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MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED MARIA LAURA – TROLE BIOMEDICINA XLII UFTM • Os nucleotídeos são estruturas responsáveis por formar as moléculas de DNA e RNA FUNÇÃO DO DNA: armazenamento da informação genética. FUNÇÃO DO RNA: rRNA(ribossômico), mRNA(mensageiro), tRNA(transportador) e outros RNA de funções especiais (ribozimas - atividade catalítica-, estruturais e regulatórios) ESTRUTURA DO NUCLEOTÍDEO - açúcar de 5 carbonos (pentose) - grupo fosfato - base nitrogenada No exemplo é possível ver a estrutura básica de um DESOXIRIBONUCLEOTÍDEO, isto porque é possível observar que no segundo carbono está ligado uma molécula de hidrogênio. Ao que difere disto, se na segunda posição se encontrasse uma hidroxila (OH) o açúcar seria uma ribose. A base nitrogenada sempre se encontra ligada ao primeiro carbono da pentose, ao passo que o grupo fosfato está ligado ao 5º carbono deste grupo, podendo também ser encontrado fazendo ligação com o oxigênio do 3º átomo de carbono da pentose. Nucleotídeo na imagem é denominado Desoxi-CTP ou Desoxicitidinatrifosfato, porque: - pentose: desoxirribose - base nitrogenada: citosina - nº de fosfatos: três (trifosfato) Nesse segundo exemplo têm-se uma RIBOSE, ou seja um ribonucleotídeo que pode compor o RNA. Os grupos deste nucleotídeo em questão são: - pentose: ribose - base nitrogenada: adenina - nº de fosfatos: três (trifosfato) Ainda neste exemplo a porção destacada em azul (base nitrogenada e pentose) é um NUCLEOSÍDEO: - molécula formada pela ligação entre uma pentose e uma base nitrogenada. - nesse exemplo denomina-se ADENOSINA (adenina+ribose) NUCLEOTÍDEO - 1 a 3 grupos fosfatos ligados à um nucleosídeo - adenilato Para diferenciar os átomos da base nitrogenada dos átomos da pentose faz-se uma numeração T01 -aula 01 MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED - base nitrogenada: 1 a 6 (para citosina) e 1 a 9 (para adenina) - pentose: 1’ a 5’ CONFORMAÇÕES DA RIBOSE Há duas formas para se encontra a ribose: - aldeídica - cetônica (mais estável) Quando se identifica-se a forma ALDEÍDICA está posto que o primeiro carbono possui como grupo funcional um Aldeído, sendo que os seguintes são álcoois. A forma cetônica se forma quando o Oxigênio ligado ao C4’ da forma aldeídica promove um ataque de nucleofílico ao C1’ do aldeído. Neste momento a ligação entre C1’ e O pré-existente é desfeita e forma-se um ciclo, a forma CETÔNICA, com um álccol na posição 1’. BASES NITROGENADAS Há sempre uma purina e uma pirimidina ligada ao C1’. - purina: adenina (DNA e RNA) e guanina (DNA e RNA) • 9 átomos de carbono - pirimidina: citosina (DNA e RNA), timina (DNA) e uracila (RNA) • 6 átomos de carbono DNA MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED A ligação entre as bases nitrogenadas e as pentoses é denominada LIGAÇÃO N-GLICOSÍDICA, porque sempre haverá uma ligação entre um átomo de Nitrogênio e o Carbono 1’ da pentose. - Pirimidina: N 1 ligado ao C1’ - Purinas: N 9 ligado ao C1’ O C5’ e C3’ se destacam pois são à esses átomos de carbono que serão realizadas LIGAÇÕES FOSFODIÉSTER. - une dois nucleotídeos - liga um fósforo a um oxigênio, e este ao carbono da base e assim por diante. - o trio Fósforo, oxigênio e carbono denomina-se FOSFOÉSTER RELAÇÃO DE CHARGAFF Para todo DNA testado nota-se - mesma quantidade de Adenina e Timina ( A = T ) - mesma quantidade de Guanina e Citosina ( C ≡ G ) - Cada uma dessas bases poderia ser encontrada aos pares!!!! Chargaff notou que para cada espécie estudada havia uma composição de bases nitrogenadas diferentes. TIMINA ≠ URACILA - presença de um grupo metil presente na dupla ligação do anel da TIMINA MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED MODELO DE WATSON & CRICK TÉCNINA DE ROSALIND FRANKLING - purificar a molécula de DNA e gerar cristais - incidir raios-X nos cristais - nota-se que cada molécula biológica gera um padrão de desvios de raios-x que irão refletir na estrutura da molécula CONCLUSÃO: DNA é formado por um grande eixo de simetria central que se organiza com ângulos diferentes, além de apresentarem duas regiões com grande quantidade de elétrons. CONSTRUÇÃO DO MODELO CONSIDERANDO: - composição química da molécula - capacidade de realizar ligações fósfodiester - Relação de Chargaff - Técnica de Rosalind Frankling Watson & Crick puderam construir um modelo para a molécula de DNA. - Envolve o pareamento de duas fitas de forma antiparalela, sendo que entre essas há a ligação entre duas bases nitrogenadas, seguindo então a regra de Chargaff uma Adenina liga-se à Timina ao passo que uma Guanina se liga à Citosina. - O pareamento antiparalelo se dá pelo sentido 5’---3’ da fita, formando um ASPECTO DE DUPLA HÉLICE com um SULCO PRINCIPAL e outro SULCO SECUNDÁRIO, sendo que o primeiro é notavelmente mais largo e o segundo um pouco mais estreito. OS NUCLEOTÍDEOS SÃO MAIS FACILMENTE RECONHECIDOS NA REGIÃO DO SULCO PRINCIPAL. A molécula de DNA apresenta uma parte externa HIDROFÍLICA e uma parte interna HIDROFÓBICA. - a hidrofilia da porção externa se deve à presença dos grupos fosfatos nessa região. As bases nitrogenadas ligam entre si por interações moleculares fracas de PONTES DE HIDROGÊNIO - A = T (ligação dupla) - C ≡ G (ligação tripla) No interior das células as cargas negativas dos grupos fostafos são neutralizados por outros compostos dessa região, nos eucariotos por exemplo há uma interação direta entre as proteínas Histonas e estes grupos. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED PLASTICIDADE DA DUPLA HÉLICE A forma mais estável do DNA é a forma B, com um interior hidrofóbico e exterior hidrofílico. GIRO DA MÃO DIREITA - ao posicionar a mão direita na frente da figura nota-se que os sulcos da molécula fazem o mesmo movimento que o polegar faria ao girar a mão. Se a molécula continuar sendo torcida ela se torna mais curta e com um diâmetro maior, caracterizando a forma A, que é menos estável. Já na forma Z o giro é inverso e é a mais rara encontrada. O DNA apresenta capacidade de se dobrar, no entanto a depender do tamanho da dobra pode se quebrar. - a quebra é catastrófica pra célula, e se acontecer com frequência como por exemplo no caso de uma pessoa exposta à radiação ionizante isso pode gerar acúmulo de mutações nas células deste indivíduo. Algumas regiões podem ser de TRIPLA HÉLICE, - acontece em situações muito específicas, onde uma das fitas é muito rica em purinas que pode realizar pareamento com outras duas fitas ricas em pirimidina formando o que é denominado de DNA H, uma região onde há 3 fitas. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Há a possibilidade de existir uma região da fita de DNA com autocomplementariedade - capacidade que as bases de uma mesma fita tem de parear entre si - quando acontece em apenas uma fita forma-se uma haste e uma volta, tendo aspecto de grampo - quando formam-se dois grampos (duas fitas) em uma mesma região do DNA forma-se uma estrutura com aspecto cruciforme ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS A dupla fita formada apenas por ligações de hidrogênio que são caracterizadas fracas, o que mantém a estrutura estável são a presença das seguintes propriedades: - íons - proteínas - ligação de Van de Walls - repulsão eletrostática • ocorre devido à repulsão dos grupos fosfatos, que são responsáveis por gerar o giro da molécula. A presença dessa ligação fraca entre as fitas permite a separação de uma com a outra a partir de um processo de desnaturação, que pode ser dado por: - aumento da temperatura - alterações drásticas de pH - alteração de propriedades como a viscosidadeda solução, e a Absorção de luz UV. O PROCESSO DE DESNATURAÇÃO É REVERSÍVEL. (hibridização) MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Tm (melting temperature) A partir da desnaturação é possível determinar o que é chamado de Tm, onde há 50% de desnaturação, ou seja, metade das fitas de DNA em solução estão desnaturadas. O valor Tm depende de: - Razão GC x AT - pH da solução - força iônica - tamanho da molécula Cada molécula de DNA irá apresentar uma Tm que depende tanto da composição das bases de DNA quanto da solução. No gráfico mostra duas curvas de desnaturação, em azul é possível notar que o valor de Tm é cerca de 83º ao passo que a curva vermelha é de 85º. Isso se dá porque as soluções podem ser diferentes, seus tamanhos podem ser diferentes e podem ser formadas por diferentes bases nitrogenadas. EXEMPLO 1: - 1000 pares de bases nitrogenadas - ph de 7,4 - [sal]=9% A única coisa que explicaria a diferença de Tm é a composição de bases, já que o pareamento entre A e T se dá por DUAS LIGAÇÕES DE H, enquanto o pareamento entre C e G é feito por TRÊS LIGAÇÕES DE H. Isso permite dizer que possivelmente a molécula que corresponde à curva vermelha teria maior quantidade de bases do tipo C e G. EXEMPLO 2: - mesma solução - mesma composição de bases - tamanhos diferentes O tamanho da molécula de DNA correspondente à curva vermelha é maior. EXEMPLO 3: - comparar soluções de pH 3 e pH 7 Uma molécula de DNA que for desnaturada em uma solução de pH MUITO ÁCIDA (muita oferta de hidrogênio) ou MUITO BÁSICA (muita oferta de OH-) a Tm será mais baixa. Isso se dá porque as moléculas das bases nitrogenadas irão ter preferência por realizar ligação com H+ e OH- em excesso, ao invés de parear com as outras bases. EXTREMOS DE PH ABAIXAM O VALOR DE Tm!!!!! ATENÇÃO!!!!! Se em uma solução há grande quantidade de sais, estes irão retirar a água da solução que solvata/dilui as moléculas, e por resultado as cadeias ficam mais próximas favorecendo as interações hidrofóbicas, isso elevará o valor de Tm. Ou seja, uma solução com uma força iônica ou [íons] maior eleva a Tm. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED O gráfico ao lado mostra a relação da quantidade de C e G que mostra que os valores de Tm são cada vez mais altos, pois quanto mais ligações de hidrogênio mais difícil de quebra-las. LEMBRAR!!!!! C e G: três ligações de hidrogênio. ATENÇÃO!!!!! A conformação da molécula de DNA pode alterar a Tm, sendo que quanto mais torcido mais difícil separar as fitas. De modo que Tm da forma A é maior que a Tm da forma B. ESTRUTURA DE RNA Apresenta EXTREMA PLASTICIDADE, já que é formado por uma fita simples com capacidade de formar uma dupla fita regional. O fato de ser fita simples concede à molécula uma liberdade de rotação: - não há uma base nitrogenada associada à base nitrogenada da fita É possível observar pareamentos que não obedecem às regras de Watson & Crick ATENÇÃO!!!!! NA ESTRUTURA REPRESNTADA NOTA-SE UM NUCLEOTÍDEO DESTACADO QUE NÃO SE PAREIA COM NENHUMA OUTRA, FORMANDO UMA CURVA NA REGIÃO DE DUPLA FITA. AINDA SE FORMA UM LOOP ONDE EXISTEM DIVERS BASES QUE NÃO PODEM PAREAR COM A BASE CORRESPONDENTE DA FITA SEGUINTE FORMANDO DUAS CURVAS EM SENTIDOS DIFERENTES Essa estrutura da molécula é possível devido a auto- pareamento, ou seja uma mesma fita de RNA dobra e forma grampos, loopings e nucleotídeos destacados. Quando não há pareamento W&C este será representado por um ponto, como é o caso de um pareamento entre G e U a partir de DUAS LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO. BASES MODIFICADAS - guanina metilada: Guanina com Metil na posição 7 → em uma região a base se pareia com a citosina, na outra pareia outra base com a 7- metilguanina. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED FUNCÇÕES ESSENCIAIS DOS NUCLEOTÍDEOS Unidades monoméricas dos ácidos nucleicos - carreadores de energia: ATP, CTP, GTP, UTP - cofatores e coenzimas: Coenzima A, FAD, NAD - mensageiros químicos: AMP cíclico, GMP cíclico AULA T02 – BIOLOGIA MOLECULAR Maria Laura – TROLE BIOMEDICINA XLII UFTM GENOMA: conjunto e toda a informação genética de um organismo - ser humano: formado por 23 pares cromossômicos - bactéria: 1 molécula de DNA circular - Sars-CoV-2: fita dupla de RNA linear Nas bactérias e eucariotos o material genético é o DNA ao passo que nos vírus pode ser de RNA ou DNA, ainda que podem variar de fita dupla a fita simples. SEQUÊNCIAS GÊNICAS e SEQUÊNCIAS NÃO GÊNINAS Não é toda extensão de um genoma que é capaz de codificar proteínas. - no DNA humano apenas 4% realmente pode ser codificador de um RNA funcional que irá dar origem à uma proteína. GENE: segmento de ácido nucleico capaz de codificar um produto funcional, que pode ser um RNA ou um POLIPEPTÌDEO EUCARIOTO: - organismo que possui núcleo próprio - organismos uni/multicelulares - DNA presente no