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Giullia Bonizzoni Arambul - 4° Semestre UAM * O resumo pode conter erros* MDD III VÍRUS ─ Características gerais: ● Contém um único ácido nucleico (DNA ou RNA). ● Contém um revestimento proteico (capsídeo) que envolve o ácido nucleico; às vezes é recoberto por um envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos. ● São parasitas intracelulares obrigatórios; multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a maquinaria sintética da célula. ─ Importância médica: ● Maioria dos fármacos que interferem na multiplicação viral também pode interferir com a fisiologia da célula hospedeira (toxicidade). ─ Estrutura viral: ● Vírion = forma extracelular do vírus; partícula infecciosa completa. ● Capsídeo = envoltório proteico que contém o genoma viral. ● Envelope = camada externa de proteínas, lipídeos e carboidratos. ● Vírus envelopados e vírus não envelopados. ─ Vírus de importância médica: ◌ (Famílias de vírus que afetam os seres humanos) ● Parvoviridae: gênero importante Parvovírus humano B19, DNA de fita simples não envelopado. ● Adenoviridae: gênero importante Mastodenovirus, causa infecções respiratórias, DNA de dupla-fita não envelopado. ● Papovaviridae: gênero importante Papillomavirus (HPV), causa verrugas, câncer cervical e anal, DNA de dupla-fita não envelopado. ● Poxviridae: gênero importante Orthopoxvirus (varíola) e Molluscipoxvirus (molusco contagioso), DNA de dupla-fita envelopado. ● Herpesviridae: Simplesvirus, Varicellovirus, Lymphocryptovirus, Cytomegalovirus, Roseolovirus e Rhadinovirus, causma hespes labial, catapora, herpes zoster e mononucleose infecciosa, DNA de dupla-fita envelopado. ● Hepadnaviridae: Hepadnaviridae (Hepatite B), DNA de dupla-fita envelopado. ● Picornaviridae: Enterovirus Rhinovirus (resfriado comum e hepatite A), RNA de fita simples positiva não envelopado. ● Caliciviridae: Vírus da hepatite E e Norovirus, RNA de fita simples positiva não envelopado. ● Togaviridae: Alphavirus e Rubivirus (Rubéola), RNA de fita simples positiva envelopado. ● Flaviviridae: Flavivirus e Pestivirus, febre amarela, dengue, RNA de fita simples positiva envelopado. ● Coronaviridae: Coronavirus, associado a infecções do trato respiratório superior e resfriado comum, RNA de fita simples positiva envelopado. ● Rhabdoviridae: Vesiculovirus e Lyssavirus (vírus da raiva), RNA de fita simples negativa. ● Filoviridae: Filovirus (Ebola e Marburg são filovirus), RNA de fita simples negativa. ● Paramyxoviridae: Paramyxovirus e Morbilivirus (Sarampo), RNA de fita simples negativa. ● Deltaviridae: Hepatite D, RNA de fita simples negativa. ● Orthomyxoviridae: Influenza A, B e C (as espículas presentes no envelope se aglutinam nas hemácias), RNA de fita simples negativa, segmentado. ● Reoviridae: Reovirus e Rotavirus, RNA de dupla- fita, não envelopado. ...entre outros... ◌ Vírus oncogênicos Podem alterar o processo de replicação celular e/ou causar lesões que favorecem o surgimento do câncer. ● Vírus de DNA oncogênicos: Adenoviridae, Herpesviridae (Epstein-Barr - EBV), Poxviridae, Papovaviridae (Papillomavirus – HPV) e Hepadnaviridae (Hepatite B -HBV). ● Vírus de RNA oncogênicos: Retroviridae (HTLV-1 e HTLV-2), Flaviviridae (Hepatite C - HCV). Giullia Bonizzoni Arambul - 4° Semestre UAM * O resumo pode conter erros* ─ Fases da replicação viral: ▫ Adsorção: adere-se a célula hospedeira. ▫ Penetração: penetra na célula hospedeira e injeta seu material genético. ▫ Biossíntese: o material genético direciona a síntese de componentes virais pela célula hospedeira. ▫ Maturação: os componentes virais são organizados, formando vírions. ▫ Liberação: a célula hospedeira sofre lise (ciclo lítico), e novos vírions são liberados. ─ Ciclos de replicação viral: ▫ Lítico: Lembrar de lise celular. Adere-se à célula hospedeira e injeta seu material genético; o material genético adota a forma de um círculo e entra em ciclo lítico; o material genético e as proteínas dos novos vírus são sintetizados e montados, formando novos vírions; ocorre a lise celular, com liberação de novos vírions. ▫ Lisogênico: Adere-se à célula hospedeira e injeta seu material genético; o material genético adota a forma de um círculo e entra em ciclo lisogênico; o material genético integra-se ao cromossomo por recombinação, e se torna um prófago (no caso dos bacteriófagos ou fagos); célula reproduz-se normalmente fazendo as divisões celulares e propagando o vírus entre as células. ─ Infecção viral LATENTE x PERSISTENTE: ● Infecção viral latente: replicação viral cessa e não há sintomas → pode ser ativada por alteração imunológica, estresse, luz UV. Exemplos: Herpes labial, Herpes zoster, Leucemia. ● Infecção viral persistente (ou infecção viral crônica) → se desenvolve gradualmente