra p a .b r A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO AMAZONAS A bacia hidrográfica amazônica compreende cerca de 40% do território brasileiro e 60% de toda a disponibilidade hídrica do país. Os principais rios formadores desta região são: o Javari, Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, o rio Içá, o Japurá, o Negro, o Trombetas, o Paru e o Jarí. Mapa da Bacia do Rio Amazonas Fonte: Ministério dos Transportes / via Wikimedia Commons PRINCIPAIS RIOS AMAZÔNICOS Rio Amazonas “Com cerca de 6.400 km de extensão, o Rio Amazonas é o segundo rio mais longo do mundo (o primeiro é o Rio Nilo). Possui a maior vazão de água num total de 200.000 m3 por segundo” (Livro Amazônia do Aquário de São Paulo, 2015, p.5). Momento que o rio Amazonas encontra-se com o oceano atlântico. Fonte: http://arautosfortaleza.blogspot.com/2016/09/as- solenes-pompas-da-natureza.html Encontro das aguas do rio Negro e Solimões. Fonte: http://blogdoeduambiental.blogspot.com/2011/06/rio- negro-e-rio-solimoes.html http://arautosfortaleza.blogspot.com/2016/09/as-solenes-pompas-da-natureza.html http://blogdoeduambiental.blogspot.com/2011/06/rio-negro-e-rio-solimoes.html Rio Madeira É um dos afluentes do Rio Amazonas. Banha os estados de Rondônia e do Amazonas. Tem extensão total aproximada de 1 450 km e 31.200 m³/s de vazão. Ele nasce com o nome de rio Beni na Cordilheira dos Andes (Peru). Desce das Cordilheiras em direção ao norte recebendo então o rio Mamoré-Guaporé. Troncos de arvores trazidos pela cheia do rio Madeira. Fonte: https://www.hojerondonia.com/cheia-do-rio-madeira-aumenta-perigo-de-troncos-e-compromete-embarcacoes/ https://www.hojerondonia.com/cheia-do-rio-madeira-aumenta-perigo-de-troncos-e-compromete-embarcacoes/ Rio Negro “A região do Rio Negro é uma das mais discutidas e misteriosas da Amazônia. Um quebra-cabeça imenso. Correm por seus rios 10% de toda a água que chega à Bacia Amazônica. O volume de descarga ultrapassa o de todos os rios da Europa reunidos e perde apenas para o Rio Amazonas”. (Trilhas Botânicas no Rio Negro, Douglas C. Daly, p.27). Ponte sobre o rio Negro. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ponte-Rio-Negro-Manaus1.jpg https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ponte-Rio-Negro-Manaus1.jpg Rio Tapajós “Um dos mais preservados da Amazônia, corre por três estados e corta todo o oeste do Pará até desembocar no Rio Amazonas, fornecendo abrigo e alimento a ribeirinhos, indígenas e um número inestimável de espécies de animais e plantas.” (A Luta Pelo Rio da Vida, Greenpeace, p.7). Rio Tapajós em frente a Santarém, PA. Fonte: http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/02/rio-tapajos-registra-menor-nivel-dos-ultimos-12-anos-em- santarem-pa.html Rio Japurá É afluente da margem esquerda do Rio Solimões e banha no Brasil o estado do Amazonas. Rio Xingu O Rio Xingu é um curso de água que começa em Mato Grosso e se transforma em afluente pela margem direita do rio Amazonas, no estado do Pará. Extensão Vista aérea do rio Japurá. Fonte: http://voupassar.club/maiores-rios-brasil/rio-japura-tefe-am/ Rio Xingu. Fonte: https://viagemturismoaventura.blogspot.com/2017/11/rio- xingu-mato-grosso-e-para-um-rio.html Rio Ucayali Rio Ucayali é o nome que recebe o rio Amazonas no trecho entre o rio Urubamba até o rio Marañon no Peru. Nasce na confluência dos rios Urubamba e Tambo, a leste da cordilheira dos Andes. Deslocamento do rio Ucayali durante 28 anos. Fonte: https://agua-sua-linda.tumblr.com/post/152445421553/rio-ucayali-o-nome-que-recebe-o-rio-amazonas-no https://agua-sua-linda.tumblr.com/post/152445421553/rio-ucayali-o-nome-que-recebe-o-rio-amazonas-no OS TIPOS DE VEGETAÇÃO DA AMAZÔNIA NO BRASIL Os diferentes graus de umidade durante o período de cheia dos rios, de qualidade do solo, nos ventos e nas chuvas propiciaram formações vegetais bem distintas. A soma delas é que forma uma região única no planeta e dá vida à grande biodiversidade amazônica. Em meio à floresta há inúmeras espécies comestíveis, oleaginosas, medicinais e corantes. Das 100 mil espécies vegetais presentes na América Latina, cerca de 30 mil estão na Amazônia. As Matas De Várzea Caracterizam-se pela vazão constante dos rios, ou seja, pela entrada e saída de água das marés fluviais. Dividem-se em