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CIMENTO PORTLAND CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
MARIANA MYSZAK 
 
 
 
 
 
 
CIMENTO PORTLAND – CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E 
APLICAÇÕES 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO ACADÊMICO 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1 
 
 
 
 
 
ITAPEJARA D’ OESTE 
2021 
1 
 
1. CONCEITOS 
O cimento Portland é o material de construção de mais extenso uso no 
mundo. Apesar de sua invenção ter ocorrido há mais de um século e, em nosso 
País, sua efetiva produção ter-se iniciado há cerca de 75 anos, muitos ainda 
fazem uso dele sem conhecê-lo com maior rigor. 
Cimento Portland é a denominação convencionada mundialmente para o 
material usualmente conhecido na construção civil como cimento. O cimento 
Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, 
que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, mesmo que seja 
novamente submetido à ação da água, o cimento Portland não se decompõe 
mais. O cimento Portland, misturado com água e outros materiais de construção, 
tais como a areia, a pedra britada, o pó-de-pedra, a cal e outros, resulta nos 
concretos e nas argamassas usadas na construção de casas, edifícios, pontes, 
barragens etc. As características e propriedades desses concretos e argamassas 
vão depender da qualidade e proporções dos materiais com que são compostos. 
Dentre eles, entretanto, o cimento é o mais ativo, do ponto de vista químico. 
Pode-se dizer que o cimento é o principal responsável pela transformação da 
mistura dos materiais componentes dos concretos e das argamassas no produto 
final desejado (uma laje, uma viga, um revestimento etc.). 
Portanto, é de fundamental importância utiliza-lo corretamente. Para isto, é 
preciso conhecer bem suas características e propriedades, para poder aproveita- 
-las da melhor forma possível na aplicação que se tem em vista. 
O cimento Portland foi criado por um construtor inglês, Joseph Aspdin, que o 
patenteou em 1824. Nessa época, era comum na Inglaterra construir com pedra 
de Portland, uma ilha situada no sul do país. Como o resultado da invenção de 
Aspdin se assemelhou na cor e na dureza a essa pedra de Portland, ele registrou 
esse nome em sua patente, por esse motivo que o cimento é chamado cimento 
Portland. 
Há tempos havia no Brasil, praticamente, um único tipo de cimento Portland, 
porém, com a evolução dos conhecimentos técnicos sobre o assunto, foram 
sendo fabricados novos tipos. A maioria dos tipos de cimento Portland hoje 
existentes no mercado servem para o uso geral. Alguns deles, entretanto, tem 
certas características e propriedades que os tornam mais adequados para 
2 
 
determinados usos, permitindo que se obtenha um concreto ou uma argamassa 
com a resistência e durabilidade desejadas, de forma bem econômica. 
 
2. COMPOSIÇÃO DO CIMENTO PORTLAND 
 
Uma das melhores maneiras de conhecer as características e propriedades dos 
diversos tipos de cimento Portland é estudar sua composição. 
O cimento Portland é composto de clínquer e de adições. O clínquer é o principal 
componente e está presente em todos os tipos de cimento Portland. As adições 
podem variar de um tipo de cimento para outro e são elas, principalmente, que 
definem os diferentes tipos de cimento. 
 
2.1. Clínquer 
 
O clínquer tem como matérias-primas o calcário e a argila, ambos obtidos de 
jazidas em geral situadas nas proximidades das fábricas de cimento. A rocha 
calcária é primeiramente britada, depois moída e em seguida misturada, em 
proporções adequadas, com argila moída. A mistura formada atravessa então um 
forno giratório de grande diâmetro e comprimento, cuja temperatura interna chega a 
alcançar 1450ºC. O intenso calor transforma a mistura em um novo material, 
denominado clínquer, que se apresenta sob a forma de pelotas. Na saída do forno, o 
clínquer, ainda incandescente, é bruscamente resfriado para posteriormente ser 
finamente moído, transformando-se em pó. 
O clínquer em pó tem a peculiaridade de desenvolver uma reação química em 
presença de água, na qual ele, primeiramente, torna-se pastoso e, em seguida, 
endurece, adquirindo elevada resistência e durabilidade. Essa característica 
adquirida pelo clínquer, que faz dele um ligante hidráulico muito resistente, e esta é 
sua propriedade mais importante. 
 
