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Ciclo Reprodutivo Feminino

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Durante os anos férteis, as mulheres não grávidas normalmente apresentam alterações clínicas nos 
ovários e útero. Cada ciclo dura aproximadamente 1 mês e envolve tanto a oogênese (ver resumo), 
quanto a preparação do útero para receber um óvulo fertilizado. Hormônios secretados pelo hipotá-
lamo, adeno-hipófise e ovários controlam os principais eventos. O ciclo ovariano consiste em uma 
série de eventos nos ovários que ocorrem durante e após a maturação do oócito. Já o ciclo uterino 
é um processo concomitante de alterações no endométrio do útero para prepará- lo para a chegada 
do óvulo fertilizado. No entanto, se a fertilização não ocorrer, os hormônios ovarianos diminuem, o 
que faz com que o estrato do endométrio descame. O termo ciclo reprodutivo feminino engloba 
tanto o ciclo ovariano, quanto o uterino, além de envolver as alterações hormonais reguladoras.
O hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), 
que é secretado pelo hipotálamo, controla os 
ciclos ovariano e uterino. O GnRH estimula a 
liberação do hormônio foliculoestimulante 
(FSH) e do hormônio luteinizante (LH), ambos 
pela adeno-hipófise. Além disso, o FSH e o LH 
estimulam os folículos ovarianos a secretarem 
estrogênio. 
O LH estimula as células da teca de um folículo 
ovariano em desenvolvimento a produzir andro-
gênios e, sob a influência do FSH, os androgê-
nios são absorvidos pelas células granulosas do 
folículo. Esses androgênios, em seguida, são 
convertidos em estrogênios. 
*O LH, no meio do ciclo, estimula a ovulação e, 
então, promove a formação do corpo lúteo. Esse 
corpo lúteo, estimulado pelo LH, produz estro-
gênio, progesterona, relaxina e inibina. Sobre os 
estrogênios, os mais encontrados no plasma são 
o beta-estradiol, a estrona e o estriol. Em uma 
mulher não grávida, o estradiol é o estrogênio 
mais abundante, sendo sintetizado a partir do 
colesterol nos ovários. 
Os estrogênios secretados pelos folículos ovari-
anos têm várias funções importantes, como: 
promover o desenvolvimento e manutenção das 
estruturas reprodutivas femininas, característi-
cas secundárias sexuais e mamas/ aumentar o 
anabolismo proteico, agindo associados ao hor-
mônio do crescimento (GH)/ baixar o nível san-
guíneo de colesterol. 
Inclusive, é válido dizer que essa redução no 
nível de colesterol é o motivo provável para que 
as mulheres com menos de 50 anos apresen-
tem menores taxas de doença da artéria coro-
nariana, do que os homens com idade seme-
lhante. 
OBS: Níveis sanguíneos moderados de estrogê-
nios inibem tanto a liberação de GnRH pelo hi-
potálamo, quanto a secreção de LH e de FSH 
pela adeno- hipófise (ver esquema abaixo). 
A progesterona, que é secetada principalmente 
pelas células do corpo lúteo, coopera com os 
estrogênios para preparar e manter o endomé-
trio para a implantação de um óvulo fertilizado 
e preparar as glândulas mamárias para a secre-
ção de leite. Altos níveis de progesterona ini-
bem a secreção de LH e GnRH. 
A pequena quantidade de relaxina produzida 
pelo corpo lúteo durante cada ciclo mensal re-
laxará o útero, inibindo as contrações do mio-
métrio. Isso facilita a implantação de um even-
tual óvulo fertilizado. Além disso, esse hormônio 
também aumenta a flexibilidade da sínfise pú-
bica e pode ajudar a dilatar o colo do útero, 
facilitando a saída do bebê. 
OBS: Os ciclos ovariano e uterino são controla-
dos pelo hormônio liberador de gonadotropina 
(GnRH) e pelos hormônios ovarianos (estrogê-
nio e progesterona). 
A inibina, por sua vez, é secretada pelas células 
granulosas dos folículos em crescimento e pelo 
corpo lúteo após a ovulação. Sua ação inibirá a 
secreção de FSH e, em menor grau, de LH. 
 
