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14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 1/34 Disciplina: Anatomia Sistêmica Aula 1: Generalidade de Anatomia e Sistema Esquelético Apresentação Nesta aula, você conhecerá termos próprios da Anatomia e entenderá como surgiram, também irá perceber que, muitas vezes, no nosso dia a dia utilizamos termos ultrapassados. Descobrirá que esses termos são criados a partir de algumas regras e que existe um órgão mundial regulando a nomenclatura, e uma sociedade nacional encarregada de traduzir para o português. Você compreenderá que sofremos impactos no nosso corpo gerando dor, mas não lesionam nossos órgãos em virtude de estarem protegidos por estruturas rígidas, os ossos. Esses ossos unidos formam o esqueleto que é dividido em axial e apendicular, cada um com uma função principal específica. Identificará, ainda, a classificação dos ossos de acordo com seu comprimento, sua largura e espessura, se estão localizados nas articulações ou apresentam cavidades. Objetivos Aplicar os termos de posicionamento e referência anatômica às estruturas do corpo humano; Distinguir os ossos do esqueleto axial do esqueleto apendicular; Relacionar os ossos com o segmento corporal e a posição correspondente. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 2/34 Conceito A Anatomia, de maneira geral, é a dissecação do corpo humano ou de qualquer animal ou vegetal para estudo e conhecimento de sua organização interna. Em nosso curso estamos tratando da Anatomia Humana, uma ciência que estuda o corpo humano e suas relações macroscopicamente (aquilo que pode ser visto a olho nu) e Microscopicamente (necessitam de um instrumento para ampliação, o microscópio). Fonte: Por Anatomy Insider / Shutterstock Você deve estar se perguntando se todas as profissões da área da Saúde utilizam a Anatomia? Sim, pois o nosso objeto de estudo é o ser humano, mas não precisaremos dissecar os nossos alunos/pacientes para entendê-los, porque existem diversos ramos de estudo dentro da Anatomia para nos fornecer tais informações: 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 3/34 CITOLOGIA Sabemos que o nosso corpo é composto por células. Logo, a Citologia é o ramo responsável por estudar as estruturas dessas células. EMBRIOLOGIA As células que compõem um corpo vão se unindo e formando órgãos e sistemas. A Embriologia estuda o desenvolvimento do nosso corpo até o nascimento. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 4/34 HISTOLOGIA É responsável pelo estudo dos tecidos biológicos (os que formam os órgãos e sistemas do nosso corpo), no nosso caso, o tecido humano. ANATOMIA MACROSCÓPICA Esse é o ramo que será objeto do nosso estudo. Compreende as estruturas que podem ser observadas a olho nu (podendo ou não usar recursos tecnológicos, mas sem a função de ampliar). 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 5/34 ANATOMIA POR IMAGEM (RADIOLÓGICA) É responsável por estudar o corpo por meio de imagens, para que seja possível reconhecer a estrutura interna do corpo sem dissecar, utilizando exames como raios X, ressonância nuclear magnética, tomografia, ultrassonografia etc. ANATOMIA PALPATÓRIA Ramo que realiza estudo da anatomia por meio do tato. Pela palpação, conseguimos identificar estruturas anatômicas e obter informações. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 6/34 Uma curiosidade que você já deve ter observado é que nem todas as pessoas são iguais. Será que internamente também somos assim tão diferentes? Para responder, precisamos entender alguns conceitos: • É definido como Normalidade um padrão morfológico que ocorre na maioria dos indivíduos. • Estatisticamente, é o padrão mais frequente. Exemplo: o coração, geralmente, está localizado na região do mediastino médio. Fonte: Albrecht Dürer: Adão e Eva (Dürer) E quando o corpo foge a esse padrão, é considerado um defeito? Não. Mas, nesse caso, devemos tecer algumas considerações: Não é defeito quando a diferença morfológica não traz prejuízo à função. Nesse caso, nos referimos a variações anatômicas. Essas diferenças ocorrem devido a fatores como sexo, raça, biotipo, idade etc. E se essa variação trouxer prejuízo funcional? Você deverá verificar se ela é incompatível ou não com a vida. Se essa variação morfológica acarretar um prejuízo funcional ao indivíduo, estaremos tratando de uma anomalia. Exemplo: o indivíduo que nasce com um dedo a mais em uma das mãos ou dos pés. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 7/34 Fonte: https://soanatomiahumana.wixsite.com/weloveanatomia <https://soanatomiahumana.wixsite.com/weloveanatomia/introducao- aos-sistemas-2> Acesso em: 30 jul. 2018. Se essa variação morfológica for tão acentuada a ponto de levar o indivíduo à morte, estaremos diante de um caso de monstruosidade, como, por exemplo, o indivíduo que não tem a formação do encéfalo (anencefalia). Fonte: https://anatomia-papel-e- caneta.com <https://anatomia-papel-e- caneta.com/conceitos-e-fatores-de-variacao- anatomica/> Acesso em: 30 jul. 2018. Comentário Nos casos de anencefalia, o bebê pode nascer morto (natimorto) ou sobreviver por algumas horas ou dias após o parto. https://soanatomiahumana.wixsite.com/weloveanatomia/introducao-aos-sistemas-2 https://anatomia-papel-e-caneta.com/conceitos-e-fatores-de-variacao-anatomica/ 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 8/34 Como surgem os termos anatômicos? Surgem pela necessidade da Federação Internacional das Associações de Anatomia (IFAA) em apresentar a terminologia oficial das ciências anatômicas e, com isso, padronizar os termos de referência ao corpo humano. A terminologia anatômica é o conjunto de termos utilizado para descrever e designar o organismo humano e suas partes. Com o objetivo de não sofrer alterações proveniente de possíveis acordos gramaticas, ele é escrito numa língua “morta”, o latim. O órgão responsável por traduzir para o português falado no Brasil é a Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA). É importante ressaltar que em outros países de língua portuguesa, alterações poderão ser realizadas conforme as associações locais. Na terminologia aprovada pela IFAA, em 1998, foram excluídos os epônimos dos termos anatômicos, apesar de serem utilizados por muitos profissionais de Saúde até hoje. Você pode estar pensando agora: uma vez que não se pode mais usar os epônimos, quais são os critérios para definir esses termos? Forma Baseado na forma da estrutura. Exemplo: cuboide (aparência de cubo). Trajeto Tendo como referência o trajeto que percorre. Exemplo: círculo arterioso cerebral. Relação com o esqueleto file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 9/34 O osso no esqueleto serve como referência. Exemplo: artéria femoral. Conexão ou inter-relação Referente às estruturas interligadas. Exemplo: ligamento coracoacromial. Função De acordo com a função da estrutura. Exemplo: músculo extensor dos dedos. Critérios mistos Junção de mais de um critério. Exemplo: artéria cerebral anterior. Outro fator importante é que existem abreviaturas padronizadas também: A = Artéria Aa. = 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 10/34 Artérias Lig. = Ligamento Ligg. = Ligamentos M. = Músculo Mm. = Músculos N. = Nervo Nn. = Nervos R. = Ramo Rr. = Ramos V. = Veia Vv. = Veias Posição anatômica Serve para padronizar a referência ao corpo humano e evitar descrições anatômicas com termos diferentes. A posição anatômica é descrita como: 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html11/34 Planos e eixos Quando nos referimos ao corpo humano devemos utilizar termos que o delimitam corretamente; e quando nos depararmos com imagens anatômicas, conseguir identificar como é a visão correta daquela imagem no corpo humano. Para isso existem planos e eixos imaginários: Planos de delimitação Tangenciam o corpo. Ao unirmos as laterais desse plano formamos paralelepípedos, sendo assim denominados: 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 12/34 Planos de Secção São aqueles que dividem o corpo humano: Sagital mediano Também recebe o nome de plano mediano. Divide o corpo em duas partes simétricas: direita e esquerda. Os planos paralelos a ele são denominados sagitais. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 13/34 Frontal ou coronal Divide o corpo em duas partes diferentes: anterior e posterior. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 14/34 Transversal ou horizontal Divide o corpo em duas partes diferentes superior e inferior. Eixos de Movimento São linhas imaginárias que cruzam o paralelepípedo visando orientar os movimentos humanos, os principais eixos são: Látero-lateral (ou transversal) Cruza os lados direito e esquerdo, perpendicular ao plano sagital, orientando os movimentos de flexão e extensão. Sagital (ou anteroposterior) Cruza as partes anterior e posterior (ventral e dorsal), perpendicular ao plano frontal, orientando os movimentos de abdução e adução. Longitudinal (ou craniocaudal, ou craniopodálico) Cruza as partes superior e inferior, perpendicular ao plano horizontal ou transversal, orientando os movimentos de rotação medial e rotação lateral. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 15/34 A Rosto olhando para a frente. B Mãos com as palmas viradas para a frente. C Pés unidos com dedos para a frente. D Margem inferior do nível da órbita com o topo do conduto auditivo externo. E Plano sagital. F Plano frontal. G Plano transversal. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 16/34 Como podemos dividir o corpo humano? Sistema esquelético (Osteologia) 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 17/34 É a parte da Anatomia Humana que estuda os ossos – estruturas rígidas, esbranquiçadas e resistentes. Existe uma diferença entre a contagem de osso entre crianças e adultos porque ocorre a fusão entre alguns ossos à medida que envelhecemos. Em um adulto existem, aproximadamente, 206 ossos. Em conjunto, os ossos formam o esqueleto. Esse esqueleto pode ser apresentado de diversas maneiras: Esqueleto desarticulado Quando as estruturas ósseas encontram-se isoladas uma das outras. Esqueleto articulado Quando essas estruturas ósseas estão unidas. Os ossos possuem duas substâncias: Substância compacta – é a que lhe confere mais rigidez, suportando as forças de cisalhamento. É responsável por manter as lamínulas, firmemente, unidas umas às outras.” 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 18/34 Substâncias esponjosa – possui mais resistência às forças de compressão e tração, tendo os espaços entre as lamínulas mais irregulares. É importante reforçar que os seres humanos apresentam um endoesqueleto (estrutura interna em seu corpo). Alguns animais, como a tartaruga, por exemplo, apresentam essa estrutura fora do corpo, sendo denominada exoesqueleto. Porém, já se utiliza exoesqueleto em seres humanos, a fim de proporcionar qualidade de vida aos portadores de anomalias ou patologias. Os ossos também são revestidos pelo periósteo, exceto nas superfícies articulares. O periósteo é formado por uma membrana conjuntiva dividida em dois folhetos, sendo o mais interno responsável pela formação de tecido ósseo (osteogênese). 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 19/34 Você já deve ter ouvido falar ou mesmo assistido a campanhas de doação de medula, mas já pensou a que tipo de medula estão se referindo? Vamos entender que a medula tratada é a óssea, pois o esqueleto, entre outras funções, desenvolve hematopoiese – que é a produção de células sanguíneas na medula de alguns ossos. Além desta, o esqueleto possui outras funções, que são: Proteção O esqueleto atua protegendo órgão vitais internos de lesões. Suporte Atua como ponto de fixação para maioria dos músculos do corpo e dando sustentação aos tecidos moles do corpo. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 20/34 Movimento Um complexo sistema de alavanca é formado por músculos fixados a esse esqueleto dando mobilidade a esse conjunto composto por ossos e articulações. Depósito de Minerais Alguns minerais são estocados nos ossos e mobilizados para outras regiões do corpo, pelo sistema vascular, de acordo com a necessidade. São exemplos desses minerais: cálcio, fósforo, potássio entre outros. Os ossos apresentam elevações, depressões e aberturas que servem como elementos descritivos para identificação deles, denominados acidentes anatômicos. Para entender a diferença entre esses elementos, observe a descrição de cada um na tabela a seguir: SALIÊNCIAS Servem para articular ossos ou para fixar músculos, ligamentos etc. Cabeça Superfície globosa, serve como superfície articular. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 21/34 Côndilo Tubérculo ósseo arredondado que sustenta uma parte de uma articulação. Face Superfície articular achatada ou pouco profunda. Crista Superfície estreita e alongada. Serve como ponto de fixação. Epicôndilo Processo proeminente acima ou lateralmente ao côndilo, serve para fixação. Eminência Superfície saliente, serve como ponto de fixação. Tubérculo Uma pequena proeminência arredondada. Serve como ponto de fixação. Tuberosidade Uma saliência rugosa, serve como ponto de fixação. Trocânter Um grande processo para inserção muscular. Processo Saliência óssea acentuada, serve como ponto de fixação. Linha Crista pequena e pouco saliente, serve como ponto de fixação. Espinha Superfície pontiaguda, serve como ponto de fixação. Tróclea Superfície articular em forma de carretel. DEPRESSÕES Assim como as saliências, podem ser articulares ou não. Fossa “Vala” rasa, normalmente para superfícies articulares. Fosseta Uma pequena fossa. Impressão Um pequeno sulco, uma marca pouco profunda. Sulco Depressão alongada em forma de canaleta. Fissura Depressão profunda, de formato pontiagudo. ABERTURAS Destinadas à passagem de nervos e vasos, em geral. Forame Cavidade de transmissão para nervos e vasos. Meato Ou canal, é uma passagem de formato tubular. Óstio Entrada, abertura que liga duas estruturas. Poros Denominação genérica para pequenos orifícios. Outro ponto de atenção é que, por conta desses elementos descritivos e sua forma, os ossos são diferentes uns dos outros. Tal diferença nos permite classificá-los de acordo com algumas características: 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 22/34 Ossos que apresentam comprimento maior que espessura e largura são classificados como longos. Atenção Não confundir osso grande com osso longo, a falange é um osso pequeno, porém classificado como longo por conta das suas características. Ossos que apresentam uma equivalência entre comprimento, largura e espessura são chamados de curtos. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 23/34 Ossos que possuem comprimento e largura predominando sobre a espessura são conhecidos como laminares ou planos. Ossos que apresentam formas variadas que não se encaixam nas categorias anteriores são chamados de irregulares. Alguns ossosapresentam uma ou mais cavidade contendo ar e mucosa, esses ossos estão localizados no cabeça e recebem também a classificação de pneumáticos. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 24/34 Comentário Essas cavidades são chamadas de seios, proveniente do latim sinus que significa espaço oco, por isso que a inflamação dos seios da face é conhecida como sinusite. Alguns ossos se desenvolvem dentro dos tendões ou da cápsula articular, esses ossos são classificados como sesamoides. Devido a caraterísticas específicas, alguns ossos podem apresentar mais de uma classificação. Agora que você conhece a composição dos ossos, aprendeu a função do sistema esquelético e já sabe classificar os ossos, vamos relacioná-los com os segmentos corporais e identificar os 206 ossos do corpo. O esqueleto humano é dividido em duas grandes porções: 1 Uma forma o eixo do corpo, sendo composta por 80 ossos e tendo como função principal a proteção de órgãos vitais, conhecida como esqueleto axial. 2 Forma os membros, é composta por 126 ossos, está unida ao esqueleto axial pelos cíngulos (cinturas) e tem como principal função a locomoção, recebendo o nome de esqueleto apendicular. CATEGORIA NÚMERO DE OSSOS 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 25/34 Esqueleto axial • Cabeça • Coluna vertebral • Tórax (costelas/esterno) • 29 (22+7) • 26 • 25 80 Esqueleto apendicular • Cíngulo do membro superior • Membros superiores • Cíngulo do membro inferior • Membros inferiores • 04 • 60 • 02 • 60 126 Total 206 206 Esqueleto Axial: 80 ossos Cabeça: 29 Crânio neural: 8 2 pares: temporal, parietal 4 ímpares: frontal, occipital, etmoide, esfenoide Crânio visceral: 14 6 pares: nasal, lacrimal, zigomático, maxila, concha nasal inferior e palatino 2 ímpares: vômer e mandíbula Ossículos do ouvido: 6 (3 pares) Osso Hioide: 1 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 26/34 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009) Coluna vertebraL: 33 vértebras - 26 ossos (no adulto, as vértebras sacrais se fundem formando o osso sacro e as vértebras coccígeas também se fundem formando o cóccix) Cervical: 7 Torácica: 12 Lombar: 5 Sacral: 5 vértebras (osso sacro) Coccígea: 3 ou 4 (osso cóccix) A 7 vértebras cervicais B 12 vértebras torácicas C 5 vértebras lombares D 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 27/34 5 vértebras fundidas (osso sacro) E Cóccix (3 a 4 vértebras fundidas coccígea I-IV) Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009) Atenção A grafia de esterno é com “s” por conta da origem do latim esternum e do grego sternon que significa peito, caixa torácica. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 28/34 Fonte: Netter (2008) Esqueleto apendicular superior: 64 ossos Cíngulo do membro superior (cintura escapular): Clavícula: 1 Escápula: 1 Braço Úmero: 1 Antebraço: 2 Rádio (localizado lateralmente): 1 Ulna (localizado mediamente): 1 Mão: 27 Carpo: 8 4 na fileira proximal (escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme) 4 na fileira distal (trapézio, trapezoide, capitato e hamato) Metacarpo 5 Falanges: 14 (proximal, média e distal, exceto no polegar que só tem proximal e distal) Total: 32 ossos x 2 membros superiores = 64 ossos 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 29/34 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009) Esqueleto apendicular inferior: 62 ossos Cíngulo do membro inferior (cintura pélvica) Osso do quadril: 1 Coxa fêmur: 1 Perna Fíbula (localizada lateralmente): 1 Tíbia (medial): 1 Joelho 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 30/34 Patela: 1 Pé: 26 Tarso: 7 (tálus, calcâneo, navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral) Metatarso: 5 Falanges: 14 (proximal, média e distal, exceto no hálux que só tem proximal e distal) Total: 31 ossos X 2 membros inferiores = 62 ossos Fonte: Drake, Vogl, Mitchell (2009) 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 31/34 Atividade 1. Ao realizar um exame de raios X, um médico identificou que o paciente apresentava um não fechamento das lâminas nas vértebras lombares e ficou com dois processos espinhosos, característica que não é comum nessa região, porém não relatava nenhuma queixa na região lombar, não trazendo comprometimento funcional. O caso relatado trata de uma situação de: a) Normalidade b) Anomalia c) Monstruosidade d) Variação anatômica e) Deficiência física 2. Os termos anatômicos são definidos pela International Federation of Associations of Anatomists (IFAA) estabelecendo que os termos serão registrados em latim. Cada federação nacional tem autonomia para traduzir para sua língua corrente, no caso do Brasil esta responsabilidade é da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA). Para nomear as estruturas do corpo os anatomistas seguem alguns critérios. Dos critérios abaixo, qual deles não é utilizado para denominar estruturas anatômicas? a) Forma b) Trajeto c) Epônimo d) Relação com o esqueleto e) Critério misto 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 32/34 3. Sobre sistema esquelético, assinale V para verdadeiro e F para falso: a) Possui a função de depósito de minerais. b) O esqueleto apendicular tem função principal de proteção. c) A falange é classificada como um osso curto. d) A fíbula está localizada lateralmente na perna. e) O pé é dividido em tarso, metatarso e falanges. 