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“A escol� n� UBS…” Situação problema 2 - UC2 - 08/09/21 1)Descrever o ciclo menstrual relacionar com o eixo HHG; A duração do ciclo reprodutivo feminino varia de 24 a 36 dias, mas é adimitido a duração de 28 dias. Dividimos o ciclo em quatro fases: ❖ Fase Menstrual ➔ A fase menstrual, também chamada de menstruação, dura aproximadamente os primeiros cinco dias do ciclo. (Por convenção, o primeiro dia da menstruação marca o primeiro dia de um novo ciclo.) ➔ Durante a fase menstrual, vários folículos ováricos crescem e aumentam. A menstruação acontece porque o nível decrescente de hormônios ovarianos (progesterona e estrogênios) faz as artérias uterinas se contraírem. Como resultado, as células que irrigam se tornam privadas de oxigênio e começam a morrer. Finalmente, parte do endométrio se desprende. O fluxo menstrual passa da cavidade uterina para o colo do útero e, pela vagina, para o exterior. ❖ Fase pré-ovulatória ➔ A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação e a ovulação. A fase pré-ovulatória do ciclo é responsável pela maior parte da variação na extensão do ciclo. Em um ciclo de 28 dias, dura de 6 a 13 dias. Sob a influência do FSH, vários folículos continuam a crescer e começam a secretar estrogênios e inibidores. Por volta do 6º dia, um único folículo em um dos ovários amadurece antes do que todos os outros e se torna o folículo dominante. Estrogênios e inibidores secretados pelo folículo dominante diminuem a secreção do FSH, o que provoca a interrupção do crescimento e a degeneração dos outros folículos menos desenvolvidos. O folículo dominante se torna o folículo maduro (de Graaf). O folículo maduro continua a aumentar até que esteja pronto para a ovulação, formando uma protuberência vesicular na superfície do ovário. Durante a maturação, o folículo continua a aumentar sua produção de estrogênios, sob a influência de um nível crescente de LH. ➔ Com referência ao ciclo ovariano, a fase menstrual e a fase pré-ovulatória, em conjunto, são denominadas fase folicular, porque os folículos ováricos estão crescendo e se desenvolvendo. ➔ Estrogênios liberados no sangue por folículos ováricos em crescimento estimulam o reparo do endométrio. À medida que o endométrio se espessa, as glândulas endometriais curtas e retas se desenvolvem, e as arteríolas se espiralam e se alongam. ❖ Ovulação ➔ Ovulação, a ruptura do folículo maduro e a liberação do ovócito secundário na cavidade pélvica geralmente ocorrem no 14º dia em um ciclo de 28 dias. ➔ Os níveis elevados de estrogênios durante a última parte da fase pré-ovulatória exercem um efeito de retroalimentação positiva no LH e no GnRH. Um aumento no nível de estrogênios estimula o hipotálamo a liberar mais GnRH e a adeno-hipófise a produzir mais LH. O GnRH promove a liberação de ainda mais LH. O pico de LH resultante provoca a ruptura do folículo maduro e a expulsão de um ovócito secundário. Um teste caseiro isento de prescrição, que detecta o pico de LH associado à ovulação, é utilizado para predizer a ovulação com um dia de antecedência. ❖ Fase pós-ovulatória: ➔ A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o período entre a ovulação e o início da próxima menstruação. Essa fase tem duração mais constante e subsiste por 14 dias, a partir do 15o ao 28o dia em um ciclo de 28 dias. EVENTOS EM UM OVÁRIO : Após a ovulação, ocorre o co- lapso do folículo maduro. Estimuladas pelo LH, as células foliculares remanescentes aumentam e formam o corpo lúteo, que secreta progesterona, estrogênios, relaxina e inibina. Com referência ao ciclo ovariano, essa fase também é chamada de fase lútea. Eventos subsequentes dependem da fertilização do ovócito. Se o ovócito não for fertilizado, o corpo lúteo dura apenas duas semanas, após as quais sua atividade secretora declina e ocorre a degeneração em corpo albicante. À medida que os níveis de progesterona, estrogênios e inibina diminuem, a liberação de GnRH, FSH e LH se eleva, em razão da perda da supressão por retroalimentação negativa