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AULAS 1 A 10 ANATOMIA SISTÊMICA WEBAULA

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14/09/2018 Estácio
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Disciplina: Anatomia Sistêmica
Aula 1: Generalidade de Anatomia e Sistema Esquelético
Apresentação
Nesta aula, você conhecerá termos próprios da Anatomia e entenderá como surgiram,
também irá perceber que, muitas vezes, no nosso dia a dia utilizamos termos
ultrapassados. Descobrirá que esses termos são criados a partir de algumas regras e
que existe um órgão mundial regulando a nomenclatura, e uma sociedade nacional
encarregada de traduzir para o português.
Você compreenderá que sofremos impactos no nosso corpo gerando dor, mas não
lesionam nossos órgãos em virtude de estarem protegidos por estruturas rígidas, os
ossos. Esses ossos unidos formam o esqueleto que é dividido em axial e apendicular,
cada um com uma função principal específica.
Identificará, ainda, a classificação dos ossos de acordo com seu comprimento, sua
largura e espessura, se estão localizados nas articulações ou apresentam cavidades.
Objetivos
Aplicar os termos de posicionamento e referência anatômica às estruturas do
corpo humano;
Distinguir os ossos do esqueleto axial do esqueleto apendicular;
Relacionar os ossos com o segmento corporal e a posição correspondente.
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Conceito
A Anatomia, de maneira geral, é a dissecação do corpo humano ou de
qualquer animal ou vegetal para estudo e conhecimento de sua organização
interna.
Em nosso curso estamos tratando da Anatomia Humana, uma ciência que
estuda o corpo humano e suas relações macroscopicamente (aquilo que
pode ser visto a olho nu) e Microscopicamente (necessitam de um
instrumento para ampliação, o microscópio).
 Fonte: Por Anatomy Insider / Shutterstock
Você deve estar se perguntando se todas as profissões
da área da Saúde utilizam a Anatomia?
Sim, pois o nosso objeto de estudo é o ser humano, mas não precisaremos
dissecar os nossos alunos/pacientes para entendê-los, porque existem
diversos ramos de estudo dentro da Anatomia para nos fornecer tais
informações:
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CITOLOGIA
Sabemos que o nosso corpo é composto por células. Logo, a Citologia é o
ramo responsável por estudar as estruturas dessas células.
EMBRIOLOGIA
As células que compõem um corpo vão se unindo e formando órgãos e
sistemas. A Embriologia estuda o desenvolvimento do nosso corpo até o
nascimento.
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HISTOLOGIA
É responsável pelo estudo dos tecidos biológicos (os que formam os
órgãos e sistemas do nosso corpo), no nosso caso, o tecido humano.
ANATOMIA MACROSCÓPICA
Esse é o ramo que será objeto do nosso estudo. Compreende as
estruturas que podem ser observadas a olho nu (podendo ou não usar
recursos tecnológicos, mas sem a função de ampliar).
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ANATOMIA POR IMAGEM (RADIOLÓGICA)
É responsável por estudar o corpo por meio de imagens, para que seja
possível reconhecer a estrutura interna do corpo sem dissecar, utilizando
exames como raios X, ressonância nuclear magnética, tomografia,
ultrassonografia etc.
ANATOMIA PALPATÓRIA
Ramo que realiza estudo da anatomia por meio do tato. Pela palpação,
conseguimos identificar estruturas anatômicas e obter informações.
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Uma curiosidade que você já deve ter observado é que nem todas as
pessoas são iguais. Será que internamente também somos assim tão
diferentes?
Para responder, precisamos entender alguns conceitos:
• É definido como Normalidade um padrão morfológico que ocorre na
maioria dos indivíduos.
• Estatisticamente, é o padrão mais frequente.
Exemplo: o coração, geralmente, está localizado na região do mediastino
médio.
 Fonte: Albrecht Dürer: Adão e Eva (Dürer)
E quando o corpo foge a esse padrão, é considerado um defeito?
Não. Mas, nesse caso, devemos tecer algumas considerações:
Não é defeito quando a diferença morfológica não traz prejuízo à função.
Nesse caso, nos referimos a variações anatômicas. Essas diferenças
ocorrem devido a fatores como sexo, raça, biotipo, idade etc.
E se essa variação trouxer prejuízo funcional?
Você deverá verificar se ela é incompatível ou não com a vida. Se essa
variação morfológica acarretar um prejuízo funcional ao indivíduo, estaremos
tratando de uma anomalia.
Exemplo: o indivíduo que nasce com um dedo a mais em uma das mãos ou
dos pés.
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 Fonte:
https://soanatomiahumana.wixsite.com/weloveanatomia
<https://soanatomiahumana.wixsite.com/weloveanatomia/introducao-
aos-sistemas-2> Acesso em: 30 jul. 2018.
Se essa variação morfológica for tão acentuada a ponto de levar o indivíduo à
morte, estaremos diante de um caso de monstruosidade, como, por exemplo,
o indivíduo que não tem a formação do encéfalo (anencefalia).
 Fonte: https://anatomia-papel-e-
caneta.com <https://anatomia-papel-e-
caneta.com/conceitos-e-fatores-de-variacao-
anatomica/> Acesso em: 30 jul. 2018.

