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A IMPORTANCIA DA BRINACADEIRA EM LEV VYGOTSKY - sabado 18-09

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A IMPORTANCIA DA BRINCADEIRA EM LEV VYGOTSKY
1- INTRODUÇÃO.
Este trabalho tem como tema explorar os elementos referentes ao desenvolvimento humano através da teoria de Lev Vygotsky (1896-1934) e identificar a importância da brincadeira na sua teoria. A relevância da temática em questão está vinculada ao estudo e pesquisa do desenvolvimento humano que muitos teóricos, como eles, contribuíram no decorrer da história, com conceitos que foram de grande relevância para a psicologia do desenvolvimento e para a área da educação. 
Quando falamos de Vygotsky é importante salientar que a base teórica dele é marxista e a partir disso podemos entender que para ele o processo de desenvolvimento humano ocorre a partir das relações sociais, os acontecimentos sócio históricos e culturais onde o indivíduo está inserido. Isto significa que o ser humano construí o seu conhecimento a partir do contato com a sua realidade, meio e as outras pessoas. A teoria de Vygotsky inclui aquele que aprende, aquele quem ensina e a relação entre eles. Então podemos entender que a construção do conhecimento e feita com e através dos outros, por isso, a teoria de Vygotsky ganhou o nome de socioconstrutivismo.
Diante deste contexto, surge a seguinte problemática de pesquisa: Qual é a importância da brincadeira na formação e desenvolvimento do ser humano? 
Este trabalho tem como objetivo, partindo de uma pesquisa literária, identificar e contextualizar quais são os conceitos mais importantes da sua teoria para poder relaciona-los com a situação de brincadeira. Para tanto, a pesquisa fundamenta-se em pesquisa bibliográfica, com o intuito de responder o problema apresentado a partir de referências teóricas e revisão de literatura. A coleta bibliográfica se deu por meio da seleção de livros, e alguns artigos científicos.
2- LEV VYGOTSKY, ALGUNS DE SEUS CONCEITOS
Com objetivo de trazer maior entendimento tentou-se identificar e conceitualizar alguns dos conceitos da teoria de Vygotsky. São eles: Funções psicológicas superiores; Imitação; Zona de desenvolvimento proximal e Linguagem. 
2.1 O conceito de funções psicológicas superiores. 
 As funções psicológicas superiores são um tópico importantíssimo entre os muitos assuntos abordados na teoria de Vigotski. Na sua concepção, todas as funções psíquicas superiores “têm como traço comum o fato de serem processos mediados, [...] de incorporarem à sua estrutura, como parte central de todo o processo, o emprego de signos como meio fundamental de orientação e domínio nos processos psíquicos” (Vigotski, 2001, p. 161). Do estudo dessas funções deriva a compreensão acerca da especificidade da humanidade do homem e emergem importantes categorias da obra desse autor.
 Para compreender como as funções psicológicas superiores se desenvolvem na criança é preciso ter em conta como essas funções foram historicamente produzidas no gênero humano. O estudo acerca da ontogênese não pode prescindir do acesso à filogênese das formas superiores de comportamento, pois, para Vigotski (2000, p. 26-7).
	Todas as funções superiores constituíram-se na filogênese, não 	biologicamente, mas socialmente. Sua composição, gênese, função 	(maneira de agir) - em uma palavra, sua natureza - são sociais. Mas 	sendo, na personalidade, transformadas em processos psicológicos -, 	elas permanecem "quase" sociais. O individual, o pessoal - não é 	contra, mas uma forma superior de sociabilidade.
 Vigotski parte do pressuposto de que as funções psicológicas superiores são desenvolvidas na coletividade e dependem da mediação para que sejam ativadas. Entende-se, a partir disso, a importância da escola e da atividade pedagógica – mediada pelo professor – e das relações com o conhecimento sócio-histórico como propulsora do desenvolvimento das funções psíquicas superiores: percepção, memória, linguagem e pensamento, abstração, atenção e imaginação, entre outras, às quais são próprias ao homem e são desenvolvidas por meio da utilização de instrumentos adquiridos culturalmente.
 Segundo ele, a relação entre aprendizagem e desenvolvimento não se restringe somente à escola, uma vez que essa relação se dá num plano mais amplo, ou seja, no interior das relações estabelecidas com o meio social. O homem, nesta perspectiva, é compreendido como ser histórico, sendo que a mediação do professor tem papel importante no processo de humanização, uma vez que ao gerar aprendizagem promove o desenvolvimento do aluno. 
	[...] a característica essencial da aprendizagem é que 	engendra a área 	de desenvolvimento potencial, ou seja, que faz nascer, estimula e ativa 	na criança um grupo de processos internos de desenvolvimento no 	âmbito das inter-relações com outros que, na continuação, são 	ab	absorvidos pelo curso interior de desenvolvimento e se convertem em 	aquisições internas da criança [...]. 	(VYGOTSKY, 1988, p. 115).
