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O INSTITUTO DA CONFUSÃO NOS DIREITOS DE OBRIGAÇÕES CONCEITO 1. Previsão legal: art. 381 do Código Civil . É quando a qualidade de credor e devedor são reunidas na figura da mesma pessoa, extinguindo-se assim a relação jurídico obrigacional. Exemplo: Maria é devedora do seu tio João. Em certo dia, João vem a falecer e Maria adquire a herança de seu tio por sucessão -> Nesse caso, Maria passará a ser credora de si mesma e, com isso, o débito desaparecerá por meio da confusão. 2. ESPÉCIES Previsão legal: art. 382 do Código Civil Subdivide-se em: a) confusão total - de toda a dívida b) confusão parcial -de parte da dívida 3. CONFUSÃO IMPRÓPRIA É quando se reúnem na mesma pessoa as condições de garante e sujeito (passivo ou ativo) Exemplos: a) Sujeito que é ao mesmo tempo fiador e devedor (sujeito passivo). b) Sujeito que é ao mesmo tempo dono da coisa hipotecada e credor (sujeito passivo). Nessas hipóteses, trata-se de confusão imprópria, visto que a obrigação primitiva não se extingue, apenas a relação obrigacional acessória que se extinguirá. 4. EFEITOS E RESTABELECIMENTO DA OBRIGAÇÃO Regra: O principal efeito do instituto da confusão é a extinção da obrigação. Exceção do art. 383 do Código Civil: Confusão na pessoa do devedor ou credor solidário - > Nesse caso, a obrigação só será extinta até a concorrência da respectiva parte no crédito (se a solidariedade for ativa), ou na dívida (se a solidariedade for passiva), subsistindo quanto a mais a solidariedade. Exceção do art. 384 do Código Civil: É quando ocorre uma causa que apenas ocasiona a suspensão ou paralisação da eficácia jurídica do crédito, restabelecendo-se, posteriormente, a obrigação com força.
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