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Representações Sociais

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2 grandes representantes são: Serge Moscovici e Denise Jodelet
Representações sociais podem ser consideradas verdadeiras teorias do
senso comum, ciência coletiva, pelas quais se dá a interpretação ou a
construção das realidades sociais. 
Estudar as representações sociais é identificar a “visão de mundo” que
os indivíduos ou grupos têm e empregam na forma de agir e se
posicionar. 
Toda realidade é representada, reapropriada pelo indivíduo ou pelo
grupo, reconstruída no seu sistema cognitivo, integrada no seu sistema
de valores e dependente de seu contexto sócio-histórico e ideológico.
Não é apenas um reflexo da realidade, mas sim uma organização
significante. Existe uma reestruturação da realidade para integrar
características objetivas do objeto representado, assim como
experiências anteriores do sujeito e seu sistema de valores e normas. É
esta realidade reapropriada que constitui, para o indivíduo ou grupo, a
própria realidade.
Conceito
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Identificar as representações sociais é indispensável para compreender
a dinâmica das interações sociais e esclarecer os determinantes das
práticas sociais. Possuem 4 funções essenciais: conhecimento,
identitária, orientação e justificadora. 
Função das representações sociais
Conhecimento: possibilidade dos indivíduos compreenderem e
explicarem a realidade através das representações sociais. Definem o
quadro de referência comum que permite e facilita a comunicação
social e a difusão do saber prático do senso comum. 
Função identitária: se refere aos processos de comparação social por
definir a identidade e permitir a proteção da especificidade dos grupos.
Essa função também assume um papel no controle social exercido pela
coletividade sobre cada um de seus membros. 
Função de orientação: representações assumem o papel de guia dos
comportamentos e das práticas sociais, como um guia para ação. 
Também permitem justificar comportamentos e tomadas de posição.
Na relação entre grupos assumem a função justificadora para explicar
determinados comportamentos adotados por um grupo face ao outro.
Assim, as representações preservam e justificam a diferenciação social,
podendo, então, estereotipar as relações entre os grupos, contribuir
para a discriminação ou para a manutenção da distância social entre
eles.
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Abordagem estrutural das representações sociais
Sujeito não é apenas um receptor passivo de informação, mas
pensadores ativos que, frente aos mais diversos eventos cotidianos e
interações sociais, criam e comunicam suas próprias representações
sociais e soluções específicas para questões que se colocam. 
A tarefa é elaborar a constante tensão entre um mundo que já se
encontra constituído e seus próprios esforços para ser sujeito,
encontrar a sua verdade em meio a tradição. Assim, as representações
sociais funcionam enquanto fenômeno mediador entre o indivíduo e a
sociedade.
Representações sociais são estruturadas em um núcleo central e em
elementos periféricos. 
- O núcleo central ou estruturante é determinado pela natureza do
objeto representado e pelo tipo de relação que o grupo tem com este
objeto (sistema de valores e de normas sociais). Dessa forma, o núcleo
central é o elemento mais estável da representação, assegura
continuidade em contextos móveis e evolutivos, permite o estudo
comparativo das representações e fornece significado à representação. 
- Os elementos periféricos se organizam em torno do núcleo central,
seus componentes são mais acessivos, vivos e concretos, dependentes
do contexto, concretizam a ancoragem da representação à realidade e
permitem a formação da representação em termos concretos,
imediatamente compreensíveis e transmissíveis. Os elementos
periféricos são mais flexíveis que o núcleo central e permitem a
integração de experiências e histórias individuais. 
Resumo feito por Giovanna Gebrim
Universos reificados e universos consensuais
Universos reificados: referem-se aos conhecimentos, teorias e conceitos
abstratos. 
Universos consensuais: refere-se ao senso comum, partilhado entre as
pessoas e de onde surge as representações sociais. 
Esses dois universos estão em constante interação e, uma vez instalada
uma crise, onde as tensões entre universos reificados e consensuais
criam uma ruptura entre a linguagem dos conceitos e a das
representações, entre conhecimento científico e conhecimento
cotidiano, fazem-se necessárias revoluções concretas no saber popular,
de maneira a tornar possível religar os dois universos. 
Referências para a construção do resumo:
Aula do professor Diego Toloy (UNIFACS)

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