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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletimj Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros Fascículo No 47/2019 Amazonas Veja nos Próximos Fascículos a ICMS - Alíquotas - Consumidor final localizado em outra Unidade da Federação a ICMS - Substituição tributária nas operações com veículos automotores, exceto os de 2 rodas /a Federal IPI/ICMS Sped - NF-e - CRT e CSOSN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 /a Estadual ICMS Substituição tributária nas operações com bebidas alcoólicas, exceto cervejas e chopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 /a IOB Setorial Federal Rural - ITR - Pagamento com TDA - Procedimento . . . . . . . . . . . . . 09 /a IOB Comenta Estadual Exceções aplicadas ao princípio da irretroatividade da legislação . . . 10 /a IOB Perguntas e Respostas IPI Demonstração - Devolução - Indicação do IPI na nota fiscal . . . . . . 12 Soluções de consultas - Efeito vinculante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 ICMS/AM Incentivos fiscais - Condições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Não incidência - Prestações não onerosas de serviços de comunica- ção e condições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 © 2019 by SAGE | IOB Capa: Marketing SAGE | IOB Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB 0800-724-7900 SAC Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Bo le tim IO B Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros: IPI/ICMS : NF-e : CTR e CSOSN : ITR : pagamento com TDA : procedimento... -- 15. ed. -- São Paulo : SAGE - IOB, 2019. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-3527-9 1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série. 19-31086 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros Boletimj 47-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 AM a Federal IPI/ICMS Sped - NF-e - CRT e CSOSN 1. Introdução A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) a ser utilizada em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelos contribuintes do IPI e do ICMS é o documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar opera- ções e prestações, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e autorização de uso pela administração tributária da Unidade da Federação (UF) do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador. Para a emissão desse documento fiscal, devem ser observadas, entre outras normas, as do Ajuste Sinief nº 7/2005, que o instituiu, bem como as instruções contidas no Manual de Orientação do Contribuinte (MOC), versão 6.0, aprovada pelo Ato Cotepe/ICMS nº 51/2015, disponível na página do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), www.confaz.fazenda.gov.br. (Ajuste Sinief nº 7/2005; Ato Cotepe/ICMS nº 51/2015) 2. ForMAlIdAdES A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no MOC, por meio de software desenvol- vido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária, observadas as seguin- tes formalidades: a) o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language); b) a numeração será sequencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento, e por série, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite; c) deverá conter um código numérico gerado pelo emitente, que comporá a chave de aces- so de identificação da NF-e, juntamente com o número de seu Cadastro Nacional da Pes- soa Jurídica (CNPJ), número e série desse do- cumento fiscal; d) deverá ser assinada pelo emitente, com assi- natura digital certificada por entidade creden- ciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do do- cumento digital; e) a identificação das mercadorias comercializa- das com a utilização da NF-e deverá conter, também, o seu correspondente código na No- menclatura Comum do Mercosul (NCM); f) deverá conter o Código Especificador da Substituição Tributária (Cest), numérico e de 7 dígitos de preenchimento obrigatório no do- cumento fiscal que acobertar operação com as mercadorias listadas em convênio especí- fico, independentemente de a operação estar sujeita aos regimes de substituição tributária pelas operações subsequentes ou de anteci- pação do recolhimento do ICMS com encerra- mento de tributação; g) os GTIN informados na NF-e serão validados a partir das informações contidas no Cadas- tro Centralizado de GTIN, que está baseado na Sefaz Virtual do Rio Grande do Sul (SVRS), acessível por meio de consulta posta à dispo- 47-02 AM Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros sição dos