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1 Sumário 3 TRANSFORMADA DE LAPLACE ........................................................................................................... 2 3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 2 3.2 TRANSFORMADA DE LAPLACE ................................................................................................................... 3 3.3 CÁLCULO DA TRANSFORMADA DE LAPLACE ............................................................................................. 3 3.3.1 Funções Simples .............................................................................................................................. 4 3.3.2 Propriedades, Teoremas e Aplicações ............................................................................................. 6 3.3.3 Resumo .......................................................................................................................................... 14 3.4 TRANSFORMADA INVERSA DE LAPLACE .................................................................................................. 15 3.5 TRANSFORMADA INVERSA DE LAPLACE VIA EXPANSÃO EM FRAÇÕES PARCIAIS ..................................... 16 3.5.1 Caso 1 – Polos reais distintos ....................................................................................................... 16 3.5.2 Caso 2a – Polos complexos conjugados juntos ............................................................................. 17 3.5.3 Caso 2b – Polos complexos conjugados tratados como distintos.................................................. 18 3.5.4 Caso 3a – Polos múltiplos reais, Propriedade e-αtf(t).................................................................... 19 3.5.5 Caso 3b – Polos múltiplos reais, Propriedade tf(t) ....................................................................... 21 3.5.6 Caso 4 – Polos complexos conjugados múltiplos, Propriedade tf(t) ............................................. 22 3.5.7 Caso 5 – Numerador maior ou igual ao denominador .................................................................. 23 3.5.8 Exemplos........................................................................................................................................ 25 3.6 APLICAÇÕES DE TRANSFORMADA DE LAPLACE ....................................................................................... 30 3.6.1 Solução de Equações Diferenciais ................................................................................................ 30 3.6.2 Funções de Transferência.............................................................................................................. 34 3.6.3 Classificação das Funções de Transferência ................................................................................ 37 3.6.4 Exercícios Resolvidos .................................................................................................................... 38 3.6.5 Exemplos utilizando Matlab® ....................................................................................................... 41 3.7 PROJETO #1: SIMULAÇÃO DE SISTEMAS ................................................................................................... 42 3.8 EXERCÍCIOS PROPOSTOS .......................................................................................................................... 42 3.9 RESPOSTAS .............................................................................................................................................. 45 3.10 EXERCÍCIOS DA PROVA REMOTA DE 2020/1 ........................................................................................ 47 2 3 Transformada de Laplace A vantagem na utilização da transformada de Laplace para se estudar a resposta de sistemas consiste no fato de que a transformada de Laplace transforma uma equação diferencial em uma equação algébrica, onde é aplicada a entrada e então calculada a transformada inversa de Laplace para obter a resposta temporal. Deve-se observar que, sempre que possível, será mantido o formalismo matemático para obtenção dos resultados. Porém, o foco principal não é a obtenção da transformada ou transformada inversa de Laplace, mas apenas a sua aplicação na obtenção das respostas temporais. Sendo assim, o objetivo será criar uma tabela de consulta com as principais transformadas e utilizá-la para a realização da transformada inversa de Laplace. 3.1 Introdução Para a construção da tabela de transformada de Laplace, deve-se observar os principais tipos que serão utilizadas tanto como entrada com resposta de sistemas. As entradas típicas de sistema de controle são 90% do tipo constante, sendo que inicialmente a entrada estava em um determinado patamar e, então passa para outro patamar, na forma de degrau. Exemplos, • Manter o veículo a 110 km/h; • Manter a temperatura da sala em 24º C; • Manter a direção e altitude do avião; • Aumentar a vazão de um tanque de líquidos em 10 litros/segundo; As respostas típicas dos sistemas de controle podem ser respostas, • Oscilantes, representadas por senos e cossenos puros; • Respostas do tipo exponenciais; • Combinação de ambas acima; 3 Figura 3-1: Exemplo de entrada e resposta típica: (a) Entrada Degrau Unitário, (b) Resposta do sistema Além das entradas e saídas, a construção da passagem de uma equação diferencial para uma representação em Laplace, conhecida com Função de Transferência, envolve geralmente a aplicação da transformada de Laplace em uma equação diferencial. Considerando a equação diferencial abaixo, que representa um sistema massa-mola-amortecedor, 𝑚�̈�(𝑡) + 𝑐�̇�(𝑡) + 𝑘𝑥(𝑡) = 𝑓(𝑡) A sua Função de Transferência, que é a representação da equação diferencial no domínio de Laplace, assumindo que se deseja medir o deslocamento x(t), é dada por, 𝑋(𝑠) 𝐹(𝑠) = 1 𝑚𝑠2 + 𝑐𝑠 + 𝑘 3.2 Transformada de Laplace A Transformada de Laplace é definida por, ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠) = ∫ 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 Onde • f(t) é a função temporal sendo que f(t) = 0 para t < 0; • s é a variável complexa; • 𝓛 é o operador da transformada; • F(s) é a transformada de Laplace de f(t). Observe que uma condição imposta para a realização da transformada de Laplace da função f(t) é, 𝑓(𝑡) = 0 para t < 0 Está condição é conhecida como CAUSALIDADE, significando que a função só existe para a parte positiva dos tempos ou que fisicamente um sistema só pode responder a uma determinada entrada depois da existência da própria entrada. Observe que a transformada de Laplace é uma integral impropria e deve ser resolvida conforme, ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠) = ∫ 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = lim 𝑎→∞ ∫ 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 𝑎 0 3.3 Cálculo da Transformada de Laplace 4 3.3.1 Funções Simples Função Exponencial: 𝑓(𝑡) = {𝐴𝑒 −𝛼𝑡 𝑡 ≥ 0 0 𝑡 < 0 Onde A e α são constantes em relação ao tempo. A transformada de Laplace é, aplicando a definição, ℒ[𝐴𝑒−𝛼𝑡] = ∫ 𝐴𝑒−𝛼𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴∫ 𝑒−(𝑠+𝛼)𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴(− 𝑒−(𝑠+𝛼)𝑡 𝑠 + 𝛼 )| 0 ∞ = 𝐴(0 + 1 𝑠 + 𝛼 ) = 𝐴 𝑠 + 𝛼 Função Degrau: 𝑓(𝑡) = { 𝐴 𝑡 > 0 0 𝑡 < 0 Onde A é constante em relação ao tempo. Essa transformada é um caso especial da função exponencial onde foi feito α = 0. Note que ela não é definida para t = 0. ℒ[𝐴] = ∫ 𝐴𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴(− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 )| 0 ∞ = 𝐴(0 + 1 𝑠 ) = 𝐴 𝑠 Função Degrau Unitário: 1(𝑡) = { 1 𝑡 > 0 0 𝑡 < 0 Note que ela não é definida para t = 0; sua transformada é dada por, ℒ[1(𝑡)] = ∫ 1(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = ∫ 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = − 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 | 0 ∞ = 0 + 1 𝑠 = 1 𝑠 Observe que se pode transformar qualquer funçãoem uma função causal multiplicando- a pelo degrau unitário. Além disso, as transformadas podem ser definidas utilizando-se a função degrau unitário. Por exemplo, ℒ[1(𝑡)𝐴𝑒−𝛼𝑡] = 𝐴∫ 1(𝑡)𝑒−(𝑠+𝛼)𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = ℒ[𝐴𝑒−𝛼𝑡] = 𝐴∫ 𝑒−(𝑠+𝛼)𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴 𝑠 + 𝛼 Função Rampa: 𝑓(𝑡) = { 𝐴𝑡 𝑡 ≥ 0 0 𝑡 < 0 Sua transformada é dada por, 5 ℒ[𝐴𝑡] = ∫ 𝐴𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴∫ 𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 Aplicando