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Psicologia das Cores e Percepção -RESUMO AP

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Psicologia das Cores e Percepção AP-1
Dimensões da Cor- A cor-luz baseia-se nas emissões da luz solar e pode ser percebida pelos raios luminosos e pela sua decomposição através de um prisma. Ela é encontrada nos objetos que emitem luz, tais como a televisão, os monitores, letreiros luminosos, holografia etc. O que entendemos por luz, refere-se apenas a uma pequena parcela dessas ondas que são perceptíveis pelo olho humano. No momento que um raio de luz solar atravessa um prisma de vidro, as ondas luminosas são refratadas em diversos ângulos, de acordo com seus diferentes comprimentos, e dissociadas nas cores que compõem o espectro luminoso. Veja abaixo o exemplo do modelo de cor-luz, mostrando a decomposição da luz branca através do prisma. 
Já a cor pigmento refere-se às cores formadas por meio da refração da luz em um objeto. São as cores que podem ser extraídas da natureza, de materiais de diversas origens (vegetal, animal ou mineral), também são aquelas resultantes de processos industriais que dão origens aos pigmentos.Cor: é como o cérebro interpreta os sinais eletro nervosos vindos do olho, resultantes da reemissão da luz vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa por meio de ondas eletromagnéticas; e que corresponde à parte do espectro eletromagnético que é visível (380 a 700 nanômetros - unidades de comprimento de onda).
A Fisiologia da Cor: Mistura Aditiva e Subtrativa Abaixo estão representadas as cores que correspondem ao espectro de ondas que o nosso olho pode perceber (comprimentos de ondas entre 380 e 720 nanômetros). Do lado esquerdo, estão os comprimentos de ondas mais curtas (ou com maiores frequências), que incluem o ultravioleta, os raios-X e os raios gama. Do lado direito, as ondas mais longas (com menores frequências), que incluem o infravermelho, o calor, as ondas de rádio e televisão. Isto significa que as cores que podemos ver a olho nu são aquelas que incluem este espectro. 
Cor Aditiva (RGB) A cor aditiva é aquela originada pelas ondas de luz emitidas diretamente de uma fonte luminosa. Assim podemos igualmente misturar tintas ou pigmentos para obter outras cores, mas também podemos usar prismas ou filtros coloridos para produzir qualquer comprimento de onda de luz e combiná-lo com qualquer outro para obter determinada cor. As cores primárias da luz (conhecidas por cores luz) são: vermelho, azul e verde, e estas não se originam da sobreposição de ondas, por isso são chamadas de cores puras. Consequentemente, quando temos as sobreposições de duas ondas de cores primárias, formam-se as cores aditivas secundárias: magenta, ciano e amarelo. Na imagemtemos a representação da sobreposição de cores RGB: o magenta; o ciano e o amarelo. Estas são as cores secundárias, resultantes da mistura de duas cores primárias RGB.Note que o branco está no centro, pois ele é o resultado da mistura das três cores primárias. A soma das três em partes iguais resulta no máximo de luminosidade, o branco. Na verdade, trata-se de um cinza neutro, que parece mais claro quando há mais iluminação, ou quando o contraste entre a área iluminada e a área que a cerca é maior. O sistema de cores aditivas (denominado padrão Red/Green/Blue – ou RGB) é o mesmo sistema utilizado em todas as linguagens artísticas que trabalham com a cor-luz (artes digitais, vídeos, animações com softwares gráficos, painéis digitais, iluminação de espetáculos, entre outros).
Cor Subtrativa (CMY e RYB) Cor subtrativa é aquela originada pela reflexão de ondas luminosas que incidem sobre a superfície de um objeto. O que ocorre é que, embora todas as cores estejam presentes em um feixe de luz branca, quando essa luz incide sobre um objeto, ele absorve uma frequência de onda e reflete as demais. A esta propriedade denomina-se coloração. Isso quer dizer que a cor que percebemos de um objeto é a onda de luz que esse objeto reflete aos nossos olhos, ou seja, vemos um objeto vermelho porque seu pigmento refletiu somente a onda de cor vermelha e todas as demais foram absorvidas.
