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Resenha - COMO AS CIDADES INTELIGENTES CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DE CIDADES SUSTENTÁVEIS? UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA O artigo coloca a sustentabilidade como um desafio a ser enfrentado no século XXI, onde seu desenvolvimento está aliado à esfera econômica, social e ambiental. Estudos baseados nesse contexto geram o termo “Cidades Inteligentes”, onde o crescimento econômico sustentável está atrelado à uma boa gestão dos recursos naturais de forma participativa. O objetivo é identificar as cidades inteligentes que realmente contribuem para o desenvolvimento de uma cidade sustentável. As publicações que envolvem os conceitos de “Cidade Inteligente” e “Cidade Sustentável” são encontradas a partir de 2008, publicadas por países desenvolvidos e é encontrado em diversas disciplinas como Economia, Ciências Sociais, Ciência computacional e Ciências Ambientais. Uma análise foi realizada nas principais obras selecionadas para uma melhor compreensão: Em Will the real smart city please stand up? Intelligente,progressive or entrepreneurial?, Hollands (2008), encontra-se críticas sobre cidades que apenas se rotulam como “inteligentes”, mas os interesses das empresas que TI que sobressaem. Analisa também a dificuldade que essas cidades tem em lidar com a desigualdade social pois acaba atraindo apenas uma classe de interesse, excluindo as comunidades mais pobres. Em From planning sustainable cities to designing resilient urban regions, Bogunovich (2009) argumenta que é necessário aceitar que as cidades não serão mais compactas e densas, propondo aos urbanistas descobrir soluções sustentáveis e resilientes para sub e peri-urbanas áreas emergentes. Em Sketch Technology Roadmap by Using a Novel Vision-oriented Service Innovation Approach: Environmental-Technology Roadmap for Designing Sustainable City as an Example, Chen (2011), propõe um novo método de inovação em tecnologias ambientais onde gere menos impactos negativos da intervenção humana. Em Smart City Reference Model: Assisting Planners to Conceptualize the Building of Smart City Innovation Ecosystems, Zygiaris (2012) afirma que cidades inteligentes são baseadas em inovações sócio-técnicas e sócio-econômicas, propõe um modelo de referência a ser usado em cidades inteligentes aliado ao crescimento e sustentabilidade, com elaboração de um plano diretor onde analisa suas inconsistências e capacidade de inovações. Fala também de indicadores de geração de emprego e desigualdade social. Em Leveraging technology evolution for better, sustainable cities, Saracco (2012) sugere que a denotação deve ser empregada para o aumento da percepção da infraestrutura de forma a melhorar a forma de vida das pessoas. O ambiente deve perceber as pessoas, como exemplo Masdar e Songdu. Porém, essas soluções tem alto custo e não são empregadas. Em Developing an ICT-Enabled, Anti-Prophetic Approach to Sustainable Cities, Crosgrave, Tryfonas e Carter (2012) afirma que a inserção de Tecnologia da Informação e Comunicação emerge uma variedade de fatores que contribuem para a sustentabilidade como eficiencia operacional, informações de mercado e inovação. Em Urban Regeneration, Digital Development Strategies and the Knowledge Economy: Manchester Case Study, Carter (2012), cita como a cidade de Manchester se reestruturou com investimentos em serviços digitais e projetos que incluem o engajamento da população. Em Discovering Urban Spatial-Temporal Structure from Human Activity Patterns, Jian, Ferreira e Gonzalez (2012) critica os simuladores urbanos por não ter incorporado todos os tipos de indivíduos por suas atividades diárias. Baseia seus estudos na área metropolitana de Chicago, onde tem uma grande quantidade de informações que pode ser usada para os planejadores analisar a estrutura urbana da dimensão espacial à dimensão espaço-temporal. Em Sustainable cities, sustainable minds, sustainable schools: Pop-Up-Farm as a connecting device, Clarke (2012) já volta seus estudos para uma educação fundamentada na preparação, orientação e construção de um futuro sustentável. Analisa aspectos práticos e pensamento low-tech, onde ferramentas são de fácil acesso e preço baixo em pequena escala. Propõe a aprendizagem da sustentabilidade por meio da prática aplicada, para que se torne parte de um amplo programa de aprendizagem urbano sustentável. Em Understanding Smart Cities: An Integrative Framework, Chourabi et al. (2012) analisa os governos e seus ideais sobre iniciativas para uma cidade inteligente. Estudam os fatores externos (governos, pessoas, ambiente natural, infraestrutura e economia) e fatores internos (tecnologia, gestão e política). Em Competitiveness AND Sustainability: Can ‘Smart City Regionalism’ Square the Circle? Herrschel (2012) estuda a importância do regionalismo da cidade inteligente onde destaca o domínio político como articulador das mudanças e a associação das espacialidades. Propõe que o papel da agenda política (formação de possibilidades de cooperação) comunique com a territorialidade (estruturas governamentais) nos processos de formulação das políticas. Cada uma com seu grau de cooperação e coordenação, mas com objetivo único, de sustentabilidade, aplicados na cidade de Seattle e Vancouver. Em Porto Alegre: a Brazilian city searching to be smarter, Macadar e De Freitas (2013), apresentam resultados de Porto Alegre, os quais demonstram uma evolução da cidade e que ela atente aos requisitos de uma cidade inteligente. Em The essence of future smart houses: From embedding ICT to adapting to sustainability principles, GhaffarianHoseini et al. (2013), analisam as características de dez casas. O resultado foi que o maior valor incorporado às casas está na automatização das funcionalidades, trazendo mais conforto ao ambiente. Nota-se também ambientes de convivência sustentáveis e harmonia entre arquitetura, pessoas, tecnologias e regionalidades. A maior dificuldade encontrada foi a integração dessas casas com o restante da cidade para criação dos ambientes inteligentes. Em Smart city-regionalism across Seattle: Progressing transit nodes in labor space? Dierwechter (2013) analisa quatro condados de Seattle, onde há vários investimentos em polos de trabalho e ficou de lado o investimento em transporte público no local. O autor define princípios para compreensão da sustentabilidade metropolitana, redimensionamento das instituições de gestão e políticas de distribuição urbana. Conforme pôde-se observar, a tecnologia está integrando o sistema urbano e está atrelada a criação de ambientes sustentáveis. Há ainda uma falta de coesão entre as necessidades reais, acessibilidade devido ao alto custo e acaba beneficiando apenas algumas pessoas. A gestão política com o uso da tecnologia está gerando um impacto positivo pois insere a população para colaborar com o sistema. Apesar de algumas cidades inteligentes beneficiar apenas uma pequena parcela de pessoas, a tecnologia vem sendo mais participativa e integradora, com análises das atividades das pessoas no espaço-tempo, onde o crescimento pode ser mais direcionado à necessidade daquele lugar, onde pode ser bom para viver, trabalhar e divertir.
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