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03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 1/80 Introdução da disciplina Olá, estudantes! Sejam todos(as) muito bem-vindos(as) ao curso de Cálculo 2! O principal objetivo deste custo é continuar o desenvolvimento das ferramentas matemáticas necessárias que serão utilizadas no curso de Engenharia Civil. Como de praxe, este curso foi dividido em quatro partes bem de�nidas: sequências e séries, funções de mais de uma variável, integrais múltiplas e aplicações das integrais múltiplas. Serão trabalhadas as sequências e séries. As séries in�nitas são muito úteis na matemática, pois, a partir delas, conseguimos representar tanto funções como apenas números em uma forma mais conveniente para se trabalhar dependendo do contexto. Estudaremos as séries de Taylor e Fourier, que são duas formas diferentes de representar funções. As séries de Taylor são utilizadas quando estamos interessados em escrever uma função f(x) em um formato polinomial, enquanto as séries de Fourier são utilizadas, usualmente, em um contexto que se envolvem ondas, pois ela é capaz de representar uma função f(x) apenas com a informação das frequências envolvidas na onda. As funções de mais de uma variável, cujo assunto dominará todas as unidades restantes, surgem a todo momento no nosso dia a dia, ainda que não percebamos. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 2/80 Talvez você nunca tenha notado, mas uma fotogra�a digital em escala de cinza, por exemplo, nada mais é que a representação da intensidade de luz sobre um plano, isto é, fotogra�a=I(x,y) em que I representa a intensidade e os pontos x e y localizam aquela intensidade sobre a foto. Para funções como essa, iremos realizar um estudo semelhante àquele feito na disciplina Cálculo 1, com limites, continuidade, derivadas, localização de máximos e mínimo e também integração. A integral no contexto das funções de múltiplas variáveis tem um papel muito importante no desenvolvimento cientí�co. Dessa forma, iremos ver algumas aplicações simples e também interessantes sobre as integrais múltiplas. Veremos, por exemplo, como calcular a força de sustentação em uma asa que é o princípio básico de funcionamento de um avião. Desejamos a você, então, um ótimo percurso. Rico em aprendizagens e enriquecimento intelectual. Bons estudos! A disciplina de "Cálculo Numérico e Programação” é uma das mais importantes para os alunos que ingressam em um curso superior de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), pois os conhecimentos adquiridos nela vão in�uenciar diretamente o desempenho das demais disciplinas correlatas durante o restante do curso. O objetivo principal dessa disciplina é garantir que o discente possa desenvolver um algoritmo, que é uma sequência �nita de ações para resolver um problema estabelecido. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 3/80 Essa sequência �nita de ações será traduzida em um conjunto de instruções de uma linguagem de programação (o programa ou software) que o computador executará para a solução do problema. O processo de desenvolvimento do algoritmo e a sua tradução para uma linguagem de programação é denominado de construção de programa de computador e é uma das principais tarefas dos pro�ssionais da área de Tecnologia da Informação (TI). No entanto, é importante entender que o estudo de Lógica de Programação não pode ser restrita ao estudo de uma linguagem de programação que é a ferramenta de concretização do produto de software, mas deve- se preocupar com o desenvolvimento das seguintes habilidades: Conhecimento dos conceitos básicos que estejam relacionadas com algoritmos. Entendimento das técnicas básicas de construção de algoritmos. Análise de algoritmos. Entendimento dos problemas de acordo com a sua complexidade. As habilidades acima listadas serão adquiridas por meio do conhecimento proveniente de estudos e da destreza proveniente da prática que virá com o tempo e com a prática. Bons estudos! 