4. Os ossos do corpo humano apresentam elevações, depressões e abertura que nos ajudam a identificar e estudar essa estrutura do corpo, essas alterações recebem o nome de acidentes anatômicos. Os ossos também são classificados de acordo com seu tipo, os ossos que apresentam o seu comprimento e a sua largura predominando sobre sua espessura são denominados: a) Longos b) Curtos c) Planos ou laminares d) Irregulares e) Pneumáticos Notas Epônimos Nome de pessoas para designar coisas. Referências DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia sistêmica e segmentar. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2000. DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s anatomia para estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 33/34 DRAKE, R. L. et al. Gray's atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. GILROY, A. M.; MACPHERSON, B. R.; ROSS, L. M. Atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. HANSEN, J. T. Netter anatomia para colorir. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. MOORE, K. L.; AGUR, A. M. R. Fundamentos da anatomia clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SNELL, R. S. Anatomia clínica para estudantes de Medicina. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. SOBOTTA, J. et al. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. VAN DE GRAAFF. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003. Próximos Passos Classificação das articulações; Conceitos de articulações cartilaginosas; Componentes de uma articulação sinovial. Explore mais Visite a página da Sociedade Brasileira de Anatomia <http://www.sbanatomia.org.br> e entenda como está organizada a anatomia no território brasileiro. Aprenda como o exoesqueleto está revolucionando o mundo <https://www.tecmundo.com.br/exoesqueleto> . Aprenda sobre os novos rumos da ciência da reabilitação usando o exoesqueleto. SAUDE.IG. Pacientes paralisados apresentam melhora após treinamento com exoesqueleto <https://saude.ig.com.br/2016-08-16/paralisia.html>. Assista ao vídeo: http://www.sbanatomia.org.br/ https://www.tecmundo.com.br/exoesqueleto https://saude.ig.com.br/2016-08-16/paralisia.html 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula1.html 34/34 Super Interessante Coleções - o corpo humano - músculos e ossos. <https://www.youtube.com/watch?v=M9ja2c08W44> https://www.youtube.com/watch?v=M9ja2c08W44 Disciplina: Anatomia Sistêmica Aula 2: Sistema articular Apresentação Nesta aula, você conhecerá os tipos de articulações presentes no corpo humano, compreendendo a característica de cada uma delas e seus componentes, além de saber que algumas possuem locais específicos no corpo humano. Você identificará que, apesar de algumas articulações serem do mesmo tipo, elas apresentam subclassificações devido aos componentes que a formam ou como se movimentam. Observará, ainda, os componentes presentes nas articulações sinoviais, que são as que possuem mais mobilidade no corpo e são classificadas de acordo com sua forma e sua movimentação. Objetivos Diferenciar os tipos de articulações presentes no corpo humano; Comparar as articulações do tipo cartilaginosas; Descrever as articulações sinoviais com seus componentes e suas características. O sistema articular O sistema articular, também chamado de Artrologia, é a área da Anatomia que estuda as articulações. Mas afinal é articulação ou junta? Muitas vezes ouvimos as pessoas se referindo às articulações como juntas, mas será que isso está errado? Não está errado. Apesar de, no latim, as articulações serem chamadas de compagibus – no caso das articulações do corpo humano, elas têm origem no termo juncturae que significa acoplamento, pois é o que ocorre entre os ossos do corpo. Por isso, alguns autores da Anatomia e até mesmo da Cinesiologia e Biomecânica se referem às articulações como junturas. Fonte: Por S K Chavan / Shutterstock E de onde surge o termo articulação, então? Apesar de escritos em latim, os termos anatômicos sofrem uma influência enorme do grego, de onde veio arthroseon. Sendo assim, a Artrologia tem origem nas raízes gregas: arthron (articulação). O que é uma articulação? Em síntese, uma articulação é a junção de duas ou mais estruturas que, além de ossos, podem ser de cartilagens ou tecido fibroso. Nem toda articulação permite movimentação, cada uma tem características próprias que vão determinar a sua mobilidade junto com os tipos de tecido que a compõe. Classificação das articulações Podem ser classificadas em três tipos, que se subdividem depois. Essa classificação se dá, em partes pelo tecido que compõem, nos casos das fibrosas e cartilaginosas ou por necessitarem de um líquido para lubrificar e auxiliar na movimentação delas, a sinóvia, presente nas articulações sinoviais. Alguns autores classificam essas articulações de acordo com a sua mobilidade: SINARTROSES As articulações fibrosas são denominadas sinartroses por serem consideradas quase imóveis. ANFIARTROSES As articulações cartilaginosas recebem o nome de anfiartroses, por serem articulações semimóveis. DIARTROSES As articulações com mobilidade ampliada, que são as sinóvias, passam a se chamar diartroses. Agora, você pode estar se questionando sobre como saber a diferença entre os tipos de articulação. A primeira forma que classificamos é pelo tipo de elementos que compõem essa articulação. Vamos conhecer agora, mais detalhadamente, cada uma delas. Articulações Fibrosas ou Sinartroses Neste tipo de articulação as estruturas são mantidas unidas por tecido conjuntivo fibroso, localizado em uma camada intermediária. As articulações fibrosas são consideradas quase imóveis devido a não apresentarem mobilidade ou, em alguns casos, ter movimentação mínima. Exemplo de articulação fibrosa. | Fonte: Sobotta, 2012 Este tipo de articulação é dividido em dois tipos principais (alguns autores consideram três), que são: Sindesmoses Fonte: Sobotta, 2012 Apresentam ligamentos ou membranas interósseas formadas por uma grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso. Um exemplo desse tipo de articulação é a membrana interóssea entre a tíbia e a fíbula ou mesmo a articulação tíbio-fibular distal. Suturas Fonte: Sobotta, 2012 Apresentam menor quantidade de tecido conjuntivo fibroso e forma conexões mais curtas. As suturas estão localizadas no crânio e se dividem em quatro formas, conforme as superfícies ósseas articulares: plana, serrátil, escamosa e esquindilese. Nas suturas planas as superfícies articulares são planas ou quase planas, resultando em uma linha reta após a junção. Nas suturas serrátil, também conhecidas como denteadas, as superfícies articulares lembram uma serra com seus dentículos. A sua linha de junção é semelhante ao encontro de duas serras. As suturas escamosas e as superfícies articulares se sobrepõem umas às outras, semelhante às escamas dos peixes. Já as suturas do tipo esquindilese e as superfícies ósseas se articulam como se fossem a crista de um osso se alojando na fenda de outro osso. Gonfoses Esse tipo de articulação se assemelha à fixação de um pino, com origem do grego gomphos (que significa prego, pino). Neste tipo um processo está inserido em uma cavidade, um exemplo clássico é a fixação dos dentes nos processos alveolares. Alguns autores preferem abordar as gonfoses dentro das suturas. Articulações cartilaginosas ou anfiartroses Neste tipo de articulação os ossos possuem pouca movimentação, devido ao seu constituinte. Pode-se afirmar que produzem movimentos elásticos, pois ocorre um retorno natural ao seu estado inicial após o movimento. Este tipo de articulação pode ser dividido em dois subtipos, baseado na natureza da camada que se interpõe entre as superfícies articulares, que são: a) Sincondrose Nas articulações desse tipo a camada entre as superfícies articulares é preenchida por cartilagem hialina. Essas articulações podem ser permanentes ou temporárias. Como o próprio nome já diz as sincondroses permanentes ficam durante toda a nossa vida sem ocorrer junção definitiva das superfícies. Exemplo: as cartilagens costais que movimentam a caixa torácica. Fonte: Sobotta, 2012 Já