contribuintes, e é composto das se- guintes informações: g.1) Numeração Global de Item Comercial (GTIN); g.2) marca; g.3) tipo GTIN (8, 12, 13 ou 14 posições); g.4) descrição do produto; g.5) dados da classificação do produto (seg- mento, família, classe e subclasse/bloco); g.6) país - principal mercado de destino; g.7) Cest (quando existir); g.8) NCM; g.9) peso bruto; g.10) unidade de medida do peso bruto; g.11) GTIN de nível inferior, também denomi- nado “GTIN contido/item comercial con- tido”; g.12) quantidade de itens contidos; h) os proprietários das marcas dos produtos que possuem GTIN devem disponibilizar para a administração tributária de sua UF, por meio da SVRS, as informações de seus produtos, necessárias para a alimentação do Cadastro Centralizado de GTIN, que serão validadas, conforme especificado em Nota Técnica pu- blicada no Portal Nacional da NF-e; i) para o cumprimento da exigência descrita na letra “h”, os proprietários das marcas devem autorizar a organização legalmente responsá- vel pelo licenciamento dos GTIN utilizados a repassar, mediante convênio, as informações necessárias diretamente para a SVRS; j) nos casos em que o local de entrega ou reti- rada seja diverso do endereço do destinatá- rio, devem ser preenchidas as informações no respectivo grupo específico na NF-e, deven- do também constar no Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). As séries serão designadas por algarismos arábi- cos, em ordem crescente, podendo o Fisco restringir a quantidade de séries, observando-se que: a) a utilização de série única será representada pelo número zero; b) é vedada a utilização de subséries. Para efeito de geração do código numérico, na hipótese de a NF-e não possuir série, o campo corres- pondente deverá ser preenchido com zeros. A NF-e deverá conter o Código de Regime Tributário (CRT) e, quando for o caso, o Código de Situação da Operação no Simples Nacional (CSOSN), conforme definidos no Anexo I do Ajuste Sinief nº 7/2005. Nota O Ajuste Sinief nº 14/2019 deu nova redação ao § 5º da cláusula ter- ceira do Ajuste Sinief nº 7/2005, com efeitos a partir de 1º.01.2022, a seguir transcrito: “§ 5º A NF-e deverá conter o Código de Regime Tributário - CRT - de que trata o Anexo III do Convênio s/nº, de 15 de dezembro de 1970.” É obrigatórioo preenchimento dos campos cEAN e cEANTrib da NF-e, com as informações a seguir indicadas, quando o produto comercializado possuir código de barras com GTIN: a) cEAN: código de barras GTIN do produto que está sendo comercializado na NF-e, podendo ser referente à unidade de logística do produto; b) cEANTrib: código de barras GTIN do produto tributável, ou seja, a unidade de venda no va- rejo, devendo, quando aplicável, referenciar a menor unidade identificável por código GTIN; c) qCom: quantidade comercial, ou seja, a quan- tidade de produto na unidade de comercializa- ção na NF-e; d) uCom: unidade de medida para comercializa- ção do produto na NF-e; e) vUnCom: valor unitário de comercialização do produto na NF-e; f) qTrib: conversão da quantidade comercial à unidade de medida da apresentação do item para comercialização no varejo, devendo, quando aplicável, referenciar a menor unidade identificável por código GTIN; g) uTrib: unidade de medida da apresentação do item para comercialização no varejo, devendo, quando aplicável, referenciar a menor unidade identificável por código GTIN; h) vUnTrib: conversão do valor unitário comer- cial à unidade de medida da apresentação do item para comercialização no varejo, devendo, quando aplicável, referenciar a menor unidade identificável por código GTIN; e i) os valores obtidos pela multiplicação entre os campos indicados nas letras “c” e “e” e nas letras “f” e “g” devem produzir o mesmo resul- tado. 47-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 AM ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos Os detentores de códigos de barras deverão manter atualizados os dados cadastrais de seus produtos junto à organização legalmente responsável pelo licenciamento do respectivo código de barras, de forma a manter atualizado o Cadastro Centralizado de GTIN. Os sistemas de autorização da NF-e deverão validar as informações descritas nos campos cEAN e cEANTrib, junto ao Cadastro Centralizado de GTIN da organização legalmente responsável pelo licencia- mento do respectivo código de barras, devendo ser rejeitadas as NF-e em casos de não conformidade das informações contidas no Cadastro Centralizado de GTIN. Além das formalidades mencionadas, deverão ser indicados na NF-e o CRT e, quando for o