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quimica analitica

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LCE-108 – Química Inorgânica e Analítica 
 
 
Erros em química analítica 
Wanessa Melchert Mattos 
wanemelc@usp.br 
O laboratório entregou os resultados: 
 John Smith está grávido 
Erro Experimental 
 
 
Erro Sistemático: surge devido a uma falha no projeto de um 
experimento ou em uma falha de um equipamento. 
 
Exemplo: tampão para pH 
 
 
Erro Aleatório: resulta dos efeitos de variáveis que não estão 
controladas (e que talvez não possam ser controladas) nas 
medidas. 
 
Exemplo: ruído elétrico de um instrumento 
 
 
Erro Experimental 
 
 
Erro Experimental - precisão X exatidão 
 
PRECISO: NÃO 
EXATO: NÃO 
PRECISO: SIM 
EXATO: NÃO 
PRECISO: NÃO 
EXATO: SIM 
PRECISO: SIM 
EXATO: SIM 
Erro Experimental - precisão X exatidão 
 Precisão: é uma medida da reprodutibilidade de um resultado. Se 
uma grandeza for medida várias vezes e os valores forem muito 
próximos uns dos outros, a medida é precisa. Se os valores 
variarem muito, a medida não é muito precisa. 
 
Pode ser descrita: 
 
-Desvio-padrão 
-Variância 
-Coeficiente de variação 
 
Os três são uma função de quanto um resultado individual xi 
difere da média, o que é denominado desvio em relação à média, 
di 
 
 
 
di = |xi – x| 
Volume (mL) 
5,00 
5,02 
5,06 
5,01 
5,03 
Erro Experimental - precisão X exatidão 
 
Média dos resultados = (5,00+5,02+5,06+5,01+5,03)/5 = 5,024 
Resultado final = 5,06 ± 0,0206 mL 
Desvio médio (Dm) = 5,00 – 5,024 = -0,024 
 = 5,02 – 5,024 = -0,004 
 = 5,06 – 5,024 = 0,036 
 = 5,01 – 5,024 = -0,014 
 = 5,03 – 5,024 = 0,006 
 
 
Variância = ( Dm2) / n = {(-0,024)2 + (-0,004)2 + (0,036)2 + (-0,014)2 + 
(0,006)2} / 5 
Variância = 0,000424 
 
Desvio padrão =  variância = 0,020591260 
 
Desvio-padrão 
 
Exatidão: se refere a quão próximo um valor de uma medida 
está do valor real. 
 
É expressa em termos do erro absoluto ou erro relativo. 
 
Erro absoluto: a diferença entre o valor medido e o 
verdadeiro: 
E = xi – xv 
 
Erro relativo: é o erro absoluto dividido pelo valor verdadeiro: 
 
E = xi – xv 100% 
 Xv 
 
 
 
Erro Experimental - precisão X exatidão 
 
LCE-108 – Química Inorgânica e Analítica 
 
 
Preparo de amostras 
Wanessa Melchert Mattos 
wanemelc@usp.br 
“Não sei o que está ocorrendo com minha plantação de 
hortaliças, as folhas estão amareladas e a planta está 
crescendo muito devagar...preciso de ajuda!!” 
A sequência analítica 
1. Definição do problema: 
- Folhas amareladas; 
- Crescimento retardado. 
Possíveis causas: insuficiência de fertilizante nitrogenado, baixo 
nível de matéria orgânica no solo, elevado nível de matéria 
orgânica não decomposta no solo, deficiência de molibdênio 
(Mo), compactação do solo, intensa lixiviação e seca prolongada. 
A sequência analítica 
2. Escolha do método 
• Amostra (tipo de amostra, composição) 
 
• Homogeneidade do analito na amostra 
 
• Elementos ou compostos a serem determinados 
 
• Faixas de concentrações dos analitos 
 
• Quantidade de amostra disponível para análise 
 
• Quantidade de amostra necessária para a 
determinação 
 
• Requisitos especiais: local de análise, controle de 
produção 
Após o recebimento 
da amostra, o resultado 
deverá ser emitido em quanto tempo ? 
1 min? 
1 h ? 
10 h ? 
1 dia ? 
custo 
Química 
limpa 
Confiabilidade 
metrológica 
Fonte: FJ Krug 
A sequência analítica 
3. Amostragem 
Ferramentas 
para amostragem 
de solo 
Coleta da amostra 
www.fundacaoprocafe.com.br 
4. Pré-tratamento da amostra 
A sequência analítica 
• É oportuno observar que, dentre todas as operações analíticas, 
a etapa de pré-tratamento das amostras é a mais crítica. Em 
geral, é nesta etapa que se cometem mais erros e que se gasta 
mais tempo. É também a etapa de maior custo. Por isto, os 
passos de um procedimento de pré-tratamento de amostra 
deverão ser sempre considerados cuidadosamente. 
 
• É também a etapa de maior custo. 
6% 6% 
27% 
61% 
coleta determinação 
tratamento dos dados preparação da amostra 
Tempo 
Erros Associados 
30% 
70% 
preparação 
demais fontes 
Tipos de Amostras 
 Estado físico das amostra: 
  Sólido 
  Líquido 
  Gasoso 
 
 Amostras líquidas para a determinação elementar 
  Diluição com água ou solvente adequado (depende da técnica) 
  Exigem um pré-tratamento mais elaborado 
 
 Amostras sólidas 
  Análise direta 
  Exigem um pré-tratamento mais elaborado 
 
 Amostras gasosas 
  Amostragem é crítica 
  Exigem um pré-tratamento mais elaborado 
 
Pré-tratamento 
Solubilização (dissolução): a amostra é dissolvida em líquidos adequados 
sob baixas temperaturas. Transformação direta da amostra em solução. 
Adiciona 
solução 
adequada 
Pré-tratamento 
Decomposição (abertura): a amostra é convertida em uma outra forma com 
transformação química em altas temperaturas. 
Balão de kjeldhal 
Bloco digestor 
Adiciona 
solução 
adequada 
Preparo de amostra de solos, fertilizantes, 
calcário e material vegetal 
Procedimento 1 - Solos 
5 cm3 de terra 
fina seca ao 
ar (TFSA) 
100 mL H2SO4 
0,025 mol L-1 
15 minutos 
Procedimento 2 - Fertilizantes 
0,5000 g do fertilizante 
125 mL H2O 
destilada 
15 minutos 
Procedimento 3 - Calcário 
0,500 g de rocha 
carbonatada 
Adicionar 10 
mL de HCl 1,0 
mol L-1 com o 
dispensador 
Chapa aquecedora por 5 
minutos 
Balão Volumétrico 
de 250 mL 
Tampar o 
béquer com 
vidro de relógio 
Completar com 
água destilada e 
homogeneizar 
Procedimento 4 - Plantas 
Bloco digestor 
0,500 g de 
material vegetal 
Adicionar 10 mL 
mistura digestora 
(Na2SO4 + Na2SeO3) 
 
Completar com 
água destilada e 
homogeneizar 
Relatório 
1- Esquematize o procedimento experimental da sua 
amostra. 
 
2- Expresse o resultado da pesagem com o devido 
desvio padrão. 
 
3- Qual foi o pré-tratamento utilizado: extração ou 
decomposição? Justifique sua resposta.

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