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Política Agrícola e Agrária - Resumo

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POLÍTICAS AGRÍCOLAS E AGRÁRIAS – RESUMO
· Oferta de produtos agropecuários:
· Sazonalidade na produção (ciclos de produção); 
· Perecibilidade de alguns produtos; 
· Irreversibilidade do processo produtivo; 
· Dispersão geográfica 
· Oscilações de preços 
· Diversidade quanto aos critérios de medidas e composição física (toneladas, caixas, arrobas, etc.) 
· Ganhos variados 
Oferta: oscilante e demanda constante. Consequência: problema do carregamento de estoques (distribuição do volume de oferta no tempo para adequar a demanda) e facilita os movimentos especulativos com bens agropecuários.
Questão agrícola: Aspectos ligados a produção (o que, onde, quanto produzir). Questão agrária: Aspectos ligados a transformação nas relações de produção (como se produz). Variáveis relevantes: modo de propriedade, apropriação do produto da produção e do trabalho, nível de renda do trabalhador rural, produtividade das pessoas ocupadas no campo, etc. 
· Questão agrária no Brasil
Raízes históricas: Ocupação do solo pelos portugueses capitanias hereditárias;
· Monocultura da cana-de-açúcar;
· Base de exploração escrava e voltada para o exterior.
Exceção: 1830: plano de povoamento com imigrantes europeus no Sul do país. Região não propícia para a produção de gêneros tropicais de elevado valor comercial (cana).
· Formação de um conjunto de pequenas propriedades familiares.
1850: abolição do tráfico negreiro.
· Lei de Terras: fim legal do regime de posse e transmissão de propriedade via sucessão ou compra e venda.
Velha República (1889-1930): Política dos Governadores 
· Intensificação de formas de exploração dos trabalhadores agrícolas; ex-escravos;
· Desenvolvimento de diversos sistemas de exploração; meação, arrendamento, prestação de serviços em troca de terras;
· Manifestações contra essas explorações: Banditismo social (Lampião), Canudos (Bahia), Contestado (Paraná e Santa Catarina) e Caldeirão (Ceará).
· Áreas de expansão de culturas exportáveis:
- Política de atração de colonos europeus; 
- Áreas canavieiras: trabalhadores assalariados;
- Relevância do café 
- Áreas menos dinâmicas: sistemas de parceria ou subsistência em grandes propriedades, arrendamento (negros e mulatos).
· Estado Oligárquico - Economia agrária 
1906: Convênio de Taubaté (política de valorização do café - SP, MG e RJ - garantir a rentabilidade da cafeicultura brasileira – política de preço mínimo). 
- Empréstimo do governo inglês e controle do volume de produto exportado. Preço no mercado internacional e cobrança de imposto sobre sacas de café a fim de pagar os empréstimos. 
1929: quebra da bolsa de Nova York; queda do preço do café no mercado internacional.
- Revolução de 30: Getúlio Vargas não abandonou totalmente a política de valorização do café. Reflexo: colapso do modelo econômico agrário-exportador devido à crise internacional, levando ao desmoronamento o Estado e à política oligárquica.
1930-1964: Nacionalismo crescia e fortalecia-se. 
Inicialmente ideologia do Estado e depois ampliou-se para os setores político e ideológico.
Duas vertentes: nacional-desenvolvimentismo (liberal, preocupada com a modernização) que visava claramente a constituição de uma economia autocentrada, isto é, voltada para o mercado interno. Ser nacionalista significava ser favorável à industrialização autossustentada e isso pressupunha um confronto com a oligarquia rural, no plano interno, e com imperialismo, no plano externo. Apoiavam a política desenvolvimentista de JK que implementava o Plano de Metas prioritariamente com investimentos diretos de capital externo. Já o nacionalismo econômico (interesses populares e perspectiva de esquerda) preconizava a reforma agrária (meio de recuperação social e econômica das massas rurais) e uma luta aberta contra os interesses imperialistas e contra a participação indiscriminada de capital estrangeiro no processo de desenvolvimento, colocaram-se em rota de colisão com o governo JK, especialmente no que se referia aos investimentos externos. Buscava um controle rígido sobre o ingresso de recursos estrangeiros, dando clara preferência aos empréstimos de governo a governo (MOREIRA, V. M. L. Nacionalismo e reforma agrária nos anos 50) 
1943: Campanha do “O petróleo é nosso”
1952: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE); depois BNDES (1982). 
