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Assistência de enfermagem no pré-natal de baixo risco PROF.ª NATÁLIA DE CASTRO NASCIMENTO PROF.ª NATHALIA R. BORCARI PROFª THAÍS MORENGUE DI LELLO BOYAMIAN DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER Assistência ao Pré-natal Assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém- nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. O profissional enfermeiro pode acompanhar inteiramente o pré-natal de baixo risco na rede básica de saúde, de acordo com o Ministério de Saúde e conforme garantido pela Lei do Exercício Profissional, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87. Confirmação da gravidez Importância do diagnóstico precoce da gravidez = Inicio do pré-natal o mais rápido possível Primeiras medidas do pré-natal Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal (Sistema de Acompanhamento da Gestante). As condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser anotados na Ficha de Pré-Natal e no Cartão da Gestante. O SISPRENATAL WEB, inserido dentro da REDE CEGONHA, é um SISTEMA ONLINE que permite cadastrar a gestante, monitorar e avaliar a atenção ao pré-natal e ao puerpério prestadas pelos serviços de saúde a cada gestante e recém-nascido, desde o primeiro atendimento na Unidade Básica de Saúde até o atendimento hospitalar de alto risco. Rede Cegonha A Rede Cegonha, estratégia lançada em 2011, é uma rede de cuidados que visa assegurar a saúde e qualidade de vida mulher, o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada na gravidez, no parto e no puerpério, bem como assegurar à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis até os 2 primeiros anos de vida. Objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. As informações inseridas na caderneta apoiam o profissional no diálogo e continuidade do atendimento à gestante e nas ações de educação em saúde, além de ajudar a gestante a registrar e esclarecer dúvidas, se preparar para o parto e a amamentação, conhecer sinais de alerta e seus direitos, entre outros. Consultas O total de consultas deverá ser de, no mínimo seis, com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. O acompanhamento da mulher no ciclo grávido- puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido realizada. HAVENDO SINAL DE TRABALHO DE PARTO E/OU 41 SEMANAS, ENCAMINHAR À MATERNIDADE - LEMBRAR QUE NÃO EXISTE ALTA DO PRÉ-NATAL Até 28ª semana Mensalmente Da 28ª à 36ª semana Quinzenalmente Da 36ª à 41ª semana Semanalmente 1º Consulta do Pré-natal ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA Identificação, dados socioeconômicos, antecedentes familiares, antecedentes pessoais gerais, antecedentes ginecológicos, sexualidade, antecedentes obstétricos e gestação atual. HISTÓRIA CLÍNICA ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA ANAMNESE HISTÓRIACLÍNICA ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA ANAMNESE PRENHEZ, GESTAÇÃO, GRAVIDEZ: estado peculiar da mulher que concebe e desenvolve o produto conceptual ABORTO: é o produto de uma gravidez que não atingiu período de 22 semanas. (0A, IA, IIA...) GESTANTE: mulher que está grávida GESTA ou GRÁVIDA: termo utilizado para designar a mulher grávida • 0G = nuligesta: mulher que nunca gestou • IG = primigesta: mulher que está gestante (gestação atual) • IIG = secundigesta: mulher que já gestou uma vez e está gestante • IIIG = tercigesta: mulher que já gestou duas vezes e está gestante • Multigesta: mulher que gestou mais de uma vez e está gestante Sempre levar em consideração a gestação atual NOMENCLATURA OBSTÉTRICA PARTURIENTE: termo designado para a mulher grávida, que se encontra em trabalho de parto PARA: termo utilizado para designar mulher parturiente quanto ao número de partos • 0P - Nulípara: mulher que nunca pariu (nunca deu luz a um feto vivo ou morto) • IP - Primípara: mulher que deu a luz apenas uma vez • IIP - Multípara: mulher que deu a luz duas ou mais vezes PUÉRPERA: mulher que já deu a luz NUTRIZ: mulher que está amamentando NOMENCLATURA OBSTÉTRICA Exemplos de como descrever a situação