núcleo/mitocôndria/cloroplastos PROCARIOTOS: - se formaram antes da existência do núcleo - o material genético se encontra disperso no citoplasma e acumulado no nucléolo. - não há uma membrana que separa o DNA do citoplasma MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED ESTRUTURA DE CROMOSSMOS PROCARIÓTICOS - ausência de núcleo - cromossomo circular único (dupla fita de DNA) - presença de plasmídeo - ausência de centrômero (é um círculo, então não tem extremidade e nem centro) Podem apresentar moléculas de DNA circular extracromossômica denominado plasmídeo. - NÃO É OBRIGATÓRIO QUE UMA BACTÉRIA APRESENTE ESSAS ESTRUTURA - quando está presente na bactéria não é uma estrutura capaz de codificar funções essenciais (como a produção de energia) e sim funções acessórias (como fatores de virulência, características que podem tornar a bactéria em um organismo patogênico) PRIMEIRO GENOMA PROCARIÓTICO SEQUENCIADO - a ordem de todas as bases nitrogenadas foram numeradas - obtém-se um arquivo com todas as bases sequenciadas - tamanho do genoma: 1.130.137 pares de base - Número de ORFs: 1143 • praticamente um ORF para cada 1000 pares de base - % CG: 38% • concretiza a teoria de Chargaaf que diz que cada organismo possui um conteúdo específico de bases Com técnicas de sequenciamento é possível observar e armazenar todas as informações de letras (A,T,C e G) Um gene quando reconhecido por computador e até então não testado diz-se que é um gene ORF. - quando um programa sequencia o ATG (códon de ínicio) e posteriormente tiver mais de 100 códons codificadores de aminoácidos e no final tiver um dos três códons de parada (ATG, TAA) esta porção sequenciada é um gene em potencial (ORF). - alguns genes não começam com ATG o que impede o programa de sequenciá-lo A imagem mostra o sequenciamento do genoma do Haemophilus influenza - molécula única - circular - as porções coloridas no genoma indicam ORF, para cada cor uma função do gene no interior da células → amarelo: metabolismo de DNA → vermelho: metabolismo - cada banda de tracinhos indica os genes codificados em uma fita de DNA * os genes em azul correspondem àqueles que codificam apenas RNAm MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Considerando a imagem acima: - cada seta indica um gene que foi predito - por convenção o sentido da seta indica o sentido da transcrição (5’---3’) - as setas ao contrario, mostram que são codificados pela fita complementar ROXO: estão envolvidos na síntese de a.a AZUL CLARO: produtor do gene está envolvido na biossíntese de cofatores ou carreadores VERDE CLARO: produto do gene está envolvido com a formação do envelope celular VERMELHO: processos celulares gerais AMARELO: metabolismo de DNA * Existemalguns que ainda possuem funções desconhecidas como: - ROXO: representa outras categorias que não estão descritos - HACHURADOS/LISTRADOS são conservados e hipotéticos, ou seja, existe em outras bactérias, mas ainda não tem uma função atribuída - BRANCO: tem função desconhecida, mas provavelmente não são conservados, logo, só existem nas bactérias MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED GENOMA HUMANO Genoma haploide formado por 23 pares de cromossomos encontrados no núcleo. DNA mitocondrial humano foi determinado em 1986 - tem forma circular - codifica enzimas envolvidas no processo de fosforilação oxidativa, ou seja produção de energia para célula - vermelho: genes que codificam RNAm que irão codificar enzimas para produção de energia - em verde: codificam subunidades do RNA ribpossômico bacteriano - as enzimas encontradas na mitocôndria não são apenas as sintetizadas pelo RNA mitocondrial, algumas que são produzidas no núcleo e posteriormente transportadas para o interior da mitocôndria * As características do DNA mitocondrial se assemelham muito ao DNA bacteriano, pois além de ser circular possui uma alta densidade de genes, assim como anteriormente apresentado do DNA da bactéria. - existem algumas regiões de sobreposição - TEORIA DA ENDOSSIMBIOSE ESTRUTURAS DE CROMOSSOMOS EUCARIÓTICOS No núcleo encontram-se os cromossomos eucarióticos, cuja regra é: - são moléculas lineares - moléculas múltiplas – vários cromossomos lineares MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Esse X que representa o cromossomo corresponde ao cromossomo no momento da METÁFASE do ciclo celular, na qual o material genético já foi duplicado e as cromátides irmãs estão unidas pelo centrômero. Nesse momento da metáfase o DNA está tão compactado que não existe transcrição. Falta então formar um fuso mitótico, essas cromátides separarem para dar origem a duas novas células O material genético está muito enovelado em torno do próprio eixo. Se desfazer isso, encontra o SOLENOIDE que é formado por NUCLEOSSOMOS enovelados. Os NUCLEOSSOMOS são proteínas associadas ao DNA, sendo formados pela molécula de DNA envolvendo 8 histonas, de modo a formar um OCTÂMERO de histonas. CENTRÔMEROS Os cromossomos por serem estruturas lineares possuem extremidades e região central denominada CENTRÔMERO - Centrômeros são estruturas a partir das quais vai formar o CINETÓCORO (com fuso mitótico) para a separação das cromátides Apesar de se definir que ocupam uma região central os centrômeros podem ocupam diferentes regiões dos cromossomos. TELÔMEROS São estruturas que formam as extremidades dos cromossomos. E são organizados por sequências repetidas denominadas UNIDADES DE REPETIÇÃO. - em humanos, a unidade de repetição é GGGTTA A função principal dos telômeros é de proteção do cromossomo, de modo a evitar que ele seja desgastado. - Dupla fita de DNA se associa ao octâmero de histonas formam um nucleossomo → forma a fibra de cromatina → enovela → solenoide → enovela → super novelo → compacta → cromossomo na metáfase. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED ESTRUTURA BÁSICA DE UM GENE HUMANO Existem regiões expressas em um RNAm maduros corresponde aos ÉXONS e regiões intercalantes que não estão expressos em um RNAm maduro, que se denominam ÍNTRONS. * A seta indica o PROMOTOR, ou seja, região onde a síntese de RNAm começa A produção do RNAm começa na região indicada e vai produzir tanto as regiões expressas que estarão presentes no transcrito maduro quanto as regiões intercalantes que não estarão presentes no transcrito maduro (são retiradas antes que o transcrito seja traduzido). -o inicio da informação biológica (ATG) e o termino é em alguns do códons de paradas (TAA, TAG, TGA) A transcrição não começa e termina exatamente no códon de início e códon de parada. ▪ 5’ – UTR : região onde começa a transcrição (no promotor, um pouco antes do códon de início) ▪ 3’ – UTR : região onde termina a transcrição (um pouco depois do códon de parada) ▪ UTR : Untranslated Region * O PROCESSO QUE LEVA AFORMAÇÃO DO RNAm ATRAVÉS DE UMA MOLÉCULA DE DNA É A TRANSCRIÇÃO. AO PASSO QUE O PROCESSO QUE SINTETIZA PROTEÍNA ATRAVÉS DE UMA MOLÉCULA DE RNAm É A TRADUÇÃO.* MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED UM GENE EUCARIÓTICO TÍPICO O gene apresentado tem 7 exons e 7 intons, de modo que os exons estão identificados por números enquanto os introns são identificados por letras. QUANDO A TRANSCRIÇÃO ACONTECE, O RNA PRODUZIDO TEM TODA ESSA INFORMAÇÃO DE EXONS E INTRONS. NO ENTANTO SOFRE UM PROCESSAMENTO E PERDE OS ÍNTRONS. * O RNA maduro é menor que o gene que o codifica, este RNA maduro que será utilizado pelo ribossomo para traduzir a proteína IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR UM GENOMA RASCUNHO DO GENOMA HUMANO: cobriu mais de 90% da sequência e que tem noção dos genes SEQUENCIA COMPLETA: conseguiu sequenciar mais de 98% das regiões codificadoras do genoma humano Em 2021 foi sequenciado o cromossomo 8 inteiro ou seja, codificou de telômero a telômero. Conhecer quais os genes existem e quais são suas organizações genômicas. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Ao conhecer um gene pode-se conhecer a capacidade metabólica dele, sabendo o que se pode ou não produzir. - se um gene pode estar relacionado com a doença, pode ter diagnostico mais rápido para a doença – diagnostico molecular → faria um teste para analisar o teste naquele gene específico - Sabendo a estrutura da proteína, pode obter moléculas que se liga a ela e pode ativá-las ou desativá- las * Desde 2001, o diagnostico já foi mais direcionado e mais rápido. * Capacidade estudar se uma pessoa tem a predisposição genética para determinada doença. ANÁLISE PRELIMINAR DO GENOMA HUMANO TAMANHO DO GENOMA: ~3.200.000.00 pb (pares de base) NÚMERO DE GENES PREDITOS: ~19.000 ORFs CARACTERÍSTICAS DOS GENES PREDITOS: - número de éxons: 8,8 - exons pequenos: ~145 pb - região codificadora: 1340 pb - comprimento do gene: 27000 pb - Ítrons são 20x maior que exons ESTUDO DE OUTROS ORGANISMOS O estudo de outro organismos é interessante porque, uma vez que todos possuem um ancestral comum é possível identifica um gene homólogo em diferentes indivíduos, ou seja, apresentam funções semelhantes nos humanos. • SGS1 que codifica DNA helicase está relacionada com uma síndrome de Werner que leva ao envelhecimento precoce e está ligado com a manutenção do DNA, ou seja, uma pessoa com essa síndrome não corrige os danos que vão se acumulando às moléculas de DNA . MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Maria Laura – TROLE BIOMEDICINA XLII UFTM DISCIPLINA DE BIOLOGIA MOLECULAR AULA T03 O primeiro método a ser estudo é feito para identificar uma sequência de DNA em uma determinada amostra. As duas figuras mostram fotografias de géis nos quais foram separados fragmentos de DNA a partir de uma eletroforese e nessas condições são feitas as separações de acordo com o tamanho de cada fragmento. O DNA é cortado em áreas específicas de modo que olhando as bandas de DNA das laterais identificadas em ambas as imagens e seguindo uma sequência de baixo para cima está posto que: - 560 pb - 2000 pb - 2300 pb - 4500 pb - 6000 pb - 9000 pb - 2400 pb Este DNA apresentado e que foi identificado a quantidade de pb é conhecido e por isso servem como REFERÊNCIA. Sendo assim, se os fragmentos de DNA que forem analisados possuírem um tamanho semelhante ao do DNA conhecido é possível separá-los em bandas, fazer a comparação com este DNA conhecido e possivelmente gerar um diagnóstico. Todas as amostras das imagens mostramperfis diferentes, no entanto é possível analisar se existe ali alguma banda que possa ser indicativa do diagnóstico que interessa. EX.: Considerar que o DNA analisado é de um vírus e que uma banda com 2350 pb indica uma certa característica desse vírus. Sendo assim as amostras de 2 a 6 da prmostram uma banda com esta característica. * Essa análise visual do gel pode ser feita quando são utilizadas amostras curtas do DNA Na imagem dois não é possível observar bandas individuais, porque a amostra é de um DNA humano. Sendo que, o DNA foi isolado e fragmentado com enzima de restrição e os fragmentos foram aplicados no gel. Sabendo que o GENOMA HUMANO possui 3.200.000.00 pb Se utilizar uma enzima de restrição que faz um corte a cada 10.0000 pb, teria que 3.200.000.00/10.000 teriam 320.000 fragmentos de DNA para serem analisados por isso fica uma faixa contínua, sendo impossível fazer uma análise visual do gel. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Considerando que a partir da imagem 2 são 7 indivíduos diferentes e que deseja-se obter sequências específicas de cada um dos indivíduos. A depender do tipo de enzima de corte utilizada irá obter um resultado diferente, já que irá cortar uma região específica do DNA. DESNATURAÇÃO DA MOLÉCULA DE DNA A capacidade de desnaturar o DNA e depois uma substância que reconheça a fita simples presente na amostra que irá permitir revelar um resultado. Em géis de eletroforese o DNA é de fita dupla. O DNA não pode ser visto em luz visível por isso é corado com brometo de etídio para que posteriormente quando for incidido luz UV à essa amostra absorvam a radiação e emitam luz visível em um comprimento de onda de 560 nM que possui cor laranja. HIBRIDAÇÃO EXEMPLO: Em uma cena de crime foi coletado amostra de sangue do assassino. Além disso foram coletadas 7 amostras de possíveis suspeitos. O processo de determinação do perfil genético foi feito, e ao comparar as 8 amostras obteve-se a seguinte imagem: Qualquer célula do criminoso deve possuir exatamente o mesmo perfil genético da amostra de sangue, sendo que o suspeito 3 possui 100% de compatibilidade. Em casos de gêmeos idênticos o perfil genético é exatamente o mesmo!!! Quando