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06_Apostila TTI Port_2019

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Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação e Expressão 
 
 
 
 em 
 
 
 
 Língua Portuguesa 
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
1 
 
 
 
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
2 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 
1.1 OBJETIVOS DO CURSO............................................................................ 6 
2. ORTOGRAFIA............................................................................................... 6 
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS..........................................................6 
2.2 ENCONTROS VOCÁLICOS...................................................................... 7 
 2.2.1 Ditongo.......................................................................................................7 
 2.2.2 Hiato........................................................................................................... 7 
 2.2.3 Tritongo..................................................................................................... 7 
 2.3. ENCONTROS CONSONANTAIS.............................................................. 7 
 2.3.1 Alfabeto Português......................................................................................7 
 2.3.2 Dígrafos...................................................................................................... 8 
2.4 DIVISÃO SILÁBICA....................................................................................8 
 2.4 .1 Regras práticas............................................................................................8 
 2.5 ACENTUAÇÃO GRÁFICA......................................................................... 8 
 2.5.1 Acento tônico / Acento gráfico................................................................... 8 
 2.5.2 Sílaba tônica............................................................................................... 8 
 2.5.3 Sílaba subtônica...........................................................................................9 
 2.5.4 Sílaba átona................................................................................................. 9 
 2.5.5 Classificação aos monossílabos...................................................................9 
 2.5.5.1 átonos.....................................................................................................9 
 2.5.5.2 tônicos....................................................................................................9 
 2.5.6 Classificação das palavras quanto à sílaba tônica.......................................9 
 2.5.7 Regras especiais........................................................................................10 
 2.5.7.1 Proparoxítona......................................................................................10 
 2.5.7.2 Paroxítonas.........................................................................................10 
 2.5.7.3 Oxítonas...............................................................................................10 
 2.5.8 Regras especiais.......................................................................................11 
 2.5.9 Observações finais....................................................................................11 
 2.5.9.1 Uso do hífen com compostos................................................................12 
 2.5.9.2 Uso do hífen com prefixos....................................................................13 
 2.5.9.3 Exercícios.............................................................................................15 
 2.6 O USO DO POR QUE.................................................................................15 
 2.6.1 Exercícios................................................................................................15 
.
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
3 
 
 
 
 
 
 
2.7 ALGUMAS REGRAS ORTOGRÁFICAS......................................................16 
 
 
3. SINTAXE..............................................................................................................19 
3.1 CONCEITOS ESSENCIAIS........................................................................... 19 
3.1.1 Frase............................................................................................................. 19 
3.1.2 Oração.......................................................................................................... 19 
3.1.3 Período..........................................................................................................20 
3.1.4 Predicado verbal e seus objetos....................................................................20 
3.2. CONCORDÂNCIA.......................................................................................21 
3.2.1 CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................. 22 
3.2.2 Casos de concordância verbal com sujeito simples......................................22 
3.2.3 Casos especiais............................................................................................. 22 
3.2.4 Sujeito composto.......................................................................................... 24 
3.2.5 Casos especiais..............................................................................................24 
3.2.6 Outros casos..................................................................................................25 
3.2.6.1 Partícula SE................................................................................................25 
3.2.6.2 Verbos impessoais (haver, fazer)...............................................................26 
3.2.6.3 Verbos dar, bater e soar.............................................................................27 
3.2.6.4 Sujeito Oracional.......................................................................................27 
3.2.6.5 Concordância com o infinitivo..................................................................27 
3.2.6.6 Concordância com o verbo ser ................................................................. 28 
3.3 CONCORDÂNCIA NOMINAL.................................................................. 29 
3.3.1 Regra geral...................................................................................................29 
3.3.2 Concordâncias especiais..............................................................................29 
3.3.3 Bastante – Bastantes....................................................................................30 
3.3.4 Anexo, inclusivo, obrigado, mesmo, próprio...............................................30 
3.3.5 Um (a) e outro (a), num (a) e noutro (a).......................................................31 
3.3.6 Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto.....................................31 
3.3.7 É bom, é necessário, é proibido....................................................................31 
3.3.8 Manos, alerta, pseudo...................................................................................31 
3.3.9 Só, sós...........................................................................................................31 
3.3.10 Concordância dos particípios......................................................................32 
3.3.11 Tal qual.......................................................................................................323.3.12 Possível...................................................................................................... 32 
 
 
 
 
 
4. COLOCAÇÃO PRONOMINAL....................................................................32 
4.1 PRÓCLISE........................................................................................................32 
4.2 MESÓCLISE ...................................................................................................33 
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3 ÊNCLISE..........................................................................................................33 
4.4 Colocação pronominal nas locuções verbais....................................................33 
4.4.1 Auxiliar + Infinitivo (há quatro possibilidades)............................................33 
4.4.2 Auxiliar + Gerúndio ( há trê possibilidades).................................................34 
4.4.3 Auxiliar + Particípio ( há duas possibilidades).............................................34 
4.4.4 Notas.............................................................................................................34 
4.4.5 Adaptações....................................................................................................34 
5. MODOS, TEMPOS E VOZES VERBAIS ( VOZ PASSIVA).....................35 
5.1 Indicativo.........................................................................................................35 
5. 2 Subjuntivo......................................................................................................35 
5. 3 Imperativo......................................................................................................35 
6. RESPOSTAS........................................................................................................35 
7. TESTE SEUS CONHECIMENTOS.............................................................. 37 
8. SUGESTÕES DE OBRAS............................................................................... 39 
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
5 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
O presente conteúdo traz como abordagem questões relativas à Nova Ortografia da Língua 
Portuguesa, além da Classificação dos Fonemas, Colocação Pronominal, entre outros. Devemos 
ter a consciência de que o domínio da linguagem está diretamente relacionado à capacidade de 
comunicação eficaz, e sendo assim, o indivíduo que domina a norma culta da língua portuguesa 
está apto a escrever e a falar “corretamente”, além de conseguir argumentar e expor suas ideias 
de modo conciso e claro. E, isso tudo é fundamental na carreira de um profissional como o 
técnico em transações imobiliárias, tendo em vista que este está constantamente em contato com 
clientes, já que realiza o intermédio entre o indíviduo comprador e o vendedor, na transação de 
um imóvel. E sabemos que, atualmente, praticamente todas as vendas ocorrem com a 
participação e atuação de um corretor. Por isso, é imprescindível que o profissional dessa área 
consiga se expressar de maneira objetiva e demonstre habilidade e conhecimento da língua, pois 
sem dúvida proporcionará a projeção de uma boa imagem e credibilidade para os seus 
ouvintes/clientes e interlocutores. Consequentemente aumenta sua rede 
mais créditos e amplia as oportunidades. 
de contatos, adquire 
A eloquência e essa habilidade em questão dão mérito aos indivíduos, e tal mérito só é 
conquistado por aqueles que investem em si mesmos e que tem a percepção sobre a importância 
de dominar a língua pátria. 
Em suma, podemos dizer que a forma culta/padrão da língua portuguesa não é necessária, 
de fato, para que ocorra a comunicação, todavia conhecê-la e dominá-la, em alguns momentos 
pode ser decisivo e é por isso que o conteúdo abordado pretende contribuir para a sua escrita e 
fala, dando-lhe suporte nas principais normas ortográficas que definem a língua e que são de 
extrema importância para que você desenvolva com segurança as funções que necessitam desse 
domínio. 
 
 
 
 
 
Bons estudos! 
E sucesso a 
todos! 
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
6 
 
 
 
 
 
1.1 OBJETIVOS DO CURSO 
 
 
Ao final desta unidade você será capaz de: 
 
 
Identificar os usos inadequados da Língua Portuguesa, e posteriormente alterá-los; 
localizar os fonemas e encontros vocálicos das palavras; v erificar o uso do hífen 
de acordo com a Nova Reforma Ortográfica; compreender as regras de 
acentuação gráfica e do uso do “por que”; analisar os casos de Concordância Verbal 
e Nominal; compreender as Colocações Pronominais; analisar os Modos, Tempos e 
Vozes verbais da Voz Ativa; entre outros. 
 
 
 
 
 
2. ORTOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
Bom, já vimos que 
temos muito trabalho 
pela frente, não é ? 
Vamos começar? 
 