nas articulações sincondroses temporárias ocorre a sinostose, que é a soldadura das superfícies ósseas. Um exemplo desse tipo de articulação são as placas ou os discos epifisários existentes nos ossos longos para que ocorra o crescimento do indivíduo. Essas placas quando atingimos a idade adulta, entre 18 e 25 anos, param de crescer e com isso se transformam em osso sólido. Fonte: SCIELO | Disponível em: https://scielo.conicyt.cl/ <https://scielo.conicyt.cl/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0370- 41062013000600011> . Acesso em: 01 ago. 2018 Alguns adolescentes apresentam uma doença na placa existente no tubérculo da tíbia. Nessa idade, ainda não é uma tuberosidade. É a doença de Osgood-Schlatter. Saiba mais Leia o texto Doença de Osgood-Schlatter: o que é, quais são as causas e como tratar? <http://www.portalped.com.br/blog/especialidades-da- pediatria/pediatria-geral/doenca-de-osgood-schlatter/> b) Sínfises As articulações cartilaginosas do tipo sínfises possuem as características de terem camada de fibrocartilagem espessa recobrindo as superfícies articulares, ressaltando que estas superfícies já recebem uma fina camada de cartilagem hialina. Os discos intervertebrais são exemplos clássicos de articulações do tipo sínfise. Diferente das sincondroses, não ocorre sinostose nas sínfises, exceto em casos patológicos. Fonte: Fonte: Netter, 2008 Articulações Sinoviais ou Diartroses As articulações sinoviais possuem um tecido conjuntivo vascular responsável pela formação da membrana sinovial. Essa membrana é responsável por secretar a sinóvia, o líquido sinovial, tendo como principal função lubrificar a articulação. Estas articulações possuem amplitude de movimento variáveis, que pode ser limitada pelos ligamentos, músculos, tendões e até mesmo pelo formato das superfícies ósseas articulares. Além damembrana sinovial e do líquido sinovial, as articulações sinoviais apresentam outros componentes específicos. São eles: Cavidade articular Neste tipo de articulação existe um espaço entre as superfícies articulares. Essa cavidade é completa ou parcialmente dividida por um disco ou menisco. Cápsula articular Tem a finalidade de manter a união das extremidades dos ossos que se articulam (não confunda com a superfície). Nela, existe uma cápsula espessa de tecido conjuntivo fibroso. Cartilagem articular É uma fina camada de cartilagem hialina que recobre as superfícies articulares dos ossos, e tem a função de diminuir o atrito entre as superfícies ósseas quando executamos movimentos na articulação. Ligamentos São formados por uma densa camada de tecido conjuntivo fibroso, criando um feixe. A maioria dos ligamentos possui uma função de estabilizar a articulação e limitar o movimento. Esses ligamentos recebem uma classificação específica de acordo com a sua localização. São elas: Ligamentos capsulares — formam a cápsula articular, surgem como um espessamento da cápsula articular; Ligamentos extracapsulares ou extra-articulares — localizados fora da capsula articular, isto é, com a função de ligar as estruturas articular externamente e, em alguns casos, tem apenas a função de limitar o movimento; Ligamentos intracapsulares ou intra-articulares — localizados no interior da articulação ligando as estruturas articulares internamente. Comentário Pessoas com Síndrome de Down podem apresentar hiperfrouxidão ligamentar, o que requer mais cuidado no lidar com esses indivíduos. Articulação do ombro | Fonte: Sobotta, 2012 Saiba mais Leia o artigo Instabilidade atlantoaxial e hiperfrouxidão ligamentar na Síndrome de Down <http://www.scielo.br/pdf/%0D/aob/v13n4/a01v13n4.pdf> . Classificações Classificação baseada na sua movimentação Também chamada de classificação funcional, tem relação direta com os eixos de movimento e divide-se em: Não axial Se o movimento realizado não ocorre nos eixos de movimento (deslizamento). Uniaxial Se a articulação só consegue se movimentar em um eixo (flexão e extensão do cotovelo). Biaxial Quando a articulação consegue se movimentar em dois eixos (punho), que faz flexão, extensão, desvio ulnar (adução) e desvio radial (abdução). Triaxial Quando a articulação permite movimento nos três eixos que realiza flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral (ombro). Exemplo Fonte: Shutterstock Perceba como seu ombro se movimenta em todos os eixos, realize com ele os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral. Observe que no simples gesto de pentear o cabelo você utiliza todos esses eixos. Assista ao vídeo Movimentos do complexo articular do ombro <https://www.youtube.com/watch?v=aYNV7ucN0ac> . Classificação baseada na sua forma É a que chamamos de classificação morfológica. Divide-se nos seguintes tipos: Plana É um tipo de articulação que realiza movimentos de deslizamento. É considerada uma articulação não axial. As superfícies articulares apresentam-se como planas ou ligeiramente curva. Ocorre entre os ossos cuneiformes, localizados na região do tarso, no pé. Fonte: Sobotta, 2012. Gínglimo Tem origem na palavra ginglymos (que significa dobradiça, em grego). A aparência e a movimentação da articulação se assemelha a tal, fazendo com que o movimento ocorra apenas em um eixo, tornando uma articulação uniaxial. Os movimentos que ocorrem são de flexão e extensão. Um exemplo clássico é a articulação do cotovelo (umeroulnar). Fonte: Sobotta, 2012. Atenção A articulação do joelho é tratada por alguns autores como sendo do tipo gínglimo. Porém, ela é muito mais complexa, pois possui graus de rotação medial e lateral, além de conseguir realizar uma leve abdução e adução. E para complicar mais a análise dessa articulação, as superfícies articulares são côndilos femorais se articulando com côndilos tibiais, o que poderia colocá-la na classificação de condilar. Trocoide É uma articulação que se movimenta como um pivô. Por isso, muitas vezes é utilizada essa denominação também, até porque a origem da palavra trocoide vem do grego trochos (pivô, roldana) mais eidos (semelhante a). Caracteriza- se pelo movimento que é executado em torno de um eixo vertical, realizando movimentos de rotação. Esse tipo de articulação é classificado funcionalmente como uniaxial e um exemplo é a articulação entre a primeira vértebra (atlas) e a segunda (áxis), chamada de articulação atlantoaxial, que nos permite girar a cabeça para um lado e para outro. Assista aos 3 primeiros minutos do vídeo Articulação atlantoaxial em 3D <https://www.youtube.com/watch?v=CRuSSOQO2L4> . Elipsoide Alguns autores também a chamam de articulação condilar. Já outros separam as duas em classificações distintas, visto que as condilares possuem côndilos que se articulam – mas o princípio de classificação é o mesmo. Neste tipo de articulação, percebe-se que uma superfície é côncava e a outra convexa, logo são discordantes. Sua classificação funcional é do tipo biaxial, considerando que ela realiza movimentos nos eixos transversal (flexão/extensão) e sagital (abdução/adução). Como exemplo temos a articulação entre o rádio e a região do carpo. Fonte: Sobotta, 2012. Selar O nome desta articulação tem afinidade direta com sua aparência, pois possui a forma de sela. As superfícies articulares são côncavas-convexas. Este tipo também realiza movimentos nos eixos sagital e transversos, assemelhando-se com as elipsoides. Um exemplo ocorre entre o osso trapezoide e o primeiro metacarpo, ambos na mão, mais precisamente no polegar. Fonte: Sobotta, 2012. Esferoide Neste tipo de articulação, uma superfície esférica ou semiesférica se articula com uma cavidade. O professor Liberato Di Dio (2002) faz um comparativo bastante interessante ao citar a articulação como “...a superfície articular do osso proximal em forma de taça, cuja cavidade aloja uma esfera (bola) da superfície articular do osso distal”. É classificado funcionalmente como triaxial, pois realiza movimentos nos três eixos articulares. A articulação entre o úmero e a escápula é um exemplo. Fonte: Sobotta, 2012. Atividade 1. As articulações ou junturas servem para unir duas ou mais estruturas que podem inclusive ser ossos. Uma delas é composta por tecido conjuntivo fibroso, com fibras curtas e está localizada na cabeça. Esse tipo de articulação recebe o nome de: a) Suturas b) Sinovial c) Sindesmose d) Sínfese e) Sincondrose 2. Existem articulações no corpo que possuem, em sua maioria, grande mobilidade, elas também recebem o nome de diartroses. Porém, apresentam alguns componentes essenciais na sua estrutura. Assinale a opção que não representa um componente de uma articulação sinovial: a) Cápsula articular b) Líquido sinovial c) Ligamento d) Fibras longas e) Cartilagem articular 3. As articulações são união de duas ou mais estruturas que podem ser ossos, cartilagens ou tecido fibroso. Uma delas é denominada diartrose ou sinovial, possuindo alguns elementos básicos. Assinale a opção que pertence às articulações do tipo sincondroses: a) Líquido sinovial b) Ligamento c) Fibras de conexão curta d) Cartilagem hialina e) Cápsula articular 4. Correlacione o componente com a articulação respectiva: Cartilagem hialina Pouca quantidade de tecido conjuntivo fibroso Grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso FIbrocartilagem Sinóvia Referências DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia sistêmica e segmentar. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2000. DI DIO, L. J. A. Tratado de anatomia sistêmica aplicada. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2002. DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s anatomia para estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. DRAKE, R. L. et al. Gray’s atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. GILROY, A. M.; MACPHERSON, B. R.; ROSS, L. M. Atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.HANSEN, J. T. Netter anatomia para colorir. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. MOORE, K. L.; AGUR, A. M. R. Fundamentos da anatomia clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SNELL, R. S. Anatomia clínica para estudantes de Medicina. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. SOBOTTA, J. et al. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. Próximos Passos Tipos de músculos; Componentes do músculo estriado esquelético; Classificação funcional dos músculos estriados esqueléticos. Explore mais Visite a página da MSD para profissionais de Saúde e leia o artigo Subluxação da cabeça do rádio <https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/fraturas,- luxa%C3%A7%C3%B5es-e-estiramentos/subluxa%C3%A7%C3%A3o- da-cabe%C3%A7a-do-r%C3%A1dio > para entender por que é comum as crianças deslocarem a cabeça do rádio e por que não devemos puxá-las pelo antebraço. Leia o artigo Artrite reumatoide – sintomas, causas e tratamentos <https://www.mdsaude.com/2010/02/artrite-reumatoide.html > e aprenda sobre artrite reumatoide, uma doença diretamente associada ao sistema articular. Leia o artigo Hérnia discal – procedimentos de tratamento <http://www.scielo.br/pdf/aob/v9n4/v9n4a05.pdf > e entenda um pouco sobre esse problema que incapacita diversas pessoas. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 1/27 Disciplina: Anatomia Sistêmica Aula 3: Sistema Muscular Apresentação Nesta aula você irá identificar os tipos de músculos, além da localização deles nos diversos sistemas do corpo humano. O principal músculo que será tratado é o músculo estriado esquelético. Identificaremos a função de cada componente do músculo estriado esquelético, as formas de fixação deles no sistema esquelético e a ação deles na movimentação das articulações. Veremos também as diversas classificações dos músculos quanto às formas, às inserções, à origem e outras formas anatômicas e funcionais. Objetivos Identificar os diferentes tipos de músculos; Distinguir os componentes presentes nos músculos estriados esqueléticos; Analisar as diferentes classificações existentes nos músculos estriados esqueléticos. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 2/27 Os músculos Você já viu que o seu corpo possui uma estrutura rígida, os ossos, unidas por outra estrutura que vai permitir ou não o movimento, as articulações. Mas como será que esse movimento ocorre? Esse movimento é realizado pelos músculos, e ocorre por meio do encurtamento e alongamento das extremidades às quais ele está preso. Fonte: https://www.fiqueinforma.com/panturrilha- sentado-ou-em-pe-diferencas/ <galeria/aula1/anexo/aula1.pdf> Os músculos são a parte ativa do movimento, mas só o ventre muscular é que realmente exerce essa função ativa, pois os pontos de fixação dele atuam passivamente. Tipos de Músculos Os músculos são todos iguais? Não, não são. Vamos conhece-los melhor? Eles são divididos em: Lisos 1 2 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 3/27 Estriados Esses dois tipos de músculos possuem estrias longitudinais, mas somente os músculos estriados possuem estrias transversais. Esses músculos estriados ainda são subdivididos, de acordo com sua localização, em: Fonte: Por Designua / Shutterstock. Os músculos do tipo liso estão localizados nas paredes viscerais, como as artérias, a bexiga urinária, o estômago etc. Seu controle é involuntário. Fonte: Por HappyPictures / Shutterstock. Os músculos do tipo estriado esquelético estão localizados no esqueleto, como exemplo, os músculos deltoides, o glúteo etc. O seu controle é voluntário. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 4/27 Fonte: Por adike / Shutterstock. Comentário O músculo cremáster, apesar de ser um músculo estriado esquelético, possui contração por reflexo, durante a ereção, para controle térmico, ejaculação ou quando ocorre necessidade de elevar os testículos. O músculo do tipo estriado cardíaco está localizado no coração, na camada do miocárdio, e seu controle é involuntário. Fonte: Por decade3d - anatomy online / Shutterstock. Propriedades 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 5/27 Os tecidos musculares apresentam características que conferem a eles suas propriedades, que são: Irritabilidade Propriedade do músculo de responder a um estímulo. Contratilidade Propriedade do músculo de se contrair, encurtar-se, mediante estímulo suficiente. Extensibilidade Capacidade do músculo de estender-se além do comprimento de repouso; alongar- se. Elasticidade Após contrair-se ou alongar-se o músculo necessita desta propriedade para voltar ao seu tamanho natural de repouso. Além dessas propriedades os músculos apresentam um estado permanente de tensão elástica, permitindo com isso iniciar rapidamente o movimento após o estímulo. Vamos agora focar nos músculos estriados esqueléticos, pois os outros tipos serão tratados nos demais sistemas ao longo da disciplina. Os músculos estriados esqueléticos são os responsáveis pelo movimento e são presos por meio de tendão ou aponeuroses. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 6/27 Os tendões são formados por um denso tecido conjuntivo (rico em fibras colágenas) e possuem o formato de fita ou cordão fibroso; já as aponeuroses possuem a mesma constituição dos tendões, porém seu formato é mais achatado. (Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009.) A camada ativa do músculo, o ventre muscular, é altamente vascularizada. Todo o músculo é recoberto pela fáscia que auxilia na nutrição e permite o deslizamento dos músculos. O ventre tem camadas de um delgado tecido conjuntivo, sendo o perimísio a sua camada mais externa, que envolve o músculo e agrupa os fascículos musculares. Os fascículos são envolvidos por uma camada intermediária, o perimísio, responsável por manter agrupadas as fibras musculares. As fibras musculares são envolvidas pelo endomísio que é a camada mais interna. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 7/27 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009. Segundo o Prof. Di Dio (2002), em seu Tratado de Anatomia Sistêmica, o número de músculos estriados esqueléticos no organismo é de 327 pares. Mas, esse número pode variar, pois alguns anatomistas consideram feixes de músculos como sendo músculos. Fonte: Netter, 2008. As extremidades onde o músculo se fixa recebem o nome de origem e inserção, anatomicamente falando, sendo a origem considerada o ponto fixo e a inserção o ponto móvel. Mas, essa definição, usada por diversos autores, não contempla a propriedade elástica do músculo e, em muitos casos, esse conceito deveria variar de acordo com a função do músculo. Exemplo 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 8/27 A ação do músculo levantador da escápula que, na cintura escapular, realiza elevação. Porém, na cervical, realiza em ação unilateral, flexão lateral para o seu lado ou, em ação bilateral, auxilia na extensão. Logo, os termos mais corretos a serem utilizados para tratar dos pontos de fixação dos músculos, segundo a terminologia anatômica, são: Inserção proximal Caracterizando-se como a mais próxima do tronco e do plano mediano. Inserção distal Sendo a mais distante do plano mediano e do tronco. É um termo muito utilizado também por profissionais da Cinesiologia e da Biomecânica. Classificação dos músculos Morfológica Quanto à direção das suas fibras, podem estar dispostas em paralelo ou de forma oblíqua. Osmúsculos com fibras em paralelo podem ser: Longos Largos Já os músculos com fibras dispostas de forma oblíqua, podemos classifica-los como: Unipenados Bipenados 3 4 5 6 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 9/27 Quanto à forma os músculos recebem outras quatro classificações. Vejamos: Longos Breves Largos Circulares Todo músculo apresenta no mínimo dois tendões ou aponeuroses, porém alguns músculos possuem mais de um tendão na sua origem ou na sua inserção, com isso conseguimos classificá-los quanto ao número de origens ou inserções quando essas se dão por mais de um tendão. Quanto à origem eles podem ser classificados em: BÍCEPS → Quando ocorre por dois tendões. TRÍCEPS → Quando se dá por três tendões. QUADRÍCEPS → Quando ocorre por quatro tendões. Atenção Cabe ressaltar que não existe obrigatoriedade de o nome do músculo ser definido pela quantidade de origens que ele apresenta, mas isso ocorre algumas vezes no corpo, por exemplo, no caso do bíceps e tríceps braquial, porém suas porções recebem o nome de cabeças. O quadríceps femoral é um grupamento formado por quatro músculos. São eles: 7 8 9 10 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 10/27 (Fonte: Wikimedia <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3d/Quadriceps_3D.gif ) Vasto lateral Reto femoral Vasto medial Vasto intermédio Grupamento do quadríceps Alguns autores da área de Cinesiologia e Biomecânica tratam o quadríceps como um grupamento com 7 músculos. Tal fato ocorre porque eles consideram as fibras oblíquas dos mm . vasto medial e vasto lateral como independentes, e incluem o m . articular do joelho a esse grupamento. Porém, a terminologia anatômica considera pertencentes ao grupamento do quadríceps femoral apenas os mm. reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio e vasto medial. 