Pós 1945 (Deposição de Vargas): expansão das culturas comerciais como cana-de-açúcar (SP, PE, AL e RJ). Surgimento do trabalho temporário no campo (bóia-fria) e intensificação da mobilização dos trabalhadores do campo.
1953: Criação da Petrobrás 
1954: União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas no Brasil (ULTAB) 
1955: Primeira Liga Camponesa; Sociedade beneficente responsável por sepultamento e dar assistência médica aos sócios (arrendatários de sítios do engenho Galileia). 
- Proprietário do engenho: tentativa de despejar os agricultores 
- Expansão para a zona canavieira do Nordeste e para o país 
- Posição assistencialista e defensiva para classista e reivindicativa (greves e ocupação de propriedades não utilizadas) 
1950/1960: Internalização da indústria pesada. Papel da agricultura para o desenvolvimento do país “atraso no campo” e a modernização industrial.
Oligarquia rural: latifúndio improdutivo ou pouco rentável e um setor social e político arcaico. Desde a era Vargas a colonização e a reforma agrária eram interpretadas como fatores indispensáveis à modernização da agricultura, à formação de um mercado interno consumidor e à efetiva industrialização do país. Para a esquerda nacionalista a reforma agrária tinha um sentido muito específico, na qual duas propostas eram consideradas inadiáveis: a criação do regime jurídico do trabalhador rural e a reforma agrária distributiva de terras (MOREIRA, V. M. L. Nacionalismo e reforma agrária nos anos 50).
Questão agrária dos anos de 1950-1960: Esquerda: Partido Comunista Brasileiro, setores progressistas da Igreja Católica e Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Direita: Delfim Neto, Roberto Campos (+ voltados a discussão sobre o papel da agricultura para a industrialização e o desenvolvimento do país). 
Modernização induzida ou conservadora: Intensificação da mecanização e uso de fertilizantes e defensivos químicos e Modernização estrutural: Mudança na estrutura agrária 
· Funções clássicas da agropecuária no processo de desenvolvimento: 
· Provisão de alimentos e matérias-primas; 
· Geração e ampliação da disponibilidade de divisas; 
· Transferência de capital ou recursos financeiros para outros setores; 
· Ampliação do mercado interno para os outros setores ou atividades;
· Liberação de mão-de-obra para outros setores ou atividades.
1963: Estatuto do Trabalhador Rural: Normatização das relações de trabalho no campo. 
Lei 4504/64 - Estatuto da Terra: legislação agrária embasada no princípio da reforma agrária, mas que criava condições para a manutenção dos empreendimentos capitalistas no campo. Criação do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA) e do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrícola (INDA). Em 1969 ocorreu a fusão dos dois institutos e criação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). 
· Desenvolvimento agrícola brasileiro
Alberto Passos Guimarães: Problema era a existência de restos feudais* na agricultura brasileira. *latifúndio extensivo de baixa produtividade e pagamento de baixos salários.
· Estrutura agrária limitante do processo de industrialização do país concentração de renda limitando a ampliação do consumo e da produção e oferta agrícola inelástica em relação ao preço;
· Proposta: evolução da renda no campo via alteração da propriedade da terra e não pagamento da renda da terra;
· Anos 70: Manutenção da estrutura agrária: crescimento da oferta de matérias-primas e de alimento e aumento da urbanização e do mercado interno para a indústria;
· Visão feudalista: capitalismo não se desenvolve na agricultura como na indústria 
- Problema: estrutura da agricultura brasileira (inserida dentro de um complexo agroindustrial ou cadeia agroindustrial). 
CaioPrado Junior: Antes de 1964: problema da concentração e monopólio da terra; 
· Contra a visão dos “restos feudais” 
· Solução: questão legal (reforma e fiscalização quanto ao direito de propriedade e relações trabalhistas) e desconcentração fundiária;
· Pós 1964: Ênfase nas relações de trabalho 
· Solução: melhoria das condições de emprego da população rural, sem ampla reforma agrária.
Ignácio Rangel: Economia mais fechada (industrialização) economia de mercado aumento da divisão de trabalho.