Comentário
Nos casos de anencefalia, o bebê pode nascer morto (natimorto) ou sobreviver
por algumas horas ou dias após o parto.
https://soanatomiahumana.wixsite.com/weloveanatomia/introducao-aos-sistemas-2
https://anatomia-papel-e-caneta.com/conceitos-e-fatores-de-variacao-anatomica/
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Como surgem os termos anatômicos?
Surgem pela necessidade da Federação Internacional das Associações de Anatomia
(IFAA) em apresentar a terminologia oficial das ciências anatômicas e, com isso,
padronizar os termos de referência ao corpo humano.
A terminologia anatômica é o conjunto de termos utilizado para descrever e
designar o organismo humano e suas partes. Com o objetivo de não sofrer alterações
proveniente de possíveis acordos gramaticas, ele é escrito numa língua “morta”, o
latim.
O órgão responsável por traduzir para o português falado no Brasil é a Sociedade
Brasileira de Anatomia (SBA). É importante ressaltar que em outros países de língua
portuguesa, alterações poderão ser realizadas conforme as associações locais.
Na terminologia aprovada pela IFAA, em 1998, foram excluídos os epônimos dos
termos anatômicos, apesar de serem utilizados por muitos profissionais de Saúde até
hoje.
Você pode estar pensando agora: uma vez que não se pode mais usar os epônimos,
quais são os critérios para definir esses termos?
Forma
Baseado na forma da estrutura.
Exemplo: cuboide (aparência de cubo).
Trajeto
Tendo como referência o trajeto que percorre.
Exemplo: círculo arterioso cerebral.
Relação com o esqueleto
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O osso no esqueleto serve como referência.
Exemplo: artéria femoral.
Conexão ou inter-relação
Referente às estruturas interligadas.
Exemplo: ligamento coracoacromial.
Função
De acordo com a função da estrutura.
Exemplo: músculo extensor dos dedos.
Critérios mistos
Junção de mais de um critério.
Exemplo: artéria cerebral anterior.
Outro fator importante é que existem abreviaturas padronizadas também:
A =
Artéria
Aa. =
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Artérias
Lig. =
Ligamento
Ligg. =
Ligamentos
M. =
Músculo
Mm. =
Músculos
N. =
Nervo
Nn. =
Nervos
R. =
Ramo
Rr. =
Ramos
V. =
Veia
Vv. =
Veias
Posição anatômica
Serve para padronizar a referência ao corpo humano e evitar descrições anatômicas
com termos diferentes. A posição anatômica é descrita como:
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Planos e eixos
Quando nos referimos ao corpo humano devemos utilizar termos que o delimitam
corretamente; e quando nos depararmos com imagens anatômicas, conseguir
identificar como é a visão correta daquela imagem no corpo humano.
Para isso existem planos e eixos imaginários:
Planos de delimitação
Tangenciam o corpo. Ao unirmos as laterais desse plano formamos paralelepípedos,
sendo assim denominados:
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Planos de Secção
São aqueles que dividem o corpo humano:
Sagital mediano
Também recebe o nome de plano mediano. Divide o corpo em duas partes
simétricas: direita e esquerda. Os planos paralelos a ele são denominados sagitais.
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Frontal ou coronal
Divide o corpo em duas partes diferentes: anterior e posterior.
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Transversal ou horizontal
Divide o corpo em duas partes diferentes superior e inferior. 
Eixos de Movimento
São linhas imaginárias que cruzam o paralelepípedo visando orientar os movimentos
humanos, os principais eixos são:
Látero-lateral (ou transversal)
Cruza os lados direito e esquerdo, perpendicular ao plano sagital, orientando os
movimentos de flexão e extensão.
Sagital (ou anteroposterior)
Cruza as partes anterior e posterior (ventral e dorsal), perpendicular ao plano frontal,
orientando os movimentos de abdução e adução.
Longitudinal (ou craniocaudal, ou craniopodálico)
Cruza as partes superior e inferior, perpendicular ao plano horizontal ou transversal,
orientando os movimentos de rotação medial e rotação lateral.
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A
Rosto olhando para a frente.
B
Mãos com as palmas viradas para a frente.
C
Pés unidos com dedos para a frente.
D
Margem inferior do nível da órbita com o topo do conduto auditivo externo.
E
Plano sagital.
F
Plano frontal.
G
Plano transversal.
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Como podemos dividir o corpo humano?
Sistema esquelético (Osteologia)
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É a parte da Anatomia Humana que estuda os ossos – estruturas rígidas,
esbranquiçadas e resistentes.
Existe uma diferença entre a contagem de osso entre crianças e adultos porque
ocorre a fusão entre alguns ossos à medida que envelhecemos. Em um adulto
existem, aproximadamente, 206 ossos. Em conjunto, os ossos formam o esqueleto.
Esse esqueleto pode ser apresentado de diversas maneiras:
Esqueleto desarticulado
Quando as estruturas ósseas encontram-se isoladas uma das outras.
Esqueleto articulado
Quando essas estruturas ósseas estão unidas.
Os ossos possuem duas substâncias:
Substância compacta – é a que lhe confere mais rigidez, suportando as forças de
cisalhamento. É responsável por manter as lamínulas, firmemente, unidas umas às
outras.”
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Substâncias esponjosa – possui mais resistência às forças de compressão e tração,
tendo os espaços entre as lamínulas mais irregulares.
É importante reforçar que os seres humanos apresentam um endoesqueleto
(estrutura interna em seu corpo).
Alguns animais, como a tartaruga, por exemplo, apresentam essa estrutura fora do
corpo, sendo denominada exoesqueleto.
Porém, já se utiliza exoesqueleto em seres humanos, a fim de proporcionar qualidade
de vida aos portadores de anomalias ou patologias.
Os ossos também são revestidos pelo periósteo, exceto nas superfícies articulares.
O periósteo é formado por uma membrana conjuntiva dividida em dois folhetos,
sendo o mais interno responsável pela formação de tecido ósseo (osteogênese).
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Você já deve ter ouvido falar ou mesmo assistido a campanhas
de doação de medula, mas já pensou a que tipo de medula estão
se referindo? 
Vamos entender que a medula tratada é a óssea, pois o esqueleto, entre outras
funções, desenvolve hematopoiese – que é a produção de células sanguíneas na
medula de alguns ossos. Além desta, o esqueleto possui outras funções, que são:
Proteção
O esqueleto atua protegendo órgão vitais internos de lesões.
Suporte
Atua como ponto de fixação para maioria dos músculos do corpo e dando sustentação
aos tecidos moles do corpo.
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Movimento
Um complexo sistema de alavanca é formado por músculos fixados a esse esqueleto
dando mobilidade a esse conjunto composto por ossos e articulações.
Depósito de Minerais
Alguns minerais são estocados nos ossos e mobilizados para outras regiões do corpo,
pelo sistema vascular, de acordo com a necessidade. São exemplos desses minerais:
cálcio, fósforo, potássio entre outros.
Os ossos apresentam elevações, depressões e aberturas que servem como elementos
descritivos para identificação deles, denominados acidentes anatômicos.
Para entender a diferença entre esses elementos, observe a descrição de cada um na
tabela a seguir:
SALIÊNCIAS Servem para articular ossos ou para fixar músculos, ligamentos etc.
Cabeça Superfície globosa, serve como superfície articular.
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Côndilo Tubérculo ósseo arredondado que sustenta uma parte de uma
articulação.
Face Superfície articular achatada ou pouco profunda.
Crista Superfície estreita e alongada. Serve como ponto de fixação.
Epicôndilo
Processo proeminente acima ou lateralmente ao côndilo, serve para
fixação.
Eminência Superfície saliente, serve como ponto de fixação.
Tubérculo
Uma pequena proeminência arredondada. Serve como ponto de
fixação.
Tuberosidade Uma saliência rugosa, serve como ponto de fixação.
Trocânter Um grande processo para inserção muscular.
Processo Saliência óssea acentuada, serve como ponto de fixação.
Linha Crista pequena e pouco saliente, serve como ponto de fixação.
Espinha Superfície pontiaguda, serve como ponto de fixação.
Tróclea Superfície articular em forma de carretel.
DEPRESSÕES Assim como as saliências, podem ser articulares ou não.
Fossa “Vala” rasa, normalmente para superfícies articulares.
Fosseta Uma pequena fossa.
Impressão Um pequeno sulco, uma marca pouco profunda.
Sulco Depressão alongada em forma de canaleta.
Fissura Depressão profunda, de formato pontiagudo.
ABERTURAS Destinadas à passagem de nervos e vasos, em geral.
Forame Cavidade de transmissão para nervos e vasos.
Meato Ou canal, é uma passagem de formato tubular.
Óstio Entrada, abertura que liga duas estruturas.
Poros Denominação genérica para pequenos orifícios.
Outro ponto de atenção é que, por conta desses elementos descritivos e sua forma,
os ossos são diferentes uns dos outros. Tal diferença nos permite classificá-los de
acordo com algumas características:
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 Ossos que apresentam comprimento maior que
espessura e largura são classificados como longos.

Atenção
Não confundir osso grande com osso longo, a falange é um osso pequeno,
porém classificado como longo por conta das suas características.
 Ossos que apresentam uma equivalência entre
comprimento, largura e espessura são chamados de
curtos.
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 Ossos que possuem comprimento e largura
predominando sobre a espessura são conhecidos como
laminares ou planos.
 Ossos que apresentam formas variadas que não se
encaixam nas categorias anteriores são chamados de
irregulares.
 Alguns ossosapresentam uma ou mais cavidade
contendo ar e mucosa, esses ossos estão localizados no
cabeça e recebem também a classificação de
pneumáticos.
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
Comentário
Essas cavidades são chamadas de seios, proveniente do latim sinus que significa
espaço oco, por isso que a inflamação dos seios da face é conhecida como
sinusite.
 Alguns ossos se desenvolvem dentro dos tendões
ou da cápsula articular, esses ossos são classificados
como sesamoides.
Devido a caraterísticas específicas, alguns ossos podem
apresentar mais de uma classificação.
Agora que você conhece a composição dos ossos, aprendeu a função do sistema
esquelético e já sabe classificar os ossos, vamos relacioná-los com os segmentos
corporais e identificar os 206 ossos do corpo.
O esqueleto humano é dividido em duas grandes porções:
1
Uma forma o eixo do corpo, sendo composta por 80 ossos e tendo como função
principal a proteção de órgãos vitais, conhecida como esqueleto axial.
2
Forma os membros, é composta por 126 ossos, está unida ao esqueleto axial pelos
cíngulos (cinturas) e tem como principal função a locomoção, recebendo o nome de
esqueleto apendicular.
CATEGORIA NÚMERO DE OSSOS
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Esqueleto axial 
 
• Cabeça 
• Coluna vertebral 
• Tórax (costelas/esterno) 
 
 
• 29 (22+7) 
• 26 
• 25
80 
 
 
 
 
Esqueleto apendicular 
 
• Cíngulo do membro superior 
• Membros superiores 
• Cíngulo do membro inferior 
• Membros inferiores 
 
 
• 04 
• 60 
• 02 
• 60
126 
 
 
 
 
 
Total 206 206
Esqueleto Axial: 80 ossos
Cabeça: 29
Crânio neural: 8
2 pares: temporal, parietal
4 ímpares: frontal, occipital, etmoide, esfenoide
Crânio visceral: 14
6 pares: nasal, lacrimal, zigomático, maxila, concha nasal inferior e palatino
2 ímpares: vômer e mandíbula
Ossículos do ouvido: 6 (3 pares)
Osso Hioide: 1
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 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009)
Coluna vertebraL: 33 vértebras - 26 ossos (no
adulto, as vértebras sacrais se fundem formando o
osso sacro e as vértebras coccígeas também se
fundem formando o cóccix)
Cervical: 7
Torácica: 12
Lombar: 5
Sacral: 5 vértebras (osso sacro)
Coccígea: 3 ou 4 (osso cóccix)
A
7 vértebras cervicais
B
12 vértebras torácicas
C
5 vértebras lombares
D
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5 vértebras fundidas (osso sacro)
E
Cóccix (3 a 4 vértebras fundidas coccígea I-IV)
 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009)

