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Mandioca (Manihot esculenta Crantz) Leonardo Elias Ferreira UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA Junho-2018 1 • No Brasil a cultura da mandioca é destaque: • Quarto maior produtor mundial de raiz de mandioca. • Quarta cultura mais produzida no país, com 21,2 milhões de toneladas, atrás, apenas, da cana-de-açúcar, soja e milho (1ª e 2ª safras). Introdução 2 Introdução • No Brasil a mandioca está entre as culturas de maior produção; • 21 milhões de toneladas até janeiro de 2018; redução de 11,8% frente a 2016. • O Pará é o maior produtor 4,21 milhões de toneladas; Pará (-14,3%) • Responsável por 20% da mandioca consumida no país. • (BRASIL, 2016; CONAB, 2017). 0 5 10 15 20 25 30 1976 1986 1996 2006 2016 Brasil 0 1 2 3 4 5 6 7 1986 1996 2006 2016 Pará milhões de toneladas 0 5 10 15 20 1986 1996 2006 2016 Pará - rendimento t/há Produção nacional de raízes de mandioca nos anos de 1976, 1986, 1996, 2006 e 2016. Produção de raízes de mandioca no estado do Pará nos anos de 1986, 1996, 2006 e 2016. Rendimento médio no estado Pará nos anos de 1986, 1996, 2006 e 2016. 0 5 10 15 20 25 30 Produção milhões de toneladas 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Rendimento t/há Desafios da mandiocultura no Pará • Sistematização do solo • Melhoria da qualidade genética • Controle de plantas daninhas Manejo nutricional do solo Importância Importância alimentar: humana e animal matéria-prima em inúmeros produtos industriais consumo per capita de 70 kg/ano 85% são consumidos na forma de farinha e o restante nas formas de raízes frescas (mandioca de mesa, macaxeira) e outros derivados Principalmente pela facilidade de cultivo, rusticidade, capacidade de regeneração e de adaptação Origem - America do sul Botânica Taxonomia Ordem - Malpighiales Família - Euphorbiaceae Gênero - Manihot Espécie - Manihot esculenta Descrição da planta A planta é um arbusto perene, com crescimento vertical e resistente à seca Raiz Tuberosa, de formato variado e em nº de 5 a 10 parte mais importante da planta Plantas oriundas de sementes - axial tuberoso e formação de raízes secundárias feculentas. Formação agâmica ocorre o modelo pseudo-fasciculado tuberoso. Tamanho médio este pode variar entre: 1. curta - menor que 20 cm; 2. intermediaria - entre 20 e 30 cm 3 longa - maior que 30 cm Pedúnculo nas raízes Cor externa da raiz Cor do córtex da raiz Cor da polpa da raiz Textura da epiderme da raiz Forma da raiz Caule Sub-arbustivo erecto Quando adulto é lenhoso Nós salientes Ramificação baixa ou alta, de numero variado Na axila dos nós encontra-se uma gema, responsável pela propagação vegetativa Altura da planta antes da colheita: 1,50 a 2,40 metros. Cor do córtex do caule Cor externa do caule Comprimento da filotaxia Habito de crescimento de caule. Hábito de ramificação: Folha São simples inseridas no caule em disposição alterna dística Lobadas e longamente pecioladas. Os lobos apresentam variação quanto a cor, formato, número e tamanho Cor da folha apical Cor da folha desenvolvida Número de lóbulos Forma do lóbulo central Cor do pecíolo Inflorescência As masculinas em maior número e de tamanho menor, nas extremidades Femininas, em numero mais reduzido e de tamanho maior, na base. Flores Fruto É uma cápsula com 3 sementes e que se abre quando seco Porte da planta Melhoramento genético da mandioca Manihot esculenta Crantz 36 Bancos de Germoplasma • Estabelecimento e a manutenção de um banco de germoplasma; • Identificação de características de importância para os programas de melhoramento genético; • A caracterização e a avaliação dos diversos acessos. 38 Melhoramento genético Objetivos: • Desenvolver variedades mais produtivas (ex: Zulhuda; Maranhense); • Maior resistência às pragas e doenças (ex: BRS POTI; BRS Purus); • Maior produtividade de amido; • Melhoria na qualidade das raízes para o mercado in natura (ex: IAC 576-70); • Maior teor de carotenoides. (ex: BRS Gema de Ovo e BRS Dourada) 39 Métodos de melhoramento usados na Mandioca 1-Introdução e seleção de variedades; 2-Hibridação intraespecífica; 3-Hibridação interespecífica; 4-Indução de poliplóides. 41 1-Introdução e seleção de variedades: • É o método mais comum de desenvolvimento de novas variedades. • Introdução, seguida de avaliações criteriosas • Apresenta uma grande chance de êxito, em função da diversidade genética disponível. 42 2-Hibridação intraespecífica • Método mais comum Criar variabilidade; Transferir características de interesse econômico. • Cruzamentos realizados entre parentais da mesma espécie Portadores de características complementares; Seleção fenotípica dos clones; Performance através de anos e em diferentes locais. • O sucesso desse método depende de vários fatores. 