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Simone Beauvoir - Seminário Antropologia

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Históri� d� Simon� d� Bea�oir
● nasceu na cidade de Paris, capital da França (filha de advogado e um grande
leitor - fator que pode ter influenciado o seu desejo de ser escritora)
● 09 de janeiro de 1908 - 1986 (78 anos)
● escola católica para meninas (onde percebeu que não concordava com
diversos pontos de vista da igreja sobre o papel da mulher). Em 1925,
Simone de Beauvoir ingressou no curso de matemática do Instituto Católico
de Paris e no curso de literatura e línguas no Institute Saint-Marie
● ícone do feminismo,
● movimento existencialista francês do século XX - existencialista,
memorialista e feminista,
● Estabeleceu uma peculiar relação de amizade, amor e troca intelectual de
grande relevância com Jean Paul Sartre - conheceu quando estava cursando
filosofia - teve um relacionamento aberto por mais de 50 anos (nunca se
casou e nem teve filhos)
● processos de formação social entre homens e mulheres
● multiplicidade de instrumentos e mecanismos que construíram e
“naturalizaram” grande diferenciação e hierarquização entre homens e
mulheres
● desigualdade e os inúmeros problemas daí decorrentes
● Ligada aos movimentos sociais
- viagens para diversos países
- China (1955), Cuba e Brasil (1960) e União Soviética.
- Em 1971, assumiu a direção da revista política, literária e filosófica de
extrema esquerda, “Les Temps Modernes”, criada por ela e Sartre
em 1945.
- Entre 1943 e 1944, período da ocupação nazista, Simone de
Beauvoir trabalhou na Rádio Vichy, como porta voz da propaganda
Nacional Socialista.
● relacionamento aberto e um compartilhamento intelectual com o também
filósofo Jean-Paul Sartre por mais de 50 anos. Nunca chegaram a se casar
ou a ter filhos.
https://www.infoescola.com/sociologia/feminismo/
https://www.infoescola.com/filosofia/existencialismo/
https://www.infoescola.com/sociologia/movimentos-sociais/
https://www.infoescola.com/historia/uniao-sovietica/
Foto: autor desconhecido / via Wikimedia Commons
Pensamento Filosófico
Por meio de sua produção, em especial, sua célebre obra “Segundo Sexo” (1949),
Simone se tornou um marco dentro do movimento feminista, rejeitando o
tradicionalismo da formação e da moral religiosa dentro da qual foi educada e
abordando temáticas inéditas até aquele momento, tanto em âmbito social quanto
acadêmico. A referida obra traça uma profunda análise sobre o papel designado à
mulher dentro da sociedade e sobre a construção do que é ser mulher,
estabelecendo uma importante distinção entre os conceitos de gênero e sexo que a
leva a sua clássica conclusão, a de que “Ninguém nasce mulher: torna-se
mulher”, acrescentando que “Nenhum destino biológico, psíquico, econômico
define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da
civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado, que
qualificam de feminino”.
Em outra produção, intitulada “A Convidada” (1943), Simone já havia abordado a
degeneração das relações entre homens e mulheres, revelando um traço
característico do seu fazer filosófico, a saber, um profundo comprometimento
intelectual com seu tempo e com sua sociedade, acentuando, assim, importantes
princípios da filosofia existencialista. Segundo a filósofa, a humanidade é masculina
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Simone_de_Beauvoir.jpg
e o homem define a mulher não em si, mas relativamente a ele, tornando-a, assim,
um ser condicionado, não autônomo. A partir dessa abordagem, Beauvoir analisa e
critica a hierarquização social do gênero masculino sobre o feminino.
Na vasta produção de Beauvoir destacam-se obras que abordam assuntos variados,
relacionados ao Existencialismo, política, relacionamentos entre homens e
mulheres, mães e filhas, à velhice, privilégios e à morte, entre outros. Além das já
citadas “A Convidada” e “Segundo Sexo”, Simone escreveu uma trilogia de
pequenos ensaios nomeados “Privilégios” (1955), “Memórias de uma moça
bem-comportada”, obra autobiográfica e existencialista lançada em 1958 em que a
filósofa se utiliza das próprias experiências e histórias vividas para criticar a
opressão moral e religiosa à qual as mulheres de sua geração estavam submetidas.
Por fim, também tiveram grande repercussão obras como “Uma morte muito suave”
(1964) e “A velhice” (1970) e “Cerimônia do Adeus” (1981), em que Simone escreve
sobre Sartre, sobre o declínio de sua mente poderosa e deterioração do corpo de
seu companheiro. Simone de Beauvoir faleceu em Paris no dia 14 de abril de 1986.
Reflexão
Ela foi uma mulher que viveu durante o século XX, parceira de vida e até mesmo da
Obra de Jean Paul Sartre. Ela era uma das representantes do existencialismo no
âmbito do feminismo e daí veio sua maior obra escrita em 1949: o segundo sexo,
que abordava a mulher em diversos contextos, o social, a criação, o doméstico e até
mesmo a relação da mulher com seu próprio corpo. A forma como Simone viveu
refletia seus pensamentos expostos no livro, visto que ela, assim como Sartre,
viveram de forma livre, algo completamente revolucionário para aquela época,
assim como seu livro. Na obra ela fala sobre como a criação da mulher é diferente
da do homem, como ela cresce sendo "educada" a esperar um homem, agradar aos
homens, como ela é criada sempre a sombra deles, e tudo isso deu origem ao seu
pensamento mais famoso: a mulher não nasce mulher, mas torna-se. Por conta
justamente disso, tudo que a mulher é educada a pensar, como agir, como se portar,
como é a relação de homem e mulher, como a mulher pensa sobre seu próprio
corpo e todas as diferenças existentes,tudo isso leva ela a ser "forjada" durante sua
vida. E tudo isso, hoje em dia, apesar de permanecer sendo um tabu, naquela
época, mais de 70 anos atrás era ainda pior, por isso sua obra (não apenas o
segundo sexo) ainda hoje permanece sendo atual e extremamente relevante na
nossa sociedade
https://www.infoescola.com/literatura/ensaio-literario/

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