integral por partes, sendo que, ∫ 𝑢𝑑𝑣 𝑏 𝑎 = 𝑢𝑣|𝑎 𝑏 −∫ 𝑣𝑑𝑢 𝑏 𝑎 Então, fazendo, 𝑢 = 𝑡 ⟶ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑡 e 𝑑𝑣 = 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ⟶ 𝑣 = − 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 ℒ[𝐴𝑡] = 𝐴∫ 𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴 [𝑡 (− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 )| 0 ∞ −∫ (− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 ) 𝑑𝑡 ∞ 0 ] = 𝐴 [− 𝑡 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 | 0 ∞ − 𝑒−𝑠𝑡 𝑠2 | 0 ∞ ] Como 𝑡𝑒−𝑠𝑡 é indeterminado para 𝑡 ⟶ ∞, então, aplicando L’Hôpital, 𝐿𝑖𝑚 𝑡→∞ 𝑡 𝑒𝑠𝑡 𝐿′𝐻ô𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 → 𝐿𝑖𝑚 𝑡→∞ 1 𝑠𝑒𝑠𝑡 = 0 Desta forma, ℒ[𝐴𝑡] = 𝐴 [− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠2 | 0 ∞ ] = 𝐴 [0 + 1 𝑠2 ] = 𝐴 𝑠2 Função Senoidal: 𝑓(𝑡) = { 𝐴 𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡) 𝑡 ≥ 0 0 𝑡 < 0 Aplicando a definição, ℒ[𝐴 𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡)] = 𝐴∫ 𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡) 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 Sabendo-se que, pelo teorema de Euler, 𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡) = 1 2𝑗 (𝑒𝑗𝜔𝑡 − 𝑒−𝑗𝜔𝑡) ℒ[𝐴 sin(𝜔𝑡)] = 𝐴∫ sin(𝜔𝑡) 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴∫ ( 1 2𝑗 (𝑒𝑗𝜔𝑡 − 𝑒−𝑗𝜔𝑡)) 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = = 𝐴 2𝑗 [∫ 𝑒𝑗𝜔𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 −∫ 𝑒−𝑗𝜔𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 ] = 𝐴 2𝑗 [ 1 𝑠 − 𝑗𝜔 − 1 𝑠 + 𝑗𝜔 ] = 6 = 𝐴 2𝑗 𝑠 + 𝑗𝜔 − (𝑠 − 𝑗𝜔) 𝑠2 + 𝜔2 = 𝐴 2𝑗 2𝑗𝜔 𝑠2 + 𝜔2 = 𝐴𝜔 𝑠2 + 𝜔2 Função Cossenoidal: 𝑓(𝑡) = { 𝐴 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) 𝑡 ≥ 0 0 𝑡 < 0 Sabendo-se que, pelo teorema de Euler, 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) = 1 2 (𝑒𝑗𝜔𝑡 + 𝑒−𝑗𝜔𝑡) ℒ[𝐴 cos(𝜔𝑡)] = 𝐴∫ cos(𝜔𝑡) 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐴∫ ( 1 2 (𝑒𝑗𝜔𝑡 + 𝑒−𝑗𝜔𝑡)) 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = = 𝐴 2 [∫ 𝑒𝑗𝜔𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 +∫ 𝑒−𝑗𝜔𝑡𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 ] = 𝐴 2 [ 1 𝑠 − 𝑗𝜔 + 1 𝑠 + 𝑗𝜔 ] = = 𝐴 2 𝑠 + 𝑗𝜔 + (𝑠 − 𝑗𝜔) 𝑠2 + 𝜔2 = 𝐴 2 2𝑠 𝑠2 + 𝜔2 = 𝐴𝑠 𝑠2 + 𝜔2 3.3.2 Propriedades, Teoremas e Aplicações As propriedades da transformada de Laplace são as mesmas propriedades vindas da integral. Teorema da Linearidade: Sendo assim, como propriedades tem-se a transformada da soma de funções temporais é a soma das transformadas e a multiplicação por constantes, então, ℒ[𝛼𝑓(𝑡) + 𝛽𝑔(𝑡)] = 𝛼ℒ[𝑓(𝑡)] + 𝛽ℒ[𝑔(𝑡)] Sendo 𝛼 e 𝛽 constantes. Prova: ∫ (𝛼𝑓(𝑡) + 𝛽𝑔(𝑡))𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝛼∫ 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 + 𝛽∫ 𝑔(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝛼𝐹(𝑠) + 𝛽𝐺(𝑠) Função Transladada: A função transladada é definida por 𝑓(𝑡 − 𝑎)1(𝑡 − 𝑎) com 𝑡 < 𝑎. As funções 𝑓(𝑡), 𝑓(𝑡)1(𝑡) e 𝑓(𝑡 − 𝑎)1(𝑡 − 𝑎) são apresentadas abaixo. 7 Figura 3-2: Função transladada Aplicando a definição de Transformada de Laplace, ℒ[𝑓(𝑡 − 𝑎)1(𝑡 − 𝑎)] = ∫ 𝑓(𝑡 − 𝑎)1(𝑡 − 𝑎)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 Aplicando uma substituição de variável tal que 𝜏 = 𝑡 − 𝑎, ∫ 𝑓(𝑡 − 𝑎)1(𝑡 − 𝑎)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = ∫ 𝑓(𝜏)1(𝜏)𝑒−𝑠(𝜏+𝑎)𝑑𝜏 ∞ −𝑎 Como aparece o degrau unitário 1(τ) e a integral é feita em “𝜏”, então de “− 𝑎” a 0 a integral já é zero, assim, ∫ 𝑓(𝜏)1(𝜏)𝑒−𝑠(𝜏+𝑎)𝑑𝜏 ∞ −𝑎 = ∫ 𝑓(𝜏)𝑒−𝑎𝑠𝑒−𝑠𝜏𝑑𝜏 ∞ 0 = 𝑒−𝑎𝑠∫ 𝑓(𝜏)𝑒−𝑠𝜏𝑑𝜏 ∞ 0 Observe que antes a definição de transformada de Laplace fazia a transformação de “𝑡” para “𝑠”; agora é feita a transformação de “𝜏” para “𝑠”, então, ℒ[𝑓(𝑡 − 𝑎)1(𝑡 − 𝑎)] = 𝑒−𝑎𝑠 ∫ 𝑓(𝜏)𝑒−𝑠𝜏𝑑𝜏 ∞ 0 = 𝑒−𝑎𝑠𝐹(𝑠) Onde 𝛼 é o tempo de translação e 𝐹(𝑠) é a Transformada de Laplace de 𝑓(𝑡). Função Pulso Retangular: Esta não é uma propriedade, mas uma aplicação direta do teorema da Translação Temporal, 𝑓(𝑡) = { 𝐴 𝑡0 0 < 𝑡 < 𝑡0 0 𝑡 < 0, 𝑡0 < 𝑡 Reescrevendo a função como uma soma de dois pulsos defasados, 𝑓(𝑡) = 𝐴 𝑡0 1(𝑡) − 𝐴 𝑡0 1(𝑡 − 𝑡0) Então, aplicando a transformada de Laplace, 8 ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐴 𝑡0 ℒ[1(𝑡)] − 𝐴 𝑡0 ℒ[1(𝑡 − 𝑡0)] = = 𝐴 𝑡0 1 𝑠 − 𝐴 𝑡0 𝑒−𝑠𝑡0 𝑠 = 𝐴 𝑡0𝑠 (1 − 𝑒−𝑠𝑡0) Função Impulso: É definida como o caso limite da função pulso. 𝑓(𝑡) = { 𝑙𝑖𝑚 𝑡0→0 𝐴 𝑡0 0 < 𝑡 < 𝑡0 0 𝑡 < 0, 𝑡0 < 𝑡 Como a altura é 𝐴/𝑡0 e a duração é 𝑡0, a área delimitada pelo impulso é igual a 𝐴. Então, aplicando o limite na transformada da função pulso, ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝑙𝑖𝑚 𝑡0→0 [ 𝐴 𝑡0𝑠 (1 − 𝑒−𝑠𝑡0)] 𝐿′𝐻ô𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 → 𝑙𝑖𝑚 𝑡0→0 [ 𝐴𝑠 𝑠 ] = 𝐴 A função impulso em que a área é igual à unidade é chamada de Função Impulso Unitário ou Função Delta de Dirac. 𝛿(𝑡) = { 1 𝑡 = 0 0 𝑡 ≠ 0 Na forma defasada, 𝛿(𝑡 − 𝑡0) = { 1 𝑡 = 𝑡0 0 𝑡 ≠ 𝑡0 A função impulso unitária pode ser entendida como a derivada da função degrau unitário ou que a função degrau unitário é a integral da função impulso unitário. Propriedade da Multiplicação de 𝒇(𝒕) por 𝒆−𝜶𝒕: Aplicando definição de transformada de Laplace, ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑓(𝑡)] = ∫ 𝑒−𝛼𝑡𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = ∫ 𝑓(𝑡)𝑒−(𝑠+𝛼)𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝐹(𝑠 + 𝛼) Observa-se que o resultado é a substituição de “𝑠” por (𝑠 + 𝛼) na transformada de Laplace de 𝐹(𝑠). Exemplo: Calcula a transformada de Laplace de, 𝑓(𝑡) = 𝑒−𝑎𝑡 cos𝜔𝑡 9 Utilizando a propriedade da Multiplicação de 𝒇(𝒕) por 𝒆−𝜶𝒕. Como a transformada de Laplace de ℒ[cos𝜔𝑡] = 𝑠 𝑠2+𝜔2 e sabendo que a propriedade ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠 + 𝛼), então, é só substituir “s” por “s+a” em F(s), como ℒ[cos𝜔𝑡] = 𝐹(𝑠) = 𝑠 𝑠2+𝜔2 , então, ℒ[𝑒−𝛼𝑡 cos𝜔𝑡] = 𝑠 + 𝑎 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 Observação: Situação importante para o cálculo da transformada inversa quando o denominador apresentar raízes complexas conjugadas. Exemplo: Calcula a transformada de Laplace de, 𝑔(𝑡) = 𝑒−𝑎𝑡𝑡 Utilizando a propriedade da Multiplicação de 𝒇(𝒕) por 𝒆−𝜶𝒕. Definindo 𝑓(𝑡) = 𝑡, sua transformada é ℒ[𝑡] = 1 𝑠2 Então, substituindo “s” por “s+a” em F(s), então, ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑡] = 1 (𝑠 + 𝑎)2 Observação: Situação importante para o cálculo da transformada inversa quando o denominador apresentar raízes reais múltiplas. Multiplicação de 𝒇(𝒕) por 𝒕: Teorema da Derivação Complexa: Se 𝐹(𝑠) for a transformada de Laplace de 𝑓(𝑡) então, ℒ[𝑡𝑓(𝑡)] = − 𝑑 𝑑𝑠 𝐹(𝑠) Onde 𝐹(𝑠) = ℒ[𝑓(𝑡)].. Além disso, ℒ[𝑡2𝑓(𝑡)] = 𝑑2 𝑑𝑠2 𝐹(𝑠) Em geral, ℒ[𝑡𝑛𝑓(𝑡)] = (−1)𝑛 𝑑𝑛 𝑑𝑠𝑛 𝐹(𝑠) Para demonstrar, como 𝑡𝑒−𝑠𝑡 = − 𝑑 𝑑𝑠 𝑒−𝑠𝑡, então, 10 ℒ[𝑡𝑓(𝑡)] = ∫ 𝑡𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = −∫ 𝑓(𝑡) 𝑑 𝑑𝑠 (𝑒−𝑠𝑡)𝑑𝑡 ∞ 0 = − 𝑑 𝑑𝑠 ∫ 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = − 𝑑 𝑑𝑠 𝐹(𝑠) Exemplo: Calcula a transformada de Laplace de, 𝑔(𝑡) = 𝑡𝑒−𝑎𝑡 Usando a propriedade da derivação complexa ℒ[𝑡𝑓(𝑡)] = − 𝑑 𝑑𝑠 𝐹(𝑠). Definindo 𝑓(𝑡) = 𝑒−𝑎𝑡, cuja transformada é dada por, ℒ[𝑒−𝑎𝑡 ] = 1 𝑠+𝑎 Aplicando a propriedade, então, ℒ[𝑡𝑒−𝛼𝑡] = − 𝑑 𝑑𝑠 1 𝑠 + 𝑎 = − 0 − 1 (𝑠 + 𝑎)2 = − 1 (𝑠 + 𝑎)2 Teorema da Derivação Real: A transformada de Laplace da derivada de uma função f(t) é dada por, ℒ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)] = 𝑠𝐹(𝑠) − 𝑓(0) Onde 𝑓(0) é o valor inicial de 𝑓(𝑡) calculado em 𝑡 = 0 e ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠). Para demonstrar o teorema da derivação real, deve-se integrar por partes a integral de Laplace, fazendo, 𝑢 = f(t) → 𝑑𝑢 = 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 e 𝑑𝑣 = 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 → 𝑣 = − 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 Então, tem-se, ∫ 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 = ∞ 0 𝑓(𝑡) (− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 )| 0 ∞ − ∫ (− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 ) ( 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)) 𝑑𝑡 ∞ 0 𝐹(𝑠) = 0 + 𝑓(0) 𝑠 + 1 𝑠 ∫ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)] 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡∞ 0 ∫ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)] 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 = 𝑠𝐹(𝑠) − 𝑓(0) ∞ 0 Observe que 𝑓(∞) ≠ ∞, ou que ele existe. Para a derivada 2ª de f(t), 11 ℒ [ 𝑑2 𝑑𝑡2 𝑓(𝑡)] = 𝑠2𝐹(𝑠) − 𝑠𝑓(0) − 𝑓̇(0) Onde 𝑓̇(0) = [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)] 𝑡=0 é o valor de 𝑑𝑓(𝑡) 𝑑𝑡⁄ calculado em 𝑡 = 0. Para provar faz-se, 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡) = 𝑔(𝑡) Então, ℒ [ 𝑑2 𝑑𝑡2 𝑓(𝑡)] = ℒ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑔(𝑡)] = 𝑠𝐺(𝑠) − 𝑔(0) = 𝑠ℒ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)] − �̇�(0) = 𝑠2𝐹(𝑠) − 𝑠𝑓(0) − 𝑓̇(0) De modo semelhante, para a derivada enésima de 𝑓(𝑡). ℒ [ 𝑑𝑛 𝑑𝑡𝑛 𝑓(𝑡)] = 𝑠𝑛𝐹(𝑠) − 𝑠𝑛−1𝑓(0) − 𝑠𝑛−2𝑓̇(0) − ⋯𝑠𝑓(0) (𝑛−2) − 𝑓(0) (𝑛−1) Exemplo: Calcular a transformada de Laplace um sistema massa-mola-amortecedor definida por, 2�̈�(𝑡) + 3�̇�(𝑡) + 5𝑥(𝑡) = 𝑓(𝑡) Aplicando a transformada de Laplace, 2ℒ[�̈�(𝑡)] + 3ℒ[�̇�(𝑡)] + 5ℒ[𝑥(𝑡)] = ℒ[𝑓(𝑡)] Então, aplicando o teorema da derivação real, 2[𝑠2𝑋(𝑠) − 𝑠𝑥(0) − �̇�(0)] + 3[𝑠𝑋(𝑠) − 𝑥(0)] + 5𝑋(𝑠) = 𝐹(𝑠) Reagrupando, (2𝑠2 + 3𝑠 + 5)𝑋(𝑠) = 𝐹(𝑠) + 2𝑠𝑥(0) + �̇�(0) + 𝑥(0) Então, 𝑋(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 𝐹(𝑠) + 2𝑠𝑥(0) + �̇�(0) + 𝑥(0) 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 Teorema da Integração Real: A transformada de Laplace da integral de 𝑓(𝑡) é definida por, 12 ℒ [∫𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠) 𝑠 + 𝑓−1(0) 𝑠 Onde 𝐹(𝑠) = ℒ[𝑓(𝑡)] e 𝑓−1(𝑡) é a integral de 𝑓(𝑡) avaliada em 𝑡 = 0. Para mostrar esta propriedade, ∫ [∫𝑓(𝑡)] 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 → 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒𝑠 𝑢 = ∫𝑓(𝑡)𝑑𝑡 → 𝑑𝑢 = 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 𝑒 𝑑𝑣 = 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 → 𝑣 = − 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 Então, ∫ [∫𝑓(𝑡)] 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = ℒ [∫𝑓(𝑡)] = [∫𝑓(𝑡)] (− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 )| 0 ∞ −∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 (− 𝑒−𝑠𝑡 𝑠 ) ∞ 0 = 0 + 1 𝑠 ∫𝑓(𝑡)| 𝑡=0 + 1 𝑠 ∫ 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 1 𝑠 𝑓−1(0) + 1 𝑠 𝐹(𝑠) Teorema do Valor Final: Permite obter o valor de 𝑓(𝑡) quando 𝑡 → ∞ através da transformada de Laplace de 𝑓(𝑡), assim, 𝑙𝑖𝑚 𝑡→∞ 𝑓(𝑡) = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 𝑠𝐹(𝑠) Deve-se observar se 𝑙𝑖𝑚 𝑡→∞ 𝑓(𝑡) existe. Ele irá existir se as raízes do denominador de 𝐹(𝑡) possuírem parte real menor que zero. Para demostrar, parte-se da transformada de Laplace da derivação real e aplica-se o limite de 𝑠 → 0, 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 ℒ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)] = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 ∫ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 [𝑠𝐹(𝑠) − 𝑓(0)] Como o limite pode ser trocado de posição com a integral e 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 𝑒−𝑠𝑡 = 1, ∫ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = ∞ 0 𝑓(𝑡)|0 ∞ = 𝑓(∞) − 𝑓(0) = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 [𝑠𝐹(𝑠)] − 𝑓(0) Então, 𝑓(∞) = 𝑙𝑖𝑚 𝑡→∞ 𝑓(𝑡) = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 [𝑠𝐹(𝑠)] Teorema do Valor Inicial: Permite obter o valor de 𝑓(𝑡) em 𝑡 = 0 através da transformada de Laplace de 𝑓(𝑡), assim, 𝑓(0) = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ [𝑠𝐹(𝑠)] 13 Onde 𝐹(𝑠) = ℒ[𝑓(𝑡)]. Para provar, aplica-se o limite de 𝑠 → ∞ na transformada da derivada real, 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ ℒ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)] = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ ∫ 𝑑 𝑑𝑡 𝑓(𝑡)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 ∞ 0 = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ [𝑠𝐹(𝑠) − 𝑓(0)] Como o limite pode ser trocado de posição com a integral e 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ 𝑒−𝑠𝑡 = 0, 0 = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ [𝑠𝐹(𝑠)] − 𝑓(0) ⇒ 𝑓(0) = 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ [𝑠𝐹(𝑠)] Produto de Funções no Domínio de Laplace – Integral de Convolução Considerando a seguinte integral, ∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 = ∫ 𝑓(𝜏)𝑔(𝑡 − 𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 Esta é conhecida como integral de convolução entre as funções f(t) e g(t). Aplicando a transformada de Laplace na integral de convolução, ℒ [∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ] = 𝐹(𝑠)𝐺(𝑠) Onde ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠) e ℒ[𝑔(𝑡)] = 𝐺(𝑠). Aplicando a definição de transformada de Laplace na integral de convolução, ℒ [∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ] = ∫ [∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ] ∞ 0 𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡 Separando as integrais, tem-se, ℒ [∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ] = ∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)1(𝑡 − 𝜏)𝑒−𝑠𝑡𝑑𝑡∫ 𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ∞ 0 Como já foi visto, fazendo uma mudança de variável tal que 𝜆 = 𝑡 − 𝜏, assim, ℒ [∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ] = ∫ 𝑓(𝜆)1(𝜆)𝑒−𝑠(𝜆+𝜏)𝑑𝜆∫ 𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 = ∞ −𝜏 ∫ 𝑓(𝜆)𝑒−𝑠(𝜆+𝜏)𝑑𝜆∫ 𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ∞ 0 Abrindo a exponencial, ℒ [∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏)𝑔(𝜏)𝑑𝜏 ∞ 0 ] = ∫ 𝑓(𝜆)𝑒−𝑠𝜆𝑑𝜆∫ 𝑔(𝜏)𝑒−𝑠𝜏𝑑𝜏 ∞ 0 = 𝐹(𝑠)𝐺(𝑠) ∞ 0 14 Observe que, em todo sistema, quando se calcula a sua resposta a uma determinada entrada, o que se está fazendo é a aplicação da Integral de Convolução. Exemplo: Para se aplicar a Integral de convolução no cálculo da resposta de um sistema, deve- se conhecer a entrada aplicada, que pode ser representada por f(t), e conhecer a equação caraterística do sistema no domínio do tempo, que pode ser representada por g(t). A equação caraterística do sistema no domínio do tempo, por exemplo, de um sistema massa-mola-amortecedor definida por, 2�̈�(𝑡) + 3�̇�(𝑡) + 5𝑥(𝑡) = 𝑓(𝑡) É dada por, 𝑔(𝑡) = 2√31 31 𝑒− 3𝑡 4 sin √31 4 𝑡 Então, para calcular a resposta a uma entrada degrau unitário 1(t) através da Integral de Convolução, 𝑐(𝑡) = ∫ 2√31 31 𝑒− 3(𝑡−𝜏) 4 sin √31 4 (𝑡 − 𝜏) 1(𝜏)𝑑𝜏 𝑡 0 Cuja solução é dada por, 𝑐(𝑡) = 1 5 [1 − 𝑒− 3𝑡 4 (cos √31 4 𝑡 + √31 31 sin √31 4 𝑡)] Observação: a resposta foi calculada via transformada de Laplace e não resolvendo a integral de convolução pela sua dificuldade. 3.3.3 Resumo Transformada de Laplace Função Temporal Transformada de Laplace Impulso Unitário 𝛿(𝑡) 1 Degrau Unitário 1(𝑡) 1 𝑠 𝑒−𝛼𝑡 1 𝑠 + 𝛼 𝑡 1 𝑠2 𝑡𝑛 𝑛! 𝑠𝑛+1 15 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) 𝜔 𝑠2 + 𝜔2 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) 𝑠 𝑠2 + 𝜔2 Propriedades da Transformada de Laplace Função Temporal Transformada de Laplace 𝛼𝑓(𝑡) + 𝛽𝑔(𝑡) 𝛼𝐹(𝑠) + 𝛽𝐺(𝑠) 𝑒−𝑎𝑡𝑓(𝑡) 𝐹(𝑠 + 𝑎) Deslocamento Temporal 𝑓(𝑡 − 𝑎)1(𝑡 − 𝑎) 𝑒−𝑎𝑠𝐹(𝑠) 𝑡𝑓(𝑡) − 𝑑 𝑑𝑠 𝐹(𝑠) 𝑡𝑛𝑓(𝑡) (−1)𝑛 𝑑𝑛 𝑑𝑠𝑛 𝐹(𝑠) Valor Final: 𝑙𝑖𝑚 𝑡→∞ 𝑠𝑓(𝑡) 𝑙𝑖𝑚 𝑠→0 𝑠𝐹(𝑠) Valor Inicial: 𝑙𝑖𝑚 𝑡→0 𝑓(𝑡) 𝑙𝑖𝑚 𝑠→∞ 𝑠𝐹(𝑠) Integral: dt)t(f 𝐹(𝑠) 𝑠 + 𝑓−1(0) 𝑠 Derivada: 𝑑𝑓(𝑡) 𝑑𝑡 ⁄ 𝑠𝐹(𝑠) − 𝑓(0) 𝑑2𝑓(𝑡) 𝑑𝑡2 𝑠2𝐹(𝑠) − 𝑠𝑓(0) − 𝑓̇(0) 3.4 Transformada Inversa de Laplace A transformada inversa de Laplace é dada por, ℒ−1[𝐹(𝑠)] = 𝑓(𝑡) = ∫ 𝐹(𝑠)𝑒𝑠𝑡𝑑𝑠 ∞ 0 Onde • f(t) é a função temporal sendo que f(t) = 0 para t < 0; • s é a variável complexa; • 𝓛 é o operador da transformada; • F(s) é a transformada de Laplace de f(t). 16 Entretanto, será utilizada a tabela de transformada de Laplace para calcular a sua transformada inversa 3.5 Transformada Inversa de Laplace via Expansão em Frações Parciais Para se obter a transformada inversa de Laplace, sempre será utilizada a tabela de transformadas. Para isso será aplicado o método da expansão em frações parciais para escrever da forma mais simples possível. Em análise de sistemas, 𝐹(𝑠), a transformada de Laplace de 𝑓(𝑡), apresenta-se frequentemente da seguinte maneira, 𝐹(𝑠) = 𝐵(𝑠) 𝐴(𝑠) Onde 𝐴(𝑠) e 𝐵(𝑠) são polinômios em s. Na expansão de 𝐹(𝑠) em frações parciais, é importante que a maior potência de s em 𝐴(𝑠) seja maior que a potência de s em 𝐵(𝑠), grau 𝐴(𝑠) > grau 𝐵(𝑠) Se não for o caso, a divisão polinomial deverá ser feita. Como tanto 𝐴(𝑠) quanto 𝐵(𝑠) possuem raízes, uma distinção deve ser feita, • Zeros são as raízes do numerador; • Polos são as raízes do denominador. Se 𝐹(𝑠) for subdividida em partes ou frações, 𝐹(𝑠) = 𝐹1(𝑠) + 𝐹2(𝑠) + ⋯+ 𝐹𝑛(𝑠) A transformada inversa de Laplace é dada por, ℒ−1[𝐹(𝑠)] = ℒ−1[𝐹1(𝑠)] + ℒ −1[𝐹2(𝑠)] + ⋯+ ℒ −1[𝐹𝑛(𝑠)] Resultando em, 𝑓(𝑡) = 𝑓1(𝑡) + 𝑓2(𝑡) +⋯+ 𝑓𝑛(𝑡) 3.5.1 Caso 1 – Polos reais distintos Quandoas raízes do denominador forem reais distintas, deve-se separá-las procedendo da seguinte forma, 𝐺(𝑠) = 𝑠 + 3 (𝑠 + 1)(𝑠 + 2) = 𝐴 𝑠 + 1 + 𝐵 𝑠 + 2 = 𝐴(𝑠 + 2) + 𝐵(𝑠 + 1) (𝑠 + 1)(𝑠 + 2) 17 Pegando apenas os numeradores, então, 𝑠 + 3 = 𝐴(𝑠 + 2) + 𝐵(𝑠 + 1) Dica: substitua as raízes do denominador ou polos para facilitar os cálculos. Fazendo s = -1 → 𝐴(−1 + 2) = −1 + 3 → 𝐴 = 2 Fazendo s = -2 → 𝐵(−2 + 1) = −2 + 3 → 𝐵 = −1 Então, 𝐺(𝑠) = 2 𝑠 + 1 − 1 𝑠 + 2 Aplicando a transformada inversa de Laplace, ℒ−1[𝐺(𝑠)] = 𝑔(𝑡) = 2ℒ−1 [ 1 𝑠 + 1 ] − ℒ−1 [ 1 𝑠 + 2 ] = 2𝑒−𝑡 − 𝑒−2𝑡 t ≥ 0 Isto significa que polos reais distintos geram exponenciais. 