pelos hormônios ovarianos. Posteriormente, o crescimento folicular é retomado, e começa um novo ciclo ovariano. Se o ovócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o corpo lúteo persiste após sua vida útil normal de duas semanas. É “resgatado” da degeneração pela gonadotrofina coriônica humana, um hormônio produzido pelo embrião a partir de aproximadamente oito dias após a fertilização. Como o LH, a hCG estimula a atividade secretora do corpo lúteo. A presença de hCG no sangue ou na urina maternos é um indicador de gravidez e é também o hormônio detectado pelos testes caseiros de gravidez. EVENTOS NO ÚTERO A progesterona e os estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem o crescimento das glândulas endometriais, que começam a secretar glicogênio, e promovem a vascularização e o espessamento do endométrio. Essas mudanças preparatórias atingem um pico aproximadamente uma semana após a ovulação, no momento em que um óvulo fertilizado poderia chegar ao útero. 2) Descrever o funcionamento do eixo HHG. ❖ De forma simples e resumida, sabemos que tudo se inicia no hipotálamo, com a produção do GnRH, hormônio que irá estimular a hipófise a produzir FSH e LH que, por sua vez, irão agir nos ovários estimulando a ovulação. ❖ Para além disso, é importante a compreensão de forma mais detalhada da ação do FSH e do LH nos ovários, que se da seguinte forma: ➔ Primeiramente a hipófise produz o FSH, ou seja, ele é o primeiro hormônio do ciclo menstrual. O FSH age nos ovários promovendo o recrutamento dos folículos ovarianos e estes iniciam a produção de estrogênio, principalmente porque o FSH estimula a zona granulosa dos folículos, que produz esse estradiol. ➔ O estrogênio produzido vai gerar um feedback negativo na hipófise, inibindo a produção de FSH. Em resposta ao aumento exponencial da secreção do estradiol na fase folicular, os níveis de LH aumentam 10 vezes, e este hormônio vai estimular a teca do ovário a produzir a progesterona que irá promover a ovulação. ➔ Caso o óvulo seja fecundado, a progesterona será mantida pelo próprio embrião, evitando a descamação do endométrio. No entanto, caso o óvulo não seja fecundado, haverá uma queda da progesterona e, com isso, a menstruação. 3) Explicar o processo de gametogênese feminino. ★ Ovogênese ou ovulogênese: A formação de gametas nos ovários é denominada ovogênese. Diferentemente da espermatogênese, que começa nos homens na puberdade, a ovogênese começa nas mulheres antes mesmo de nascerem. Além disso, os homens produzem novos espermatozoides ao longo de toda a vida, ao passo que as mulheres já têm todos os óvulos de sua vida quando nascem. A ovogênese ocorre essencialmente da mesma maneira que a espermatogênese. Envolve meiose e maturação. MEIOSE I Durante o desenvolvimento fetal inicial, células nos ovários se diferenciam em ovogônias, que dão origem a células que se desenvolvem em ovócitos secundários. Antes do nascimento, a maioria dessas células se degenera, mas algumas se desenvolvem em células maiores chamadas ovócitos primários. Essas células começam a meiose I durante o desenvolvimento fetal, mas somente a completam após a puberdade. No nascimento de 200.000 a 2.000.000 de ovócitos primários permanecem em cada ovário. Desses, aproximadamente 40.000 permanecem na puberdade, mas apenas 400 continuam a amadurecer e ovulam durante a vida reprodutiva de uma mulher. O restante se degenera. Após a puberdade, hormônios secretados pela adeno-hipófise estimulam o recomeço da ovogênese mensalmente. A meiose I recomeça em vários ovócitos primários, embora em cada ciclo apenas um folículo normalmente alcance a maturidade necessária para ovulação. O ovócito primário diploide completa a meiose I, resultando em duas células haplóides de tamanhos desiguais, ambas com 23 cromossomos (n), com duas cromátides cada uma. A célula menor produzida pela meiose I, chamada de primeiro corpo polar, é essencialmente um pacote de material nuclear descartado; a célula maior, conhecida como ovócito secundário,recebe a maior parte do