43 3-Hibridação interespecífica • Utilização de outras espécies do gênero Manihot. • Cruzamento de um genótipo cultivado com uma espécie silvestre portadora de alelos favoráveis para uma determinada característica • Alelos desfavoráveis para outra características agronômicas também é transferida. 44 4-Indução de poliplóides • Pouco utilizado • Está associada a certas características da planta Vigor da parte aérea Incluindo as folhas maiores mais espessas Boa retenção foliar. 45 Técnicas de Hibridação Polinização aberta Polinização controlada Policruzamento Cruzamentos dialélicos 46 Polinização aberta • É o método mais simples e econômico • Requer informações básicas, tais como: 1-Tipo de agentes polinizadores da espécie 2-Dinâmica de transporte do pólen por esses agentes 3-Taxas de autofecundações. • As abelhas são os principais agentes polinizadores da mandioca. 47 Polinização aberta Desvantagens • permiti autofecundações • perda da identidade do parental masculino. Importante • Os parentais reúnam o maior numero de características desejáveis e complementares. 48 Policruzamento Cruzamento entre um grupo de genótipos, em campos isolados. Fatores que afetam: • Espaçamento e o arranjo das plantas; • Grau de incompatibilidade entre os genótipos; • Época e a duração da floração; • Qualidade do material de plantio; • Atividade dos insetos polinizadores; • Direção predominante dos ventos. • Os modelos para o arranjo das plantas envolvem até 50 genótipos; 49 Polinização controlada -Vantagens: • É a mais eficiente; • Permite o controle da identidade de ambos os parentais, feminino e masculino; • Descarta-se os riscos de cruzamentos indesejáveis e de autofecundações; -Desvantagens: • Número de sementes produzidas por cruzamento é menor; • Custos de obtenção das mesmas, mais elevados; 50 Polinização controlada 1) Cobertura das flores femininas na pré-antese; 2) Emasculação, ou seja, eliminação das flores masculinas; 3) coleta e acondicionamento das flores masculinas sob o mesmo reconhecimento; 4) Polinização propriamente dita: contato direto das anteras com o estigma. 51 FONTE: VIEIRA, (1999) 52 Flor feminina Momento da polinização Flor feminina polinizada FONTE: VIEIRA, (1999) 53 http://slideplayer.com.br/slide/ 3396299/ 54 A hibridização (controlada manualmente, na imagem) entre a mandioca (Manihot esculenta Crantz) e espécies silvestres do mesmo gênero, permitiu desenvolver cultivares mais resistentes e de maior produtividade. Foto: Nagib M. A. Nassar 55 Cruzamentos dialélicos • O numero plantas corresponde ao numero de cada parental polinizador. • São plantadas duas fileiras de 20 plantas de cada clone parental feminino, intercaladas por uma fileira de 20 plantas do parental masculino. • As plantas utilizadas como fêmeas são sistematicamente emasculadas. • Sementes coletadas nessas plantas são oriundas de cruzamentos • O uso de genótipos macho estéreis 56 Fatores que afetam a hibridação e a produção de sementes • Não florescimento ou a baixa taxa de produção de flores por parte de alguns genótipos; • Falta de sincronia da época de florescimento dos genótipos • Macho esterilidade. Estrutura de um programa de melhoramento • As variedades de mandioca são altamente heterozigotas; • A segregação ocorre na primeira geração; • A primeira seleção dos híbridos F1; • Cada individuo selecionado passa a ser propagado vegetativamente e avaliado por meio de testes. 58 Critérios de seleção para produtividade Caracteres da planta: 1-peso de raízes; 2-peso de parte aérea; 3-numero de raízes por planta; 4-altura da planta; 5-índice de colheita. O rendimento de raízes e o índice de colheita correlacionam-se negativamente com a altura da planta e com o rendimento de parte aérea. 59 Principais resultados e impactos • Desenvolvimento de variedades superiores; • Variedades com caracteres econômicos ou de importância biológica aceitos pelos agricultores, processadores e consumidores; • Impactos econômicos significativos em áreas de maior produção. 