2.2. Adições 
 
As adições são outras matérias-primas que, misturadas ao clínquer na fase de 
moagem, permitem a fabricação dos diversos tipos de cimento Portland hoje 
3 
 
disponíveis no mercado. Essas outras matérias-primas são o gesso, as escórias de 
alto-forno, os materiais pozolânicos e os materiais carbonáticos. 
O gesso tem como função básica controlar o tempo de pega, isto é, o início do 
endurecimento do clínquer moído quando este é misturado com água. Caso não se 
adicionasse o gesso à moagem do clínquer, o cimento, quando entrasse em contato 
com a água, endureceria quase que instantaneamente, o que inviabilizaria seu uso 
nas obras. Por isso, o gesso é uma adição presente em todos os tipos de cimento 
Portland. A quantidade adicionada é pequena: em geral, 3% de gesso para 97% de 
clínquer, em massa. 
As escórias de alto-forno são obtidas durante a produção de ferro-gusa nas 
indústrias siderúrgicas e se assemelham aos grãos de areia. Antigamente, as 
escórias de alto-forno eram consideradas como um material sem maior utilidade, até 
ser descoberto que elas também tinham a propriedade de ligante hidráulico muito 
resistente, ou seja, que reagem em presença de água, desenvolvendo 
características aglomerantes de forma muito semelhante à do clínquer. Essa 
descoberta tornou possível adicionar a escória de alto-forno à moagem do clínquer 
com gesso, guardadas certas proporções, e obter como resultado um tipo de 
cimento que, além de atender plenamente aos usos mais comuns, apresenta 
melhoria de algumas propriedades, como maior durabilidade e maior resistência 
final. 
Os materiais pozolânicos são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas 
fossilizadas encontradas na natureza, certos tipos de argilas queimadas em 
elevadas temperaturas (550ºC a 900ºC) e derivados da queima de carvão mineral 
nas usinas termelétricas, entre outros. Da mesma forma que no caso da escória de 
alto-forno, pesquisas levaram à descoberta de que os materiais pozolânicos, quando 
pulverizados em partículas muito finas, também passam a apresentar a propriedade 
de ligante hidráulico, se bem que de forma distinta. Isto porque não basta colocar os 
materiais pozolânicos, sob forma de pó muito fino, em presença de água, para que 
passem a desenvolver as reações químicas que os tornam primeiramente pastosos 
e depois endurecidos. A reação só vai acontecer se, além da água, os materiais 
pozolânicos moídos em grãos finíssimos também forem colocados em presença de 
mais um outro material. O clínquer é justamente um desses materiais, pois no 
processo de hidratação libera hidróxido de cálcio (cal) que reage com a pozolana. 
4 
 
Esse é o motivo pelo qual a adição de materiais pozolânicos ao clínquer moído 
com gesso é perfeitamente viável, até um determinado limite. E, em alguns casos, é 
até recomendável, pois o tipo de cimento assim obtido ainda oferece a vantagem de 
conferir maior impermeabilidade, por exemplo, aos concretos e às argamassas. 
Outros materiais pozolânicos têm sido estudados, tais como as cinzas resultantes 
da queima de cascas de arroz e a sílica ativa, um pó finíssimo que sai das chaminés 
das fundiárias de ferro-silício e que, embora em caráter regional, já tem seu uso 
consagrado no Brasil, a exemplo de outros países tecnologicamente mais 
avançados. 
Os materiais carbonáticos são rochas moídas, que apresentam carbonato de 
cálcio em sua constituição tais como o próprio calcário. Tal adição serve também 
para tornar os concretos e as argamassas mais trabalháveis, porque os grãos ou 
partículas desses materiais moídos têm dimensõesadequadas para se alojar entre 
os grãos ou partículas dos demais componentes do cimento, funcionando como um 
verdadeiro lubrificante. Quando presentes no cimento são conhecidos como fíler 
calcário. 
Conclui-se, pois que, de todas as adições, o gesso não pode, em hipótese 
alguma, deixar de ser misturado ao cimento, e que as demais matérias-primas 
adicionadas (escória de alto-forno, materiais pozolânicos e materiais carbonáticos) 
são totalmente compatíveis com o principal componente do cimento Portland – o 
clínquer – acabando por conferir ao cimento pelo menos uma qualidade a mais. 
 