· Pode ferar crises como balanço de pagamento;
· Latifúndio feudal x latifúndio capitalista;
· Agricultura: suprir bens à demanda interna e externa e regular o mercado de trabalho;
· Brasil: incapacidade da absorção da mão-de-obra liberada pelo setor agrícola por outros setores;
· Preço elevado da terra;
· Visão dualista: solução: lote familiar para autoconsumo e ofertante de mão-de-obra para o latifúndio capitalista;
· Ação do estado para reduzir a especulação do preço da terra;
· Politica do preco minimo para os produtos agrícolas;
· Democratização de acesso ao crédito;
· Não propõe mudança na estrutura agrária.
Visão estruturalista: Celso Furtado: Agricultura: causadora de problemas estruturais do desenvolvimento econômico brasileiro;
· Análise da economia capitalista: formação e realização dos fluxos de renda e do papel do mercado de trabalho nacional (visão macroeconômica); 
· Poder centrado nas oligarquias agrário-exportadoras; 
· Baixos custos da mão-de-obra: barreiras à penetração do progresso técnico na agricultura;
· Relevância da participação política das massas (melhorar distribuição de renda).
Pensamento católico: Relevância da Igreja católica: legitimar a função social da terra.
Delfim Neto: refuta a tese cepalina de rigidez na oferta de alimentos
Delfim Neto e Grupo da USP: a expansão do setor agrícola depende do nível técnico da mão-de-obra, nível de mecanização, nível de utilização de adubos e estrutura agrária eficiente.
Visão modernizante: Homem de Mello, 1980; Pastore, 1977 e Ruy Miller Paiva 
· Transformações do setor agrícola via mudanças tecnológicas;
· Melhoria do nível educacional do agricultor e trabalhador rural; maiores produtividades dos fatores de produção, maiores ganhos econômicos e aumento das inovações.
· Forças de mercados atuando para a modernização de grandes propriedades;
· Pequeno produtor mantendo sua produção para autoconsumo; 
· Sem necessidade de mudança na estrutura agrária; Necessidade de políticas visando a modernização: crédito rural, preço mínimo, extensão, etc. 
· Foco de análise: produção agrícola e sua reação frente ao mercado.
· Interpretação sobre a questão agrária brasileira
José Graziano da Silva: Complexo agroindustrial gera concentração e centralização de capitais, da propriedade da terra, das relações políticas com o Estado.
· Consequência: territorialização da burguesia industrial e financeira;
· Processo de modernização/formação das agroindústrias: desigual e parcial;
· Industrialização da agricultura: urbanização da população rural;
· Redução da importância do pequeno produtor na oferta de alimentos reforma agrária não era mais necessária. Problema não era a questão agrária e sim de renda.
· Concentração e centralização de capitais, em função da esperada consolidação dos Complexos Agroindustriais nos anos 90.
Sistema Agroindustrial: Atividades que concorrem para a produção de produtos agroindustriais (desde a produção de insumos até o produto final ao consumidor).
 Figura: Sistema Agroindustrial (BATALHA, 1997, p. 31)
- Função social da propriedade rural: todo imóvel rural tem função social, cumprida quando há, simultaneamente: 
I. Aproveitamento racional e adequado; 
II. Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; 
III. Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
IV. Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Desapropriar o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social para fins de reforma agrária, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária. O proprietário de imóvel rural que esteja por 5 anos ininterruptos e numa área não superior a 50 há. Lei do Capião. 
· Políticas agrárias: 
· Desapropriação de terras: Imóveis que não cumprem a função social;
· Indenização com títulos da dívida agrária;
· Benfeitorias pagas em dinheiro;
· Exceção: pequena e média propriedade rural, propriedade produtiva.
· Crédito fundiário: Recursos para aquisição da terra e projetos comunitários;
· Linha Nossa Primeira Terra: destinada a jovens rurais, filhos/filhas de agricultores, estudantes de escolas agrotécnicas e centro familiares de formação por alternância (18 e 29 anos), que queiram viabilizar o próprio projeto de vida no meio rural.
· Linha Consolidação da Agricultura Familiar: agricultores que já estão na terra ou tem minifúndios e querem aumentar sua área. 
· Reconhecimento de territórios de comunidades tradicionais: Quilombos, população indígena, posseiros.
· Programa Terra Legal Amazônia: regularização fundiária títulos de terras a cerca de 150 mil posseiros que ocupam terras públicas federais não destinadas. Não se enquadra: reservas indígenas, florestas públicas, unidades de conservação, marinha ou reservadas à administração militar.