3.5.2 Caso 2a – Polos complexos conjugados juntos Quando as raízes do denominador, ou polos, forem complexos conjugados, elas devem permanecer unidas e o procedimento é feito conforme, 𝐹(𝑠) = 2𝑠 + 12 𝑠2 + 2𝑠 + 5 = 𝐴𝑠 + 𝐵 𝑠2 + 2𝑠 + 5 Neste caso, claramente A = 2 e B = 12. Para continuar, deve-se observar que o denominador possui o termo com “s” e na tabela de transformada de Laplace ela não aparece, porém, sabendo-se da propriedade da multiplicação por 𝑒−𝛼𝑡, Como, ℒ[𝐴 𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡)] = 𝐴𝜔 𝑠2 +𝜔2 𝑒 ℒ[𝐴 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡)] = 𝐴𝑠 𝑠2 + 𝜔2 Aplicando a propriedade da multiplicação por exponencial em que, ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠 + 𝛼) Fazendo f(t) o seno e o cosseno, ℒ[𝑒−𝛼𝑡 𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡)] = 𝜔 (𝑠 + 𝛼)2 + 𝜔2 𝑒 ℒ[𝑒−𝛼𝑡 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡)] = 𝑠 + 𝛼 (𝑠 + 𝛼)2 + 𝜔2 Assim, o 1º procedimento é completar o quadrado do denominador da seguinte forma, 18 𝑠2 + 2𝑠 + 5 = (𝑠 + 2 2 ) 2 + 5 − ( 2 2 ) 2 = (𝑠 + 1)2 + 4 O ajuste deve sempre ser iniciado pelo cosseno e depois ajustado o seno, 𝐹(𝑠) = 2𝑠 + 12 (𝑠 + 1)2 + 4 = 𝐴 𝑠 + 1 (𝑠 + 1)2 + 4 + 𝐵 2 (𝑠 + 1)2 + 4 Apenas o numerador, 2𝑠 + 12 = (𝑠 + 1)𝐴 + 2𝐵 Cujas constantes são, 𝐴 = 2 𝑒 12 = 𝐴 + 2𝐵 → 𝐵 = 5 Chegando a, 𝐹(𝑠) = 2 𝑠 + 1 (𝑠 + 1)2 + 4 + 5 2 (𝑠 + 1)2 + 4 Assim, a transformada inversa de Laplace fica, ℒ−1[𝐹(𝑠)] = 𝑓(𝑡) = 2ℒ−1 [ 𝑠 + 1 (𝑠 + 1)2 + 4 ] + 5ℒ−1 [ 2 (𝑠 + 1)2 + 4 ] = 𝑓(𝑡) = 2𝑒−𝑡 𝑐𝑜𝑠(2𝑡) + 5𝑒−𝑡 𝑠𝑖𝑛(2𝑡) 𝑝/t ≥ 0 Curiosidade: Os polos da representação em Laplace são 𝑠1,2 = −1 ± 𝑗2. Observe que a exponencial é a parte real dos polos e a parte imaginária são as frequências dos termos que oscilam. 3.5.3 Caso 2b – Polos complexos conjugados tratados como distintos Quando as raízes do denominador forem complexas conjugadas elas podem ser tratadas com raízes distintas, isto é, 𝐹(𝑠) = 2𝑠 + 12 𝑠2 + 2𝑠 + 5 = 𝐴 𝑠 + 1 + 𝑗2 + 𝐵 𝑠 + 1 − 𝑗2 = 𝐴(𝑠 + 1 − 𝑗2) + 𝐵(𝑠 + 1 + 𝑗2) 𝑠2 + 2𝑠 + 5 Fazendo s = – 1 – j2 → 𝐴(−1 − 𝑗2 + 1 − 𝑗2) = 2( – 1 – 𝑗2) + 12 → – 𝑗4𝐴 = 10 – 𝑗4 → 𝐴 = 1 + 𝑗5/2 Fazendo s = – 1 + j2 → 𝐵(– 1 + 𝑗2 + 1 + 𝑗2) = 2( – 1 + 𝑗2) + 12 → 𝑗4𝐵 = 10 + 𝑗4 → 𝐵 = 1 – 𝑗5/2 19 Então, 𝐹(𝑠) = 2𝑠 + 12 𝑠2 + 2𝑠 + 5 = 1 + 𝑗5/2 𝑠 + 1 + 𝑗2 + 1 − 𝑗5/2 𝑠 + 1 − 𝑗2 A transformada inversa de Laplace fica, 𝑓(𝑡) = (1 + 𝑗5/2)𝑒(−1−𝑗2)𝑡 + (1 − 𝑗5/2)𝑒(−1+𝑗2)𝑡 A presença das exponenciais complexas é eliminada através da formula de Euler, 𝑒±𝑗𝜃 = cos 𝜃 ± 𝑗 sin 𝜃 Então, 𝑓(𝑡) = (1 + 𝑗5/2)𝑒(−1−𝑗2)𝑡 + (1 − 𝑗5/2)𝑒(−1+𝑗2)𝑡 = (1 + 𝑗5/2)𝑒−𝑡𝑒−𝑗2𝑡 + (1 − 𝑗5/2)𝑒−𝑡𝑒+𝑗2𝑡 = 𝑒−𝑡[(1 + 𝑗5/2)(cos 2𝑡 − 𝑗 sin 2𝑡) + (1 − 𝑗5/2)(cos 2𝑡 + 𝑗 sin 2𝑡)] = 𝑒−𝑡(2 cos 2𝑡 +5 sin 2𝑡) Chegando ao mesmo resultado. 3.5.4 Caso 3a – Polos múltiplos reais, Propriedade e-αtf(t) Quando houver raízes repetidas no denominador, fatorar da seguinte forma, 𝐻(𝑠) = 3𝑠2 + 2𝑠 + 1 (𝑠 + 1)3 = 𝐴 𝑠 + 1 + 𝐵 (𝑠 + 1)2 + 𝐶 (𝑠 + 1)3 = 𝐴(𝑠 + 1)2 + 𝐵(𝑠 + 1) + 𝐶 (𝑠 + 1)3 Do numerador, 3𝑠2 + 2𝑠 + 1 = 𝐴(𝑠 + 1)2 + 𝐵(𝑠 + 1) + 𝐶 Igualando os termos de s2 → 𝐴 = 3 Fazendo s = −1 → 𝐶 = 3(−1)2 + 2(−1) + 1 → 𝐶 = 2 Dica: A equação é válida para qualquer valor de s. Fazendo s = 0 → 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 1 → 𝐵 = −3 − 2 + 1 → 𝐵 = −4 Então, 𝐻(𝑠) = 3 𝑠 + 1 − 4 (𝑠 + 1)2 + 2 (𝑠 + 1)3 20 Para resolver as duas transformadas à direita, deve-se saber que, ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠 + 𝛼) com 𝑓(𝑡) = 𝑡, assim, ℒ[𝑡] = 1 𝑠2 → ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑡] = 1 (𝑠 + 𝛼)2 Procedendo da mesma forma para a transformada de Laplace de t2, ℒ[𝑡2] = 2 𝑠3 → ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑡2] = 2 (𝑠 + 𝛼)3 Então, ℒ−1[𝐻(𝑠)] = ℎ(𝑡) = 3ℒ−1 [ 1 𝑠 + 1 ] − 4ℒ−1 [ 1 (𝑠 + 1)2 ] + ℒ−1 [ 2 (𝑠 + 1)3 ] Resultando em, ℎ(𝑡) = 3𝑒−𝑡 − 4𝑡𝑒−𝑡 + 𝑡2𝑒−𝑡 = (3 − 4𝑡 + 𝑡2)𝑒−𝑡 𝑝/𝑡 ≥ 0 Curiosidade: Quando os polos são reais, negativos e repetidos, as amplitudes tendem a permanecer em um determinado valor ou tendem para zero. No caso da função apresentada, ela começa em 3 e termina em 0. Caso a transformada de Laplace seja na seguinte forma, 𝐹(𝑠) = 𝐴𝑠 (𝑠 + 𝛼)2 = 𝑎 𝑠 + 𝛼 + 𝑏 (𝑠 + 𝛼)2 = 𝑎(𝑠 + 𝛼) + 𝑏 (𝑠 + 𝛼)2 = 𝑎𝑠 + 𝑎𝛼 + 𝑏 (𝑠 + 𝛼)2 Como observado, 𝑎 = 𝐴 e 𝐴𝛼 + 𝑏 = 0, então, 𝐹(𝑠) = 𝐴𝑠 (𝑠 + 𝛼)2 = 𝐴 𝑠 + 𝛼 − 𝐴𝛼 (𝑠 + 𝛼)2 Cuja transformada inversa de Laplace é dada por, 𝑓(𝑡) = 𝐴𝑒−𝛼𝑡(1 − 𝛼𝑡) Caso a transformada de Laplace seja na seguinte forma, 𝐻(𝑠) = 𝐴𝑠 (𝑠 + 𝛼)3 = 𝑎 𝑠 + 𝛼 + 𝑏 (𝑠 + 𝛼)2 + 𝑐 (𝑠 + 𝛼)3 = 𝑎(𝑠 + 𝛼)2 + 𝑏(𝑠 + 𝛼) + 𝑐 (𝑠 + 𝛼)3 Como observado, 𝑎 = 0, 𝑏 = 𝐴 e 𝑐 = −𝐴𝛼 , então, 𝐻(𝑠) = 𝐴𝑠 (𝑠 + 𝛼)3 = 𝐴 (𝑠 + 𝛼)2 − 𝐴𝛼 (𝑠 + 𝛼)3 21 Cuja transformada inversa de Laplace é dada por, 𝑓(𝑡) = 𝐴𝑒−𝛼𝑡 (𝑡 − 𝛼 2 𝑡2) Caso a transformada de Laplace seja na seguinte forma, 𝐻(𝑠) = 𝐴𝑠2 (𝑠 + 𝛼)3 = 𝑎 𝑠 + 𝛼 + 𝑏 (𝑠 + 𝛼)2 + 𝑐 (𝑠 + 𝛼)3 = 𝑎(𝑠 + 𝛼)2 + 𝑏(𝑠 + 𝛼) + 𝑐 (𝑠 + 𝛼)3 Como observado, 𝑎 = 𝐴, 𝑏 = −2𝐴𝛼 e 𝑐 = 𝐴𝛼2, então, 𝐻(𝑠) = 𝐴𝑠2 (𝑠 + 𝛼)3 = 𝐴 (𝑠 + 𝛼) − 2𝐴𝛼 (𝑠 + 𝛼)2 + 𝐴𝛼2 (𝑠 + 𝛼)3 Cuja transformada inversa de Laplace é dada por, 𝑓(𝑡) = 𝐴𝑒−𝛼𝑡 (1 − 2𝛼𝑡 + 𝛼2 2 𝑡2) Comentário: Desta forma, foi mostrado que não importa como seja o numerador de uma fração com denominador com raízes reais múltiplas, sempre será possível uma redução para um sistema mais simples aplicando a decomposição em frações parciais. 3.5.5 Caso 3b – Polos múltiplos reais, Propriedade tf(t) O caso genérico de raízes múltiplas é a utilização da seguinte propriedade, ℒ[𝑡𝑛𝑓(𝑡)] = (−1)𝑛 𝑑𝑛 𝑑𝑠𝑛 𝐹(𝑠) Para tanto, deve ser lembrado da derivada da divisão, assim, 𝑑 𝑑𝑠 [ 𝐺(𝑠) 𝐻(𝑠) ] = 𝐻(𝑠) [ 𝑑 𝑑𝑠 𝐺(𝑠)] − 𝐺(𝑠) [ 𝑑 𝑑𝑠 𝐻(𝑠)] [𝐻(𝑠)]2 Assumindo, 𝐻(𝑠) = 4 (𝑠 + 1)2 + 2 (𝑠 + 1)3 Como as raízes são puramente reais, ℒ[𝑡𝑒−𝑎𝑡] = (−1) 𝑑 𝑑𝑠 ( 1 𝑠 + 𝑎 ) = 1 (𝑠 + 𝑎)2 22 ℒ[𝑡2𝑒−𝑎𝑡] = (−1)² 𝑑2 𝑑𝑠2 ( 1 (𝑠 + 𝑎) ) = − 𝑑 𝑑𝑠 ( 1 (𝑠 + 𝑎)2 ) = 2(𝑠 + 𝑎) (𝑠 + 𝑎)4 = 2 (𝑠 + 𝑎)3 Desta forma, ℎ(𝑡) = 4𝑡𝑒−𝑡 + 𝑡2𝑒−𝑡 = (4 + 𝑡)𝑡𝑒−𝑡 𝑝/𝑡 ≥ 0 3.5.6 Caso 4 – Polos complexos conjugados múltiplos, Propriedade tf(t) Supondo o sistema abaixo, 𝐹(𝑠) = 2𝑠3 + 3𝑠2 + 4𝑠 + 5 (𝑠2 + 2𝑠 + 5)2 A expansão em frações parciais é utilizada para facilitar as igualdades que serão apresentadas a seguir, 𝐹(𝑠) = 2𝑠3 + 3𝑠2 + 4𝑠 + 5 (𝑠2 + 2𝑠 + 5)2 = 𝐴𝑠 + 𝐵 𝑠2 + 2𝑠 + 5 + 𝐶𝑠 + 𝐷 (𝑠2 + 2𝑠 + 5)2 = 2𝑠 − 1 𝑠2 + 2𝑠 + 5 + −4𝑠 + 10 (𝑠2 + 2𝑠 + 5)2 Para a 1ª transformada, 𝐺(𝑠) = 2𝑠 − 1 𝑠2 + 2𝑠 + 5 = 2𝑠 − 1 (𝑠 + 1)2 + 4 = 2 𝑠 + 1 (𝑠 + 1)2 + 4 − 3 1 2 2(𝑠 + 1)2 + 4 Cuja transformada inversa fica, 𝑔(𝑡) = 2𝑒−𝑡 (𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 − 3 4 𝑠𝑖𝑛 2 𝑡) 𝑝/𝑡 > 0 Para resolver a 2ª transformada, ℒ[𝑡𝑒−𝑎𝑡 sin𝜔𝑡] = − 𝑑 𝑑𝑠 ( 𝜔 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 ) = 2𝜔(𝑠 + 𝑎) [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 ℒ[𝑡𝑒−𝑎𝑡 cos𝜔𝑡] = − 𝑑 𝑑𝑠 ( 𝑠 + 𝑎 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 ) = (𝑠 + 𝑎)2 − 𝜔2 [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 Além destes termos, pode-se utilizar as seguintes relações, ℒ[𝑒−𝑎𝑡 sin𝜔𝑡] = 𝜔 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 = 𝜔 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 = 𝜔[(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2] [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 ℒ[𝑒−𝑎𝑡 cos𝜔𝑡] = 𝑠 + 𝑎 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 = 𝑠 + 𝑎 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 = (𝑠 + 𝑎)[(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2] [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 Então, combinando todos os valores, 23 𝐻(𝑠) = −4𝑠 + 10 (𝑠2 + 2𝑠 + 5)2 = = 𝐴 2𝜔(𝑠 + 𝑎) [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 + 𝐵 (𝑠 + 𝑎)2 − 𝜔2 [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 + 𝐶 𝜔[(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2] [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 + 𝐷 (𝑠 + 𝑎)[(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2] [(𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2]2 Completando o quadrado do denominador, 𝑠2 + 2𝑠 + 5 = (𝑠 + 1)2 + 4 = (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 Substituindo os valores e tomando apenas o numerador, −4𝑠 + 10 = 𝐴4(𝑠 + 1) + 𝐵[(𝑠 + 1)2 − 4] + 𝐶2[(𝑠 + 1)2 + 4] + 𝐷(𝑠 + 1)[(𝑠 + 1)2 + 4] Dos termos de “s3” 0 = 𝐷 Dos termos de “s2” 0 = 𝐵 + 2𝐶 Dos termos de “s” −4 = 4𝐴 + 2𝐵 + 4𝐶 Fazendo 𝑠 = −1 14 = −4𝐵 + 8𝐶 Este sistema poderia ser resolvido por substituição ou simplesmente fazendo, [ 0 1 2 4 2 4 0 −4 8 ] { 𝐴 𝐵 𝐶 } = { 0 −4 14 } → { 𝐴 𝐵 𝐶 } = { −1 −14/8 7/8 } Então, ℎ(𝑡) = −𝑡𝑒−𝑡 sin 2𝑡 − 4 8 𝑡𝑒−𝑡 cos 2𝑡 + 7 8 𝑒−𝑡 sin 2𝑡 𝑝/ 𝑡 ≥ 0 3.5.7 Caso 5 – Numerador maior ou igual ao denominador Assumindo a seguinte transformada de Laplace, 𝐺(𝑠) = 𝑠3 + 5𝑠2 + 9𝑠 + 7 (𝑠 + 1)(𝑠 + 2) Toda vez que o grau do numerador for maior ou igual ao grau do denominador, uma divisão polinomial deve ser feita conforme, 𝐺(𝑠) = 𝑠3 + 5𝑠2 + 9𝑠 + 7 (𝑠 + 1)(𝑠 + 2) = 𝑠3 + 5𝑠2 + 9𝑠 + 7 𝑠2 + 3𝑠 + 2 A divisão polinomial pode ser feita conforme abaixo. 