Vale mencionar também que com as influências culturais, a criança modifica seu comportamento em consequência das necessidades impostas pela atividade dominante do momento. E a função psíquica reguladora do comportamento, é mediada por outras funções como a percepção, a memória e o pensamento, como um auxílio interno que colabora no processo de aprendizagem. Neste sentido, observam Asbahr e Bernardes (2007, p. 330): 
	Tanto a mediação promovida pela memória quanto a mediação 	decorrente do uso de objetos externos, que se transformam em 		instrumentos internos pelos indivíduos, são considerados fatores 	determinantes (estímulos) no desenvolvimento como 	função psíquica 	superior. Tais estímulos ocorrem, preponderantemente, a partir das 	relações culturais que, pelo uso de 	signos, possibilitam a 		transformação de formas primitivas e naturais da atenção para 	formas 	culturais, portanto, essencialmente humanas.
 Portanto, para um melhor desenvolvimento necessita-se de mecanismos adquiridos artificialmente, pela mediação da cultura, influenciada por um contexto que crie suporte e estimule o desenvolvimento das habilidades e capacidades dos indivíduos. Assim, é possível a compreensão da importância que o brinquedo tem nesse processo evolutivo das crianças.
2.2 O conceito de Imitação.
2.3 O conceito de Zona de desenvolvimento proximal ZDP.
A conceito de Zona de desenvolvimento proximal, que na verdade Vigotski define, numa de suas traduções como “zona de desenvolvimento imediato” que por uma dinamica de enetendimento da palavra e do conceito no Brasil foi denominado como “Zona de desenvolvimento proximal” e muito conhecido na area de pedagogia como ZDP. (VYGOTSKY, 2001). Antes de entender este conceito Vygotsky declara que existe no processo de desenvolvimento dois niveis, o primeiro se refere na fase onde se percebe que a criança já tem capacidade de realizar algumas tarefas de forma independente, sem ajuda. Isto seria o conhecimento que a criança já tem incoporado, que já faz parte da vida dele e consigue fazer sem ajuda. Este conceito Vygotsky o denominou “Nível de desenvolvimento real” (VYGOTSKY, 1991 p.57).
Em segundo lugar temos “Nível de desenvolvimento potencial” que se refere a capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de outro. Não significa que a criança não sabe senão que a atividade é sobre aquilo que ela está pronta para aprender porque já tem uma base para que com ajuda consiga entender ou fazer. 
Com esses dois conceitos de nível de desenvolvimento real e nível de desenvolvimento real nas palavras de Vygotsky: 
Definimos apenas o nível do seu desenvolvimento atual. Mas o estado do desenvolvimento nunca e determinado apenas pela parte madura. Como um jardineiro que, para definir o estado de todo o jardim, não pode resolver avalia-lo apenas pelas macieiras que já amadureceram e deram frutos, mas deve considerar também as arvores em maturação. (VYGOTSKY, 2001 p.351).
Entrando nessa analogia de Vygotsky podemos dizer que para considerar os desenvolvimentos desses arvores em processo de maturação deveríamos nos focar não apenas nas etapas já alcançadas, já consolidadas do desenvolvimentoda criança. Senão tambem na “Zona de desenvolvimento proximal” que seria o espacio existente entre o conheciemto real e conhecimento protencial. (VYGOTSKY, 1991 p.58). Esta ideia é fundamental na teoria de Vygotsky porque para ele é ali onde está ocorrendo o desenvolvimento de aprendizado. Porque o aprendizado acontece nas interações sociais, e é na zona de desenvolvimento proximal que a interações acontecem e nessa dinamica social é que se alcanza o conheciemnto potencial e logo esse conheciemnto potencial pode se converter em conheciemnto real. (VYGOTSKY, 2001; VYGOTSKY, 1991;OLIVEIRA, 2008; ).
2.4 O conceito de Linguagem.
Segundo Vygotsky a linguagem “fala” é vista como um intercambio social “A linguagem é um sistema de signos que possibilita o intercâmbio social entre indivíduos que com partilhem desse sistema de representação da realidade” (REGO, 1995 p.54), representando a realidade através da comunicação. 