FASES DO CICLO REPRODUTIVO FEMININO 
A duração do ciclo reprodutivo feminino varia 
de 24 a 36 dias. Didaticamente, assume- se a 
duração de 28 dias e dividi- se ele em fase 
menstrual, fase pré- ovulatória, ovulação e fase 
pós- ovulatória. 
 FASE MENSTRUAL 
Também chamada de menstruação, essa fase 
perdura pelos primeiros 5 dias do ciclo. 
Nos ovários, o que está acontecendo é o se-
guinte: Sob a influência do FSH, vários folículos 
primordiais se desenvolvem em folículos primá-
rios e, depois, em folículos secundários. Esse 
processo demora vários meses e, portanto, um 
folículo que começa a se desenvolver no início 
de um dado ciclo pode não alcançar a maturi-
dade e ovular até vários ciclos menstruais mais 
tarde. 
No útero, o que está acon-
tecendo é o seguinte: O 
fluxo menstrual do útero 
consiste em 50 a 150 ml 
de sangue, líquido teci-
dual, muco e células epi-
teliais do endométrio des-
camado. Essa eliminação 
ocorre porque os níveis 
decrescentes de proges-
terona e estrogênios esti-
mulam a liberação de 
prostaglandinas que fa-
zem com que as arteríolas 
espirais do útero se con-
traiam. Como resultado, as 
células que elas irrigam 
são privadas de oxigênio e 
começam a morrer. Assim, 
todo o estrato funcional irá descamar tornando 
o endométrio bastante fino, já que apenas o 
estrato basal permanecerá. O fluxo menstrual 
passa da cavidade uterina e vai até o meio ex-
terno pela vagina. 
“mas por que, durante a fase menstrual, os ní-
veis de progesterona e estrogênios está decres-
centes?” 
Deve- se lembrar que a progesterona é produ-
zida pelo corpo lúteo e esse corpo lúteo só é 
gerado a partir da ovulação. Nesse estágio de 
desenvolvimento que estamos discutindo, a ovu-
lação ainda não ocorreu, já que para isso é ne-
cessário mais desenvolvimento dos folículos 
ovarianos. Quanto ao estrogênio, trata- se de um 
hormônio que também depende muito do corpo 
lúteo para sua produção. Dessa forma, pode- se 
compreender o porquê dos níveis desses dois 
hormônios estar decrescente. 
 FASE PRÉ- OVULATÓRIA 
Trata- se do período entre o fim da menstrua-
ção e a ovulação. Essa é a fase com duração de 
tempo mais variável do ciclo, podendo chegar 
de 6 a 13 dias em ciclo com 28. 
O que acontece no ovário é o seguinte: alguns 
dos folículos secundários nos ovários começam 
a secretar estrogênio e inibina (pela ação do 
LH). Por volta do dia 6, um folículo secundário 
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único superou todos os outros para se tornar o 
folículo dominante. 
Isso acontece porque os estrogênios e a inibina 
secretados pelo folículo dominante diminuem a 
secreção de FSH (e de LH, em menor parte), o 
que faz com que os outros folículos menos de-
senvolvidos parem de crescer e sofram atresia. 
OBS: Os gêmeos ou trigêmeos (não idênticos) 
ocorrem quando dois ou três folículos secundá-
rios se tornam codominantes e mais tarde são 
ovulados e fertilizados basicamente ao mesmo 
tempo. 
No entanto, normalmente um folículo secundá-
rio apenas torna- se dominante e passa a ser o 
folículo maduro, continuando a crescer até que 
esteja pronto para a ovulação. Além disso, du-