obstétrica das mulheres: • IVG IP IIA: mulher que ficou grávida 4 X (inclui a gestação atual), teve 1 parto e 2 abortos • IIIG 0P IIA: mulher que gestou 3 X (inclui a gestação atual), nunca pariu e teve 2 abortos Exercícios Joana – 2º gestação, 1 parto normal, nenhum aborto: Maria – primeira gestação, nenhum parto, nenhum aborto: Lívia – 3 gestações, 1 parto e 1 aborto: IIG IP 0A - Secundigesta/ Primípara IG 0P 0A – Primigesta / Nulípara IIIG IP IA – Tercigesta / Primípara NOMENCLATURA OBSTÉTRICA CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG): soma-se os números de dias entre a DUM e a data da consulta, dividindo por 7 (nº de semanas → semanas) • DUM CONHECIDA E CERTA – ex: 18/08/2019 • DUM DESCONHECIDA OU INCERTA, MAS SABE-SE O PERÍODO DO MÊS: Início do mês: DUM no dia 05 – ex: 5/08/2019 No meio do mês: DUM no dia 15- ex: 15/08/2019 No final do mês: DUM no dia 25 – ex: 25/08/2019 • DUM DESCONHECIDA – IG provável será determinada por aproximação pela medida da AU → ex: AU de 26 cm – 26 semanas ULTRASSONOGRAFIA CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG) CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL ESTIMATIVA DA DPP: REGRA DE NAEGELE Considera-se uma gestação de 280 dias (40 semanas) 1) Saber da Data da Última Menstruação(DUM) 2) DUM: dd/mm/aaaa dd + 07 dias mm – 03 ou + 09 aaaa + 1 (se necessário) De janeiro à março – soma 9 De abril a dezembro – subtrai3 Nas datas dos meses em que ao somar sete dias passem para o outro mês, acrescentar + 1 ao mês CÁLCULO DA DPP Exercícios: DUM: 08/05/2009 DUM:14/01/2014 DPP? CÁLCULO DA DPP História Clínica: Estimativa da DPP 1. Colocar a seta azul o dia e mês correspondente ao primeiro dia da última menstruação (DUM) 2. Observar a seta vermelha na data (dia e mês) indicada para a DPP CÁLCULO DA DPP EXAME FÍSICO GERAL E OBSTÉTRICO Avaliação nutricional e do ganho de pesogestacional A avaliação do estado nutricional da gestante consiste na tomada da medida do peso e da altura e o cálculo da semana gestacional, o que permite a classificação do índice de massa corporal (IMC) por semana gestacional. 1)Anote o peso e altura encontrados no prontuário e no Cartão da Gestante 2)Cálculo do IMC 3)Cálculo da IG AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO 4) Localize, na primeira coluna da tabela a seguir, a semana gestacional calculada e identifique, nas colunas seguintes, em que faixa está situado o IMC dagestante. 5) Classifique o estado nutricional (EN) da gestante, segundo o IMC, por semana gestacional: baixo peso, adequado, sobrepeso, obesidade Baixo peso (BP): investigue a história alimentar, a hiperemese gravídica, infecções, parasitoses e anemias. Realizar orientação nutricional e remarcar consulta em intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. Sobrepeso e obesidade (S e O): investigue a obesidade prégestacional, casos de edema, polidrâmnio, macrossomia e gravidez múltipla. Realizar orientação nutricional à gestante. Remarque a consulta em intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. Estimativa do ganho de peso durante a gestação AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO ECM Detectar anormalidades nas mamas e avaliar sintomas referidos pelas gestantes Educar as mulheres quanto: Ao câncer de mama, sintomas, fatores de risco e sua detecção precoce A composição e variabilidade da mama normal A importância do aleitamento materno para a criança, para a gestante, sua família e comunidade EXAME CLÍNICO DAS MAMAS PALPAÇÃO OBSTÉTRICA (TÉCNICA DE LEOPOLD) Identificar o crescimentofetal Identificar a situação, apresentação e posição fetal Deve iniciar-se pela delimitação do fundo uterino, bem como todo o contorno da superfície uterina (reduz risco de erro da medida da altura uterina) A Palpação Obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura uterina (AU) PALPAÇÃO OBSTÉTRICA Cuidados para a realização da palpação obstétrica Paciente com bexiga vazia Decúbito dorsal horizontal com membros estendidos e relaxados ao lado do corpo Examinador ao lado direito da paciente Examinador com mãos aquecidas Usar de