Figura 1 – Esquema com as transformações mineralógicas no interior do forno de clínquer, em função 
da temperatura (adaptado de WOLTER, 1985). 
5 
 
3. NORMAS TÉCNICAS E CONTROLE DE QUALIDADE DO CIMENTO 
PORTLAND 
 
As determinações da qualidade e da quantidade das matérias-primas que vão 
constituir os diversos tipos de cimento Portland não podem ser feitas atendendo 
simplesmente à vontade unilateral de um produtor ou de um consumidor. No país, a 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) prepara e divulga normas 
técnicas que são usadas no mercado como padrão de referência. As normas 
técnicas definem não somente as características e propriedades mínimas que os 
cimentos Portland devem apresentar como, também, os métodos de ensaio 
empregados para verificar se esses cimentos atendem às exigências das 
respectivas normas. 
Existem no Brasil 56 fábricas de cimento Portland e todas elas atendem às 
exigências das normas técnicas determinadas pela ABNT. 
A qualidade é aferida pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), 
entidade de Utilidade Pública Federal, com base nas normas da ABNT e nos 
princípios do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(INMETRO). Quando um saco de cimento apresenta o Selo de Qualidade ABCP, 
isto significa que o produto nele contido est· de acordo com as normas técnicas 
brasileiras, ou que atende a essas normas, ou, ainda, que foi produzido em 
conformidade com as exigências dessas normas. 
 
 
4. PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO PORTLAND 
 
Existem no Brasil vários tipos de cimento Portland, diferentes entre si, 
principalmente em função de sua composição. Os principais tipos oferecidos no 
mercado, ou seja, os mais empregados nas diversas obras de construção civil são: 
 
 Cimento Portland comum; 
 Cimento Portland composto; 
 Cimento Portland de alto-forno; 
 Cimento Portland pozolânico. 
 
6 
 
Em menor escala são consumidos, seja pela menor oferta, seja pelas 
características especiais de aplicação os seguintes tipos de cimento: 
 
 Cimento Portland de alta resistência inicial; 
 Cimento Portland resistente aos sulfatos; 
 Cimento Portland branco; 
 Cimento Portland de baixo calor de hidratação; 
 Cimento Portland para poços petrolíferos. 
 
Todos os tipos de cimento mencionados são regidos por normas da ABNT, que 
dispõe de escritórios ou representações espalhadas pelo país, nos quais poderão 
ser adquiridas essas normas. 
4.1. Cimento CP-I (NBR 5.732) ou Cimento Portland Comum 
 
Recebe este nome porque não possui nenhum tipo de aditivo, apenas o gesso, 
que tem a função de retardar o início de pega do cimento para possibilitar mais 
tempo na aplicação. Tem alto custo e menos resistência. Sua produção é 
direcionada para a indústria. Classe de resistência: 25 MPa. 
 
4.2. Cimento CP-II (NBR 11.578) ou Cimento Portland Composto 
 
Assim conhecido porque tem a adição de outros materiais na sua mistura, que 
conferem a este cimento um menor calor de hidratação, ou seja, ele libera menos 
calor quando entra em contato com a água. O CP-II é apresentado em três opções: 
CP-II E – cimento Portland com adição de escória de alto-forno; CP-II Z – cimento 
Portland com adição de material pozolânico; e CP-II F – cimento Portland com 
adição de material carbonático – fíler. Classe de resistência: 25, 32 e 40 Mpa. 
 
4.3. Cimento CP-III (NBR 5.735) ou Cimento Portland de Alto-forno 
 
Tem em sua composição de 35% a 70% de escória de alto-forno. Apresenta 
maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação, assim 
como alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado, além de ser 
https://www.aecweb.com.br/guia/p/gesso_1_71_0_1_0
7 
 
resistente a sulfatos. É menos poroso e mais durável. Classe de resistência: 25, 32 e 
40 MPa. 
 
4.4. Cimento CP-IV (NBR 5.736) ou Cimento Portland Pozolânico 
 
Tem em sua composição de 15% a 50% de material pozolânico. Por isso, 
proporciona estabilidade no uso com agregados reativos e em ambientes de ataque 
ácido, em especial de ataque por sulfatos. Possui baixo calor de hidratação, o que o 
torna bastante recomendável na concretagem de grandes volumes e sob 
temperaturas elevadas. É pouco poroso, sendo resistente à ação da água do mar e 
de esgotos. Classe de resistência: 25 e 32 MPa. 
 
4.5. Cimento CP-V ARI (NBR 5.733) ou Cimento Portland de Alta Resistencia 
 
Em função do seu processo de fabricação, tem alta reatividade nas primeiras 
horas de aplicação, fazendo com que atinja resistências elevadas em um curto 
intervalo de tempo. Ao final dos 28 dias de cura, também atinge resistências maiores 
que os cimentos convencionais. É muito utilizado em obras industriais que exigem 
um tempo de desforma menor. É recomendado apenas para a fabricação de 
concretos. 
 
4.6. Cimento RS (NBR 5.737) ou Cimento Portland Resistente a Sulfatos 
 
Os materiais sulfatados estão presentes em redes de esgoto, ambientes 
industriais e água do mar. Sendo assim, seu uso é indicado para construções 
nesses ambientes. 
 
