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Ultrassom Conceito: O ultrassom é uma onda mecânica, pois o som só é mecânico, e nessa produção de energia mecânica, ao bater no nosso corpo ele produz calor. “Tratamento por meio de vibrações mecânicas com uma frequência acima 20.000 Hz.” (BORGES, 2010). Os cristais se agitam (Efeito piezoelétrico) e com a vibração desse cristal, o som é produzido. Efeito Piezelétrico: Quando a corrente elétrica alternada, gerada em igual frequência que a ressonância do cristal, é propagada através do cristal piezoelétrico, este se expande e se contrai ou vibrará na frequência da oscilação elétrica, proporcionando, desta maneira, ultrassom na frequência desejada. Tipos de Transdutor: - Convexo (3 – 6 MHz) - Linear (7 – 18 MHz) - Endocavitário (5 – 9 MHz) - Setorial (2 – 5 MHz) Direção de propragação das ondas ultrassônicas. Existem dois tipos de ondas que podem se propagar por um meio sólido: → Ondas Longitudinais O deslocamento molecular na direção em que a onda se propaga. Durante a propagação da onda longitudinal em regiões de alta densidade cria-se uma compressão. Durante a propagação da onda longitudinal em regiões de baixa intensidade cria-se uma rarefação. → Ondas Transversais As moléculas são movimentadas em uma direção perpendicular à direção em que a onda ultrassônica se move. Ondas longitudinais: se propagam em sólidos e líquidos. Ondas transversais: se propagam apenas no sólido. Mecanismo de compressão e expansão do meio submetido a onda ultrassônica. Embora as ondas sejam invisíveis é possível sentir, e expandir. Ex.: O som vocal se expande no ambiente, entra em contato com uma tela de computador, bate na tela e se expande. Por se tratar de uma onda mecânica, a onda sonora que vem atrás bate na onda sonora que está na frente e quando bate, empurra. E com isso se tem momentos de compressão e expansão. Frequências do ultrassom O ultrassom terapêutico nacional, é comercializado nas frequências de 1 (1 milhão de hertz), 3 (3 milhões de hertz) ou 5 mega-hertz (MHz) Se eu quero uma maior profundidade, eu aplico uma frequência menor. Uma maior frequência menor profundidade. ERA (Área efetiva de emissão) É menor que a área do cabeçote. Expressa em unidade de superfície (cm²). Varia de 0,8 a 6 cm². (padrão em torno de 3,5 ou 3,7 cm²) Considerando que a área de radiação efetiva sempre é menor que a superfície do transdutor, o tamanho do transdutor não é real indicação da superfície de radiação. BNR (Coeficiente de não uniformidade do feixe); A intensidade de emissão geralmente não é uniforme em toda a superfície, mais concentrada no meio. Propriedade acústica do tecido Reflexão: Quando a onda produzida pelo ultrassom tenta passar de um meio para outro, por diferente impedância acústica, porém quando ele passa, ele retorna, no sentido para o tradutor. Refração: Quando a onda se propaga, a onda passa de um meio para o outro, mas ela modifica o seu sentido, mas continua para a parte central. Absorção: A onda passa e fica no tecido. Transmissão: Quando uma onda ultrassônica ela sai de um meio para o outro e atravessa. Todas elas a que menos queremos é a reflexão, pois a perda de energia e você pode fazer com o que o tecido retorne para o cristal podendo diminuir a vida útil do cristal. Primeiro colocar o transdutor no tecido que você quer aplicar e depois você liga o equipamento. Cavitação: O colapso das bolhas causa lesão celular, micro hemorragia, redução do cálcio intracelular, aumento da atividade fibroblástica, aumento da força de tensão do colágeno. Entre essas camadas de tecidos, temos divisórias, e com a vibração forma-se espaços entre elas. Esses tecidos vibram de formas diferentes, formando as bolhas