Buscar

Mandioca 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 218 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 218 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 218 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Mandioca (Manihot esculenta Crantz) 
Leonardo Elias Ferreira 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA 
Junho-2018 1 
• No Brasil a cultura da mandioca é destaque: 
 
 
• Quarto maior produtor mundial de raiz de mandioca. 
 
 
• Quarta cultura mais produzida no país, com 21,2 milhões 
de toneladas, atrás, apenas, da cana-de-açúcar, soja e 
milho (1ª e 2ª safras). 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
2 
Introdução 
• No Brasil a mandioca está entre as culturas de maior 
produção; 
 
• 21 milhões de toneladas até janeiro de 2018; 
redução de 11,8% frente a 2016. 
 
• O Pará é o maior produtor 4,21 milhões de toneladas; 
 Pará (-14,3%) 
 
• Responsável por 20% da mandioca consumida no 
país. 
• (BRASIL, 2016; CONAB, 2017). 
0
5
10
15
20
25
30
1976 1986 1996 2006 2016
Brasil 
0
1
2
3
4
5
6
7
1986 1996 2006 2016
Pará milhões de toneladas 
0
5
10
15
20
1986 1996 2006 2016
 Pará - rendimento t/há 
Produção nacional de raízes de mandioca nos 
anos de 1976, 1986, 1996, 2006 e 2016. 
Produção de raízes de mandioca no estado do 
Pará nos anos de 1986, 1996, 2006 e 2016. 
Rendimento médio no estado Pará nos anos de 
1986, 1996, 2006 e 2016. 
0
5
10
15
20
25
30
Produção milhões de toneladas 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Rendimento t/há 
Desafios da mandiocultura no Pará 
• Sistematização do solo 
• Melhoria da qualidade 
genética 
• Controle de plantas daninhas 
 
Manejo nutricional do solo 
Importância 
Importância alimentar: 
 
 humana e animal 
 matéria-prima em inúmeros produtos industriais 
consumo per capita de 
70 kg/ano 
85% são consumidos na forma de 
farinha e o restante nas formas de raízes frescas (mandioca de 
mesa, macaxeira) e outros derivados 
 
Principalmente pela facilidade de cultivo, rusticidade, capacidade 
de regeneração e de adaptação 
Origem - America do sul 
Botânica 
 Taxonomia 
Ordem - Malpighiales 
Família - Euphorbiaceae 
Gênero - Manihot 
Espécie - Manihot esculenta 
 Descrição da planta 
A planta é um arbusto perene, com crescimento 
vertical e resistente à seca 
 Raiz 
Tuberosa, de formato variado e em nº de 5 a 10 
parte mais importante da planta 
Plantas oriundas de sementes - axial tuberoso e formação de 
raízes secundárias feculentas. 
 
Formação agâmica ocorre o modelo pseudo-fasciculado 
tuberoso. 
 
 
Tamanho médio este pode variar entre: 
1. curta - menor que 20 cm; 
2. intermediaria - entre 20 e 30 cm 
3 longa - maior que 30 cm 
Pedúnculo nas raízes 
Cor externa da raiz 
Cor do córtex da raiz 
Cor da polpa da raiz 
Textura da epiderme da raiz 
Forma da raiz 
Caule 
 
Sub-arbustivo erecto 
 
Quando adulto é lenhoso 
 
Nós salientes 
 
Ramificação baixa ou alta, de numero variado 
 
Na axila dos nós encontra-se uma gema, 
responsável pela propagação vegetativa 
 
Altura da planta antes da colheita: 
 1,50 a 2,40 metros. 
Cor do córtex do caule 
Cor externa do caule 
Comprimento da filotaxia 
Habito de crescimento de caule. 
Hábito de ramificação: 
Folha 
 
São simples inseridas no caule em disposição 
alterna dística 
 
Lobadas e longamente pecioladas. 
 
Os lobos apresentam variação quanto a cor, 
formato, número e tamanho 
Cor da folha apical 
Cor da folha desenvolvida 
Número de lóbulos 
Forma do lóbulo central 
Cor do pecíolo 
Inflorescência 
 
 As masculinas em maior 
número e de tamanho menor, 
nas extremidades 
 
Femininas, em numero mais 
reduzido e de tamanho maior, 
na base. 
 Flores 
 Fruto 
É uma cápsula com 3 sementes e que se 
abre quando seco 
Porte da planta 
Melhoramento genético da mandioca 
Manihot esculenta Crantz 
36 
 
Bancos de Germoplasma 
 
• Estabelecimento e a manutenção de um banco de 
germoplasma; 
 
• Identificação de características de importância para 
os programas de melhoramento genético; 
 
• A caracterização e a avaliação dos diversos acessos. 
38 
Melhoramento genético 
 
 Objetivos: 
• Desenvolver variedades mais produtivas (ex: Zulhuda; 
Maranhense); 
• Maior resistência às pragas e doenças (ex: BRS POTI; 
BRS Purus); 
• Maior produtividade de amido; 
• Melhoria na qualidade das raízes para o mercado in 
natura (ex: IAC 576-70); 
• Maior teor de carotenoides. (ex: BRS Gema de Ovo e 
BRS Dourada) 
 
39 
 
Métodos de melhoramento usados na 
Mandioca 
 
1-Introdução e seleção de variedades; 
2-Hibridação intraespecífica; 
3-Hibridação interespecífica; 
4-Indução de poliplóides. 
41 
1-Introdução e seleção de variedades: 
 
• É o método mais comum de desenvolvimento de 
novas variedades. 
 
• Introdução, seguida de avaliações criteriosas 
 
• Apresenta uma grande chance de êxito, em função 
da diversidade genética disponível. 
 
42 
2-Hibridação intraespecífica 
 
• Método mais comum 
Criar variabilidade; 
Transferir características de interesse econômico. 
 
• Cruzamentos realizados entre parentais da mesma espécie 
Portadores de características complementares; 
Seleção fenotípica dos clones; 
Performance através de anos e em diferentes locais. 
 