Atenção
A grafia de esterno é com “s” por conta da origem do latim esternum e do grego
sternon que significa peito, caixa torácica.
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 Fonte: Netter (2008)
Esqueleto apendicular superior: 64 ossos
Cíngulo do membro superior (cintura escapular):
Clavícula: 1
Escápula: 1
Braço
Úmero: 1
Antebraço: 2
Rádio (localizado lateralmente): 1
Ulna (localizado mediamente): 1
Mão: 27
Carpo: 8
4 na fileira proximal (escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme)
4 na fileira distal (trapézio, trapezoide, capitato e hamato)
Metacarpo
5
Falanges:
14 (proximal, média e distal, exceto no polegar que só tem proximal e
distal)
Total: 32 ossos x 2 membros superiores = 64 ossos
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 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009)
Esqueleto apendicular inferior: 62 ossos
Cíngulo do membro inferior (cintura pélvica)
Osso do quadril: 1
Coxa
fêmur: 1
Perna
Fíbula (localizada lateralmente): 1
Tíbia (medial): 1
Joelho
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Patela: 1
Pé: 26
Tarso: 7 (tálus, calcâneo, navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme
intermédio e cuneiforme lateral)
Metatarso: 5
Falanges: 14 (proximal, média e distal, exceto no hálux que só tem proximal e
distal)
Total: 31 ossos X 2 membros inferiores = 62 ossos
 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009)
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Atividade
1. Ao realizar um exame de raios X, um médico identificou que o paciente
apresentava um não fechamento das lâminas nas vértebras lombares e ficou
com dois processos espinhosos, característica que não é comum nessa região,
porém não relatava nenhuma queixa na região lombar, não trazendo
comprometimento funcional. O caso relatado trata de uma situação de:
 a) Normalidade
 b) Anomalia
 c) Monstruosidade
 d) Variação anatômica
 e) Deficiência física
2. Os termos anatômicos são definidos pela International Federation of
Associations of Anatomists (IFAA) estabelecendo que os termos serão
registrados em latim. Cada federação nacional tem autonomia para traduzir para
sua língua corrente, no caso do Brasil esta responsabilidade é da Sociedade
Brasileira de Anatomia (SBA). Para nomear as estruturas do corpo os
anatomistas seguem alguns critérios.
Dos critérios abaixo, qual deles não é utilizado para denominar estruturas
anatômicas?
 a) Forma
 b) Trajeto
 c) Epônimo
 d) Relação com o esqueleto
 e) Critério misto
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3. Sobre sistema esquelético, assinale V para verdadeiro e F para falso:
a) Possui a função de depósito de minerais.
b) O esqueleto apendicular tem função principal de proteção.
c) A falange é classificada como um osso curto.
d) A fíbula está localizada lateralmente na perna.
e) O pé é dividido em tarso, metatarso e falanges.
4. Os ossos do corpo humano apresentam elevações, depressões e abertura que
nos ajudam a identificar e estudar essa estrutura do corpo, essas alterações
recebem o nome de acidentes anatômicos. Os ossos também são classificados
de acordo com seu tipo, os ossos que apresentam o seu comprimento e a sua
largura predominando sobre sua espessura são denominados:
 a) Longos
 b) Curtos
 c) Planos ou laminares
 d) Irregulares
 e) Pneumáticos
Notas
Epônimos
Nome de pessoas para designar coisas.
Referências
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia sistêmica e segmentar. 2. ed. São
Paulo: Atheneu, 2000.
DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s anatomia para
estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 33/34
DRAKE, R. L. et al. Gray's atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
GILROY, A. M.; MACPHERSON, B. R.; ROSS, L. M. Atlas de anatomia. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
HANSEN, J. T. Netter anatomia para colorir. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
MOORE, K. L.; AGUR, A. M. R. Fundamentos da anatomia clínica. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SNELL, R. S. Anatomia clínica para estudantes de Medicina. 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
SOBOTTA, J. et al. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012.
VAN DE GRAAFF. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003.
Próximos Passos
Classificação das articulações;
Conceitos de articulações cartilaginosas;
Componentes de uma articulação sinovial.
Explore mais
Visite a página da Sociedade Brasileira de Anatomia
<http://www.sbanatomia.org.br> e entenda como está organizada a
anatomia no território brasileiro.
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https://saude.ig.com.br/2016-08-16/paralisia.html
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Super Interessante Coleções - o corpo humano - músculos e ossos.
<https://www.youtube.com/watch?v=M9ja2c08W44>
https://www.youtube.com/watch?v=M9ja2c08W44
Disciplina: Anatomia Sistêmica
Aula 2: Sistema articular
Apresentação
Nesta aula, você conhecerá os tipos de articulações presentes no corpo humano,
compreendendo a característica de cada uma delas e seus componentes, além de
saber que algumas possuem locais específicos no corpo humano.
Você identificará que, apesar de algumas articulações serem do mesmo tipo, elas
apresentam subclassificações devido aos componentes que a formam ou como se
movimentam.
Observará, ainda, os componentes presentes nas articulações sinoviais, que são as
que possuem mais mobilidade no corpo e são classificadas de acordo com sua forma
e sua movimentação.
Objetivos
Diferenciar os tipos de articulações presentes no corpo humano;
Comparar as articulações do tipo cartilaginosas;
Descrever as articulações sinoviais com seus componentes e suas
características.
O sistema articular
O sistema articular, também chamado de Artrologia, é a área da Anatomia
que estuda as articulações.
Mas afinal é articulação ou junta?
Muitas vezes ouvimos as pessoas se referindo às articulações como juntas,
mas será que isso está errado?
Não está errado. Apesar de, no latim, as articulações serem chamadas de
compagibus – no caso das articulações do corpo humano, elas têm origem no
termo juncturae que significa acoplamento, pois é o que ocorre entre os ossos
do corpo.
Por isso, alguns autores da Anatomia e até mesmo da Cinesiologia e
Biomecânica se referem às articulações como junturas.
 Fonte: Por S K Chavan / Shutterstock
E de onde surge o termo articulação, então?
Apesar de escritos em latim, os termos anatômicos sofrem uma influência
enorme do grego, de onde veio arthroseon. Sendo assim, a Artrologia tem
origem nas raízes gregas: arthron (articulação).
O que é uma articulação?
Em síntese, uma articulação é a junção de duas ou mais estruturas que, além
de ossos, podem ser de cartilagens ou tecido fibroso.
Nem toda articulação permite movimentação, cada uma tem características
próprias que vão determinar a sua mobilidade junto com os tipos de tecido
que a compõe.
Classificação das articulações
Podem ser classificadas em três tipos, que se subdividem depois.
Essa classificação se dá, em partes pelo tecido que compõem, nos casos das
fibrosas e cartilaginosas ou por necessitarem de um líquido para lubrificar e
auxiliar na movimentação delas, a sinóvia, presente nas articulações
sinoviais.
Alguns autores classificam essas articulações de acordo com a sua
mobilidade:
SINARTROSES
As articulações fibrosas são denominadas sinartroses por serem
consideradas quase imóveis.
ANFIARTROSES
As articulações cartilaginosas recebem o nome de anfiartroses, por serem
articulações semimóveis.
DIARTROSES
As articulações com mobilidade ampliada, que são as sinóvias, passam a se
chamar diartroses.
Agora, você pode estar se questionando sobre como saber a diferença entre
os tipos de articulação.
A primeira forma que classificamos é pelo tipo de elementos que compõem
essa articulação.
Vamos conhecer agora, mais detalhadamente, cada uma delas.
Articulações Fibrosas ou Sinartroses
Neste tipo de articulação as estruturas são mantidas unidas por tecido
conjuntivo fibroso, localizado em uma camada intermediária.
As articulações fibrosas são consideradas quase imóveis devido a não
apresentarem mobilidade ou, em alguns casos, ter movimentação mínima.
 Exemplo de articulação fibrosa. | Fonte:
Sobotta, 2012
Este tipo de articulação é dividido em dois tipos principais (alguns autores
consideram três), que são:
Sindesmoses
 Fonte: Sobotta, 2012
Apresentam ligamentos ou membranas interósseas formadas por uma
grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso.
Um exemplo desse tipo de articulação é a membrana interóssea entre a
tíbia e a fíbula ou mesmo a articulação tíbio-fibular distal.
Suturas
 Fonte: Sobotta, 2012
Apresentam menor quantidade de tecido conjuntivo fibroso e forma
conexões mais curtas.
As suturas estão localizadas no crânio e se dividem em quatro formas,
conforme as superfícies ósseas articulares: plana, serrátil, escamosa e
esquindilese.
Nas suturas planas as superfícies articulares são planas ou quase
planas, resultando em uma linha reta após a junção.
Nas suturas serrátil, também conhecidas como denteadas, as
superfícies articulares lembram uma serra com seus dentículos. A sua
linha de junção é semelhante ao encontro de duas serras.
As suturas escamosas e as superfícies articulares se sobrepõem umas
às outras, semelhante às escamas dos peixes.
Já as suturas do tipo esquindilese e as superfícies ósseas se articulam
como se fossem a crista de um osso se alojando na fenda de outro osso.
Gonfoses
Esse tipo de articulação se assemelha à fixação de um pino, com origem
do grego gomphos (que significa prego, pino). Neste tipo um processo
está inserido em uma cavidade, um exemplo clássico é a fixação dos
dentes nos processos alveolares. Alguns autores preferem abordar as
gonfoses dentro das suturas.
Articulações cartilaginosas ou anfiartroses
Neste tipo de articulação os ossos possuem pouca movimentação, devido ao
seu constituinte. Pode-se afirmar que produzem movimentos elásticos, pois
ocorre um retorno natural ao seu estado inicial após o movimento.
Este tipo de articulação pode ser dividido em dois subtipos, baseado na
natureza da camada que se interpõe entre as superfícies articulares, que são:
a) Sincondrose
Nas articulações desse tipo a camada entre as superfícies articulares é
preenchida por cartilagem hialina. Essas articulações podem ser permanentes
ou temporárias.
Como o próprio nome já diz as sincondroses permanentes ficam durante toda
a nossa vida sem ocorrer junção definitiva das superfícies.
Exemplo: as cartilagens costais que movimentam a caixa torácica.
 Fonte: Sobotta, 2012
Já nas articulações sincondroses temporárias ocorre a sinostose, que é a
soldadura das superfícies ósseas.
Um exemplo desse tipo de articulação são as placas ou os discos epifisários
existentes nos ossos longos para que ocorra o crescimento do indivíduo.
Essas placas quando atingimos a idade adulta, entre 18 e 25 anos, param de
crescer e com isso se transformam em osso sólido.
 Fonte: SCIELO | Disponível em:
https://scielo.conicyt.cl/
<https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0370-
41062013000600011> . Acesso em: 01 ago.
2018
Alguns adolescentes apresentam uma doença na
placa existente no tubérculo da tíbia. Nessa
idade, ainda não é uma tuberosidade. É a doença
de Osgood-Schlatter.