60 Fenologia da mandioca Fases de desenvolvimento da planta Primeira fase – brotação da estaca Brotações das gemas – 5º dia Início das raízes Desenvolvimento dos ramos aéreos Inicio do surgimento das primeiras folhas 10 a 12 dias Duração = 15 dias Apresenta cinco fases fisiológicas, sendo quatro ativas e uma de repouso Brotação de manivas Segunda fase – formação do sistema radicular Substituição das primeiras raízes formadas (Adiventícias) Crescimento das raízes (Fibrosas) Podem atingir até 1,4m sendo que 95% das raízes reservas encontram-se nos primeiros 30cm Duração da fase = 70 a 80 dias Geralmente dos 15 aos 90 DAP Segunda fase – formação do sistema radicular Poucas raízes fibrosas tornar-se-ão raízes de reserva (3-14) Terceira fase – desenvolvimento de ramos e folhas Intensa ramificação Caracterização da planta Folhas de 60 a 100 dias Duração da fase = 90 dias Dos 90 aos 180 DAP Leituras e medições Quarta fase – engrossamento das raízes reservas Carreamento das substâncias de reserva Engrossamento das raízes Intensifica no 6º mês Duração da fase = 5 meses Geralmente dos 180 aos 300 DAP As hastes tornam-se mais lignificadas Quinta fase – repouso Perdas das folhas Paralização das atividades vegetativas Término do ciclo 9 a 12 meses - Recomeço da atividade reprodutiva Implantação, nutrição e adubação da cultura da mandioca Cultivares Escolha adequada para o plantio depende: As várias cultivares podem ser classificadas de acordo com: Da finalidade de exploração do cultivo Do ciclo Do local onde vai ser plantada. Toxidade mandioca brava, amarga ou venenosa mandioca mansa, de mesa, aipim ou macaxeira utilização industrial uso culinário Pouco venenosa - de 50 a 80 mg de HCN/kg de raiz Venenosa - de 80 a 100 mg de HCN/kg de raiz Muito venenosa - acima de 100 mg de HCN/kg de raiz Teor de ácido cianídrico: Precocidade : Precoces - ciclo de 10 à 12 meses Semi-precoces - ciclo de 14 à 16 meses Tardias - ciclo de 18 à 20 meses Utilização : Industriais - a maioria das raízes é processada sob a forma de farinha e amido, atendendo as seguintes características: Teor de amido > 30% Raízes com polpa branca Película (córtex) fina e de cor clara Destaque fácil da película da raiz Ausência de cinta na raiz Boa conformação das raízes De mesa - as cultivares utilizadas para consumo humano são denominadas de aipim, macaxeira ou mandioca mansa. É importante a qualidade da raiz Baixo teor de HCN nas raízes Cozimento rápido Boa palatabilidade Fácil descascamento Ausência de fibras nas raízes Raízes bem conformadas Alimentação animal: as cultivares devem apresentar alto rendimento de raízes e parte aérea. Com boa retenção foliar e Alto teor de proteínas nas folhas Componentes da raiz % Minerais da cinza g/Kg Umidade 71,50 Nitrogênio 0,83 Matéria seca Fósforo 0,15 Proteína bruta 0,43 Potássio 1,38 Carboidratos 94,10 Cálcio 0,13 Cinzas 2,40 Magnésio 0,04 Tabela 03 – Composição da raiz da mandioca. Fonte: Oke (1968) Composição química MANDIOCA: UTILIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO HUMANA E ANIMAL Prof. Ivandro de França da Silva Determinação Composição (%) Caule Cepa Folha Umidade 65,00 53,28 77,20 Matéria seca (%) Proteína 6,25 - 30,68 Carboidratos 31,91 - 42,00 Amido - 71,40 - Fibras 52,55 - 43,15 Cinzas 6,15 2,28 7,22 Tabela 04 - Composição média da parte aérea da mandioca. Fonte: CERAT/UNESP (2000) Composição química MANDIOCA: UTILIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO HUMANA E ANIMAL Prof. Ivandro de França da Silva Requerimentos edafoclimáticos É cultivada entre 30° de latitudes Norte e Sul, embora sua concentração de plantio esteja entre as latitudes 15°N e 15°S Clima Suportam altitudes desde o nível do mar até cerca de 2.300 metros Altitude- 600 a 800m são as mais favoráveis Temperatura A faixa ideal situa-se entre 20 e 27°C Temperatura em torno de 15°C, retardam a germinação e diminuem ou mesmo paralisam sua atividade vegetativa, induzindo-a entrar em fase de repouso. Chuva entre 1.000 a 1.500 mm/ano A mandioca produz em locais com índices de até 4.000 mm/ano, sem estação seca em nenhum período do ano Cultivada em regiões semi-áridas, com 500 a 700 mm Luminosidade Dias longos favorecem o crescimento de parte aérea e reduzem o desenvolvimento das raízes de reserva; Dias mais curtos promovem o crescimento das raízes de reserva e reduzem o desenvolvimento dos ramos. ideal está em torno de 12 horas/dia Profundos e soltos (friáveis) sendo ideais os solos arenosos ou de textura média; Topografia plana ou levemente ondulada, com declividade menor que 5%, podendo ir até 10%. pH de 5,5 a 7, sendo 6,5 o ideal; Os solos muito argilosos devem ser evitados Solos Produz bem em solos de alta fertilidade Rendimentos satisfatórios em solos degradados fisicamente e com baixos teores de nutrientes. Seleção da área e preparo do solo Deverão ser consideradas as condições de clima e de solo favoráveis ao cultivo. Finalidades: -Controle do mato -Melhorar as condições físicas para a brotação das manivas e crescimento das raízes -Aumento da aeração e infiltração de água e redução da resistência do solo ao crescimento radicular. O preparo do solo Deve ser o mínimo possível Executado em curvas de nível Aração na profundidade de 40 cm 30 dias depois, executadas duas gradagens Suassuna, 2005 Subsolagem em área para plantio Suassuna, 2005 Área subsolada Suassuna, 2005 Gradagem