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Professor: Esp. Diego Ramon Alves FACULDADE AESPI/UNIFAPI MECANISMO DE AGRESSÃO E DEFESA Características Gerais dos Vírus • Agentes causadores de infecções no homem, outros animais, vegetais e bactérias. • São desprovidos de organelas e sem metabolismo próprio. • Parasitas intracelulares obrigatórios. • Não se desenvolvem em ambientes extracelulares. Vírus Por que estudar vírus? • Tipo de material genético (DNA ou RNA); • Tamanho e Forma; • Natureza do envoltório (com ou sem envelope); • Genoma muito simples. Características distintivas Tamanho dos vírus • Apesar dos primeiros estudos das viroses tenham começado no início do século XX, foi a partir de 1930, com o aparecimento do microscópio eletrônico, que as evidências da composição química e estrutura dos vírus foram conhecidas. • 1950-1960: Necessidade de classificação e nomenclatura universal Vírus Classificação viral Ácido Nucléico DNA ou RNA Fita-simples ou fita dupla Não segmentado ou segmentado Linear ou circular RNA polaridade positiva ou negativa Genoma diplóide ou haplóide Estrutura viral Simetria do capsídeo Envelopado ou não envelopado Número de capsômeros Estratégia de replicação Sequência nucleotídica Características utilizadas para classificação pelo ICTV Inicialmente: vírus eram classificados de acordo com o quadro clínico, mas eram mais complexos do que supunham. Hepatites virais: Vírus das hepatites A-E Vírus respiratórios: Influenza, Rinovírus, RSV, Parainfluenza, Coronavírus, Adenovírus Arbovírus: Flavivírus, Togavírus, Arenavírus, Bunyavírus Vírus de transmissão sexual: HBV, HIV, CMV, HPV Gastroenterites virais: Astrovirus, Calicivirus, Rotavirus, Coronavírus, Norovírus , Adenovírus Grupos de vírus de acordo com critérios epidemiológicos Estrutura básica dos vírus: GenomaCapsídeo Nucleocapsídeo Ácido nucléico DNA ou RNA Proteína Estrutura Básica dos vírus Não-envelopado Envelope Capsídeo Ácido Nucléico Matriz Protéica Nucleocapsídeo Vírion = partícula viral completa, ou seja, infecciosa Estrutura Básica dos vírus envelopado A estrutura viral não é tão complexa quanto à das células, sendo constituídas basicamente de ácido nucléico e proteína. Abaixo segue a relação de estruturas: • 1. Ácido nucléico: Os vírus contêm, em geral, apenas um tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA. • 2. Capsídio: Envoltório protéico que contém o ácido nucléico. O capsídio tem uma simetria característica. Estrutura Básica dos vírus • 4. Espícula: Complexo de glicoproteínas expostas na superfície viral, o que constitui o principal antígeno viral. Muitos vírus utilizam as espículas para ancorarem na célula hospedeira, agindo com receptores para o reconhecimento das proteínas de membrana das células a serem infectadas (estimulam o sistema imune). Estrutura Básica dos vírus 3. Envelope: O envelope é uma estrutura que recobre o capsídeo, mas está presente apenas em alguns vírus. O envelope viral constitui de uma bicamada lipídica com proteínas e carboidratos. O vírus que o possuem, o adquiriram por brotamento, sendo essa estrutura parte da membrana citoplasmática da célula infectada. Observar as estruturas básicas de uma partícula viral completa, pois determinadas partes podem estimular o sistema imune às respostas imunologicas. Ex: • Rotavírus • Parvovírus • Adenovírus • HAV • Papilomavírus Ex: • Herpesvírus • Ortomixovírus • Flavivírus • Rhabdovírus Vírus não envelopado Vírus envelopado M.E Herpesvírus M.E: RhabdovírusM.E: Papilomavírus M.E: HAV Vírus envelopados e não-envelopados Capsídeo ▪ Proteínas