 
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS 
Os fonemas da língua portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e 
consoantes. 
Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando 
livremente ao exterior. Exemplos: pa-to, bo-ta. 
Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma 
só sílaba: Exemplos: cou-ro, bai-le. 
As semivogais sempre estão acompanhadas de vogais, formando sílaba com ela. 
Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que 
não sejam confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w]. 
Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos 
bucais (língua, dentes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada. 
 
 
Você sabia que em nossa língua, a vogal é o elemento básico, 
suficiente e indispensável para a formação da sílaba? Podemos encontrar 
sílabas constituídas apenas por vogais, mas nunca formadas somente por 
consoantes. Ex: vi-ú-va. 
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 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
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2.2 ENCONTROS VOCÁLICOS 
Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato e tritongo. 
 
 
2.2.1 Ditongo: 
É a junção de uma vogal + uma semivogal (ditongo decrescente), ou vice-versa (ditongo 
crescente), na mesma sílaba. Ex.: noi-te (ditongo decrescente), qua-se (ditongo 
crescente). 
Separação silábica: ditongos são inseparáveis. 
 
 
2.2.2 Hiato: 
É junção de duas vogais pronunciadas separadamente formando sílabas distintas. 
Ex. sa- í- da, co- e-lho. 
Separação silábica: cada vogal fica numa sílaba. 
 
 
2.2.3 Tritongo: 
É a junção de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba. 
Ex.: Paraguai, arguiu. 
Note que na palavra “assembleia” (as-sem-blei-a) não há tritongo. 
Separação silábica: o tritongo é inseparável. 
 
 
Importante: Não se esqueça de que só as vogais /i/ e /u/ podem funcionar como 
semivogais. 
 
 
2.3 ENCONTROS CONSONANTAIS 
Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra, 
denominamos essa continuação de encontro consonantal. Esses encontros podem ser: 
 
 
Perfeitos: quando as consoantes permanecem na mesma sílaba: cla-ri-da-de e am-plo. 
Imperfeitos: quando estão em sílabas diferentes: af-ta e com-pul-só-rio. 
 
 
* Nos encontros consonantais somos capazes de perceber o som de todas as consoantes. 
2.3.1 Alfabeto português 
Nosso alfabeto é composto de 26 letras: 
A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z 
As letras K, W, Y foram reintroduzidas em nosso alfabeto com o novo acordo ortográfico 
da Língua Portuguesa. Na verdade essas letras não haviam sumido completamente, pois 
ainda apareciam em várias situações. Por exemplo: 
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa8 
 
 
 
 
• Na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), 
W (watt); 
• Na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, 
playground, windsurf, kung fu, ying, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
 
 
2.3.2 Dígrafos 
É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos 
dígrafos não há correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas. 
Dígrafos que desempenham a função de consoantes: ch (chuva), lh (molho), nh 
(unha), rr (carro) e outros; 
Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), 
om (tombo) e outros . 
 
 
2.4 DIVISÃO SILÁBICA 
A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a divisão silábica na 
escrita e é de regra geral que toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal. 
2.4.1 Regras práticas: 
- Não se separam ditongos e tritongos. Ex: mau, a-ve-ri-guei; 
- Separam-se as letras que representam os hiatos. Ex: sa-í-da; 
- Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc. Ex: pas-se-a-ta; 
- Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente. Ex: car-ta; 
 
 
Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando 
incorporados à palavra, obedecem às regras gerais. Ex: de-sa-ten-to, bi-sa-vô, tran-sa- 
tlân-ti-co, etc. 
Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso 
ocorrer em início de palavra, a consoante se anexa à sílaba seguinte. Ex: ad-je-ti-vo, 
tungs-tê-nio, psi-có-lo-go, gno-mo, etc. 
 
 
2.5 ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
 
2.5.1 Acento tônico/ gráfico 
 
 
2.5.2 Sílaba tônica 
A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta 
possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Nem 
sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico. Exemplos: cajá, caderno, lâmpada. 
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 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
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2.5.3 Sílaba subtônica 
Algumas palavras geralmente derivadas e polissílabas, além do acento tônico, 
possuem um acento secundário. A sílaba com acento secundário é chamada de subtônica. 
Exemplos: terrinha, sozinho. 
 
 
2.5.4 Sílaba átona 
As sílabas que não são tônicas, nem subtônicas são chamadas de átonas. 
Podem ser pretônicas (antes da tônica) ou postônicas (depois da tônica). 
Exemplos: 
barata (átona pretônica, tônica, átona postônica) 
máquina (tônica, átona postônica, átona postônica) 
 
 
2.5.5 Quanto aos monossílabos, eles podem ser: 
 
 
2.5.5.1 Átonos: 
Não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com pouca intensidade: o, lhe, 
e, se, a. 
2.5.5.2 Tônicos: 
Possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com muita intensidade: lá, pá, 
mim, pôs, tu, lã. 
Os monossílabos tônicos soam distintamente no interior da frase: já os monossílabos 
átonos, não possuindo acentuação própria, soam como uma sílaba da palavra anterior ou 
da palavra posterior. 
 
 
Ex: Quero encontrá-la lá; Dê o livro de Português; Tenho dó do menino. 
 
 
 
 
A distinção entre monossílabo tônico e monossílabo átono 
depende do contexto, ou seja, eles têm que ser analisados numa 
frase. Fora do contexto, todos os monossílabos são tônicos. 
. 
 
 
 
 
2.5.6 Classificação das palavras quanto à sílaba tônica 
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em: 
a) Oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Ex: ma-ra-cu-já, ca-fé; 
b) Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. Ex: ca-dei-ra, ca-rá-ter, 
c) Proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. Ex: sí-la-ba, lâm- 
pa-da. 
Nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfico. Dessa forma, é 
fundamental distinguir o acento tônico do acento gráfico. Observe: 
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 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
10 
 
 
 
 
 
O acento tônico é o a cento da fala que marca a maior intensidade na pronúncia de uma sílaba. 
O acento gráfico é o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a sílaba tônica. 
 
 
2.5.7 Regras gerais: 
Para acentuar corretamente as palavras, convém observar as seguintes regras: 
 
 
2.5.7.1 Proparoxítonas 
Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados. Ex: árvore, metafísica, 
lâmpada, pêssego, quiséssemos, África, Ângela. 
 
 
2.5.7.2 Paroxítonas 
São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em: 
i(s): júri, júris, lápis, tênis. 
us: vírus, bônus. 
um/uns: álbum, álbuns. 
r: caráter, mártir, revólver. 
x: tórax, ônix, látex. 
n: hífen, pólen, mícron, próton. 
l: fácil, amável, indelével. 
Ditongos: Itália, Áustria, memória, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis, fósseis, jérsei. 
ão(s): órgão(s), sótão (s), órfão (s), bênção (s). 
ã (s): órfã(s), ímã (s). 
ps: bíceps, fórceps. 
 
 
A Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hifens, polens, jovens, 
nuvens, homens, assim como não acentuamos os prefixos paroxítonos terminados 
em i ou r: super-homem, inter-helênico. 
 
 
2.5.7.3 Oxítonas 
São acentuados os vocábulos terminados em: 
a(s), e(s), o(s): maracujá, ananás, café, você, dominó, paletós, vovô, vovó, Paraná. 
em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs. 
Acentuam-se também os monossílabos tônicos terminados em a, e, o (seguidos ou não de 
s): pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, dê, hás, crês. 
As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las também são 
acentuadas: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á. 
O til vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: lã, fã, irmã, alemã. 
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 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5.8 REGRAS ESPECIAIS 
 
 
Além das anteriormente vistas, cumpre observar ainda as seguintes regras: 
· Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói: chapéu, céu, herói, etc. 
 
 
Ah! Você precisa saber que segundo 
a Nova Reforma Ortográfica da Língua 
Portuguesa, não devemos mais utilizar o 
acento nos ditongos abertos éi e ói das 
palavras PAROXÍTONAS (palavras que têm 
acento tônico na penúltima sílaba). Veja: 
alcateia, aneis, colmeia, geleia, ideia, estreia, 
entre outros. 
 