• O sucesso desse método depende de vários fatores. 
43 
3-Hibridação interespecífica 
 
• Utilização de outras espécies do gênero Manihot. 
 
• Cruzamento de um genótipo cultivado com uma espécie 
silvestre portadora de alelos favoráveis para uma 
determinada característica 
 
• Alelos desfavoráveis para outra características 
agronômicas também é transferida. 
44 
4-Indução de poliplóides 
 
• Pouco utilizado 
 
• Está associada a certas características da planta 
 Vigor da parte aérea 
Incluindo as folhas maiores mais espessas 
Boa retenção foliar. 
 
 
 
 
 
45 
 Técnicas de Hibridação 
 
 Polinização aberta 
 Polinização controlada 
 Policruzamento 
 Cruzamentos dialélicos 
 
 
 
 
46 
 Polinização aberta 
• É o método mais simples e econômico 
 
• Requer informações básicas, tais como: 
1-Tipo de agentes polinizadores da espécie 
2-Dinâmica de transporte do pólen por esses agentes 
3-Taxas de autofecundações. 
 
• As abelhas são os principais agentes polinizadores da 
mandioca. 
 
 47 
Polinização aberta 
 
 Desvantagens 
• permiti autofecundações 
• perda da identidade do parental masculino. 
 
 Importante 
• Os parentais reúnam o maior numero de 
características desejáveis e complementares. 
 
48 
 Policruzamento 
 Cruzamento entre um grupo de genótipos, em campos 
isolados. 
 
 Fatores que afetam: 
• Espaçamento e o arranjo das plantas; 
• Grau de incompatibilidade entre os genótipos; 
• Época e a duração da floração; 
• Qualidade do material de plantio; 
• Atividade dos insetos polinizadores; 
• Direção predominante dos ventos. 
 
• Os modelos para o arranjo das plantas envolvem até 50 
genótipos; 
49 
Polinização controlada 
 
 
 
-Vantagens: 
• É a mais eficiente; 
• Permite o controle da identidade de ambos os 
parentais, feminino e masculino; 
• Descarta-se os riscos de cruzamentos indesejáveis e de 
autofecundações; 
 
-Desvantagens: 
• Número de sementes produzidas por cruzamento é 
menor; 
• Custos de obtenção das mesmas, mais elevados; 
 
 50 
Polinização controlada 
 
1) Cobertura das flores femininas na pré-antese; 
 
2) Emasculação, ou seja, eliminação das flores 
masculinas; 
 
 3) coleta e acondicionamento das flores 
masculinas sob o mesmo reconhecimento; 
 
4) Polinização propriamente dita: contato direto 
das anteras com o estigma. 
51 
FONTE: VIEIRA, (1999) 
52 
Flor feminina 
Momento da polinização 
Flor feminina polinizada 
FONTE: VIEIRA, (1999) 
53 
http://slideplayer.com.br/slide/
3396299/ 
54 
A hibridização (controlada manualmente, na imagem) entre a 
mandioca (Manihot esculenta Crantz) e espécies silvestres do 
mesmo gênero, permitiu desenvolver cultivares mais 
resistentes e de maior produtividade. Foto: Nagib M. A. Nassar 55 Cruzamentos dialélicos 
 
• O numero plantas corresponde ao numero de cada 
parental polinizador. 
 
• São plantadas duas fileiras de 20 plantas de cada clone 
parental feminino, intercaladas por uma fileira de 20 
plantas do parental masculino. 
 
• As plantas utilizadas como fêmeas são 
sistematicamente emasculadas. 
 
• Sementes coletadas nessas plantas são oriundas de 
cruzamentos 
 
• O uso de genótipos macho estéreis 
56 
Fatores que afetam a hibridação e a produção 
de sementes 
 
• Não florescimento ou a baixa taxa de produção de 
flores por parte de alguns genótipos; 
 
• Falta de sincronia da época de florescimento dos 
genótipos 
 
• Macho esterilidade. 
Estrutura de um programa de melhoramento 
 
• As variedades de mandioca são altamente heterozigotas; 
 
• A segregação ocorre na primeira geração; 
 
• A primeira seleção dos híbridos F1; 
 
• Cada individuo selecionado passa a ser propagado 
vegetativamente e avaliado por meio de testes. 
 
58 
Critérios de seleção para produtividade 
 
 Caracteres da planta: 
1-peso de raízes; 
2-peso de parte aérea; 
3-numero de raízes por planta; 
4-altura da planta; 
5-índice de colheita. 
 
 O rendimento de raízes e o índice de colheita 
correlacionam-se negativamente com a altura da 
planta e com o rendimento de parte aérea. 
 
59 
Principais resultados e impactos 
 
• Desenvolvimento de variedades superiores; 
 
• Variedades com caracteres econômicos ou de 
importância biológica aceitos pelos agricultores, 
processadores e consumidores; 
 
• Impactos econômicos significativos em áreas de maior 
produção. 
 
60 
Fenologia da mandioca 
Fases de desenvolvimento da planta 
Primeira fase – brotação da estaca 
 Brotações das gemas – 5º dia 
 Início das raízes 
 Desenvolvimento dos ramos aéreos 
 Inicio do surgimento das primeiras folhas 
10 a 12 dias 
Duração = 15 dias 
Apresenta cinco fases fisiológicas, sendo quatro ativas e uma de 
repouso 
Brotação de manivas 
Segunda fase – formação do sistema radicular 
 Substituição das primeiras raízes formadas (Adiventícias) 
 Crescimento das raízes (Fibrosas) 
Podem atingir até 1,4m sendo que 95% das 
raízes reservas encontram-se nos primeiros 
30cm 
Duração da fase = 70 a 80 dias 
 
Geralmente dos 15 aos 90 DAP 
Segunda fase – formação do sistema radicular 
 Poucas raízes fibrosas tornar-se-ão raízes de reserva (3-14) 
Terceira fase – desenvolvimento de ramos e folhas 
 Intensa ramificação 
 Caracterização da planta 
 Folhas de 60 a 100 dias 
Duração da fase = 90 dias 
 