caso, o CSOSN, conforme definidos no Anexo I do Ajuste Sinief nº 7/2005. (Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusulas terceira e sexta, §§ 4º e 5º, Anexo I) 3. CódIgo dE rEgIME trIButárIo (Crt) E CódIgo dE SItuAção dA oPErAção no SIMPlES nACIonAl (CSoSn) Nota Nos termos da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 14/2019, fica revoga- do, com efeitos a partir de 1º.01.2022, o Anexo I - Códigos de Detalhamento do Regime e da Situação, do Ajuste Sinief nº 7/2005. Reproduzimos, a seguir, as Tabelas “A” e “B” do Anexo I do Ajuste Sinief nº 7/2005, com os respectivos códigos a serem inseridos na NF-e: Tabela a - Código de Regime TRibuTáRio (CRT) 1 - Simples Nacional 2 - Simples Nacional - Excesso de sublimite da receita bruta 3 - Regime Normal Notas Explicativas: O código 1 será preenchido pelo contribuinte quando for optante pelo Simples Nacional. O código 2 será preenchido pelo contribuinte optante pelo Simples Nacional, mas que tiver ultrapassado o sublimite de receita bruta fixado pelo Estado/DF e estiver impedido de recolher o ICMS/ISS por esse regime, conforme os arts. 19 e 20 da Lei Complementar nº 123/2006. O código 3 será preenchido pelo contribuinte que não estiver nas situações 1 ou 2. Tabela b - Código de SiTuação da opeRação no SimpleS naCional (CSoSn) 101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito - Classificam-se neste código as operações que permitem a indi- cação da alíquota do ICMS devido no Simples Nacional e o valor do crédito correspondente. 102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito - Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900. 103 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta - Classificam-se neste código as operações praticadas por op- tantes pelo Simples Nacional contemplados com isenção conce- dida para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006. 201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária - Classificam-se neste código as operações que permitem a indi- cação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do va- lor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição tributária. 202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária - Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança do ICMS por substituição tributária. 203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária - Classificam-se neste código as operações praticadas por optan- tes pelo Simples Nacional contemplados com isenção para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006, e com cobrança do ICMS por substituição tributária. 300 - Imune - Classificam-se neste código as operações praticadas por op- tantes pelo Simples Nacional contempladas com imunidade do ICMS. 400 - Não tributada pelo Simples Nacional - Classificam-se neste código as operações praticadas por op- tantes pelo Simples Nacional não sujeitas à tributação pelo ICMS dentro do Simples Nacional. 500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação - Classificam-se neste código as operações sujeitas exclusiva- mente ao regime de substituição tributária na condição de substi- tuído tributário ou no caso de antecipações. 900 - Outros - Classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem nos códigos 101, 102, 103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500. Nota Explicativa: O CSOSN será usado na NF-e exclusivamente quando o CRT for igual a “1”, e substituirá os códigos da Tabela B - Tributação pelo ICMS do Anexo Código de Situação Tributária (CST) do Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970. (Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusula terceira; Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970) N 47-04 AM Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros ICMS Substituição tributária nas operações com bebidas alcoólicas, exceto cervejas e chopes SUMÁRIO 1. Quadro sinótico 2. Responsável pela retenção 3. Produtos sujeitos ao regime 4. Inaplicabilidade 5. Base de cálculo 6. Recolhimento 7. Cálculo do imposto retido 8. Exemplo de preenchimento da nota fiscal 9. Escrituração - Principais reflexos na EFD 10. Penalidades 1. QuAdro SInótICo Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts. 5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode atribuir, de modo expresso, a terceiros, vinculados e com interesse no fato gerador do imposto a respon- sabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. Esse mecanismo constitui-se na figura da subs- tituição tributária, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo a esse um caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. Por imposição legal, a substituição tributária consiste em atribuir a determinado contribuinte do ICMS, qualificado como contribuinte substituto, a res- ponsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por outros contribuintes, nomeados contribuintes substituídos. No Estado do Amazonas, as regras gerais da subs- tituição tributária estão previstas no RICMS-AM/1999, arts. 110 e seguintes, especificamente, às operações com bebidas alcoólicas, excetocervejas e chopes no RICMS-AM/1999, Anexo II-A, item 5. Ressalta-se que os procedimentos a serem ado- tados pelos contribuintes substitutos tributários, nas operações com bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope, serão abordados neste texto, cujas informa- ções sintetizamos no quadro a seguir: a Estadual Aplicabilidade Nas operações internas e interestaduais que destinem ao Amazonas, bebidas alcoólicas, exceto cervejas e chopes, sujeitas à substituição tributária. Inaplicabilidade a) às transferências de mercadorias para outro estabelecimento, exceto varejista, do mesmo sujeito pas- sivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por substituição tributária recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a outra sociedade empresária; b) às saídas destinadas a órgãos de administração pública direta, suas autarquias e fundações e a pres- tadores de serviço não inscritos no CCA; c) às saídas de mercadorias destinadas a estabelecimento de contribuinte pertencente ao mesmo grupo econômico, ou com o qual mantenha relação de interdependência, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por substituição tributária será do estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a sociedade empresária não pertencente ao mesmo grupo econômico ou com a qual não mantenha relação de interdependência; d) às operações com bebidas alcoólicas, exclusive cervejas e chopes, desde que sejam produzidas por indústria localizada no interior do Estado do Amazonas, com utilização de matérias-primas agrícolas extra- tivas vegetais, produzidas no Estado do Amazonas. Relação de produtos sujeitos ao regime Observar tópico 3. Base de cálculo A base de cálculo do imposto será obtida pelo somatório das seguintes parcelas: a) o valor da operação própria realizada pelo substituto tributário ou substituído intermediário; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adqui- rentes; e c) a MVA, inclusive lucro, aplicada sobre o somatório das letras anteriores, fixada no Anexo II-A do RICMS- -AM/1999 e Resolução GSefaz nº 30/2015, art. 1º. Observar tópico 5. Prazo de recolhimento O imposto devido por substituição tributária deverá ser recolhido até o dia 5 do mês subsequente. Operação interestadual, o imposto retido pelo sujeito passivo por substituição será recolhido até o dia 9 do mês subsequente ao da remessa da mercadoria. (RICMS-AM/1999, arts. 110 e seguintes, Anexo II-A, item 5) 47-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 AM ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos 2. rESPonSávEl PElA rEtEnção Denomina-se contribuinte substituto aquele que assume por determinação legal a responsabilidade pelo pagamento do imposto. Segundo a legislação amazonense, são respon- sáveis pela cobrança e pelo recolhimento do imposto, na condição de sujeito passivo por substituição, devendo fazer a retenção do imposto devido em ope- ração ou operações concomitantes e subsequentes a serem realizadas pelos adquirentes, bem como do imposto relativo aos serviços prestados, conforme dispuser a legislação tributária: a) o contribuinte que efetuar saída de mercado- rias destinadas a outro não inscrito, para fins de comercialização ou industrialização, exceto na hipótese de tê-las recebido com substi- tuição; b) o contribuinte alienante, neste Estado, das mercadorias relacionadas no Anexo II-A do RICMS-AM/1999, exceto na hipótese de tê-las recebido com substituição; c) o remetente de mercadorias sujeitas à substi- tuição tributária nas operações interestaduais destinadas ao Estado do Amazonas, na forma de convênio ou protocolo celebrado com ou- tras Unidades da Federação (UF), nos termos do Convênio ICMS nº 81/1993; d) o adquirente de mercadoria sujeita à substitui- ção tributária, nas operações interestaduais, quando proveniente de UF não signatária de acordo para substituição tributária do qual o Amazonas faça parte; e) o importador de mercadoria estrangeira, sujei- ta à substituição tributária. A adoção do regime de substituição tributária em operações e prestações