· Hiatos oo e ee: voo, enjoo, voos, creem, leem, deem não são mais acentuados 
de acordo com o novo Acordo Ortográfico; 
· Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior: 
Ex: sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la-ús-tre, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, pa-ís, 
He-lo-í-sa, Ja-ú. 
· Não acentuamos o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, 
de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, ju-iz, sa-ir-des. 
· Também não se acentua o hiato seguido do dígrafo nh: Ra-i-nha, ven-to-i-nha, 
ba-i-nha. 
· Não se coloca mais o trema na letra u dos encontros gue, gui, que, qui, quando 
a letra u for pronunciada atonamente (nesses casos, o u é semivogal: tranquilo, 
frequente, linguiça, sagui). 
· Se a letra u de tais encontros for pronunciada tonicamente, não mais levará 
acento agudo (nesses casos, o u é vogal): antes se escrevia averigúe, apazigúe, 
argúi, argúis, agora escrevemos averigue, apazigue, argui, arguis, com a 
mesma pronúncia tônica na letra u. 
· Se a letra u de tais encontros não for pronunciada, evidentemente não levará 
acento algum (nesse caso, temos dígrafo): quilo, quente, guerra, guerreiro, 
queijo. 
 
 
2.5.9 OBSERVAÇÕES FINAIS 
• Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do 
presente do indicativo: Ele tem/ Eles têm, Ele vem/ Eles vêm; 
• Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do 
singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: 
Ele retém/ Eles retêm, Eles intervém / Eles intervêm; 
Colégio Lapa Técnico em Transações Imobiliárias 
 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa12 
 
 
o 
x 
m 
o 
d 
 
 
 
 
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado 
do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é 
a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. 
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. 
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. 
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e 
vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir.) 
Exemplos: 
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. 
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. 
 
 
 
 
É facultativo o uso do 
para diferenciar as palavras 
acento circunflexo 
forma/fôrma. Em 
alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais 
clara. Veja o exemplo: Qual é a forma da fôrma 
do bolo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5.9.1 Uso do hífen com compostos 
 
 
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. 
Ex: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão- 
ninguém, porta-malas, p rta-bandeira, pão-duro, bate-boca. 
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de 
composição, como girassol, madressilva, mandachuva, p 
paraquedista, paraquedismo. 
ntapé, paraquedas, 
2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem 
elementos de ligação. E 
cri, glu-glu, rom-rom, 
corre-corre. 
: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri- 
pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, 
3. Não se usa o hífen e compostos que apresentam elementos e ligação. Ex: pé de 
moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e 
vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra. 
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Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Ex: Maria vai com as outras, 
leva e traz, diz que diz que, Deus me livre, Deus nos acuda, cor de burro quando foge, 
bicho de sete cabeças, faz de conta. 
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de- 
meia, ao deus-dará, à queima-roupa. 
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Ex: 
gota-d'água, pé-d'água. 
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de 
lugares), com ou sem elementos de ligação. Ex: 
Belo Horizonte - belo-horizontino; Porto Alegre - porto-alegrense; Mato Grosso do 
Sul - mato-grossense-do-sul; Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte. 
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies de animais e botânicas (nomes 
de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Ex: 
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, 
lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, 
cravo-da-índia. 
Obs.: Não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e 
zoológicas são empregados fora de seu sentido original. 
Observe a diferença de sentido entre os pares: 
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) e bico de papagaio (deformação 
nas vértebras). 
b) olho-de-boi (espécie de peixe) e olho de boi (espécie de selo postal). 
 
2.5.9.2 Uso do hífen com prefixos 
 
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por 
prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como 
prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.). 
 
 
Casos gerais 
 
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por H. 
Ex: anti-higiênico; anti-histórico; macro-história; mini-hotel; proto-história; sobre- 
humano; super-homem; ultra-humano. 
 
 
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra 
palavra. Ex: micro-ondas; anti-inflacionário; sub-bibliotecário; inter-regional. 
 
 
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia 
a outra palavra. Ex: autoescola; antiaéreo; intermunicipal; supersônico; superinteressante; 
agroindustrial; aeroespacial; semicírculo. 
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por R ou S, duplicam-se 
essas letras. Ex: minissaia; antirracismo; ultrassom; semirreta. 
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Casos particulares 
 
 
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por R. 
Ex: sub-região; sub-reitor; sub-regional; sob-roda. 
 
 
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por M, N e 
vogal. Ex: circum-murado; circum-navegação; pan-americano; 
 
 
3.Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. 
Ex: além-mar; além-túmulo; aquém-mar; ex-aluno; ex-diretor; ex-hospedeiro; ex- 
prefeito; ex-presidente; pós-graduação; pré-história; pré-vestibular; pró-europeu 
recém-casado; recém-nascido; sem-terra; vice-rei. 
 
 
4. O prefixo co se junta com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por O ou 
H. Neste último caso, corta-se o H. Se a palavra seguinte começar com R ou S, devemos 
duplicar essas letras. Ex: coobrigação; coedição; coeducar; cofundador; coabitação; 
coerdeiro; correu; corresponsável; cosseno. 
 
 
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por 
E. Ex: preexistente; preelaborar; reescrever; reedição. 
 
 
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada 
por B, D ou R. Ex: ad-digital; ad-renal; ob-rogar; ab-rogar. 
 
 
Outros casos do uso do hífen: 
 
1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. 
Exemplos: (acordo de) não agressão, (isto é um) quase delito; 
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. 
Ex: mal-entendido; mal-estar; mal-humorado. 
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. 
Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. 
Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias. 
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, 
como açu, guaçu, mirim, capim-açu, amoré-guaçu e anajá-mirim. 
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, 
formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: 
Ponte Rio-Niterói 
Eixo Rio-São Paulo 
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de 
palavras coincidirem com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: “Na 
cidade, conta-se que ele foi viajar” e “O diretor foi receber os ex-alunos.”. 
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2.5.9.3 EXERCÍCIOS 
Vamos testar nossos conhecimentos sobre a Nova Reforma da Língua Portuguesa? Aliás, 
você sabe qual é o objetivo desse acordo? Bom, ele não elimina todas as diferenças 
ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial (ou 
seja, Brasil, Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, 
Moçambique e Timor Leste), mas é um passo em direção à pretendida UNIFICAÇÃO 
ORTOGRÁFICA desses países. 
 
 
 
 
1) Verifique nas orações abaixo o que não está de acordo com 
as Novas Regras Ortográficas e faça as devidas alterações:a) Comprei uma jóia raríssima para minha esposa, mas ela 
preferia ser presenteada com a obra “ODISSÉIA”, de 
Homero. 
b) João gosta de jogar pólo e sua fruta preferida é pêra. 
c) Ontem fui à auto-escola. Estou super empolgada para ter 
minha carteira de habilitação. 
d) Hoje no auto-elétrico haverá um churrasco, e pelo que sei compraram muita 
lingüiça! 
 
 
OBS: RESPOSTAS NO FINAL DA APOSTILA 
 
 
2.6 O USO DO POR QUE 
 
 
2.6.1 POR QUE (grafado separadamente e sem acento): 
a) Na orações interrogativas: Por que ele saiu? 
b) Sempre que acompanhar as palavras motivo ou razão, mesmo 
que subentendidas: Não sei por que ele saiu. 
c) Quando puder ser substituído por para que, ou pelo qual, 
pela qual, pelos quais, e pelas quais: O caminho por que (pelo 
qual) passei era difícil. 
 
 
2.6.2 POR QUÊ (grafado separadamente e com acento) 
Usado no final de uma oração, equivalendo a “por que motivo”, ou então antes de 
uma pausa: Ele saiu cedo, por quê? / Você não aceitou minha sugestão. Por quê? 
 
 
2.6.3 PORQUE (grafado em uma única palavra e sem acento) 
Geralmente empregado como conjunção causal ou explicativa. Sendo assim pode 
ser substituído pelo pois, uma vez que, porquanto, pelo motivo de que: Saí cedo, porque 
(pois) tinha um sério compromisso. 
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2.6.4 PORQUÊ (grafado em uma única palavra e com acento) 
Quando é um substantivo, significando causa, motivo. Nesse caso, admite o plural 
porquês: Não sei o porquê de sua revolta. 
 
 
*Nesse caso pode ser reconhecido pela anteposição do artigo; 
 
 
2.6.1 EXERCÍCIOS: 
 
 
1) Complete as sentenças abaixo utilizando POR QUE, POR QUÊ, PORQUE E 
PORQUÊ: 
a) Você deve tentar fazer os exercícios _ assim irá testar seus 
conhecimentos; 
b) ele saiu ontem? 
c) Maria deixou o emprego sem dizer _. 
d) Não sei o _ _ de suas atitudes. 
e) Ninguém sabe ele viajou de repente. 
f) Vamos embora já está muito tarde. 
OBS: RESPOSTAS NO FINAL DA APOSTILA. 
 
