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O sistema circulatório é formado pelo coração e seus vasos. O sistema circulatório é uma necessidade que só vai aumentando de acordo com o porte do animal. Ele se tornou muito mais eficiente que a difusão - melhor desempenho das atividades metabólicas do organismo! O aparelho circulatório dos mamíferos é duplo, completo e fechado. ▪ Duplo: o coração apresente divisões (“2 bombas”) - lado direito (onde só passa sangue desoxigenado) e lado esquerdo (onde só passa sangue oxigenado). ▪ Completo: não tem mistura de sangues (oxigenado e desoxigenado). ▪ Fechado: toda circulação sanguínea ocorre dentro de vasos. Não existe circulação de células sanguíneas, principalmente, as hemácias, para fora da circulação. Os répteis apresentam sistema duplo, incompleto e fechado. ▪ Incompleto: há mistura de sangues. Artrópodes, nematoides, anelídeos etc. apresentam sistema circulatório aberto (órgão equivalente a um coração que bombeia o sangue e desse coração tem-se o início do sangue sendo impulsionado por vasos. Só que esses vasos possuem extremidades abertas de forma que o sangue se misture com o líquido intersticial (líquido fora das células). Composição básica: ▪ Tubos (vasos sanguíneos). ▪ Bomba (coração). Função primária do aparelho cardiovascular: ▪ Transportar materiais pelo corpo. Subdividindo: 1) Materiais provenientes do meio externo (de fora para dentro). 2) Materiais transportados de célula para célula (entre células). 3) Materiais destinados para o meio externo (de dentro para fora). @lelevalim O sangue deve fluir para o corpo para que os materiais circulem para o corpo. Pergunta!!! Por que o sangue flui nos vasos sanguíneos? Resposta: O sangue flui no sentido do gradiente de pressão (maior para menor). Átrios relaxados com presença de sangue: tem pressão. Ventrículos relaxados com presença de sangue: tem pressão. Pergunta!!! O que é necessário para ter fluxo? Resposta: gradiente de pressão. Pressão e volume são conceitos independentes; Pressão propulsora (Ex: sístole ventricular): O próprio cardiovascular se opõe ao fluxo - força contrária ao fluxo. Apesar da relação de fluxo ser determinada pelas diferenças de pressão à medida que o sangue flui pelos vasos o atrito da circulação age de forma contrária ao fluxo (atrito). Em outras palavras à medida que o fluxo segue o próprio sistema circulatório se opõe à circulação. Essa relação é chamada de resistência. Quando a resistência em um vaso é alta o fluxo deste diminui. ▪ Quanto menor o volume menor a pressão (diretamente proporcional). Fatores que determinam a resistência: ▪ O raio do tubo (r) - parâmetro de maior importância; ▪ O comprimento do tubo (L); ▪ A viscosidade do líquido – “espessura” (η). Lei de Poiseuille: A resistência aumenta quando o comprimento aumenta. A resistência aumenta à medida que a viscosidade aumenta. A resistência diminui quando o raio aumenta. Entre Raio, comprimento e viscosidade o primeiro é o fator que tem maior influência sobre a resistência. Vasodilatação periférica - de artéria para veia (as veias são periféricas) (menos resistência, mais fluxo). Vasoconstrição periférica (mais resistência, menos fluxo). Os dois tubos abaixo têm a pressão mostrada em cada extremidade. Qual tubo possui o maior fluxo? Justifique sua resposta. Os quatro tubos apresentados a seguir têm a mesma pressão propulsora. Qual tubo tem o fluxo maior? Qual tem o fluxo menor? Justifique suas escolhas. Taxa de Fluxo (Fluxo) (Q): ▪ Volume de sangue que passa por um determinado ponto por unidade de tempo. ▪ L/min ou mL/min. ▪ 5 L/min na Aorta (homem, repouso, 70kg). Velocidade de Fluxo (v): ▪ Quão rápido o sangue flui ao passar por um ponto. Relação entre Fluxo e Velocidade: O coração gera pressão quando se contrai (pressão propulsora) e bombeia o sangue para o lado arterial da circulação. As artérias atuam como um reservatório da pressão durante a fase de relaxamento do coração, mantendo a pressão arterial média (PAM), que é a força impulsionadora do fluxo sanguíneo. A pressão arterial média é influenciada por dois fatores: o débito cardíaco (o volume de sangue que o coração bombeia) e a resistência periférica (resistência dos vasos ao fluxo sanguíneo). 