interestaduais, conco- mitantes ou subsequentes, dependerá de acordo específico celebrado entre o Estado do Amazonas e a UF interessada. (RICMS-AM/1999, art. 110, I, II, IV, V, VI, § 6º, Anexo II-A, item 5) 3. ProdutoS SujEItoS Ao rEgIME Estão sujeitas à substituição tributária as opera- ções com bebidas alcoólicas, exceto cervejas e cho- pes especificadas na Resolução GSefaz nº 30/2015, art. 1º. Ressalta-se que a margem de valor agregado (MVA) para cálculo do imposto devido nas operações é de 120%. (RICMS-AM/1999, Anexo II-A, item 5) 4. InAPlICABIlIdAdE O regime da substituição tributária não se aplica: a) às transferências de mercadorias para outro estabelecimento, exceto varejista, do mesmo sujeito passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por substitui- ção tributária recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com des- tino a outra sociedade empresária; b) às saídas destinadas a órgãos de administra- ção pública direta, suas autarquias e funda- ções e a prestadores de serviço não inscritos no CCA; c) às saídas de mercadorias destinadas a esta- belecimento de contribuinte pertencente ao mesmo grupo econômico, ou com o qual man- tenha relação de interdependência, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por subs- tituição tributária será do estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a sociedade empresária não pertencente ao mesmo grupo econômico ou com a qual não mantenha relação de interdependência; d) às operações com bebidas alcoólicas, exclu- sive cervejas e chopes, desde que sejam pro- duzidas por indústria localizada no interior do Estado do Amazonas, com utilização de maté- rias-primas agrícolas extrativas vegetais, pro- duzidas no Estado do Amazonas. (RICMS-AM/1999, art. 116, caput, I, II e IV; Decreto nº 23.228/2003, art. 1º) 5. BASE dE CálCulo A base de cálculo do imposto será obtida pelo somatório das seguintes parcelas: a) o valor da operação própria realizada pelo substituto tributário ou substituído intermediá- rio; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes; e 47-06 AM Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros c) a MVA, inclusive lucro, aplicada sobre o so- matório das letras anteriores, fixada no Anexo II-A do RICMS-AM/1999 e Resolução GSefaz nº 30/2015, art. 1º. Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado pelo órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele estabelecido. Existindo o preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou importador, a base de cálculo, para fins de substituição tributária, é o referido preço sugerido. A margem a que se refere a letra “c” será esta- belecida com base em preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem, ou, em sua impossibili- dade, através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respec- tivos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. O imposto cobrado por substituição tributária é devido na 1ª operação interna de saída, mediante retenção na fonte. (RICMS-AM/1999, arts. 111, caput, §§ 1º ao 3º, e 114, caput) 5.1 Alíquota Um dos elementos necessários para o cálculo do ICMS próprio e do ICMS devido por substituição tributária é a alíquota do ICMS, que, em operações internas, varia em conformidade com a legislação da UF. A alíquota a ser aplicada sobre a base decálculo do ICMS devido por substituição tributária será a vigente para as operações internas na UF de destino. No Estado do Amazonas, temos a alíquota de 30% para operações com bebidas alcoólicas. Nas remessas desses produtos para contribuintes sediados em outra UF, o contribuinte amazonense deverá observar a legislação interna da UF de destino. (RICMS-AM/1999, art. 12, I, “e”) 5.2 valor devido O imposto a ser recolhido por substituição tribu- tária será o resultado da aplicação da alíquota sobre a base de cálculo da substituição tributária (descrita no item 5), deduzido o valor do ICMS devido pela operação própria do contribuinte substituto. (RICMS-AM/1999, art. 111, § 4º) 6. rEColhIMEnto O imposto devido por substituição tributária deverá ser recolhido até o dia 5 do mês subsequente, no caso de saídas de mercadorias para qualquer contribuinte localizado neste Estado. Nas operações interestaduais, o imposto retido pelo sujeito passivo por substituição será recolhido até o dia 9 do mês subsequente em relação ao imposto devido por substituição tributária para outro Estado em que o remetente seja inscrito no cadastro de contribuintes da UF do destinatário. (RICMS-AM/1999, art. 107, II, “a” e “e”) 7. CálCulo do IMPoSto rEtIdo Para o cálculo