 
2.7 ALGUMAS REGRAS ORTOGRÁFICAS 
 
 
2.7.1 Escreve - se com S e não com C/Ç 
As palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, 
corr e sent. Ex.: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / 
inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / 
impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / 
discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual 
2.7.2 Escreve - se com S e não com Z 
a) Nos sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em 
gentílicos e títulos nobiliárquicos. Ex.: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, 
princesa, etc; 
b) Nos sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. Ex.: catequese, metamorfose; 
c) Nas formas verbais pôr e querer. Ex.: pôs, pus, quisera, quis, quiseste; 
d) Nomes derivados de verbos com radicais terminados em d. Ex.: aludir - 
alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir – difusão; 
e) Nos diminutivos cujos radicais terminam com s. Ex.: Luís - Luisinho / Rosa 
- Rosinha / lápis – lapisinho; 
f) Após ditongos. Ex.: coisa, pausa, pouso; 
g) Em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s. Ex.: anális(e) + 
ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar; 
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2.7.3 Escreve-se com SS e não com C e Ç 
a) Os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim 
ou com verbos terminados por tir ou meter. Ex.: agredir - agressivo / imprimir - 
impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - 
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - 
compromisso / submeter – submissão; 
b) Quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada 
por s. Ex.: a + simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir; 
c) No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Ex.: ficasse, falasse; 
 
 
2.7.4 Escreve -se com C ou Ç e não com S e SS. 
a) Nos vocábulos de origem árabe, como cetim, açucena, açúcar; 
b) Nos vocábulos de origem tupi, africana ou exótica. Ex.: cipó, Juçara, 
caçula, cachaça, cacique; 
c) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu. Ex.: barcaça, 
ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço; 
d) Nomes derivados do verbo ter. Ex.: abster - abstenção / deter - detenção / 
ater - atenção / reter – retenção; 
e) Após ditongos. Ex.: foice, coice, traição; 
f) Palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r). Ex.: marte - marciano / 
infrator - infração / absorto – absorção; 
 
 
2.7.5 Escreve - se com Z e não com S. 
a) Nos sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo. Ex.: macio – maciez; 
b) Nos sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s). 
Ex.: final - finalizar / concreto – concretizar; 
c) Como consoante de ligação se o radical não terminar com s. Ex.: pé + inho - 
pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho – lapisinho; 
 
 
2.7.6 Escreve - se com G e não com J 
a) Nas palavras de origem grega ou árabe. Ex.: tigela, girafa, gesso. 
b) Estrangeirismo, cuja letra G é originária. Ex.: sargento, gim; 
c) Nas terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções). Ex.: 
imagem, vertigem, penugem, bege, foge; 
Observação : Exceção: pajem 
d) Nas terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio. Ex.: sufrágio, sortilégio, 
litígio, relógio, refúgio. 
e) Nos verbos terminados em ger e gir. Ex.: eleger, mugir. 
f) Depois da letra “r” com poucas exceções. Ex.: emergir, surgir. 
g) Depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j. Ex.: ágil, 
agente. 
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2.7.7 Escreve - se com J e não com G 
a) Nas palavras de origem latinas. Ex.: jeito, majestade, hoje; 
b) Nas palavras de origem árabe, africana ou exótica. Ex.: alforje, jiboia; 
c) Nas palavras terminadas com aje. Ex.: laje, ultraje. 
 
 
2.7.8 Escreve - se com X e não com CH. 
a) Nas palavras de origem tupi, africana ou exótica. Ex. abacaxi, muxoxo; 
b) Nas palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J). Ex.: xampu, lagartixa. 
c) Depois de ditongo. Ex.: frouxo, feixe. 
d) Depois de en. Ex.: enxurrada, enxoval. 
Observação: EXCEÇÃO: Quando a palavra de origem não deriva de outra iniciada com 
ch. (Cheio - enchente). 
 
 
2.7.9 Escreve - se com CH e não com X. 
Nas palavras de origem estrangeira: 
Ex.: Chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. 
 
 
Meu nome é de origem 
inglesa, sendo assim, agora 
você já sabe que escrevemos 
“SANDUÍCHE” com CH e 
não com X, ok? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.7.10 EXERCÍCIOS: 
• Complete o “quadro maluco” abaixo com as dicas que nosso amiguinho 
irá te passar, ok? (preenchimento apenas na forma horizontal) 
 
1) Poder real; Grandeza que incude respeito. (9 letras) (Pense na Família Real, 
Rainha Elizabeth II...) 
2) Ato ou efeito de injetar. (7 letras). (Geralmente ninguém gosta...) 
3) Sinônimo de biscoito. (7 letras) (Eu prefiro as recheadas!) 
4) Reza, prece. (6 letras) (Para quem acredita é muito bom fazer... Acalma o 
coração!) 
5) Sinônimo de Maneira e Modo. (5 letras) (Tente completar a música: “Do ....... que 
você me olha, vai dar namoro...) 
6) Nome comum a pequenos lagartos que costumam andar pelas paredes. (9 letras) 
(Também gostam de caçar insetos) 
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O B S : R E S P O S T A S N O F I N A L D A A P O S T I L A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 J 
 I 
 B 
 O 
 I 
 A 
3 . S I N T A X E3 . 1 C O N C E I T O S E S S E N C I A I S 
Em uma análise sintática podemos ter: 
3.1.1 Frase 
É a reunião de palavras que expressam uma ideia completa, constitui o elemento 
fundamental da linguagem, não precisa necessariamente conter verbos. Ex: "Final de 
ano, início de tormento". 
3.1.2 Oração 
É a ideia que se organiza em torno de um verbo. Ex.: "Tudo começa com o 
pagamento da dívida." 
 
 
Dica 
O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe). 
Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os 
Fradinhos que Henfil lançou nas páginas do Pasquim." 
 
 
3.1.3 Período 
É o conjunto de orações. 
Ele pode ser constituído por uma ou mais orações. 
O período pode ser: 
Simples - constituído por apenas uma oração. 
Ex.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter". 
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BOA DICA DE 
LEITURA, 
PESSOAL! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Composto - constituído por mais de uma oração. 
Ex.: "Nós não podemos fingir / que as crianças não têm inconsciente". 
 
 
3.1.4 Predicado verbal e seus objetos 
Temos o predicado verbal quando o núcleo do predicado encontra-se no verbo. 
Exemplo: “ Os meninos da classe compraram pipocas.” O verbo (compraram) é o 
núcleo do predicado verbal e isso geralmente acontece com verbos transitivos. Mas 
afinal o que é verbo transitivo? 
É o verbo q u e t e m u m sentido incompleto, e que por isso necessita, pede p o r 
algum objeto, ao qual passa a ação. Veja o exemplo abaixo: 
Os meninos da classe compraram pipocas. (verbo transitivo) 
 
 
Se colocássemos apenas: “Os meninos compraram.”, a 
oração ficaria sem sentido, a não ser que a frase em questão 
estivesse contextualizada. Por isso, “compraram” é um verbo 
transitivo, já que necessita de um complemento para que a 
oração tenha coerência. 
 
 
 
 
O verbo transitivo pode ser direto ou indireto. Observe: 
• Verbo transitivo direto pede objeto direto: Os 
meninos da classe compraram (O quê?) pipocas (objeto 
direto); 
• Verbo transitivo indireto pede objeto indireto: As meninas gostam (Gostam 
de quê?) de (preposição) paçoca (objeto indireto). 
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Se você ainda tiver em dúvida em relação ao objeto direto e indireto, tente 
fazer as seguintes reflexões: 
OBJETO DIRETO: Consiste em fazer ao verbo uma das perguntas: QUEM? 
Ou O QUÊ? A resposta será o objeto direto. Exemplo: “ João pegou a chave.” 
(Pergunta-se: João pegou o quê? Resposta - a chave. Objeto direto: a chave) e 
“O cão pegou o menino.” (Pergunta-se: - O cão pegou quem? Resposta: - o 
menino. Objeto direto: o menino.) 
 