durante um longo período e normalmente são fatais. Exemplos: Câncer cervical, Aids, Infecção persistente por enterovírus, Encefalite progressiva. ─ Replicação dos vírus de acordo com seu material genético: ▫ Vírus de DNA: adsorção, penetração e desnudamento, biossíntese, maturação e liberação. O vírion liga-se à célula hospedeira; penetra na célula e ocorre o desnudamento do DNA; uma porção do DNA viral é transcrita, produzindo mRNAs que codificam proteínas virais precoces; o DNA viral é replicado e algumas proteínas virais são sintetizadas; tradução tardia, as proteínas do capsídeo são sintetizadas; os vírions tornam-se maduros e são liberados. ▫ Vírus de RNA de fita positiva: exemplo Coronavírus. Infecção, liberação do genoma RNAfs; tradução do gene replicase; síntese da fita negativa; síntese de RNAm e síntese de cópias do genoma; tradução, originando as proteínas virais e por fim montagem viral. ▫ Vírus de RNA de fita negativa: exemplos deles são o Influenza e o Rabdovírus. Transcrição pela RNA-polimerase viral; tradução (usando as enzimas do hospedeiro); montagem = RNA genômico de fita – e vírions que brotam através da membrana citoplasmática do hospedeiro para formar o envelope, progênie viral (liberação da prole). ▫ Vírus de RNA de dupla fita: exemplo Rotavírus. A replicação acontece dentro do nucleocapsídeo, no citoplasma da célula. Camadas externas do vírion removidas nos lisossomos; a atividade da RNA – replicase é desencadeada; transcrição dentro do cerne viral; RNAm virais; tradução no citoplasma do hospedeiro (novos cernes virais contendo RNA-replicase e RNA genômico positivo); síntese da fita negativa → cernes com o genoma completo; maturação no retículo endoplasmático; progênie viral liberada por brotamento ou lise celular. ▫ Replicação dos retrovírus: ENTRADA = retrovírus liga-se ao receptor na membrana plasmática da célula, realiza fusão de membrana com a célula hospedeira; libera o núcleo viral; realiza Giullia Bonizzoni Arambul - 4° Semestre UAM * O resumo pode conter erros* transcriptase reversa e entra no núcleo da célula; integra-se ao genoma da célula hospedeira → provírus. SAÍDA = realiza transcrição; exportação nuclear de RNA; tradução das proteínas virais; montagem dos antígenos e empacotamento de genoma de RNA viral; brotamento viral; liberação na superfície e maturação. OBS: A replicação dos vírus animais geralmente consiste nas seguintes etapas: adsorção, penetração, desnudamento, biossíntese de ácido nucleico e proteínas, maturação e liberação. O conhecimento acerca das fases da replicação viral é importante para estratégias de desenvolvimento de fármacos e para a compreensão da patologia das doenças. ─ Biossíntese viral (lembrar): ● Os vírus de RNA (fita positiva, negativa ou dupla fita) possuem sua própria RNA polimerase. Ela é considerada uma RNA polimerase dependente de RNA, pois usa o RNA do vírus como molde para fazer mais RNA do próprio vírus. Às vezes ela é chamada de Replicase. ● Os retrovírus são vírus de RNA que possuem uma enzima chamada de Transcriptasereversa. Nesse caso, a enzima do vírus usa o RNA do vírus como molde para sintetizar DNA do vírus. O DNA viral é então integrado no DNA hospedeiro. Assim, o vírus passa a usar a RNA polimerase das nossas células para fazer transcrição. ● Alguns vírus de DNA têm sua própria enzima DNA polimerase e outros usam a DNA polimerase da célula. A maioria dos vírus de DNA usam a RNA polimerase da célula hospedeira para fazer transcrição. ● Todos os vírus usam nossos ribossomos para fazer tradução. ─ Possíveis efeitos da infecção viral: ● Formação do estado proviral e transformação em célula tumoral; divisão da célula tumoral; transformação. ● Morte da célula e liberação do vírus; lise célular. ● Lenta liberação de vírus sem causar a morte celular (infecção persistente). ● Vírus presente mas sem replicar-se (infecção latente). ─ Aplicações terapêuticas dos vírus: ● Vírus oncolíticos: adenovírus, vírus vaccínia e os Simplexvirus. T-VEC (Imlygic®) → aprovado pelo FDA para tratamento de melanoma. ● Bacteriófagos contra bactérias resistentes a antibióticos. ● Terapia gênica para perda de visão: indivíduos com mutação no gene RPE65 apresentam degeneração da retina e perda de visão. Doença autossômica recessiva. O uso de vírus adenoassociado para expressão da proteína correta e restauração da visão ● Terapia gênica para B-Talassemia: Pacientes com β-Talassemia possuem mutação no gene HBB (β-globina). Doença autossômica recessiva. Consequências: baixa produção da cadeia β da hemoglobina, anemia. O uso de lentivírus promove integração do gene HBB correto em células tronco hematopoiéticas (HSPCs) e produção de hemácias com hemoglobina funcional. ● Terapia gênica para tumores.
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