se analisa muitas regiões de gêmeos idênticos com o uso de PCR pode ser possível notar pequenas diferenças no perfil genético. Nessa imagem foi utilizada uma sonda que corresponde a uma sequência de DNA que é capaz de detectar sequências específicas em outras moléculas, então neste caso dos 320.000 fragmentos que cada indivíduo tinha a sonda vai captar apenas algumas dezenas, que varia de indivíduo para indivíduo, caracterizando o perfil genético de cada um. * A HIBRIDAÇÃO compreende a detecção de sequências específicas de uma amostra clínica pela utilização de sondas de DNA ou RNA * As SONDAS são fragmentos de DNA ou RNA que apresentam sequências complementares àquelas a serem detectadas, sendo que são específicas e variam a depender do indivíduo. - são radioativas ou quimicamente marcadas permitindo sua detecção posterior por autorradiografia ou quimioluminescência. - é um segmento de DNA de fita simples, e por isso detecta apenas DNA de fita simples. O DNA presente no gel de agarose é de fita dupla, por este motivo precisa ser desnaturado. Se a desnaturação for feita por variação de temperatura o calor aplicado irá derreter o gel e as amostras impedindo a visualização, por isto deve ser feita uma desnaturação química: - adição de OH- MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED TRANSFERÊNCIAS DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS PARA SUPORTES SÓLIDOS A primeira técnica foi descrita por Edward Southern, e por isso recebe o nome de SOUTHERN BLOTTING sendo que é originalmente uma técnica para análise de DNA mas posteriormente foi aprimorada para análise de RNA e por isso fica denominada NORTHERN BLOTTING. Por fim quando aprimorada à análise de proteínas recebe o nome de WESTERN BLOTTING. TÉCNICA SOUTHERN BLOTTING - A primeira parte do processo é a fragmentação da molécula de DNA de maneira específica e não aleatória, o que permite que o DNA seja cortado sempre em regiões específicas são utilizadas ENDONUCLEASES/ENZIMAS DE RESTRIÇÃO. * nucleases são quaisquer enzimas que quebram ligações fosfodiéster e por isso uma ENDONUCLEASES quebra uma ligação deste tipo em uma região interna da molécula. No meio da molécula de DNA encontra-se uma sequência denominada PALÍNDROMO: - nota-se que de 5’ para 3’ mantém-se a mesma sequência de nucleotídeos LEMBRAR!!!! OS NUCLEOTÍDEOS ESTÃO LIGADOS ENTRE SI POR LIGAÇÕES FOSFODIÉSTER. A endonuclease irá reconhecer o palíndromo e irá cortar as ligações fosfodiéster da SEQUÊNCIA PALINDRÔMICA de DNA entre os As no caso da EcoRI. Obtém-se um fragmento de DNA onde sua extremidade é formada por fita simples, (3’CGA5’ e 5’ACG3’) - As enzimas de restrição são isoladas de bactérias e por isso recebem nome de acordo com o nome científico da bactéria proveniente. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED PROPRIEDADES ELETROCINÉTICAS Após a fragmentação o DNA é aplicado no gel de agarose, realiza a eletroforese separando os fragmentos de acordo com o tamanho, sendo que: - fragmentos menores: migram com rapidez - fragmentos maiores: migram com lentidão Essa diferença na velocidade de migração se dá pela estrutura em malha da agarose: - A agarose é um polímero de ágar de modo que forma uma malha chamada de peneira molecular, que possui alguns poros por onde os fragmentos de DNA irão atravessar. A MALHA DE AGAROSE É MAIS FROUXA (que a de poliacrilamida por exemplo) ENTÃO PERMITE QUE OS FRAGMENTOS SEJAM TRANSFERIDOS PARA A SUPERFÍCIE DA MEMBRANA. ELETROFORESE EM GEL DE AGAROSE Pode ser chamada de eletroforese horizontal. - realiza o procedimento de eletroforese normal, aplicando os fragmentos de DNA nos sítios que irão migrar do polo negativo para o polo positivo TRATAMENTO DO GEL DE AGAROSE É necessário tratar o gel para que seja possível desnaturar as moléculas de DNA e posteriormente transferí-los para uma membrana rígida que não vai mais sofrer interferência de calor. - se o fragmento>15.000 pb: DESPURINIZAÇÃO com HCl para diminuir o peso molecular do DNA de modo que seja capaz de ser transferido. * precisa posteriormente ser desnaturado. - se o fragmento<15.000 pb: DESNATURAÇÃO do NaOH * mergulha o gel em uma solução com NaOH por aproximadamente 30min/1h para que a molécula de DNA seja desnaturada ficando com uma fita simples Depois de desnaturar a molécula de DNA é necessário NEUTRALIZAR O pH do gel, através de adição de fosfato de modo que a molécula não seja renaturada. * Depois de tratado coloca-se o gel em um recipiente por cima dele uma membrana de Nylon que tem a capacidade de reter a molécula de DNA. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED - a solução que mantém o gel úmido atravessa a membrana de Nylon e molha a pilha de papel mas o DNA permanece retido. * A membrana de Nylon deve ser retirada onde o DNA estará todo adsorvido em sua superfície. A molécula de DNA está associada por cargas, por isso a emissão de luz UV nesta superfície irá promover a formação de ligações covalentes entre a molécula e a membrana de Nylon, de modo que impede que ambos se soltem quando a membrana for mergulhada em uma solução. HIBRIDAÇÃO Utilização e sondas radioativas ou conjugadas com marcadores fluorescentes para que esta detecte ou não o DNA presente na amostra. Se a sonda tiver um alvo complementar está irá se associar e parear, do contrário não irá se associar. Segundo a imagem a molécula de DNA está representada em verde e a sonda em vermelho. * é fundamental que a hibridação aconteça em uma temperatura adequada, pois em altos valores de temperaturaa sonda pode ser incapaz de se associar ao seu alvo específico TEMPERATURA ESSENCIAL: próximo à Tm Em temperaturas muito altas o DNA está todo dissociado então não haverá associação entre sonda e fragmento da amostra. Já em temperaturas muito baixas a sonda vai formar uma fita dupla em qualquer região do DNA que seja minimamente complementar, então diversos fragmentos seriam reconhecidos não obtendo um resultado satisfatório. esse processo de transferência é o que se denomina um SOUTHERN BLOTTING O RIGOR DA HIBRIDAÇÃO (ESTRINGÊNCIA) DEPENDE DA TEMPERATURA DE INCUBAÇÃO. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED A 65º C compreende uma TEMPERATURA ÓTIMA onde a sonda vai reconhecer apenas a sequência a qual é realmente compatível. - condição ótima de rigor/estringência Se diminui um pouco a temperatura alcançando 60º C nota-se que as bandas específicas foram marcadas mais escuras, mas outras que não são de interesse também começam a aparecer, de modo que o resultado ainda pode ser interpretado. Em 55º C a interpretação já está dificultada porque diversas bandas secundárias começam a ser identificadas, ao passo que a 50º C esta condição se mostra ainda mais agravada. EXPOSIÇÃO E REVELAÇÃO Os filtros são expostos a filmes para raio-X e são revelados. Após a hibridação nota-se bandas fracas na 1ª e 2ª amostras, e bandas fortes nas 3ª, 4ª, 5ª e 6ª amostras e a 7ª amostra não apresenta bandas por isso é dito que o resultado é negativo. Nota-se que a banda que foi marcada fortemente na 5ª amostra foi marcada fracamente nas amostras 3,4 e 6. Isso pode identificar alelos mutantes. A interpretação destes resultados depende de outros parâmetros que serão estudados. Em um teste de paternidade teriam amostras do filho, do suposto pai e da mãe. - filho herda 50% do pai e da mãe - para determinar algum vínculo de paternidade o filho deveria apresentar metade das bandas compartilhadas com o pai. Detecção de um vírus, a amostra coletada deve apresentar bandas compatíveis com o perfil genético do vírus. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED A imagem acima mostra um resumo de como é feito todo esse processo. Na obtenção das amostras de uma cena de crime coloca-se uma amostra de sangue retirada da cena, amostra de DNA da vítima e de dois suspeitos. * o uso da amostra de DNA da vítima é para garantir que o sangue coletado não foi dela e sim do assassino. Após feito todo o processo de Southern Blotting e hibridação tem como resultado uma que o perfil genético do suspeito 1 se assemelha bem à amostra de sangue obtida. No entanto, as bandas da amostra de DNA do suspeito estão marcadas muito mais forte que da amostra de sangue, isso pode ser devido à quantidade de sangue coletada. Não há bandas compartilhadas com o suspeito 2 e nem com a vítima, o que coloca o suspeito 1 na cena do crime, cabendo a ele uma possível justificativa de porque estava ali. TÉCNICA NORTHERN BLOTTING Compreende a análise de RNA, por isso tem características distintas do Southern Blotting. O RNA já se encontra em fragmentos, como RNAm, RNAt e RNAr, por isso não há necessidade do processo de fragmentação. Além disso, sua molécula já é de fita simples. A molécula de RNA pode ser diretamente aplicada em um gel desnaturante e a eletroforese já pode ser realizada, sem necessidade do processo de tratamento do gel. PROBLEMA!!!!! A fita simples de RNA é extremamente instável o que se difere da amostra de DNA, de modo que pode ser rapidamente degradado, por isso deve ser mantido em temperaturas extremamente baixas. O processo de eletroforese, hibridação e transferência são semelhantes às descritas para Southern. VANTAGEM: Se utilizar os controles adequados a interpretação do resultado pode ser quantitativa, não nota- se diferença na quantidade de RNA aplicado, mas nota-se diferença na intensidade das bandas. O que permite dizer que a quantidade de RNAm identificado pela sonda é muito maior na amostra 4 do que na amostra 1. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Na imagem 1 as bandas que estão fortemente marcadas correspondem ao RNAr que compreende 95% do RNA de uma célula, e por isso se mostram tão marcados. Só é possível detectar RNAm quando se faz uso da sonda. APLICAÇÕES - Detecção de rearranjos gênicos e deleções observados numa ampla variedade de doenças humanas. - Avaliação da distribuição genômica se sequências (elementos estruturais ou genes) o se um gene está encontrado em apenas um local ou mais de um - Elucidação de vários processos biológicos (processamento de RNA, rearranjos de oncogenes) - Detecção de DNA de organismos infecciosos em amostras biológicas. Para Northern Blotting não interessa se o gene está presente ou não e sim se ele foi expresso!! EX.: - Pesquisa de um gene que codifica P53 (proteína envolvida no controle do ciclo celular), será encontrado em todas as pessoas. Mas em alguns tipos de câncer esta proteína se encontra expressa em altos níveis. Por isso não adianta simplesmente saber que o gene está presente, é necessário compreender em quais níveis P53 pode indicar um estado de saúde ou patologia. Maria Laura – TROLE BIOMEDICINA XLII UFTM DISCIPLINA DE BIOLOGIA MOLECULAR AULA T04 Dogma central da biologia molecular, resume os principais elementos e passos do armazenamento e expressão da informação genética A REPLICAÇÃO garante a manutenção da informação genética, de modo que: - realiza duplicação do material genético A TRANSCRIÇÃO corresponde à expressão da informação contida em uma parte do DNA. Então é o que forma um RNA. No caso da formação de proteína são utilizados RNAm para ser feita a TRADUÇÃO e serem transformados em proteínas. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED A replicação compreende uma das funções dos ácidos nucleicos. O estudo da replicação é feito em uma molécula de DNA bacteriano porque foi a partir de onde se conheceu os principais elementos e características deste processo. REPLICAÇÃO DAS BACTÉRIAS Segundo Watson e Crick o DNA possui característica de dupla hélice. Além disso, os mesmos cientistas propuseram que a REPLICAÇÃO É SEMI- CONSERVATIVA, ou seja: - cada uma das fitas de DNA serviria como molde para fitas novas - no momento da divisão celular cada célula filha herda uma fita de DNA parental e uma fita de DNA recém sintetizada COMO A REPLICAÇÃO DO DNA OCORRE? Para demonstrar como a replicação acontece Meselson e Stahl trabalharam com moléculas de DNA bacteriano marcados com metais pesados (identificados pela letra H). As bactérias são retiradas do meio de cultura onde estão sendo cultivadas com bases nitrogenadas pesadas e transferidas para um meio de cultura com precursores de bases nitrogenadas com isótopos leves (identificados pela letra L). - partindo disto todas as novas moléculas estarão marcadas com isótopos leves * quando se considera um átomo umadiferençça de um nêutron é difícil de ser detectada por métodos laboratoriais comuns, mas ao considerar uma cadeia de DNA com milhares de pares de base, um nêutron