24 Sendo que (𝑠 + 2) é o resultado da divisão e (𝑠 + 3) é o resto, então, 𝐺(𝑠) = 𝑠3 + 5𝑠2 + 9𝑠 + 7 (𝑠 + 1)(𝑠 + 2) = 𝑠 + 2 + 𝑠 + 3 (𝑠 + 1)(𝑠 + 2) = 𝑠 + 2 + 2 𝑠 + 1 − 1 𝑠 + 2 Aplicando a transformada inversa de Laplace, 𝑔(𝑡) = 𝑑 𝑑𝑡 𝛿(𝑡) + 2𝛿(𝑡) + 2𝑒−𝑡 − 𝑒−2𝑡 Sendo que a transformada de Laplace da função pulso é 1 e a transformada de Laplace da derivada da função pulso, ℒ [ 𝑑 𝑑𝑡 𝛿(𝑡)] = 𝑠. Nota #1: Quando a representação em Laplace possui grau do numerador maior que o grau do denominador, ela representa uma situação de não causalidade, que não é encontrada em fenômenos físicos. Na prática, apenas serão encontradas situações em que o grau do numerador será igual ou menor que o denominador, representando as funções causais. Nota #2: Quando a representação possui graus iguais, como por exemplo, 𝐺(𝑠) = 20𝑠3 + 83𝑠2 + 219𝑠 + 30 10𝑠3 + 30𝑠2 + 100𝑠 = 2 + 3 10 1 𝑠 + 2𝑠 + 1 𝑠2 + 3𝑠 + 10 Cujo ajuste para a transformada inversa, completando o quadrado, 𝐺(𝑠) = 2 + 3 10𝑠 + 2𝑠 + 1 (𝑠 + 3 2) 2 + 10 − ( 3 2) 2 = 2 + 3 10𝑠 + 2𝑠 + 1 (𝑠 + 3 2) 2 + 31 4 Expandindo, 𝐺(𝑠) = 2 + 3 10𝑠 + 2 𝑠 + 3 2 (𝑠 + 3 2) 2 + 31 4 + (1 − 2 3 2 ) 1 √31 4 √31 4 (𝑠 + 3 2) 2 + 31 4 Aplicando a transformada inversa, 𝑔(𝑡) = 2𝛿(𝑡) + 3 10 1(𝑡) + 2𝑒− 3 2 𝑡 cos√ 31 4 𝑡 − 2 √31 𝑒− 3 2 𝑡 sin√ 31 4 𝑡 𝑝/𝑡 ≥ 0 25 Como o degrau de amplitude 3/10 só é valido para 𝑡 ≥ 0, usualmente utiliza-se da resposta abaixo onde o degrau de amplitude 3/10 foi substituído pela sua amplitude. 𝑔(𝑡) = 2𝛿(𝑡) + 3 10 + 2𝑒− 3 2 𝑡 cos√ 31 4 𝑡 − 4 √31 𝑒− 3 2 𝑡 sin√ 31 4 𝑡 𝑝/𝑡 ≥ 0 3.5.8 Exemplos Dica: Para verificar a metodologia que será usada sem calcular os polos para um denominador de grau 2, pode-se completar o quadrado e verificar o resultado conforme apresentado abaixo, Polos Complexos Conjugados: 𝑠2 + 4𝑠 + 5 = (𝑠 + 2)2 + 5 − 4 = (𝑠 + 2)2 + 1 Polos Reais Iguais: 𝑠2 + 4𝑠 + 4 = (𝑠 + 2)2 + 4 − 4 = (𝑠 + 2)2 Polos Reais Distintos: 𝑠2 + 4𝑠 + 3 = (𝑠 + 2)2 + 3 − 4 = (𝑠 + 2)2 − 1 A diferença entre polos complexos conjugados e reais distintos é o sinal do ajuste do quadrado. Assim, se o termo da frequência for positivo os polos são complexos conjugados, se for negativo são polos reais distintos e se for nulo indica polos reais e iguais. Exemplo: Expandir em frações parciais a seguinte expressão, 𝐺(𝑠) = 1 (𝑠 + 1)(𝑠 + 2)(𝑠 + 3)2(𝑠2 + 3𝑠 + 10) Verificando se a o termo 𝑠2 + 3𝑠 + 10 gerará raízes complexas conjugadas, 𝑠2 + 3𝑠 + 10 = (𝑠 + 3 2 ) 2 + 10 − ( 3 2 ) 2 = (𝑠2 + 3 2 ) 2 + 40 4 − 9 4 = (𝑠2 + 3 2 ) 2 + 31 4 Significando que os polos são complexos conjugados e devem ser mantidos juntos para facilitar o cálculo da transformada inversa de Laplace. Então, a expansão em frações parciais fica, observe que há duas raízes reais distintas, duas raízes reais duplas e um par de raízes complexas conjugadas. Então, Duas Raízes Reais Distintas, a expansão fica, 𝐴 𝑠 + 1 + 𝐵 𝑠 + 2 Duas Raízes Reais Iguais, a expansão fica, 𝐶 𝑠 + 3 + 𝐷 (𝑠 + 3)2 Raízes Complexas Conjugadas, a expansão fica, 26 𝐸𝑠 + 𝐹 𝑠2 + 3𝑠 + 10 Dica: Cuidado com as letras utilizadas no numerador, elas precisam ser diferentes. Agrupando todas as raízes encontra-se, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝑠 + 1 + 𝐵 𝑠 + 2 + 𝐶 𝑠 + 3 + 𝐷 (𝑠 + 3)2 + 𝐸𝑠 + 𝐹 𝑠2 + 3𝑠 + 10 Exemplo: Calcular a transformada de Laplace da representação abaixo. Será considerado o caso com polos complexos conjugados, 𝐺(𝑠) = 𝐴𝑠 + 𝐵 𝐶𝑠2 + 𝐷𝑠 + 𝐸 Para iniciar o procedimento deve-se seguir os passos abaixo. Passo #1: Verificação de cancelamento de polos e zeros, caso haja um polo igual a um zero ele deverá ser cancelado. No presente exemplo não será considerado o cancelamento de polos e zeros. Passo #2: O maior termo do denominador deve ser igual à unidade, portanto deve ser realizada a divisão conforme, 𝐺(𝑠) = 𝐴𝑠 + 𝐵 𝐶𝑠2 + 𝐷𝑠 + 𝐸 = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 𝑠2 + 𝐷 𝐶 𝑠 + 𝐸 𝐶 Passo #3: Completar o quadrado do denominador. 𝑠2 + 𝐷 𝐶 𝑠 + 𝐸 𝐶 = (𝑠 + 𝐷 2𝐶 ) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶 ) 2 → 𝑎 = 𝐷 2𝐶 𝑒 𝜔2 = 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶 ) 2 Então, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 𝑠2 + 𝐷 𝐶 𝑠 + 𝐸 𝐶 = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶 ) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶 ) 2 Nota: O “Completar o Quadrado” pode ser entendido como sendo a forma de realizar a transformada corretamente, pois na tabela de transformada os termos que possuem uma forma com termos de “s2” no numerador são, ℒ[𝑡] = 1 𝑠2 ; ℒ[cos𝜔𝑡] = 𝑠 𝑠2 + 𝜔2 ; ℒ[sin𝜔𝑡] = 𝜔 𝑠2 + 𝜔2 27 Porém, nenhuma delas pode ser utilizada para o cálculo da transformada inversa por não possuir um termo de “s” no denominador, elas apenas possuem termos de “s2”. O termo de “s” pode ser introduzido utilizando a propriedade da multiplicação por “𝑒−𝑎𝑡”, ℒ[𝑒−𝑎𝑡𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠 + 𝑎) Assim, ℒ[𝑒−𝑎𝑡𝑡] = 1 (𝑠 + 𝑎)2 ; ℒ[𝑒−𝑎𝑡 cos𝜔𝑡] = (𝑠 + 𝑎) (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 ; ℒ[𝑒−𝑎𝑡 sin𝜔𝑡] = 𝜔 (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 Expandindo os denominadores, (𝑠 + 𝑎)2 = 𝑠2 + 2𝑎𝑠 + 𝑎 (𝑠 + 𝑎)2 +𝜔2 = 𝑠2 + 2𝑎𝑠 + 𝜔2 + 𝑎2 O “Completar o Quadrado” vem do fato de aparecer o “2” nas expansões acima. Além disso, no caso de “(𝑠 + 𝑎)2 = 𝑠2 + 2𝑎𝑠 + 𝑎” só aparece uma constante “a” para ajustar 2 termos, que só será possível se as raízes forem reais iguais. Portanto, as raízes complexas conjugadas formarão senos e cossenos multiplicados por exponenciais,e observe que os denominadores são iguais. Então, comparando a expansão, (𝑠 + 𝑎)2 +𝜔2 = 𝑠2 + 2𝑎𝑠 + 𝜔2 + 𝑎2 Com um denominador de 2ª ordem na forma, 𝑠2 + 𝐹𝑠 + 𝐺 Então, verifica-se que, 2𝑎 = 𝐹 𝑒 𝜔2 + 𝑎2 = 𝐺 Porém, o necessário é a comparação de, (𝑠 + 𝑎)2 + 𝜔2 → 𝑐𝑜𝑚 → (𝑠 + 𝐹 2 ) 2 + 𝐺 − ( 𝐹 2 ) 2 Então, 𝑎 = 𝐹 2 𝑒 𝜔2 = 𝐺 − 𝑎2 = 𝐺 − ( 𝐹 2 ) 2 Passo #4: Expandir e ajustar os valores. O termo do numerador tem valores de “s” e termos que não possuem “s”, então, tem a necessidade de ajustar tanto o seno quanto o cosseno conforme, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 = 𝑭 𝑠 + 𝒂 (𝑠 + 𝒂)2 +𝝎2 +𝑯 𝝎 (𝑠 + 𝒂)2 +𝝎2 28 Sendo F e H os fatores de ajuste e, por simplificação, utiliza-se a notação abaixo 𝒂 = 𝐷 2𝐶 𝑒 𝝎2 = 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶 ) 2 Observe que o ajuste deve ser iniciado com o ajuste de “F”, que representa o cosseno, pois igualando os numeradores apenas ele contém termo de “s”, 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 = 𝑭(𝑠 + 𝒂) + 𝑯𝝎 Então, 𝐴 𝐶 = 𝑭 𝑒 𝐵 𝐶 = 𝑭𝒂 + 𝑯𝝎 → 𝝎𝑯 = 𝐵 𝐶 − 𝐴 𝐶 𝒂 Substituindo o fator “F” e o fator “H” é encontrado comparando, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝒂 (𝑠 + 𝒂)2 +𝝎2 + ( 𝐵 𝐶 − 𝐴 𝐶 𝒂) 1 𝝎 𝝎 (𝑠 + 𝒂)2 +𝝎2 Substituindo os valores, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 = = 𝑨 𝑪 𝑠 + 𝐷 2𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 + ( 𝑩 𝑪 − 𝑨 𝑪 𝑫 𝟐𝑪) √𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 √𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 Nota: Para evitar contas desnecessárias, observe que na expressão acima a raiz quadrada está em cima e em baixo,já se faz o ajuste da seguinte forma, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 = 𝑭 𝑠 + 𝒂 (𝑠 + 𝒂)2 +𝝎2 +𝑯 𝝎 (𝑠 + 𝒂)2 +𝝎2 Substituindo os valores, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 = 29 = 𝑭 𝑠 + 𝐷 2𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 +𝑯 √𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 Para facilitar os cálculos, como “H” está multiplicando o termo “𝝎”, divide-se “H” por “𝝎” conforme, 𝐺(𝑠) = 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 = 𝐺(𝑠) = 𝑭 𝑠 + 𝐷 2𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 +𝑯 𝟏 √𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 √𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 Do numerador, 𝐴 𝐶 𝑠 + 𝐵 𝐶 = 𝑭(𝑠 + 𝑫 𝟐𝑪 ) + 𝑯 Significando que neste caso, 𝑭 = 𝐴 𝐶 𝑒 𝑯 = 𝐵 𝐶 − 𝐴 𝐶 ( 𝐷 2𝐶 ) Chegando a, 𝐺(𝑠) = 𝑨 𝑪 𝑠 + 𝐷 2𝐶 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 + ( 𝑩 𝑪 − 𝑨 𝑪 ( 𝑫 𝟐𝑪)) √𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 √𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 (𝑠 + 𝐷 2𝐶) 2 + 𝐸 𝐶 − ( 𝐷 2𝐶) 2 Passo #5: Calcular a transformada inversa de Laplace conforme, 𝐺(𝑠) = 𝑨 𝑪 𝑠 + 𝑫 𝟐𝑪 (𝑠 + 𝑫 𝟐𝑪) 2 + 𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 + ( 𝑩 𝑪 − 𝑨 𝑪 𝑫 𝟐𝑪) √𝐸 𝐶 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 2 √𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 (𝑠 + 𝑫 𝟐𝑪) 2 + 𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 Chegando a, 𝑔(𝑡) = 𝑨 𝑪 𝑒− 𝑫 𝟐𝑪 𝑡 cos√ 𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪 ) 𝟐 𝑡 + ( 𝑩 𝑪 − 𝑨 𝑪 𝑫 𝟐𝑪) √𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪) 𝟐 𝑒− 𝑫 𝟐𝑪 𝑡 sin√ 𝑬 𝑪 − ( 𝑫 𝟐𝑪 ) 𝟐 𝑡 𝑝/𝑡 ≥ 0 30 Nota: Simplificando os cálculos com termos mais simples, “Completando o quadrado”, 𝐺(𝑠) = 𝑎𝑠 + 𝑏 𝑠2 + 𝑐𝑠 + 𝑑 = 𝑎𝑠 + 𝑏 (𝑠 + 𝒄 𝟐) 2 + 𝒅 − ( 𝒄 𝟐) 𝟐 Expandindo para cossenos e senos, 𝐺(𝑠) = 𝑎𝑠 + 𝑏 (𝑠 + 𝒄 𝟐) 2 + 𝒅 − ( 𝒄 𝟐) 𝟐 = = 𝑨 𝑠 + 𝒄 𝟐 (𝑠 + 𝒄 𝟐) 2 + 𝒅 − ( 𝒄 𝟐) 𝟐 + 𝑩 𝟏 √𝒅 − ( 𝒄 𝟐)^𝟐 √𝒅 − ( 𝒄 𝟐) 𝟐 (𝑠 + 𝒄 𝟐) 2 + 𝒅− ( 𝒄 𝟐) 𝟐 Do numerador, 𝑎𝑠 + 𝑏 = 𝑨(𝑠 + 𝑐 2 ) + 𝑩 → 𝑨 = 𝑎 𝑒 𝑏 = 𝐴 𝑐 2 + 𝑩 Então, 𝐺(𝑠) = 𝑎𝑠 + 𝑏 (𝑠 + 𝒄 𝟐) 2 + 𝒅 − ( 𝒄 𝟐) 𝟐 = = 𝒂 𝑠 + 𝒄 𝟐 (𝑠 + 𝒄 𝟐) 2 + 𝒅− ( 𝒄 𝟐) 𝟐 + (𝒃 − 𝒂 𝒄 𝟐 ) 𝟏 √𝒅 − ( 𝒄 𝟐) 𝟐 √𝒅− ( 𝒄 𝟐) 𝟐 (𝑠 + 𝒄 𝟐) 2 + 𝒅 − ( 𝒄 𝟐) 𝟐 3.6 Aplicações de Transformada de Laplace Neste item será aplicada a transformada e a transformada inversa de Laplace para o estudo da reposta de sistemas. 3.6.1 Solução de Equações Diferenciais Como exemplo de solução de equação diferencial, será adotado o mesmo sistema para os próximos 3 exemplos. Supondo um sistema massa-mola-amortecedor com m = 2 kg, c = 3 Ns/m e k = 5 N/m. Equação de movimento na forma: 𝑀�̈�(𝑡) + 𝐶�̇�(𝑡) + 𝐾𝑦(𝑡) = 𝑓(𝑡) 31 Substituindo os valores: 2�̈�(𝑡) + 3�̇�(𝑡) + 5𝑦(𝑡) = 𝑓(𝑡) Aplicando a transformada de Laplace: 2ℒ[�̈�(𝑡)] + 3ℒ[�̇�(𝑡)] + 5ℒ[𝑦(𝑡)] = ℒ[𝑓(𝑡)] Observe que não foi substituída a entrada ainda, pois isso será feito dependendo do que for proposto pelo problema a ser resolvido. Encontrando, 2(𝑠2𝑌(𝑠) − 𝑠𝑦(0) − �̇�(0)) + 3(𝑠𝑌(𝑠) − 𝑦(0)) + 5𝑌(𝑠) = 𝐹(𝑠) Reagrupando os termos, observe que aqueles contendo a entrada e as condições iniciais devem ser isoladas do lado direito, então, (2𝑠2 + 3𝑠 + 5)𝑌(𝑠) = 𝐹(𝑠) + 2𝑠𝑦(0) + 2�̇�(0) + 3𝑦(0) Chegando a, 𝑌(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 𝐹(𝑠) + 2𝑠𝑦(0) + 2�̇�(0) + 3𝑦(0) 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 Observe que uma parte possui a informação sobre a entrada enquanto a outra parte possui informações sobre as condições iniciais. A parte que contem a entrada será denominada de Função de Transferência e será utilizada para calcular a solução forçada. A parte que contém as condições iniciais é comumente chamada de resposta livre. Exemplo 1: Resposta a uma entrada qualquer com condições iniciais nulas. Calcular a resposta 𝑦(𝑡) do sistema a uma entrada 𝑓(𝑡) degrau 10 N aplicada em 𝑡 = 0. Isto significa que o objetivo será calcular a resposta para uma entrada em força constante em 10 N, mas a força só será aplicada em 𝑡 = 0, antes disso o sistema estará em repouso. Assim, 𝑌(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 𝐹(𝑠) A transformada de Laplace da força degrau de amplitude 10 é 𝐹(𝑠) = 10 𝑠 , então, 𝑌(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 10 𝑠 Para resolver, deve-se aplicar a decomposição em frações parciais, 𝑌(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 10 𝑠 = 𝐴 𝑠 + 𝐵𝑠 + 𝐶 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 = 𝐴(2𝑠2 + 3𝑠 + 5) + 𝐵𝑠2 + 𝐶𝑠 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 Do numerador 10 = 𝐴(2𝑠2 + 3𝑠 + 5) + 𝐵𝑠2 + 𝐶𝑠 Fazendo 𝑠 = 0 → 5𝐴 = 10 → 𝐴 = 2 Termos de 𝑠2 → 2𝐴 + 𝐵 = 0 → 𝐵 = −4 32 Termos de 𝑠 → 3𝐴 + 𝐶 = 0 → 𝐶 = −6 Observe que o “2” do denominador precisa ser eliminado, então, 𝑌(𝑠) = 2 𝑠 − 4𝑠 + 6 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 Dividindo por 2 para o maior grau do numerador ser unitário, 𝑌(𝑠) = 2 𝑠 − 2𝑠 + 3 𝑠2 + 3 2 𝑠 + 5 2 Completando o quadrado do denominador, 𝑠2 + 3 2 𝑠 + 5 2 = (𝑠 + 3 4 ) 2 + 5 2 − ( 3 4 ) 2 = (𝑠 + 3 4 ) 2 + 5 2 − 9 16 = (𝑠 + 3 4 ) 2 + 31 16 Expandindo e ajustando os termos para a transformada inversa, 𝑌(𝑠) = 2 𝑠 − 2𝑠 + 3 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 = 2 𝑠 + 𝐴 𝑠 + 3 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 + 𝐵 √31 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 Resolvendo os valores para “A” e “B”, 𝑌(𝑠) = 2 𝑠 − 2𝑠 + 3 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 = 2 𝑠 − 2 𝑠 + 3 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 − 3 2 4 √31 √31 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 Cuja transformada inversa de Laplace é dada por, 𝑦(𝑡) = 2 − 2𝑒− 3 4 𝑡 cos ( √31 4 𝑡) − 6 √31 𝑒− 3 4 𝑡 sin ( √31 4 𝑡) 𝑝/𝑡 > 0 33 Figura 3-3: Resposta do sistema massa-mola-amortecedor Exemplo 2: Reposta apenas para as condições iniciais. Calcular a resposta 𝑦(𝑡) do sistema a um deslocamento inicial 𝑦(0) = 1𝑚, isto é, a massa é liberada de1 metro da posição 𝑦 = 0 e 𝑓(𝑡) = 0. Como o sistema é o mesmo, 𝑌(𝑠) = 2𝑠𝑦(0) + 2�̇�(0) + 3𝑦(0) 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 = 2𝑠 + 3 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 𝑌(𝑠) = 𝑠 + 3 2 𝑠2 + 3 2 𝑠 + 5 2 = 𝑠 + 3 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 + 3 4 4 √31 √31 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 31 16 Como pode ser observado, a diferença entre a transformada inversa de Laplace neste caso e a transformada inversa de Laplace anterior é 1/2, então,7 𝑦(𝑡) = 𝑒− 3 4 𝑡 𝑐𝑜𝑠 ( √31 4 𝑡) + 3 √31 𝑒− 3 4 𝑡𝑠𝑒𝑛 ( √31 4 𝑡) p/t > 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 0.5 1 1.5 2 2.5 Reposta para f(t) = 10 N D e s lo c a m e n to ( m ) Tempo (sec) 34 Figura 3-4: Resposta do sistema massa-mola-amortecedor Exemplo 3: Resposta a uma entrada qualquer e a condições iniciais. Calcular a resposta 𝑦(𝑡) do sistema a uma entrada 𝑓(𝑡) degrau 10 aplicada em 𝑡 = 0 e a um deslocamento inicial 𝑦(0) = 1 metro. A resposta simplesmente é a soma das duas respostas obtidas, pois, 𝑌(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 𝐹(𝑠) + 2𝑠𝑦(0) + 2�̇�(0) + 3𝑦(0) 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 = 10 (2𝑠2 + 3𝑠 + 5)𝑠 + 2𝑠 + 3 2𝑠2 + 3𝑠 + 5 Resultando em 𝑦(𝑡) = 2 − 𝑒− 3 4 𝑡 [𝑐𝑜𝑠 ( √31 4 𝑡) − 3√31 31 𝑠𝑒𝑛 ( √31 4 𝑡)] p/t > 0 3.6.2 Funções de Transferência A função de transferência de um sistema representado por uma equação diferencial linear com parâmetros invariantes no tempo é definida como a relação entre a transformada de Laplace da saída e a transformada de Laplace da entrada, admitindo-se todas as condições iniciais nulas. Considerando o sistema linear com parâmetros invariantes no tempo, definido pela seguinte equação diferencial, 𝑎0 𝑦 (𝑛) (𝑡) + 𝑎1 𝑦 (𝑛−1) (𝑡) + ⋯+ 𝑎𝑛−1�̇�(𝑡) + 𝑎𝑛𝑦(𝑡) = 𝑏0 𝑥 (𝑚) (𝑡) + 𝑏1 𝑥 (𝑚−1) (𝑡) + ⋯+ 𝑏𝑚−1�̇�(𝑡) + 𝑏𝑚𝑥(𝑡) Onde y(t) é a saída ou resposta do sistema e x(t) é a entrada ou excitação. A função de transferência correlaciona a entrada com a saída do sistema e é definida pela transformada de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Reposta para y(0) = 1 m D e s lo c a m e n to ( m ) Tempo (sec) 35 Laplace da entrada e pela transformada de Laplace da saída, assumindo todas as condições iniciais nulas. Assim, Função de Transferência 𝐺(𝑠) = ℒ[𝑠𝑎í𝑑𝑎] ℒ[𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎] | 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑁𝑢𝑙𝑎𝑠 Chegando a, 𝑌(𝑠) 𝑋(𝑠) = 𝐺(𝑠) = 𝑏0𝑠 𝑚 + 𝑏1𝑠 𝑚−1 +⋯+ 𝑏𝑚−1𝑠 + 𝑏𝑚 𝑎0𝑠𝑛 + 𝑎1𝑠𝑛−1 +⋯+ 𝑎𝑛−1𝑠 + 𝑎𝑛 Definição: Ordem é o maior grau de “s” do denominador. Assim se a maior potência do denominador da função de transferência for n, o sistema será denominado de “Sistema de Ordem n”. Exemplo 4: Resposta à entrada degrau unitário. Supondo um sistema com a sua equação de movimento dada abaixo, determinar a sua função de transferência e calcular sua resposta 𝑐(𝑡) para uma entrada 𝑢(𝑡)degrau unitário. Equação diferencial: �̈�(𝑡) + 3�̇�(𝑡) + 2𝑐(𝑡) = 2�̇�(𝑡) + 𝑢(𝑡) Observe que a entrada é u(t) e a saída c(t). Aplicando transformada de Laplace e assumindo condições inicias nula, ℒ[�̈�(𝑡)] + 3ℒ[�̇�(𝑡)] + 2ℒ[𝑐(𝑡)] = 2ℒ[�̇�(𝑡)] + ℒ[𝑢(𝑡)] Chegando a, (𝑠2 + 3𝑠 + 2)𝐶(𝑠) = (2𝑠 + 1)𝑈(𝑠) → 𝐶(𝑠) 𝑈(𝑠) = 𝐺(𝑠) = 2𝑠 + 1 𝑠2 + 3𝑠 + 2 Neste caso, o nome 𝐺(𝑠) foi escolhido aleatoriamente. A Resposta ao degrau unitário é calculada conforme procedimento abaixo, 𝐶(𝑠) 𝑈(𝑠) = 2𝑠 + 1 𝑠2 + 3𝑠 + 2 ⇒ 𝐶(𝑠) = 2𝑠 + 1 𝑠2 + 3𝑠 + 2 𝑈(𝑠) ⇒ 𝐶(𝑠) = 2𝑠 + 1 𝑠2 + 3𝑠 + 2 1 𝑠 Observando que