· ITESP: responsável pelo planejamento e execução das políticas agrária e fundiária do Estado de São Paulo e pelo reconhecimento de Comunidades de quilombos. 
· Tributação*: Imposto Territorial Rural (ITR): alíquota varia conforme área e grau de utilização e incide inclusive sobre o imóvel declarado para fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade (exceção: imissão prévia na posse). 
* Proporcional (↑ renda ↑ imposto), progressivo (↑ renda ↓imposto) e regressivo (↓ renda ↑ imposto) facilitar ou dificultar a consolidação de terra.
Não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, (não possua outro imóvel). Isentos: imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os limites. 
Pequenas glebas rurais: imóveis com área igual ou inferior a: 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; 30 ha, se localizado em qualquer outro município. 
· Política agrária ou de terras do banco mundial: 
· Compra e venda de terras 
· Titulação de posses: regulação fundiária 
· Arrendamento de terras 
· Novo aparato de administração de terras 
· Controle e solução de conflitos agrários 
· Tributação da propriedade rural 
· Privatização e reestruturação agrícola no Leste Europeu e na antiga União Soviética; 
· Reforma Agrária “assistida pelo mercado” 
Reforma agrária via mercado: compra de terra via financiamento pelo governo federal facilita o acesso à terra.
Objetivos: Aliviar seletivamente a pobreza rural; manutenção do capital privado, ou seja, quem tem não ficará sem. 
- Mercantilizar o acesso à terra, por meio da mudança neoliberal do aparato regulatório; 
Favorecer o livre fluxo de força de trabalho no campo, estimular o investimento privado na economia rural e potencializar a integração subordinada de parcelas pontuais do campesinato ao circuito agroindustrial, comandado por grandes e médias empresas.
SOUZA, S. S.; SILVA, E. A. Reforma agrária e planejamento regional: uma proposição estado-mercado. Planejamento e políticas públicas, ppp, n. 38, jan./jun. 2012.
· Reforma agrária tradicional e de mercado (compra e venda de terras) 
· Visão da reforma agrária: via desapropriação de terras como sendo nociva à garantia dos direitos de propriedade;
· Desapropriação de terras inférteis e ausência de infraestrutura básica nos assentamentos;
· Estrutura de Governança ou Formas Organizacionais: 
Estrutura de Governança: Nova economia Institucional: Via mercado (compra e venda): Via contratual;Integração vertical. Escolha da estrutura de governança com base nos custos de produção e de transação. Governança: maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento.
HAGE, F. A. S.; PEIXOTO, M.; VIEIRA FILHO, J. E. L. Aquisição de terras por estrangeiros no Brasil: uma avaliação jurídica econômica. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Rio de Janeiro, 2012. 
· Aumento dos preços dos produtos agrícolas a partir de 2007 
· Interferência desse aumento na segurança alimentar 
· Questão da aquisição de terras por estrangeiros no mundo 
· Compra de terras: minimizar os efeitos negativos do processo inflacionário
· Razões: restrições impostas à aquisição de terras por estrangeiros podem reduzir ou mesmo inviabilizar o investimento produtivo no setor agropecuário brasileiro;
· Marco Legal: Lei nº 5.709 (1971) e Lei nº 8.629 (1993);
· 2004: busca de meios legais para restringir capital estrangeiro no acesso à terra;
GUANZIROLI, C. E.; BUAINAIN, A. M.; DISABBATO, A. Dez anos de evolução da agricultura familiar no Brasil: 1996-2006. RESP, Piracicaba, v. 50, n. 2, p. 351-370, 2012.
· Visão antiga: agricultura familiar como sinônimo de agricultura de subsistência 
· Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRRONAF): financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária baixas taxas de juros e menores taxas de inadimplência.
· A agricultura no Nordeste: oportunidades e limitações ao desenvolvimento;
· Visão de agricultura de subsistência: Nordeste passa fome;
· Terra: modo de vida, local de trabalho e produção de alimentos (baixo nível de renda);
· Agricultor especializado: tem sua renda como única fonte de renda;
· Economia de escala: redução do custo fixo da unidade produzida modifica conforme o valor da produção;
· Capitalizado: tem dinheiro e o agricultor produz a cultura e é integrado ao mercado (contrato) diversificado e alternativo;
· Limitações: infraestrutura, logística, falta de assistência técnica, dificuldade de tornar o ambiente sustentável.