OBJETO INDIRETO: E n c o n t r a m o s o objeto indireto, fazendo ao verbo 
uma das seguintes perguntas: A QUÊ? DE QUÊ? PARA QUÊ? A QUEM? DE 
QUEM? PARA QUEM? Por exemplo: “ André obedece aos pais” (Obedece a 
quem? - aos pais). Este é o objeto indireto, j á q u e está indiretamente ligado ao 
verbo, por meio de uma preposição. 
 
 
Agora que você já sabe o que é verbo transitivo direto e indireto, vamos 
falar sobre o verbo intransitivo? 
 
 
O verbo intransitivo é aquele que não pede objeto. 
A ação que ele exprime, não passa necessariamente a 
outro elemento. Ex: 
intransitivo poderá 
“ A criança dorme.”. O verbo 
vir acompanhado de adjuntos 
adverbiais, mas continua sendo intransitivo. Ex: “ A 
criança dorme bem.” (bem: adjunto adverbial de modo) e 
“A criança dorme em sua caminha. ” (em sua caminha: 
adjunto adverbial de lugar). 
 
 
Fique sabendo que: 
Há verbos transitivos que pedem dois objetos: um direto 
e outro indireto. Ex: Dar, mostrar, pedir, devolver, entregar, oferecer. V e j a : 
“ O namorado deu a Célia (indireto) um buquê (direto). 
 
 
E também, pode haver objetos diretos preposicionados. 
Ex: Deus ama aos homens. “ Aos homens” é objeto direto 
seres a quem se dirige o sentimento do amor de Deus. 
 
 
porque indica os 
 
 
 
3.2 CONCORDÂNCIA 
 
 
É o mecanismo pelo qual as palavras alteram sua terminação para se adequarem 
harmonicamente na frase. 
A concordância pode ser feita de três formas: 
A) Lógica ou gramatical – é a mais comum no português e consiste em adequar o 
determinante (acompanhante) à forma gramatical 
(acompanhado) a que se refere. 
Ex: A maioria dos professores faltou. 
do determinado 
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O verbo (faltou) concordou com o núcleo do sujeito (maioria). 
Ex: Escolheram a hora adequada. 
O adjetivo (adequada) e o artigo (a) concordaram com o substantivo (hora). 
B) Atrativa – é a adequação do determinante: 
a) Opta por apenas um dos vários elementos determinados, escolhendo 
aquele que está mais próximo: 
Ex: Escolheram a hora e o local adequado. 
O adjetivo (adequado) está concordando com o substantivo mais próximo (local). 
b) Há uma parte do termo determinado que não constitua gramaticalmente 
seu núcleo: 
Ex.: A maioria dos professores faltaram. 
O verbo (faltaram) concordou com o substantivo (professores) que não é o 
núcleo do sujeito. 
c) A outro termo da oração que não é o determinado: 
Ex.: Tudo são flores. 
O verbo (são) concorda com o predicativo do sujeito (flores). 
C) Ideológica ou silepse - consiste em adequar o vocábulo determinante ao 
sentido do vocábulo determinado e não à forma como se apresenta: 
Ex.: O povo, extasiado com sua fala, aplaudiram. 
O verbo (aplaudiram) concorda com a ideia da palavra povo (plural) e não com 
sua forma (singular). 
 
 
A Existem dois tipos de concordância: Concordância Verbal e Concordância 
Nominal. Vamos conhecê-las? 
3.2.1 CONCORDÂNCIA VERBAL 
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito. 
Ex.: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu 
jeito carinhoso de ser. 
3.2.2 Casos de Concordância Verbal com Sujeito Simples 
Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. 
Ex.: Nós vamos ao cinema. 
O verbo (vamos) está na 1ª pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós). 
3.2.3 Casos especiais: 
a) Se o sujeito for um coletivo, o verbo fica no singular. 
Ex: A multidão gritou pelo rádio. 
. Se o coletivo vier especificado, o verbo 
pode ficar no singular ou ir para o plural. 
 
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A 
multidão de fãs gritaram. 
 
 
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) : o verbo fica 
no singular ou vai para o plural. 
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p 
 
 
 
 
 
L
 
 
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à 
excursão. 
c) Se o sujeito for um pronome de tratamento: o verbo fica sempre na 3ª 
pessoa (do singular ou do plural). 
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio. 
d) Se o sujeito for um pronome relativo que: o verbo concorda com o 
antecedente do pronome. 
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café. 
Dica Nas expressões “um dos que”, “uma das que”, o verbo deve ir 
para o plural. Ex: João foi um dos que saíram. Porém, alguns estudiosos 
e escritores aceitam ou usam a concordância no singular. Mas, é sempre 
bom seguir as regras e, portanto, modifique o verbo para o plural nesses 
casos, ok? 
e) Se o sujeito for um pronome relativo quem: o verbo pode ficar na 3ª 
pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. (pouco 
usado) 
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café. 
f) Se o sujeito for formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, 
quais de..., quantos de..., etc.: o verbo poderá concordar com o pronome 
interrogativo ouindefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós). 
Ex.: Quais de vós me punirão? / Quais de vós me punireis? 
Outra dica para você! 
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular o verbo concorda com eles 
em pessoa e número. 
Ex.: Qual de vós me punirá? 
Tudo, jornais, revistas, TV, só trazia boas noticias. 
Ninguém, amigos, rimos, irmãos veio visitá-lo. 
Amigos, irmãos, primos, todos foram viajar. 
 
 
g) Se o sujeito for formado por nomes próprios que só aparecem no plural e 
não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha 
antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. 
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior 
potência mundial. 
 
 
Fique sabendo... 
 
 
Com nome de obras artísticas, admite-se a concordância ideológica com a 
palavra “obra”, que está implícita na frase. Ex.: “Os usíadas” imortalizou 
Camões./ “Memórias Póstumas de Brás Cubas” consagrou Machado de Assis. 
E, também que Com o verbo “ser” e o predicativo no singular, o verbo fica no 
singular. Veja: “Os Lusíadas” é a maior obra da Literatura Portuguesa. 
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h) Se o sujeito é formado de pronomes de tratamento, o verbo fica sempre 
na 3ª pessoa (ele - eles). 
Ex.: Vossa Santidade esteve no Brasil. 
Ex.: Vossas Altezas devem viajar 
i) Se o sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, 
cerca de, etc., o verbo concorda com o numeral. 
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não 
compareceram à aula. 
j) Se o sujeito for constituído pelas expressões a maioria, a maior parte, 
grande parte, etc.: o verbo poderá ser usado no singular (concordância 
lógica) ou no plural (concordância atrativa). Ex.: A maioria dos 
candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram. 
k) Se o sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo): o verbo 
poderá ser usado no singular ou plural se este vier afastado do 
substantivo. 
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A 
gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa. 
3.2.4 Sujeito composto 
Regra geral: o verbo vai para o plural. Ex.: João e Maria foram passear no bosque. 
3.2.5 Casos especiais: 
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes- 
o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª 
pessoa. 
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) 
amigos. 
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. 
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) 
amigos. 
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. 
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira 
pessoa. Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural) 
 
 
b) Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por 
atração com o núcleo mais próximo do verbo. 
Ex.: Irei eu e minhas amigas. 
c) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por 
e : o verbo concordará com os dois núcleos. 
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. 
Se o sujeito estiver posposto, é permitida a concordância por atração com 
o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amig. 
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25 
 
 
 
 
d) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular : o 
verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular 
(concordância atrativa). 
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e 
ansiedade não o ajudava a se concentrar. 
e) Quando há gradação entre os núcleos: o verbo pode concordar com todos 
os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. 
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, 
um olhar bastava. 
f) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém, etc.: o 
verbo concorda com o aposto resumidor (O aposto resumidor é aquele 
que é representado por um pronome que resume tudo o que foi expresso 
anteriormente). 
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. 
g) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um 
nem outro: o verbo poderá ficar no singular ou no plural. 
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram. 
h) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou: o verbo irá para 
o singular quando a ideia for de exclusão e plural quando for de inclusão. 
Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão) 
Ex.: A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, 
inclusão) 
i) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... 
como/ assim... como/ não só... mas também, etc.): o mais comum é o 
verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos 
estiverem no singular. 
Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São 
Paulo./ Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São 
Paulo. 
3.2.6 Outros casos: 
 
3.2.6.1 Partícula SE: 
a) Partícula apassivadora: o verbo (transitivo direto) concordará com o 
sujeito passivo. 
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros. 
b) Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará 
obrigatoriamente no singular. 
Ex.: Precisa-se de secretárias. 
Ex.: Confia-se em pessoas honestas. 
 