citoplasma. Assim que um ovócito secundário é formado, começa a meiose II, que em seguida para. O folículo no qual esses eventos estão ocorrendo – o folículo maduro (de Graaf) – logo se rompe e libera seu ovócito secundário, um processo conhecido como ovulação. MEIOSE II Na ovulação, geralmente um único ovócito secundário (com o primeiro corpo polar) é expelido para dentro da cavidade pélvica e varrido para dentro da tuba uterina. Se um espermatozoide penetrar o ovócito secundário (fertilização), a meiose II recomeça. O ovócito secundário se divide em duas células haploides (n) de tamanhos desiguais. A célula maior é o óvulo, ou ovo maduro; a menor é o segundo corpo polar. Os núcleos do espermatozoide e do óvulo então se unem, formando um zigoto diploide (2n). O primeiro corpo polar também pode sofrer outra divisão para produzir dois corpos polares. Se isso ocorrer, o ovócito primário, finalmente, dá origem a um único óvulo haplóide (n) e três corpos polares haploides (n). Desse modo, cada ovócito primário dá origem a um único gameta (ovócito secundário, que se torna um óvulo após a fertilização); em contrapartida, cada espermatócito primário produz quatro gametas (es- permatozoides). 4) Identificar os órgãos do sistema reprodutor feminino e suas respectivas funções. ❖ Ovários: são responsáveis por produzir as células reprodutivas femininas e os hormônios sexuais denominados de estrógeno e progesterona. ❖ Tubas Uterina: tem duas funções importantes, a primeira é transportar o óvulo dos ovários até o útero, e a segunda é que as tubas uterinas são os locais que ocorre a fecundação do óvulo pelo espermatozóide. ❖ Útero: serve de local para o desenvolvimento do bebê. ❖ Vagina: Sua função é dar saída ao fluxo menstrual e receber o pênis durante a relação sexual. ❖ Vulva: auxilia na proteção da abertura vaginal ❖ Glândulas mamárias: produção de leite 5) Listar e explicar os métodos contraceptivos e a orientação médica no uso deles. ❖ Pílula anticoncepcional: inibe a ovulação e, por isso, a mulher não entra no período fértil. Além disso, a pílula também impede a dilatação do colo do útero, diminuindo a entrada de espermatozóides e evitando que o útero tenha condições para o desenvolvimento de um bebê. Deve-se tomar 1 pílula por dia, sempre no mesmo horário até o fim da cartela, e depois fazer uma pausa de 4, 5 ou 7 dias, dependendo da pílula. ❖ DIU de cobre: é inserido no interior do útero e que evita uma possível gravidez, tendo um efeito que pode durar até 10 anos. Ele altera as condições dentro do útero da mulher, afetando o muco cervical, que fica mais espesso, o que afeta a mobilidade do espermatozóide, que não consegue alcançar o óvulo. Devido ao fato de haver liberação de íons de cobre no útero, há uma ação inflamatória e citotóxica, o que interfere na qualidade dos espermatozoides e induzem a sua morte. ❖ DIU Mirena ou hormonal: libera o hormônio levonorgestrel em seu corpo em uma taxa constante, mas em quantidades muito pequenas. Ele poderá ser utilizado por até 5 anos consecutivos, sendo indicado ainda para proteção contra hiperplasia endometrial, que é o crescimento excessivo da camada de revestimento interno do útero. ❖ Implante contraceptivo: é introduzido no braço da mulher entre o 1º e 5º dia do ciclo menstrual, sob anestesia local, e que atua liberando hormônios na corrente sanguínea de forma contínua de modo a prevenir a ovulação e promover a atrofia do endométrio, o que evita a gravidez. ❖ Anticoncepcional injetável: consiste na aplicação de uma injeção a cada mês ou a cada 3 meses, funciona de forma semelhante à pílula contraceptiva ❖ Camisinhas: A camisinha feminina protege contra infecções sexualmente transmissíveis como HPV, sífilis ou HIV. ❖ Camisinha feminina ou masculina: impede a passagem dos espermatozóides para o útero, protegendo a mulher das secreções masculinas. ❖ Adesivo anticoncepcional: funciona como a pílula tradicional, mas neste caso os hormônios estrogênio e progestogênio são absorvidos através da pele. ❖ Diafragma: consiste em um anel flexível, envolto