Dos 90 aos 180 DAP 
Leituras e medições 
Quarta fase – engrossamento das raízes reservas 
 Carreamento das substâncias de reserva 
 Engrossamento das raízes 
Intensifica no 6º mês 
Duração da fase = 5 meses 
 
Geralmente dos 180 aos 300 DAP 
 As hastes tornam-se mais lignificadas 
Quinta fase – repouso 
 Perdas das folhas 
 Paralização das atividades vegetativas 
 Término do ciclo 
9 a 12 meses 
- Recomeço da atividade reprodutiva 
Implantação, nutrição e 
adubação da cultura da 
mandioca 
Cultivares 
Escolha adequada para o plantio depende: 
As várias cultivares podem ser classificadas de acordo com: 
 
Da finalidade de exploração do cultivo 
Do ciclo 
Do local onde vai ser plantada. 
Toxidade 
mandioca brava, amarga ou venenosa 
mandioca mansa, de mesa, aipim ou macaxeira 
utilização industrial 
uso culinário 
Pouco venenosa - de 50 a 80 mg de HCN/kg de raiz 
Venenosa - de 80 a 100 mg de HCN/kg de raiz 
Muito venenosa - acima de 100 mg de HCN/kg de raiz 
 Teor de ácido cianídrico: 
 Precocidade : 
Precoces - ciclo de 10 à 12 meses 
Semi-precoces - ciclo de 14 à 16 meses 
Tardias - ciclo de 18 à 20 meses 
 Utilização : 
Industriais - a maioria das raízes é processada sob a 
forma de farinha e amido, atendendo as seguintes 
características: 
 Teor de amido > 30% 
 Raízes com polpa branca 
 Película (córtex) fina e de cor clara 
 Destaque fácil da película da raiz 
 Ausência de cinta na raiz 
 Boa conformação das raízes 
De mesa - as cultivares utilizadas para consumo 
humano são denominadas de aipim, macaxeira ou 
mandioca mansa. 
É importante a qualidade da raiz 
 Baixo teor de HCN nas raízes 
 Cozimento rápido 
 Boa palatabilidade 
 Fácil descascamento 
 Ausência de fibras nas raízes 
 Raízes bem conformadas 
Alimentação animal: as cultivares devem apresentar 
alto rendimento de raízes e parte aérea. 
 Com boa retenção foliar e 
 Alto teor de proteínas nas folhas 
Componentes da raiz % Minerais da cinza g/Kg 
Umidade 71,50 Nitrogênio 0,83 
Matéria seca Fósforo 0,15 
Proteína bruta 0,43 Potássio 1,38 
Carboidratos 94,10 Cálcio 0,13 
Cinzas 2,40 Magnésio 0,04 
 Tabela 03 – Composição da raiz da mandioca. 
Fonte: Oke (1968) 
Composição química 
 
 
 
MANDIOCA: UTILIZAÇÃO NA 
ALIMENTAÇÃO HUMANA E ANIMAL 
Prof. Ivandro de França da Silva 
Determinação Composição (%) 
Caule Cepa Folha 
Umidade 65,00 53,28 77,20 
Matéria seca (%) 
Proteína 6,25 - 30,68 
Carboidratos 31,91 - 42,00 
Amido - 71,40 - 
Fibras 52,55 - 43,15 
Cinzas 6,15 2,28 7,22 
Tabela 04 - Composição média da parte aérea da mandioca. 
Fonte: CERAT/UNESP (2000) 
Composição química 
 
 
 
MANDIOCA: UTILIZAÇÃO NA 
ALIMENTAÇÃO HUMANA E ANIMAL 
Prof. Ivandro de França da Silva 
Requerimentos edafoclimáticos 
É cultivada entre 30° de latitudes Norte e Sul, embora 
sua concentração de plantio esteja entre as latitudes 
15°N e 15°S 
 Clima 
Suportam altitudes desde o nível do mar até cerca de 
2.300 metros 
 
 Altitude- 600 a 800m são as mais favoráveis 
 Temperatura 
A faixa ideal situa-se entre 20 e 27°C 
Temperatura em torno de 15°C, retardam a germinação e 
diminuem ou mesmo paralisam sua atividade vegetativa, 
induzindo-a entrar em fase de repouso. 
 Chuva 
entre 1.000 a 1.500 mm/ano 
A mandioca produz em locais com índices de até 4.000 
mm/ano, sem estação seca em nenhum período do ano 
 
Cultivada em regiões semi-áridas, com 500 a 700 mm 
 
 Luminosidade 
Dias longos favorecem o crescimento de parte aérea 
e reduzem o desenvolvimento das raízes de reserva; 
 
Dias mais curtos promovem o crescimento das 
raízes de reserva e reduzem o desenvolvimento dos 
ramos. 
ideal está em torno de 12 horas/dia 
Profundos e soltos (friáveis) sendo ideais os solos 
arenosos ou de textura média; 
 
Topografia plana ou levemente ondulada, com 
declividade menor que 5%, podendo ir até 10%. 
 
pH de 5,5 a 7, sendo 6,5 o ideal; 
 
Os solos muito argilosos devem ser evitados 
 
 Solos 
Produz bem em solos de alta fertilidade 
 
Rendimentos satisfatórios em solos degradados 
fisicamente e com baixos teores de nutrientes. 
Seleção da área e preparo do solo 
Deverão ser consideradas as condições de clima e de 
solo favoráveis ao cultivo. 
Finalidades: 
-Controle do mato 
 
-Melhorar as condições físicas para a brotação das 
manivas e crescimento das raízes 
 
-Aumento da aeração e infiltração de água e redução 
da resistência do solo ao crescimento radicular. 
O preparo do solo 
 
Deve ser o mínimo possível 
 
Executado em curvas de nível 
 
Aração na profundidade de 40 cm 
 
30 dias depois, executadas duas gradagens 
 
Suassuna, 2005 
Subsolagem em área para plantio 
 
Suassuna, 2005 
Área subsolada 
Suassuna, 2005 
Gradagem em área subsolada 
Confecção dos Camalhões 
 
