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Sociologia Rural e Urbana UND 2

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Sociologia Rural e Urbana
Professora: Luana Cequine
1
O LIVRO E SUAS UNIDADES 
UNIDADE I – SOCIOLOGIA RURAL E URBANA
UNIDADE II – CAPITALISMO E AGRICULTURA
UNIDADE III – SEGREGAÇÃO ESPACIAL 
SOCIOLOGIA RURAL E URBANA
UNIDADE 2
UNIDADE I – SOCIOLOGIA RURAL E
URBANA 
TÓPICO 1: NATUREZA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA NA AGRICULTURA
TÓPICO 2: REFORMA AGRÁRIA BRASILEIRA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS E RURAIS
TÓPICO 3: O PROCESSO DA URBANIZAÇÃO NO BRASIL 
Objetivo desta unidade
Os objetivos desta unidade compreendem:
acompanhar a evolução histórica do capitalismo e fazer uma análise sobre a sua influência na agricultura;
construir uma visão da realidade econômica, política, social e cultural da
sociedade, que possa dar conta, no nível explicativo, desta realidade;
entender o objetivo e a finalidade da reforma agrária no Brasil;
identificar a diversidade de grupos e movimentos sociais, rurais, urbanos
e organizações sociais e políticas;
caracterizar os índices que medem o crescimento da população e urbanização brasileira;
compreender a hierarquia de cidades na rede urbana brasileira. 
TÓPICO 1 – NATUREZA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA NA AGRICULTURA
Um dos desafios mais prementes do nosso tempo é a conjugação dos esforços para a preservação do meio ambiente,	dos	recursos naturais,	conjuntamente com o desenvolvimento	econômico	e tecnológico.
As últimas décadas do século XX foram marcadas pelo surgimento de uma crescente “consciência ecológica”. 
Tal consciência gerou inevitavelmente o questionamento sobre o modo de vida das sociedades industriais, mas principalmente, sobre o modelo de crescimento econômico-industrial adotado por elas.
TÓPICO 1: NATUREZA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA
NA AGRICULTURA 
Ao estudarmos o capitalismo, a reforma agrária, as classes sociais,
os movimentos sociais e urbanos, a estrutura de classes, muitas vezes nos
deparamos com algumas categorias básicas, como: tempo, relações de produção, memória, cotidiano, modo de produção capitalista, sociedade e indivíduo, fato social, balança comercial, forças produtivas, relações sociais de produção, classes sociais, infraestrutura, luta de classes, mais-valia, propriedade privada dos meios de produção, salário, renda da terra, juros, mercadoria...
Todavia, é necessária uma leitura a respeito desses temas. 
CATEGORIAS BÁSICAS NO ESTUDO DO CAPITALISMO
Tempo –O tempo utilizado pelos sociólogos e historiadores é um tempo específico.
Relações de produção – essas relações de produção são as formas como os seres humanos desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução da vida material.
Cotidiano – É comum o cotidiano ser entendido como o dia a dia, como algo que envolve monotonia e repetição. 
Balança comercial – É a relação entre exportações (vendas para o exterior) e importação (compra do exterior) de um país. Quando as compras (em dólares) no mercado internacional são maiores do que as vendas, há déficit comercial, e o país se torna devedor. Na situação inversa, ou seja, quando as vendas(em dólares) são maiores do que as compras, há superávit, e o país torna-se credor. 
Modo de produção capitalista – está orientado para o lucro. Este é o resultado do investimento realizado por um empresário, depois da venda dos seus produtos ou serviços. No capitalismo, o motor das relações produtivas e sociais é o dinheiro.
Forças produtivas – Terra, trabalho, capital, tecnologia: elementos essenciais à produção capitalista.
Relações sociais de produção –  capitais, terras, ferramentas, máquinas, matérias-primas e tudo o que possa ser suscetível de ser usado para fins produtivos -, formas de repartição dos produtos - meios de produção ou bens de consumo.
Capitalismo financeiro – É um sistema econômico, apresenta como característica principal a subordinação dos meios de produção para a acumulação de dinheiro e obtenção de lucros através do mercado financeiro. O grande comércio e a grande indústria são controlados pelo poderio econômico dos bancos comerciais e outras instituições financeiras.
Classes sociais – Grupos de pessoas que se diferenciam, entre si, pelo lugar que ocupam no sistema de produção social historicamente determinado, pelas relações em que se encontram no que diz respeito aos meios de produção, pelo papel que desempenham na organização social do trabalho. 