99% das células musculares cardíacas são contráteis. 1% gera potencial de ação espontaneamente. ▪ Células autoexcitáveis ou células marcapasso: São menores. Não têm sarcômero organizado. Não contribuem para a força de contração. Quanto mais cálcio mais força! Simpático: aumenta a força e frequência das células cardíacas! - interfere nas células marcapasso e nas células excitáveis. Parassimpático: diminui a frequência das células cardíacas! - só nas células marcapasso. O simpático e parassimpático interferem no débito cardíaco! Fibras cardíacas menores que as esqueléticas. Formação em rede (discos intercalares = desmossomos + junções comunicantes). As junções comunicantes dos discos intercalares realizam conexão elétrica entre células. Túbulos T maiores e ramificados no interior das células do miocárdio. Menor retículo sarcoplasmático, necessitando de Ca++ extracelular no momento da contração. As fibras cardíacas apresentam 2 a 3 vezes mais mitocôndrias do que as esqueléticas. As fibras cardíacas contráteis podem variar em relação a força de contração por variação da quantidade de cálcio citosólico (variação na quantidade de troponina ativada). Quanto maior a distensão da fibra e do sarcômero no momento dó início da contração maior a força de contração (relação entre força e volume ventricular). 1) Potencial de ação em platô. 2) Canais de potássio lentos (Hiperpolarização). 3) Ausência de tetania fisiológica (por causa de 1 e 2). Potencial em Platô: Os potenciais de ação são inversões rápidas da polaridade da membrana plasmática o que permite que o sistema nervoso execute vários comandos de forma bem rápida para todo o organismo. No coração temos uma particularidade nos potenciais de ação, pois para que o coração funcione como um sincício e que não haja somação de contrações foi importante o desenvolvimento de um potencial de ação mais duradouro nas fibras do músculo estriado cardíaco. O potencial de ação cardíaco apresenta um platô, uma despolarização mantida, por pelo menos 100 vezes o tempo de um potencial de ação em um nervo ou músculo estriado esquelético. A presença do platô no potencial de ação do miocárdio se deve a abertura específica de canais de cálcio voltagem-dependentes. Estes canais estão presentes em grande quantidade na membrana das células cardíacas. Como uma quantidade maior de cátions penetra a célula, a despolarização da célula pode ser mantida por um tempo maior. Este tempo maior é o suficiente para que todas as células (graças aos discos intercalares) se despolarizem praticamente de forma simultânea e se contraiam, determinando a sístole cardíaca. Ao mesmo tempo graças a esta despolarização mantida, quando findo o potencial de ação todas as células se repolarização permitindo o tempo adequado para a diástole cardíaca, ou relaxamento. A diástole é importante para que as cavidades do coração sejam preenchidas por sangue para que no próximo batimento a sístole (contração) seja efetiva em ejetar sangue dentro das artérias. Potencial de membrana instável (-60mV) que sobe lentamente ao limiar de excitabilidade (potencial marcapasso). Quando a o potencial atinge o valor de - 60 mV canais If são abertos permitindo passagem de Na+ e K+. O influxo de Na supera o efluxo de K. Quando a voltagem do fluido internovai se tornando mais positiva vai ocorrendo fechamento dos canais If, e canais de Ca se abrem. A entrada de Cálcio prossegue até o pico de despolarização - parassimpático atua!!!. Ao atingir o nível de despolarização os canais de Ca se fecham e os canais If se abrem dando sequência com a repolarização. Início da despolarização nó sino atrial (base do atrial direito). ▪ Disseminação pelas fibras atriais (lento). ▪ Disseminação pela via internodal (rápido). Ativação do nó atrioventricular (assoalho do átrio direito) (lento). ❖ Disseminação da despolarização para os ventrículos via fascículo atrioventricular (feixes de His) (rápido). • Feixe de His subdividem- se formando os ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje) (rápido). 