ou cavitação. É esperado, e acontece o efeito fibrinolítico é a separação desses tecidos em consequência da cavitação. Existem dois tipos de cavitações: As bolhas instáveis, e estáveis. As estáveis são bolhas que não fazem mal, uma vez que se formam ajudam a separar os tecidos e são absorvidas naturalmente. As bolhas instáveis, são mais problemáticas, elas liberam radicais livres que podem provocar micro lesões, nem todas acontecem de explodir, mas podem se formar e para prevenir deixar o transdutor movimentando e aplicado de forma perpendicular, sempre, não parar de movimentar para evitar não só as bolhas como a reflexão. Efeitos biofísicos do ultrassom Mecânico: as vibrações sônicas causam compressão e expansão do tecido, conduzindo a variações de pressão. Também chamado de micro massagem. (efeito fibrinolítico) Térmico: O calor é adquirido pela absorção de energia, e é dissipado por condução e pelo fluxo sanguíneo da área. Vibração molecular → atrito → CALOR. (região aumenta temperatura, exceto nas lesões agudas, processos inflamatórios) Métodos de aplicação do ultrassom → Contato direto (deslizamento) Usado em áreas planas que suportem a pressão do transdutor; Movimentação circulares ou em 8; Pele íntegra; Interface (gel, óleo mineral) Velocidade de movimentação do cabeçote: varias de 2 – 4 segs./cm² → Contato indireto (acoplamento subaquático) Submergir o cabeçote e o segmento a ser tratado; Ideal para áreas irregulares ou que não suportem pressão; A água deve ser morna; Cabeçote a uma distância de 2cm da pele. → Aplicação com bolsa de água Utilizado também em superfícies irregulares; Geralmente utiliza-se uma bolsa de plástico ou borracha, preenchida com água desgaseificada. Entre a bolsa, o cabeçote e a pele do ultrassom deverão existir uma fina camada de gel. O cabeçote deverá ser firmemente pressionado sobre a bolsa. → Utilização em feridas abertas Como não se deve aplicar diretamente sobre a ferida, o terapeuta deverá ter alguns cuidados para evitar riscos de infecção. Utilizar gel estéril de ágar poliacrilamida em uma folha de 3,3 mm como meio de acoplamento. O espaço entre a ferida e a folha deverá ser preenchida com soro fisiológico. Modo de emissão → Contínuo: efeito térmico predominante; a intensidade sonora permanece constante ao longo do tratamento e a energia do ultrassom é produzida em 100% do tempo. → Pulsátil: efeito mecânico predominante. A intensidade é periodicamente interrompida, com nenhuma energia ultrassônica sendo produzida durante o período desligado. Efeitos Fisiológicos do Ultrassom Na aplicação das ondas ultrassônicas é possível observar efeitos térmicos e não térmicos nos diferentes tipos de tecidos biológicos: células, tecidos e órgãos. EFEITOS TÉRMICOS →Aumento na extensibilidade das fibras de colágeno encontrada nos tendões e cápsulas articulares; →Diminuição da rigidez articular; →Redução do espasmo muscular: →Modulação da dor; →Aumento do fluxo de sangue; EFEITOS NÃO-TÉRMICOS → Cavitação → Micromassagem INDICAÇÕES →Condições agudas e pós-agudas →Cura e reparo do tecido mole →Tecido cicatricial →Contratura articular →Inflamação crônica →Aumento da extensibilidade do colágeno →Redução do espasmo muscular →Modulação da dor →Aumento do fluxo sanguíneo →Reparação do tecido mole →Aumento da síntese de proteína →Regeneração do tecido →Reparação de fraturas não-unidas →Pontos-gatilho miofasciais CONTRAINDICAÇÕES →Condições agudas →Áreas de sensação de temperatura diminuída →Insuficiência vascular →Tromboflebite →Olhos →Órgãos reprodutores →Pelve imediatamente após menstruação →Gravidez →Marcapasso →Câncer →Áreas epifisais em crianças →Próteses cimentadas →Infecção
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