do ICMS retido, o contribuinte subs- tituto deverá aplicar a alíquota do ICMS sobre o valor da base de cálculo do ICMS retido e subtrair desse valor o ICMS devido sobre a sua própria operação. Dessa forma, o valor do ICMS retido corresponderá à diferença entre o imposto calculado conforme o item 5 (ICMS-ST) e o devido pela própria operação do contribuinte substituto. Exemplificando o cálculo, temos: Valor da operação própria (ICMS próprio) R$ 1.000,00 x 30% = R$ 300,00 Base de cálculo para re- tenção (valor hipotético) 1.000,00 x 120% = 1.200,00 => 1.000,00 + 1.200,00 = 2.200,00 => 2.200,00 x 30% = 660,00 Valor do imposto retido (ICMS-ST) R$ 660,00 - R$ 300,00 = R$ 360,00 ICMS-ST = R$ 360,00 8. ExEMPlo dE PrEEnChIMEnto dA notA FISCAl Com base nos valores indicados no exemplo do tópico 7, segue modelo de nota fiscal preenchida. Lembramos que os dados preenchidos são mera- mente ilustrativos e que os demais campos devem ser preenchidos com base na legislação vigente. 47-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 AM ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos modelo de nF-e 47-08 AM Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros 9. ESCrIturAção - PrInCIPAIS rEFlExoS nA EFd Ao contribuinte que estiver obrigado à apre- sentação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), para o lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico anterior, a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o preenchimento dos principais registros/ campos. Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ ICMS nº 44/2018 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD- ICMS/IPI). 9.1 registro C100 Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma: RegiSTRo C110 nº Campo Valor obrigatoriedade 1 REG C100 O 2 IND_OPER 0 O 3 IND_EMIT 0 O 4 COD_PART CÓDIGO INTERNO DO DECLARANTE O 5 COD_MOD 55 O 6 COD_SIT 00 O 7 SER 1 OC 8 NUM_DOC 60117 O 9 CHV_NFE 1300009999999900019 1550000000000001332 860117 O 10 DT_DOC 27/01/20XX O 11 DT_E_S 27/01/20X OC 12 VL_DOC 1180,00 O 13 IND_PGTO 2 O 14 VL_DESC OC 15 VL_ABAT_NT OC nº Campo Valor obrigatoriedade 16 VL_MERC 1000,00 OC 17 IND_FRT 9 O 18 VL_FRT OC 19 VL_SEG OC 20 VL_OUT_DA OC 21 VL_BC_ICMS 1000,00 OC 22 VL_ICMS 300,00 OC 23 VL_BC_ICMS_ST 1600,00 OC 24 VL_ICMS_ST 180,00 OC 25 VL_IPI OC 26 VL_PIS OC 27 VL_COFINS OC 28 VL_PIS_ST OC 29 VL_COFINS_ST OC A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C100|0|0|CÓDIGO INTERNO DO DECLARANTE| 55|00|1|60117|1300009999999900019155000000 0000001332860117|270120XX|270 120XX|1180,0 0|2|||1000,00|9||||1000,00|300,00|1600,00|180,00|| 9.2 registro C110 Este registro destina-se ao lançamento da informação apresentada no campo “Informações Complementares”, na nota fiscal. Para a NF-e exem- plificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma: RegiSTRo C110 nº Campo Valor obrigatoriedade 1 REG C110 O 2 COD_INF 99 O 3 TXT_COMPL Imposto retido por substi- tuição tributária conforme as disposições no RICMS- -AM/1999, art. 110 e se- guintes e Anexo II-A, item 5. OC 47-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 AM ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C110|99|Imposto retido por substituição tributária conforme as disposições no RICMS-AM/1999, art. 110 e seguintes e Anexo II-A, item 5. 9.3 registro C190 O registro analítico de documento fiscal tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento: RegiSTRo C190 nº Campo Valor obrigatoriedade 1 REG C190 O 2 CST_ICMS 00 O 3 CFOP 5401 O 4 ALIQ_ICMS 30,00 OC 5 VL_OPR 1180,00 O 6 VL_BC_ICMS 1000,00 O 7 VL_ICMS 300,00 O 8 VL_BC_ICMS_ST 1600,00 O nº Campo Valor obrigatoriedade 9 VL_ICMS_ST 180,00 O 10 VL_RED_BC 0,00 O 11 VL_IPI 0,00 O 12 COD_OBS OC A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C190|00|5401|30,00|1180,00|1000,00|300,00|1600,00| 180,00|0,00|0,00|| 10. PEnAlIdAdES O descumprimento das obrigações principal e acessórias previstas na legislação tributária, apurado mediante procedimento fiscal cabível, sujeitará o infrator às multas compatíveis com a conduta, sem prejuízo do recolhimento do valor do imposto, quando devido. Assim, estará sujeito à multa de 200% do valor do imposto devido, quando o débito apurado for de responsabilidade do contribuinte substituto que não o houver retido ou houver retido e não recolhido, na hipótese de substituição tributária. (RICMS-AM/1999, art. 382, IV) N a IOB Setorial FEdERal Rural - ITR - Pagamento com TDA - Procedimento A Instrução Normativa Conjunta RFB/STN nº 1.506/2014 dispõe sobre o pagamento de até 50% do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) com Títulos da Dívida Agrária (TDA). Somente serão aceitos TDA escriturais, sendo vedado o seu fracionamento. O requerimento para o pagamento do ITR, me- diante utilização de TDA escritural, deverá ser dirigido à autoridade fiscal da jurisdição do imóvel. 