 Observe a imagem ao lado que a mistura de duas cores primárias em partes iguais resulta nas cores secundárias, podendo-se obter as seguintes combinações: Qualquer criança pode dizer que as cores primárias são vermelho, amarelo e azul; no entanto, como vimos na cor-luz (o vermelho é, na realidade, uma mistura entre o magenta e o amarelo), as cores primárias corretas são aquelas que estimulam os receptores em nossos olhos, portanto, foram identificadas como as cores vermelha, verde e azul.
• Amarelo + ciano = verde; 
• Magenta + ciano = violeta; 
•Magenta + amarelo = vermelho
Segundo Fraser e Banks (2007, p. 27), embora esses três pigmentos (RYB) resultem numa gama muito mais limitada de cores do que o sistema CMYK, os pintores ainda têm uma “carta na manga”, o pigmento branco. Isto porque o branco reflete todas as cores; e quando ele é acrescentado a qualquer cor, pode deixá-la mais luminosa. RGB x CMYK: o sistema de cores RGB é próprio para dispositivos digitais, já o CMYK é próprio para materiais impressos. Os matizes RGB são chamados aditivos, enquanto os CMYK são subtrativos. Isso ocorre porque os monitores emitem luz e o papel a absorve.
Círculos Cromáticos Os círculos cromáticos são compostos por 12 cores e foram produzidos a partir da distribuição de mistura e combinação de cores: as cores primárias, secundárias, cores terciárias e outros conceitos, como os de cores intermediárias e complementares. As cores terciárias (intermediárias) são obtidas pela mistura de uma cor primária com uma secundária vizinha: 
• Amarelo + verde: amarelo-verde ou verde amarelado; 
• Verde + azul/ciano: verde azulado; 
• Azul + violeta: azul-violeta ou violeta azulado; 
• Violeta + vermelho/magenta: vermelho violeta ou violeta avermelhado; 
• Vermelho + laranja: vermelho laranja ou laranja avermelhado; 
• Laranja + amarelo: amarelo laranja ou laranja amarelado. 
De acordo com Fraser e Banks ,“alguns pintores, frustrados pela imprecisão técnica e inutilidade prática dos círculos cromáticos-padrão, uniram seus próprios diagramas mostrando a exata localização de cores específicas de tinta dentro de um círculo cromático”. 
As cores tradicionais usadas na mistura de tintas (pigmentos) são o vermelho, amarelo e azul. Somente a partir da combinação dessas cores primárias os pintores deveriam produzir outras cores. Percebam o grau de limitação desse círculo por oferecer somente matizes (cores) puros, ou seja, só um nível de saturação e brilho.
Sistemas de Harmonização de Cores
A utilização de qualquer círculo cromático tem como principal objetivo indicar as cores que funcionam bem juntas, o que podemos chamar de harmonia de cores (cores harmoniosas são consideradas aquelas que formam um conjunto de cores atraentes).
Harmonia Complementar se caracteriza por usar duas cores complementares, portanto, opostas no círculo cromático. Nesse caso, obtém-se a harmonia por contraste. As cores complementares são aquelas diametralmente opostas no círculo cromático, ou seja, entre elas há um máximo de contraste, como ocorre, por exemplo, entre o violeta e o amarelo, o verde e o vermelho, o azul e o laranja
<-Harmonia Triádica são combinadas três cores situadas no círculo cromático de forma equidistante (exemplo: três cores primárias ou as três secundárias). 
 
Harmonia Análoga O esquema de harmonia análoga utiliza cores situadas próximas umas às outras no círculo cromático; além disso, elas compartilham pelo menos uma cor-base comum. -------------------------------------------------------
<- Harmonia por Temperatura Dominante As cores também podem sugerir sensação de temperatura. As denominadas cores quentes são aquelas que participam da mistura com o vermelho ou amarelo. São cores que, combinadas, sugerem calor, fogo, luz de sol, e possuem um estado de ânimo estimulante, excitante e vibrante. As frias, associadas ao azul, são as cores que transmitem a sensaçãode frieza, mas também de tranquilidade e distanciamento. 