Produção e obtenção de mudas ou sementes 
São pedaços das hastes ou ramas 
do terço médio da planta 
Devido à multiplicação vegetativa, a seleção das ramas 
e o preparo das manivas são pontos importantes para o 
sucesso da plantação. 
manivas ou manivas-semente 
Seleção e preparo do material de plantio 
 Escolha da cultivar 
De acordo com o objetivo da exploração 
 Seleção de ramas 
Maduras,provenientes de plantas com 10 a 14 meses 
de idade do terço médio da planta 
Plantar de uma só cultivar numa mesma área, evitando-
se a mistura de cultivares 
verificar o teor de umidade da rama 
 Conservação de ramas 
Armazenadas o mais próximo possível da área a ser 
plantada, em local fresco, com umidade moderada, 
protegidas dos raios solares diretos e de ventos 
frios e quentes 
Não serão utilizadas imediatamente após a colheita 
 Posição vertical 
 Posição horizontal 
Necessária devido a falta de coincidência entre a 
colheita da mandioca e os novos plantios 
Deverá ser reservada uma área, com cerca de 20% do 
mandiocal, como campo de multiplicação de maniva-
semente, para a instalação de novos plantios, exceto em 
áreas com riscos de geadas. 
Em regiões onde ocorrem 
geadas, o armazenamento 
também pode ser feito em silos 
tipo trincheira ou em leirões. 
Preparo das manivas 
20cm de comprimento, com 
pelo menos 5 a 7 gemas, e 
diâmetro em torno de 2,5cm, 
com a medula ocupando 50% 
ou menos. 
terço médio da planta 
 Material utilizado para plantio 
Corte e tamanho da maniva semente 
Distribuição de manivas 
Preparação das manivas 
Para o plantio 1 ha são necessário 
de 4 m³ a 6 m³ 
1 ha com 12 meses produz hastes 
para o plantio de 4 a 5 hectares. 
Quantidade de manivas 
Um metro cúbico de hastes pesa 
aproximadamente 150 kg e pode fornecer cerca de 
2.500 a 3.000 manivas com 20 cm de 
comprimento. 
Plantio 
Quando o solo tenha umidade, necessária para 
brotação das manivas e enraizamento. 
 Época de plantio 
Nos cultivos industriais: 
 
combinar as épocas de plantio com os ciclos das 
cultivares e épocas de colheita 
Garantir um fornecimento contínuo. 
Primeiros meses do período chuvoso 
 Plantio 
 Pode ser feito de duas formas: sulcos ou camalhões; 
1- Em sulcos - Os sulcos devem ser abertos numa profundidade 
de 10 cm com sulcador, podendo usar tração motora ou animal. 
 
 Os sulcos podem ser abertos em fileiras simples ou duplas; 
 O espaçamento recomendado deve ser de acordo com a 
fertilidade do solo, da cultivar e do tipo de exploração; 
 
Espaçamento 
 Fileira simples 
1,0 x 0,5 ou 1,0 x 0,6 m 
 Fileira dupla 
2,0 x 0,6 x 0,6 m 
 
 
 Plantio 
 Espaçamentos 
- fertilidade do solo 
- porte da variedade 
- objetivo da produção (raízes ou ramas) 
- tratos culturais 
- tipo de colheita (manual ou mecanizada) 
 fileiras simples - 1,00 x 0,50 m e 1,00 x 0,60 m 
Em plantios destinados a produção de ramas para 
ração animal: 0,80 x 0,50 m. 
Depende: 
Vantagens fileiras duplas: 
 fileiras duplas - 2,00 x 0,60 x 0,60 m 
 aumenta a produtividade; 
 facilita a mecanização; 
 facilita a consorciação; 
 permite a rotação de culturas na mesma área, pela 
alternância das fileiras; 
 reduz a pressão de cultivo sobre o solo; 
 facilita a inspeção fitossanitária e a aplicação de 
defensivos. 
 
 
Espaçamento 
Produção 
Fitomassa fresca Fitomassa seca 
N. adubada Adubada N. adubada Adubada 
Raiz Aérea Raiz Aérea Raiz Aérea Raiz Aérea 
 --m -- ------------------------- t/ha -------------------------- 
Orientação Leste / Oeste 
1,00x0,50 24,67 19,09 31,05 22 13 7,33 5,28 8,60 5,88 
1,00x0,50x0,50 35,95 20,69 31,93 18,29 13,01 5,45 9,63 4,84 
1,00x0,50x0,40 30,64 27,36 38,18 26,28 9,11 7,51 10,28 7,33 
Média 30,42 22,38 34,06 22,23 9,82 6,08 9,50 6,02 
Orientação Norte/ Sul 
1,00x0,50 40,84 28,69 35,24 26,29 13,73 8,25 19m84 7,56 
1,00x0,50x0,50 27,73 21,41 31,31 26,72 8,33 6,30 9,06 7,34 
1,00x0,50x0,40 33,97 22,31 33,67 23,92 10,33 6,30 9,48 6,66 
Média 34,05 24,14 33,41 25,64 6,95 6,95 9,79 7,19 
Tabela 09 – Produção média de raízes e de parte aérea de cinco cultivares 
de mandioca em quatro épocas de colheita, no município de Areia - 
PB. 
Fonte: Chagas (2003) 
O plantio é feito em covas preparadas com enxada ou 
em sulcos construídos com enxada, sulcador a tração 
animal ou tratorizado. 
Tanto as covas como os sulcos devem ter 
aproximadamente 10 cm de profundidade. 
Plantadeiras mecanizadas 
Para plantio de 
duas linhas 
Para plantio de quatro 
linhas 
Fazem de uma só vez as operações de sulcamento, 
adubação, corte das manivas, plantio e cobertura. 
Posição de plantio 
Horizontal 
Inclinada 
vertical 
Mais usada 
Em solos muito argilosos ou com problemas de 
drenagem, recomenda-se plantar em mutambo ou 
camalhões 
As raízes aprofundam mais 
Plantio de manivas de mandioca 
 