Somente os verbos transitivos diretos têm voz passiva. 
 
Qualquer outro tipo de verbo (transitivo indireto ou intransitivo) fica no singular. 
 
Ex.: Procura-se professores. (Precisar é verbo transitivo indireto) 
Ex.: Trabalha-se muito aqui. (trabalhar é verbo intransitivo) 
26 
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Para que possamos finalizar esse assunto, observe o texto abaixo e identifique as 
inadequações em relação à Concordância verbal e nominal: 
 
 
AS MINA DE SAMPA 
 
 
As mina de Sampa são branquelas que só 
[elas, pudera! 
Praia de paulista é o Ibirapuera. 
As mina de Sampa querem grana, um cara 
[bacana, de poder! 
Um jeito americanês de sobreviver. 
As mina de Sampa são modernas, eternas 
[dondocas! 
Mas pra sambar no pé tem que nascer 
carioca. 
Tem mina de Sampa que é discreta, 
concreta, 
[uma lady! 
Nas rêivi ela é véri, véri krêizi. 
Eu gosto às pampa das mina de Sampa! 
As mina de Sampa estão na moda, na roda, 
[no rock, no enfoque! 
É do Paraguai a grife made in Nova Iorque 
As mina de Sampa dizem mortandeila, 
[berinjeila, apartameintu 
Sotaque do bixiga, nena, cem pur ceintu. 
As mina de Sampa conhecem a Bahia, por 
[fotografia, que natureza! 
Toda menina baiana vive na maior moleza. 
As mina de Sampa dão duro no trampo, no 
[banco, mãos ao alto! 
Ou dá ou desce ou desocupa o asfalto. 
Eu gosto às pampa das mina de Sampa! 
(Rita Lee/Roberto de Carvalho) 
Note que ao caracterizar as mulheres de São Paulo, o locutor procura apresentar no texto 
elementos linguísticos que marcam a fala coloquial dos paulistanos. Porém, em relação à 
concordância verbal e nominal, podemos dizer que o artigo (AS), marca a flexão 
nominal, levando os verbos e adjetivos a concordarem com o plural: 
“AS MINA DE SAMPA SÃO BRAQUELAS.” 
 
 
3.2.6.2 Verbos impessoais (haver, fazer). 
São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular: 
Ex.: Havia sérios problemas na cidade. 
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. 
 
 
 
Olá! Trouxe mais uma dica para você: 
"Haver" no sentido de “existir”, indicando 
“tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará 
na terceira pessoa do singular. É impessoal, 
ou seja, não admite sujeito. Ex.: Nesta sala 
há bons e maus alunos. (existe);Já houve 
muitos acidentes aqui. (ocorrer). 
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< "Fazer" quando indica “tempo” ou “fenômenos da natureza”, também é 
impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular. 
Ex.: Faz 10 anos que me formei. (tempo decorrido) 
 
< Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais. 
Ex.: Deve haver sérios problemas na cidade. 
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. 
 
< O verbo existir não é impessoal. 
Ex: Existem sérios problemas na cidade. 
Devem existir sérios problemas na cidade 
 
 
3.2.6.3 Verbos dar, bater e soar 
Quando usados na indicação de horas, eles têm sujeito (relógio, hora, horas, 
badaladas...) e sendo assim, com ele devem concordar. Observe: 
Ex.: O relógio deu duas horas. 
Ex.: Deram duas horas no relógio da estação. 
Ex.: Deu uma hora no relógio da estação. 
Ex.: O sino da igreja bateu cinco badaladas. 
Ex.: Bateram cinco badaladas no sino da igreja. 
Ex.: Soaram dez badaladas no relógio da escola. 
 
 
3.2.6.4 Sujeito oracional 
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 
3ª pessoa do singular. 
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura. 
 
 
3.2.6.5 Concordância com o infinitivo 
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração: 
< Não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por 
pronome pessoal oblíquo átono. Ex.: Esperei-as chegar. 
< É facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado 
por pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for 
causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e 
sinônimos). Ex.: Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos. 
< Flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de 
pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo. 
Ex.: Esperei saírem todos. 
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto: 27 
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< Não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de 
gerúndio. Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando) 
< É facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico 
ao da oração principal. Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o 
texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto. 
< É facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente 
do sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do 
contexto. Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de 
contestarmos. 
< É obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente 
do sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no 
contexto. Ex: Não sei como saiu sem notarem o fato. 
 
 
27 
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal: 
< Não se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da 
locução verbal quando devida à ordem dos termos da oração sua ligação 
com o verbo auxiliar for nítida. Ex.: Acabamos de fazer os exercícios. 
< É facultativa a flexão do infinitivo sendo este o verbo principal da 
locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto. 
Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e 
reclamar dela. 
Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos 
e reclamarmos dela. 
 
 
 
 
3.2.6.6 Concordância com o verbo ser 
a) Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por 
um dos pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo: o verbo ser ou parecer 
concordarão com o predicativo. Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem 
ilusões. 
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo. 
Ex.: Aquilo é sonhos vãos. 
 
b) O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os 
pronomes interrogativos QUE ou QUEM. 
Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos? 
c) Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será 
com a expressão numérica. 
Ex.: São nove horas./ É uma hora. 
 
 
28 
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Importante: 
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois se subentende 
a palavra dia. Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro. 
 
 
d) Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a 
concordância se dará com o pronome. Ex.: Aqui o presidente sou eu. 
 
Se os termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com 
o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração. 
Ex.: Eu não sou tu. 
 
e) Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo. 
Ex.: O menino era as esperanças da família. 
f) Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a 
especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc, o verbo fica 
sempre no singular. 
Ex.: Cento e cinquenta é pouco./ Cem metros é muito. 
g) Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o 
adjetivo podem ficar invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e 
adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto. 
Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais. 
h) Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não 
aparecer entre o verbo ser e o que, ficará invariável. Se aparecer, o verbo 
concordará com o sujeito. 
Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam 
atrasados. 
 
 
3 . 3 C O N C O R D Â N C I A N O M I N A L 
Nada mais é do que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que 
concordem em gênero e número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o 
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. 
3 . 3 . 1 R e g r a g e r a l : 
O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o 
substantivo a que se referem em gênero e número. 
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher 
irresistivelmente alta. 
3 . 3 . 2 C o n c o r d â n c i a s e s p e c i a i s : 
Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima. 
a) Um adjetivo após vários substantivos: 
a- 1. Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural. 
Ex.: Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical, o adjetivo 
concorda com os dois substantivos) 29 
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Ex.: Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. 
b) Ou pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa: 
Ex.: Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar do adjetivo se 
referir aos dois substantivos ele concordará apenas com o núcleo mais 
próximo) 
Ex.: Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. 
A- Um substantivo e mais de um adjetivo: 
Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os 
adjetivos concordam com o substantivo 
Ex.: Seus lábios eram doces e macios. 
B- Adjetivo funciona como predicativo: 
Vai obrigatoriamente para o plural. 
Ex.: O homem e o menino estavam perdidos. 
Ex.: O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. 
C- Um adjetivo anteposto a vários substantivos: 
Adjetivo anteposto, normalmente, concorda com o elemento mais próximo. 
Ex.: Comi delicioso almoço e sobremesa. 
Ex.: Provei deliciosa fruta e suco. 
D- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: 
Concorda com o mais próximo ou vai para o plural. 
Ex.: Estavam feridos o pai e os filhos. 
Ex.: Estava ferido o pai e os filhos. 
3 . 3 . 3 B a s t a n t e - b a s t a n t e s 
Quando adjetivo, será variável e quando advérbio será invariável. 
Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos) 
Ex.: Os alunos falam bastante. (bastante será advérbio deintensidade referindo- 
se ao verbo). 
3 . 3 . 4 A n e x o , i n c l u s o , o b r i g a d o , m e s m o , p r ó p r i o 
São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem. 
Ex.: A fotografia vai anexa ao currículo/ Os documentos irão anexos ao relatório. 
 
Quando precedido da preposição “em”, fica invariável. Ex.: A fotografia vai 
em anexo. 
 