movimentos suaves e evitar movimentos bruscos PALPAÇÃO OBSTÉTRICA TÉCNICA DE LEOPOLD Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 tempos PALPAÇÃO OBSTÉTRICA 1º TEMPO – EXPLORAÇÃO DO FUNDO UTERINO Delimita-se o fundo uterino com as duas mãos, deprimindo a parede abdominal. Procura-se reconhecer o contorno do fundo uterino e a parte fetal que ocupa 2º TEMPO – EXPLORAÇÃO DO DORSO E PEQUENAS PARTES Sente-se o dorso fetal e as pequenas partes (membros) no lado esquerdo e direito do útero. Identificação do dorso – local de ausculta dos BCF PALPAÇÃO OBSTÉTRICA 3º TEMPO – EXPLORAÇÃO DA APRESENTAÇÃO E MOBILIDADE Explora-se a mobilidade da apresentação (polo) que se apresenta no estreito superior pélvico materno. Com as extremidades dos dedos procura-se penetrar na pelve materna 4º TEMPO – EXPLORAÇÃO DAS ESCAVAS Determina-se a situação fetal (longitudinal, transversa ou oblíqua), colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, delizando- as em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal que se apresenta PALPAÇÃO OBSTÉTRICA Características dos segmentos fetais à palpação Cefálico: menor, liso, consistente, esferóide e irredutível Pélvico: maior, irregular, amolecido, volumoso e redutível Dorso: superfície plana, resistente, convexa e alongada Pequenas partes: pequenos cilindros angulosos e móveis PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA: APRESENTAÇÃO É a parte do feto que está voltada para a pelve materna. É a região fetal que se apresenta primeiro no nascimento. Cefálica, Pélvica ou Córmica (Transversa) Frequência: 95% cefálica, 4% pélvica e 1% córmica PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA: SITUAÇÃO Situação: é a relação entre o maior eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal da mãe. Longitudinal, Transversa/Córmica e Oblíqua Longitudinal Transversa Oblíqua Frequência: 99% das situações são longitudinais PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA: POSIÇÃO Posição: é a relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo da mãe. Posição esquerda, quando o dorso fetal se acha voltado para o lado esquerdo da mãe. Posição direita, quando o dorso fetal se volta para o lado direito da mãe. Frequência: a posição esquerda é a mais comum PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA MEDIDA DA ALTURA OBSTÉTRICA (AU – Altura uterina) Investigar as características uterinas: tamanho, forma, consistência, posição e regularidade de sua superfície Acompanhar o crescimento fetal e detectar precocemente as alterações Diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre a altura uterina e a idade gestacional Realizada em toda consulta a partir da 12ª semana de gestação Material: fita métrica flexível MEDIDA DA ALTURA UTERINA 1. Posicione a gestante em decúbito dorsal, com o abdome descoberto 2. Delimite a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino 3. Fixe a extremidade inicial (0cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise púbica com uma das mãos, passando-a entre os dedos indicados e médio MEDIDA DA ALTURA UTERINA 4. Deslize a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão até alcançar o fundo do útero com a margem cubital da mesma mão 5. Proceda à leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino. Anote a medida, em centímetros, na ficha e no cartão e marque o ponto na curva da altura uterina MEDIDA DA ALTURA UTERINA EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO A AU serve para estimar a IG Medida não confiável após 36 sem por conta da descida (encaixe) do feto AUSCULTA DOS BATIMENTO CARDIOFETAIS Realizar em toda consulta a partir da 10ª a 12ª semana Verificar a vitalidade do feto ou sofrimento fetal er econhecer gravidez múltipla ou única Confirmar o diagnóstico da apresentação e posição fetal atravésda localização do foco FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL É CONSIDERADA NORMAL ENTRE 120 A 160 BPM AUSCULTA DOS BATIMENTOS FETAIS Apresentações cefálicas: foco encontra-se no QIE ou QID, em função da localização do dorso fetal Apresentações pélvicas: foco encontra-se no