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Riscos do uso de Glicocorticoides Inalatórios

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Riscos do uso de Glicocorticoides Inalatórios
Os riscos do uso de glicocorticoides inalatórios no tratamento da asma são extremamente baixos e não há indícios de que gere risco de vida para o paciente, contudo a administração de altas doses em períodos curtos pode gerar alterações sistêmicas que podem ser detectadas. 
Supressão do eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal
Ao serem administradas doses altas, é possível detectar anormalidades nos níveis de cortisol, sendo observada também a ocorrência comum de hipoglicemia nos pacientes usuários de glicocorticoides inalatórios, sendo estas observações associadas à alteração dos níveis de cortisol, que acabam interferindo na glicemia do paciente, já que o cortisol é um hiperglicemiante.
Metabolismo Ósseo
Estudos mostram que há uma relação entre o uso de glicocorticoides, a longo prazo, e o desenvolvimento de osteoporose em pacientes asmáticos.
Os glicocorticoides agem inibindo a formação óssea e estimulando a reabsorção óssea agindo diretamente sobre os osteoblastos e osteoclastos. Outros fatores que contribuem para o processo é a inibição da reabsorção tubular renal e intestinal de cálcio, contribuindo para o aparecimento de hiperparatireoidismo secundário; diminuição da secreção de hormônios sexuais, sendo esta uma causa estabelecida de osteoporose, e na osteoporose induzida por Glicocorticóides é um fator associado que pode agravar a perda óssea.
Catarata
Apesar do aparecimento da catarata com uso do glicocorticoides ser amplamente reconhecido, o mecanismo pelo qual isto acontece não está elucidado . Sabe-se apenas que, assim como a osteoporose, esta é uma complicação relativamente comum em pacientes que fazem uso prolongado de glicocorticoides.
Efeitos Neurológicos
Alguns casos de mania, euforia, insônia, terror noturno e sonolência. Não foi elucidado o mecanismo pelo qual estes efeitos seriam gerados, mas acredita-se que a absorção sistêmica pode ser um fator que contribua para o aparecimento destes sintomas em pacientes com predisposição genética.
Diminuição do crescimento
O Glicocorticóide pode, paradoxalmente, inibir ou estimular o hormônio de crescimento (GH) endógeno. Ou seja, um mínimo de Glicocorticóide é indispensável para a produção do GH. Porém, o Glicocorticóide antagoniza os efeitos do GH nos órgãos alvo, pois inibe a mitose do condrócito e a síntese do colágeno. Os pacientes tratados com Glicocorticóide podem ter o IGF-I (Fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1) normal, diminuído ou até aumentado. No entanto, a atividade do IGF-I cai muito com a administração do Glicocorticóide oral. Ou seja, pode inibir vários fatores do processo do crescimento linear.
BORBA, Victória Zeghbi C.; LAZARETTI-CASTRO, Marise. Osteoporose induzida por glicocorticóide. Arq Bras Endocrinol Metab,  São Paulo,  v. 43,  n. 6, Dec.  1999 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000600011&lng=en&nrm=iso>. access on  02  July  2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27301999000600011
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SETIAN, NUVARTE. Inalação de corticóides e crescimento. Rev. Assoc. Med. Bras.,  São Paulo,  v. 48,  n. 4, Dec.  2002 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400009&lng=en&nrm=iso>. access on  02  July  2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302002000400009.
Geddes DM. Inhaled corticosteroids: benefits and risks. Thorax 1992;47:404–7.

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