4.7. Cimento Branco (NBR 12.989) ou Cimento Portland Branco (CPB) 
 
Tem como principal característica a cor branca, que é conseguida através de 
matérias-primas com baixo teor de manganês e ferro e utilização do caulim no lugar 
da argila. Existem dois tipos de cimento branco. Um deles é o estrutural, indicado 
para fins arquitetônicos. Além dele, há o não estrutural, indicado para rejunte de 
cerâmicas. 
8 
 
4.8. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) / (NBR 13.116) 
 
Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor 
em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de 
origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento. 
 
5. APLICAÇÕES 
 
É preciso esclarecer que todos os tipos de Cimento Portland são adequados a 
todos os tipos de estrutura e aplicações. Existem, entretanto, alguns tipos de 
cimento que são mais vantajosos ou recomendáveis para determinados usos. 
Sendo assim, os cimentos CP I e CP II se destinam a aplicações gerais. “Este 
último é o mais encontrado no mercado (>60%) e o mais consumido, ao passo que o 
CP I, apesar de normalizado, quase não é mais produzido no Brasil, sendo 
geralmente fornecido apenas sob encomenda”, afirma o gerente do laboratório da 
ABCP. 
As principais vantagens na utilização dos Cimentos Portland de alto-forno (CP III) 
e pozolânico (CP IV) estão ligadas à maior estabilidade, durabilidade e 
impermeabilidade que conferem ao concreto; ao menor calor de hidratação; à maior 
resistência ao ataque por sulfatos; à maior resistência à compressão em idades mais 
avançadas; e à maior resistência à tração e à flexão. 
Portanto, são recomendáveis em obras de concreto-massa, como barragens e 
peças de grandes dimensões, fundações de máquinas e pilares; obras em contato 
com ambientes agressivos por sulfatos e terrenos salinos; tubos e canaletas para 
condução de líquidos agressivos, esgotos ou efluentes industriais; concretos com 
agregados reativos, pois esses cimentos concorrem para minimizar os efeitos 
expansivos da reação álcali-agregado; pilares de pontes ou obras submersas em 
contato com águas correntes puras; obras em zonas costeiras ou em água do mar; 
pavimentação de estradas e pistasde aeroportos etc. 
9 
 
Já o ARI (CP V) é o mais adequado para aplicações nas quais o requisito de 
elevada resistência às primeiras idades é fundamental, como na indústria de pré-
moldados, em que se necessita de uma desforma rápida. Esse tipo de cimento 
alcança uma boa resistência em uma semana, enquanto os demais levam um mês. 
“Como endurece rápido, se não for bem curado, pode apresentar fissuração ou 
trincas se a concretagem for feita sob insolação, em dias muitos secos ou com 
ventos, devido ao fenômeno da retração por secagem. Evite usá-lo em aplicações 
corriqueiras, como em revestimento de argamassa ou em concreto-massa, pois, 
nesses casos, pode também ocasionar fissuração”, orienta Battagin, gerente do 
laboratório da ABCP. 
 
Tabela 1 – Influência do tipo de cimento nas propriedades de pastas, argamassas e concretos. 
 
 
 
 Tabela 2 – Resultados de resistencia à compressão dos cimentos, em função da idade. 
10 
 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5733 - Cimento 
Portland de Alta Resistência Inicial – Especificação. Rio de Janeiro, 1991. 
Acesso em 13 de maio de 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5735 - Cimento 
Portland de Alto-Forno – Especificação. Rio de Janeiro, 1991. Acesso em 13 de 
maio de 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5736 - Cimento 
Portland Pozolânico – Especificação. Rio de Janeiro, 1991. Acesso em 13 de 
maio de 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5737 - Cimento 
Portland Resistente a Sulfatos – Especificação. Rio de Janeiro, 1992. Acesso 
em 13 de maio de 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7215 - Cimento 
Portland: Determinação da resistência a compressão - Método de ensaio. Rio 
de Janeiro, 1996. Acesso em 13 de maio de 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11578 - Cimento 
Portland Composto – Especificação. Rio de Janeiro, 1991. Acesso em 13 de maio 
de 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13116: Cimento 
Portland de Baixo Calor de Hidratação – Especificação. Rio de Janeiro, 1994. 
Acesso em 13 de maio de 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12989 - Cimento 
Portland Branco – Especificação. Rio de Janeiro, 1993. Acesso em 13 de maio de 
2021. 
 
11 
 
BATTAGIN, A. F. Características das escórias e pozolanas adicionadas aos 
cimentos Portland brasileiros. Publicações ABCP. São Paulo, 1987. Acesso em 12 
de maio de 2021.

Outros materiais