QSE ou QSD, de acordo com o dorso fetal Situação transversa: foco na cicatriz umbilical Gestação gemelar: 2 focos – assíncronos, diferença de frequência Após uma contração uterina, a movimentação fetal ou o estímulo mecânico sobre o útero, um aumento transitório na frequência cardíaca fetal é sinal de BOA VITALIDADE. Por outro lado, uma desaceleração ou a não alteração da frequência cardíaca fetal, concomitantemente a esses eventos, é sinal de ALERTA, o que requer aplicação de metodologia para a avaliação da vitalidade fetal AUSCULTA DOS BATIMENTOS FETAIS Técnica de ausculta: Realizar a palpação para localizar o dorso fetal Neste local aplicar o aparelho Realizar a contagem dos BCFs. Permanecer auscultando por pelo menos 3 minutos, para observar o ritmo dos BCFs. Evitar expressões faciais de dúvida ou receio para não causar ansiedade na gestante. AUSCULTA DOS BATIMENTOS FETAIS CUIDADOS - PRESCRIÇÕES Todos os resultados devem ser anotados na ficha obstétrica e no cartão da gestante A gestante precisa tomar conhecimento de todos os resultados e ser orientada quanto a isso EXAMES EXAMES Hemograma completo - Hemoglobina (Hb) Hemoglobina > 11g/dl: Ausência de anemia Hemoglobina (Hb) entre 8g/dl e 11g/dl: Anemia levea moderada o Solicitar Parasitológico de fezes e tratar a parasitose, sepresente o Tratar anemia: 120 a 240mg de sulfato ferroso: recomendam-se 5 drágeas/dia, de 40mg cada, via oral (2 pelamanhã, 2 à tarde e 1 à noite), uma hora antes das refeições o Repita a dosagem de hemoglobina entre 30 e 60dias o Se os níveis estiverem subindo, manter tratamento até a Hb atingir 11g/dl e inicia-se a dose de suplementação (1drágea ao dia, com 40mg de ferro elementar). o Repita a dosagem no 3º trimestre - Se a Hb permanecer em níveis estacionários ou se diminuir, será necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. Hemoglobina < 8g/dl: Anemia grave → será necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. EXAMES Glicemia de Jejum: nível de glicose sanguínea após jejum de 8 a 12 horas < 92mg/dL: Realize TOTG (teste oral de de tolerância à glicose) de 24 a 28 semanas de gestação. > 92mg/dL e < 126mg/dL: Diabetes mellitus gestacional (DMG). ≥126mg/dL: Diabetes mellitus (DM) TTGO 75g (2h):a paciente recebe uma carga de 75 g de glicose em 250-300 ml de água, após um período de jejum entre 8 e 12horas; a glicemia é medida antes, com 60 minutos e 120 minutos após a ingestão Jejum < 92mg/dL, 1ª hora < 180mg/dL e 2ª hora < 153mg/dL: TESTE NEGATIVO Jejum ≥ 92mg/dL a 125mg/dL e/ou 1 horas pós ≥180mg/dl e/ou 2h pós ≥ 153mg/dl a 199mg/dl: DMG ERITROBLASTOSE FETAL • Doença hemolítica causada pela incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal: mãe com fator Rh- e feto com Rh+ • Durante a passagem do feto pelo canal de parto a mãe entra em contato com o Rh+ do feto, produzindo anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh fetal (“intruso”). O primeiro filho, portanto, apresenta menos risco de desenvolver a doença porque a mãe Rh- ainda não foi sensibilizada pelos anticorpos antiRh. • Uma vez produzidos, esses anticorpos permanecem na circulação da mãe. Caso ela volte a engravidar de um bebê com Rh+ os anticorpos produzidos na gravidez anterior destroemas hemácias do feto. EXAMES EXAMES Tipagem sanguínea: rastreia a presença da proteína sanguínea Rh Rh materno positivo: anotar na ficha, no cartão da gestante e informar a gestante sobre o seu tipo sanguíneo Rh materno negativo e parceiro Rh negativo: anotar na ficha, no cartão da gestante e informar a gestante sobre o seu tipo sanguíneo Rh materno negativo e parceiro com Rh positivo e/ou desconhecido: solicitar teste de Coombs indireto (detecta anticorpos que atuam contra hemácias) - Coombs indireto for negativo, repeti-lo no 2º e 3º trimestre. - Coombs indireto for positivo, encaminhar a gestante ao pré-natal de alto risco: 300 mg de gamaglobulina anti-Rh (imunoglobulina anti-D: concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh) via intramuscular após 72 horas do parto do primeiro filho, após aborto ou gravidez ectópica → Desse modo, na gestação