 <- Harmonia por complementares e análogas O esquema de harmonia por complementares e análogas utiliza uma matiz e duas análogas a sua complementar e oposta no círculo cromático. 
Harmonia Monocromática A harmonia monocromática, como o próprio -> nome indica, utiliza uma única matiz, com diferentes valores, aplicando tonalidades claras e escuras da mesma cor. Assim, um esquema monocromático baseia-se apenas em uma cor, com variações criadas pelo ajuste do brilho ou da saturação. A tonalidade, ou valor tonal, refere-se ao grau de luminosidade de uma cor. O quanto uma cor é clara ou escura é determinado pela quantidade de luz que ela reflete. Deste modo, o valor tonal varia para cada cor, pois indica a quantidade de luz refletida, compatível com a escala de valores tonais neutros. No círculo cromático de 12 cores, o amarelo, por exemplo, reflete a maior quantidade de luz, enquanto o violeta reflete a menor quantidade. Exemplifica as forças visuais de seis cores – da matiz mais forte (amarelo) à mais fraca (roxo). Para equilibrar uma composição monocromática, por exemplo, a sugestão é utilizar maiores proporções de cores mais escuras, pois as cores de forças visuais mais baixas podem ser usadas mais livremente, pois concebem uma impressão de fria sofisticação. Matiz descreve o pigmento de uma cor. A saturação é a proporção de quantidade de cor em relação à cor cinza média (quanto menos cinza na composição da cor, mais saturada é a cor). O brilho descreve a quantidade de branco na cor.
Harmonia Acromática Harmonia acromática é aquela conseguida pela utilização de cores neutras, ou seja as cores situadas na zona central do círculo cromático. Diz respeito às cores que perderam sua saturação a tal ponto que não mais se percebe nelas a cor-base original.
Psicologia das Cores e Percepção AP-2
O estudo da percepção e do gosto por determinadas cores pode encontrar fundamentos na relação com a personalidade de cada um, no entanto, resultaria num diagnóstico por demais reducionista. Para não correr o risco de limitar os dados sobre a complexidade do psiquismo humano a simples códigos, entenderemos que a preferência ou escolha por determinadas cores está relacionada a questões de experiência acumulada, e dos códigos já assimilados de acordo com determinados contextos culturais. O significado das cores varia, portanto, de cultura para cultura, de etnia para etnia, e grande parte do sentido de determinada cor está relacionado a uma variedade de códigos instituídos por tendências políticas, religiosas, sociais e filosóficas de cada grupo social.
 A Cor como Linguagem Sígnica Em todos os tempos e culturas, o homem atribuiu às cores um sentido: todas as crenças, todas as religiões se referem às cores para explicar o mundo material, assim como as relações espirituais. Dessa forma, cada cor traz consigo um significado e uma história. 
A Percepção da Cor em Diferentes ContextosAs cores são percebidas justamente pela presença da luz. As fontes de luz podem ser artificiais, naturais ou emitidas por aparelhos eletrônicos e digitais. Dependendo do contexto, a cor é percebida de diferentes maneiras, pois quando combinada com outras cores, os efeitos podem mudar completamente. Além da associação com diferentes matizes, a percepção da cor está diretamente relacionada à quantidade de superfície que a cor ocupa, por exemplo: quando a cor vermelha e verde estão combinadas em quantidades iguais, elas se anulam, porém, quando uma dessas cores se apresenta em quantidades diferentes, temos a sensação de uma vibração, ou seja, uma cor tem a característica de poder vibrar e se destacar perante a outra.
Uma técnica utilizada pelos pintores impressionistas consistia em empregar pequenas pinceladas de cores que vibram próximas entre si. Para conseguir uma tonalidade e matiz específica, os impressionistas, ao invés de misturar as cores fisicamente, faziam pequenas pinceladas adjacentes, as quais o olho se encarregava de misturar. 
Observe como certas combinações de cores produzem vibração, e até em certos casos, uma tridimensionalidade. Veja que o verde sobre o fundo vermelho ressalta aos olhos. Já o amarelo sobre o fundo azul escuro não vibra.