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 4/80 Unidade 01 Aula 01 Sequências e Séries Numéricas Olá, estudante, bem-vindo(a) à primeira Unidade. Estudaremos aqui sequências e séries, começando, nesta aula, pelas sequências. Boa aula e bons estudos! Uma sequência é uma lista in�nita de números ordenados na forma em que cada um dos é um número real. Dessa forma, podemos dizer que uma sequência é uma função que, a cada , associa um número Existem várias formas de representar uma sequência. Nesta disciplina, usaremos a notação do termo geral. Por exemplo, representa a lista No entanto, a sequência representa o conjunto , , , ⋯ , , ⋯a1 a2 a3 an an f : N → R n ∈ N = f (n) .an =an 1 2n , , , … , , … 1 2 1 4 1 6 1 2n =bn (−1) n −1, 1, −1, … , , …(−1)n 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 5/80 Para nós, existirão dois tipos de sequências importantes: as que se aproximam de algum valor quando o aumenta e as que não se aproximam de nenhum número. Nas duas sequências anteriores, podemos ver claramente esse comportamento. Os termos da sequência diminuem sempre que o valor de aumenta, se ele aumentar sem nenhum controle, os termos da sequência �carão cada vez mais próximos de zero. Entretanto, a sequência só possui dois valores: e . Independente se o aumentar ou não, a sequência estará ou em ou em . Dessa forma, �ca claro que a sequência não se aproxima de ninguém. Quando uma sequência se aproxima de um número quando o aumenta arbitrariamente, diremos que a sequência converge e, assim, escreveremos Como a noção de aproximação está sempre relacionada ao , então, a segunda notação faz bastante sentido. Usaremos as duas nestas aulas. Em outro caso, quando a sequência não se aproxima de nenhum valor, dizemos que ela diverge. Nessa situação, podemos ter uma sequência como a do exemplo acima, , que �ca alternando entre -1 e 1 e também uma sequência como , que sempre aumenta quando . No segundo caso, escrevemos, então, A seguir, veremos alguns exemplos de algumas sequências que convergem ou não. Exemplo 1: basta notar que, apesar de alternar entre valores positivos e negativos, o número �ca cada vez menor quando se aumenta o . , pois, manipulando o termo geral da sequência, podemos escrever n an n bn −1 1 n −1 1 bn an L n = L ou → Llim n→∞ an an n → ∞ an =bn (−1) n =cn n −−√ n → ∞ = ±∞ ou → ±∞lim n→∞ cn = → 0,an (−1)n n2 n = → − ,bn 3 + +1n3 n2 2−7n3 3 7 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 6/80 e, nesse caso, quando cada um dos termos no numerador e denominador e . Dessa forma, temos que , ou seja, diverge, pois, claramente, cada parcela da soma aumenta quando . também é uma sequência divergente. Nesse caso, não podemos escrever que ou , pois, para su�cientemente grande, a sequência sempre estará entre um número muito grande positivo ou outro negativo. Dizemos apenas que é divergente. Em muitos casos, é possível associar a convergência de uma sequência à convergência de uma função real. Na prática, o cálculo do limite no in�nito de uma função real se faz de forma semelhante ao cálculo do limite de uma sequência. O teorema a seguir nos dá uma ótima ferramenta para determinar limites de algumas sequências. Exemplo 2: Podemos aplicar o resultado do Teorema 1 na sequência Temos que é uma função contínua. Além disso, é claro que = = , 3 + + 1n3 n2 2 − 7n3 (3 + + )n3 1n 1 n3 ( − 7)n3 2n3 3 + +1n 1 n3 − 72n3 n → ∞ ,1n 1 n3 → 0 2 n3 = → = − . 