os polos desta função de transferência são polos puramente reais, a decomposição em frações parciais é feita da seguinte forma, 𝐶(𝑠) = 2𝑠 + 1 𝑠2 + 3𝑠 + 2 1 𝑠 = 𝐴 𝑠 + 𝐵 𝑠 + 1 + 𝐶 𝑠 + 2 = 𝐴(𝑠 + 1)(𝑠 + 2) + 𝐵𝑠(𝑠 + 2) + 𝐶𝑠(𝑠 + 1) 𝑠(𝑠2 + 3𝑠 + 2) Do numerador: 𝐴(𝑠 + 1)(𝑠 + 2) + 𝐵𝑠(𝑠 + 2) + 𝐶𝑠(𝑠 + 1) = 2𝑠 + 1 Fazendo 𝑠 = 0 → 2𝐴 = 1 → 𝐴 = 1/2; 36 Fazendo 𝑠 = −1 → 𝐵(−1)(−1 + 2) = 2(−1) + 1 → 𝐵 = 1; Fazendo 𝑠 = −2 → 𝐶(−2)(−2 + 1) = 2(−2) + 1 → 𝐶 = −3/2; Assim, 𝐶(𝑠) = 1 2 𝑠 + 1 𝑠 + 1 − 3 2 𝑠 + 2 ⇒ 𝑐(𝑡) = 1 2 + 𝑒−𝑡 − 3 2 𝑒−2𝑡 𝑝/𝑡 ≥ 0 Exemplo 5: Resposta às condições iniciais a partir da Função de Transferência Apesar da função de transferência significar que as condições iniciais são nulas, pode- se calcular a sua resposta passando de função de transferência para equação diferencial e então aplicando novamente a transformada de Laplace. Supondo a seguinte função de transferência, 𝑌(𝑠) 𝑋(𝑠) = 𝐻(𝑠) = 2𝑠 + 3 𝑠2 + 4𝑠 + 4 Calcular a resposta 𝑦(𝑡) para 𝑦(0) = 3, �̇�(0) = 0, 𝑥(0) = 0. Para resolver, deve-se aplicar a transformada inversa de Laplace na função de transferência tal que, 𝑌(𝑠) 𝑋(𝑠) = 2𝑠 + 3 𝑠2 + 4𝑠 + 4 ⇒ (𝑠2 + 4𝑠 + 4)𝑌(𝑠) = (2𝑠 + 3)𝑋(𝑠) Separando os termos e fazendo, ℒ−1[𝑠2𝑌(𝑠)] + 4ℒ−1[𝑠𝑌(𝑠)] + 4ℒ−1[𝑌(𝑠)] = 2ℒ−1[𝑠𝑋(𝑠)] + 3ℒ−1[𝑋(𝑠)] Encontra-se a seguinte equação diferencial, �̈�(𝑡) + 4�̇�(𝑡) + 4𝑦(𝑡) = 2�̇�(𝑡) + 3𝑥(𝑡) Agora aplicando a transformada de Laplace e observando que agora as condições iniciais não são todas nulas, (𝑠2𝑌(𝑠) − 𝑠𝑦(0) − �̇�(0)) + 4(𝑠𝑌(𝑠) − 𝑦(0)) + 4𝑌(𝑠) = 2(𝑠𝑋(𝑠) − 𝑥(0)) + 3𝑋(𝑠) Substituindo os valores e reagrupando, deve ser lembrado que não há entrada, então 𝑋(𝑠) = 0, (𝑠2 + 4𝑠 + 4)𝑌(𝑠) − 3𝑠 − 12 = 0 ⇒ 𝑌(𝑠) = 3𝑠 + 12 𝑠2 + 4𝑠 + 4 Observe que os polos são reais e iguais, então, 37 𝑌(𝑠) = 3𝑠 + 12 𝑠2 + 4𝑠 + 4 = 𝐴 𝑠 + 2 + 𝐵 (𝑠 + 2)2 = 𝐴(𝑠 + 2) + 𝐵 (𝑠 + 2)2 Comparando os numeradores, 3𝑠 + 12 = 𝐴(𝑠 + 2) + 𝐵 Sendo que A = 3 e B = 6, então, 𝑌(𝑠) = 3𝑠 + 12 𝑠2 + 4𝑠 + 4 = 3 𝑠 + 2 + 6 (𝑠 + 2)2 Lembrando que, ℒ[𝑒−𝛼𝑡𝑡] = 1 (𝑠 + 𝛼)2 Então, 𝑦(𝑡) = 3𝑒−2𝑡 + 6𝑡𝑒−2𝑡 = 3𝑒−2𝑡(1 + 2𝑡) p/t ≥ 0 3.6.3 Classificação das Funções de Transferência Há uma série de classificações das funções de transferência: • Quanto ao grau do denominador: O maior grau do denominador estabelece a ordem da função de transferência, isto é, se o maior grau for n, a função de transferência será de ordem n. • Relação entre o grau do numerador e o grau do denominador: o Grau do denominador ≥ Grau do numerador: F.T. Própria; o Grau do denominador < Grau do numerador: F.T. Imprópria; • Quanto aos zeros: o Todos os zeros possuem parte real < zero: F.T. de Fase Mínima; o Caso contrário: F.T. de Fase Não-Mínima; • Quanto aos polos, será visto mais à frente como Estabilidade: o Todos os polos possuem parte real < zero, a F.T. é Assintoticamente Estável; o Pelo menos um polo com parte real nula e demais polos possuem parte real < 0, a F.T. é Marginalmente Estável; o Pelo menos um polo com parte real > 0, a F.T. é Instável. 38 3.6.4 Exercícios Resolvidos Exercício #1: Manipulação de funções de transferência. Supondo a seguinte equação diferencial, 2�̈�(𝑡) + 3�̇�(𝑡) + 7𝑦(𝑡) = 𝑥(𝑡) Cuja representação em função de transferência 𝑌(𝑠) 𝑋(𝑠) é dada por, 𝑌(𝑠) 𝑋(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 Sendo que a resposta 𝑌(𝑠) é a transformada de Laplace de 𝑦(𝑡). Se fosse necessário obter a resposta de �̇�(𝑡), isso é possível observando que, ℒ[𝑦(𝑡)] = 𝑌(𝑠) 𝑒 ℒ[�̇�(𝑡)] = 𝑠𝑌(𝑠) = 𝑍(𝑠) Assim, Z(s) é a transformada de Laplace de �̇�(𝑡). Esta mudança de variável foi feita para facilitar a compreensão do problema proposto. Então a nova função de transferência fica, 𝑌(𝑠) 𝑋(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 ⇒ 𝑍(𝑠) 𝑠 𝑋(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 ⇒ 𝑍(𝑠) 𝑋(𝑠) = 𝑠 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 Para demonstrar, será calcula a resposta 𝑦(𝑡) e �̇�(𝑡) para uma entrada degrau unitário. Então, para �̇�(𝑡) representado por𝑍(𝑠), 𝑍(𝑠) = 𝑠 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 1 𝑠 = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 = = 1 2 𝑠2 + 3 2 𝑠 + 7 2 = 1 2 (𝑠 + 3 4) 2 + 47 16 = 1 2 4 √47 √47 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 47 16 Cuja transformada inversa é dada por, 𝑧(𝑡) = 2√47 47 𝑒− 3 4 𝑡 𝑠𝑖𝑛 ( √47 4 𝑡) p t > 0 Fazendo para y(t) representado por Y(s), 𝑌(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 1 𝑠 = 1 7 𝑠 − 2 7 𝑠 + 3 7 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 = 39 = 1 7 1 𝑠 − 1 7 𝑠 + 3 14 𝑠2 + 3 2 𝑠 + 7 2 = 1 7 1 𝑠 − 1 7 𝑠 + 3 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 47 16 − 3 28 4 √47 √47 4 (𝑠 + 3 4) 2 + 47 16 Cuja transformada inversa é dada por, 𝑦(𝑡) = 1 7 − 1 7 𝑒− 3 4 𝑡 [𝑐𝑜𝑠 ( √47 4 𝑡) + 3√47 47 𝑠𝑖𝑛 ( √47 4 𝑡)] p/t ≥ 0 Para verificar, derivando 𝑦(𝑡) em relação ao tempo, �̇�(𝑡) = − 1 7 (− 3 4 ) 𝑒− 3 4 𝑡 [cos ( √47 4 𝑡) + 3√47 47 sin ( √47 4 𝑡)] − 1 7 𝑒− 3 4 𝑡 [− √47 4 sin ( √47 4 𝑡) + 3√47 47 √47 4 cos ( √47 4 𝑡)] Reagrupando, �̇�(𝑡) = − 1 7 𝑒− 3 4 𝑡 [(− 3 4 + 3√47 47 √47 4 ) cos ( √47 4 𝑡) + (− 3 4 3√47 47 − √47 4 ) sin ( √47 4 𝑡)] = − 1 7 𝑒− 3 4 𝑡 [− 14√47 47 sin ( √47 4 𝑡)] = 2√47 47 𝑒− 3 4 𝑡 sin ( √47 4 𝑡) Exercício #2: Manipulação de funções de transferência. Em muitas aplicações de sistemas de controle, é necessário medir um “Critério de Desempenho” que pode ser formado pela junção conforme, Critério de Desempenho 𝑐(𝑡) = 3�̇�(𝑡) + 2𝑦(𝑡) Para a seguinte função de transferência, 𝑌(𝑠) 𝑋(𝑠) = 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 Neste caso, a solução é dada aplicando a transformada de Laplace no critério de desempenho assim, 𝐶(𝑠) = (3𝑠 + 2)𝑌(𝑠) Substituindo Y(s) da função de transferência, 𝐶(𝑠) = (3𝑠 + 2) 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 𝑋(𝑠) Voltando para a forma típica de saída sobre entrada, 40 𝐶(𝑠) 𝑋(𝑠) = 3𝑠 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 + 2 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 = 3𝑠 + 2 2𝑠2 + 3𝑠 + 7 Exercício #3: Função de transferência envolvendo múltiplas equações diferenciais. Supondo o sistema de equações que descrevem as equações de movimento da suspensão ativa definido abaixo, [ 𝑀𝑠 0 0 𝑀𝑛 ] { �̈�𝑠(𝑡) �̈�𝑛(𝑡) } + [ 𝐶 −𝐶 −𝐶 𝐶 ] { �̇�𝑠(𝑡) �̇�𝑛(𝑡) } + [ 𝐾 −𝐾 −𝐾 𝐾 + 𝐾𝑝 ] { 𝑦𝑠(𝑡) 𝑦𝑛(𝑡) } = [ 1 0 −1 𝐾𝑝 ] { 𝑢(𝑡) 𝑤(𝑡) } Observe que o sistema possui duas entradas definidas por u(t) e w(t). Além disso, o desejável será medir os deslocamentos 𝑦𝑠(𝑡) e 𝑦𝑛(𝑡). Então, serão obtidas quatro funções de transferência entre cada entrada e cada saída conforme, 𝑌𝑠(𝑠) 𝑈(𝑠) = 𝐺1(𝑠), 𝑌𝑛(𝑠) 𝑈(𝑠) = 𝐺2(𝑠), 𝑌𝑠(𝑠) 𝑊(𝑠) = 𝐺3(𝑠), 𝑌𝑛(𝑠) 𝑊(𝑠) = 𝐺4(𝑠) As funções de transferência são encontradas através da transformada de Laplace das equações diferenciais e de sucessivas manipulações para separar as entradas e saídas necessárias. Aplicando transformada de Laplace, (𝑀𝑠𝑠 2 + 𝐶𝑠 + 𝐾)𝑌𝑠(𝑠) = (𝐶𝑠 + 𝐾)𝑌𝑛(𝑠) + 𝑈(𝑠) (𝑀𝑛𝑠 2 + 𝐶𝑠 + 𝐾 + 𝐾𝑝)𝑌𝑛(𝑠) = (𝐶𝑠 + 𝐾)𝑌𝑠(𝑠) + 𝐾𝑝𝑊(𝑠) − 𝑈(𝑠) Substituindo 𝑌𝑛(𝑠) na 1ª equação, (𝑀𝑠𝑠 2 + 𝐶𝑠 + 𝐾)𝑌𝑠(𝑠) = (𝐶𝑠 + 𝐾)( (𝐶𝑠 + 𝐾)𝑌𝑠(𝑠) + 𝐾𝑝𝑊(𝑠) − 𝑈(𝑠) 𝑀𝑛𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾 ) + 𝑈(𝑠) Rearranjando para encontrar 𝐺1(𝑡) e 𝐺3(𝑡), 𝑌𝑠(𝑠) = 𝑀𝑛𝑠 2+𝐾𝑝 (𝑀𝑠𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾)(𝑀𝑛𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾+𝐾𝑝) − (𝐶𝑠 + 𝐾)2 𝑈(𝑠) + (𝐶𝑠 + 𝐾)𝐾𝑝 (𝑀𝑠𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾)(𝑀𝑛𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾+𝐾𝑝) − (𝐶𝑠 + 𝐾)2 𝑊(𝑠) Substituindo 𝑌𝑠(𝑠) na 2ª equação, (𝑀𝑛𝑠 2 + 𝐶𝑠 + 𝐾 + 𝐾𝑝)𝑌𝑛(𝑠) = (𝐶𝑠 + 𝐾)( (𝐶𝑠 + 𝐾)𝑌𝑛(𝑠) + 𝑈(𝑠) 𝑀𝑠𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾 ) + 𝐾𝑝𝑊(𝑠) − 𝑈(𝑠) Rearranjando para encontrar G2(s) e G4(s), 41 𝑌𝑠(𝑠) = −𝑀𝑠𝑠 2 (𝑀𝑠𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾)(𝑀𝑛𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾+𝐾𝑝) − (𝐶𝑠 + 𝐾)2 𝑈(𝑠) + (𝑀𝑠𝑠 2 + 𝐶𝑠 + 𝐾)𝐾𝑝 (𝑀𝑠𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾)(𝑀𝑛𝑠2 + 𝐶𝑠 + 𝐾+𝐾𝑝) − (𝐶𝑠 + 𝐾)2 𝑊(𝑠) Observe que os zeros são diferentes, mas os polos são os mesmos. Isso significa que não importa o número de entradas ou saídas, os polos serão os mesmos desde que não ocorra cancelamento entre polos e zeros. 