três categorias: várzea baixa, intermediária e várzea alta. Fonte: http://www.ciflorestas.com.br As Matas De Igapó Ocorrem em solos permanentes alagados, em terrenos baixos próximos aos rios. Fonte: https://www.infoescola.com As Matas De Terra Firme Florestas que não estão sujeitas à inundação representam no Brasil mais de quatro quintos da cobertura vegetal da região. Fonte: https://www.flickr.com As Áreas De Transição No território brasileiro, a Amazônia faz divisa com o bioma do cerrado, ao sul, e do semiárido brasileiro (caatinga), a leste. Foram as que mais sofreram com a ação humana. O Ibama aponta que foi desmatado mais de 60% desse bioma, que praticamente coincide com o “arco do desmatamento da Amazônia brasileira”. Fonte: https://www.embrapa.br É importante lembrar que essas áreas de transição são de grandes dimensões, e as mudanças de vegetação, em geral, ocorrem de maneira lenta. A região amazônica tem um gigantesco potencial madeireiro, de plantas utilizáveis para o paisagismo e de espécies vegetais com substâncias para uso medicinal. Mas é necessário que tais recursos sejam mantidos de forma renovável. FAUNA AMAZÔNICA Para Capobianco (2005), na Amazônia há uma variadíssima espécie de aves, das quais muitas possuem distribuição restrita ou são raras; muitas espécies de peixes, com quantidade superior à encontrada nas demais bacias do mundo; milhares de espécies de plantas superiores; cerca de 62% das espécies de mamíferos encontrados no Brasil; das várias espécies de répteis, mais de 60% são endêmicas além de uma enorme diversidade de espécies de invertebrados e anfíbios. Número de espécies diferentes Os invertebrados constituem mais de 95% das espécies dos animais existentes e distribuem-se entre 20 a 30 filos. Na Amazônia, estes animais diversificaram-se de forma explosiva, sendo a copa de árvores das florestas tropicais o centro dasua maior diversificação (PERRY 1991). A DIVERSIDADE DOS INVERTEBRADOS NA AMAZONIA Na Amazônia, segundo o INPA, estão também os excessos: o maior besouro conhecido, com 20 cm; a maior mosca, com 5 cm; a maior libélula, com 15 cm; a maior mariposa, com 30 cm; a maior cigarra, com 9 cm; e a maior vespa, com 7 cm. Titanus giganteus FONTE: WWF-Brasil / Edward Parker ODONATAS FONTE: pixabay.com https://www.google.com/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiD-bKgm8DiAhWNIbkGHUCwBpcQjB16BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Fpixabay.com%2Fphotos%2Fdragonfly-mating-love-insecta-3501115%2F&psig=AOvVaw2gHQNhcx6chObctZ9uG6ou&ust=1559201185505718 ODONATAS FONTE: pixabay.com https://www.google.com/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiD-bKgm8DiAhWNIbkGHUCwBpcQjB16BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Fpixabay.com%2Fphotos%2Fdragonfly-mating-love-insecta-3501115%2F&psig=AOvVaw2gHQNhcx6chObctZ9uG6ou&ust=1559201185505718 A DIVERSIDADE DOS AMBIENTES AQUÁTICOS Entre a fauna que habita os ambientes aquáticos, os peixes representam um pouco mais da metade das espécies de vertebrados conhecidas do mundo, com 24.618 espécies, sendo que 9.966 espécies ocupam águas doces permanentemente. (Nelson, 1994). Arapaima gigas – PIRARUCU FONTE: Revista Globo Rural - Globo Colossoma macropomum -Tambaqui FONTE: G1 – Globo (Foto: Carlos Alberto Coutinho/ TG) Um total de 163 registros de espécies de anfíbios foi encontrado para a Amazônia Brasileira. Esta cifra equivale a aproximadamente 4% das 4.000 espécies que se pressupõem existir no mundo e 27% das 600 estimadas para o Brasil (HADDAD 1998). A DIVERSIDADE DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS Eunectes murinus – Sucuri Verde FONTE: Google Imagens Melanosuchus niger - Jacaré-açu FONTE: tyba online https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiYn6b7osDiAhVHK7kGHZLSC1cQjB16BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Ftyba.com.br%2Fbr%2Fregistro%2Fcd358_303.JPG%2F-Detalhe-simbiose-entre-jacare-acu-Melanosuchus-niger-e-perereca----Manacapuru---Amazonas-AM---Brasil&psig=AOvVaw1NT0n-PiN1sWvwfYqqILsG&ust=1559203250094513 Podocnemis expansa -Tartaruga-da-Amazônia FONTE: Biofaces As aves constituem um dos grupos mais bem estudados entre os vertebrados, com o número de espécies estimado em 9.700 no mundo, sendo que, deste total, 1.677 estão representadas no Brasil (SILVA 1998). Na Amazônia, há cerca de 1.000 espécies, das quais 283 possuem distribuição restrita ou são raras, considerando as que ocorrem em apenas uma das três grandes divisões da região (do rio Negro ao Atlântico; do rio Madeira ou rio Tapajós até o Maranhão; e o restante ocidental, incluindo rio Negro e rio Madeira ou do rio Tapajós às fronteiras ocidentais do País). A DIVERSIDADE DAS AVES Harpia harpyja - Gavião-real FONTE: Pinterest O número total de espécies de mamíferos existentes no mundo é estimada em 4.650, com 502 representadas no Brasil (VIVO 1998). Na Amazônia, são registradas atualmente 311 espécies, sendo 22 de marsupiais, 11 edentados, 124 morcegos, 57 primatas, 16 carnívoros, dois cetáceos, cinco ungulados, um sirênio, 72 roedores e um lagomorfo. Esses números, entretanto, devem ser considerados apenas como aproximados, pois certamente serão modificados na medida em que revisões taxonômicas forem realizadas e novas áreas sejam amostradas. A DIVERSIDADE DOS MAMÍFEROS Trichechus inunguis – Peixe boi FONTE: Steemit https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjF37rPpsDiAhVJErkGHfIhBXgQjB16BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Fsteemit.com%2Fscience%2F%40biolegria%2Fpeixe-boi-da-amazonia-trichechus-inunguis&psig=AOvVaw1ZeHnJhA6PmQ9abvhv8qDz&ust=1559204248037820 Panthera onca - Onça-pintada FONTE: Fine Art America Inia geoffrensis – Boto Rosa FONTE: amazoniasemfronteiras.com Estimativas alarmistas preveem que ela venha a representar a perda de uma espécie superior por dia. Caso seja mantido o ritmo de exploração, a extinção poderá ser de uma espécie por hora. Ao final de 50 anos, teremos perdido 10% das espécies florescentes da Terra, sem que jamais saibamos, de muitas delas, a função no ecossistema e a eventual utilidade para o homem. Essa é uma perda silenciosa. ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO Anodorhynchus hyacinthinus - ARARA AZUL GRANDE Leopardus tigrinus - GATO-DO-MATO FONTE: Google ImagensAteles paniscus - Macaco-aranha-preto DEGRADAÇÃO DA FLORESTA AMAZONICA: CAUSAS E CONSEQUENCIAS CRIMES AMBIENTAIS •Captura ilegal de animais e plantas. • A extração madeireira e a derrubada e queima de árvores que contribui para o aquecimento global. Fonte: www.pescamadora.com.br Fonte:conexaoplaneta.com.br Colonização Aumento da população e o desenvolvimento das cidades • Empobrecimento e compactação dos solos. • Contaminação de rios e do lençol freático com agrotóxicos. CAUSAS DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA Fonte :https://www.acritica.com/opinions/o-uso-de-agrotoxicos-no-brasil Fonte :https://thegreenestpost.com • O que é biopirataria? • Quem são os biopiratas? • O que a biopirataria causa? RECURSOS VEGETAIS E ANIMAIS BRASILEIROS QUE FORAM PIRATEADOS: Açaí, registrado em 2003 no Japão e cancelado pela pressão das Ongs. A Andiroba , usada pelos índios como repelente para insetos, contra febre e como cicatrizante, foi patenteada pela empresa Rocher Yver Vegetable, empresa que produz cosméticos ou remédios que possuem seu extrato. O Cupuaçu registrado no Japão pela empresa Asahi Foods para a produção do “cupulate”, uma espécie de chocolate. Fonte: http://revistapensar.com.br VALORES DOS PRODUTOS PATENTEADOS CONSEQUÊNCIAS • O desmatamento chegou ao coração da Amazônia, área conhecida como cinturão verde. Atravessa os estados do Acre, norte do Mato Grosso, sul do Amazonas, parte de Rondônia, até o oeste do Pará. • Queda dos níveis de água de chuva nos trópicos em regiões próximas à Amazônia como Argentina, Uruguai, Paraguai e no sul do Brasil. • A destruição da floresta pode diminuir as chuvas na Amazônia em cerca de 21% até 2050, principalmente, durante o período de seca. • Agente na desertificação, assoreamento de rios e lagos e pode facilitar a transmissão de pragas e doenças. Ele também altera muito os hábitos de vida dos indígenas tradicionais que vivem na região e são donos de uma vasta e rica cultura. FISCALIZAÇÃO Desde 1988 a região da Floresta Amazônica é monitorada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Feita por satélites. A partir dos dados colhidos pelos satélites é possível mensurar as taxas anuais de desflorestamento, produzindo um banco de dados geográficos, uma espécie de arquivo feito ao longos dos