Verde É uma das três cores primárias em corluz, e tem o magenta como complementar. Em relação ao sistema de corpigmento é uma cor secundária e tem o vermelho como complemento. A cor verde remete à natureza, renovação, dinheiro, prosperidade, fertilidade, cura, sucesso, saúde e harmonia. Os chineses acreditavam que o verde, identificado na pedra jade, tinha virtudes medicinais e era utilizado para a cura de doenças dos rins. A cor verde tem um poder tranquilizante e reúne as qualidades ideais para a decoração de interiores, sendo utilizada na pintura de salas de estar, sanatórios, escritórios, lojas, fábricas etc.
Azul A cor azul é a mais escura entre as três cores primárias, também uma cor que não se pode decompor, por ser primária tanto em corluz como em corpigmento. Segundo Fraser e Banks, a cor azul remete à sabedoria, solidão, espaço, verdade, cálculo, beleza, calma e serenidade.
 Um círculo amarelo ostenta um movimento de expansão que o aproxima do espectador, da mesma forma que um círculo azul desenvolve um movimento concêntrico que o afasta do observador”
VioletaTambém chamada de roxo, é a cor produzida da mistura do vermelho com o azul. Em pigmento, é uma cor secundária e sua complementar é o amarelo. Segundo Pedrosa (2014, p. 127), o violeta é a cor da temperança, simbolizando a lucidez, o equilíbrio entre a terra e o céu, os sentidos e o espírito, a inteligência e a paixão, o amor e a sabedoria. Na Idade Média, o violeta passou a simbolizar a cor da paixão e está presente nas igrejas e nos locais de atos litúrgicos da Sexta-Feira Santa.
Vermelho O vermelho é uma cor primária, não em cor-pigmento (CMYK), mas em cor-luz (RGB). Também é uma das sete cores do espectro solar, sendo uma das mais saturadas, ou seja, possui um alto grau de cromaticidade. O vermelho claro quente (Saturno) tem certa analogia com o amarelo médio. Força, ímpeto, energia, decisão, alegria, triunfo, é tudo isto que ele evoca. Ele soa como uma fanfarra onde domina o som forte, obstinado, importuno da trombeta. (PEDROSA) Vermelho representa o sangue, paixão, perigo, amor, sexo, poder – é a cor que evoca todo tipo de sentimento forte e uma das cores mais s importantes para muitas culturas, pois está intimamente relacionada ao princípio da vida. Os materiais usados na arquitetura egípcia eram pintados de modo simbólico, sendo o “vermelho do homem, o amarelo do sol, o púrpura da terra, o azul da verdade e o verde da Natureza”. Para os orientais, a cor vermelha evoca ação, paixão, intensidade e calor. No Japão, simboliza a felicidade e sinceridade. Para os xintoístas, o vermelho designa o Sul e relacionase à harmonia e à prosperidade. Simbolicamente, os chineses traduziam o vermelho como cor da afirmação de poder e de espiritualidade positiva, enquanto o amarelo era a cor utilizada contra os maus espíritos. No Brasil, encontramos o vermelho na pintura dos indígenas, relacionado a funções especificamente místicas, contra os maus espíritos, e portanto, a cor vermelha podia aparecer nos objetos, vestimentas e, principalmente, na pintura do rosto dos índios.
Psicologia das Cores e Percepção AP-2
Psicologia das Cores e Percepção AP-2
Psicologia das Cores e Percepção AP-1
Psicologia das Cores e PercepçãoAP-1
Psicologia das Cores e Percepção AP-3Branco é a cor da pureza, no sentido de que não deu origem a nenhuma outra cor definida. Diante dessa premissa, a pureza pode ser simbolicamente expressa pela iniciação cristã da primeira comunhão, através das vestes, pelo véu branco das noivas, e demais adereços e objetos associados à devoção religiosa. O branco assume o significado simbólico de inocência, verdade, esperança e felicidade.