· Instrumentos específicos para a agropecuária 
· Política de crédito rural: recursos financeiros por instituições do Sistema Nacional de Crédito Rural para aplicação exclusiva nas finalidades e condições estabelecidas no Manual de Crédito Rural. 1965: Sistema Nacional de Crédito Rural. 
Relacionado com capital de giro/custo de produção = custeios = despesas do ciclo produtivo (máquina: investimento; barracão: aplicação de bens ou serviços por vários períodos de produção). Taxa de juros menor que a média. 
· Estimular os investimentos na agricultura;
· Fortalecer a situação financeira dos produtores;
· Adoção de tecnologia moderna no setor rural; 
Usos de pacotes agrícolas (mecanização) e na agroecologia: economia de escopo, plantio direto.
· Tipos: Custeio (cobrir despesas normais dos ciclos produtivos), investimento (aplicação em bens ou serviços que se estende por vários períodos de produção) e de comercialização (cobrir despesas próprias da fase posterior à colheita).
Beneficiários: Produtor rural (pessoa física ou jurídica) e cooperativa de produtores rurais ou pessoa física ou jurídica que se dedique às seguintes atividades: pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas; pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões; prestação de serviços mecanizados, de natureza agropecuária em imóveis rurais, inclusive para proteção do solo; prestação de serviços de inseminação artificial em imóveis rurais; exploração de pesca e aquicultura, com fins comerciais; medição de lavouras ; atividades florestais; transição agroecológica e agroecologia.
Outros tipos de financiamento: Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): emitido por bancos e lastreado em recebíveis de produtores. Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA): emitidos por cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas que exercem atividades ligadas à agricultura. 
· Política de preço mínimo: visa minimizar as flutuações de preços recebidos pelos produtores rurais e assim garantir renda. 
1945: Primeiros preços mínimos para arroz, feijão, milho, amendoim, soja e semente de girassol.
· Governo determina o preço antes da safra (controlando a inflação) se comprometendo a adquirir o produto na colheita (bom pros dois lados).
Preço mínimo < preço de mercado: produtor vende para mercado/ preço mínimo > preço de mercado: produtor vende para o governo.
· Empréstimo do Governo Federal (EGF): Governo Federal, na época da safra, viabiliza empréstimos aos produtores rurais para que estes estoquem os produtos a fim de vendê-los na entressafra; (governo não precisa estocar o produto) com ou sem opção de venda para o governo - COV/SOB.
Cálculo do preço mínimo: depende das intenções da política e restrições orçamentárias do governo. O Preço mínimo em uma economia inflacionária: preço mínimo base + índice de preços na época da colheita; 
Critérios para venda de estoque: Teoricamente, o governo fixa 2 preços: preço mínimo (para compra) e preço de intervenção (para venda).
· Contrato de opção de venda de produtos agrícolas (COVPA): Governo, via CONAB, leiloa contratos que preveem a aquisição de 1 produto específico, a ser feito numa certa data, para produtos depositados em um lugar determinado, a um preço também pré-determinado. O produtor rural (ou cooperativa) compra esse contrato pagando um prêmio ao governo. Geralmente a venda é feita no período da colheita, com vencimento agendado para a entressafra. 
Preço de mercado > preço de exercício do COVPA: produtor vende no mercado e perde o prêmio pago e se preço de mercado < preço de exercício do COVPA: produtor exerce o direito de vender à Conab. Nesse caso, ele: comunica à Conab alguns dias antes da data de vencimento, que irá exercê-la, deposita o produto na quantidade e qualidade concordadas no local previsto e solicita a Conab o pagamento devido.
A Conab, a fim de evitar a estocagem do produto pode recomprar o COVPA (paga ao detentor a diferença entre o preço de exercício e o preço de mercado do produto segurado). O produtor vende para o mercado seu produto e recebe a diferença da Conab. Ou ainda repasse do COVPA a qualquer interessado que queira receber o produto e substituição à Conab e que assuma os compromissos previstos no COVPA.
· Política de seguro rural: o agricultor paga uma quantia a uma seguradora (prêmio) para ter direito a um montante (valor da apólice), caso haja perda da produção devido a adversidades climáticas ou outros infortúnios segurados.
Os agricultores estão sujeitos a 2 tipos de riscos: flutuações de preços (risco minimizado via Preço Mínimo) e flutuações de produtividade (risco minimizado via Política de Seguro Rural). 