Ex.: Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento. 
Ex.: A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado. 
Ex.: Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho. 
Ex.: Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor. 
 
 
 
 
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MAIS UMA DICA: 
“Mesmo” pode ser advérbio quando significa realmente, de 
fato. Será, portanto invariável. Ex.: Maria viajará mesmo para 
os EUA? 
 
 
3 . 3 . 5 U m ( a ) e o u t r o ( a ) , n u m ( a ) e n o u t r o ( a ) 
Após essas expressões, o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no 
plural. 
Ex.: Renato advogou um e outro caso fáceis. 
Ex.: Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. 
3 . 3 . 6 M u i t o , p o u c o , c a r o , b a r a t o , l o n g e , m e i o , s é r i o , a l t o 
São palavras que variam seu comportamento funcionando ora como advérbios 
(sendo assim invariáveis) ora como adjetivos (variáveis). 
Ex.: Os homens eram altos./ Os homens falavam alto. 
Ex.: Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho. 
Ex.: Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros. 
Ex.: A água é barata./ A água custa barato. 
Ex.: Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe. 
Ex.: Eles são homens sérios./ Eles falavam sério. 
Ex.: Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito. 
Ex.: Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda. 
3 . 3 . 7 É b o m , é n e c e s s á r i o , é p r o i b i d o 
Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante. 
Ex.: É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos. 
Ex.: É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada. 
3 . 3 . 8 M e n o s , a l e r t a , p s e u d o 
São sempre invariáveis.Ex.: Havia menos professores na reunião./Havia menos 
professoras na reunião. / Ex.: O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta./ Ex.: Era 
um pseudomédico./ Era uma pseudomédica. 
3 . 3 . 9 S ó , s ó s 
Quando adjetivos serão variáveis, quando advérbios serão invariáveis. 
Ex.: A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo) 
Ex.: Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio) 
 
A locução adverbial “a sós” é invariável. Ex.: Preciso falar a sós com ele. 
 
 
 
 
 
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3 . 3 . 1 0 C o n c o r d â n c i a d o s p a r t i c í p i o s 
Os particípios concordarão com o substantivo a que se referem. 
Ex.: Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a 
prazo. 
 
Dica 
Se o particípio pertencer a um tempo composto será invariável. 
Ex.: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei 
 
3 . 3 . 1 1 T a l Q u a l 
Tal concorda com o antecedente, qual concorda com o consequente. 
Ex.: As garotas são vaidosas tais qual a tia. 
Ex.: Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. 
3 . 3 . 1 2 P o s s í v e l 
Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha 
o artigo que precede as expressões. 
Ex.: A mais possível das alternativas é a que você expôs. 
Ex.: Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. 
Ex.: As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade. 
4 . C O L O C A Ç Ã O P R O N O M I N A L 
Denomina-se colocação pronominal o conjunto de regras referentes à colocação 
dos pronomes pessoais, oblíquos e átonos que funcionam como complementos: me, te, 
se, o, lhe, a, nos, vos, se, os, as, lhes. Relativamente ao verbo, do qual dependem colocar- 
se antes (próclise), no meio (mesóclise) e depois (ênclise) dele. 
 
 
4 . 1 P R Ó C L I S E - É D E R E G R A C O M : 
a) Palavras de sentido negativo: Ninguém me ama, ninguém me quer... 
b) Pronome indefinido: Tudo me parece impossível. 
c) Pronome relativo: Tudo quanto me disseste é falso. 
d) Com certos advérbios: Bem se vê que lá se vive melhor. 
Obs.: S e a p ó s o a d v é r b i o o c o r r e r o u s o d a vírgula, p o d e m o s d i z e r 
q u e h á ênclise: “ Aqui se fala muito. Aqui, fala-se muito.”. 
e) Conjunções subordinadas: “Quando meu bem-querer me vir, estou certo...” 
/ Se você o encontrar, avise-o de que... 
f) Gerúndio regido de preposição em: Em se tratando de mulheres, prefiro as 
inteligentes. 
g) Infinitivo flexionado regido de preposição: E, por se amarem muito, 
uniram seus destinos. 
Nota: É facultativa quando o infinitivo não flexionado estiver precedido de 
preposição ou palavra negativa: “Estou aqui para servir-te. (ou para te servir)”; “Meu 
desejo era não o incomodar (ou não incomodá-lo)”. 32 
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Porém, se o infinitivo vier antecedido da preposição a, recomenda-se a ênclise: 
“Estou inclinado a obedecer-lhe” e “Comecei a compreendê-lo.”. 
h) Nas orações optativas (aquelas que expressam desejo) de sujeito anteposto 
ao verbo: Macacos me mordam. 
i) Nas orações exclamativas: Quanto sangue se derramou inutilmente! 
j) Nas orações interrogativas: Por que me abandonas? 
 
 
4 . 2 M E S Ó C L I S E - É D E R E G R A : 
Com o futuro do presente e com o futuro do pretérito, desde que não ocorra 
condição para a próclise. “Dir-me-á o leitor que a beleza vive de si mesma!” (M.A.) 
“Dar-me-iam água para lavar as mãos?” (G. Ramos). 
 
 
4 . 3 Ê N C L I S E - É D E R E G R A : 
a) Nas orações iniciadas por verbo. Falava-me suavemente. / Disseram-me que 
você me ama. 
b) Com verbo no gerúndio, sem partícula atrativa: O velho criticava a 
juventude, dirigindo-se aos presentes. / Entendeu o segredo do tempo, 
olhando-se no espelho. 
c) Com verbo no imperativo afirmativo: Dê-me um copo d’água. / Faça-me 
um favor. 
d) Com verbo no infinitivo, regido da preposição a : Chegamos a abraçá-lo. 
“Sabe-se ele se tornará a vê-los algum dia!” (José de Alencar). 
e) Junto a infinitivo precedido de artigo: O vender-se; o queixar-se. 
f) Nas orações interrogativas, estando o verbo no infinitivo, embora 
antecedido de palavra ou locução que obrigue a próclise. “Como alistar-me, 
se o governo não tem inimigos?” Por que arrepender-me? Como apanhá-lo? 
 
 
Obs: A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos 
átonos! 
4 . 4 C O L O C A Ç Ã O P R O N O M I N A L N A S L O C U Ç Õ E S 
V E R B A I S 
 
4 . 4 . 1 A u x i l i a r + I n f i n i t i v o ( h á q u a t r o p o s s i b i l i d a d e s ) : 
a) ênclise ao auxiliar: O amigo precisou lhe confiar o segredo; 
b) ênclise ao infinitivo: O amigo precisou confiar-lhe o segredo; 
c) próclise ao auxiliar. O amigo lhe precisou confiar o segredo; 
d) próclise ou ênclise ao infinitivo precedido de preposição. O amigo não deixou 
de lhe confiar o segredo. O amigo não deixou de confiar-lhe o segredo. 
 
 
 
 
 
 
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4.4.1 Auxiliar + Gerúndio (há três possibilidades): 
a) próclise ao auxiliar. O amigo lhe estava confiando o segredo. 
b) ênclise ao auxiliar. O amigo estava-lhe confiando o segredo. 
c) ênclise ao gerúndio. O amigo estava confiando-lhe o segredo. 
4.4.2 Auxiliar + Particípio (há duas possibilidades) : 
a) próclise ao auxiliar. Os amigos se tinham despedido. 
b) ênclise ao auxiliar. Os Amigostinham se despedido. 
 
4.4.3 Notas 
 
 
Com palavra ou locução atrativa, o pronome não pode ficar no meio da locução. 
Ex: Não lhe quero falar ou Não quero falar-lhe. 
 
4.4.4 Adaptações 
Os pronomes o, a, os, as, enclíticos, sofrem adaptações quando o verbo termina 
em r, s ou z. Eles passam a ter as formas: -lo, -la, -los, -las. 
Ex.: Vou amá-la por toda minha vida. 
Ex.: O jogo, fi-lo sozinho. 
Obs. Com a expressão eis acontece a mesma coisa: 
Ex.: Ei-la aqui, radiante e bela! 
Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos terminados em - 
m, -ão, -õe, assumem a forma -no, - na, -nos, -nas. 
Ex.: Entregaram-no ao professor. 
Ex.: O assunto, dão-no por encerrado. 
 