seguinte, o feto não desenvolverá eritroblastose. EXAMES Triagem para sífilis (TR e VDRL): infecção bacteriana TR negativo → Realize sorologia no 3º trimestre, no momento do parto e em caso de abortamento. TR positivo → Colete amostra sanguínea para realização do VDRL e teste nos parceiros sexuais. VDRL positivo (TRATAR GESTANTE E PARCEIRO): Treponema pallidum presente • Sífilis primária (feridas) = penicilina benzatina, em dose única de 2.400.000 UI (1.200.000 em cada nádega). • Sífilis secundária (manchas) = penicilina benzatina, em 2 doses de 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada nádega), com intervalo de uma semana. . Dose total de 4.800.000UI. • Sífilis terciária (doenças neurológicas) = penicilina benzatina, em 3 doses de 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada nádega), com intervalo de uma semana. Dose total de 7.200.000UI. • Realize exame mensal para controle decura VDRL negativo → Repita o exame no 3ºtrimestre EXAMES Urina tipo I e Urocultura: proteinúria, cultura positiva, hematúria, cilindrúria e demais elementos Proteinúria “Traços”: repita em 15 dias; caso se mantenha, encaminhe a gestante ao pré-natal de alto risco. “Traços” e hipertensão e/ou edema: é necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. “Maciça”: é necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. Bacteriúria/ leucocitúria - Cultura positiva (> 105 col/ml) Tratar infecção do trato urinário (ITU) empiricamente, até o resultado do antibiograma. Em caso de ITU de repetição é necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. Caso haja suspeita de pielonefrite, é necessário referir a gestante ao hospital de referência para intercorrências obstétrica EXAMES Urina tipo I e Urocultura: proteinúria, cultura positiva, hematúria, cilindrúria e demais elementos Hematúria Se for piúria (pus na urina) associada, considere ITU. Se for isolada, uma vez que tenha sido excluído sangramento genital, é necessário referir a gestante para consulta especializada Cilindrúria (condensação de proteínas) → É necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. EXAMES Teste rápido diagnóstico anti-HIV e sorologia para HIV TR/ Sorologia: positivo → Realize o aconselhamento pós-teste e encaminhe a gestante para o seguimento ao pré-natal no serviço de atenção especializada em DST/Aids de referência TR/ Negativo: negativo → Realize o aconselhamento pós-teste e repita a sorologia no 3º trimestre EXAMES Sorologia para Hepatite B (HbsAg) Positivo → Encaminhar a gestante para o seguimento ao pré-natal no serviço de atenção especializada em hepatites de referência. Negativo → Realizar vacina a gestante caso ela não tenha sido vacinada anteriormente. Em seguida, repita a sorologia no 3º semestre. EXAMES Toxoplasmose IgM e IgG Sorologia Negativa (IgG e IgM negativas): Suscetível Orientação higiênico-dietética Repetição da sorologia 2/2 meses Sorologia Positiva (IgG positiva IgM negativa): Imune Seguimento pré-natal rotineiro Sorologia Positiva (IgG negativa ou positiva IgM positiva): Infecção recente Proceder diagnóstico da transmissão vertical Encaminhar para Medicina Fetal IgM EXAMES Colpocitologia Oncótica Deve ser realizada em qualquer trimestre, a partir de uma amostra da ectocérvice. A coleta da parte interna, a endocérvice, não deve ser realizada nas gestantes. Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa do colo por meio de uma espátula de madeira (espátula de Ayres) A conduta obstétrica, em princípio, para resolução da gravidez, não deve ser modificada em decorrência dos resultados citopatológicos, exceto nos casos de franca invasão ou obstrução do canal do parto. Após o parto, as reavaliações citopatológica deverão ser realizadas, entre seis e oito semanas,em um centro de referência regional. EXAMES Ultrassonografia Obstétrica Determinar a IG, detectar gestações múltiplas e malformações fetais. Idealmente, o exame deve ser realizado entre 10 e 13 semanas. De acordo com a OMS, preconiza-se a realização de 3 exames ultrassonográficos: 1º trimestre: entre 11 e 14 semanas 2º trimestre: entre 20 