47-10 AM Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros À opção do contribuinte, o requerimento poderá ser dirigido à autoridade competente da unidade da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) de seu domicílio fiscal. Para a solicitação de pagamento do imposto com TDA, deverão ser utilizados o requerimento para pagamento do ITR com TDA escriturais e a autoriza- ção à instituição financeira custodiante para realizar a transferência dos títulos aos respectivos beneficiários, conforme modelo constante do Anexo I da Instrução Normativa Conjunta RFB/STN nº 1.506/2014. O requerimento será instruído com os seguintes documentos: a) documento de transferência (DOC), confor- me modelo constante do Anexo II da referida Instrução Normativa Conjunta, assinado pelo representante da instituição financeira custo- diante dos títulos; b) documentos comprobatórios do preço e das características dos TDA obtidos em sistema in- formatizado da Central de Custódia e de Liqui- dação Financeira de Títulos (Cetip S.A. - Mer- cados Organizados); e c) cópia da nota fiscal ou do documento quecomprova a aquisição dos TDA. A Cetip dará ciência ao titular da unidade da RFB solicitante acerca da efetiva transferência de titulari- dade dos TDA para fins de confirmação do pagamento da parcela do ITR e cientificação do requerente. A declaração de impossibilidade de transferência dos títulos aos beneficiários pela Cetip configura inexistência de pagamento da parcela do imposto. Nessa hipótese, o pagamento do saldo do imposto deverá ser efetuado com todos os acréscimos legais, incidentes desde a data de seu vencimento. Os TDA escriturais dados em pagamento do ITR serão recebidos pelo valor nominal acrescido dos juros, inclusive o pro rata. O valor nominal dos TDA é aquele publicado mensalmente por portaria da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e disponibilizado pela Cetip. A data da liquidação será aquela em que for pro- tocolizado o requerimento que trata do pagamento do imposto com TDA. (Instrução Normativa Conjunta RFB/STN nº 1.506/2014) N a IOB Comenta EStadual Exceções aplicadas ao princípio da irretroatividade da legislação Princípios são regras basilares que norteiam a aplicação das normas incluídas as de cunho tributário. Constitui limites no poder de tributar e são ferramen- tas eficazes na manutenção da justiça e na equidade entre os contribuintes. Como exemplo, e em face de sua importância, vamos discorrer sobre o princípio da irretroatividade, com foco no direito tributário. 47-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 AM ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos O princípio da irretroatividade tributária está des- crito no art. 150, III, “a” da nossa Carta Magna, e veda a cobrança de tributos “em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”. O Código Tributário Nacional, no mesmo sen- tido, consignou este princípio ao dispor em seu art. 105 que “a legislação tributária se aplica aos fatos geradores futuros e aos pendentes”, impli- citamente exclui da aplicação os fatos geradores passados. Em outras palavras este princípio representa a impossibilidade de o legislador cobrar tributos sobre eventos passados. Contudo há duas exceções a serem consideradas. A primeira delas refere-se ao fato de que a lei tributária retroagirá quando for interpretativa. Lei tribu- tária interpretativa é aquela promulgada para explicar uma lei anterior. A lei deve ser, portanto, materialmente interpretativa. A segunda hipótese está vinculada ao intuito de favorecer o contribuinte, de forma que os efeitos da norma poderão retroagir quando for mais bené- fica para o contribuinte em matéria de infração, desde que o ato não tenha sido definitivamente julgado. Vejamos as disposições do art. 106 do CTN: “Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpre- tativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.” Para ilustrar a utilização deste princípio nos tribu- nais vamos trazer o exemplo da Lei Complementar nº 118/2005, esta norma alterou a redação do art. 133 do CTN. De acordo com o caput do art. 133, havendo sucessão, caracterizada pela compra do fundo de comércio, o sucessor deverá responder pelos débitos tributários do sucedido. Com a alteração foi acrescido dentre outros o § 1º ao