“VOU AMAR ELE POR TODA A MINHA VIDA!” 
ou 
“VOU AMÁ-LO POR TODA A MINHA VIDA”. 
Bom, nem preciso dizer que a estrutura 
gramatical da primeira expressão está 
completamente inadequada, não é ? Você há de 
concordar que a segunda soa muito melhor e 
deixa a oração muito mais intensa e romântica... 
Como diria a Laurinha: Isso é tão romântico... 
 
< Acesse o link http://colocacaopronominal2.vilabol.uol.com.br/exercicios.htm e 
encontre uma série de exercícios sobre Colocação Pronominal. Tente realizá-los e 
após confira o gabarito que está disponível, certo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 . M O D O S , T E M P O S E V O Z E S V E R B A I S ( V O Z A T I V A ) 
5.1 Indicativo 
 
 
Presente amo 
Pretérito Imperfeito amava 
 Perfeito Simples amei 
 Composto tenho amado 
 Mais-que-perfeito Simples amara 
 Composto tinha amado 
Futuro Do presente Simples amarei 
 Composto terei amado 
 Do pretérito Simples amaria 
 Composto teria amado 
 
 
5.2 Subjuntivo 
 
 
Presente 
Pretérito Imperfeito Simples amasse 
 Perfeito composto tenha amado 
 Mais-que-perfeito composto tivesse amado 
Futuro simples amar 
 composto tiver amado 
 
 
5.3 Imperativo 
 
 
Afirmativo ama tu / amai vós 
Negativo não ames tu 
 
 
 
6. RESPOSTAS PÁGINA 15: 
a) Comprei uma JOIA raríssima para minha esposa, mas ela preferia ser presenteada 
com a obra “ODISSEIA”, de Homero. 
(Não usamos mais acento nos ditongos abertos éi e oi das palavras paroxítonas.) 
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b) João gosta de jogar POLO e sua fruta preferida é PERA. 
(Não usamos mais o acento diferencial nos pares como PÓLO/POLO e 
PERA/PÊRA.) 
c) Ontem fui à AUTOESCOLA. Estou SUPEREMPOLGADA para ter minha 
carteira de habilitação. 
(Não usamos mais o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal 
com que se inicia o segundo elemento e também quando o prefixo termina por 
consoante e o segundo elemento começa por vogal, que é o caso de 
SUPEREMPOLGADA.) 
d) Hoje no AUTOELÉTRICO haverá um churrasco, e pelo que sei compraram 
muita LINGUIÇA! 
(Não usamos mais o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal 
com que se inicia o segundo elemento e também não utilizamos mais o trema, com 
exceção de palavras estrangeiras.) 
 
 
RESPOSTAS DA PÁGINA 1 6 , EXERCÍCIO 1: 
a) Você deve tentar fazer os exercícios PORQUE assim irá testar seus 
conhecimentos; (Pelo motivo de que, pois...) 
b) POR QUE ele saiu ontem? (Oração interrogativa) 
c) Maria deixou o emprego sem dizer POR QUÊ. (Por que motivo...) 
d) Não sei o PORQUÊ de suas atitudes. (Substantivado, significando causa, motivo) 
e) Ninguém sabe POR QUE ele viajou de repente. (Acompanha as palavras motivo 
ou razão, mesmo que subentendidas) 
f) Vamos embora PORQUE já está muito tarde. (Pois...) 
 
 
RESPOSTAS DA PÁGINA 1 9 
 
M A J E S T A D E 
 I N J E Ç Ã O 
 B O L A C H A 
 O R A Ç Ã O 
J E I T O 
 L A G A R T I X A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classifique os encontros vocálicos, 
conforme abaixo: 
colocando o número correspondente, 
(1) – Hiato (2)– Ditongo (3)– Tritongo 
( ) Uruguai ( ) Piolho ( ) Luana ( ) Páscoa 
( ) Viela ( ) Língua ( ) viagem ( ) Raiz 
( ) Água ( ) Toalha ( ) Aguei ( ) Mário 
( ) Mais ( ) Ingênuo ( ) Piada ( ) Voo 
( ) Boi ( ) Comissário ( ) Maria ( ) Moita 
 
 
 
 
 
7. TESTE SEUS CONHECIMENTOS 
 
 
1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão separadas em sílabas 
corretamente: 
a) Es-tá-tua; A-me-a-ça; A-me-i-xa 
b) Vie -la; Ma-is; Bai-le 
c) De-mais; Noi-te; Mi-ú-dos 
d) De-pois; Po-u-co; Lu-a 
 
 
3. Coloque “V” se a afirmação for verdadeira, ou “F” se a afirmação for falsa: 
( ) Toda palavra proparoxítona é acentuada. 
( ) São acentuadas as paroxítonas terminadas em “ens”. 
( ) As paroxítonas terminadas em “r” são acentuadas. 
 
 
4. Assinale a alternativa correta (por que/porque) 
a) Ele foi embora e não me disse o por que. 
b) Por quê ela não gosta de mim? 
c) Porque é tão difícil? 
d) Eu faço toda a lição porque quero aprender. 
e) Não sei dizer o porque de tanto desprezo. 
 
 
5. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente (ç, s, z) 
a) pretensão, expanção, submersão, consensual; 
b) freguesa, poetisa, princesa, catequese; 
c) quisera, difusão, lapizinho, coisa; 
d) pesquizar, açucena, caçula, cachaça; 
e) carapuça, abstensão, detenção, infração; 
6. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente (ch/x 
– g/j) 37 
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a) mochila, espadachim, tijela, vertigem; 
b) bege, sufrágio, sortiléjio, mugir; 
c) surgir, ágil, enchurrada, pajem; 
d) magestade, jiboia, mangerona, laje; 
e) ultraje, xucro, lagartixa, frouxo; 
 
 
7. Leia as frases abaixo: 
I - A multidão de fãs correu pelo estádio em chamas. 
II - A multidão de fãs correram pelo estádio em chamas. 
III - João foi um dos que saiu. 
IV - João foi um dos que saíram. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Apenas II e IV 
b) Apenas I e III 
c) Apenas I , II e IV 
d) Todas estão corretas 
 
8. Assinale a frase que está escrita incorretamente: 
a) Paulo e Luana fora para a praia. 
b) Irei eu e meus parentes. 
c) A mãe e a sua filha saíram rapidamente. 
d) Vovô e vovó já vieram. 
 
9. Assinale a frase que está escrita corretamente: 
a) Eu parti, tu partistes, mas eles não partiram. 
b) Estás triste por deixardes tua terra? 
c) Nós vai ao cinema amanhã. 
d) Tu sabe quantos anos ele tem? 
 
10. Coloque “C” nas frases escritas corretamente e “I” nas frases escritas 
incorretamente: 
( ) O homem e o menino estava perdidos. 
( ) Comi delicioso doce e uma fruta. 
( ) Há bastante casas bonitas por aqui. 
( ) Fiz bastantes pratos diferentes. 
 
11. Assinale a(s) alternativas(s) em que a frase está correta: 
a) Os garotos falavam altos. 
b) As garotas são bonitas tais quais a tia. 
c) Deu duas horas no relógio da estação. 
d) Faz-se necessário chegar cedo. 
e) Maria não veio porque hoje está meia cansada. 
 
 
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P 
P 
2 
 
 
GABARITO: 
1) 3, 1, 2, 1, 2 / 1, 2, 1, 2, 2 / 1, 1, 3, 1, 2 / 
2) C 
3) V, F, V 
4) D 
5) B 
6) E 
7) C 
8) A 
9) A 
10) I / C / I / C 
11) D 
 
 
, 1, 2,2,1 
 
 
08. SUGESTÕES DE OBRAS 
 
 
É NECESSÁRIO PARA QUE VOCÊ ADQUIRA UM BOM CONHECIMENTO E APRENDIZADO EM 
RELAÇÃO À LÍNGUA PORTUGUESA QUE CONSULTE UMA BOA GRAMÁTICA, SENDO ASSIM, 
OBSERVE ABAIXO A TABELA ABAIXO, QUE TRAZ ALGUMAS SUGESTÕES DE EXCELENTES 
OBRAS PRA VOCÊ, OK? 
 
 
1) MODERNA GRAMÁTICA PORTUGUESA, EVANILDO BECHARA, 37ª Ed. , 2009; 
 
 
2) NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO,

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