rante o processo de maturação final, o folículo 
maduro continua aumentando a sua produção 
de estrogênios, que são os principais hormônios 
ovarianos antes da ovulação. Após a ovulação, a 
progesterona e os estrogênios são secretados 
pelo corpo lúteo. 
Em relação ao ciclo ovariano, tanto a fase 
menstrual, quanto a fase pré- menstrual, são 
chamadas em conjunto de fase folicular, porque 
os folículos ovarianos estão em crescimento e 
desenvolvimento. 
No útero, os 
estrogênios li-
berados para o 
sangue pelos 
folículos ovari-
anos em cres-
cimento esti-
mulam o re-
paro do endo-
métrio. Isso 
faz com que 
as células do 
estrato basal 
sofram mitose 
e produzam 
um novo es-
trato funcio-
nal. Com rela-
ção ao ciclo 
uterino, a fase pré- ovulatória também é deno-
minada fase proliferativa, porque o endométrio 
está proliferando. 
 FASE OVULATÓRIA 
A ovulação, que é a ruptura do folículo maduro 
e a liberação do oócito secundário para o inte-
rior da cavidade pélvica, geralmente ocorre no 
14º dia em um ciclo com 28. Durante a ovulação, 
o oócito secundário permanece cercado por sua 
zona pelúcida e coroa radiada. 
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Os níveis elevadosde estrogênio durante a úl-
tima parte da fase pré-ovulatória exercem um 
feedback positivo sobre as células que secre-
tam LH e as que secretam o hormônio liberador 
de gonadotropina (GnRH) e induzem à ovulação: 
1) Uma alta concentração de estrogênios esti-
mula a liberação mais frequente de GnRH pelo 
hipotálamo. Essa alta concentração também es-
timula diretamente os gonadotropos na adeno-
hipófise a secretar LH. 2) O GnRH promove a 
liberação adicional de FSH e LH pela adeno-
hipófise. 3) O LH provoca a ruptura do folículo 
maduro e a expulsão de um oócito secundário, 
aproximadamente 9 horas após o pico de LH. O 
oócito ovulado e suas células da coroa radiada 
geralmente são deslocados até a tuba uterina. 
FASE PÓS- OVULATÓRIA 
A fase pós- ovulatória do ciclo reprodutivo fe-
minino é o período entre a ovulação e o início 
da menstruação seguinte. Ela tem a duração 
dos últimos 14 dias do ciclo com 28. 
Sobre os eventos que acontecem nos ovários; 
depois da ovulação, o folículo maduro colapsa e 
a membrana basal entre as células granulosas 
e a teca se rompe. As células da teca interna 
se misturam com as cé-
lulas granulosas, con-
forme todas estas célu-
las se transformam nas 
células do corpo lúteo 
sob a influência do LH. 
Estimulado pelo LH, o 
corpo lúteo secreta pro-
gesterona, estrogênios, 
relaxina e inibina. Em 
relação ao ciclo ovari-
ano, esta fase é cha-
mada de fase lútea. 
Depois disso, existem 
duas possibilidades. O 
oócito ser fecundado ou 
não ser fecundado. No 
caso em que nenhuma 
fecundação ocorre, o 
corpo lúteo tem uma 
vida útil de apenas 2 semanas. Em seguida, sua 
atividade secretora declina, e ele se degenera 
em um corpo albicante. Com isso, à medida que 
os níveis de progesterona, estrogênios e inibina 
diminuem, a liberação de GnRH, LH e FSH au-
menta, iniciando um novo ciclo. O crescimento 
folicular é retomado e começa um novo ciclo 
ovariano. 
 