Preto O preto não é considerado uma cor e indica a privação ou ausência de luz. Ele representa a soma das corespigmento na mistura que produz a síntese subtrativa. No entanto, o que se chama de preto, na realidade, corresponde ao cinza escuro. Por negar a qualidade de iluminar os objetos, os impressionistas eram contrários à utilização da cor preta em suas pinturas. Para eles, os objetos deveriam ser retratados como se estivessem totalmente iluminados pelo sol, e até mesmo as sombras deveriam ser luminosas e coloridas. A cor preta, psicologicamente pode ser traduzida como angústia, tristeza e morte, e o luto aparece como um símbolo maior dessa ideia de perda irreparável.
Laranja No sistema corpigmento, o laranja é uma cor binária, complementar do azul. Cor quente, portanto tem a característica de avançar em direção ao observador. De acordo com Pedrosa o laranja representa mutação, inconstância e instabilidade. – Juntamente com a cor amarela, o laranja ilumina-se e aumenta em vibração. Rebaixado com o preto, adquire coloração terrosa. Escurecido, torna-se sujo e perde a nitidez.
Conceituação da Forma A percepção da forma é o resultado de uma interação entre o objeto físico e o meio de luz agindo como transmissor de informação, as condições e as imagens que prevalecem no sistema nervoso do observador que é, em grande parte, determinada pela própria experiência visual. A forma, portanto, é definida como uma imagem ou figura que nos informa sobre a aparência externa de um objeto, ela é o resultado de uma construção visual. Uma forma é uma unidade visual (é uma entidade, um objeto formal) composta a partir da linha, cor e textura. Dondis também nos adverte de que “para analisar e compreender a estrutura total de uma Linguagem Visual, é conveniente concentrar-se nos elementos visuais individuais, um por um, para um conhecimento mais aprofundado de suas qualidades específicas”
 Ponto É o elemento básico da geometria, através do qual se originam todas as outras formas geométricas. Qualquer ponto exerce grande poder de atração visual, e é o primeiro elemento que detém nossa atenção numa composição.
Linha Quando os pontos estão tão próximos entre si, tornando-se impossível identificá-los individualmente, temos uma sensação de direção e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distintivo: a linha. A linha, portanto, aponta direcionamentos, cria texturas, contorna e delimita objetos e formas de modo geral. Quando pensada no design, a linha pode assumir formas muito diversas para expressar grande variedade de estados de espírito.
Forma A linha descreve uma forma, ou seja, uma linha que se fecha dá origem a uma forma, um plano delimitado. Em geometria, um plano pode ser descrito como uma superfície (suporte bidimensional que tem duas dimensões: comprimento e largura) onde o artista cria sua composição. Outro conceito de plano enquanto superfície pode ser pensado em relação aos objetos cujo comprimento e largura predominam com relação à espessura (no caso de tampos de mesas, cortinas, folhas de portas). Nesses casos, a forma também é percebida como um plano, independentemente da massa do material que o conforma.
Volume Pode-se considerar o volume como algo que se expressa pelas três dimensões no espaço: comprimento, largura e profundidade. O volume pode ser considerado a partir de duas perspectivas: devido a seu aspecto físico, o volume se apresenta como algo sólido, assim como um objeto, uma pessoa, um edifício – algo que se pode tocar, pegar, ou seja, da natureza da realidade. Por outro lado, o volume pode ser obtido por meio de artifícios do desenho em perspectiva e técnicas de pintura.
Leis da Gestalt Filósofos, psicólogos e muitos outros estudiosos se dedicaram a investigar a razão e as causas de nossas respostas a determinados estímulos visuais, especialmente, para determinarem porque algumas composições nos agradam mais do que outras. A Gestalt, portanto, vai apresentar uma teoria sobre o fenômeno da percepção através de alguns princípios e fundamentos que foram elaborados após numerosos estudos e pesquisas. A estimulação cerebral não se dá em pontos isolados, a primeira sensação que percebemos já é de uma forma unificada e global. Não vemos partes isoladas, mas relações, ou seja, uma parte na dependência da outra parte, pois para a nossa percepção, as partes são inseparáveis do todo. Isso nos indica que na percepção não acontece um processo posterior de associação das várias sensações; a primeira sensação já é de forma. Para a Gestalt, as relações psicofisiológicas são definidas assim: “Todo processo consciente, toda forma psicologicamente percebida está estreitamente relacionada às forças integradoras do processo fisiológico cerebral” 
Estes sete princípios da Gestalt são:Gestalt: significa uma integração entre partes em oposição à soma do “todo”. É geralmente traduzida em inglês, espanhol e português como estrutura, figura e forma. Como curiosidade, em termos de design industrial, o termo se vulgarizou significando “boa forma” (GOMES FILHO, 2009, p. 18).