de uma base somado ao nêutron de outra base leva um aumento significativo no peso molecular/densidade da molécula. Por isso foi possível separar o que eram as moléculas pesadas e quais eram as leves REPLICAÇÃO CONSERVATIVA: - 1ª geração: uma dupla fita pesada mantida e uma dupla fita leve recém formada - 2ª geração: uma dupla fita pesada mantida e três duplas fitas leves REPLICAÇÃO SEMI-CONSERVATIVA: - 1ª geração: duas duplas fitas contendo uma fita parental pesada e uma fita recém formada leve - 2ª geração: duas dupla fitas híbridas e duas dupla fitas leves Para determinar a separação/densidade das cadeias foi utilizadoum processo denominada ULTRACENTRIFUGAÇÃO: - permite separação de duas moléculas por sua densidade MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED * as moléculas mais pesadas (marcadas com N15) ficam no fundo do tubo, ao passo que as moléculas mais leves (marcadas com N14) em uma porção superior Na geração 0 forma-se apenas uma banda e com DNA inteiramente pesado. A medida que a bactéria duplicava o material genético foi retirado alíquotas para extração de DNA. A bactéria Scherichia Coli demora cerca de 20 minutos para duplicar totalmente seu material genético em uma temperatura de 37º. Com 0.3 gerações/6 minutos nota-se que uma parte da banda estava sendo deslocada para a esquerda. Com 0.7 pouco se via do DNA inicial e nota-se o surgimento de uma nova banda mais a esquerda. Já com 1 geração vê-se apenas uma banda de DNA que está mais deslocada para a esquerda. Esses resultados obtidos são compatíveis ao modelo se REPLICAÇÃO SEMI-CONSERVATIVA, porque: - ao final da 1ª geração têm-se molécula híbridas com fitas leves e pesadas. * Se a replicação fosse conservativa ao final da 1ª geração seria possível observar duas bandas, uma do DNA inicial e outra do DNA de fitas leves. Com 1.9 gerações (quase 2) com 40 minutos de incubação se observa a formação de duas bandas, de modo que a banda nova está ainda mais deslocada a esquerda, já que corresponde àquelas moléculas dupla fitas inteiramente leves. * Se o processo fosse da replicação conservativa ao final da 2ª geração seriam vistas duas bandas também, no entanto a primeira delas estaria mais a direita alinhada com a do DNA inicial onde só tinham moléculas pesadas. E a banda nova teria que ter intensidade 3 vezes superior à da outra banda. Em uma mistura dos DNAs das gerações 0 e 1.9 nota-se a formação de três bandas que correspondem, respectivamente da direita para a esquerda: - DNA dupla fita pesada - DNA dupla fita híbrida - DNA dupla fita leve DUPLICAÇÃO EM PROCARIOTOS Como as bactérias possuem um cromossomo único e circular a replicação poderia começar em vários pontos, ou apresentar uma única origem com inicio em qualquer local. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Cairns em 1963 demonstrou esse processo de replicação aplicando radioisótopos aplicados aos cromossomos para produzir lâminas que pudessem exemplificar os contornos das moléculas de DNA sendo replicadas. Foi visto que: - a replicação acontecia a partir de um único ponto e partir daí ia progredindo até ser concluída - CADA CROMOSSOMO BACTERIANO TEM UMA ÚNICA ORIGEM DE REPLICAÇÃO Surge uma dúvida de que a direção da replicação poderia ser BIDERECIONAL ou UNIDERECIONAL REPLICAÇÃO BIDIRECIONAL Foi feito um estudo com DNA marcado que permitiu afirmar que a replicação é do tipo BIDIRECIONAL. Realizado a partir de um DNA viral e com o uso de enzimas de restrição EcoRI, já que este DNA também é circular, segue o mesmo padrão de replicação e possui sítio de ligação para EcoRI. * o uso da EcoRI é para que quando a molécula for linearizada seu sítio funcione como referencial Ao medir a distância das extremidades da bolha de replicação, até a extremidade marcada por EcoRI e observar se a medida diminui de apenas um lado ou de ambos, de modo que: - diminuir de um lado: unidirecional - diminuir dos dois lados: bidirecional RESULTADO: Conforme a bolha crescia a distância entre as extremidades diminui em ambas as direções. Começa em um ponto e a partir dele a replicação migra para sentidos opostos até se encontrarem em um ponto equidistante à origem. Começa em um ponto e a partir dele a replicação migra para um único sentido fazendo toda a circunferência do cromossomo até retornar à origem. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED ATENÇÃO!!!!!! Essa característica se aplica às bactérias, no entanto em cromossomos eucariotos existem vários pontos onde a replicação se inicia, o que se denomina SEQUÊNCIA DE REPLICAÇÃO AUTÔNOMA. A SEQUÊNCIA DE ORIGEM É CASUAL OU EXISTE UMA SEQUÊNCIA CONSENSO? Ao analisar essa sequência em várias espécies de bactérias notou-se que alguns elementos se conservam para todas as bactérias. Sendo que foi encontrado um arranjo com 3 unidades de repetição/sequências de 13 pares de base. * o N indicado significa que pode variar a base naquela posição Essa configuração de GATCTNTTNTTTT se repete nas 3 sequências que estão ao lado uma da outra, condição que se denomina TANDEM, além de serem do tipo diretas porque seguem a mesma direção para direita. Essas subunidades possuem pelo menos 9 das bases são A ou T. Podendo ser 11 se considerar o N Após essas sequências encontram-se 4 repetições dispersas de 9 pares de base, sendo que duas delas são diretas e duas são inversas, sendo que: - fitas diretas: TTATCCACA - fitas inversas: ACACCTATT MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Foi demonstrando que existe uma proteína denominada DnaA que na presença de ATP é capaz de ligar as repetições de 9 pares de base, formando uma volta no molécula de DNA. - quando essas várias moléculas de proteína do DnaA se ligam a região de 9 pb e fazem essa volta na molécula geram tensão que separa as bases da dupla fita. A separação das bases ocorre no lado do TANDEM porque é uma região rica em bases do tipo A e T onde as ligações que as unem são mais fracas. A separação permite que a extremidade da bolha formada fique livre, permitindo o início da replicação. Nesse momento a enzima HELICASE reconhece as regiões onde as fitas se soltaram e começa a agir na separação da dupla-hélice. COMO É FEITA A SÍNTESE DA NOVA FITA DE DNA? Uma vez que a HELICASE separa e abre a dupla fita a enzima DNA Polimerase 1 - foi descrita em 1957 por Kornberg, onde determinou tudo o que é necessário para o funcionamento da DNA polimerase 1. REQUERIMENTOS: - só trabalha se estiver em uma reação com Desoxinucleotídeos trifosfatados (dATP, dCTP, dGTP e dTTP) - íons Mg+2 - DNA pré-existente que sirva como molde - um seguimento de DNA ou RNA que forneça a OH-3’ para que os dNTP sejam incorporados * em verde: sequência de ácido nucleico que serve como iniciador/primer * em azul: dNTP A DNA pol1 incorpora os dNTP à molécula de ácido nucleico de acordo com o molde Na bactéria, quem produz o Primer é a PRIMASE que sintetiza uma molécula de RNA curta que serve como este iniciador. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED CARACTERÍSTICAS DA DNA POLIMERASE - Sintetiza o DNA no sentido 5’------3’ - requer iniciadores de RNA (primer) - possui uma fidelidade alta, o que indica que só irá adicionar o nucleotídeo se for complementar à base nitrogenada do DNA molde. * pode eventualmente apresentar um erro nessa relação de complementariedade, mas a própria enzima é capaz de checar se houve esse erro, sendo até mesmo capaz de repará-lo DNA polimerase: FORMAÇÃO DA LIGAÇÃO FOSFODIÉSTER A DNA polimerase é capaz de catalisar o ataque nucleofílico dos elétrons livres do oxigênio do OH- presente na extremidade 3’ ao fosfato-α do dNTP que será incorporado. - elétrons do oxigênio se ligam ao fosfato- α - quebra a ligação entre os fosfatos o forma um pirufosfato (PPi) que pode ser quebrando em duas moléculas de Pi - nucleotídeo monofosfato é incorporado - outra hidroxila (OH-) fica livre no C3’ o que permite que a cadeia continue crescendo MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED ATIVIDADE CORRETORA ou ATIVIDADE REVISORA ATIVIDADE EXONUCLEÁSICA 3’-5 A DNA pol1 pode chegar alguns erros que a própria enzima comete, devido a sua capacidade de retirar nucleotídeos a partir da quebra de ligações fosfodiéster.- vermelho: fita parental - azul: fita recém sintetizada Nesta imagem, a enzima comete um erro ao adicionar uma Timina para parear com a Guanina na extremidade 3’, gerando uma torção no DNA que pode ser reconhecido, realizando uma distorção da molécula, onde: - a extremidade onde o nucleotídeo foi mal pareado é deslocado para um sítio de atividade de exonuclease, que possui a capacidade de quebrar a ligação fosfodiéster. - neste momento o nucleotídeo errado é retirado, e a extremidade volta pra o sítio de atividade de polimerase (Síntese) e o processo de replicação volta a ser feito Se uma base nitrogenada for retirada da extremidade 5’ esta que será reconhecida pelo sítio de atividade exonucleásica, sendo assim recebe o nome de ATIVIDADE EXONUCLEÁSICA 5’-3’. * nuclease: digere ác.nucleico * exonuclease: cliva as ligações fosfodiéster a partir das extremidades * endonuclease: cliva as ligações fosfodiéster internas Novas enzimas DNA pol foram descobertas sendo as principais delas: - DNA pol II → Reparo do DNA → atividade polimerase 5’-5’ → atividade exonuclease 3’-5’ → está mais envolvidas com processos de reparo do que a replicação em si. - DNA pol III → possui várias subunidades, ou seja, é formada por várias cadeias de proteínas diferentes → atividade polimerase 5’-3’ → atividade exonuclease 3’-5’ De modo que as principais envolvidas no processo de replicação são a DNA pol I e DNA pol II DNA pol IV e V estão envolvidas em processos de reparo e não são consideradas no processo de replicação. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED DNA POLIMERASES O que diferencia a DNA polimerase III da DNA polimerase II é a presença de uma estrutura denominada anel deslizante - essa estrutura possui a função de aumentar a PROCESSIVIDADE do DNA * PROCESSIVIDADE está relacionada com o número de nucleotídeos que a DNA polimerase é capaz de adicionar sem se dissociar do molde - o anel deslizante faz com que a DNA pol III consiga adicionar cerca de 500.000 nucleotídeos sem dissociar do molde - a DNA pol I tem baixa processividade adicionando apenas algumas dezenas VISTA FRONTAL VISTA LATERAL ETAPAS DA REPLICAÇÃO (E. coli) Se divide em INICIAÇÃO, EXTENSÃO e TÉRMINO/CONCLUSÃO. INÍCIO: Quando a DnaA se associa ao TANDEM e leva a abertura para formação da BOLHA DE REPLICAÇÃO, onde a HELICASE irá se associar. EXTENSÃO: A HELICASE desenrola o DNA parental. Além da HELICASE este processo também necessita da atividade da PRIMASE que quando trabalham juntas recebem o nome de PRIMOSSOMO ou INICIOSSOMO. - o que determina o nome do complexo é se o livro coloca a enzima PRIMASE como INICIASE MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED Enquanto a Helicase desfaz a hélice gera uma tensão torcional na molécula de DNA. - como ao torcer um barbante nas duas extremidades e depois tentar puxar cada ponta para abrir eles irão se enrolar e não será possível mais abrir sem que o barbante se estore. Para diminuir essa tensão gerada é necessário a presença da TOPOISOMERASE que atua diminuindo a tensão e permitindo que a dupla fita seja desfeita pela helicase. A medida que a helicase consegue separar as fitas a PRIMASE adiciona o PRIMER e na extremidade 3’ desse primer a DNA pol III reconhece e sintetiza a fita de DNA a partir da adição de dNTP. Na fita da esquerda a replicação começou mais pra baixo e a DNA pol I vem sintetizando DNA no sentido de abertura da dupla fita, quase que acompanhando a HELICASE por isso se chama de DNA LÍDER. Já a fita da direita começa a ser sintetizada em uma direção oposta a abertura da forquilha, além de ser sintetizada aos pedaços o que a classifica como FITA DESCONTÍNUA, que forma pequenos fragmentos de DNA denominados FRAGMENTOS DE OKASAKI. Uma bolha de replicação apresenta duas forquilhas como esta apresentada. As estruturas em verde são proteínas SSB que se ligam as fitas simples de DNA impedindo que estas se reassociem. MARIA LAURA FARIA DE ANDRADE – BIOMEDICINA XLII BIOMED * a fita que é sintetizada na mesma abertura da forquilha como é anti-paralela será sintetizada no sentido 5’-3’ * Como a DNA pol só age no sentido 5’-3’ a outra fita será sintetizada no sentido contrário da forquilha. E por precisar de espaço para uma nova fita ser sintetizada esse processo é feito em pedaços.
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