codificadas pelo genoma viral (protômeros); ▪ Proteção e rigidez; ▪ Simetria Simetria icosaédrica: Simetria helicoidal: Simetria complexa: Tipos de simetria do Capsídeo • Simetria – Microscopia Eletrônica Icosaédrica Helicoidal Complexa Tipos de simetria do Capsídeo Vírus Icosaédricos Vírus Helicoidais Vírus Complexos Bainha Fibra da cauda Pino Placa de Base •Estrutura rígida que confere proteção do genoma viral •Interação de vírus não-envelopados com as células •Permitem o transporte viral no interior da célula •Auxiliam a replicação do genoma viral •Escape viral do SI Fig1.: Entrada de vírus não-envelopado na célula hospedeira Funções do capsídeo viral Principais funções do envoltório lipídico: a) Adsorção: glicoptnas se ligam aos receptores celulares b) Penetração do vírus na célula c) Escape viral do SI Glicoptnas de envelope Funções do envelope Neutralização Glicoptnas virais como alvos de Ac Genoma Viral DNA ou RNA DNA RNA dsDNA ssDNA dsRNA ssRNA dsDNA(do inglês, double - stranded DNA viruses) são vírus que possuem material genético constituído por DNA fita dupla. ssDNA (do inglês, single - stranded DNA viruses) são vírus que possuem material genético constituído por DNA fita simples. GENOMAS VIRAISDNA RNA DNA fita simples linear DNA fita dupla linear DNA Circular fita dupla ou simples RNA fita simples polaridade + ou - RNA Segmentado RNA fita dupla segmentado EVENTOS 1, 5, 6 e 7: • São direcionados automaticamente para a produção de proteína viral EVENTOS 2,3 e 4: • Necessitam de enzimas do hospedeiro (alguns possui tais enzimas, mas só se ativam dentro da célula infectada) para produzir uma molécula de RNAm para iniciar a síntese de proteína viral. •O termo replicação viral se refere ao processo de multiplicação dos vírus que ocorre no interior das células hospedeiras com a finalidade de produzir progênie viral (1 partícula forma várias) •Evento central da existência e perpetuação dos vírus na natureza. •Síntese dos componentes virais é altamente dependente da maquinaria celular. Célula hospedeira Vírus Progênie viral Replicação Viral • Lembrando: vírus dependem da célula para sua replicação • Sistema altamente produtivo porém de baixa qualidade (1:1000 são infecciosos) • Um dos mecanismos associados à morte celular (sistema imune consegue perceber a infecção viral e induz a célula a cometer “suicídeo”) • O estudo da replicação viral permitiu o entendimento de diversos fenômenos celulares como processamento de RNA, oncogenes, interação de genes... Replicação Viral •Apesar da grande diversidade de genomas, as etapas do ciclo replicativo são semelhantes para todos os vírus 1. Adsorção 2. Penetração 3. Desnudamento 4. Replicação do genoma e produção de proteínas 5. Montagem 6. Liberação Replicação Viral • Ligação do vírus ao receptor celular; • Receptores/co-receptores celulares: proteínas, lipídeos ou carboidratos (estimulam o sistema imune) • presentes na membrana celular da célula hospedeira; Vírus envelopado Vírus não-envelopado 1. ADSORÇÃO + +- +-+- -+- MULTIPLICATIONAdsorção Receptores e co-receptores virais Virus Receptor Co-receptor HIV EBV CD4 complemento CCR or CXC receptores de quimiocinas receptor CR2 HSV I heparan sulfate immunoglobulina-like Poliovirus família das immunoglobulinas Influenza A ácido siálico Rinovirus ICAM-1 • Presença do receptor determina o espectro de hospedeiros, o Tropismo (afinidade) do vírus e a patogenia (mecanismo) Célula X: suscetível Célula Y: não suscetível vírus receptor receptor 2. ADSORÇÃO Entrada do vírus na célula: • Penetração direta (translocação): vírus