 • Unificação; 
• Segregação; 
• Semelhança; 
• Proximidade; 
• Fechamento; 
• Continuidade;
• Pregnância da forma.
Unidade Uma unidade formal pode ser identificada num único elemento, que se encerra em si mesmo ou como parte de um todo.Assim, pode ser compreendido como o conjunto de mais de um elemento que configura o “todo”, ou seja, o próprio objeto. Essas unidades compositivas são percebidas por meio de relações (formais, dimensionais, cromáticas etc.) que se estabelecem entre si na configuração do objeto como um todo.
Segregação corresponde a nossa capacidade perceptiva de evidenciar, separar, identificar ou destacar unidades formais num todo compositivo ou em partes desse todo, dentro de relações formais, dimensionais, de posicionamento. Na leitura visual, podemos estabelecer níveis de segregação, ao identificar, por exemplo, apenas as unidades principais de um todo complexo, desde que este atenda ao objetivo da sua análise e interpretação visual da forma do objeto.
Unificação da forma consiste na união pela igualdade ou semelhança dos estímulos produzidos pelo campo visual. Ela ocorre quando os princípios de harmonia, do equilíbrio visual e, principalmente, da coerência do estilo formal das partes ou do todo estão presentes num objeto ou numa composição . A unificação é influenciada por dois fatores principais: a proximidade e a semelhança.
Semelhança A igualdade de forma e de cor desperta a tendência de se construir unidades, ou seja, de estabelecer agrupamentos de partes semelhantes. Semelhança e proximidade são dois fatores que, além de auxiliarem na formação de unidades, contribuem para a unificação do todo, daquilo que é visto, no sentido da harmonia e do equilíbrio visual. A semelhança entende que, em condições iguais, os diversos estímulos mais semelhantes entre si (seja por cor, tamanho, forma, direção, peso) terão maior tendência a se agruparem e a constituírem unidades.
Proximidade Estímulos visuais próximos entre si tendem a ser percebidos juntos e a constituírem unidades dentro do todo. Em condições idênticas, os estímulos mais próximos uns dos outros (seja por cor, tamanho, forma, direção, textura, direção, peso) terão maior tendência a serem agrupados e a constituirem unidades. Proximidade e semelhança são fatores que agem e se reforçam mutuamente, tanto para formar unidades como para unificar a forma.
Fechamento concorre para a formação de unidades em “todos” fechados.Obtemos a sensação de fechamento visual da forma pela continuidade numa ordem estrutural definida. Importante não confundir a sensação de fechamento sensorial, de que trata a Gestalt, com o fechamento físico, contorno real, presente em praticamente todas as formas dos objetos .
Continuidade A continuidade ou continuação se define pela impressão visual de como as partes se sucedem por meio da organização perceptiva da forma de modo coerente, sem quebras ou interrupções, em sua trajetória ou em sua fluidez visual. Significa, também, a tendência dos elementos de acompanharem uns aos outros, oferecendo continuidade de um movimento para uma direção já estabelecida por meio de unidades formais. 
Pregnância da Forma é a base da percepção visual da Gestalt. Segundo João Gomes Filho: “As forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quanto o permitam as condições dadas, no sentido da harmonia e do equilíbrio visual. Qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o permitam as condições dadas” na formação de imagens, os fatores de clareza, equilíbrio e harmonia visual constituem para o ser humano uma necessidade e, por isso, são considerados indispensáveis – seja em uma obra de arte, num produto industrial, numa peça gráfica, em um edifício, numa escultura ou em qualquer outro tipo de manifestação visual. ) A “Lei da Boa Forma” ou “Lei da Pregnância”, que diz que todo objeto ao ser visto deve apresentar uma forma “harmoniosa”, “boa” e “estável”, que se imponha, que seja mais regular, mais simétrica ou mais simples.