em área subsolada Confecção dos Camalhões Produção e obtenção de mudas ou sementes São pedaços das hastes ou ramas do terço médio da planta Devido à multiplicação vegetativa, a seleção das ramas e o preparo das manivas são pontos importantes para o sucesso da plantação. manivas ou manivas-semente Seleção e preparo do material de plantio Escolha da cultivar De acordo com o objetivo da exploração Seleção de ramas Maduras,provenientes de plantas com 10 a 14 meses de idade do terço médio da planta Plantar de uma só cultivar numa mesma área, evitando- se a mistura de cultivares verificar o teor de umidade da rama Conservação de ramas Armazenadas o mais próximo possível da área a ser plantada, em local fresco, com umidade moderada, protegidas dos raios solares diretos e de ventos frios e quentes Não serão utilizadas imediatamente após a colheita Posição vertical Posição horizontal Necessária devido a falta de coincidência entre a colheita da mandioca e os novos plantios Deverá ser reservada uma área, com cerca de 20% do mandiocal, como campo de multiplicação de maniva- semente, para a instalação de novos plantios, exceto em áreas com riscos de geadas. Em regiões onde ocorrem geadas, o armazenamento também pode ser feito em silos tipo trincheira ou em leirões. Preparo das manivas 20cm de comprimento, com pelo menos 5 a 7 gemas, e diâmetro em torno de 2,5cm, com a medula ocupando 50% ou menos. terço médio da planta Material utilizado para plantio Corte e tamanho da maniva semente Distribuição de manivas Preparação das manivas Para o plantio 1 ha são necessário de 4 m³ a 6 m³ 1 ha com 12 meses produz hastes para o plantio de 4 a 5 hectares. Quantidade de manivas Um metro cúbico de hastes pesa aproximadamente 150 kg e pode fornecer cerca de 2.500 a 3.000 manivas com 20 cm de comprimento. Plantio Quando o solo tenha umidade, necessária para brotação das manivas e enraizamento. Época de plantio Nos cultivos industriais: combinar as épocas de plantio com os ciclos das cultivares e épocas de colheita Garantir um fornecimento contínuo. Primeiros meses do período chuvoso Plantio Pode ser feito de duas formas: sulcos ou camalhões; 1- Em sulcos - Os sulcos devem ser abertos numa profundidade de 10 cm com sulcador, podendo usar tração motora ou animal. Os sulcos podem ser abertos em fileiras simples ou duplas; O espaçamento recomendado deve ser de acordo com a fertilidade do solo, da cultivar e do tipo de exploração; Espaçamento Fileira simples 1,0 x 0,5 ou 1,0 x 0,6 m Fileira dupla 2,0 x 0,6 x 0,6 m Plantio Espaçamentos - fertilidade do solo - porte da variedade - objetivo da produção (raízes ou ramas) - tratos culturais - tipo de colheita (manual ou mecanizada) fileiras simples - 1,00 x 0,50 m e 1,00 x 0,60 m Em plantios destinados a produção de ramas para ração animal: 0,80 x 0,50 m. Depende: Vantagens fileiras duplas: fileiras duplas - 2,00 x 0,60 x 0,60 m aumenta a produtividade; facilita a mecanização; facilita a consorciação; permite a rotação de culturas na mesma área, pela alternância das fileiras; reduz a pressão de cultivo sobre o solo; facilita a inspeção fitossanitária e a aplicação de defensivos. Espaçamento Produção Fitomassa fresca Fitomassa seca N. adubada Adubada N. adubada Adubada Raiz Aérea Raiz Aérea Raiz Aérea Raiz Aérea --m -- ------------------------- t/ha -------------------------- Orientação Leste / Oeste 1,00x0,50 24,67 19,09 31,05 22 13 7,33 5,28 8,60 5,88 1,00x0,50x0,50 35,95 20,69 31,93 18,29 13,01 5,45 9,63 4,84 1,00x0,50x0,40 30,64 27,36 38,18 26,28 9,11 7,51 10,28 7,33 Média 30,42 22,38 34,06 22,23 9,82 6,08 9,50 6,02 Orientação Norte/ Sul 1,00x0,50 40,84 28,69 35,24 26,29 13,73 8,25 19m84 7,56 1,00x0,50x0,50 27,73 21,41 31,31 26,72 8,33 6,30 9,06 7,34 1,00x0,50x0,40 33,97 22,31 33,67 23,92 10,33 6,30 9,48 6,66 Média 34,05 24,14 33,41 25,64 6,95 6,95 9,79 7,19 Tabela 09 – Produção média de raízes e de parte aérea de cinco cultivares de mandioca em quatro épocas de colheita, no município de Areia - PB. Fonte: Chagas (2003) O plantio é feito em covas preparadas com enxada ou em sulcos construídos com enxada, sulcador a tração animal ou tratorizado. Tanto as covas como os sulcos devem ter aproximadamente 10 cm de profundidade. Plantadeiras mecanizadas Para plantio de duas linhas Para plantio de quatro linhas Fazem de uma só vez as operações de sulcamento, adubação, corte das manivas, plantio e cobertura. Posição de plantio Horizontal Inclinada vertical Mais usada Em solos muito argilosos ou com problemas de drenagem, recomenda-se plantar em mutambo ou camalhões As raízes aprofundam mais Plantio de manivas de mandioca Adubação orgânica: - Esterco de curral - Resíduos vegetais -Composto orgânico Adubação mineral: Produz bem em solos de baixa fertilidade Adubação Tabela 01. Quantidades aproximadas de nutrientes extraídas por uma produção de 60 t/ha (30t de raízes e 30t de parte aérea). Nutrientes Raízes Parte aérea Total ------------------ Kg ------------------- Potássio 76 124 200 Nitrogênio 38 126 164 Cálcio 9 71 80 Fósforo 10 21 31 Magnésio 9 22 31 Enxofre 3 11 14 Adubação Tratamentos Fitomassa Parte aérea Raízes Fresca Seca Fresca Seca N-P-K ------------------------- t/ha ------------------------- Mandioca mansa (Cedinha) 0-0-0 20,00 4,80 29,80 10,74 0-70-60 26,20 4,30 26,00 9,80 30-70-60 19,80 4,78 31,00 11,24 60-70-60 18,60 4,50 25,60 10,46 Média 21,15 4,60 28,02 10,56 Mandioca brava (Monge branca) 0-0-0 18,20 5,62 42,00 13,16 0-70-60 24,60 5,12 38,20 12,24 30-70-60 18,00 5,60 43,20 13,60 60-70-60 16,80 5,32 37,80 12,88 Média 19,40 5,42 40,30 12,98 Tabela 02 – Produção de fitomassa fresca e seca de parte aérea e de raízes de mandioca, submetida a aplicação de quantidades crescentes de nitrogênio. Fonte: Dias (2001) Requerimentos nutricionais A mandioca absorve grandes quantidades de nutrientes e praticamente exporta tudo o que foi absorvido. Para produção de 25 toneladas de raízes + parte aérea de mandioca por hectare são extraídos: K > N > Ca > P > Mg 123 kg de N, 27 kg de P, 146 kg de K, 46 kg de Ca e 20 kg de Mg Adubação Adubação nitrogenada Orgânica - aplicada na cova, sulco ou a lanço, no plantio ou com alguns dias de antecedência para que ocorra a sua fermentação Mineral - aplicada em cobertura ao redor da planta, de 30 a 60 dias após a brotação das manivas, com o solo úmido. estercos, tortas, compostos, adubos verdes e outros uréia ou sulfato de amônio (40 kg de N/ha) CUIDADO NA ADUBAÇÃO Deve-se tomar cuidado ao adubar as plantas, o excesso de adubo, principalmente nitrogenados, provoca crescimento exagerado da parte área, ocasionando um desbalanço entre raíz-parte áerea. PLANTAS COM EXCESSO DE NITROGENIO RAÍZES PEQUENAS E FINAS DEVIDO A EXCESSO DE PARTE AÉREA Adubação fosfatada e potássica Realizada de acordo com a disponibilidade de fósforo e potássio mostrados na análise do solo Recomendação de adubação fosfatada e potássica no sulco de plantio Classe de disponibilid ade P2O5 (kg/ha) K2O (kg/ha) >60 41-60 21-40 < 20% de argila Muito baixa 100 80 70 60 - Baixa 80 60 50 40 60 Média 60 40 30 30 40 Contribuição da micorriza arbuscular no crescimento da mandioca O efeito benéfico da micorriza arbuscular ocorre particularmente nas plantas que apresentam um sistema radicular reduzido e pouco ramificado, como a mandioca. As hifas externas do fungo podem estender-se no solo, funcionando como um sistema radicular adicional, e absorver nutrientes de um volume maior de solo, transferindo-os para as raízes colonizadas associação simbiótica natural entre fungos micorrízicos do solo e as raízes das plantas Conservação do solo Manter o solo protegido contra a erosão crescimento inicial é muito lento e o espaçamento é amplo a planta demora a cobrir o solo. O cultivo tende ao esgotamento A adoção de práticas conservacionistas deve-se: Práticas conservacionistas recomendadas em áreas inclinadas Combinar faixas de plantio de mandioca com faixas de outras culturas; Enleirar em nível os restos culturais, auxiliando a conter as águas e a reduzir os riscos de erosão; Sempre que houver disponibilidade de resíduos vegetais, cobrir o solo com vegetação morta; Consorciação Melhora a utilização da terra, Aumenta a eficiência no controle de ervas daninhas, Aumenta a proteção do solo contra erosão Disponibiliza mais de uma fonte alimentar e de renda. Distribuição das linhas de plantio dependerá das características: ciclo vegetativo época de cultivo distintas porte das plantas. Arranjo espacial em plantios consociados Fileira simples 1,0 a 1,2m x 0,60 a 0,80m 1 a 2 fileiras da cultura intercalar Fileira dupla 2,0 a 3,0m x 0,60m x 0,60 a 0,80m 2 a 4 fileiras da cultura intercalar Rotação de culturas Melhorar a exploração de água e nutrientes Quebrar ciclo de pragas e doenças Auxiliar na descompactação do solo Aumentar a eficiência no controle de ervas Controle da bacteriose e a depauperação do solo realizada pelo menos a cada dois cultivos Poda Nem sempre é recomendada pois: Reduz a produção de raízes e o teor de carboidratos, Facilita a disseminação de pragas e doenças, Aumenta a infestação de ervas daninhas e o teor de fibras nas raízes, Eleva o número de hastes por planta Quando da necessidade de manivas para novos plantios Quando a poda é recomendada? Quando ocorre alta infestação de pragas e doenças Quando há necessidade de ramas para alimentação animal Como medida para preservação das ramas em áreas sujeitas a geadas. Quando podar? A que altura? Com