Saiba mais
Leia o texto Doença de Osgood-Schlatter: o que é, quais são as
causas e como tratar?
<http://www.portalped.com.br/blog/especialidades-da-
pediatria/pediatria-geral/doenca-de-osgood-schlatter/>
b) Sínfises
As articulações cartilaginosas do tipo sínfises possuem as características de
terem camada de fibrocartilagem espessa recobrindo as superfícies
articulares, ressaltando que estas superfícies já recebem uma fina camada de
cartilagem hialina.
Os discos intervertebrais são exemplos clássicos de articulações do tipo
sínfise. Diferente das sincondroses, não ocorre sinostose nas sínfises, exceto
em casos patológicos.
 Fonte: Fonte: Netter, 2008
Articulações Sinoviais ou
Diartroses
As articulações sinoviais possuem um tecido conjuntivo vascular responsável
pela formação da membrana sinovial. Essa membrana é responsável por
secretar a sinóvia, o líquido sinovial, tendo como principal função lubrificar a
articulação.
Estas articulações possuem amplitude de movimento variáveis, que pode ser
limitada pelos ligamentos, músculos, tendões e até mesmo pelo formato das
superfícies ósseas articulares.
Além damembrana sinovial e do líquido sinovial, as articulações sinoviais
apresentam outros componentes específicos. São eles:
Cavidade
articular
Neste tipo de articulação existe um espaço entre as
superfícies articulares.
Essa cavidade é completa ou parcialmente dividida por um
disco ou menisco.
Cápsula
articular Tem a finalidade de manter a união das extremidades dos
ossos que se articulam (não confunda com a superfície).
Nela, existe uma cápsula espessa de tecido conjuntivo
fibroso.
Cartilagem
articular
É uma fina camada de cartilagem hialina que recobre as
superfícies articulares dos ossos, e tem a função de diminuir
o atrito entre as superfícies ósseas quando executamos
movimentos na articulação.
Ligamentos
São formados por uma densa camada de tecido conjuntivo
fibroso, criando um feixe. A maioria dos ligamentos possui
uma função de estabilizar a articulação e limitar o
movimento.
Esses ligamentos recebem uma classificação específica de
acordo com a sua localização.
São elas:
Ligamentos capsulares — formam a cápsula articular,
surgem como um espessamento da cápsula articular;
Ligamentos extracapsulares ou extra-articulares
— localizados fora da capsula articular, isto é, com a
função de ligar as estruturas articular externamente e,
em alguns casos, tem apenas a função de limitar o
movimento;
Ligamentos intracapsulares ou intra-articulares —
localizados no interior da articulação ligando as
estruturas articulares internamente.

Comentário
Pessoas com Síndrome de Down podem apresentar hiperfrouxidão
ligamentar, o que requer mais cuidado no lidar com esses indivíduos.
 Articulação do ombro | Fonte: Sobotta, 2012

Saiba mais
Leia o artigo Instabilidade atlantoaxial e hiperfrouxidão ligamentar
na Síndrome de Down
<http://www.scielo.br/pdf/%0D/aob/v13n4/a01v13n4.pdf> .
Classificações
Classificação baseada na sua movimentação
Também chamada de classificação funcional, tem relação direta com os eixos
de movimento e divide-se em:
Não axial
Se o movimento realizado não ocorre nos eixos de movimento (deslizamento).
Uniaxial
Se a articulação só consegue se movimentar em um eixo (flexão e extensão
do cotovelo).
Biaxial
Quando a articulação consegue se movimentar em dois eixos (punho), que faz
flexão, extensão, desvio ulnar (adução) e desvio radial (abdução).
Triaxial
Quando a articulação permite movimento nos três eixos que realiza flexão,
extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral (ombro).

Exemplo
 Fonte: Shutterstock
Perceba como seu ombro se movimenta em todos os eixos, realize com
ele os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial
e rotação lateral.
Observe que no simples gesto de pentear o cabelo você utiliza todos
esses eixos.
Assista ao vídeo Movimentos do complexo articular do ombro
<https://www.youtube.com/watch?v=aYNV7ucN0ac> .
Classificação baseada na sua forma
É a que chamamos de classificação morfológica. Divide-se nos seguintes
tipos:
Plana
É um tipo de articulação que realiza movimentos de deslizamento. É
considerada uma articulação não axial.
As superfícies articulares apresentam-se como planas ou ligeiramente curva.
Ocorre entre os ossos cuneiformes, localizados na região do tarso, no pé.
 Fonte: Sobotta, 2012.
Gínglimo
Tem origem na palavra ginglymos (que significa dobradiça, em grego).
A aparência e a movimentação da articulação se assemelha a tal, fazendo com
que o movimento ocorra apenas em um eixo, tornando uma articulação
uniaxial.
Os movimentos que ocorrem são de flexão e extensão. Um exemplo clássico é
a articulação do cotovelo (umeroulnar).
 Fonte: Sobotta, 2012.