1) Repouso – Diástole atrial e ventricular: Átrios sendo preenchidos por sangue das veias cavas, e ventrículos sendo preenchidos pelo sangue atrial que flui por gravidade. Valvas atrioventriculares relaxadas. 2) Término do enchimento ventricular – Sístole atrial: a contração atrial ajuda a impulsionar 20% do sangue para o ventrículo (o restante segue por gravidade). 3) Sístole Ventricular: Valvas AV se fecham (1º som cardíaco) e semilunares encontram-se fechadas, contração ventricular isométrica. 4) Ejeção ventricular: quando a pressão ventricular aumenta o suficiente para abrir as valvas semilunares e impulsionar o sangue pelas artérias. 5) Relaxamento ventricular: repolarização ventricular diminuindo a pressão ventricular abaixo das artérias (gradiente de pressão). Enchimento das cúspides das semilunares e fechamento dessas (segundo som cardíaco). Relaxamento ventricular isométrico. Quando a pressão ventricular fica menor que a atrial ocorre abertura das valvas atrioventriculares (gradiente de pressão). Margem de segurança – se necessário uma contração mais forte pode enviar um maior volume sanguíneo ao corpo. Coração em condições basais: maior VSF. Coração sob alta demanda: menor VSF. VDF - VSF= volume sistólico. Ex (em repouso): 135 ml - 65ml= 70 ml de volume sistólico (VS). Valor de sangue bombeado pelo coração baseado em frequência cardíaca e VS. Quanto mais força o coração fizer mais sangue vai sair para as artérias. Débito cardíaco = FC x VS. Ex: (homem adulto): ▪ FC em repouso: 72 bpm. ▪ VS em repouso: 70 ml. ▪ Débito cardíaco = 5040 ml/min (aproximadamente 5 litros por minuto). Em situações normais o volume do débito cardíaco de ambos os ventrículos é o mesmo. (5 litros + 5 litros = todo o sangue do corpo). Em situações de exercício o débito cardíaco por minuto chega a 30 – 35 L/min. Formado por Ondas, Segmentos e Intervalos. Ondas diferem de outras formas de registro elétrico por não se diferirem entre despolarização e repolarização. Onda P: despolarização dos átrios - do nó atrioventricular para as fibras do átrio. Complexo QRS: despolarização ventrículos progressiva. Onda T: repolarização dos ventrículos. ▪ A repolarização dos átrios está no QRS. Catecolaminas: ▪ Ativação em receptores Beta 1. Aumento da permeabilidade dos canais If e de Ca, consequentemente aumenta a velocidade da despolarização. Acetilcolina: ▪ Ativação de receptores Muscarínicos. Diminuição da permeabilidade para Ca (diminui a velocidade da despolarização). Aumenta a permeabilidade para o K, criando uma hiperpolarização (dificultando atingir o limiar de excitabilidade). Presente em todos os vasos, com exceção dos capilares e pequenas vênulas, arranjados em camadas circulares ou espirais. Relação de vasoconstrição (contração) x vasodilatação (relaxamento). Estado de contração parcial na maior parte do tempo (tônus muscular). Influência sobre o tônus: neurotransmissores, hormônios, substâncias parácrinas liberadas pelo endotélio vascular. As artérias possuem alta elasticidade! Conservam a pressão estimulada pelo coração! Ambas têm fluxo divergente. Diminuição progressiva da camada elástica das artérias e aumento da camada muscular à medida que vão se tornando arteríolas. Local de resistência variável. Metarteríola: camada muscular parcial (apenas uma parte da parede) – Esfíncteres pré-capilares. Arteríolas/Metarteríolas + Capilares+ Vênulas = microcirculação. Fluxo convergente. Maior quantidade que artérias e maior diâmetro. Atuam como reservatório de volume sanguíneo. Equilíbrio entre citocinas angiogênicas e antiangiogênicas. Alta importância frente