não-envelopados • Endocitose mediada por receptor: 1. vírus não-envelopados 2. vírus envelopados • Fusão com a membrana celular: somente vírus envelopados a Nucleocapsídeo viral no citoplasma 2. PENETRAÇÃO • Apenas para vírus não-envelopados 2. PENETRAÇÃO Penetração direta (injeção do material genético) 2. Vírus no endosoma 3.Desestruturação do capsídeo viral 4. Genoma viral no citoplasma microbiologybytes.wordpress.com 1. Adsorção Entrada de vírus não-envelopados 2. PENETRAÇÃO Endocitose mediada por receptor • Somente para vírus envelopados 2. PENETRAÇÃO Fusão do envelope viral com a membrana plasmática •Separação física entre proteínasde capsídeo e o genoma viral; •Desnudamento total (ex.: Flavivírus) ou parcial (ex.: Reovírus) •Após o desnudamento o genoma viral fica livre no citoplasma ou núcleo da célula para o processo de replicação viral. Desnudamento 3. DESNUDAMENTO Adsorção Penetração Decapsidação Replicação Síntese de prot. Montagem Liberação Adsorção Penetração Transcrição Síntese de ptna. Replicação Montagem Liberação citoplasma núcleo citoplasma núcleo Vírus RNA Vírus DNA Descapsidação 4. EXPRESSÃO GÊNICA E REPLICAÇÃO 5. Montagem • A maioria dos vírus de DNA faz a montagem no núcleo, sendo então liberada no citoplasma; • A maioria dos vírus de RNA se desenvolve no citoplasma • A quantidade de partículas produzidas é variável • Várias estratégias, dependendo do material genético e da localização do vírus (núcleo ou citoplasma. 4.1 Síntese Genoma viral Transcrição dos genes precoces Proteínas não-estruturais enzimas requeridas para a replicação do genoma viral regulam a expressão do genoma viral Param a síntese de ácido nucléico e proteínas celulares Replicação do genoma Transcrição dos genes tardios Proteínas estruturais 4. EXPRESSÃO GÊNICA E REPLICAÇÃO Transcrição = DNA → mRNA (retirada de uma informação) Replicação = DNA → DNA (cópia idêntica) 6. LIBERAÇÃO OU BROTAMENTO COM OU SEM LISE! LISE= ROMPIMENTO CELULAR, RUPTURA 1. ADSORÇÃO 1.1 Vírus não envelopados: ligação da proteína do capsídeo viral ao receptor celular 1.2 Vírus envelopados: ligação da glicoproteína do envelope viral ao receptor celular 2. PENETRAÇÃO endosoma Vesícula: membrana plasmática 2.3 Fusão direta do envelope do vírus com a membrana celular 2.2 Endocitose mediada por receptor 2.1 Translocação (penetração direta) 3. Decapsidação ou Desnudamento Separação das proteínas do capsídeo do genoma viral Herpes Simplex Tipo I Liberação de vírus envelopados por brotamento Núcleocapsídeo Citoplasma Membranacelular Proteína Viral Viral Glycoproteins Viral Nucleocapsid Viral Matrix Protein MULTIPLICATION Bud Viral Matrix Protein MULTIPLICATION Budding virion MULTIPLICATION Free infectious virion MULTIPLICATION Replicação de Bacteriófagos • Apenas para vírus não-envelopados PENETRAÇÃO EM BACTERIÓFAGOS Penetração direta (injeção do material genético) Ciclo lítico de um bacteriófago Anexo Montagem Montagem BainhaFibra Ciclo lisogênico Descendência Reprodução bacteriana (transdução) • Semelhante ao ciclo lítico de bacteriófagos • Diferenças: – Presença de envelope em alguns vírus; – Compartimentalização da célula hospedeira; – "Ausência" de parede celular na célula hospedeira Adesão de vírus de animais • Atração química; • Espículas glicoproteícas geralmente fazem o reconhecimento. Replicação de vírus em células eucariontes x procariontes • Permanecem dormentes nas células hospedeiras por anos, sem atividade e sem sintomas ou sinais. • Muitos não se incorporam ao cromossomo. Latência de vírus de animais
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