Atenção
A articulação do joelho é tratada por alguns autores como sendo do tipo
gínglimo. Porém, ela é muito mais complexa, pois possui graus de
rotação medial e lateral, além de conseguir realizar uma leve abdução e
adução. E para complicar mais a análise dessa articulação, as superfícies
articulares são côndilos femorais se articulando com côndilos tibiais, o
que poderia colocá-la na classificação de condilar.
Trocoide
É uma articulação que se movimenta como um pivô. Por isso, muitas vezes é
utilizada essa denominação também, até porque a origem da palavra trocoide
vem do grego trochos (pivô, roldana) mais eidos (semelhante a). Caracteriza-
se pelo movimento que é executado em torno de um eixo vertical, realizando
movimentos de rotação.
Esse tipo de articulação é classificado funcionalmente como uniaxial e um
exemplo é a articulação entre a primeira vértebra (atlas) e a segunda (áxis),
chamada de articulação atlantoaxial, que nos permite girar a cabeça para
um lado e para outro.
Assista aos 3 primeiros minutos do vídeo Articulação atlantoaxial em 3D
<https://www.youtube.com/watch?v=CRuSSOQO2L4> .
Elipsoide
Alguns autores também a chamam de articulação condilar. Já outros
separam as duas em classificações distintas, visto que as condilares possuem
côndilos que se articulam – mas o princípio de classificação é o mesmo.
Neste tipo de articulação, percebe-se que uma superfície é côncava e a outra
convexa, logo são discordantes.
Sua classificação funcional é do tipo biaxial, considerando que ela realiza
movimentos nos eixos transversal (flexão/extensão) e sagital
(abdução/adução). Como exemplo temos a articulação entre o rádio e a
região do carpo.
 Fonte: Sobotta, 2012.
Selar
O nome desta articulação tem afinidade direta com sua aparência, pois possui
a forma de sela. As superfícies articulares são côncavas-convexas.
Este tipo também realiza movimentos nos eixos sagital e transversos,
assemelhando-se com as elipsoides.
Um exemplo ocorre entre o osso trapezoide e o primeiro metacarpo, ambos
na mão, mais precisamente no polegar.
 Fonte: Sobotta, 2012.
Esferoide
Neste tipo de articulação, uma superfície esférica ou semiesférica se articula
com uma cavidade.
O professor Liberato Di Dio (2002) faz um comparativo bastante interessante
ao citar a articulação como “...a superfície articular do osso proximal em
forma de taça, cuja cavidade aloja uma esfera (bola) da superfície articular do
osso distal”.
É classificado funcionalmente como triaxial, pois realiza movimentos nos três
eixos articulares. A articulação entre o úmero e a escápula é um exemplo.
 Fonte: Sobotta, 2012.
Atividade
1. As articulações ou junturas servem para unir duas ou mais estruturas
que podem inclusive ser ossos. Uma delas é composta por tecido
conjuntivo fibroso, com fibras curtas e está localizada na cabeça. Esse
tipo de articulação recebe o nome de:
 a) Suturas
 b) Sinovial
 c) Sindesmose
 d) Sínfese
 e) Sincondrose
2. Existem articulações no corpo que possuem, em sua maioria, grande
mobilidade, elas também recebem o nome de diartroses. Porém,
apresentam alguns componentes essenciais na sua estrutura. Assinale a
opção que não representa um componente de uma articulação sinovial:
 a) Cápsula articular
 b) Líquido sinovial
 c) Ligamento
 d) Fibras longas
 e) Cartilagem articular
3. As articulações são união de duas ou mais estruturas que podem ser
ossos, cartilagens ou tecido fibroso. Uma delas é denominada diartrose
ou sinovial, possuindo alguns elementos básicos. Assinale a opção que
pertence às articulações do tipo sincondroses:
 a) Líquido sinovial
 b) Ligamento
 c) Fibras de conexão curta
 d) Cartilagem hialina
 e) Cápsula articular
4. Correlacione o componente com a articulação respectiva:
Cartilagem hialina
Pouca quantidade de tecido conjuntivo fibroso
Grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso
FIbrocartilagem
Sinóvia
Referências
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia sistêmica e segmentar. 2. ed. São
Paulo: Atheneu, 2000.
DI DIO, L. J. A. Tratado de anatomia sistêmica aplicada. 2. ed. São Paulo:
Atheneu, 2002.
DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s anatomia para
estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
DRAKE, R. L. et al. Gray’s atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
GILROY, A. M.; MACPHERSON, B. R.; ROSS, L. M. Atlas de anatomia. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.HANSEN, J. T. Netter anatomia para colorir. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
MOORE, K. L.; AGUR, A. M. R. Fundamentos da anatomia clínica. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SNELL, R. S. Anatomia clínica para estudantes de Medicina. 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
SOBOTTA, J. et al. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012.
Próximos Passos
Tipos de músculos;
Componentes do músculo estriado esquelético;
Classificação funcional dos músculos estriados esqueléticos.
Explore mais
Visite a página da MSD para profissionais de Saúde e leia o artigo Subluxação
da cabeça do rádio <https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/fraturas,-
luxa%C3%A7%C3%B5es-e-estiramentos/subluxa%C3%A7%C3%A3o-
da-cabe%C3%A7a-do-r%C3%A1dio > para entender por que é comum as
crianças deslocarem a cabeça do rádio e por que não devemos puxá-las pelo
antebraço.
Leia o artigo Artrite reumatoide – sintomas, causas e tratamentos
<https://www.mdsaude.com/2010/02/artrite-reumatoide.html > e
aprenda sobre artrite reumatoide, uma doença diretamente associada ao
sistema articular.
Leia o artigo Hérnia discal – procedimentos de tratamento
<http://www.scielo.br/pdf/aob/v9n4/v9n4a05.pdf > e entenda um
pouco sobre esse problema que incapacita diversas pessoas.
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 1/27
Disciplina: Anatomia Sistêmica
Aula 3: Sistema Muscular
Apresentação
Nesta aula você irá identificar os tipos de músculos, além da localização deles nos
diversos sistemas do corpo humano. O principal músculo que será tratado é o músculo
estriado esquelético.
Identificaremos a função de cada componente do músculo estriado esquelético, as formas
de fixação deles no sistema esquelético e a ação deles na movimentação das articulações.
Veremos também as diversas classificações dos músculos quanto às formas, às inserções,
à origem e outras formas anatômicas e funcionais.
Objetivos
Identificar os diferentes tipos de músculos;
Distinguir os componentes presentes nos músculos estriados esqueléticos;
Analisar as diferentes classificações existentes nos músculos estriados esqueléticos.
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 2/27
Os músculos
Você já viu que o seu corpo possui uma estrutura rígida, os ossos, unidas por
outra estrutura que vai permitir ou não o movimento, as articulações. Mas como
será que esse movimento ocorre?
Esse movimento é realizado pelos músculos, e ocorre por meio do encurtamento
e alongamento das extremidades às quais ele está preso.
 Fonte:
https://www.fiqueinforma.com/panturrilha-
sentado-ou-em-pe-diferencas/
<galeria/aula1/anexo/aula1.pdf>
Os músculos são a parte ativa do movimento, mas só o ventre muscular é que
realmente exerce essa função ativa, pois os pontos de fixação dele atuam
passivamente.
Tipos de Músculos
Os músculos são todos iguais? Não, não são. Vamos
conhece-los melhor?
Eles são divididos em:
Lisos
1
2
14/09/2018 Estácio
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Estriados
Esses dois tipos de músculos possuem estrias longitudinais, mas somente os
músculos estriados possuem estrias transversais. Esses músculos estriados ainda
são subdivididos, de acordo com sua localização, em:
 Fonte: Por Designua / Shutterstock.
Os músculos do tipo liso estão localizados nas paredes viscerais, como as artérias,
a bexiga urinária, o estômago etc. Seu controle é involuntário.
 Fonte: Por HappyPictures / Shutterstock.
Os músculos do tipo estriado esquelético estão localizados no esqueleto, como
exemplo, os músculos deltoides, o glúteo etc. O seu controle é voluntário.
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 4/27
 Fonte: Por adike / Shutterstock.

Comentário
O músculo cremáster, apesar de ser um músculo estriado esquelético,
possui contração por reflexo, durante a ereção, para controle térmico,
ejaculação ou quando ocorre necessidade de elevar os testículos.
O músculo do tipo estriado cardíaco está localizado no coração, na camada do
miocárdio, e seu controle é involuntário.
 Fonte: Por decade3d - anatomy online /
Shutterstock.
Propriedades
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 5/27
Os tecidos musculares apresentam características que conferem a eles suas
propriedades, que são:
Irritabilidade
Propriedade do músculo de responder a um estímulo.
Contratilidade
Propriedade do músculo de se contrair, encurtar-se, mediante estímulo suficiente.
Extensibilidade
Capacidade do músculo de estender-se além do comprimento de repouso; alongar-
se.
Elasticidade
Após contrair-se ou alongar-se o músculo necessita desta propriedade para voltar
ao seu tamanho natural de repouso.
Além dessas propriedades os músculos apresentam um estado permanente de
tensão elástica, permitindo com isso iniciar rapidamente o movimento após o
estímulo.
Vamos agora focar nos músculos estriados esqueléticos, pois
os outros tipos serão tratados nos demais sistemas ao longo
da disciplina.
Os músculos estriados esqueléticos são os responsáveis pelo movimento e são
presos por meio de tendão ou aponeuroses.
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 6/27
Os tendões são formados por um denso tecido conjuntivo (rico em fibras
colágenas) e possuem o formato de fita ou cordão fibroso; já as aponeuroses
possuem a mesma constituição dos tendões, porém seu formato é mais achatado.
 (Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009.)
A camada ativa do músculo, o ventre muscular, é altamente vascularizada. Todo
o músculo é recoberto pela fáscia que auxilia na nutrição e permite o
deslizamento dos músculos.
O ventre tem camadas de um delgado tecido conjuntivo, sendo o perimísio a sua
camada mais externa, que envolve o músculo e agrupa os fascículos
musculares.
Os fascículos são envolvidos por uma camada intermediária, o perimísio,
responsável por manter agrupadas as fibras musculares. As fibras musculares
são envolvidas pelo endomísio que é a camada mais interna.
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 7/27
 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009.
Segundo o Prof. Di Dio (2002), em seu Tratado de Anatomia Sistêmica, o número
de músculos estriados esqueléticos no organismo é de 327 pares. Mas, esse
número pode variar, pois alguns anatomistas consideram feixes de músculos como
sendo músculos.
 Fonte: Netter, 2008.
As extremidades onde o músculo se fixa recebem o nome de origem e inserção,
anatomicamente falando, sendo a origem considerada o ponto fixo e a inserção o
ponto móvel. Mas, essa definição, usada por diversos autores, não contempla a
propriedade elástica do músculo e, em muitos casos, esse conceito deveria variar
de acordo com a função do músculo.

Exemplo
14/09/2018 Estácio
file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 8/27
A ação do músculo levantador da escápula que, na cintura escapular, realiza
elevação. Porém, na cervical, realiza em ação unilateral, flexão lateral para o
seu lado ou, em ação bilateral, auxilia na extensão.
Logo, os termos mais corretos a serem utilizados para tratar dos pontos de fixação
dos músculos, segundo a terminologia anatômica, são:
Inserção
proximal
Caracterizando-se como a mais próxima do tronco e do plano
mediano.
Inserção
distal
Sendo a mais distante do plano mediano e do tronco. É um termo
muito utilizado também por profissionais da Cinesiologia e da
Biomecânica.
Classificação dos músculos
Morfológica
Quanto à direção das suas fibras, podem estar dispostas em paralelo ou de
forma oblíqua.
Osmúsculos com fibras em paralelo podem ser:
Longos 
Largos 
Já os músculos com fibras dispostas de forma oblíqua, podemos classifica-los
como:
Unipenados 
Bipenados 
3
4
5
6
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Quanto à forma os músculos recebem outras quatro classificações. Vejamos:
Longos 
Breves 
Largos 
Circulares 
Todo músculo apresenta no mínimo dois tendões ou aponeuroses, porém alguns
músculos possuem mais de um tendão na sua origem ou na sua inserção, com isso
conseguimos classificá-los quanto ao número de origens ou inserções quando
essas se dão por mais de um tendão.
Quanto à origem eles podem ser classificados em:
BÍCEPS → Quando ocorre por dois tendões.
TRÍCEPS → Quando se dá por três tendões.
QUADRÍCEPS → Quando ocorre por quatro tendões.

