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Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 EXAME FÍSICO DAS MAMAS INTRODUÇÃO O exame físico das mamas, faz parte do exame ginecológico. Sendo dividido em: Exame físico da mama Exame físico do abdome Exame físico da genitália Como o profissional de saúde deve realizar o exame ginecológico? Rigorosa sistematização; Paciente não deve estar completamente despida durante o exame, assim, somente as partes que serão avaliadas no momento devem estar expostas; A paciente de ver orientada da importância do exame e de cada etapa do processo, para não se sentir constrangida; Cabe ao médico armar-se de paciência e de delicadeza, não se esquecendo da tensão emocional da paciente que se propõe a esse exame, em especial quando está se submetendo a ele pela primeira vez. Inicia-se pelas mamas EXAME FÍSICO DAS MAMAS Pode-se dividir a mama em quatro regiões ou quadrantes, e para isso traça-se pelo mamilo uma linha vertical e uma horizontal. Esta divisão facilita a descrição e o registro dos dados semióticos. As mamas da mulher adulta normal apresentam grandes variações quanto a tamanho, forma e simetria. São variações constitucionais ou que aparecem ao longo da vida. Podem aparecer em crianças do sexo feminino na síndrome de puberdade precoce. A superfície das mamas é lisa, sendo visível a rede venosa superficial. O mamilo situa-se no centro da aréola. Ambos são pigmentados. Na aréola encontram-se pequenas elevações que são os tubérculos de Montgomery. Quadrante superior externo ou lateral (QSL); Quadrante inferior externo ou lateral (QIL); Quadrante superior interno ou medial (QSM); Quadrante inferior interno ou medial (QIM). SEMIOTÉCNICA O Exame conta com uma sequência cronológica: Inspeção estática; Inspeção dinâmica; Palpação das cadeias de linfonodos; Palpação das mamas com expressão delicada dos mamilos. O exame começa com a paciente sentada e é concluído com ela deitada. Inicialmente, a paciente deve estar sentada na mesa de exame, com braços rentes ao tórax, vestida apenas com um avental aberto na frente e recebendo luz em incidência oblíqua. Usam-se a inspeção e a palpação, um método completando o outro. A inspeção pode ser estática ou dinâmica. INSPEÇÃO ESTÁTICA A estática tem por objetivo analisar a simetria, o trofismo, as dimensões e a forma das mamas, das papilas e das aréolas e se há alterações da superfície representadas por depressões, abaulamentos, retrações da superfície mamária ou da papila. O examinador deve movimentar-se diante da paciente, buscando incidências variáveis Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 da iluminação a fim de perceber melhor eventuais alterações. Classificação do tipo de mamilo INSPEÇÃO DINÂMICA A inspeção dinâmica é realizada por meio de algumas manobras: levantamento dos braços ou com as mãos apoiadas na cintura para aumentar a tensão dos ligamentos suspensores e contração dos músculos peitorais. Essas manobras revelam ou acentuam retrações, abaulamentos, tumores, alterações papilares e areolares. Tais alterações ocorrem, em geral, nos tumores malignos avançados da mama, sendo menos frequentes nos benignos. PALPAÇÃO DA CADEIA DE LINFONODOS Os linfonodos que podem ser acometidos por metástases de câncer de mama sempre devem ser avaliados. Palpam-se os grupos de linfonodos, dos quais a rede linfática das mamas é tributária. Para isso, toma-se o braço da paciente com a mão homóloga do examinador – mão direita do examinador/braço direito da paciente –, que é mantido em posição horizontal e apoiado sobre o braço do examinador, de modo a deixar livre o acesso ao oco axilar. Palpa-se a axila (oco axilar, região superior, anterior e posterior) com a mão oposta, aprofundando-a tanto quanto possível à procura de linfonodos eventualmente aumentados. Procede-se da mesma maneira no outro lado. Em seguida, examinam-se as regiões infraclaviculares, as fossas supraclaviculares e as regiões laterais do pescoço. Verificar se há linfonodos sensíveis e ou aumentado de tamanho. PALPAÇÃO DAS MAMAS É dividida em Três momentos: Tecido mamário Mamilo Descarga capilar Terminado o exame com a paciente sentada, passa-se à palpação das mamas com ela deitada. A paciente deve adotar o decúbito dorsal com as mãos cruzadas atrás da nuca, estando as mamas descobertas. O examinador posiciona-se atrás da sua cabeça, palpando cada mama com a mão homóloga ao lado que examina. Devido ao achatamento da mama sobre o gradil costal, nesta posição evidenciam-se melhor os tumores pequenos ou de localização mais profunda. Descobrir somente a mama a ser examinada. Orientações Perguntar se a paciente sente dor em alguma mama, e iniciar o exame pela mama indolor; A palpação deverá seguir movimento circular, abrangendo todos os quadrantes, a região retroareolar e prolongamento axilar. Se não houver nenhuma queixa, pode iniciar pela mama direita. Lembrando que TODAS as regiões devem ser analisadas. Observar consistência dos tecidos e hipersensibilidade Deve-se palpar o tecido do prolongamento mamilar Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 Tipos de palpação Palpação Superficial: Blood Good, em que se utiliza as falanges distais Palpação Profunda: Valpeaup, em que se utiliza a região palmar dos dedos. (Nessa, a mão dominante comprime a mama e a outra faz os movimentos circulares) Deve-se palpar todos os quadrantes mamários. De início, a palpação deve ser feita com leve pressão, buscando detectar nódulos superficiais, e, em seguida, com mais vigor, procurando nódulos profundos. Terminada a palpação de um lado, executam-se as mesmas manobras do outro lado Se houver nódulo palpável, deve definir sua localização, tamanho, consistência (mole, gelatinosa, endurecida), superfície e aderência a planos superficiais. Descreva a localização levando em conta o sentido horário. Descarga papilar No fim da palpação, pode-se realizar a expressão suave dos mamilos para avaliar a presença de derrame papilar. Deve ser feito a prega em pelo menos duas direções. Fora do período de amamentação é patológico Avaliar: Aspecto, (sangue, seroso, claro, purulento, leitoso, etc.), Cor (esverdeado, acinzentado, amarelado, etc.), Cheiro, Quantidade, Uni ou Bilateral. Referências: Porto – Exame Clínico 8ª edição.
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