11 11 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 11/27 (Fonte: Sobotta, 2012) Quanto ao número de inserções, os músculos são classificados somente quando possuem mais de uma inserção. São eles: 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 12/27 (Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009) Bicaudados São os músculos que possuem 2 inserções. Policaudados São os músculos que possuem 3 ou mais inserções. Exemplo: o músculo flexor dos dedos. Outra forma de classificação dos músculos é quanto à quantidade de ventres musculares que eles apresentam, com tendões situados de forma intermediária separando esses ventres musculares. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 13/27 Quanto ao número de ventres, os músculos que apresentam dois ventres musculares são classificados em: (Fonte: Sobotta, 2012) Digástricos São os músculos que apresentam 2 ventres musculares. Poligástricos São os músculos que apresentam 3 ou mais ventres, com tendões ou intersecções tendíneas entre eles. Exemplo: Músculo reto abdominal. Ainda na classificação morfológica, os músculos podem ser classificados de acordo com a sua ação principal – é importante não confundir com a sua função no movimento. Quanto à sua ação, o músculo pode ser classificado em: Flexor Abdutor Extensor Adutor 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 14/27 Rotador Funcional Você já viu que a função dos músculos é gerar movimento através do encurtamento e alongamento das suas fibras, principalmente naqueles do tipo estriado esquelético cujo movimento fica mais aparente. Por esta razão, existe uma classificação quanto à função dos músculos. Atenção Cabe ressaltar que alguns dos termos apresentam divergências entre os anatomistas. Neste caso, vamos utilizar os mais citados na literatura específica. Um músculo é o responsável por realizar um determinado movimento. Ele pode até receber auxílio de outro músculo, mas atua como o agente principal na execução desse movimento. Esse músculo é classificado como agonista. Exemplo: o músculo bíceps braquial na ação de flexão do antebraço, com a mão na posição supinada (palma da mão voltada para cima). Ainda no movimento de flexão do antebraço, existe um músculo que está se opondo ao trabalho do bíceps braquial, o nosso agonista. Ele está agindo contrário à ação do agonista, isto é, antagônico ao trabalho do músculo principal do movimento. No caso do movimento de flexão de antebraço, o tríceps braquial está agindo como músculo antagonista. (Fonte: NoPainNoGain / Shutterstock) 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 15/27 Os músculos possuem uma propriedade de elasticidade, e, em alguns casos, eles cruzam mais de uma articulação, podendo gerar movimentos diferentes daqueles que desejamos realizar. Para que esses movimentos não ocorram, existem os músculos classificados como neutralizadores ou sinergistas. Os músculos neutralizadores ou sinergistas atuam impedindo movimentos indesejados que poderiam ser produzidos pelos agonistas. Exemplo Ao realizarmos a flexão dos dedos da mão (exceto o polegar), esse movimento é produzido pelos músculos flexores superficial e profundo dos dedos, atuando como agonistas. Ao movimentar os dedos, os músculos exercem uma ação de flexão do punho, pois ele cruza essa articulação também. Os músculos extensores do carpo são: extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, e extensor ulnar do carpo, que atuam como neutralizadores desse movimento. No exemplo anterior, o antagonista é o músculo extensor dos dedos. Você também já deve ter percebido que, para manter sua postura, mesmo quando não está realizando movimento, gera contração muscular. Isso se dá porque existem músculos que são classificados como fixadores ou posturais. Esses músculos atuam em outras articulações que não são cruzadas pelo músculo agonista, mas necessitam ser estabilizadas para tornar o movimento principal possível. Exemplo Quando nos abaixamos para pegar uma caixa, quem vai realizar o movimento de pegar o objeto é o músculo do braço, mas os músculos eretores da coluna (iliocostal, longuíssimo do dorso e espinal) são os responsáveis por manter a nossa postura. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 16/27 Saiba mais Assista ao vídeo: Anatomia do agachamento livre <http://cienciadotreinamento.com.br/2015/07/anatomia-do- agachamento-livre/> . Dica Devemos agachar para pegar um objeto ao invés de simplesmente flexionarmos o tronco, pois a tensão produzida por esses músculos sobrecarrega a coluna vertebral e os discos intervertebrais. Saiba mais Existem síndromes que vão paralisando os músculos do corpo e, com isso, muitas vezes, é necessário realizar a junção das vértebras da coluna vertebral para manter a postura. Um exemplo desse caso é a Síndrome de Duchenne 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 17/27 <http://genoma.ib.usp.br/pt-br/servicos/consultas-e-testes- geneticos/doencas-atendidas/distrofias-musculares-tipo-duchenne- dmd-e-tipo-becker-dmb> . Quanto ao tipo de contração Outra forma de classificação dos músculos é quanto ao tipo de contração que eles realizam. Embora, muitas vezes, não exista movimento aparente, o músculo está se contraindo. Em situações de reabilitação, ou no próprio ganho de força, usamos movimento a favor da gravidade, fazendo com que esteja ocorrendo um alongamento do músculo, sendo esse o movimento principal desejado. Vamos pensar em uma situação do dia a dia que sirva de exemplo para esses tipos de contração. O cenário será o ato de sentar e levantar-se de uma cadeira. Educação Musical <https://anaalencar.files.wordpress.com/2012/11/sentar- e-levantar.jpg> A contração do tipo concêntrica está diretamente relacionada com a propriedade de contratilidade.As inserções estão se aproximando, e com isso ocorre um encurtamento das fibras do ventre muscular durante o movimento. Você está realizando o movimento contra uma força de resistência. Exemplo Ao se levantar da cadeira, você utiliza, entre outros músculos, o grupamento do quadríceps. Você contrai a musculatura as inserções se aproximam e você levanta. Nesse caso, a resistência é a força da gravidade. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 18/27 A contração do tipo excêntrica está diretamente relacionada à propriedade de extensibilidade, pois nela o movimento principal ocorre com ventre muscular, tendo suas fibras se alongando e, com isso, as inserções estão se afastando. Você realiza o movimento a favor de uma força resistente e o músculo é responsável por controlar a velocidade. Educação Musical <https://anaalencar.files.wordpress.com/2012/11/sentar- e-levantar.jpg> Exemplo Ao sentar na cadeira, se você simplesmente soltar o corpo, automaticamente “desaba” no banco, podendo até se machucar. Para que isto não ocorra, você vai controlando a velocidade ao sentar, pois a gravidade, que é nossa resistência, está no mesmo sentido do movimento – e então, a musculatura do quadríceps controla essa velocidade. É muito comum que idosos não consigam controlar essa contração, pois ocorre uma perda natural de força e tônus à medida que envelhecemos. Bioquímica do Exercício <http://bioquimicaexercicio.blogspot.com/2010/12/formas- de-contracao-muscular.html> 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 19/27 A contração do tipo isométrica ocorre quando o músculo está gerando força, mas não existe movimento aparente. Podemos considerar que as forças (o termo correto é torque) musculares e de resistência estão iguais. Ainda no nosso exemplo da cadeira, imagine o momento no qual você começa a sentar (contração excêntrica), olha para o lado e vê a placa com os dizeres “Tinta fresca”, imediatamente você para (contração isométrica) e levanta (contração concêntrica). Bioquímica do Exercício <http://bioquimicaexercicio.blogspot.com/2010/12/formas- de-contracao-muscular.html> Atividade 1. Os músculos podem ser classificados de diversas formas, uma delas é quanto à sua funcionalidade, que é o papel desempenhado por eles durante o movimento. Marque das alternativas abaixo aquela que é uma Classificação Funcional dos músculos. a) Unipenados b) Digástrico c) Policaudados d) Antagonista e) Flexores 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 20/27 2. Os músculos servem como estruturas ativas do movimento, eles trabalham por meio de encurtamento e relaxamento e são classificados de dois tipos: liso e estriado. Dentre esses músculos um deles está em nosso coração, sobre esse músculo assinale a alternativa incorreta. a) Compõe a camada conhecida por miocárdio. b) É classificado como músculo liso. c) É classificado como músculo estriado. d) É de contração involuntária. e) Possui estriação transversal. 3. Os músculos apresentam algumas propriedades essenciais ao seu funcionamento, dentre as quais existe uma fazendo com que eles sejam capazes de responder a estímulos. Essa propriedade é conhecida como: a) Contratilidade b) Extensibilidade c) Irritabilidade d) Elasticidade e) Tonicidade 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 21/27 4. Correlacione a característica com a classificação dos músculos. a) Quanto à inserção. b) Quanto ao número de ventres. c) Quanto ao tipo de contração. d) Quanto à origem. e) Quanto à ação. Notas Encurtamento e alongamento Chamados de contração e relaxamento. Pontos de fixação Esses pontos de fixação podem ser tendões ou aponeuroses. Longos Onde ocorre o predomínio do comprimento. 