Atenção
Cabe ressaltar que não existe obrigatoriedade de o nome do músculo ser
definido pela quantidade de origens que ele apresenta, mas isso ocorre
algumas vezes no corpo, por exemplo, no caso do bíceps e tríceps braquial,
porém suas porções recebem o nome de cabeças.
O quadríceps femoral é um grupamento formado por quatro músculos. São eles:
7
8
9
10
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 (Fonte: Wikimedia
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3d/Quadriceps_3D.gif
)
Vasto lateral
Reto femoral
Vasto medial
Vasto intermédio
Grupamento do quadríceps
Alguns autores da área de Cinesiologia e Biomecânica tratam o quadríceps como
um grupamento com 7 músculos.
Tal fato ocorre porque eles consideram as fibras oblíquas dos mm . vasto medial
e vasto lateral como independentes, e incluem o m . articular do joelho a esse
grupamento. Porém, a terminologia anatômica considera pertencentes ao
grupamento do quadríceps femoral apenas os mm. reto femoral, vasto lateral,
vasto intermédio e vasto medial.
11
11
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 (Fonte: Sobotta, 2012)
Quanto ao número de inserções, os músculos são classificados somente quando
possuem mais de uma inserção. São eles:
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 (Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009)
Bicaudados
São os músculos que possuem 2 inserções.
Policaudados
São os músculos que possuem 3 ou mais inserções.
Exemplo: o músculo flexor dos dedos.
Outra forma de classificação dos músculos é quanto à quantidade de ventres
musculares que eles apresentam, com tendões situados de forma intermediária
separando esses ventres musculares.
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Quanto ao número de ventres, os músculos que apresentam dois ventres
musculares são classificados em:
 (Fonte: Sobotta, 2012)
Digástricos
São os músculos que apresentam 2 ventres musculares.
Poligástricos
São os músculos que apresentam 3 ou mais ventres, com tendões ou intersecções
tendíneas entre eles.
Exemplo: Músculo reto abdominal.
Ainda na classificação morfológica, os músculos podem ser classificados de acordo
com a sua ação principal – é importante não confundir com a sua função no
movimento. Quanto à sua ação, o músculo pode ser classificado em:
Flexor
Abdutor
Extensor
Adutor
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Rotador
Funcional
Você já viu que a função dos músculos é gerar movimento através do
encurtamento e alongamento das suas fibras, principalmente naqueles do tipo
estriado esquelético cujo movimento fica mais aparente. Por esta razão, existe
uma classificação quanto à função dos músculos.

Atenção
Cabe ressaltar que alguns dos termos apresentam divergências entre os
anatomistas. Neste caso, vamos utilizar os mais citados na literatura
específica.
Um músculo é o responsável por realizar um determinado movimento. Ele pode
até receber auxílio de outro músculo, mas atua como o agente principal na
execução desse movimento. Esse músculo é classificado como agonista.
Exemplo: o músculo bíceps braquial na ação de flexão do antebraço, com a mão
na posição supinada (palma da mão voltada para cima).
Ainda no movimento de flexão do antebraço, existe um músculo que está se
opondo ao trabalho do bíceps braquial, o nosso agonista. Ele está agindo contrário
à ação do agonista, isto é, antagônico ao trabalho do músculo principal do
movimento.
No caso do movimento de flexão de antebraço, o tríceps braquial está agindo como
músculo antagonista.
 (Fonte: NoPainNoGain / Shutterstock)
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Os músculos possuem uma propriedade de elasticidade, e, em alguns casos, eles
cruzam mais de uma articulação, podendo gerar movimentos diferentes daqueles
que desejamos realizar. Para que esses movimentos não ocorram, existem os
músculos classificados como neutralizadores ou sinergistas.
Os músculos neutralizadores ou sinergistas atuam impedindo movimentos
indesejados que poderiam ser produzidos pelos agonistas.

Exemplo
Ao realizarmos a flexão dos dedos da mão (exceto o polegar), esse
movimento é produzido pelos músculos flexores superficial e profundo dos
dedos, atuando como agonistas.
Ao movimentar os dedos, os músculos exercem uma ação de flexão do
punho, pois ele cruza essa articulação também. Os músculos extensores do
carpo são: extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, e
extensor ulnar do carpo, que atuam como neutralizadores desse movimento.
No exemplo anterior, o antagonista é o músculo extensor dos dedos.
Você também já deve ter percebido que, para manter sua postura, mesmo quando
não está realizando movimento, gera contração muscular. Isso se dá porque
existem músculos que são classificados como fixadores ou posturais.
Esses músculos atuam em outras articulações que não são cruzadas pelo músculo
agonista, mas necessitam ser estabilizadas para tornar o movimento principal
possível.

Exemplo
Quando nos abaixamos para pegar uma caixa, quem vai realizar o movimento
de pegar o objeto é o músculo do braço, mas os músculos eretores da coluna
(iliocostal, longuíssimo do dorso e espinal) são os responsáveis por manter a
nossa postura.
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
Saiba mais
Assista ao vídeo: Anatomia do agachamento livre
<http://cienciadotreinamento.com.br/2015/07/anatomia-do-
agachamento-livre/> .

Dica
Devemos agachar para pegar um objeto ao invés de simplesmente
flexionarmos o tronco, pois a tensão produzida por esses músculos
sobrecarrega a coluna vertebral e os discos intervertebrais.

Saiba mais
Existem síndromes que vão paralisando os músculos do corpo e, com isso,
muitas vezes, é necessário realizar a junção das vértebras da coluna vertebral
para manter a postura. Um exemplo desse caso é a Síndrome de Duchenne
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<http://genoma.ib.usp.br/pt-br/servicos/consultas-e-testes-
geneticos/doencas-atendidas/distrofias-musculares-tipo-duchenne-
dmd-e-tipo-becker-dmb> .
Quanto ao tipo de contração
Outra forma de classificação dos músculos é quanto ao tipo de contração que eles
realizam. Embora, muitas vezes, não exista movimento aparente, o músculo está
se contraindo. Em situações de reabilitação, ou no próprio ganho de força, usamos
movimento a favor da gravidade, fazendo com que esteja ocorrendo um
alongamento do músculo, sendo esse o movimento principal desejado.
Vamos pensar em uma situação do dia a dia que sirva de exemplo para esses tipos
de contração. O cenário será o ato de sentar e levantar-se de uma cadeira.
 Educação Musical
<https://anaalencar.files.wordpress.com/2012/11/sentar-
e-levantar.jpg>
A contração do tipo concêntrica está diretamente relacionada com a propriedade
de contratilidade.As inserções estão se aproximando, e com isso ocorre um encurtamento das fibras
do ventre muscular durante o movimento. Você está realizando o movimento
contra uma força de resistência.

Exemplo
Ao se levantar da cadeira, você utiliza, entre outros músculos, o grupamento
do quadríceps. Você contrai a musculatura as inserções se aproximam e você
levanta. Nesse caso, a resistência é a força da gravidade.
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A contração do tipo excêntrica está diretamente relacionada à propriedade de
extensibilidade, pois nela o movimento principal ocorre com ventre muscular,
tendo suas fibras se alongando e, com isso, as inserções estão se afastando.
Você realiza o movimento a favor de uma força resistente e o músculo é
responsável por controlar a velocidade.
 Educação Musical
<https://anaalencar.files.wordpress.com/2012/11/sentar-
e-levantar.jpg>