Categorias Conceituais A seguir, vamos assinalar as categorias conceituais mais frequentemente aplicadas na Linguagem Visual: harmonia, contraste e equilíbrio visual. 
· Harmonia Segundo Gomes Filho (2009, p. 13): “A harmonia diz respeito à disposição formal, organizada e proporcional no todo ou entre as partes de um todo. Na harmonia plena, predominam o equilíbrio, a ordem, a regularidade visual; fatores fundamentais que possibilitam uma leitura simples e clara das formas visuais e objetos.”
· Contraste é um poderoso instrumento de expressão e uma forma de enfatizar as diferenças entre os elementos gráficos de uma composição. A função do contraste, muitas vezes, é a de chocar, estimular e chamar a atenção para as características das formas, mas também é o meio para intensificar o significado e simplificar a comunicação.
· Equilíbrio, segundo é: “O estado no qual as forças, agindo sobre um corpo, se compensam mutualmente”. Quando se consegue o equilíbrio na composição haverá naturalmente uma sensação de harmonia na imagem. O equilíbrio pode ser proporcionado pela distribuição equitativa dos pesos visuais numa composição e inclui fatores como direção, localização e configuração.
Naturalmente, a tensão não é necessariamente o contrário do equilíbrio, e sim, uma força que modifica gradual ou repentinamente o aspecto de repouso característico do equilíbrio. É causada pelo desvio em relação à estabilidade dos eixos horizontal-vertical, com a alteração da posição ou direção das unidades, ou pela presença de unidades com pesos visuais dissonantes
Psicologia das Cores e Percepção AP-4
Categorias Conceituais – Sistemas de Leitura Visual As categorias conceituais têm como finalidade oferecer subsídios para o planejamento criativo na hora de realizar suas composições visuais, e podem ser aplicadas na arte, na publicidade, na web, fotografia ou em qualquer produção gráfica. Também funcionam como auxiliares no momento da leitura visual. Abaixo apresentamos uma tabela com 38 categorias, no entanto, poderíamos ter outras tantas que não constam nesta lista, mas que foram estudadas pelo professor João Gomes Filho assim como por Dondi, com base nos fundamentos da teoria da Gestalt. Embora sem ordenar por oposição, João Gomes Filho nos apresenta muitos desses conceitos e os denomina de técnicas visuais aplicadas –, e é a partir dos seus estudos que trataremos dessas categorias.
Clareza se manifesta quando observamos uma imagem bem-organizada, unificada, harmoniosa e equilibrada. Pode se manifestar independentemente de o objeto ter uma estrutura formal simples – com poucas unidades –, ou complexa – com muitas unidades compositivas. As suas características básicas são facilidade de leitura e rapidez de inteligibilidade –, características importantes para se transmitir mensagens publicitárias. 
Simplicidade é uma tendência natural que atua constantemente em nossa mente. se caracteriza por imagens fáceis de serem assimiladas, lidas e compreendidas. É uma técnica associada ao princípio da clareza e da “minimidade”. Eventualmente, uma imagem pode ter simplicidade mesmo associada a objetos complexos, condição esta que dependerá da organização visual da configuração formal. 
Minimidade caracteriza-se por uma técnica de organização visual que diz respeito a usar o mínimo possível de elementos na composição para transmitir uma mensagem. 
Complexidade constitui uma elaboração polissêmica – que implica ter mais de um significado. Refere-se a uma complicação visual por conta da presença de inúmeras unidades formais na organização do objeto, tanto das partes formais como do todo em si. O fator da complexidade do objeto visual acaba dificultando a leitura da imagem, exigindo mais tempo, observação e interpretação formal por parte do observador. De acordo com a teoria da Gestalt (que diz que todo objeto ao ser visto deve apresentar uma forma “harmoniosa”, “boa” e “estável”, que se imponha, que seja mais regular, mais simétrica ou mais simples), a categoria da complexidade apresenta um nível de média à baixa pregnância da forma. 