3 + + 1n3 n2 2 − 7n3 3 + +1n 1 n3 − 72n3 3 + 0 +0 0 − 7 3 7 = 3 + n + 1 → ∞cn n2 n → ∞ =dn (−1) n n2 → ∞dn → −∞dn n = cos(π − ).an 2 3n f (x) = cos(x) SAIBA MAIS Teorema: Sejam uma função real contínua e uma sequência tal que está bem de�nida. Se Em outras palavras, f (x) an = f ( )bn an = L ⇒ f ( ) = f (L) .lim n→∞ an limn→∞ an f ( ) = f ( ) = f (L) .lim n→∞ an limn→∞ an 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 7/80 Portanto, a sequência será convergente e temos Outro teorema importante, utilizado para veri�car limite de sequências, é o Teorema do Sanduíche ou Teorema do Confronto. No Cálculo 1, também tínhamos uma versão desse teorema. Ele era muito útil quando podíamos comparar a sequência de interesse com outras conhecidas e também convergentes. Exemplo 3: Considere a sequência Temos que a para qualquer . Dessa forma, temos Sabemos que a sequência e também que Portanto, pelo Teorema do Sanduíche, a sequência Apesar de que, por um momento, o próximo teorema possa parecer com o Teorema 1, eles são, de fato, distintos. Veja! = π − → π − 0 = π.bn 2 3n an cos(π − ) = cos( (π − )) = cos(π) = −1.lim n→∞ 2 3n lim n→∞ 2 3n = .an se (n)n2 3n 0 ≤ se (n) ≤ 1n2 n 0 ≤ ≤ . se (n)n2 3n 1 3n = 0 → 0zn = → 0.gn 13n → 0.an SAIBA MAIS Teorema do Sanduíche: Sejam , e sequências tais que para todo . Se , então, an bn cn ≤ ≤an bn cn n ∈ N , → Lan cn → L.bn 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 8/80 A vantagem desse teorema é que podemos usar as regras do Cálculo 1, como a regra de l’Hôpital, para calcular o limite de alguma sequência. Exemplo 4: Considere a sequência . Observe que fazendo , temos uma indeterminação do tipo . Então, transformando a sequência numa função de é conveniente utilizar a regra de l’Hôpital. Assim, temos Exemplo 5: Considere a sequência = .an tg (1/n) ln(sen( ))1n n → ∞ .0∞ x =lim x→∞ tg( )1x ln(sen( ))1x lim x→∞ [tg( )]1x ′ [ln(sen( ))]1x ′ = lim x→∞ ( ) ⋅ (− )sec2 1x 1 x2 [ ] ⋅ cos( ) ⋅ (− )1 sen( )1x 1 x 1 x2 = ( ) tg( )lim x→∞ sec2 1 x 1 x = 0. SAIBA MAIS Teorema 3: Suponha que seja uma função real tal que a sequência é de�nida como Então, f (x) an = f (n) .an f (x) = L ⇒ = L.lim x→∞ lim n→∞ an 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 9/80 Claramente, há uma indeterminação quando fazemos . Dessa forma, considere a sequência Para ela, temos Novamente, temos uma indeterminação quando fazemos . No entanto, se considerarmos que quando temos uma indeterminação do tipo \frac{0}{0}. Dessa forma, podemos aplicar a regra de l’Hôpital no limite Se , então, . Levando em consideração a função podemos aplicar o Teorema 1 para obter = .an (1 + ) 1 n n n → ∞ = ln( ).bn an = n ln(1 + ).bn 1 n n → ∞ n ln(1 + ) = , 1 n ln(1 + )1n 1 n n → ∞ =lim x→∞ ln(1 + )1x 1 x lim x→∞ [ln(1 + )]1x ′ [ ]1x ′ = lim x→∞ [ ](− )1 1+ 1x 1 x2 (− )1x2 = lim x→∞ 1 1 + 1x = 1. x ln(1 + ) → 11x = n ln(1 + ) → 1bn 1 n e x = → .ebn (1 + ) 1 n n e1 VÍDEO No vídeo a seguir, é possível assistir uma videoaula sobre sequências. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 10/80 Uma série numérica nada mais é que uma soma de in�nitos termos na forma em que é uma sequência de termos positivos, de�nidos com a mesma forma vista na aula anterior. Bem, mas qual o interesse de estudar uma soma de in�nitos números? Na verdade, nós já trabalhamos com somas in�nitas várias vezes na nossa vida sem ao menos nos darmos conta. Por exemplo, o famoso número como vocês já devem saber é um número irracional, ou seja, sua representação decimal não fornece nem uma dízima periódica e nem �nita. Normalmente, quando nós tratamos desse número, o escrevemos assim Às vezes, com mais casas decimais, às vezes, com menos. Mas o interessante é perceber que O número , na verdade, pode ser representado como uma soma in�nita e o mais impressionante é que essa soma in�nita nos fornece um número �nito, no caso o , pois em que o número varia entre e . = + + + ⋯ + + ⋯ ,∑ n=1 ∞ an a1 a2 a3 an an π π = 3, 1415926535 ⋯ . π = 3, 1415926535 ⋯ = 3 + + + + + + + ⋯ . 1 10 4 102 1 103 5 104 9 105 2 106 π π π = 3 +∑ n=1 ∞ an 10n an 0 9 VÍDEO A sequência de Fibonacci é uma sequência não convergente, mas ela possui um grande interesse na Matemática. Assista a um vídeo sobre isso a seguir. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 11/80 Claramente, nem sempre uma soma in�nita como essas vai resultar em um número �nito. Não é difícil encontrarmos exemplo desse fato, como a série Assim, um dos nossos objetivos daqui em diante é veri�car quando uma série in�nita fornece ou não um número �nito. Para tal, dada uma série de termos positivos, vamos criar uma sequência que é a soma dos primeiros termos dessa série. Isto é, a sequência é dada por Observe que essa é uma sequência in�nita e que os seus termos são Quando essa sequência for convergente, isto é, diremos que a série converge. Quando a sequência não for convergente, diremos que a série diverge. A sequência é chamada de sequência das somas parciais da série Exemplo 6: A série geométrica é uma série que surge com muita frequência na matemática, ela é dada por em que e . Vamos mostrar nesse exemplo quando essa série é convergente e qual o valor que essa série converge. Para tal, vamos olhar para a sequência das somas parciais. Considere, então, como sendo a soma dos primeiros termos da série, isto é, Multiplicando por os dois lados da última equação, temos n = 1 + 2 + 3 + ⋯ + n + ⋯ = ∞.∑ n=1 ∞ = + + + ⋯ + + ⋯∑ n=1 ∞ an a1 a2 a3 an Sk k = = + + + ⋯ + .Sk ∑ n=1 k an a1 a2 a3 ak , ( + ) , ( + + ) , … , , …a1 a1 a2 a1 a2 a3 ∑ n=1 k an Sk → S,Sk Sk Sk = + + + ⋯ + + ⋯ .∑ n=1 ∞ an a1 a2 a3 an a + ar + a + ⋯ + a + ⋯ = a ,r2 rn ∑ n=0 ∞ rn a ≠ 0 r > 0 Sk k = a + ar + a + a + ⋯ + a .Sk r 2 r3 rk r r = ar + a + a + a + ⋯ + a .Sk r 2 r3 r4 rk+1 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 12/80 Fazendo a diferença entre as duas últimas equações, percebe-se que vários termos irão se cancelar, dessa forma, teremos ou seja, Nesse caso, em particular, obtemos uma expressão para as somas parciais da série e é ela quem nos indicará quando a série geométrica irá convergir ou não. Percebe-se que , caso contrário, a série será divergente, pois ela será nada mais que a soma do número aa in�nitas vezes. O número também não pode ser maior que , caso seja teremos que a sequência quando . A nossa chance para a convergência é que o número . De fato, a série será convergente nesse caso, pois quando se . Portanto, a série geométrica é convergente quando e a soma da série é dada por Finalmente, temos que quando . Exemplo 7: Outra série famosa na Matemática que podemos determinar o seu limite utilizando as somas parciais é a série telescópica, dada por Vamos olhar para as sua sequência de somas parciais, que é dada por − r = a − a ,Sk Sk r k+1 = a .Sk 1 − rk+1 1 − r r ≠ 1 r 1 → ∞rk+1 k → ∞ 0 < r < 1 → 0rk+1 k → ∞ 0 < r < 1 0 < r < 1 = aSk 1 − rk+1 1 − r → a = 1 − 0 1 − r a 1 − r a = ,∑ n=0 ∞ rn a 1 − r 0 < r < 1 + + + ⋯ + + ⋯ = . 1 2 1 6 1 12 1 n (n + 1) ∑ n=1 ∞ 1 n (n + 1) 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 13/80 Perceba que o termo geral da série se decompõe da forma para qualquer . Dessa forma, podemos reescrever a sequência de somas parciais, como Assim, fazendo , temos pois Portanto, a série telescópica é convergentee Não é difícil perceber que a tentativa de encontrar uma fórmula para as somas parciais nem sempre irá ser bem-sucedida. Um exemplo simples é a série A busca por uma fórmula para a sequência de somas parciais certamente será um trabalho considerável. Por isso, em várias situações, é conveniente saber quando uma determinada série converge ou não sem precisar encontrar o seu respectivo valor. Começamos, então, a nossa busca pelos testes de convergência. Dada uma série = + + + ⋯ +Sk 1 2 1 6 1 12 1 k (k + 1) = + + + ⋯ + . 1 1 ⋅ 2 1 2 ⋅ 3 1 3 ⋅ 4 1 k (k + 1) = − , 1 k (k + 1) 1 k 1 k + 1 k = + + + ⋯ +Sk 1 1 ⋅ 2 1 2 ⋅ 3 1 3 ⋅ 4 1 k (k + 1) = ( − ) + ( − ) + ( − ) + ⋯ + ( − ) 1 1 1 2 1 2 1 3 1 3 1 4 1 k 1 k + 1 = 1 − . 1 k + 1 k → ∞ → 1,Sk → 0. 1 k + 1 = 1.∑ n=1 ∞ 1 n (n + 1) .