por uma camada fina de borracha, que deve ter o diâmetro adequado ao tamanho do colo do útero, pode ser utilizado por 2 a 3 anos, é uma barreira que tem como objetivo impedir que o espermatozóide entre em contato com o óvulo, evitando a fecundação e a gravidez. ❖ Laqueadura: é feito um corte ou um torniquete nas trompas, que são fechadas, impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo. ❖ Vasectomia: feito um corte no canal por onde passam os espermatozóides dos testículos até às vesículas seminais, porém o homem embora deixe de ser fértil, continua ejaculando e não desenvolve impotência. Métodos naturais: ❖ Método do calendário: este método exige saber calcular o período fértil, por subtração de 11 dias ao ciclo mais longo e de 18 dias ao ciclo mais curto. ❖ Método da Temperatura: a temperatura do corpo é mais elevada após a ovulação e, para saber o momento do mês que a mulher é mais fértil deve medir a temperatura com um termômetro sempre no mesmo local; ❖ Método do muco: durante o período mais fértil a mulher tem muco mais grosso, semelhante a clara de ovo, que indica que as chances de engravidar são maiores. ❖ Método do coito interrompido: este método implica retirar o pênis do interior da vagina no momento em que o homem vai ejacular. 6) Discutir as influências ( sociais, morais e religiosas) para o início da prática sexual. ❖ Religião: ➔ Desde o primeiro estudo sobre sexualidade feminina, publicado em 1953, a religião já era considerada uma variável possivelmente associada à iniciação sexual pré-marital. Mais tarde, em uma revisão da literatura sobre adolescência e comportamento sexual. Religião, religiosidade e iniciação sexual na adolescência e juventude publicada entre 1980 e 2000, verificou-se que a religiosidade foi consistentemente associada ao adiamento da atividade sexual, de forma que, quanto maior sua influência, maior o tempo de adiamento; ➔ A religião tem efeitos diretos e indiretos sobre os adolescentes. Nove fatores operam sobre o comportamento sexual, divididos em três grandes grupos: ordem moral; competências aprendidas; e laços sociais e organizacionais; ➔ Ordem moral: ➢ Compreende tradições que promovem ideias sobre o que é bom ou ruim, certo ou errado, justo ou injusto, entre outros, de forma a orientar a consciência humana e motivar a ação dos indivíduos. Ela atua por meio de diretivas morais, experiências espirituais e modelos a serem seguidos; ➔ A influência da religião pode ser vista como uma força inibidora de certos comportamentos, inclusive o sexual, contribuindo para adiá-los, reduzi-los ou mesmo restringi-los, de forma direta ou indireta. ❖ Sociais: ➔ O desenvolvimento da sexualidade no adolescente é fortemente influenciado pela cultura ao qual o mesmo está inserido, pelos meios de comunicação que constantemente exibem mensagens com apelo sexual; ➔ Os meios de comunicação influenciam a vida do adolescente de forma direta, seja na construção do saber, na formação do caráter e valores morais ou mesmo na transmissão de valores distorcidos que se tornam maléficos e prejudiciais para o seio familiar e para a sociedade em geral; ❖ Familiar: ➔ Na maioria das famílias os pais não obtêm mais o alto poder de influência na educação dos adolescentes, pois esse dever foi assumido em parte, pelos programas de televisão, que não cansam de exibir sexo, traição, vingança, ódio, amor, mas como sempre tendo um final feliz, ou melhor, dizendo o jovem nas novelas tem relações sexuais sem responsabilidades, mas no final do roteiro sempre tem um eterno final feliz, como nos contos de fábulas. Porém, a realidade é bem diferente da ficção, ao qual não mostra os inúmeros riscos que são adquiridos na relação sexual sem responsabilidade e conscientização, como doenças sexualmente transmissíveis, uma gravidez indesejada, aborto entre outros; ➔ É deficiente o diálogo dos pais com os adolescentes sobre sexualidade, entretanto, é de extremaimportância que os responsáveis tenham consciência sobre a responsabilidade da educação sexual que deve ser construída na vida