Exemplo
Ao sentar na cadeira, se você simplesmente soltar o corpo, automaticamente
“desaba” no banco, podendo até se machucar.
Para que isto não ocorra, você vai controlando a velocidade ao sentar, pois a
gravidade, que é nossa resistência, está no mesmo sentido do movimento – e
então, a musculatura do quadríceps controla essa velocidade.
É muito comum que idosos não consigam controlar essa contração, pois
ocorre uma perda natural de força e tônus à medida que envelhecemos.
 Bioquímica do Exercício
<http://bioquimicaexercicio.blogspot.com/2010/12/formas-
de-contracao-muscular.html>
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A contração do tipo isométrica ocorre quando o músculo está gerando força, mas
não existe movimento aparente. Podemos considerar que as forças (o termo
correto é torque) musculares e de resistência estão iguais.
Ainda no nosso exemplo da cadeira, imagine o momento no qual você começa a
sentar (contração excêntrica), olha para o lado e vê a placa com os dizeres “Tinta
fresca”, imediatamente você para (contração isométrica) e levanta (contração
concêntrica).
 Bioquímica do Exercício
<http://bioquimicaexercicio.blogspot.com/2010/12/formas-
de-contracao-muscular.html>
Atividade
1. Os músculos podem ser classificados de diversas formas, uma delas é
quanto à sua funcionalidade, que é o papel desempenhado por eles durante o
movimento. Marque das alternativas abaixo aquela que é uma Classificação
Funcional dos músculos.
 a) Unipenados
 b) Digástrico
 c) Policaudados
 d) Antagonista
 e) Flexores
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2. Os músculos servem como estruturas ativas do movimento, eles trabalham
por meio de encurtamento e relaxamento e são classificados de dois tipos:
liso e estriado. Dentre esses músculos um deles está em nosso coração, sobre
esse músculo assinale a alternativa incorreta.
 a) Compõe a camada conhecida por miocárdio.
 b) É classificado como músculo liso.
 c) É classificado como músculo estriado.
 d) É de contração involuntária.
 e) Possui estriação transversal.
3. Os músculos apresentam algumas propriedades essenciais ao seu
funcionamento, dentre as quais existe uma fazendo com que eles sejam
capazes de responder a estímulos. Essa propriedade é conhecida como:
 a) Contratilidade
 b) Extensibilidade
 c) Irritabilidade
 d) Elasticidade
 e) Tonicidade
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4. Correlacione a característica com a classificação dos músculos.
a) Quanto à inserção.
b) Quanto ao número de ventres.
c) Quanto ao tipo de contração.
d) Quanto à origem.
e) Quanto à ação.
Notas
Encurtamento e alongamento 
Chamados de contração e relaxamento.
Pontos de fixação 
Esses pontos de fixação podem ser tendões ou aponeuroses.
Longos 
Onde ocorre o predomínio do comprimento.
1
2
3
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 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009.
Largos 
Onde existe uma equivalência entre comprimento e largura.
 Fonte: Sobotta, 2012.
UNIPENADOS 
Quando as fibras estão presas em apenas uma das bordas do tendão.
4
5
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 (Fonte: Sobotta, 2012)
BIPENADOS 
Quando as fibras estão presas nas duas bordas do tendão. estar presas em apenas uma
das bordas do tendão.
 (Fonte: Sobotta, 2012)
Longos 
Podem ser identificados como fusiformes, redondos (cilíndricos) e cônicos.
 (Fonte: Sobotta, 2012)
Breves 
6
7
8
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Também chamados de curtos, apresentam dimensões pequenas.
 (Fonte: Sobotta, 2012)
Largos 
Podem ser subdivididos em triangulares, romboides (semelhante paralelogramo) e
quadrangulares.
Músculo largo — M. latíssimo do dorso
9
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 (Fonte: Sobotta, 2012)
Circulares 
Os músculos circulares recebem esse nome porque rodeiam canais ou orifícios.
 (Fonte: Sobotta, 2012)
m. e mm. 
As siglas m. e mm. referem-se a músculo e músculos, respectivamente.
10
11
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Referências
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia sistêmica e segmentar. 2 ed. São Paulo:
Atheneu, 2000.
DI DIO, Liberato J. A. Tratado de anatomia sistêmica aplicada. 2 ed. São Paulo,
Atheneu, 2002.
DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHELL, Adam W. M. Gray’s anatomia para
estudantes. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005.
DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHELL, Adam W. M.; TIBBITTS, Richard M.;
RICHARDSON, Paul E. Gray’s atlas de anatomia. Rio de Janeiro, Elsevier, 2009.
GILROY, Anne M.; Mac PHERSON, Brian R.; ROSS, Lawrence M. Atlas de anatomia. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008.
HANSEN, John T. Netter anatomia para colorir. 1. ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010.
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 2007.
MOORE, Keith L.; AGUR, Anne M. R. Fundamentos da anatomia clínica. 2. ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 2004.
NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SNELL, Richard S. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5. ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 1999.
SOBOTTA, Johannes et al. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 2012.
VAN DE GRAAFF. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003.
Próximos Passos
A localização do coração;
A função das valvas.
Os vasos da base do coração
Explore mais
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14/09/2018 Estácio
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Entenda a contração muscular assistindo à sequência desses vídeos.
DE MEIS, Leopoldo. A contração muscular (Parte 1 de 4). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=cIY22fO9A6o
<https://www.youtube.com/watch?v=cIY22fO9A6o> >. Acesso em: 02
ago. 2018
_______. A contração muscular (Parte 2 de 4). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=Klq_6JaTBBs
<https://www.youtube.com/watch?v=Klq_6JaTBBs> >. Acesso em: 02
ago. 2018
_______. A contração muscular (Parte 3 de 4). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=mcw6WDuU6Ww
<https://www.youtube.com/watch?v=mcw6WDuU6Ww> >. Acesso em:
02 ago. 2018.
_______. A contração muscular (Parte 4 de 4). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=UNQwzkjrjN0
<https://www.youtube.com/watch?v=UNQwzkjrjN0> > . Acesso em: 02
ago. 2018.
GUNTHER. Los três tipos de músculos. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=bJAFtgKXZ7M
<https://www.youtube.com/watch?v=bJAFtgKXZ7M>>. Acesso em: 02 ago.
2018. Entenda as características de cada um dos músculos.
TREINO em foco. O que é eletromiografia? Disponível em:
<http://www.treinoemfoco.com.br/fisiologia-do-treino/o-que-e-
eletromiografia/ <http://www.treinoemfoco.com.br/fisiologia-do-treino/o-
que-e-eletromiografia/> >. Acesso em: 02 ago. 2018. Os músculos respondem a
estímulos, esta resposta gera atividade elétrica nas células musculares. Entenda
como podemos medir essa atividade.
17/09/2018 Estácio
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Disciplina: Anatomia Sistêmica
Aula 4: Sistema Cardiovascular
Apresentação
Nesta aula você irá identificar os componentes do sistema cardiovascular,
reconhecendo o coração como órgão central desse sistema, apontando ainda sua
localização na região do mediastino e seu posicionamento no corpo humano.
Você também descreverá a morfologia interna do coração, identificando as valvas e
suas funções, além da existência das cordas tendíneas e dos músculos papilares.
Irá ainda identificar os vasos que chegam ao coração trazendo sangue e os que saem
do coração levando sangue, conhecidos como vasos da base. Também entendera a
função desses vasos na circulação sistêmica e na circulação pulmonar.
Objetivos
Identificar o posicionamento do coração;
Descrever a morfologia interna do coração;
Diferenciar as circulações sistêmica e pulmonar.
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Histórico
Você pode estar se perguntando se não seria “Sistema
Circulatório”, mas a terminologia anatômica, em latim,
trata o sistema como cardiovascular.
Di Dio (2002) ressalta que, em sua essência, o termo circulatório representa
apenas circular, algo que volta ao ponto de partida, mas também faz uma
revisão etimológica citando que o termo circulator, no latim, fazia uma alusão
a charlatão, termo usado por difamadores contra as descobertas do
anatomista e médico William Harvey em 1628.
Com isso, na mudança foi pensado em colocar o termo Sistema Vascular, já
que o coração é um grande vaso, mas não daria sua importância necessária, e
se fosse apenas Sistema Cardíaco estaria se negligenciando os demais vasos
do corpo. Então, ficou mais adequado adotar a expressão Sistema
Cardiovascular.
Quem foi Liberato J. Di Dio?
Clique aqui <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000200043> para ler o artigo
em homenagem ao professor Di Dio.
Após a revisão da terminologia em 2001, o professor Liberato Di Dio lançou o
seu Tratado de Anatomia Sistêmica. Cabe ressaltar que o professor Di Dio
era o secretário geral da Comissão Federativa da Terminologia Anatômica
(FCAT), criada pela Federação Internacional das Associações de Anatomistas
(IFAA) para discutir a terminologia anatômica.
1
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 Liberato J. Di Dio | Fonte:
http://www.utoledo.edu/imap/img/structure/didio2.png
<http://www.utoledo.edu/imap/img/structure/didio2.png.png>
O sistema cardiovascular não possui comunicação com o meio exterior, ele é
um sistema fechado que tem circulação de humores, o sangue e a linfa (a
linfa será tratada na próxima aula).
A principal função do sistema cardiovascular é levar,
através do sangue, oxigênio e material nutritivo para as
células.
O sangue circula por uma extensa rede de vasos para realizar as trocas
gasosas. Essas trocas ocorrem em vasos de calibre tão reduzidos que chegam
à espessura de um fio de cabelo, por isso recebem o nome de capilares.
17/09/2018 Estácio
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 | Fonte:
https://www.tuasaude.com/sistema-
cardiovascular
<https://www.tuasaude.com/sistema-
cardiovascular/>
Esse sistema tem um órgão responsável por bombear o sangue para essa
extensa rede de vasos, e esse órgão funciona como uma bomba que se
contrai e propulsiona o sangue, a essa bomba contrátil-propulsora chamamos
coração.
Coração
Certamente, você já ouviu falar do coração, quer seja na escola durante as
aulas de Ciências ou Biologia, quer seja quando se fala de sentimentos; uma
referência ao aumento das batidas do coração quando estamos em algumas
situações que nos deixam mais alegre, tristes, eufóricos ou ressabiados.
Porém, nesta aula, estudaremos este órgão para conhecer as suas
características, a sua localização, função etc.
Já vimos que o coração é uma bomba contrátil-propulsora formado por um
tecido muscular estriado cardíaco, de contração involuntária.
Esse órgão muscular é dividido em três camadas:
 | Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/90/2004_Heart_Wall_gl.jpg>
Como é o coração?
• Tem a forma de um cone truncado.
17/09/2018 Estácio
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• Apresenta uma base, que é superior e o ápice, que é inferior.
• É delimitado anteriormente pelo osso esterno e as cartilagens costais,
inferiormente pelo músculo diafragma e, lateralmente, pelas pleuras
pulmonares.
• Possui três faces, que são:
esternocostal
diafragmática
pulmonar
• Está posicionado de forma oblíqua, de maneira que a base fica nas partes
superior e medial. Já o seu ápice fica na parte inferior e lateral à esquerda.
• Encontra-se localizado na caixa torácica, acima do músculo diafragma, entre
os dois sacos pleurais, atrás do osso esterno, no mediastino médio.
 Fonte: Sobotta, 2012.
Agora, vamos estudar mais detalhadamente o nosso
coração.
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Pericárdio
Trata-se de um saco fibrosseroso, cuja função é separar o coração dos demais
órgãos do mediastino – evitando o atrito –, e limitar o enchimento cardíaco
(pericárdio fibroso).
O pericárdio é dividido em duas camadas: uma mais externa, que é o
pericárdio fibroso, e outra mais interna, dividida em duas lâminas, que é o
pericárdio seroso.
O pericárdio seroso também se divide em duas lâminas, sendo uma mais
externa forrando internamente o pericárdio fibroso e que recebe o nome de
lâmina parietal; e outra intimamente relacionada ao coração chamada lâmina
visceral (epicárdio).
Entre as duas lâminas há uma cavidade, a cavidade pericárdica, cujo
interior possui o líquido pericárdico com a função de lubrificar, evitando o
atrito entre as lâminas.
O pericárdio não contorna integralmente os vasos da base, formando
recessos, que são chamados de seios.
Um deles, o seio transverso do pericárdio, é de extrema importância para o
cirurgião cardíaco, pois permite o desvio temporário de sangue por meio de
clampeamento da aorta e do tronco pulmonar.
 | Fonte:
https://www.auladeanatomia.com/novosite/
<https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-
cardiovascular/coracao/>
17/09/2018 Estácio
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Septos e câmaras
O coração possui quatro câmaras (cavidades) formadas por “paredes”
colocadas dentro do coração, que recebem o nome de septos.
Existe um septo que divide o coração em parte superior e inferior. Na parte
superior ficam os átrios, e na parte inferior, os ventrículos. Esse septo recebe
o nome de septo atrioventricular.
Outro septo divide a parte superior do coração em átrio direito e átrio
esquerdo. É chamado de septo interatrial.
Por fim, há um septo que divide a parte inferior do coração em ventrículo
direito e ventrículo esquerdo, que é o septo interventricular.
Após essa divisão, identificamos as quatro câmaras do coração:
 | Fonte: Fonte: Netter, 2008.
Complexo estimulante do coração
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Você já deve ter escutado alguém falar que fez ou vai fazer um “eletro”,
referindo-se a um exame do coração. Mas, afinal, o que é isso e para que
serve?
A pessoa referia-se a um exame chamado eletrocardiograma (ECG), que
registrade forma gráfica as oscilações da atividade elétrica do músculo
cardíaco.
Essas oscilações seguem um padrão que estabelece o nível de normalidade da
atividade cardíaca, porém podem ocorrer variações nesse padrão, sugerindo
algum indício patológico.
Como o impulso elétrico é muito rápido, todo o coração poderia receber o
estímulo simultaneamente, resultando em um colapso e o órgão não saberia
qual a sua ordem certa de contração.
 | Fonte: https://makeagif.com/gif/
<https://makeagif.com/gif/ecg-animation-
electrical-changes-in-heart-rGaGQ9>
Para que ocorra uma contração integrada entre átrios e
ventrículos, existe um complexo estimulante do coração.
O complexo estimulante do coração funciona da seguinte maneira:
após receber os estímulos determinando aceleração ou redução dos
batimentos cardíacos, o nó sinoatrial (marcapasso) irradia esse impulso
por ambos os átrios por feixes internodais, gerando a contração atrial,
em direção ao nó atrioventricular;
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após sair do nó atrioventricular, o impulso segue pelo fascículo
atrioventricular – única conexão normal entre átrio e ventrículos –, em
direção aos ramos direito e esquerdo, e chega aos ramos
subendocárdicos (antigas fibras de Purkinje), gerando a contração
ventricular.
 | Fonte:
https://physio4dummies.wordpress.com/2016
<https://physio4dummies.wordpress.com/2016/09/03/eletro-
cardiaca-1/>
17/09/2018 Estácio
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 | Fonte: NETTER, 2008.
Esqueleto fibroso do coração
Em nível das aberturas das valvas existentes no coração, existe um esqueleto
fibroso, identificado pela presença dos trígonos direito (entre o contorno
posterior do óstio da aorta e o óstio das atrioventriculares) e esquerdo (entre
o óstio da atrioventricular esquerda e o óstio da aorta).
Esse esqueleto tem a função de formar o arcabouço do coração e ser ponto de
origem da musculatura ventricular e inserção da musculatura atrial, além de
servir com um isolante na condução elétrica.
 | Fonte: Sobotta, 2012.
Valvas
No septo atrioventricular encontramos dispositivos responsáveis por impedir o
retorno do sangue para a câmara na qual ele se encontrava. Esses
dispositivos são as valvas, e essas valvas são formadas pelo conjunto de
válvulas (antigamente conhecidas como cúspides).
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Para melhor entendimento, vamos descrever as valvas de acordo com a
câmara na qual se encontram.
No ventrículo direito há uma valva impedindo o retorno do sangue para o
átrio direito, ela recebe o nome de valva atrioventricular direita e é
composta por três válvulas: anterior, posterior e septal. Por ser composta
por três válvulas, ela também é conhecida como valva tricúspide.
 | Fonte: https://www.heart-valve-
surgery.com/ <https://www.heart-valve-
surgery.com/Images/normal-heart-valve-
animation.gif>
Outra valva presente no ventrículo direito é a que impede o retorno do sangue
do tronco pulmonar para o ventrículo direito, essa válvula é conhecida como
valva do tronco pulmonar, composta por três válvulas semilunares:
anterior, direita e esquerda.
No ventrículo esquerdo também temos duas valvas, uma é a que impede o
retorno do sangue para o átrio esquerdo – que recebe o nome de valva
atrioventricular esquerda.
Essa valva possui duas válvulas, que são as válvulas anterior e posterior.
Por possuir somente duas válvulas, é também conhecida como valva
bicúspide.
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 |Fonte: Sobotta, 2012.