∑ n=1 ∞ 1 n! ∑ n=0 ∞ an 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 14/80 podemos escrever o termo geral dessa série utilizando a sequência de somas parciais na seguinte forma Suponha que essa série seja convergente, isto é, quando . Então, no in�nito, temos que Portanto, se uma série for convergente, então, o limite do termo geral é sempre zero. Com isso, escrevemos o nosso primeiro teste de convergência. Exemplo 8: A série é divergente, pois seu termo geral satisfaz Portanto, a série é divergente. S_k = − .ak Sk Sk−1 → SSk k → ∞ = − → S − S = 0.ak Sk Sk−1 ∑ n=1 ∞ n + 1 n = (1 + ) = 1.lim k→∞ k + 1 k lim k→∞ 1 k SAIBA MAIS Teste do Termo Geral: Dada a série se ela é convergente, então quando . No entanto, se quando , então a série diverge. ∑ n=0 ∞ an → 0ak k → ∞ ↛ 0ak k → ∞ ∑ n=0 ∞ an 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 15/80 Exemplo 9: A série também é divergente, pois seu termo geral satisfaz Portanto, a série também diverge. É importante observar que o fato de uma série ser tal que quando não garante sua convergência, como veremos no exemplo a seguir. Exemplo 10: O exemplo mais conhecido de uma série divergente cujo seu termo geral se anula no in�nito é a série harmônica O seu termo geral claramente vai a zero, no entanto, vamos mostrar que essa série é divergente. Observe que quando . Portanto, a sequência das somas parciais quando , portanto a série harmônica é divergente. ∑ n=1 ∞ 1 + n + 3n2 2 + 3n2 = = =lim k→∞ 1 + k + 3k2 2 + 3k2 lim k→∞ ( + + 3)k2 1 k2 1 k (2 + )k2 3 k2 lim k→∞ + + 31 k2 1 k 2 + 3 k2 3 2 ∑an → 0an n → ∞ .∑ n=1 ∞ 1 n =S2n+1 1 + + + + + … + + + … + + … + + … + 1 2 1 3 1 4 1 5 1 8 1 9 1 16 1 2n 1 + 12n 1 2n+1 > 1 + + + + + … + + 1 2 + 1 4 1 4 2 vezes + … + 1 8 1 8 4 vezes + … + 1 16 1 16 8 vezes 1 2n + … + 1 2n+1 1 2n+1 vezes2n = 1 + + 1 2 + + … + 1 2 1 2 1 2 n vezes = 1 + → ∞ n + 1 2 n → ∞ → ∞Sk k → ∞ 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 16/80 Unidade 01 Aula 02 Testes de Convergência Começa aqui a primeira parte do nosso conteúdo sobre Testes de Convergência. Após vermos sequências e séries numéricas, chegou a hora de estudarmos mais assuntos. Boa aula! VÍDEO Para uma aula introdutória sobre séries numéricas, assista ao vídeo a seguir. VÍDEO Uma explicação em videoaula do porquê da série harmônica ser divergente pode ser vista a seguir. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 17/80 É possível notar, pelos exemplos realizados nas aulas anteriores, que determinar o valor que uma série tem não é uma tarefa fácil. Nem sempre é possível, de uma forma direta, calcular o limite das somas parciais e, então, encontrar o valor da série. No entanto, é possível, com bem menos esforço, veri�car ao menos se uma determinada série é convergente ou não. Isso não nos dá o valor da série, mas pelo menos temos uma noção qualitativa do comportamento da série. Na aula anterior, vimos o nosso primeiro teste de convergência: dada uma série , se , então a série diverge. Esse não é um teste muito bom, pois existem séries divergentes, tais que o termo geral converge para zero, como, por exemplo, a série harmônica De qualquer forma, é uma primeira abordagem para veri�car a convergência sem precisar calcular o valor da série. Nesta aula, começaremos com o teste mais e�ciente de todos, isto é, que funciona 100% das vezes. Parece ótimo ter um teste que funciona sempre, mas, como veremos, as coisas nem sempre são tão boas quanto parecem. Fique atento! Para uma noção de como utilizar o teste da razão, vamos a alguns exemplos. Exemplo 11: Vamos provar utilizando o teste da comparação que a série é convergente. Observamos que cada termo da série anterior satisfaz , pois ∑an ↛ 0an = ∞.∑ n=1 ∞ 1 n = 1 + + + + ⋯ + + ⋯∑ n=1 ∞ 1 n! 1 2! 1 3! 1 4! 