e 24 semanas – translucência nucal 3º trimestre: entre 32 e 36 semanas EXAMES Teste para estreptococo B Cultura específica com coleta anovaginal do estreptococo do grupo B entre 35-37 semanas, quando possível Transmissão durante a passagem do pelo canal de parto Presença de estreptococo B positivo: antibioticoterapia profilática intraparto EXAMES Infecção pelo estreptococo do grupo B = doenças respiratórias, sépsis ou meningite na 1ª semana de vida Muitos hospitais mantêm protocolos institucionais de antibioticoterapia como profilaxia para infecção fetal pelo Estreptococo B materno e controle de qualidade sobre esse indicador. VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO Proteção da gestante e feto Não há evidências de que, em gestantes, a administração de vacinas de vírus inativados, bactérias mortas e de vacinas constituídas por componentes de agentes infecciosos acarrete qualquer risco para o feto De acordo as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério daSaúde: Vacina dupla do tipo adulto – dT/dTpa (difteria, tétano e coqueluche) Vacina contra influenza (fragmentada) Vacinação contra hepatite B (recombinante) EM SITUAC ̧ÕES ESPECIAIS : Vacina contra febre amarela (atenuada) e raiva humana dT/dTpa: prenvine difteria, tétano e coqueluche - 2 doses da vacina dupla adulto (dT) e 1 dose da dTpa a partir da 20ª semana de gestação Influenza: previne gripe - Dose única no período da campanha, em qualquer idade gestacional Hepatite B: previne contra Hepatite B - Realizada após o primeiro trimestre de gestação – 3 doses (0, 1 e 6 meses) ATIVIDADES EDUCATIVAS NA GESTAÇÃO Atividades educativas/preventivas (multiprofissional) Oficinas, palestras, reuniões, rodas de conversas Visitas Domiciliares – ACS Planejamento familiar, amamentação, direitos da gestante, autoexame, cuidados ao RN em casa REFERÊNCIAS • BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n° 32). Disponível em: file:///F:/2019.1%20FMU/Disciplina%20Sa%C3%BAde%20da%20Mulher/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf • FERNANDES, R.A.Q.; NARCHI, N.Z. Enfermagem e Saúde da Mulher. 2. ed. rev. ampl.- Barueri, SP: Manole. 2013 • OHLSSON A; SHAH VS. Antibióticos intraparto para mães colonizadas por Estreptococos B. Cochrane, 2014. Disponível em: https://www.cochrane.org/pt/CD007467/antibioticos-intraparto-para-maes-colonizadas-por-estreptococos-b • SECRETARIA DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré natal e puerpério. São Paulo: SES/SP, 2010. Disponível em:file:///F:/2019.1%20FMU/Disciplina%20Sa%C3%BAde%20da%20Mulher/Manual%20t%C3%A9cnico%20do%20pre%20natal %20e%20puerpeio%202010.pdf • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao prénatal de baixo risco. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf file:///F:/2019.1 FMU/Disciplina Saúde da Mulher/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf https://www.cochrane.org/pt/CD007467/antibioticos-intraparto-para-maes-colonizadas-por-estreptococos-b http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf REFERÊNCIAS • LOWDERMILK, D.L. et al. Saúde da Mulher e Enfermagem Obstétrica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. • Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SSESP). Pré-natal e puerpério: manual técnico – manual de consulta rápida para os profissionais de saúde. São Paulo: 2017. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/programa-de-fortalecimento- da-gestao-dasaude-no- estado-de-sao-paulo/consultas-publicas-manuais-da-linha-de-cuidado-da-gestante-parturiente- epuerpera/manual_de_consulta_rapida.pdf • Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré natal e puerpério. SES/SP: 2010. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e-apuerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal- e- puerperio/manual_tecnicoii.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/programa-de-fortalecimento-da-gestao-dasaude-no- http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e-apuerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e-
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