que idade a planta pode ser podada? Mandiocais que sofreram poda devem aguardar de 4 a 6 meses para que sejam colhidos. início do período chuvoso 10 a 15 cm da superfície do solo 10 a 12 meses Corte da parte aérea Primeiro corte da parte aérea Brotação da mandioca após o primeiro corte Segundo corte da parte aérea Corte e pesagem da parte aérea Processamento da parte aérea da mandioca Necessidade de irrigação Tolerante as condições de seca; A planta se adapta a ecossistemas com diversos regimes de precipitação variando de 500 – 5000 mm anuais; Em condições de precipitação bem distribuídas, a mandioca cresce bem sem necessidade de irrigação; Entretanto, em condições de seca, culturas irrigadas apresentam rendimento de 150 – 200% maior; Deve-se ter cuidado com a frequência da irrigação, pois a planta não responde bem a irrigações com frequência elevada (FUKUDA & OTSUBO, 2003); Resultados experimentais recentes indicam que a cultura não responde positivamente a irrigações com alta freqüência. Lâminas de água de 30 a 40 mm Intervalos de 15 dias Período crítico – 1º ao 5º mês Irrigação ESTRESSE HÍDRICO Diminuição dos internódios e Queda de Folhas Plantas daninhas e seu controle na cultura da mandioca. Principais espécies infestantes da cultura Tabela .Principais Plantas daninhas que ocorrem na cultura da mandioca Nomes científicos Nomes populares Acanthospermum australe Carrapicho rasteiro Acanthospermum hispidum Carrapicho-de-carneiro Eupatorium ballataefolium Eupatorio Brachiaria plantaginea Capim marmelada Rhynchelytrum repens Capim favorito Sida cordifolia Malva branca Portulaca oleracea Beldroega Amaranthus viridis Caruru verde Amaranthus hybridus Caruru roxo Commelina difusa Trapoeraba Cyperus esculentus Tiririca Carrapicho rasteiro Carrapicho Capim marmelada Trapoeraba Tiririca Beldroega Controle de Plantas daninhas • O sucesso na produção e produtividade da cultura depende entre outros fatores, do manejo das plantas daninhas Danos: • Redução da produtividade e do valor da terra • Perda da qualidade do produto agrícola • Disseminação de pragas e de doenças • Aumento de custos • Maior dificuldade no manejo agrícola • O custo do controle de plantas daninhas, representando 30 a 45% do total. • As perdas em produção podem chegar a 90%. Período crítico • A mandioca é sensível à competição das plantas daninhas nos primeiros quatro a cinco meses do seu ciclo. • Exigindo aproximado de 100 dias livre da interferência • A partir de 20 a 30 dias após sua brotação • Dispensando daí em diante as limpas até à colheita Métodos de Manejo das Plantas Daninhas • Preventivo • Cultural • Mecânico • Físico • Biológico • Químico • Manejo integrado • Preventivo Consiste em evitar a introdução de espécies de plantas daninhas Limpeza de roupas e de calçados dos trabalhadores - Limpeza de rodas de tratores e de partes dos implementos que trabalham o solo - Limpeza das margens de estradas, cercas e canais de irrigação - Fermentação de estercos e de materiais orgânicos - Isolamento de áreas - Quarentenas de animais trazidos de outras áreas Controle cultural • Uso de práticas que aumentem o potencial competitivo da mandioca • Dependerá: • Bom preparo do solo • Qualidade da maniva • Escolha da variedade adaptada ao ecossistema • Época de plantio • Densidade de plantio • Rotação de culturas • Uso de coberturas verdes. Controle mecânico • Realizado por meio de práticas de eliminação do mato; • Arranquio manual • Capina manual • Roçagem • Cultivo mecanizado. O custo de duas limpas à enxada, para manter a cultura livre de competição por aproximadamente 100 dias (período crítico de interferência), está em torno de 19% do custo total de produção. Controle químico • Uso de herbicidas Aplicados em pré e pós-emergência do mato • A maioria dos herbicidas utilizados são de pré- emergência total (antes da germinação do mato e da brotação da cultura) • A escolha é conseqüência direta das espécies de plantas daninhas presentes e do seu custo. • A mistura de diuron + alachlor representa 8,5% do custo total de produção • Essa mistura é de grande eficácia no controle de mono e dicotiledôneas Controle integrado • Integração dos métodos químico, mecânico e cultural. • Obter um resultado mais eficiente, redução dos custos • Menor efeito sobre o meio ambiente • O uso de herbicidas nas linhas de plantio, combinado com o cultivador animal ou tratorizado nas entrelinhas da mandioca Manejo de pragas da cultura da mandioca. Mandarová: Erinnys ello É uma das pragas de maior importância para a cultura Distribuição geográfica Alta capacidade de consumo foliar Consomem o que equivale a 12 folhas bem desenvolvidas Mandarová: Erinnys ello Em ataques severos, podem causar redução