Infraestrutura – Base econômica da produção dos bens materiais de determinada sociedade que condiciona o surgimento da superestrutura.
Renda da terra – Percentual pago pelo arrendatário ao proprietário do imóvel para que possa utilizar a terra na produção de mercadorias; a renda da terra é um custo social pago pela sociedade para que ela possa desfrutar dos bens e alimentos necessários e produzidos no campo.
Mercadoria – Produto para o mercado; bem de uso e bem de troca que se constitui no produto do modo de produção capitalista, capaz de assegurar ganhos, lucros e mais-valia no mercado.
Capitalismo
TÓPICO 1: NATUREZA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA
NA AGRICULTURA 
O capitalismo é um sistema econômico e social baseado no direito à propriedade privada, no lucro e na acumulação de capital.
A palavra capital vem do latim capitale e significa "cabeça", no qual faz alusão às cabeças de gado, ou seja, uma das medidas de riqueza nos tempos antigos. Atualmente, capital está relacionado diretamente com o dinheiro ou crédito.
Início do Capitalismo
TÓPICO 1: NATUREZA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA
NA AGRICULTURA 
O capitalismo iniciou na Europa, na passagem da Idade Média para a
Idade Moderna. Com o renascimento urbano, o comércio foi fortalecido, surgiu
uma nova classe social, a burguesia, que favoreceu o desenvolvimento e o
surgimento de novas cidades. 
Pressupostos da sociedade capitalista 
O direito à propriedade privada, compreendido como um direito natural dos seres humanos.
A livre iniciativa; um cidadão comum participar do mercado sem a necessidade de autorização ou aprovação do Estado
A livre concorrência; entende-se na liberdade de competição entre essas empresas
A lei do mercado (oferta e procura);
O lucro como o objetivo principal da produção;
A possibilidade de acumulação de riquezas;
TÓPICO 1: NATUREZA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA
NA AGRICULTURA 
TÓPICO 2: REFORMA AGRÁRIA BRASILEIRA E OS
MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS E RURAIS 
Falar da questão agrária no Brasil é falar de redistribuição de terras, é falar de justiça social, é ter direito e acesso à terra, é falar de pobreza, de marginalização, globalização, conflitos, dignidade, cidadania. 
O QUE É REFORMA AGRÁRIA? 
TÓPICO 2: REFORMA AGRÁRIA BRASILEIRA E OS
MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS E RURAIS 
REFORMA AGRÁRIA
Sabemos que muitos dos conflitos atuais do mundo e no Brasil, em especial, se desenvolvem em áreas rurais e têm como fator motivador a posse da terra ou disputa por áreas férteis. 
Os países subdesenvolvidos, principalmente, apresentam forte concentração de renda e de terras nas mãos de poucas pessoas.
 Também o combate à fome e à pobreza está diretamente relacionado com modificações na estrutura e nas relações agrárias. Está ligado a uma redistribuição de terra e acesso aos demais meios de produção, ou seja, à reforma agrária.
O QUE É REFORMA AGRÁRIA
A reforma agrária é o conjunto de ações e medidas voltadas para garantir a distribuição justa das terras, alterando os regimes de uso e propriedade, a fim de garantir que a maior parte das terras agricultáveis encontre-se nas mãos de uma quantidade correspondente de trabalhadores rurais.
 Em resumo, a política de reforma agrária visa romper com a máxima: “muita terra nas mãos de poucos”, ou seja, objetiva acabar ou diminuir consideravelmente a quantidade de latifúndios no meio rural
Latifúndios: são grandes propriedades agrícolas pertencentes a um proprietário, empresa ou família, podendo ser produtivos ou improdutivos.
	LATIFÚNDIO	 MINIFÚNDIO
	Propriedade rural de grande extensão.	Propriedade ruralde pouca extensão.
	Geralmente pertence a um único proprietário/empresa ou família.	Geralmente é propriedade familiar.
	Quando produtiva, tem sua produção voltada ao mercado externo (exportação).	É normalmente usada para cultivo de subsistência (produção familiar) ou para abastecimento do mercado interno (importação).
	Normalmente, é cultivado nessas terras um único produto agrícola (monocultura).	Normalmente, são cultivados nessas terras diversos produtos agrícolas.
Atualmente, apenas 20% das propriedades rurais brasileiras possuem mais de 100 hectares. 