1 2 3 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 22/27 Fonte: Drake, Vogl, Mitchell, 2009. Largos Onde existe uma equivalência entre comprimento e largura. Fonte: Sobotta, 2012. UNIPENADOS Quando as fibras estão presas em apenas uma das bordas do tendão. 4 5 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 23/27 (Fonte: Sobotta, 2012) BIPENADOS Quando as fibras estão presas nas duas bordas do tendão. estar presas em apenas uma das bordas do tendão. (Fonte: Sobotta, 2012) Longos Podem ser identificados como fusiformes, redondos (cilíndricos) e cônicos. (Fonte: Sobotta, 2012) Breves 6 7 8 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 24/27 Também chamados de curtos, apresentam dimensões pequenas. (Fonte: Sobotta, 2012) Largos Podem ser subdivididos em triangulares, romboides (semelhante paralelogramo) e quadrangulares. Músculo largo — M. latíssimo do dorso 9 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 25/27 (Fonte: Sobotta, 2012) Circulares Os músculos circulares recebem esse nome porque rodeiam canais ou orifícios. (Fonte: Sobotta, 2012) m. e mm. As siglas m. e mm. referem-se a músculo e músculos, respectivamente. 10 11 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 26/27 Referências DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia sistêmica e segmentar. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2000. DI DIO, Liberato J. A. Tratado de anatomia sistêmica aplicada. 2 ed. São Paulo, Atheneu, 2002. DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHELL, Adam W. M. Gray’s anatomia para estudantes. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005. DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHELL, Adam W. M.; TIBBITTS, Richard M.; RICHARDSON, Paul E. Gray’s atlas de anatomia. Rio de Janeiro, Elsevier, 2009. GILROY, Anne M.; Mac PHERSON, Brian R.; ROSS, Lawrence M. Atlas de anatomia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008. HANSEN, John T. Netter anatomia para colorir. 1. ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2007. MOORE, Keith L.; AGUR, Anne M. R. Fundamentos da anatomia clínica. 2. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2004. NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SNELL, Richard S. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1999. SOBOTTA, Johannes et al. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2012. VAN DE GRAAFF. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003. Próximos Passos A localização do coração; A função das valvas. Os vasos da base do coração Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. 14/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula3.html 27/27 Entenda a contração muscular assistindo à sequência desses vídeos. DE MEIS, Leopoldo. A contração muscular (Parte 1 de 4). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cIY22fO9A6o <https://www.youtube.com/watch?v=cIY22fO9A6o> >. Acesso em: 02 ago. 2018 _______. A contração muscular (Parte 2 de 4). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Klq_6JaTBBs <https://www.youtube.com/watch?v=Klq_6JaTBBs> >. Acesso em: 02 ago. 2018 _______. A contração muscular (Parte 3 de 4). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mcw6WDuU6Ww <https://www.youtube.com/watch?v=mcw6WDuU6Ww> >. Acesso em: 02 ago. 2018. _______. A contração muscular (Parte 4 de 4). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UNQwzkjrjN0 <https://www.youtube.com/watch?v=UNQwzkjrjN0> > . Acesso em: 02 ago. 2018. GUNTHER. Los três tipos de músculos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bJAFtgKXZ7M <https://www.youtube.com/watch?v=bJAFtgKXZ7M>>. Acesso em: 02 ago. 2018. Entenda as características de cada um dos músculos. TREINO em foco. O que é eletromiografia? Disponível em: <http://www.treinoemfoco.com.br/fisiologia-do-treino/o-que-e- eletromiografia/ <http://www.treinoemfoco.com.br/fisiologia-do-treino/o- que-e-eletromiografia/> >. Acesso em: 02 ago. 2018. Os músculos respondem a estímulos, esta resposta gera atividade elétrica nas células musculares. Entenda como podemos medir essa atividade. 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 1/23 Disciplina: Anatomia Sistêmica Aula 4: Sistema Cardiovascular Apresentação Nesta aula você irá identificar os componentes do sistema cardiovascular, reconhecendo o coração como órgão central desse sistema, apontando ainda sua localização na região do mediastino e seu posicionamento no corpo humano. Você também descreverá a morfologia interna do coração, identificando as valvas e suas funções, além da existência das cordas tendíneas e dos músculos papilares. Irá ainda identificar os vasos que chegam ao coração trazendo sangue e os que saem do coração levando sangue, conhecidos como vasos da base. Também entendera a função desses vasos na circulação sistêmica e na circulação pulmonar. Objetivos Identificar o posicionamento do coração; Descrever a morfologia interna do coração; Diferenciar as circulações sistêmica e pulmonar. 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 2/23 Histórico Você pode estar se perguntando se não seria “Sistema Circulatório”, mas a terminologia anatômica, em latim, trata o sistema como cardiovascular. Di Dio (2002) ressalta que, em sua essência, o termo circulatório representa apenas circular, algo que volta ao ponto de partida, mas também faz uma revisão etimológica citando que o termo circulator, no latim, fazia uma alusão a charlatão, termo usado por difamadores contra as descobertas do anatomista e médico William Harvey em 1628. Com isso, na mudança foi pensado em colocar o termo Sistema Vascular, já que o coração é um grande vaso, mas não daria sua importância necessária, e se fosse apenas Sistema Cardíaco estaria se negligenciando os demais vasos do corpo. Então, ficou mais adequado adotar a expressão Sistema Cardiovascular. Quem foi Liberato J. Di Dio? Clique aqui <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000200043> para ler o artigo em homenagem ao professor Di Dio. Após a revisão da terminologia em 2001, o professor Liberato Di Dio lançou o seu Tratado de Anatomia Sistêmica. Cabe ressaltar que o professor Di Dio era o secretário geral da Comissão Federativa da Terminologia Anatômica (FCAT), criada pela Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA) para discutir a terminologia anatômica. 1 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 3/23 Liberato J. Di Dio | Fonte: http://www.utoledo.edu/imap/img/structure/didio2.png <http://www.utoledo.edu/imap/img/structure/didio2.png.png> O sistema cardiovascular não possui comunicação com o meio exterior, ele é um sistema fechado que tem circulação de humores, o sangue e a linfa (a linfa será tratada na próxima aula). A principal função do sistema cardiovascular é levar, através do sangue, oxigênio e material nutritivo para as células. O sangue circula por uma extensa rede de vasos para realizar as trocas gasosas. Essas trocas ocorrem em vasos de calibre tão reduzidos que chegam à espessura de um fio de cabelo, por isso recebem o nome de capilares. 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 4/23 | Fonte: https://www.tuasaude.com/sistema- cardiovascular <https://www.tuasaude.com/sistema- cardiovascular/> Esse sistema tem um órgão responsável por bombear o sangue para essa extensa rede de vasos, e esse órgão funciona como uma bomba que se contrai e propulsiona o sangue, a essa bomba contrátil-propulsora chamamos coração. Coração Certamente, você já ouviu falar do coração, quer seja na escola durante as aulas de Ciências ou Biologia, quer seja quando se fala de sentimentos; uma referência ao aumento das batidas do coração quando estamos em algumas situações que nos deixam mais alegre, tristes, eufóricos ou ressabiados. Porém, nesta aula, estudaremos este órgão para conhecer as suas características, a sua localização, função etc. Já vimos que o coração é uma bomba contrátil-propulsora formado por um tecido muscular estriado cardíaco, de contração involuntária. Esse órgão muscular é dividido em três camadas: | Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/90/2004_Heart_Wall_gl.jpg> Como é o coração? • Tem a forma de um cone truncado. 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 5/23 • Apresenta uma base, que é superior e o ápice, que é inferior. • É delimitado anteriormente pelo osso esterno e as cartilagens costais, inferiormente pelo músculo diafragma e, lateralmente, pelas pleuras pulmonares. • Possui três faces, que são: esternocostal diafragmática pulmonar • Está posicionado de forma oblíqua, de maneira que a base fica nas partes superior e medial. Já o seu ápice fica na parte inferior e lateral à esquerda. • Encontra-se localizado na caixa torácica, acima do músculo diafragma, entre os dois sacos pleurais, atrás do osso esterno, no mediastino médio. Fonte: Sobotta, 2012. Agora, vamos estudar mais detalhadamente o nosso coração. 