 Adubação orgânica: 
- Esterco de curral 
- Resíduos vegetais 
-Composto orgânico 
 
 Adubação mineral: 
 Produz bem em solos de baixa fertilidade 
 
 
 
 
 Adubação 
Tabela 01. Quantidades aproximadas de nutrientes extraídas por 
uma produção de 60 t/ha (30t de raízes e 30t de parte aérea). 
Nutrientes Raízes Parte aérea Total 
------------------ Kg ------------------- 
Potássio 76 124 200 
Nitrogênio 38 126 164 
Cálcio 9 71 80 
Fósforo 10 21 31 
Magnésio 9 22 31 
Enxofre 3 11 14 
 Adubação 
 
Tratamentos 
Fitomassa 
Parte aérea Raízes 
Fresca Seca Fresca Seca 
N-P-K ------------------------- t/ha ------------------------- 
Mandioca mansa (Cedinha) 
0-0-0 20,00 4,80 29,80 10,74 
0-70-60 26,20 4,30 26,00 9,80 
30-70-60 19,80 4,78 31,00 11,24 
60-70-60 18,60 4,50 25,60 10,46 
Média 21,15 4,60 28,02 10,56 
Mandioca brava (Monge branca) 
0-0-0 18,20 5,62 42,00 13,16 
0-70-60 24,60 5,12 38,20 12,24 
30-70-60 18,00 5,60 43,20 13,60 
60-70-60 16,80 5,32 37,80 12,88 
Média 19,40 5,42 40,30 12,98 
Tabela 02 – Produção de fitomassa fresca e seca de parte aérea e de raízes de mandioca, 
submetida a aplicação de quantidades crescentes de nitrogênio. 
Fonte: Dias (2001) 
Requerimentos nutricionais 
A mandioca absorve grandes quantidades de 
nutrientes e praticamente exporta tudo o que foi 
absorvido. 
Para produção de 25 toneladas de raízes + parte aérea de 
mandioca por hectare são extraídos: 
K > N > Ca > P > Mg 
123 kg de N, 27 kg de P, 146 kg de K, 46 kg 
de Ca e 20 kg de Mg 
Adubação 
 Adubação nitrogenada 
Orgânica - aplicada na cova, sulco ou a lanço, no plantio ou 
com alguns dias de antecedência para que ocorra a sua 
fermentação 
Mineral - aplicada em cobertura ao redor da planta, de 30 a 60 
dias após a brotação das manivas, com o solo úmido. 
estercos, tortas, compostos, adubos 
verdes e outros 
uréia ou sulfato de amônio (40 
kg de N/ha) 
CUIDADO NA ADUBAÇÃO 
Deve-se tomar cuidado ao adubar as plantas, o excesso de adubo, 
principalmente nitrogenados, provoca crescimento exagerado da parte 
área, ocasionando um desbalanço entre raíz-parte áerea. 
PLANTAS COM 
EXCESSO DE 
NITROGENIO 
RAÍZES PEQUENAS E 
FINAS DEVIDO A EXCESSO 
DE PARTE AÉREA 
 Adubação fosfatada e potássica 
Realizada de acordo com a disponibilidade de fósforo e 
potássio mostrados na análise do solo 
Recomendação de adubação fosfatada e potássica no 
sulco de plantio 
Classe de 
disponibilid
ade 
P2O5 (kg/ha) 
K2O 
(kg/ha) >60 41-60 21-40 
< 20% de 
argila 
Muito baixa 100 80 70 60 - 
Baixa 80 60 50 40 60 
Média 60 40 30 30 40 
 Contribuição da micorriza arbuscular no crescimento da 
mandioca 
O efeito benéfico da micorriza arbuscular ocorre 
particularmente nas plantas que apresentam um sistema 
radicular reduzido e pouco ramificado, como a mandioca. 
As hifas externas do fungo podem estender-se no solo, 
funcionando como um sistema radicular adicional, e absorver 
nutrientes de um volume maior de solo, transferindo-os para 
as raízes colonizadas 
associação simbiótica natural entre 
fungos micorrízicos do solo e as raízes 
das plantas 
Conservação do solo 
 Manter o solo protegido contra a erosão 
 
crescimento inicial é muito lento e o espaçamento é 
amplo a planta demora a cobrir o solo. 
 O cultivo tende ao esgotamento 
A adoção de práticas conservacionistas deve-se: 
Práticas conservacionistas recomendadas em áreas inclinadas Combinar faixas de plantio de mandioca com faixas de 
outras culturas; 
 Enleirar em nível os restos culturais, auxiliando a conter as 
águas e a reduzir os riscos de erosão; 
 Sempre que houver disponibilidade de resíduos vegetais, 
cobrir o solo com vegetação morta; 
Consorciação 
 Melhora a utilização da terra, 
 
 Aumenta a eficiência no controle de ervas daninhas, 
 
 Aumenta a proteção do solo contra erosão 
 
 Disponibiliza mais de uma fonte alimentar e de renda. 
Distribuição das linhas de plantio dependerá das características: 
 
ciclo vegetativo 
época de cultivo distintas 
porte das plantas. 
Arranjo espacial em plantios consociados 
Fileira simples 
1,0 a 1,2m x 0,60 a 0,80m 
1 a 2 fileiras da cultura 
intercalar 
Fileira dupla 
2,0 a 3,0m x 0,60m x 0,60 a 0,80m 
2 a 4 fileiras da 
cultura intercalar 
Rotação de culturas 
 Melhorar a exploração de água e nutrientes 
 Quebrar ciclo de pragas e doenças 
 Auxiliar na descompactação do solo 
 Aumentar a eficiência no controle de ervas 
 Controle da bacteriose e a depauperação do 
solo 
realizada pelo menos a cada dois cultivos 
Poda 
Nem sempre é recomendada pois: 
 Reduz a produção de raízes e o teor de 
carboidratos, 
 