na produção de raízes entre 50 a 60%. . Mandarová: Erinnys ello Inspeções periódicas, nas lavouras, identificando os focos Controle: Em plantios pequenos - catação manual das lagartas O inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis Baculovirus erinnyis Inimigos naturais Controle físico - armadilhas luminosas Ácaros: Ácaro verde “tanajoá” (Mononychellus tanajoa) Ácaro rajado ( Tetranychus urticae). Os ácaros são as pragas mais severas que atacam a cultura da mandioca Encontrados em grande número na face inferior das folhas Freqüentemente durante a estação seca do ano Essas pragas são favorecidas por baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Ácaros: Ácaro verde “tanajoá” (Mononychellus tanajoa) Ácaro rajado ( Tetranychus urticae). Danos: Alimenta-se das folhas não expandidas Ocasionando o retardamento no crescimento da planta As plantas apresentam pequenas pontuações amareladas nas folhas, ficam deformadas e perdem a coloração verde Ataques severos, os brotos foliares morrem, ocorrem ramificações ásperas e de cor marrom . Ácaros: Ácaroverde “tanajoá” (Mononychellus tanajoa) Ácaro rajado ( Tetranychus urticae). Uso de variedades resistentes Fungos do gênero Neozygites Destruição dos restos culturais Práticas culturais Plantio de materiais isentos da praga Controle químico Mosca-do-broto – Neosilba sp. (Diptera: Lonchaeidae) Essa praga pode ocorrer durante todo o ano, porém as maiores populações ocorrem, durante o período chuvoso. As larvas que se desenvolvem nas brotações se alimentam dos tecidos tenros e provocam a morte dos pontos de crescimento Das galerias feitas pelas larvas, extravasa uma exsudação escura. O resultado do ataque da praga é o atraso no desenvolvimento da planta e a emissão de ramos laterais Ataques severos podem provocar o nanismo das plantas. . Mosca-do-broto – Neosilba sp. (Diptera: Lonchaeidae) Controle: As práticas culturais: Deve-se quebrar o broto da planta que contém a larva do inseto e eliminá-lo Não há inseticidas registrados . Mosca-branca – Aleurothrixus aepim (Goeldi), Bemisia spp. e Trialeurodes spp. (Hemiptera: Aleyrodidae) Sugam a face inferior das folhas e injetam fitotoxinas Redução da produtividade Redução da qualidade das raízes, que podem apresentar um gosto amargo Reduz a capacidade fotossintética das plantas. Quimico Inseticidas não são recomendados Broca-das-hastes – Coelosternus sp. (Coleoptera: Curculionidae) Os adultos da praga são besouros As larvas, penetram na medula da planta Desses orifícios sai uma exsudação viscosa Ocorre nas épocas mais secas Danos: Perda das folhas Seca da planta. Controle: destruição dos restos culturais Variedades Percevejo-de-renda – Vatiga illudens (Drake) (Hemiptera: Tingidae) Percevejos que apresentam cor cinza e cerca de 3mm Vivem em colônias face inferior das folhas basais Ocorrem no início da estação seca. Danos: Pequenas pontuações branco-amareladas, que aumentam em número e tamanho, tornando as folhas bronzeadas Pode causar queda acentuada na produtividade Reduções de 21% na produção de raízes. Controle: Destruição dos restos culturais Plantios consorciados Rotação de culturas Utilização de cultivares mais tolerantes Manivas-sementes infestação da praga. Inseticidas (monocrotofós, dimetoato e vamidotion), tiametoxan + cipermetrina e dimetoato Cupins: Atacam o material de propagação armazenado, as plantas jovens e raízes das plantas em crescimento. Formigas: Podem desfolhar rapidamente as plantas quando ocorrem em altas populações e/ou não controladas. . DOENÇAS E MÉTODOS DE CONTROLE Podridão Radicular Causada por Phytophthora spp., Fusarium spp. E Pythium scleroteichum Ocorre em áreas compactadas ou com má drenagem Pode causar redução média de 30% na produtividade. A ocorrência de Phytophthora spp. é mais acentuada em áreas sujeitas a encharcamento, e de pH ligeiramente alcalino com corrência em solos ácidos e arenosos A de Fusarium spp. está relacionada a solos ácidos e adensados. Podridão Radicular Os sintomas da Phytophthora spp. • Aparecem na fase adulta da cultura • Causa podridões “moles” nas raízes. • É mais freqüente em raízes maduras; • Pode manifestar-se na base das hastes jovens • Em plantas recém-germinadas, causando murcha e morte total. • Presença de odores muito fortes • Coloração acizentada Podridão Radicular Sintomas do Fusarium spp., Podem ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento da planta. Freqüentemente ataca o colo da planta, junto ao solo. podridão de consistência seca e sem o aparente distúrbio dos tecidos Podridão das raízes Podridão Radicular Podridão Radicular Controle Variedades resistentes: Poti e Mani Práticas culturais: Utilizar material de plantio sadio - Rotação de culturas