anos. Fonte: http://www.inpe.br UNIDADES DE CONSERVAÇÃO A Sema contabiliza: 42 unidades de Conservação. Oito de proteção integral e 34 de uso sustentável. Totalizando 18.907.378,34 hectares de floresta legalmente protegidos. Nas UCs, existem cerca de 26.431 famílias em 1030 comunidades que recebem suporte da Sema com capacitação, educação ambiental, projetos, entre outras inciativas que visam a preservação do meio ambiente e a valorização dessas comunidades. Para fortalecer a gestão das UCs, a Sema, com apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) se juntam para a realização de diagnósticos, estudos biológicos, sociais e fundiários para a elaboração e aplicação dos planos de gestão dessas unidades. - •Áreas de Proteção Ambiental A área de Proteção Ambiental (APA) extensa área rural destinada à proteção e conservação da fauna e flora, atributos estéticos ou culturais ali existentes, importantes para a qualidade de vida da população local e para a proteção dos ecossistemas regionais. • Floresta Estaduais A Floresta Estadual é uma área com uma cobertura florestal de espécies nativas com proteção especial do Estado. Seu objetivo básico é o uso múltiplo sustentável dos recursos florestaise a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Parque Estaduais O Parque Estadual tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, para a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) é uma área natural que abriga populações tradicionais que vivem em sistemas de exploração sustentável dos recursos naturais. Ao proteger o uso do ambiente desenvolvido ao longo de gerações e adaptado às condições ecológicas locais, esta categoria de unidade de conservação de uso sustentável contribui para a proteção da natureza e para a manutenção da diversidade biológica. -Existem 16 Reserva Extrativista As Reservas Extrativistas (RESEX) são espaços territoriais protegido cujo objetivo é a proteção dos meios de vida e a cultura de populações tradicionais, bem como assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da área. O sustento destas populações se baseia no extrativismo e, de modo complementar, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Reserva Biológica Reserva Biológica (Rebio) é uma área protegida que tem como objetivo a preservação integral da biota ,que é um conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, com as características físicas, químicas e biológicas do ambiente. E demais atributos naturais existentes em seus limites. De modo algum é permitida a interferência humana direta ou modificações ambientais na área, a não ser que sejam medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados. Desafios para a preservação da Amazônia ● Pastagens que estão dando lugar à agricultura mecanizada, principalmente àquela ligada às culturas de soja e algodão. ● Abertura de estradas, sendo elas oficiais ou clandestinas, com o intuito da exploração predatória de madeira nobre. ● Floresta explorada se torna um meio de agricultura familiar e pastagens para criação de gado, tornando-se um ciclo. Situação Fundiária ● 24% de áreas privadas aproximadamente ● São legalmente protegidas 33% da Amazônia em forma de Unidades de Conservação e Terras Indígenas. ● Outros 10% são Áreas de Proteção Ambiental (APAs), assentamentos rurais e Terras Militares. ● Restando apenas 33% de terras em disputa. QUAL A IMPORTANCIA DA FLORESTA AMAZONICA? Os rios voadores: Amazônia e sua importância para o mundo (Ilustração: http://riosvoadores.com.br) Há muito tempo a floresta Amazônica é reconhecida como um repositório de serviços ecológicos, não só para os povos indígenas e as comunidades locais, mas também para o restante do Brasil e do mundo. A Floresta Amazônica é abundante em vários recursos e funciona como um grande reator para o equilíbrio da estabilidade ambiental do planeta. Assim em critérios ambientais, sua importância deve-se aos seguintes fatores: • variedade de espécies; • fitoterapia; • água doce, responsável pelo controle hídrico e climático; • estoque de carbono; • capacidade de transferir calor e vapor para outras regiões, etc. Já a nível econômico contribui para: diversidade de recursos vegetais, minerais, animais; agropecuária; hidrelétrica, etc.
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