 Facilita a disseminação de pragas e doenças, 
 
 Aumenta a infestação de ervas daninhas e o teor 
de fibras nas raízes, 
 
 Eleva o número de hastes por planta 
 Quando da necessidade de manivas para novos 
plantios 
Quando a poda é recomendada? 
 Quando ocorre alta infestação de pragas e doenças 
 Quando há necessidade de ramas para alimentação 
animal 
 Como medida para preservação das ramas em áreas 
sujeitas a geadas. 
Quando podar? 
A que altura? 
Com que idade a planta pode ser podada? 
Mandiocais que sofreram poda devem aguardar de 
4 a 6 meses para que sejam colhidos. 
início do período chuvoso 
10 a 15 cm da superfície do solo 
10 a 12 meses 
 
Corte da parte aérea 
Primeiro corte da parte aérea 
Brotação da mandioca após o 
primeiro corte 
 
 
Segundo corte da parte aérea 
Corte e pesagem da parte aérea 
Processamento da parte aérea 
da mandioca 
 Necessidade de irrigação 
Tolerante as condições de seca; 
 A planta se adapta a ecossistemas com diversos regimes de 
precipitação variando de 500 – 5000 mm anuais; 
 Em condições de precipitação bem distribuídas, a mandioca cresce 
bem sem necessidade de irrigação; 
 Entretanto, em condições de seca, culturas irrigadas apresentam 
rendimento de 150 – 200% maior; 
 Deve-se ter cuidado com a frequência da irrigação, pois a planta 
não responde bem a irrigações com frequência elevada (FUKUDA & 
OTSUBO, 2003); 
Resultados experimentais recentes indicam que a cultura não 
responde positivamente a irrigações com alta freqüência. 
Lâminas de água de 30 a 40 mm 
Intervalos de 15 dias 
Período crítico – 1º ao 5º mês 
Irrigação 
 ESTRESSE HÍDRICO 
 
 
Diminuição dos internódios e 
 Queda de Folhas 
 
 
 
 
 
Plantas daninhas e seu controle na 
cultura da mandioca. 
Principais espécies infestantes da cultura 
Tabela .Principais Plantas daninhas que ocorrem na cultura da 
mandioca 
Nomes científicos Nomes populares 
Acanthospermum australe Carrapicho rasteiro 
Acanthospermum hispidum Carrapicho-de-carneiro 
Eupatorium ballataefolium Eupatorio 
Brachiaria plantaginea Capim marmelada 
Rhynchelytrum repens Capim favorito 
Sida cordifolia Malva branca 
Portulaca oleracea Beldroega 
Amaranthus viridis Caruru verde 
Amaranthus hybridus Caruru roxo 
Commelina difusa Trapoeraba 
Cyperus esculentus Tiririca 
 
Carrapicho rasteiro Carrapicho Capim marmelada 
Trapoeraba Tiririca Beldroega 
Controle de Plantas daninhas 
• O sucesso na produção e produtividade da cultura 
depende entre outros fatores, do manejo das plantas 
daninhas 
 
Danos: 
• Redução da produtividade e do valor da terra 
• Perda da qualidade do produto agrícola 
• Disseminação de pragas e de doenças 
• Aumento de custos 
• Maior dificuldade no manejo agrícola 
• O custo do controle de plantas daninhas, representando 
30 a 45% do total. 
• As perdas em produção podem chegar a 90%. 
 
Período crítico 
• A mandioca é sensível à competição das plantas 
daninhas nos primeiros quatro a cinco meses do seu 
ciclo. 
• Exigindo aproximado de 100 dias livre da interferência 
• A partir de 20 a 30 dias após sua brotação 
 
• Dispensando daí em diante as limpas até à colheita 
 
 
 
Métodos de Manejo das Plantas Daninhas 
 
• Preventivo 
 
• Cultural 
 
• Mecânico 
 
• Físico 
 
• Biológico 
 
• Químico 
 
• Manejo integrado 
• Preventivo 
 
Consiste em evitar a introdução de espécies de plantas 
daninhas 
 
Limpeza de roupas e de calçados dos trabalhadores 
 
- Limpeza de rodas de tratores e de partes dos 
implementos que trabalham o solo 
- Limpeza das margens de estradas, cercas e canais de 
irrigação 
- Fermentação de estercos e de materiais orgânicos 
- Isolamento de áreas 
- Quarentenas de animais trazidos de outras áreas 
 
Controle cultural 
• Uso de práticas que aumentem o potencial competitivo 
da mandioca 
• Dependerá: 
• Bom preparo do solo 
• Qualidade da maniva 
• Escolha da variedade adaptada ao ecossistema 
• Época de plantio 
• Densidade de plantio 
• Rotação de culturas 
• Uso de coberturas verdes. 
Controle mecânico 
 
• Realizado por meio de práticas de eliminação do mato; 
• Arranquio manual 
• Capina manual 
• Roçagem 
• Cultivo mecanizado. 
 
O custo de duas limpas à enxada, para manter a cultura 
livre de competição por aproximadamente 100 dias 
(período crítico de interferência), está em torno de 19% 
do custo total de produção. 
Controle químico 
• Uso de herbicidas 
Aplicados em pré e pós-emergência do mato 
• A maioria dos herbicidas utilizados são de pré-
emergência total (antes da germinação do mato e da 
brotação da cultura) 
 
• A escolha é conseqüência direta das espécies de plantas 
daninhas presentes e do seu custo. 
• A mistura de diuron + alachlor representa 8,5% do custo 
total de produção 
• Essa mistura é de grande eficácia no controle de mono 
e dicotiledôneas 
Controle integrado 
 
• Integração dos métodos químico, mecânico e cultural. 
• Obter um resultado mais eficiente, redução dos custos 
• Menor efeito sobre o meio ambiente 
 
• O uso de herbicidas nas linhas de plantio, combinado 
com o cultivador animal ou tratorizado nas entrelinhas 
da mandioca 
Manejo de pragas da cultura da 
mandioca. 
Mandarová: Erinnys ello 
 
 É uma das pragas de maior importância para a cultura 
 
Distribuição geográfica 
Alta capacidade de consumo foliar 
 Consomem o que equivale a 12 folhas bem desenvolvidas 
Mandarová: Erinnys ello 
 
 Em ataques severos, podem causar redução na produção de 
raízes entre 50 a 60%. 
 