referido artigo para determinar: “§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: I – em processo de falência; II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.” Criou-se uma restrição à cominação de respon- sabilidade. Ocorre que o STJ decidiu pela inaplicabilidade do art. 106, ou seja, das exceções ao princípio da irre- troatividade, quando justamente foi requerida por um contribuinte a aplicação dos efeitos das alterações promovidas pela Lei Complementar nº 118/2005. Para o Tribunal “tratando-se de preceito normativo modificativo, e não simplesmente interpretativo, o art. 3º da LC nº 118/2005 só pode ter eficácia prospectiva, incidindo apenas sobre situações que venham ocorrer a partir de sua vigência”...ou seja, contrariando a intenção do autor. Diante de todo exposto, resta claro que o conhe- cimento dos princípios tributários constituem em importante recurso no dia a dia das empresas bem como para a aplicação das normas pelo sujeito ativo (aquele competente para exigência do tributo). (CF/88, art. 150, III, “a”; CTN, arts. 105 a 106 e 133) N 47-12 AM Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros IPI demonstração - devolução - indicação do ipi na nota fiscal 1) Na devolução de mercadoria recebida em de- monstração, de estabelecimento industrial, deve ser destacado o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na nota fiscal? Não. A nota fiscal deverá ser emitida sem o destaque do IPI. Contudo, o valor do imposto deverá ser indicado no campo “Informações Complementares”. Nesse mesmo campo deverá ser mencionado o número, a série e a data de emissão da nota fiscal por meio da qual a mercadoria foi recebida. A legislação do IPI só permite o destaque do valor incidente sobre a operação, quando, efetivamente, ocorrer o fato gerador deste tributo. Logo, em se tratando de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), na operação de devolução, o campo “Valor do IPI” não deverá ser preenchido, em face ao dis- posto nos arts. 231, I, e 416, XIV, do Regulamento do IPI (RIPI), que dispõem sobre as indicações que deverão constar do campo “Informações Complementares” do quadro “Dados Adicionais” do documento fiscal, inclusive, quanto à indica- ção do valor do imposto incidente na operação realizada pelo fornecedor, para que este possa se apropriar do respectivo valor por ocasião da entrada do produto em devolução, no seu estabe- lecimento. (RIPI/2010, arts. 231, I, e 416, XIV; Ajuste Sinief nº 2/2009; Manual de Orientação do Contribuinte, versão 6.0, Anexo I, item 246) Soluções de consultas - efeito vinculante 2) A interpretação dada pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio de so- lução de consulta da Coordenação-Geral do Sistema de Tributação (Cosit) ou solução de divergência, pode ser aplicada por qualquer contribuinte ou somente por quem impetrou a consulta? A solução de consulta Cosit e a solução de diver- gência, a partir da data de sua publicação, têm efeito vinculante no âmbito da RFB, respaldam o sujeito passivo que as aplicar, independentemente de ser o consulente, desde que se enquadre nas hipóteses por elas abrangidas, sem prejuízo de que a autoridade fiscal, em procedimento de fiscalização, verifique seu efetivo enquadramento. (Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 9º) ICMS/aM incentivos fiscais - Condições 3) Quais são os materiais e/ou resíduos sólidos passíveis de obtenção de incentivos fiscais no Estado do Amazonas? Os materiais e/ou resíduos sólidos passíveis de obtenção de incentivos fiscais são aqueles que, após sofrerem uma transformação física ou química, pos- sam ser reutilizados como matéria-prima por outras sociedades empresárias industriais. (Resolução Codam nº 5/2009, art. 1º) a IOB Perguntas e Respostas 47-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 AM ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos não incidência - prestações não onerosas de serviços de comunicação e condições 4) Qual o tratamento tributário aplicável às prestações não onerosas de serviços de comunicação no Estado do Amazonas? Não há incidência do ICMS,desde que tais prestações sejam gratuitas (não onerosas) e realizadas por empresas de televisão e radiodifusão. (RICMS-AM/1999, art. 4º, XVII) ◙ Federal IPI/ICMS Sped - NF-e - CRT e CSOSN Estadual ICMS Substituição tributária nas operações com bebidas alcoólicas, exceto cervejas e chopes IOB Setorial Federal Rural - ITR - Pagamento com TDA - Procedimento IOB Comenta Estadual Exceções aplicadas ao princípio da irretroatividade da legislação IOB Perguntas e Respostas