No entanto, essas propriedades ocupam mais de 80% do território nacional. Por outro lado, as pequenas propriedades representam mais de 80% do número de terrenos no Brasil, ocupando somente 20% da área rural total. 
A principal organização popular que luta pela implantação da reforma agrária no Brasil é o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e o órgão federal responsável pela sua operacionalização é o INCRA (Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária).
 A quem distribuir as terras desapropriadas? 
Aos que trabalham no imóvel desapropriado como posseiros, assalariados, parceiros ou arrendatários. 
Aos chefes de famílias numerosas, cujos membros se proponham a exercer atividades agrícolas em áreas a serem distribuídas. 
 Aos jovens que venham a construir família e se proponham a exercer atividades agrícolas. 
 Aos agricultores cujas propriedades sejam comprovadamente para o sustento e progresso próprio e da sua família.
Aos boias-frias que desejarem retornar em definitivo ao campo.
Aqueles que estão cadastrados pelo movimento dos sem-terras.
Objetivo da reforma agrária
Criar condições para assegurar a oportunidade de acesso à propriedade, posse e uso da terra.
Mudar a estrutura fundiária do país promovendo uma melhor distribuição e redistribuição da terra eliminando o latifúndio e o minifúndio.
Contribuir para o aumento da produção e oferta de alimentos e matérias-primas, buscando o atendimento prioritário do mercado interno.
Possibilitar a criação de novos empregos no setor rural, de forma a ampliar o mercado interno e diminuir a subutilização da força do trabalho.
Criar novas oportunidades de vida e de trabalho para os desempregados.
A concentração fundiária no Brasil é resultado de uma distribuição de terra que aconteceu no passado de forma desordenada e destinada, muitas vezes, a quem não precisava. 
Sem contar que os lotes de terra eram gigantescos. 
Atualmente, grande parte das terras brasileiras se encontra nas mãos de uma minoria de famílias, o que promove o surgimento de uma enorme quantidade de trabalhadores desprovidos de terras para cultivar o seu sustento e de sua família.
TÓPICO 2: REFORMA AGRÁRIA BRASILEIRA E OS
MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS E RURAIS 
A lei que regula a reforma agrária no Brasil é a Lei no 8.629/93, que
diz: ‘a propriedade rural que não cumprir a função social é passível
de desapropriação’. Quem estabelece se uma propriedade cumpre sua
função social prevista na lei é o Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA), que a partir de índices de produtividade
predeterminados avalia se a terra é produtiva ou não.
O nosso Brasil dispõe de uma das mais extensas áreas agrícolas e é um dos países onde a subalimentação e a fome aparecem desastrosamente e atingem milhões de brasileiros. Isso não decorre da falta de alimentos nem de terras para produzi-los. Decorre do injusto modelo agrícola e econômico, que exclui milhões de pessoas do processo produtivo.
PROCESSO DA URBANIZAÇÃO NO BRASIL
O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana.
 Esse deslocamento, também chamado de êxodo rural, provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial.
 Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que equivale aos níveis de urbanização dos países desenvolvidos.
Até 1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. 
As principais atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos agrícolas, dentre eles o café. 
A partir do início do processo industrial, em 1930, começou a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo rural. 
Além da industrialização, também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade, dois outros fatores, como a concentração fundiária e a mecanização do campo.
TÓPICO 3: PROCESSO DA URBANIZAÇÃO NO BRASIL 
A industrialização, a oferta de empregos, o crescimento das cidades e as mudanças que repercutiram no meio rural (mecanização, concentração fundiária, desemprego, produção voltada para as necessidades urbanas) explicam o crescente esvaziamento populacional do campo no Brasil.
HISTÓRICO DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA 
TÓPICO 3: PROCESSO DA URBANIZAÇÃO NO BRASIL 
Segundo Coelho e Terra (2003, p. 371), urbanização é uma aglomeração populacional. Será considerado urbano se possuir uma quantidade de habitantes
estabelecida como mínima (critério demográfico quantitativo). Esse critério varia muito de um país para o outro. De acordo com a ONU, a quantidade mínima seria de 20 mil habitantes. 
ATENÇÃO ACADÊMICO(A)! 
Este material que você acabou de estudar integra uma parte do conjunto de informações que preparamos para você.
Estude os demais materiais disponibilizados na trilha de aprendizagem.
Ocorrendo dúvidas, entre em contato com seu/ sua tutor(a), ou com o supervisor de disciplina.
Bons estudos!

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