 
. 
Mandarová: Erinnys ello 
 
Inspeções periódicas, nas lavouras, identificando os focos 
 
Controle: 
 
Em plantios pequenos - catação manual das lagartas 
 
O inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis 
 
Baculovirus erinnyis 
 
Inimigos naturais 
 
Controle físico - armadilhas luminosas 
Ácaros: 
Ácaro verde “tanajoá” (Mononychellus tanajoa) 
Ácaro rajado ( Tetranychus urticae). 
 
 
Os ácaros são as pragas mais severas que atacam a cultura da 
mandioca 
 
 
Encontrados em grande número na face inferior das folhas 
 
 
Freqüentemente durante a estação seca do ano 
 
 
Essas pragas são favorecidas por baixa umidade relativa do ar e 
altas temperaturas. 
Ácaros: 
Ácaro verde “tanajoá” (Mononychellus tanajoa) 
Ácaro rajado ( Tetranychus urticae). 
 
Danos: 
Alimenta-se das folhas não expandidas 
 
Ocasionando o retardamento no crescimento da planta 
 
As plantas apresentam pequenas pontuações amareladas nas 
folhas, ficam deformadas e perdem a coloração verde 
 
Ataques severos, os brotos foliares morrem, ocorrem 
ramificações ásperas e de cor marrom 
 
 
 
. 
Ácaros: 
Ácaroverde “tanajoá” (Mononychellus tanajoa) 
Ácaro rajado ( Tetranychus urticae). 
 
Uso de variedades resistentes 
Fungos do gênero Neozygites 
Destruição dos restos culturais 
Práticas culturais 
Plantio de materiais isentos da praga 
 
Controle químico 
 
Mosca-do-broto – Neosilba sp. (Diptera: Lonchaeidae) 
 
Essa praga pode ocorrer durante todo o ano, porém as maiores 
populações ocorrem, durante o período chuvoso. 
 
As larvas que se desenvolvem nas brotações se alimentam dos 
tecidos tenros e provocam a morte dos pontos de crescimento 
 
Das galerias feitas pelas larvas, extravasa uma exsudação 
escura. 
 
 O resultado do ataque da praga é o atraso no desenvolvimento 
da planta e a emissão de ramos laterais 
 
 
Ataques severos podem provocar o nanismo das plantas. 
 
 
. 
Mosca-do-broto – Neosilba sp. (Diptera: Lonchaeidae) 
 
Controle: 
As práticas culturais: 
 
Deve-se quebrar o broto da planta que contém a larva do inseto 
e eliminá-lo 
Não há inseticidas registrados 
 
. 
Mosca-branca – Aleurothrixus aepim (Goeldi), Bemisia 
spp. e Trialeurodes spp. (Hemiptera: Aleyrodidae) 
 
Sugam a face inferior das folhas e injetam fitotoxinas 
 
Redução da produtividade 
Redução da qualidade das raízes, que podem 
apresentar um gosto amargo 
 
Reduz a capacidade fotossintética das plantas. 
 
 
 
Quimico 
Inseticidas não são recomendados 
 
 
Broca-das-hastes – Coelosternus sp. (Coleoptera: Curculionidae) 
 
 
Os adultos da praga são besouros 
 
As larvas, penetram na medula da planta 
 
Desses orifícios sai uma exsudação viscosa 
 
Ocorre nas épocas mais secas 
 
Danos: 
Perda das folhas 
Seca da planta. 
 
Controle: 
destruição dos restos culturais 
Variedades 
Percevejo-de-renda – Vatiga illudens (Drake) (Hemiptera: 
Tingidae) 
 
Percevejos que apresentam cor cinza e cerca de 3mm 
 
Vivem em colônias face inferior das folhas basais 
 
Ocorrem no início da estação seca. 
 
Danos: 
Pequenas pontuações branco-amareladas, que aumentam 
em número e tamanho, tornando as folhas bronzeadas 
 
Pode causar queda acentuada na produtividade 
 
Reduções de 21% na produção de raízes. 
Controle: 
Destruição dos restos culturais 
Plantios consorciados 
Rotação de culturas 
Utilização de cultivares mais tolerantes 
Manivas-sementes infestação da praga. 
 
Inseticidas (monocrotofós, dimetoato e vamidotion), 
tiametoxan + cipermetrina e dimetoato 
Cupins: 
 
Atacam o material de propagação armazenado, as plantas 
jovens e raízes das plantas em crescimento. 
 
 
 
 
 
Formigas: 
Podem desfolhar rapidamente as plantas quando ocorrem em 
altas populações e/ou não controladas. 
 
 
. 
DOENÇAS E MÉTODOS DE CONTROLE 
Podridão Radicular 
Causada por Phytophthora spp., Fusarium spp. E 
Pythium scleroteichum 
Ocorre em áreas compactadas ou com má drenagem 
Pode causar redução média de 30% na produtividade. 
A ocorrência de Phytophthora spp. é mais acentuada 
em áreas sujeitas a encharcamento, e de pH ligeiramente 
alcalino com corrência em solos ácidos e arenosos 
A de Fusarium spp. está relacionada a solos ácidos e 
adensados. 
Podridão Radicular 
Os sintomas da Phytophthora spp. 
• Aparecem na fase adulta da cultura 
• Causa podridões “moles” nas raízes. 
• É mais freqüente em raízes maduras; 
• Pode manifestar-se na base das hastes jovens 
• Em plantas recém-germinadas, causando murcha e 
morte total. 
• Presença de odores muito fortes 
• Coloração acizentada 
Podridão Radicular 
 
Sintomas do Fusarium spp., 
Podem ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento 
da planta. 
 