· Problemas frente a outros seguros: Falta de independência estocástica* entre os segurados * ocorre quando a perda sofrida por um segurado não implica perda de outro segurado. 
- Ausência de perfeita informação entre os segurados e a seguradora causando 2 problemas: risco moral e seleção adversa. 
Risco moral: o agricultor tem motivações para descuidar de sua atividade porque sabe que irá receber o valor segurado; Seleção adversa: seguro calculado com base no risco médio dos agricultores, gerando maiores custos para os agricultores com riscos menores. Ao não optarem pelo seguro agrícola, irão causar um aumento no prêmio do seguro seguro agrícola somente para os agricultores com riscos maiores 
· Consequência: Necessidade de subsídio do Estado para o sistema de seguro agrícola ou situação deficitária de alguns sistemas de seguro agrícola.
· 1973: Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO).
Velho (até 1991): seguro de crédito rural até 1979 grandes saltos deficitários e presença de fraudes, após, passou a cobrir lavouras implementadas com recursos próprios do produtor vinculados ao crédito. Novo: Inclusão das atividades não financiadas e restrição dos valores segurados às operaçõesde custeio.
· Política de pesquisa e extensão agropecuária: desenvolve projetos e produtos a fim de melhorar o meio agrícola através da atuação das esferas públicas e da iniciativa privada. 1973: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). 
· Extensão rural: Conjunto de atividades direcionadas a transmitir aos agricultores novos conhecimentos técnicos e comerciais a respeito de culturas e criação de animais;
· Modelos de transferência de tecnologia: 
1. Difusionismo:
2. Modelo de Pacotes: Problemas: Recursos para adquirir a tecnologia, custo da tecnologia frente a margem de ganho e dependência das grandes indústrias. 
Pacote tecnológico anos 50/60: Aumento dos rendimentos e da produtividade de algumas culturas, inflação no preço da terra, êxodo rural, dependência das grandes empresas multinacionais produtoras de insumos e problemas ambientais. 
Pacotes de insumos agrícolas atual: bundling: junção de produtos e serviços aos produtores numa única transação. Envolve insumos agrícolas e prestação de serviços. 
3. Modelo de Inovação Induzida pelo Mercado: Via análise de mercado Ex: se a mão-de-obra é cara, gera-se tecnologia poupadora de mão-de-obra;
4. Modelo de Organização / Participação: Voz ativa dos agentes relevância de fatores culturais locais e sociais.
FORNAZIER, A.; VIEIRA FILHO, J. E. F. Heterogeneidade estrutural na produção agropecuária: uma comparação da produtividade total dos fatores no Brasil e nos EUA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília, 2013. 
· Comparação da Heterogeneidade Estrutural do Brasil e dos EUA; 
· Crescimento em ambos os países da produtividade total dos fatores de produção (terra, trabalho e capital); 
· Tecnologias poupadoras de mão-de-obra e melhor uso de insumos; 
· Complexos Agroindustriais e do Modelo do Pacote Tecnológico;
· Processo de modernização da agricultora norte americana foi anterior a do Brasil;
· Relevância da pesquisa e extensão para aumentar a produtividade. 
A agricultura do Brasil tem crescido a taxas semelhantes às dos Estados Unidos, diminuindo a lacuna entre os dois países. Em ambos, verifica-se que a evolução da produção se deve mais ao aumento da eficiência no uso dos insumos (tecnologia): produz-se mais com menos recursos ou fatores produtivos, que ao incremento de insumos, o simples fato de aumentar os fatores produtivos proporciona aumento da produção.
· Política específica para certos produtos e insumos: Incentivo ao uso de fertilizantes e outros insumos. 
· Café, cana-de-açúcar, trigo, bioenergia importância nacional; 
· Borracha natural, cacau, erva-mate importância regional; 
· Até o começo da década de 1990: café, trigo e cana-de-açúcar eram produtos sujeitos a políticas específicas de crédito rural e preços mínimos;
· Pós década de 1990: desregulamentação, mas alguns recursos especiais ainda existem para produtores de café e cana-de-açúcar; 
· Atualmente: biocombustíveis. 	
· Políticas de regulamentação do uso de recursos florestais: Políticas para a agricultura patronal e para a agricultura familiar. 