Com a diminuição da progesterona e estrogê-
nios, em decorrência da degeneração do corpo 
lúteo, a camada do estroma funcional do endo-
métrio irá descamar e ocorrerá a menstruação. 
 
Se o oócito secundário for fecundado, o corpo 
lúteo irá durar mais de duas semanas. Ele é 
“resgatado” da degeneração pela gonadotropina 
coriônica humana (HCG), que é um hormônio 
produzido pelo cório do embrião. Como o LH, o 
HCG estimula a atividade secretora do corpo 
lúteo e sua presença é verificada nos testes de 
gravidez. 
Sobre os eventos do útero: A progesterona e os 
estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promo-
vem o crescimento e enrolamento das 
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glândulas uterinas, a vascularização do endomé-
trio superficial e o espessamento dele. Essas 
alterações preparatórias alcançam seu pico 
aproximadamente 1 semana após a ovulação, no 
momento em que um óvulo fecundado pode 
chegar ao útero. 
Em decorrência da atividade secretora das 
glândulas uterinas, que começam a secretar gli-
cogênio, este período é denominado fase secre-
tora do ciclo uterino 
R E S U M Ã O 
Ciclo reprodutivo = ciclo uterino + ciclo ovariano 
Fases do ciclo reprodutivo: fase menstrual, fase 
pré- ovulatória, fase ovulatória e fase pós ovu-
latória. 
LEMBRETE: Hipotálamo produz hormônio libe-
rador de gonadotropina (GnRH) -> esse GnRH 
age sobre a adeno-hipófise -> isso faz com que 
a adeno-hipófise produza LH e FSH -> o FSH 
age desenvolvendo os folículos primordiais e o 
LH estimula a ovulação e induz o corpo lúteo a 
produzir estrógeno e progesterona. 
OBS: Níveis moderados de estrogênio atuam 
como um feedback negativo, fazendo com que 
seja inibida a liberção de GnRH, FSH e LH/ Ní-
veis altos de estrogênio atuam como um feed-
back positivo, aumentando a secreção de GnRH, 
FSH e LH/ Níveis baixos de estrogênio e pro-
gesterona funcionam como um feedback posi-
tivo, aumentando a secreção de GnRH, FSH e 
LH 
Fase Menstrual: Baixas concentrações de estro-
gênio e progesterona (promovendo a descama-
ção do endométrio); folículos primários e pri-
mordiais se desenvolvendo no ovário por meio 
da atuação do FSH, liberado pela adeno-hipó-
fise. 
Fase Pré-Ovulatória: Folículos secundários no 
ovário começam a secretar estrogênio e inibina 
por meio da influência tanto do FSH, quanto do 
LH. Um folículo vira o principal e passa a pro-
duzir bastante estrogênio e inibina. Isso diminui 
a secreção de FSH e os folículos não principais 
degeneram. O aumento da concentração de es-
trogênio é um feedback positivo para a adeno-
hipófise produzir mais LH, e esse LH induzir a 
uma ovulação do folículo principal. Além disso, 
o estrogênio também leva a uma reconstituição 
do endométrio. 
Fase Ovulatória: Há o rompimento do folículo 
maduro e consequente liberação do oócito e 
geração do corpo lúteo que, estimulado pelo LH, 
produzirá progesterona e estrogênio. O oócito 
secundário liberado é levado até a tuba uterina, 
onde poderá ou não ser fertilizado (fecundado). 
Essa fase acontece no dia 14 do ciclo. 
Fase Pós-Ovulatória: As células granulosas, em 
associação com a teca interna geram o corpo 
lúteo secretor de estrogênios e progesterona. 
Se não houver fecundação, o corpo lúteo é de-
generado e a diminuição na concentração de 
progesterona e estrógeno leva à descamação 
do útero (menstruação). Se houver fecundação, 
o embrião passará a produzir o HCG que, assim 
como o LH, fará com que o corpo lúteo continue 
sua atividade secretora. 
*O HCG é a substância que se procura em um 
teste de gravidez 
 
BONS ESTUDOS!  
 
RESUMO FEITO POR ERICK LEONARDO, 
2021 
REFERÊNCIAS: Princípios de Anatomia e 
Fisiologia; Tortora & Derrickson, 14° edição 
 
 
 
 
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