Freqüentemente ataca o colo da planta, junto ao solo. 
 
podridão de consistência seca e sem o aparente 
distúrbio dos tecidos 
Podridão das raízes
Podridão Radicular 
Podridão Radicular 
Controle 
Variedades resistentes: Poti e Mani 
 Práticas culturais: 
Utilizar material de plantio sadio - Rotação de culturas 
Manejo do solo: Físico e químico 
Adubação orgânica e correção do pH 
Práticas que facilitem a drenagem 
Sistemas de cultivo: Plantio em camalhão 
 
Diminuição da podridão radicular em até 64%. 
 
Bacteriose Xanthomonas campestris pv. Manihotis 
 
Superalongamento Sphaceloma manihoticola 
Entrou no Brasil em 1977, pelos estados do Amazonas 
e Pará. 
Sintomas 
Alongamento exagerado das hastes tenras ou em 
desenvolvimento 
Em casos severos podem apresentar lesões típicas de 
verrugoses nas hastes, pecíolos e nervuras; 
Retorcimento das folhas, desfolhamento e morte dos 
tecidos. 
Superalongamento Sphaceloma manihoticola 
Prejuízos 
As perdas de produção podem atingir até 70% 
Em cultivar tolerante, a perda no máximo é de 30%. 
 
Controle 
Seleção de ramas sadias para o plantio 
Eliminação de plantas infectadas 
Uso de cultivares tolerantes ou resistentes 
Rotação de culturas. 
Superalongamento Sphaceloma manihoticola 
 
Viroses 
Existem três tipos de doenças viróticas na mandioca 
Mosaico das nervuras 
Mosaico comum 
Viroses 
Couro de sapo 
Observado de modo muito restrito nos Estados do 
Amazonas, Pará e Bahia 
É considerada como potencialmente importante 
Transmitido pelo uso de manivas infectadas e pela 
mosca-branca (Bemisia tuberculata) 
Estima-se que um ataque severo pode provocar 
redução em torno de 70% na produtividade 
Redução dos teores de amido pode variar de 10 a 80%. 
Viroses 
Couro de sapo 
Controle 
Seleção de material de plantio 
Uso de variedades resistentes 
Eliminação de plantas afetadas dentro do cultivo. 
 
 Colheita e armazenamento pós-colheita 
 A época da colheita vai depender do ciclo das cultivares, que se 
classificam em: 
 Ciclo precoce: de 6 a 12 meses; 
 Ciclo tardio: de 18 a 20 meses; 
 Ciclo médio: de 14 a 16 meses; 
 A colheita da mandioca pode ser realizada mecanicamente ou 
manualmente. 
 Após a colheita as raízes não podem ficar amontoadas por mais de 
24 horas, pois fermentam e ou apodrecem; 
Colheita 
Fatores que interferem na colheita 
Fatores técnicos 
Ciclo das cultivares 
- precoces - 10-12 meses; 
- semiprecoces - 14-16 meses; 
- tardias - 18-20 meses 
- 
Deve-se considerar também o objetivo do produto 
Mesa, são colhidas de 6 a 14 meses 
Indústria de 18 a 24 meses 
Fatores ambientais 
- Condições de solo e clima 
Regiões onde predomina indústrias - a colheita é 
feita geralmente nos períodos secos e quentes ou 
secos e frios, entre as estações chuvosas 
Regiões onde é considerada produto de 
subsistência - a colheita ocorre o ano inteiro, para 
atender ao consumo e à comercialização nas feiras 
livres 
 Estado das estradas e dos caminhos de acesso ao 
mandiocal. 
Fatores econômicos 
- Situação do mercado e dos preços dos produtos 
- Disponibilidade de mão-de-obra e de recursos 
de apoio 
- Premência de tempo (contratos devem ser 
satisfeitos na época pre-estabelecida 
Época de colheita 
Quando as plantas encontram-se em período de repouso 
Diminuíram o número e o tamanho das folhas e 
dos lobos foliares 
Atinge o máximo de produção de raízes 
com elevado teor de amido. 
Tipos de colheita 
 Mecanizada 
 Manual 
Etapas da colheita 
 Poda das ramas (20 a 30 cm acima do nível do solo) 
 Arranquio das raízes 
Evitar que as raízes arrancadas permaneçam no 
campo por mais de 24h 
Um homem colhe 600 a 800 kg de raízes 
de mandioca numa jornada de trabalho de 
oito horas 
Mão Amiga 
Foto globo rural, 2012 
Mandioca na alimentação animal 
Raspa de raízes de mandioca 
A concentração de energia útil na mandioca e seus 
derivados é afetada pela umidade. 
 Quando fresca - menos de 1.500 kcal de energia 
metabolizável por quilo de massa fresca; 
 
 Quando desidratada - varia de 3.200 a 3.600 kcal 
A desidratação é um processo importante para 
conservar a qualidade das raízes depois de colhidas 
Obtenção da raspa 
 Lavagem das raízes (sem a retirada da casca ) 
 
 Corte das raízes 
 
 Desidratação das raízes (60-70% nas raízespara 10-
14% nas raspas) 
 
 
 Armazenamento ( a granel ou em sacos de aniagem 
ou ráfia, com capacidade de 30 a 40 quilogramas) 
Rendimento 
30-40% ( para cada 1.000kg de raízes são 
produzidos de 300 a 400kg de raspa) 
Feno da parte aérea da mandioca 
Monogástricos x Ruminantes 
Produção do feno 
 Corte das ramas 
 
 Desidratação das ramas (baixar de 65-80% nas 
ramas para 10-14% no feno) 
 
 Armazenamento 
Rendimento 
20-30% (para cada 1.000 kg de ramas são 
produzidos de 200-300kg de feno 
Folhas 
Ensilagem da Parte aérea Cascas 
Manipueira 
 Comercialização 
Goma Mandioca Farinha 
Tucupi 
Maniçoba Farinha de tapioca 
Mandioca triturada) 
Vieira e Fialho (2007) 
Casca de mandioca) 
Vieira e Fialho (2007) 
Alimentação de vacas 
 Comercialização 
Processamento da parte aérea 
da mandioca 
 “Ninguém sabe tanto que não tenha 
nada a aprender, e ninguém sabe tão 
pouco que não tenha nada a ensinar.” 
 
 (Paulo Freire)

Continue navegando