· Política Florestal Federal divide-se em: Política de Comando e Controle do Desmatamento: Rendas específicas quanto ao uso da terra e da vegetação nativa que lhe cobre. Separação da propriedade em: área de preservação, áreas de conservação e de uso livre.
- Incentivos Federais ao Reflorestamento
Ministérios: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA): Agricultura Familiar
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA): Agricultura Empresarial (Comercial, Patronal).
Agricultura familiar no Brasil: Pescadores artesanais; 
· Extrativistas (exploração extrativista ecologicamente sustentável); 
· Silvicultores; 
· Aquicultores, maricultores e piscicultores; 
· Comunidades quilombolas; 
· Povos indígenas; 
· Agricultores familiares (criação ou ao manejo de animais silvestres). 
Enquadrado como agricultor familiar e ter acesso a políticas específicas é necessário a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) emitida por entidade (ATER, INCRA, sindicatos, FUNAI, Fundação Palmares e outras Instituições credenciadas). 
Agricultor familiar e empreendedor familiar rural: pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 módulos fiscais; II) utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III) renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. 
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF):
· Atividades agropecuárias e não-agropecuárias (turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outros serviços); 
· Preferência: financiamento da produção agroecológica, 30% do crédito destinado ao sexo feminino. 
Pronaf Custeio: financia atividades agropecuárias e de beneficiamento ou industrialização e comercialização de produção própria ou de terceiros; 
Pronaf Investimento (mais alimentos): financia máquinas, equipamentos e infraestrutura. Objetiva a melhoria da produção e dos serviços agropecuários e não agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas; 
Microcrédito Rural: atende os agricultores de mais baixa renda, financiando atividades agropecuárias e não agropecuárias e qualquer outra que possa gerar renda para a família;
Pronaf Agroecologia: financia investimentos dos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos; incluindo os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento. 
Pronaf Mulher: financia investimentos de atividades agropecuárias, turismo rural, artesanato no meio rural. O crédito pode ser contratado independente do estado civil da mulher.
Pronaf Eco: investimento para implantação, utilização ou recuperação de tecnologias de energia renovável, biocombustíveis, armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura e recuperação do solo; 
Pronaf Agroindústria: financia investimentos, inclusive em infraestrutura, que visam o beneficiamento, o processamento e a comercialização da produção agropecuária. 
Pronaf Semiárido: financia projetos de convivência com o semiárido, focados na sustentabilidade dos agroecossistemas, que priorizem infraestrutura hídrica (projetos de produção e serviços, de acordo com a realidade das famílias da região Semiárida); 
Pronaf Jovem: financia propostas de crédito de jovens agricultores e agricultoras. Os recursos são destinados à produção e serviços nos estabelecimentos rurais; 
Pronaf Floresta: financia projetos para sistemas agroflorestais: exploração extrativista ecologicamente sustentável, plano de manejo florestal, recomposição e manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de áreas degradadas; 
Pronaf custeio e comercialização de agroindústrias familiares: destinada aos agricultores e suas cooperativas ou associações, para que financiem as necessidades de custeio do beneficiamento e industrialização da produção própria e/ou de terceiros; 
Pronaf Cota-Parte: financia investimentos para a integralização de cotas-partes dos agricultores familiares filiados a cooperativas de produção ou para aplicação em capital de giro, custeio ou investimento. 
Seguro da Agricultura Familiar (SEAF): mecanismo de proteção de renda para os agricultores familiares que contratam financiamentos de custeio e investimento agrícola no âmbito do Pronaf.
Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF): assegura desconto no pagamento do financiamento às famílias agricultoras que acessam o Pronaf Custeio ou o Pronaf Investimento, em caso de baixa de preços no mercado. A medida estimula a produção da agricultura familiar, ampliando a oferta de alimentos e contribui com a estabilidade de preços para o consumidor. O programa já abrange 49 culturas.
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): oferece alimentação saudável aos alunos deescolas públicas do Brasil e, simultaneamente, estimular a agricultura familiar nacional. Assentados da reforma agrária, comunidades tradicionais indígenas e quilombolas têm prioridade.
Plano Agrícola e Pecuária 2013/14: Atenção ao médio produtor e ao cooperativismo;
· Mais acesso ao Seguro Rural;
· Maior limite para custeio;
· Mais apoio à comercialização e garantia de preço mínimo 
· Mais inovação tecnológica.
· Mais desenvolvimento com sustentabilidade.
· Mais Defesa Agropecuária.

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