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 6/23 Pericárdio Trata-se de um saco fibrosseroso, cuja função é separar o coração dos demais órgãos do mediastino – evitando o atrito –, e limitar o enchimento cardíaco (pericárdio fibroso). O pericárdio é dividido em duas camadas: uma mais externa, que é o pericárdio fibroso, e outra mais interna, dividida em duas lâminas, que é o pericárdio seroso. O pericárdio seroso também se divide em duas lâminas, sendo uma mais externa forrando internamente o pericárdio fibroso e que recebe o nome de lâmina parietal; e outra intimamente relacionada ao coração chamada lâmina visceral (epicárdio). Entre as duas lâminas há uma cavidade, a cavidade pericárdica, cujo interior possui o líquido pericárdico com a função de lubrificar, evitando o atrito entre as lâminas. O pericárdio não contorna integralmente os vasos da base, formando recessos, que são chamados de seios. Um deles, o seio transverso do pericárdio, é de extrema importância para o cirurgião cardíaco, pois permite o desvio temporário de sangue por meio de clampeamento da aorta e do tronco pulmonar. | Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/ <https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema- cardiovascular/coracao/> 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 7/23 Septos e câmaras O coração possui quatro câmaras (cavidades) formadas por “paredes” colocadas dentro do coração, que recebem o nome de septos. Existe um septo que divide o coração em parte superior e inferior. Na parte superior ficam os átrios, e na parte inferior, os ventrículos. Esse septo recebe o nome de septo atrioventricular. Outro septo divide a parte superior do coração em átrio direito e átrio esquerdo. É chamado de septo interatrial. Por fim, há um septo que divide a parte inferior do coração em ventrículo direito e ventrículo esquerdo, que é o septo interventricular. Após essa divisão, identificamos as quatro câmaras do coração: | Fonte: Fonte: Netter, 2008. Complexo estimulante do coração 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 8/23 Você já deve ter escutado alguém falar que fez ou vai fazer um “eletro”, referindo-se a um exame do coração. Mas, afinal, o que é isso e para que serve? A pessoa referia-se a um exame chamado eletrocardiograma (ECG), que registrade forma gráfica as oscilações da atividade elétrica do músculo cardíaco. Essas oscilações seguem um padrão que estabelece o nível de normalidade da atividade cardíaca, porém podem ocorrer variações nesse padrão, sugerindo algum indício patológico. Como o impulso elétrico é muito rápido, todo o coração poderia receber o estímulo simultaneamente, resultando em um colapso e o órgão não saberia qual a sua ordem certa de contração. | Fonte: https://makeagif.com/gif/ <https://makeagif.com/gif/ecg-animation- electrical-changes-in-heart-rGaGQ9> Para que ocorra uma contração integrada entre átrios e ventrículos, existe um complexo estimulante do coração. O complexo estimulante do coração funciona da seguinte maneira: após receber os estímulos determinando aceleração ou redução dos batimentos cardíacos, o nó sinoatrial (marcapasso) irradia esse impulso por ambos os átrios por feixes internodais, gerando a contração atrial, em direção ao nó atrioventricular; 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 9/23 após sair do nó atrioventricular, o impulso segue pelo fascículo atrioventricular – única conexão normal entre átrio e ventrículos –, em direção aos ramos direito e esquerdo, e chega aos ramos subendocárdicos (antigas fibras de Purkinje), gerando a contração ventricular. | Fonte: https://physio4dummies.wordpress.com/2016 <https://physio4dummies.wordpress.com/2016/09/03/eletro- cardiaca-1/> 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 10/23 | Fonte: NETTER, 2008. Esqueleto fibroso do coração Em nível das aberturas das valvas existentes no coração, existe um esqueleto fibroso, identificado pela presença dos trígonos direito (entre o contorno posterior do óstio da aorta e o óstio das atrioventriculares) e esquerdo (entre o óstio da atrioventricular esquerda e o óstio da aorta). Esse esqueleto tem a função de formar o arcabouço do coração e ser ponto de origem da musculatura ventricular e inserção da musculatura atrial, além de servir com um isolante na condução elétrica. | Fonte: Sobotta, 2012. Valvas No septo atrioventricular encontramos dispositivos responsáveis por impedir o retorno do sangue para a câmara na qual ele se encontrava. Esses dispositivos são as valvas, e essas valvas são formadas pelo conjunto de válvulas (antigamente conhecidas como cúspides). 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 11/23 Para melhor entendimento, vamos descrever as valvas de acordo com a câmara na qual se encontram. No ventrículo direito há uma valva impedindo o retorno do sangue para o átrio direito, ela recebe o nome de valva atrioventricular direita e é composta por três válvulas: anterior, posterior e septal. Por ser composta por três válvulas, ela também é conhecida como valva tricúspide. | Fonte: https://www.heart-valve- surgery.com/ <https://www.heart-valve- surgery.com/Images/normal-heart-valve- animation.gif> Outra valva presente no ventrículo direito é a que impede o retorno do sangue do tronco pulmonar para o ventrículo direito, essa válvula é conhecida como valva do tronco pulmonar, composta por três válvulas semilunares: anterior, direita e esquerda. No ventrículo esquerdo também temos duas valvas, uma é a que impede o retorno do sangue para o átrio esquerdo – que recebe o nome de valva atrioventricular esquerda. Essa valva possui duas válvulas, que são as válvulas anterior e posterior. Por possuir somente duas válvulas, é também conhecida como valva bicúspide. 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 12/23 |Fonte: Sobotta, 2012. Saiba mais Essa válvula possui uma particularidade: alguns anatomistas a achavam semelhante a uma mitra . Por esse motivo, também é conhecida como valva mitral. Ainda no ventrículo esquerdo, temos uma valva de saída impedindo que o sangue retorne ao ventrículo após ir para artéria aorta. Essa recebe o nome de valva da aorta, e é composta por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior. As válvulas semilunares direita e esquerda possuem um orifício cada uma, chamado óstio da coronária, onde se originam as artérias coronárias que irrigam o coração. | Fonte: Netter, 2008. 2 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 13/23 Nutrição Arterial As coronárias surgem a partir das válvulas semilunares direita e esquerda, nas quais aparecem os óstios das artérias coronárias direita e esquerda. O refluxo do sangue que vai da aorta enche os “bolsos” formados pelas semilunares, escorrendo pelos óstios. Os orifícios estão localizados na parte superior das valvas e não imediatamente colados nelas, para prevenir o risco de colabamento. As coronárias direita e esquerda contornam, como se fosse uma coroa, o coração (daí seu nome). O primeiro ramo da coronária esquerda é a descendente anterior ou interventricular anterior. Após esta temos o ramo circunflexo e o marginal esquerdo. Estudos indicam que a coronária esquerda predomina em 60% dos casos. Em termos da coronária direita, temos um importante ramo chamado de nodal, que nutre o nó sinoatrial. Depois, ela prossegue e dá origem à marginal direita, e ao ramo interventricular posterior. Venosa Todo o sistema venoso do coração converge para o seio coronário, sendo que ele desemboca na veia cava inferior. As veias cardíacas mínimas drenam o sangue das paredes do coração. Morfologia das câmaras Você já viu que o coração possui quatro câmaras, que são os átrios e ventrículos direito e esquerdo. Agora vamos estudar a morfologia interna dessas câmaras e identificar que existem vasos chegando ou saindo de cada 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 14/23 uma delas. Vasos de base do coração Atrio Direito Veias cavas Superior Inferior Átrio Esquerdo Veias pulmonares Direita (2) Esquerda (2) Ventrículo Direito Tronco pulmonar Artéria pulmonar direita Artéria pulmonar esquerda Ventrículo Esquerdo Artéria aorta Ramo ascendente Arco ou cajado aórtico Ramo descendente | Fonte: Netter, 2008. O átrio direito tem um aspecto totalmente pregueado, internamente, formado pelos músculos pectíneos ou pectinados. Também existe uma área lisa. A crista terminal é um limite entre a área pectinada e a área lisa. Externamente, esta área é visível pela linha terminal. Apresenta também no septo interatrial (entre as veias cavas) a fossa oval, que possui o limbo da fossa oval. O óstio da veia cava inferior e o óstio coronário possuem válvulas com o mesmo nome. O átrio direito possui uma projeção lingular chamada de aurícula, que é o átrio primitivo. 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 15/23 | Fonte: Netter, 2008. No ventrículo direito observa-se um aspecto trabeculado nas paredes do ventrículo, as trabéculas cárneas. Em geral, temos três trabéculas mais desenvolvidas, os músculos papilares: 1 ANTERIOR Mais desenvolvido. 2 SEPTAL Que nasce no septo. 3 POSTERIOR Que nasce na parede posterior. O septo se une ao músculo papilar anterior pela trabécula septomarginal. Dos músculos papilares partem as cordas tendíneas, fazendo a ligação entre o músculo papilar e as válvulas. O músculo papilar anterior tem cordas tendíneas que se ligam à cúspide anterior e posterior; o músculo papilar posterior emite cordas tendíneas para a cúspide posterior e septal; o músculo papilar septal emite cordas tendíneas 17/09/2018 Estácio file:///W:/2018.2/anatomia_sistemica__DIS027__GON809__REF020/aula4.html 16/23 para a cúspide septal e anterior. Superiormente, o ventrículo direito se dirige para o cone arterial (ou infundíbulo), que é a área em direção ao tronco pulmonar. O aspecto trabeculado somente existe na região externa do cone arterial, limitado pela crista supraventricular. Fonte: Netter, 2008. O átrio esquerdo não possui