3.6.5 Exemplos utilizando Matlab® Exemplo 1: Calcular a resposta analítica utilizando o Malab. G(s) = s + 2 s2 + 3s + 5 e R(s) = 1 s clear all % apaga todas as variáveis close all % fecha todas as janelas gráficas clc % apaga a tela do matlab % forma de verificar a resposta analítica syms s t % define variáveis simbólicas % Função de transferência G=(s+2)/(s^2+3*s+5); % Entrada R=1/s; % Resposta Inversa pretty(ilaplace(G*R,t)) Exemplo 2: Calcular resposta numérica utilizando o Matlab para a resposta ao degrau unitário. clear all % apaga todas as variáveis close all % fecha todas as janelas gráficas clc % apaga a tela do matlab % Define a função de transferência G(s) G=tf([1 2],[1 3 5]) % Calcula a resposta ao degrau unitário utilizando a formulação padrão para % o vetor de tempo t [y1,t]=step(G); % resposta ao degrau calculada pela transformada inversa, observe que entre % a exponencial e os termos oscilantes há .* y2=2/5-2/5*exp(-3/2*t).*(cos(sqrt(11)/2*t)-2/sqrt(11)*sin(sqrt(11)/2*t)); % gráfico da resposta ao degrau unitário figure;plot(t,y1,'o',t,y2) legend('Matlab','Transformada Inversa') clear all % apaga todas as variáveis close all % fecha todas as janelas gráficas clc % apaga a tela do matlab 42 % Define a função de transferência G(s) G=tf([1 2],[1 3 5]) % Traça a resposta ao degrau unitário figure;step(G) Exemplo 3: Calcular resposta numérica utilizando o Matlab para uma entrada qualquer. 𝐺(𝑠) = 𝑠 + 2 𝑠2 + 3𝑠 + 5 𝑒 𝑟(𝑡) = 𝑒−3𝑡 % Cálculo da transformada inversa para uma entrada qualquer clear all % apaga todas as variáveis close all % fecha todas as janelas gráficas clc % apaga a tela do matlab % Define a função de transferência G(s) G = tf([1 2],[1 3 5]) % Definindo o vetor de tempo t = 0:0.05:5; % Entrada r = exp(-3*t); % Resposta a uma entrada qualquer y1=lsim(G,r,t); % resposta calculada pela transformada inversa, observe que entre % a exponencial e os termos oscilantes há .* y2=-1/5*exp(-3*t)+1/5*exp(-3/2*t).*(cos(sqrt(11)/2*t)+ ... 7/sqrt(11)*sin(sqrt(11)/2*t)); % Gráfico da resposta ao degrau unitário figure;plot(t,y1,'o',t,y2) legend('Matlab','Transformada Inversa') 3.7 Projeto #1: Simulação de Sistemas Objetivo do Projeto: Adquirir conhecimentos de simulação de sistemas utilizando uma ferramenta numérica. Observar a aplicabilidade da simulação de sistemas. Problema Proposto: Simular uma suspensão de ¼ de veículo tomando como resposta o deslocamento 𝑌(𝑠) e a aceleração da massa suspensa para uma entrada de distúrbio 𝑊(𝑠) na forma de uma lombada. Desenvolvimento: O aluno deverá escolher um veículo para a simulação e retirar os dados necessário para a formulação da função de transferência, definir o formato da lombada e a velocidade de passagem. 3.8 Exercícios Propostos 1. Calcular a Transformada de Laplace das seguintes funções temporais. 43 a. 𝑎(𝑡) = 5 + 𝑡 + 𝑒−8𝑡 sin 3𝑡 b. 𝑏(𝑡) = 𝑡2𝑒−3𝑡 cos 7𝑡 2. Calcular a Transforada Inversa de Laplace das seguintes relações. a. 𝐹(𝑠) = 3 (𝑠+3)(𝑠+5)(𝑠2+3𝑠+17) b. 𝐺(𝑠) = 3𝑠+2 (𝑠+3)2(3𝑠2+𝑠+5) c. 𝐻(𝑠) = 𝑠5+3 𝑠(3𝑠2+5𝑠+2)(2𝑠2+2𝑠+7) 3. Para a equação diferencial abaixo. 3𝑦(𝑡) + 15�̈�(𝑡) + 99�̇�(𝑡) + 87𝑦(𝑡) = 20�̇�(𝑡) + 47𝑢(𝑡) a. Determinar a Função de Transferência 𝑌(𝑠)/𝑈(𝑠); b. Utilizando a Função de Transferência, calcular: i. Resposta y(t) à entrada degrau unitário 𝑢(𝑡); ii. Resposta y(t) à entrada 𝑢(𝑡) = 2𝑒−3𝑡; iii. Resposta y(t) à entrada 𝑢(𝑡) = 2 sin 3𝑡; iv. Resposta y(t)à entrada 𝑢(𝑡) = 1 + 2𝑒−3𝑡 sin 3𝑡; c. Para a letra b, aplicar o teorema do valor final e encontrar lim 𝑡→∞ 𝑦(𝑡). Neste exercício, observar: • Letra b) parte da resposta é a mesma para todas as entradas; • Letra c) o teorema do valor final gera resultado numérico para todas as entradas, mas não existe para a parte iii. Qual a explicação? 4. Para a Função de Transferência abaixo. 𝑋(𝑠) 𝑌(𝑠) = 𝐺(𝑠) = 𝑠 + 1 𝑠2 + 5𝑠 + 6 a. Calcular a resposta 𝑥(𝑡) para uma entrada 𝑦(𝑡) degrau 2; b. Calcular a resposta 𝑥(𝑡) às seguintes condições iniciais �̇�(0) = −1, 𝑥(0) = 2, 𝑦(0) = 0.5, com entrada nula, 𝑦(𝑡) = 0. c. Calcular a resposta às seguintes condições iniciais �̇�(0) = −1, 𝑥(0) = 2, 𝑦(0) = 0.5, e uma entrada 𝑦(𝑡) = 2. 5. Para a equação abaixo, calcular a resposta 𝑦(𝑡) à uma entrada 𝑥(𝑡) degrau unitário. 𝑑4𝑦(𝑡) 𝑑𝑡4 + 5 𝑑3𝑦(𝑡) 𝑑𝑡3 (𝑡) + 18 𝑑2𝑦(𝑡) 𝑑𝑡2 (𝑡) + 34 𝑑𝑦(𝑡) 𝑑𝑡 (𝑡) + 20𝑦(𝑡) = 𝑑2𝑢(𝑡) 𝑑𝑡2 (𝑡) + 5𝑢(𝑡) 44 6. Para a Função de Transferência abaixo, calcular a resposta 𝑐(𝑡) a uma entrada 𝑟(𝑡) impulso unitário. 𝐶(𝑠) 𝑅(𝑠) = 𝐻(𝑠) = 𝑠2 + 𝑠 + 1 2𝑠2 + 3𝑠 + 6 7. Para a Função de Transferência abaixo, calcular a resposta 𝑧(𝑡) para uma entrada 𝑣(𝑡) = 𝑒−2𝑡; 𝑍(𝑠) 𝑉(𝑠) = 𝐹(𝑠) = 𝑠 − 1 𝑠3 + 3𝑠2 + 3𝑠 + 1 8. Para a equação diferencial abaixo, 3𝑦(𝑡) + 15�̈�(𝑡) + 99�̇�(𝑡) + 87𝑦(𝑡) = 20�̇�(𝑡) + 47𝑢(𝑡) a. Encontrar a função de transferência para medir a resposta 3�̈�(𝑡) + 𝑦(𝑡); b. Calcular a resposta acima para uma entrada degrau unitário; 9. Para a equação diferencial abaixo, calcular a resposta �̇�(𝑡) para uma entrada 𝑧(𝑡) impulso unitário. Cuidado com o cancelamento entre polos e zeros, 𝑦(𝑡) + 5�̈�(𝑡) + 16�̇�(𝑡) + 30𝑦(𝑡) = �̇�(𝑡) + 3𝑧(𝑡) 45 3.9 Respostas 1.a) 𝐴(𝑠) = 5 𝑠 + 1 𝑠2 + 3 𝑠2 + 16𝑠 + 73 1.b) 𝐵(𝑠) = 2 (2𝑠 + 6)2(𝑠 + 3) ((𝑠 + 3)2 + 49)3 − 2 3𝑠 + 9 ((𝑠 + 3)2 + 49)2 2.a) 𝑓(𝑡) = 3 34 𝑒−3𝑡 − 1 18 𝑒−5𝑡 − 1 153 𝑒− 3 2 𝑡 (5 cos √59 2 𝑡 + 19 √59 cos √59 2 𝑡) 𝑝/𝑡 ≥ 0 2.b) 𝑔(𝑡) = − 32 841 𝑒−3𝑡 − 7 29 𝑒−3𝑡 − 32 841 𝑒− 1 6 𝑡 (cos √59 6 𝑡 + 337√59 944 cos √59 2 𝑡) 𝑝/𝑡 ≥ 0 2.c) ℎ(𝑡) = 3 14 + 1 6 𝛿(𝑡) + 2 7 𝑒−𝑡 − 697 1062 𝑒− 2 3 𝑡 − 17 59 𝑒− 1 2 𝑡 (cos √13 2 𝑡 + 137√13 3094 cos √59 2 𝑡) 𝑝/𝑡 ≥ 0 3. a) 𝐺(𝑠) = 𝑌(𝑠) 𝑈(𝑠) = 20𝑠2+47 3𝑠3+15𝑠2+99𝑠+87 . b) i. 𝑦(𝑡) = 721 2262 𝑒−2𝑡 (cos(5𝑡) + 14579 3605 𝑠𝑒𝑛(5𝑡)) − 67 78 𝑒−𝑡 + 47 87 . ii. 𝑦(𝑡) = 67 78 𝑒−𝑡 − 227 78 𝑒−3𝑡 + 80 39 𝑒−2𝑡 (cos(5𝑡) + 373 400 𝑠𝑒𝑛(5𝑡)). iii. 𝑦(𝑡) = 399 340 cos(3𝑡) + 67 130 𝑒−𝑡 + 133 510 𝑠𝑒𝑛(3𝑡) − 1493 884 𝑒−2𝑡 (cos(5𝑡) + 3222 7465 𝑠𝑒𝑛(5𝑡)). iv. 𝑦(𝑡) = 1866 4225 𝑒−3𝑡 (cos(3𝑡) − 23432 2799 𝑠𝑒𝑛(3𝑡)) − 469 1014 𝑒−𝑡 − 381809 735150 𝑒−2𝑡 (cos(5𝑡) − 2585149 381809 𝑠𝑒𝑛(5𝑡)) + 47 87 . c) i. lim 𝑡→∞ 𝑦(𝑡) = 47 87 . ii. lim 𝑡→∞ 𝑦(𝑡) = 0 . iii. lim 𝑡→∞ 𝑦(𝑡) = 0 (porém, lim 𝑡→∞ 𝑦(𝑡) não existe). iv. lim 𝑡→∞ 𝑦(𝑡) = 47 87 . 4. a) Resposta a entrada degrau 2: 𝑥(𝑡) = 1 3 + 𝑒−2𝑡 − 4 3 𝑒−3𝑡. 46 b) Resposta para as condições iniciais especificadas: 𝑥(𝑡) = 9 2 𝑒−2𝑡 − 5 2 𝑒−3𝑡. c) Resposta para as condições iniciais especificadas: 𝑥(𝑡) = 1 3 + 11 2 𝑒−2𝑡 − 23 6 𝑒−3𝑡. 5. Resposta ao degrau unitário: 𝑦(𝑡) = 9 20 𝑒−2𝑡 − 2 3 𝑒−𝑡 − 1 30 𝑒−𝑡(cos(3𝑡) − 2𝑠𝑒𝑛(3𝑡)) + 1 4 . 6. Resposta ao impulso unitário: 𝑐(𝑡) = 1 2 𝛿(𝑡) − 1 4 𝑒− 3 4 𝑡 (cos ( √39 4 𝑡) + √39 3 𝑠𝑒𝑛 ( √39 4 𝑡)). 7. Resposta a entrada v(t) = e−2t: 𝑧(𝑡) = 3𝑒−2𝑡 − 3𝑒−𝑡 + 3𝑡𝑒−𝑡 − 𝑡2𝑒−𝑡. 8. a) Função de transferência: 𝑍(𝑠) 𝑈(𝑠) = 60𝑠4+161𝑠+47 3𝑠3+15𝑠2+99𝑠+87 . b) Resposta 1(t): 𝑧(𝑡) = 47 87 + 20𝛿(𝑡) + 9 13 𝑒−𝑡 − 114494 1131 𝑒−2𝑡 (cos(5𝑡) + 4307 6026 𝑠𝑒𝑛(5𝑡)). 9. Resposta ao impulso unitário: �̇�(𝑡) = 𝑒−𝑡 (cos(3𝑡) − 1 3 𝑠𝑒𝑛(3𝑡)). 47 3.10 Exercícios da prova Remota de 2020/1 1) Para a equação diferencial definida abaixo, pede-se, 2 𝑑2𝑦(𝑡) 𝑑𝑡2 + 8 𝑑𝑦(𝑡) 𝑑𝑡 + 12𝑦(𝑡) = 3 𝑑𝑥(𝑡) 𝑑𝑡 + 𝑿𝟐𝑿𝟏𝑥(𝑡) Onde X2X1 deve ser substituído pelos dois últimos dígitos da matricula. a) (1 Pontos) Encontrar a função de transferência )s(X )s(Y ; b) (4 Pontos) Com a função de transferência do item a, calcular a resposta y(t) para uma entrada t3e2)t(x −= . Solução: 𝑌(𝑠) = 𝐶1 𝑠 + 3 + 𝐶2𝑠 + 𝐶3 3𝑠2 + 8𝑠 + 12 clear all;close all;clc % Número do Aluno YY=Y2Y1; % substituir % Função de Transferência G = tf([3 YY],[2 8 12]) syms t s A B C numG=(3*s+YY); denG=(2*s^2+8*s+12); G = numG/denG; numR=2; denR=(s+3); R = numR/denR; % Sistema AA=[2 1 0;8 3 1;12 0 3]; CC=[0;6;2*YY]; RR=AA\CC; disp(['C1 = ',num2str(RR(1))]) disp(['C2 = ',num2str(RR(2))]) disp(['C3 = ',num2str(RR(3))]) % Inversa #1 C = (ilaplace(G*R,s,t)) % Inversa #1 - SINAL ERRADO versão 2015a pretty(C) % Inversa #1 - 4 CASAS vpa(expand(C),4) 48 2) Para a função de transferência abaixo, calcular a resposta temporal da derivada de c(t), isto é, 𝑑 𝑑𝑡 𝑐(𝑡) para uma entrada r(t) tipo degrau de amplitude 2. 𝐶(𝑠) 𝑅(𝑠) = 4𝑠 + 3 (𝑠 + 𝑿𝟐𝑿𝟏)2(2𝑠 + 3)(3𝑠2 + 𝑠 + 𝒀𝟐𝒀𝟏) Onde X2X1Y2Y1 deve ser substituído pelos 4 últimos dígitos da matricula. 𝐶(𝑠) = 𝐴 𝑠 + 𝑿𝟐𝑿𝟏 + 𝐵 (𝑠 + 𝑿𝟐𝑿𝟏)2 + 𝐶 2𝑠 + 3 + 𝐷𝑠 + 𝐸 3𝑠2 + 𝑠 + 𝒀𝟐𝒀𝟏 clear all;close all;clc XX= X2X1; % substituir; YY= Y2Y1; % substituir syms t s A B C D E numG=s*(4*s+3); denG1=(s+XX); denG2=(2*s+3); denG3=(3*s^2+s+YY); G = numG/(denG1^2*denG2*denG3); numR=2; denR=s; R = numR/denR; AA=[ 6 0 3 2 0; ... (11+6*XX) (6) (1+6*XX) (3+4*XX) (2); ... (3+11*XX+2*YY) (11) (3*XX^2+2*XX+YY) (2*XX^2+6*XX) (3+4*XX); ... (3*XX+3*YY+2*XX*YY) (3+2*YY) (XX^2+2*XX*YY) (3*XX^2) (2*XX^2+6*XX);... (3*XX*YY) (3*YY) (XX^2*YY) (0) (3*XX^2)]; BB=[0;0;0;8;6]; CC=AA\BB; disp(['A = ',num2str(CC(1))]) disp(['B = ',num2str(CC(2))]) disp(['C = ',num2str(CC(3))]) disp(['D = ',num2str(CC(4))]) disp(['E = ',num2str(CC(5))]) % Inversa #1 C = (ilaplace(G*R,s,t)) % Inversa #1 - SINAL ERRADO versão 2015a pretty(C) % Inversa #1 - 4 CASAS vpa(expand(C),4)
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