do adolescente. Para amenizar tal situação, os profissionais da educação precisam estabelecer uma relação de confiança entre os alunos para que os mesmos possam ter liberdade e fazer perguntas dentro de projetos sobre orientação sexual e também criar métodos para envolver os pais nessa caminhada, conscientizando-os da importância do seu papel para instrução dos filhos na área sexual. ❖ Morais e legais: ➔ A virgindade é considerada importante para quase a totalidade das meninas, resultado de uma educação norteada pela cultura patriarcal. Observamos uma grande porcentagem de meninos que consideram a virgindade um valor a ser preservado, mas supõe-se que estejam se referindo a virgindade das meninas com quem eles se relacionam e não a sua própria virgindade; 7) Conhecer as formas de abordagem da sexualidade no contexto da vida dos adolescentes. ❖ A escola complementa o que é iniciado no lar, suprindo lacunas, combatendo preconceitos, desenvolvendo respeito pelo corpo e pelos sentimentos. Neste sentido, percebe-se a importância do professor na função natural de educador sexual no ambiente escolar, e a necessidade de renovação contínua dos seus próprios conhecimentos sobre sexualidade, para cumprimento eficaz de seu papel. Muitas vezes os pais consideram delicado abordar questões de sexualidade com seus filhos adolescentes, justamente por não terem muito claro o que aconteceu com eles próprios, atribuindo essa responsabilidade à escola, e esta, por sua vez, apresenta dificuldade em cumprir tal tarefa; ❖ A melhor maneira de tratar sobre o tema é conhecer como se dá o desenvolvimento psicossexual do ser humano e estabelecer um discurso tanto com crianças, quanto com adolescentes sobre o desenvolvimento sexual, visando a saúde, os afetos e o prazer. ❖ A teoria que muito contribui para o entendimento da sexualidade humana é a Psicanálise ❖ Os professores não recebem treinamento e os adolescentes ressentem-se da falta de uma fonte segura de informações. Essas constatações levaram à necessidade de compreender melhor as limitações e as dificuldades dos professores tange a questão da educação sexual ❖ Procure momentos naturais para abordar o assunto novamente, por exemplo, quando o assunto sexo aparecer em um programa de TV ou quando falar sobre coisas que outras crianças lhe disseram. Isso criará um diálogo aberto e ajudará sua filha a entender que ela pode abordar o assunto sempre que surgirem dúvidas. 8) Listar e explicar a avaliação médica para a identificação da puberdade nas meninas. ❖ Surgimento de broto mamário (telarca) ou pelos pubianos (pubarca) antes dos 8 anos; ❖ Sangramento menstrual (menarca) antes de 9 anos de idade. ❖ LH, FSH, estradiol ⇒ Por meio de uma amostra de sangue, é possível mensurar os níveis do hormônio luteinizante (LH), que, se estiverem altos, confirmam a ativação do eixo hipotálamo-hipófise gônadas ❖ Raio-X de idade óssea de mão e punho; ❖ Ultrassonografia pélvica e abdominal ⇒ Permite avaliar se o útero e os ovários apresentam características de estímulo hormonal e ajuda a descartar outros problemas que podem estar por trás dos sintomas, como cistos ovarianos e tumores. De acordo com o Ministério da Saúde, essa informação é especialmente útil em meninas menores de 3 anos, quando a simples dosagem de LH nem sempre é precisa. 9) Identificar as mudanças físicas e psicológicas durante a puberdade. ★ Fatores que influenciam à puberdade: ➢ Nutrição e saúde em geral: Nos Estados Unidos, atualmente, a puberdade começa cerca de três anos antes do que há um século. As razões provavelmente incluem melhorias na nutrição e saúde em geral. ➢ Peso: A puberdade tende a começar mais cedo nas meninas que estão um pouco acima do peso e tende a começar mais tarde em meninas que estão muito abaixo do peso e subnutridas. ➢ Genética: A puberdade ocorre mais cedo nas meninas cujas mães amadureceram cedo. ➢ Grupo étnico: A puberdade tende a começar mais cedo em negros e hispânicos do que em asiáticos e brancos não hispânicos. ❖ A primeira mudança da puberdade geralmente inicia-se