Saiba mais
Essa válvula possui uma particularidade: alguns anatomistas a achavam
semelhante a uma mitra . Por esse motivo, também é conhecida como
valva mitral.
Ainda no ventrículo esquerdo, temos uma valva de saída impedindo que o
sangue retorne ao ventrículo após ir para artéria aorta. Essa recebe o nome
de valva da aorta, e é composta por três válvulas semilunares: direita,
esquerda e posterior.
As válvulas semilunares direita e esquerda possuem um orifício cada uma,
chamado óstio da coronária, onde se originam as artérias coronárias que
irrigam o coração.
 | Fonte: Netter, 2008.
2
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Nutrição
Arterial
As coronárias surgem a partir das válvulas semilunares direita e
esquerda, nas quais aparecem os óstios das artérias coronárias direita e
esquerda. O refluxo do sangue que vai da aorta enche os “bolsos”
formados pelas semilunares, escorrendo pelos óstios.
Os orifícios estão localizados na parte superior das valvas e não
imediatamente colados nelas, para prevenir o risco de colabamento.
As coronárias direita e esquerda contornam, como se fosse uma coroa, o
coração (daí seu nome). O primeiro ramo da coronária esquerda é a
descendente anterior ou interventricular anterior. Após esta temos o
ramo circunflexo e o marginal esquerdo.
Estudos indicam que a coronária esquerda predomina em 60% dos
casos. Em termos da coronária direita, temos um importante ramo
chamado de nodal, que nutre o nó sinoatrial. Depois, ela prossegue e dá
origem à marginal direita, e ao ramo interventricular posterior.
Venosa
Todo o sistema venoso do coração converge para o seio coronário, sendo
que ele desemboca na veia cava inferior. As veias cardíacas mínimas
drenam o sangue das paredes do coração.
Morfologia das câmaras
Você já viu que o coração possui quatro câmaras, que são os átrios e
ventrículos direito e esquerdo. Agora vamos estudar a morfologia interna
dessas câmaras e identificar que existem vasos chegando ou saindo de cada
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uma delas.
Vasos de base do coração
Atrio Direito Veias cavas
Superior
Inferior
Átrio Esquerdo Veias pulmonares
Direita (2)
Esquerda (2)
Ventrículo Direito Tronco pulmonar
Artéria pulmonar direita
Artéria pulmonar esquerda
Ventrículo Esquerdo Artéria aorta
Ramo ascendente
Arco ou cajado aórtico
Ramo descendente
 | Fonte: Netter, 2008.
O átrio direito tem um aspecto totalmente pregueado, internamente,
formado pelos músculos pectíneos ou pectinados. Também existe uma área
lisa.
A crista terminal é um limite entre a área pectinada e a área lisa.
Externamente, esta área é visível pela linha terminal. Apresenta também no
septo interatrial (entre as veias cavas) a fossa oval, que possui o limbo da
fossa oval.
O óstio da veia cava inferior e o óstio coronário possuem válvulas com o
mesmo nome.
O átrio direito possui uma projeção lingular chamada de aurícula, que é o
átrio primitivo.
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 | Fonte: Netter, 2008.
No ventrículo direito observa-se um aspecto trabeculado nas paredes do
ventrículo, as trabéculas cárneas.
Em geral, temos três trabéculas mais desenvolvidas, os músculos papilares:
1
ANTERIOR
Mais desenvolvido.
2
SEPTAL
Que nasce no septo.
3
POSTERIOR
Que nasce na parede posterior.
O septo se une ao músculo papilar anterior pela trabécula septomarginal. Dos
músculos papilares partem as cordas tendíneas, fazendo a ligação entre o
músculo papilar e as válvulas.
O músculo papilar anterior tem cordas tendíneas que se ligam à cúspide
anterior e posterior; o músculo papilar posterior emite cordas tendíneas para
a cúspide posterior e septal; o músculo papilar septal emite cordas tendíneas
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para a cúspide septal e anterior.
Superiormente, o ventrículo direito se dirige para o cone arterial (ou
infundíbulo), que é a área em direção ao tronco pulmonar. O aspecto
trabeculado somente existe na região externa do cone arterial, limitado pela
crista supraventricular.
 Fonte: Netter, 2008.
O átrio esquerdo não possui