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Acadêmica: Patricia Francisca Vieira 1. Qual é a demanda? A senhora Augusta de 52 anos, procurou atendimento psicológico, em virtude do encaminhamento feito pela psicóloga do local onde trabalha, o Hospital xxxx, para que seja feita a avaliação das funções cognitivas por apresentar determinado grau de dificuldade de memória, o que vem interferindo na execução das suas atividades causando um déficit em seu desempenho profissional. Diante do caso, faz-se necessário uma avaliação psicológica para melhor compreensão dos problemas relatados, bem como para o delineamento de uma intervenção, caso se faça necessária. 2. Qual é a queixa? Considerando que a queixa está relacionada com tudo aquilo que causa sofrimento ao indivíduo, a paciente relata dificuldades em desempenhar seu trabalho, deixando de cumprir diversas tarefas por esquecimento, demonstrou medo de perder o emprego como consequência deste problema. Apresenta sentimento de insegurança e inferioridade referente as questões da infância, relacionados com o processo de aprendizagem escolar, como também pela preferência que a mãe tinha pelos outros irmãos, além da dificuldade de relação que sempre apresentou com mãe, sentido até um nível de desprazer na socialização familiar. A paciente demonstra frustação diante da experiência do casamento, que constitui fonte de dificuldades e infelicidade. A relação com os próprios filhos também foi distante e ausente. Especificamente aos problemas de memória que foi o ponto de partida para seu encaminhamento à avaliação psicológica, relatou que nunca conseguiu ler um livro inteiro, pois ao final de uma página já havia esquecido o que leu e precisava retornar novamente a página anterior, tornando impossível dar continuidade a leitura. 3. Como explorar a história de vida. Quais perguntas podem ser feitas (pelo menos 3)? 1. A senhora tem esquecimento a respeito de eventos mais recentes ou mais antigos? O que é mais difícil lembrar? 2. Sra. Augusta, dentro das suas possibilidades, descreva com mais detalhes outras situações em que a dificuldade de memória trouxe alguma complicação ou interferiu na sua qualidade de vida. 3. Conte um pouco mais sobre sua infância, de acordo com o que a senhora consegue lembrar, gostaria que detalhasse um pouco suas atividades e comportamento. 4. A partir da segunda sessão, sugere-se a aplicação do BDI para verificar o nível da intensidade da depressão no início do atendimento. A análise qualitativa das respostas permite uma avaliação de conteúdo específico dos aspectos da vida do paciente que estão mais afetados pelos sintomas depressivos, bem como permite verificar quais aspectos permanecem preservados. Alguns itens do BDI podem necessitar de investigação mais detalhada, deve-se então complementar os dados sobre o modo de vida e dificuldades momentâneas do paciente expressos nas respostas. É correto este procedimento para o caso ¿ Justifique. Sim, o uso do BDI é correto, tanto para avaliar a intensidade da depressão do paciente durante o processo da terapia, (se esta for indicada), permitindo rastrear o progresso e o sucesso do tratamento, como também para levantar hipóteses quanto ao possível quadro clínico psicológico do paciente. Para uma investigação detalhada e mais assertiva referente a questão da perda de memória, é sabido que a depressão entre outras áreas, afeta também as funções cognitivas, podendo interferir e dificultar a capacidade de memorização e atenção do paciente, estendendo seus reflexos no trabalho, estudos e interação social do indivíduo. Então, avaliar a depressão deste paciente é necessário e imprescindível para um correto psicodiagnóstico. 5. Qual a provável duração do processo para este caso? Como dever ser finalizado? A duração de um psicodiagnóstico constitui uma estimativa de tempo apropriada para a operacionalização das atividades implícitas pelo plano de avaliação. Dependendo da demanda do paciente a duração do processo pode variar. Para este caso, levanta-se a probabilidade de duração de 4 encontros, podendo se estender para mais um encontro se necessário, onde serão organizados da seguinte maneira: - 1º Encontro: 1º Contato e entrevista inicial com a paciente (anamnese, levantamento do histórico clínico, familiar, história de vida, de acordo com a pertinência do caso) - 2º e 3º Encontros: Aplicação de testes e técnicas projetivas (podendo se estender para mais um encontro, conforme necessário para aplicação dos testes) - 4º Encontro: Encerramento do processo e devolução oral à paciente, seguido do envio do laudo de psicodiagnóstico a ser encaminhado para o solicitante. 6. Quais os instrumentos padronizados você usaria para estudar o caso. Os instrumentos usados servem tanto para confirmar hipóteses levantadas como também para refutar possíveis suspeitas de comprometimentos mais graves. BFP- Bateria Fatorial de Personalidade BPA- Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção , tem como objetivo realizar uma avaliação da capacidade geral de atenção. Teste Pictórico de Memória Visual (TEPIC-M) –com o objetivo de avaliar a capacidade do indivíduo em recuperar uma informação num curto espaço de tempo, ou seja, a memória visual da pessoa por meio de estímulos figurais. Inventário de Depressão de Beck – BDI – Para medir a intensidade da depressão. (Utilizado no 2º encontro) Mini Exame do Estado Mental – Utilizaria este teste como apoio, para poder identificar quais funções precisam ser investigadas, é um instrumento de rastreamento, avaliando as funções cognitivas. Raven- Matrizes Progressivas Escalas Geral , tem como objetivo avaliar a capacidade imediata para observar e pensar com clareza, aferir o desenvolvimento intelectual, a capacidade de aprendizagem e a deficiência mental.
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