com crescimento de seios (desenvolvimento das mamas); ★ Desenvolvimento dos seios: ➢ O desenvolvimento das mamas acontecem por etapas. Primeiro surgem pequenos caroços sob os mamilos e aos poucos eles ficam maiores e mais cheios. É comum que em alguns casos eles fiquem doloridos. ➢ O desenvolvimento completo das mamas pode levar até 3 anos para acontecer e muitas vezes as meninas apresentam curiosidade e ansiedade para saber de que tamanho ficarão. ➢ É normal que um seio cresça mais que o outro no início da puberdade, entretanto essa diferença é compensada mais tarde. Mulheres adultas costumam ter seios assimétricos, porém a diferença costuma ser bem pequena. ★ Curvas do corpo: ➢ A pélvis cresce bastante nessa fase e o quadril começa a ficar mais largo enquanto a cintura diminui. ➢ Com o desenvolvimento concomitante dos seios, o corpo ganha certa forma e aquele desconforto do início do estirão puberal aos poucos vai passando. ➢ O aumento de peso fica ainda mais perceptível, porém não há motivo para alarme. Continue cuidando da alimentação e incentivando a prática de exercícios físicos ideais para a fase infanto-juvenil. Lembre-se: ganhar peso na puberdade é perfeitamente normal. ★ Surgimento dos pelos: ➢ No início da puberdade a região pubiana começa a apresentar pelos macios e pouco volumosos e, com o passar do tempo, eles ficam mais ondulados e compridos. É nessa fase que os pelos das axilas também começam a crescer. ★ Desenvolvimento dos Órgãos Genitais: ➢ Os órgãos genitais também crescem durante a puberdade. Os pequenos e grandes lábios, partes integrantes da vulva, se desenvolvem acompanhando as mudanças internas do comprimento do canal vaginal e aumento de tamanho do útero. ★ Secreção e menstruação: ➢ Pode ser que as garotas estranhem o início das secreções vaginais. É importante explicar que são resultantes de processos naturais do corpo para proteger e limpar a vagina. ➢ O momento da menarca – a primeira menstruação – é um marco na vida de toda mulher e merece atenção especial. ➢ Durante a puberdade é normal que as menstruações sejam imprevisíveis, com intervalos de até 6 meses entre um ciclo e outro. Os sangramentos também tendem a ser irregulares e a duração deles pode variar de 1 a 10 dias. ➢ Inclusive, é possível que ocorram sangramentos entre os ciclos menstruais. Aos poucos o corpo vai se adaptando e a regularidade da menstruação surge gradativamente ao longo de um processo que pode levar 2 anos para ser concluído. https://www.ayrozaribeiro.com.br/materias/higiene-da-regiao-intima-feminina/ ➢ O importante é apoiar as meninas e garantir segurança e conforto. Estabelecer uma linha de diálogo franco e aberto também ajudar a transmitir confiança. ➢ A puberdade é um momento delicado em que dúvidas e inseguranças ocorrem, entretanto é passageiro. ❖ Pouco depois, os pelos pubianos e os pelos das axilas começam a crescer; ❖ O crescimento repentino (“estirão”) que acompanha a puberdade normalmente tem início quando os pelos pubianos e os pelos das axilas começam a crescer; ❖ O crescimento é relativamente mais rápido no início da puberdade (antes do início dos períodos menstruais) e atinge o ápice aproximadamente aos 12 anos de idade; ❖ O intervalo entre o desenvolvimento da mama até a primeira menstruação (menarca) é, geralmente, de cerca de dois a três anos; ❖ É provável que as meninas começam a transpirar mais do que antes da puberdade. O desenvolvimento das glândulas sudoríparas faz parte do processo. Pode ser um momento propício para conversar sobre o possível início do uso de desodorantes. ❖ Alterações hormonais: ➔ O ciclo feminino é controlado por substâncias químicas que conhecemos pelo nome de hormonas. Durante a infância, estas hormonas estão latentes e é quando chega a puberdade que o nosso corpo começa a produzi-las; ➔ O nossoprincipal órgão produtor de hormonas são os ovários. A secreção das hormonas femininas não se mantém constante ao longo do ciclo hormonal ➔ As suas variações estão intimamente ligadas às fases do ciclo menstrual ➔ As principais hormonas que