Manejo do solo: Físico e químico Adubação orgânica e correção do pH Práticas que facilitem a drenagem Sistemas de cultivo: Plantio em camalhão Diminuição da podridão radicular em até 64%. Bacteriose Xanthomonas campestris pv. Manihotis Superalongamento Sphaceloma manihoticola Entrou no Brasil em 1977, pelos estados do Amazonas e Pará. Sintomas Alongamento exagerado das hastes tenras ou em desenvolvimento Em casos severos podem apresentar lesões típicas de verrugoses nas hastes, pecíolos e nervuras; Retorcimento das folhas, desfolhamento e morte dos tecidos. Superalongamento Sphaceloma manihoticola Prejuízos As perdas de produção podem atingir até 70% Em cultivar tolerante, a perda no máximo é de 30%. Controle Seleção de ramas sadias para o plantio Eliminação de plantas infectadas Uso de cultivares tolerantes ou resistentes Rotação de culturas. Superalongamento Sphaceloma manihoticola Viroses Existem três tipos de doenças viróticas na mandioca Mosaico das nervuras Mosaico comum Viroses Couro de sapo Observado de modo muito restrito nos Estados do Amazonas, Pará e Bahia É considerada como potencialmente importante Transmitido pelo uso de manivas infectadas e pela mosca-branca (Bemisia tuberculata) Estima-se que um ataque severo pode provocar redução em torno de 70% na produtividade Redução dos teores de amido pode variar de 10 a 80%. Viroses Couro de sapo Controle Seleção de material de plantio Uso de variedades resistentes Eliminação de plantas afetadas dentro do cultivo. Colheita e armazenamento pós-colheita A época da colheita vai depender do ciclo das cultivares, que se classificam em: Ciclo precoce: de 6 a 12 meses; Ciclo tardio: de 18 a 20 meses; Ciclo médio: de 14 a 16 meses; A colheita da mandioca pode ser realizada mecanicamente ou manualmente. Após a colheita as raízes não podem ficar amontoadas por mais de 24 horas, pois fermentam e ou apodrecem; Colheita Fatores que interferem na colheita Fatores técnicos Ciclo das cultivares - precoces - 10-12 meses; - semiprecoces - 14-16 meses; - tardias - 18-20 meses - Deve-se considerar também o objetivo do produto Mesa, são colhidas de 6 a 14 meses Indústria de 18 a 24 meses Fatores ambientais - Condições de solo e clima Regiões onde predomina indústrias - a colheita é feita geralmente nos períodos secos e quentes ou secos e frios, entre as estações chuvosas Regiões onde é considerada produto de subsistência - a colheita ocorre o ano inteiro, para atender ao consumo e à comercialização nas feiras livres Estado das estradas e dos caminhos de acesso ao mandiocal. Fatores econômicos - Situação do mercado e dos preços dos produtos - Disponibilidade de mão-de-obra e de recursos de apoio - Premência de tempo (contratos devem ser satisfeitos na época pre-estabelecida Época de colheita Quando as plantas encontram-se em período de repouso Diminuíram o número e o tamanho das folhas e dos lobos foliares Atinge o máximo de produção de raízes com elevado teor de amido. Tipos de colheita Mecanizada Manual Etapas da colheita Poda das ramas (20 a 30 cm acima do nível do solo) Arranquio das raízes Evitar que as raízes arrancadas permaneçam no campo por mais de 24h Um homem colhe 600 a 800 kg de raízes de mandioca numa jornada de trabalho de oito horas Mão Amiga Foto globo rural, 2012 Mandioca na alimentação animal Raspa de raízes de mandioca A concentração de energia útil na mandioca e seus derivados é afetada pela umidade. Quando fresca - menos de 1.500 kcal de energia metabolizável por quilo de massa fresca; Quando desidratada - varia de 3.200 a 3.600 kcal A desidratação é um processo importante para conservar a qualidade das raízes depois de colhidas Obtenção da raspa Lavagem das raízes (sem a retirada da casca ) Corte das raízes Desidratação das raízes (60-70% nas raízespara 10- 14% nas raspas) Armazenamento ( a granel ou em sacos de aniagem ou ráfia, com capacidade de 30 a 40 quilogramas) Rendimento 30-40% ( para cada 1.000kg de raízes são produzidos de 300 a 400kg de raspa) Feno da parte aérea da mandioca Monogástricos x Ruminantes Produção do feno Corte das ramas Desidratação das ramas (baixar de 65-80% nas ramas para 10-14% no feno) Armazenamento Rendimento 20-30% (para cada 1.000 kg de ramas são produzidos de 200-300kg de feno Folhas Ensilagem da Parte aérea Cascas Manipueira Comercialização Goma Mandioca Farinha Tucupi Maniçoba Farinha de tapioca Mandioca triturada) Vieira e Fialho (2007) Casca de mandioca) Vieira e Fialho (2007) Alimentação de vacas Comercialização Processamento da parte aérea da mandioca “Ninguém sabe tanto que não tenha nada a aprender, e ninguém sabe tão pouco que não tenha nada a ensinar.” (Paulo Freire)
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