Profusão também é uma técnica associada à complexidade polissêmica, pois apresenta diversas unidades informacionais na elaboração da mensagem. O que a diferencia da técnica da complexidade é que a profusão se manifesta por representações rebuscadas, com excesso de detalhes na ornamentação. A profusão está associada, comumente, ao poder da riqueza e, na história da arte, pode ser encontrada em inúmeras manifestações da produção do Oriente Médio, bem como nas artes tradicionais chinesa, tailandesa e outras, assim como na produção ocidental, em estilos como o gótico, barroco e art nouveau.
Coerência se caracteriza por oferecer uma organização visual totalmente integrada, equilibrada, harmoniosa, congruente, sem contradições. Expressa, principalmente, compatibilidade de estilo e linguagem formal uniforme e consonante, em qualquer tipo de manifestação visual.
Incoerência se caracteriza por apresentar uma organização visual contraditória, incongruente, conflitiva, seja nas partes ou no todo compositivo. Geralmente, os objetos oferecem resultados formais desarticulados, desintegrados e desarmônicos. 
Exagero é um conceito e uma técnica que se apoia na extravagância, apresentando configurações de proporções enormes. O seu objetivo é chamar a atenção e atrair o olhar pela aplicação de expressões visuais intensas e/ou amplificadas. Com frequência, essa técnica também emprega muitos elementos visuais. No entanto, quando a imagem está bem articulada e balanceada, o exagero pode oferecer riqueza visual e, de fato, chamar a atenção para o objeto ou forma principal.
Arredondamento apresenta como principal característica a suavidade, a delicadeza e sensação de maciez que as formas orgânicas proporcionam. As formas arredondadas costumam nos trazer a sensação de aconchego e de calor. A técnica do arredondamento também está associada ao fator da continuidade, o que significa que nossos olhos percorrem a imagem de maneira tranquila, sem dificuldades, quebras ou rupturas. 
Transparência física ocorre quando os materiais utilizados permitem a visualização por meio do objeto, podendo se dar também pela sobreposição de objetos, de modo que aqueles que estão atrás podem ser vistos pelo observador. A visualização tanto pode ocorrer de forma totalou parcial – dependendo da constituição física dos objetos (foscos, leitosos, texturizados, translúcidos), ou ainda pode ser conseguida através de tratamento gráfico, no qual é possível variar o grau de transparência do objeto – no todo ou em partes. Ademais, a transparência é um recurso que pode conferir leveza, delicadeza e sensação de fragilidade à composição.
Transparência sensorial a percepção de transparência não ocorre pelas características do objeto, mas sim por técnicas de manipulações efetuadas com a utilização de softwares e também através de técnicas mais artesanais importadas de outras linguagens, tais como o desenho e a pintura.
Opacidade é contrária à da transparência e implica no bloqueio da visibilidade através dos objetos, mas também pela ocultação de elementos visuais, seja em partes ou no todo.
Redundância acontece pela repetição ou pelo excesso de elementos iguais, muitas vezes considerados supérfluos. Mas também é uma técnica que nos permite ressaltar determinados aspectos da mensagem, que de outra forma poderiam passar desapercebidos. Nesse sentido, a repetição cria um ritmo, chama a atenção, atrai o olhar, facilita a memorização de uma forma em especial, seja ela vista em um objeto ou numa composição.
Ambiguidade é um fator que concorre para a indefinição geométrica ou orgânica da forma e que pode induzir a interpretações diferentes daquilo que é visto”. Ainda, no mesmo texto, o autor nos adverte que “[...] é uma técnica que não deve ser utilizada para objetivos funcionais, nos quais se requer clareza, segurança e precisão na informação ou na configuração dos objetos”. Contudo, é uma técnica que pode gerar resultados bem interessantes e instigantes, provocando a surpresa visual.

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