intervêm no ciclo menstrual são as seguintes: FSH, estrogénios, LH e progesterona. ★ O que a hormona FSH faz? ➢ A hormona folículo-estimulante, ou FSH, é produzida pela glândula pituitária, que está situada no cérebro. É a responsável por estimular o amadurecimento do óvulo no ovário. O óvulo está envolvido por uma camada de tecido chamado folículo. Começamos a produzir esta hormona a partir da puberdade. ★ Qual é a função do estrogênio? ➢ Os estrogénios são produzidos pelos ovários e têm por missão alertar o útero para que comece a desenvolver o endométrio, membrana interior do útero, para receber uma possível gravidez. Os estrogénios são produzidos durante a fase de amadurecimento do óvulo e, quando atingem determinada quantidade, estimulam outra hormona hipofisária, a hormona luteinizante ★ Qual a função do LH? ➢ A hormona luteinizante, ou LH, é a responsável por colocar o folículo em funcionamento de modo a que se abre, liberando o óvulo do nosso ovário. O óvulo desce pelas trompas de Falópio em direção ao útero. https://www.ausonia.pt/pt-pt/artigos/o-meu-periodo-e-eu/fases-do-ciclo-menstrual ★ Função da progesterona? ➢ A progesterona é a responsável por iniciar a produção de endométrio após a ovulação. É produzida pelas células que se encontram no folículo uma vez vazio. Deste modo, prepara o nosso organismo para uma possível gravidez e cria as condições necessárias para a conceção. Se o óvulo não for fecundado e não houver gravidez, os níveis de progesterona diminuem, fazendo com que o endométrio se desprenda e, em consequência, o período venha 10) Definir: menarca, cubarca e telarca. ❖ Menarca: ➔ Menarca é o nome dado à primeira menstruação da mulher e é uma das últimas fases da puberdade; ➔ O primeiro ciclo tende a acontecer entre os 10 e 15 anos, podendo variar conforme o estilo de vida, histórico de menstruação das mulheres da família, hábitos alimentares, alterações hormonais, entre outros fatores; ➔ A menarca costuma ser associada à feminilidade e à fertilidade, por isso, o início da menstruação, em algumas culturas, é cercado por tabus e significados que impactam na vida das mulheres. Isso porque, a partir da primeira menstruação, outros processos fisiológicos acontecem e levam ao início da maturação sexual da mulher. Entre eles estão o aparecimento das mamas (telarca), surgimento de pêlos (pubarca), desenvolvimento do aparelho genital e, por fim, o começo da ovulação, que define a capacidade reprodutiva feminina. ❖ Pubarca: ➔ É o aparecimento dos primeiros pelos pubianos; ➔ Refere-se ao primeiro aparecimento de pelos pubianos em um adolescente. É uma das mudanças físicas da puberdade, e pode acontecer independentemente de uma puberdade completa. ❖ Telarca: ➔ É o aparecimento do broto mamário entre 8 e 13 anos. É o primeiro sinal da puberdade feminina, seguido do surgimento de pelos pubianos (pubarca) e axilares, e posteriormente da menarca. ➔ Essas transformações normalmente são dolorosas e a princípio unilateral e prossegue até o seu desenvolvimento total que ocorre geralmente em 4 anos. ➔ A telarca pode ser assimétrica ou unilateral no início do desenvolvimento puberal. ➔ O desenvolvimento da mama foi classificado por Marchall e Tanner em 5 estágios, de acordo com a evolução: ➢ estágio 1) é a elevação da papila (pré puberal); ➢ estádio 2) elevação discreta da papila, com aumento do diâmetro areolar (broto mamário); ➢ estágio 3) maior elevação da mama e da papila sem separação dos contornos da aréola e mama; ➢ estágio 4)separação dos contornos da aréola da mama; ➢ estágio 5) mama e aréola no mesmo plano, e projeção exclusiva da papila. ➔ O desenvolvimento das mamas depende dos hormônios sexuais e não se faz de forma simétrica. É normal o aparecimento de apenas um dos brotos mamários, acompanhado de dor, que pode erroneamente ser confundido com mastite ou tumor. A assimetria mamária na fase do desenvolvimento também pode ocorrer, até o desenvolvimento completo da mama, que ocorre entre os 16 e 18 anos de idade.
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