Vygotsky dedicou-se grande tempo da sua vida no estudo da relação entre linguagem e pensamento pesquisando sobre raiz genética destes conceitos, tema complexo na psicologia. (REGO, 1995 p.63). Em um de seus livros mais importante “A Construção do Pensamento e da Linguagem” ele faz comentários, desde um olhar crítico, sobre o fracasso de outros pesquisadores principalmente no que se refere ao entendimento de estudar os conceitos pensamento e a linguagem separadamente. Tendo dos capítulos extensos onde aproveita os estudos de Daniel Stern (1934-2012) e Jean Piaget (1896-1980) para analisar através de uma crítica construtiva as teorias do desenvolvimento da linguagem e do pensamento destes autores. (VYGOTSKY,2001). Vygotsky, diferente de outros pesquisadores e teóricos da época, acreditava que:
A relação entre pensamento e linguagem modifica-se no processo de desenvolvimento tanto no sentido quantitativo quanto no qualitativo. Noutros termos, o desenvolvimento da linguagem e do pensamento realiza-se de forma não paralela e desigual. As curvas desse desenvolvimento convergem e divergem constantemente, cruzam-se, nivelam-se em determinados períodos e seguem paralelamente (VYGOTSKY, 2001, p. 111).
Em outras palavras segundo ele o pensamento e linguagem possuiriam raízes distintas, independentes, e num determinado momento do desenvolvimento o pensamento e a fala se uniriam. Nas palavras de Oliveira (2008, p.43) “O pensamento e a linguagem têm origens diferentes e desenvolvem-se segundo trajetórias diferentes e independentes, antes que ocorra a estreita ligação entre esses dois fenômenos”. Vygotsky explica: 
Contudo, a descoberta mais importante sobre o desenvolvimento do pensamento e da fala na criança e a de que, num certo momento, mais ou menos aos dois anos de idade, as curvas da evolução do pensamento e da fala, até então separadas, cruzam-se e coincidem para iniciar uma nova forma de comportamento muito característica do homem. (VYGOTSKY, 2001, p. 130).
Oliveira (2008) explica que segundo a teoria de Vygotsky antes do pensamento e a linguagem se unirem eles passam por dois processos distintos de caminhos diferentes como sendo a fase “pré-verbal do desenvolvimento do pensamento” que é a fase da “inteligência prática”, em que existe capacidade de solução de problemas e de alteração do ambiente para a obtenção de determinados fins. E a outra fase é a “fase pré-intelectual do desenvolvimento da linguagem” na conclusão da mesma autora;
Existe, assim, a trajetória do pensamento desvinculado da linguagem e a trajetória da linguagem independente do pensamento. Num determinado momento do desenvolvimento filogenético, essas duas trajetórias se unem e o pensamento se torna verbal e a linguagem racional. (OLIVEIRA, 2008, p.45).
Neste momento acontece uma mudança no processo de concepção, é um momento importante no desenvolvimento do pensamento e a linguagem que até então estavam separadas encontram-se para dar início a uma nova forma de comportamento. Expressado por Rego (1995 p.54) “Nesse momento o pensamento e a linguagem se associam, consequentemente o pensamento torna-se verbal e a fala racional. Pensamento se torna fala e a fala se tona intelectual acontece uma fusão.
Na teoria de Vygotsky no desenvolvimento humano a aquisição da linguagem passa por diversas fases uma dela é a linguagem social. Primeiramente a criança utiliza a fala como meio de comunicação, para estabelecer contato com outras pessoas, Vygotsky chamou essa fase de discurso socializado (REGO, 1995 p.66). Porque a função inicial da linguagem é a comunicação social.
Já a linguagem como instrumento de pensamento supõe um processo de internalização que se desenvolve gradualmente, uma dessas fases foi denomina por Vygotsky como “linguagem interior” ou “discurso interior” (depende das diferentes traduções existentes), que na explicação de Rego (1995 p.51) “É um discurso sem vocalização, voltado para o pensamento, com a função de auxiliar o indivíduo em suas operações psicológicas”, é uma espécie de diálogo interior que se tem com consigo mesmo.
Vygotsky ao estudar a transição entre a fala socializada e a fala interior, considerou a "fala egocêntrica" ​​que é um fenômeno relacionado para poder compreender essa transição. Fala egocêntrica é quando a criança fala alto para si mesma para conseguir organizar-se e planejar, falando alto a se mesma como ajuda para a solução de problemas (OLIVEIRA, 2008, p.52).
Oliveira (2008, p.45) conclui que “O surgimento do pensamento verbal e da linguagem como sistema de signos é um momento crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento em que o biológico transforma-se no sócio-histórico”. Dessa maneira a linguagem pode ser considerada um “instrumento” para poder comunicar-se e assim viver em sociedade, porque sem ela, os seres humanos não seriam sociais nem culturais. 
3- LEV VYGOTSKY, BRINQUEDO E DESENVOLVIMENTO 
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
BIBLIOGRAFIA. 
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento. Um processo sócio-histórico. 4ª ed. São Paulo: Scipione, 2008.
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação., Petrópolis. RJ: Vozes. 1995.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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