a prática de atividade física e atividade de células tumorais. Angiogênicas: fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e fator de crescimento de fibroblastos (FGF). (ambos produzidos por células musculares lisas e pericitos. Antiangiogênicas: angiostatina (formada a partir do plasminogênio sanguíneo) e endostatina. Maior nas artérias, menor nas veias. Pressão sistólica x pressão diastólica refletem nas artérias. ▪ Ex : 120 mmHg x 80 mmHg (humano adulto em repouso). Subtraindo-se a pressão diastólica da sistólicas tempos a pressão de pulso, que reflete a amplitude da onda de pressão. ▪ Ex: 120 – 80 = 40 mmHg de pressão de pulso. Ausência de onda de pressão nas veias. Consequências da Hipotensão: ▪ Diminuição da força propulsora do sangue. ▪ Incapacidade de superar desafios naturais a circulação, como por exemplo gravidade. Consequências da Hipertensão: ▪ Risco de rupturas de vasos enfraquecidos (vulgo derrames). ▪ EX: AVC/ AVE, hemorragias abdominais... As artérias possuem pressão mais alta!!! As artérias recebem pressão alta diretamente do coração. Diástole = pressão mais baixa nas artérias; Sístole = pressão mais alta nas artérias. 1) Volume sanguíneo é diretamente ligado a pressão (diretamente proporcional). OBS: Água e sódio andam juntos - sangue com muito volume de água - aumento da concentração de sódio. 2) Débito cardíaco é diretamente proporcional a pressão. 3) Maior resistência = maior pressão; Menor resistência = menor pressão. Regulada principalmente pelo sistema nervoso e sua capacidade de alterar diâmetro vascular. Exemplo: ▪ Fluxo sanguíneo muscular em repouso: 20% do débito cardíaco (DC). ▪ Fluxo sanguíneo muscular em atividade: até 85% do DC. Todas as arteríolas recebem sangue da aorta ao mesmo tempo (arranjo em paralelo). Quanto maior a resistência em uma arteríola menor o fluxo nela. Se uma arteríola contrai as demais vão compensar essa diminuição de fluxo na arteríola contraída. Em capilares é controlado pelos esfíncteres pré-capilares. Densidade de capilares é diretamente proporcional a atividade tecidual. Músculos e Glândulas > Tecido subcutâneo e cartilaginoso. Velocidade baixa visto a alta área de secção transversal. Tipos: ▪ Capilares contínuos (músculo, tecido conectivo e neural) – presença de junções permeáveis. ▪ Capilares fenestrados (rim e intestino) – grandes passagens de líquido do plasma para o interstício. ▪ Capilares sinusoides (fígado, baço e medula óssea, exclusivamente) – passagem de células ou macromoléculas (ptns) para dentro da circulação. OS CAPILARES SÃO OS MENORES VASOS!!! - o fluxo tem que ser devagar - capilares realizam a transição entre artérias e veias. Artérias: circuito divergente e centrifugo. Veias: circuito convergente e centrípeto. Gráfico 1: quanto menor a área maior a velocidade. Gráfico 2: quanto maior a área a velocidade diminui. Difusão e transcitose. Três interações importantes: ▪ Restituir os componentes líquidos e proteicos que saíram pelos capilares. ▪ Capturar a gordura absorvida no intestino e transferi-la para o circulatório. ▪ Função imunitária.Centro de controle cardiovascular bulbar. Encaminhamento de estímulos aferentes para o centro de controle a partir de barorreceptores (carotídeos e aórticos). Rápido encaminhamento de respostas (cerca de dos batimentos cardíacos após encaminhamento a partir dos barorreceptores. Frente a hipotensão: ▪ Aumento da atividade simpática, que resulta em aumento do débito cardíaco e aumento da resistência periférica. Frente a hipertensão: ▪ Diminuição da atividade simpática e aumento da atividade parassimpática, resultando em diminuição do débito cardíaco e diminuição da resistência periférica. Além dos barorreceptores: ▪ Quimiorreceptores (O2 ). ▪ Modulação hipotalâmica (ajuste de temperatura e respostas de luta e fuga). ▪ Atividade do córtex (frente a atividades emotivas). ▪ Regulação coração x rins via hormônios.
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