1 n! ≤an 12n−1 SAIBA MAIS Teste da Comparação: Considere as séries e , então: (i) se a , para todo , e a série converge, então a série também converge; (ii) e a , para todo , e a série diverge, então a série também diverge. ∑an ∑ bn ≤an bn n ∑ bn ∑ an ≤bn an n ∑ bn ∑ an 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 18/80 A série formada pelos termos é a chamada série geométrica que é convergente, como vimos na aula anterior. Essa série é convergente, pois Dessa forma, pelo teste da razão, temos que a série é convergente. Exemplo 12: Utilizando a mesma estratégia do exemplo anterior, podemos mostrar que a série também é convergente. Note que o número , para todo . Assim, temos que , para todo . Mas, já sabemos, do exemplo anterior que, Portanto, pelo teste da comparação, a série também é convergente. 1 = ≤ = 1a1 1 20 = = ≤ = 1 2 1 2! a2 1 21 1 2 = = ≤ = 1 6 1 3! a3 1 22 1 4 = = ≤ = 1 24 1 4! a4 1 23 1 8 ⋮ =bn 12n−1 = 1 + + + + ⋯∑ n=1 ∞ 1 2n−1 1 2 1 22 1 23 = 1 1 − ( )12 = 2. ∑ n=1 ∞ 1 n! = + + + ⋯ + ⋯∑ n=1 ∞ 1 +2n−1 n−−√ 1 +20 1–√ 1 +21 2–√ 1 +22 3–√ 1 +2n−1 n−−√ + > ,2n−1 n−−√ 2n−1 n = < ,an 1 +2n−1 n−−√ 1 2n−1 n = 2.∑ n=1 ∞ 1 2n−1 ∑ n=1 ∞ 1 +2n−1 n√ 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 19/80 Exemplo 13: Vamos agora ver que a série é divergente. Observe que o termo geral dessa série pode ser reescrito na seguinte forma Claramente, temos que Além disso, temos que ou seja, para todo . A série formada pelos termos , conhecida como série harmônica, conforme vimos na aula anterior, é divergente. Dessa forma, a série formada pelos termos também é, pois Agora, �nalmente, utilizando o teste da comparação, podemos a�rmar que a série é divergente, pois , para todo , e a série é divergente. Apesar de ser um teste fantástico, por funcionar em todos os casos, �ca claro que nem sempre seremos capazes de utilizá-lo. Nem sempre será fácil determinar uma comparação entre duas séries. Por exemplo, qual seria o termo geral apropriado que deveria ser usado para veri�car a convergência da série = + + + ⋯∑ n=1 ∞ 2n + 1 −n2 14 2 ⋅ 1 + 1 −12 14 2 ⋅ 2 + 1 −22 14 2 ⋅ 3 + 1 −32 14 =an 2n + 1 −n2 14 = 2(n + )12 (n − )(n + )12 1 2 = . 2 n − 12 → 0an < n − 12 2 n 2 < = 2 n 2 n − 12 an n =b∗n 1n =bn 2n = 2 = 2 ⋅ ∞.∑ n=1 ∞ bn ∑ n=1 ∞ b∗n = + + + ⋯∑ n=1 ∞ 2n + 1 −n2 14 2 ⋅ 1 + 1 −12 14 2 ⋅ 2 + 1 −22 14 2 ⋅ 3 + 1 −32 14 <bn an n ∑ bn 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 20/80 Reparem que , nesse caso, então existe a possibilidade dessa série ser convergente. Voltaremos a essa série depois, vamos agorafalar sobre um outro teste que, apesar de ter sua e�ciência restrita, oferece uma ótima ferramenta para veri�car a convergência, já que ele não necessita do conhecimento de outras séries. Novamente, com o intuito de veri�car a convergência de uma série utilizando o teste da razão, vamos a alguns exemplos. Exemplo 14: Vamos considerar a mesma série do Exemplo 11 anterior e veri�car como o teste da razão se aplica. Considerando a série temos que o seu termo geral é dado por . Precisamos apenas veri�car o limite , assim sen( ) ?∑ n=1 ∞∣ ∣ ∣ 1 n2 ∣ ∣ ∣ → 0an = 1 + + + + ⋯ + + ⋯∑ n=1 ∞ 1 n! 1 2! 1 3! 1 4! 1 n! =an 1n! an+1 an = an+1 an 1 (n+1)! 1 n! = n! (n + 1)! SAIBA MAIS Teste da Razão: Considere a série e suponha que , então: i. se a série converge; ii. se a série diverge; iii. se o teste é inconclusivo, isto é, não há como saber utilizando este teste se a série é convergente ou divergente. ∑an → Lan+1an L < 1 L > 1 L = 1 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 21/80 quando . Como , então, a série é convergente, pelo teste da razão. Exemplo 15: Considere agora a série que possui termo geral . Para essa série, temos quando . Portanto, como , então, a série é divergente, pelo teste da razão. Exemplo 16: Finalmente, veremos um caso em que o teste da razão é inconclusivo. Considere agora a série = n! (n + 1)n! = → 0 1 n + 1 n → ∞ → 0 < 1an+1an ∑ 1 n! = 2 + + + ⋯ + + ⋯∑ n=1 ∞ (2n)! (n!)2 4! (2!)2 6! (3!)2 (2n)! (n!)2 =an (2n)! (n!)2 = an+1 an (2(n+1))! [(n+1)!]2 (2n)! (n!)2 = ⋅ (n!)2 [(n + 1)!]2 (2n + 2)! (2n)! = ⋅ (n!)2 (n + 1)2(n!)2 (2n + 2) (2n + 1) (2n)! (2n)! = (2n + 2) (2n + 1) (n + 1)2 = 4 + 5n + 2n2 + 2n + 1n2 = (4 + + )n2 5n 1 n2 (1 + + )n2 2n 1 n2 = → 4 4 + +5n 1 n2 1 + +2n 1 n2 n → ∞ → 4 > 1an+1an ∑ (2n)! (n!)2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 22/80 o termo geral dessa série é dado por . Aplicando o teste da razão, temos quando . Dessa forma, como , então, pelo teste da razão, nada se pode dizer sobre a convergência da série . = 1 + + + ⋯ + + ⋯∑ n=1 ∞ 1 n2 1 22 1 32 1 n2 =an 1n2 = an+1 an 1 (n+1)2 1 n2 = n2 (n + 1)2 = n2 + 2n + 1n2 = (1)n2 (1 + + )n2 2n 1 n2 = → 1 1 1 + +2n 1 n2 n → ∞ → 1an+1an ∑ .1n2 VÍDEO Assista a uma videoaula produzida pelo portal omatematico.com com outros exemplos da aplicação do teste da comparação. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 23/80 Na aula anterior, estudamos dois testes de convergência: o teste da comparação e o teste da razão. Vimos que ambos são úteis para veri�car a convergência de uma série, mas ambos também podem apresentar algumas limitações práticas. Por exemplo, vamos considerar a série de imediato é difícil pensar em uma série simples, convergente ou divergente, que possamos utilizar para aplicarmos o teste da comparação. Então, o teste da razão surge como uma alternativa óbvia nesse momento. Sendo o termo geral dessa série dado por , se quisermos aplicar o teste da razão, temos que veri�car a convergência desse limite Caro(a) estudante e leitor(a), o que você acha? Para mim, que escrevo, esse limite não parece nem um pouco simples de ser calculado! = + + ⋯ + + ⋯ ,∑ n=1 ∞ ( + ) 2 n2 1 n3 n ( + ) 2 12 1 13 1 ( + ) 2 22 1 23 2 ( + ) 2 n2 1 n3 n =an ( + )2n2 1 n3 n = . an+1 an ( + )2 (n+1)2 1 (n+1)3 n+1 ( + )2n2 1 n3 n VÍDEO Assista à vídeo aula a seguir: VÍDEO E a seguir há outros exemplos do teste da razão. Neste, usamos o Teste da Razão para determinar a convergência/divergência de uma série em função de um parâmetro real. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 24/80 Portanto, acrescentamos ao nosso arsenal de testes um teste que é excelente para casos como esses, em que aparecem potências -ésimas no termo geral. Para o exemplo que introduziu a aula, temos quando . Isto é, pelo teste da raiz, a série é convergente, pois Exemplo 17: Vamos brincar mais um pouco com o teste da raiz. Considere, assim, a seguinte série O seu termo geral é dado por , então, calculando o limite sobre , temos n =an−−√n ( + ) 2 n2 1 n3 n− −−−−−−−−−− √n = + → 0 2 n2 1 n3 n → ∞ ∑( + ) 2 n2 1 n3 n → 0 < 1an−−√n = + + + ⋯ + + ⋯ .∑ n=1 ∞ 4n+1 n3 42 43 23 44 33 4n+1 n3 =an 4 n+1 n3 an −−√n =an−−√n 4n+1 n3 − −−− √n SAIBA MAIS Teste da Raiz: Considere a série e suponha que , então: i. se a série converge; ii. se a série diverge; iii. se o teste é inconclusivo, isto é, não há como saber utilizando este teste se a série é convergente ou divergente. ∑an → Lan−−√n L < 1 L > 1 L = 1 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 25/80 como vimos na primeira aula, e também . Assim, e, portanto, a série em questão é divergente pelo teste da raiz. Observem que, nesse caso, poderíamos utilizar também o teste da razão e ele também seria conclusivo com relação à divergência dessa série. Exemplo 18: Considere agora a seguinte série cujo termo geral é dado por . Temos para esse termo geral quando . Nesse caso, o teste da raiz é inconclusivo, pois . Se quisermos, então, veri�car a convergência dessa série, precisamos de outro método. Para tal, considere a sequência , se , então, signi�ca que . Pois, e somente se . Então, = 4( )4–√n ( )n−−√n 3 → 1n−−√n → 14 –√n → 4 > 1an−−√n = 0 + + ⋯ + + ⋯∑ n=1 ∞ 2n( ) n − 1 n + 32–√ 2n 22( ) 2 − 1 2 + 32–√ 4 2n( ) n − 1 n + 32–√ 2n =an 2n( ) n−1 n+32√ 2n =an−−√n 2 n( ) n − 1 n + 32–√ 2n− −−−−−−−−−−−−− √n = 2(n − 1)2 ( n + 3)2–√ 2 = 2( − 2n + 1)n2 2 + 6 n + 9n2 2–√ = 2 (1 − + )n2 2n 1 n2 2 (1 + + )n2 3 2√n 9 2n2 = → 1 1 − +2n 1 n2 1 + +3 2√n 9 2n2 n → ∞ → 1an−−√n = lnbn an ↛ −∞bn ↛ 0an =an ebn → 0an → −∞bn = ln[ ]bn 2 n( ) n − 1 n + 32–√ 2n = ln ( ) + ln[ ]2n ( ) n − 1 n + 32–√ 2n 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 26/80 como , então signi�ca que . Logo, quando , Como, nesse caso, , então, . Isto é, o termo geral não vai para zero quando aumenta; logo, a série diverge. Finalmente, um último teste que é muito útil para veri�car a convergência de algumas séries numéricas é o chamado teste da integral. Esse teste é baseado no teste da comparação e a sua demonstração, assim como a dos demais testes, será omitida. O leitor é convidado a pesquisar em alguma das referências a demonstração desde teste e também dos demais. Antes de apresentarmos o teste, é importante lembrarmos o que é uma integral imprópria, pois o teste funciona a partir da convergência dessas integrais. Uma integral na forma é conhecida como integral imprópria. Esse tipo de integral é calculada como sendo Quando o limite do lado direito existe, isto é, é um número real, dizemos que a integral imprópria é convergente. Quando esse limite não existe, isto é, , dizemos que a integral imprópria é divergente. Teste da Integral: Considere uma função contínua e decrescente no intervalo , tal que o termo geral da série satisfaça . Então, 1. se a série converge; 2. se a série diverge. Exemplo 19: Voltemos ao exemplo da aula anterior em que o teste da razão não pôde concluir nada sobre a convergência da série = n ln(2) + 2n ln( ) n − 1 n + 32–√ →n−1 n+32√ 1 2√ ln( ) → ln( ) n−1 n+32√ 1 2√ n → ∞ → ∞ ⋅ ln(2) + 2 ⋅ ∞ ⋅ ln( ) = ∞.bn 1 2–√ → ∞bn = → ∞an ebn n ∑2n( )n−1 n+32√ 2n f (x)dx∫ ∞ a f (x)dx = f (x)dx.∫ ∞ a lim m→∞ ∫ m 1 f (x)dx = ±∞lim m→∞ ∫m1 f (x) [1, ∞) ∑an = f (n)an f (x)dx < ∞∫ ∞1 ∑an f (x)dx = ∞∫ 1 ∞ ∑an 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/127/80 O termo geral dessa série nada mais é que a imagem da função sobre os números naturais. Precisamos agora apenas calcular uma integral relativamente simples para veri�car a convergência dessa série. Assim, Como a integral imprópria existe, então, pelo teste da integral, a série é convergente. Exemplo 20: Vamos fazer agora um exemplo semelhante em que a série será provada divergente pelo teste da integral. Considere Nesse caso, o termo geral dessa série é dado por , que é a imagem da função sobre os números naturais. Novamente, precisamos apenas calcular a seguinte integral imprópria = 1 + + + ⋯ + + ⋯ .∑ n=1 ∞ 1 n2 1 22 1 32 1 n2 =an 1n2 f (x) = 1 x2 dx = dx∫ ∞ 1 1 x2 lim m→∞ ∫ m 1 1 x2 = dxlim m→∞ ∫ 1 m x−2 = lim m→∞ [ ] x−2+1 −2 + 1 m 1 = lim m→∞ [− ] 1 x m 1 = [− − (− )]lim m→∞ 1 m 1 1 = [1 − ]lim m→∞ 1 m = 1. ∑ 1n2 = 1 + + + ⋯ + + ⋯ .∑ n=1 ∞ 1 n−−√ 1 2–√ 1 3–√ 1 n−−√ =an 1n√ f (x) = 1 x√ dx = dx∫ ∞ 1 1 x−−√ lim m→∞ ∫ 1 m 1 x−−√ = dxlim m→∞ ∫ 1 m x−1/2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 28/80 Como a integral imprópria diverge, então, pelo teste da integral, a série também diverge. Considere a série em que o número é uma constante. Podemos utilizar o teste da integral para veri�car para quais valores de essa série é convergente. Observe que as séries dos Exemplos 19 e 20 são séries nesse formato, com e , respectivamente. Essa série é conhecida como série , ou -série. Essa série é: 1. convergente para valores de ; 2. e divergente para valores de É um ótimo exercício veri�car, para esses valores da constante , a convergência da série. = lim m→∞ [ ] x−1/2+1 −1/2 + 1 m 1 = lim m→∞ [2 ]x−−√ m 1 = [2 − 2 ]lim m→∞ m−−√ 1 –√ = ∞. ∑ 1n√ = 1 + + ⋯ + + ⋯∑ n=1 ∞ 1 np 1 2p 1 3p 1 np p p p = 2 p = 1/2 p p p > 1 p ≤ 1. p VÍDEO Uma videoaula para relembrar integral imprópria pode ser acessada a seguir. Não deixe de assistir e exercitar sua curiosidade! 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 29/80 Unidade 01 Aula 03 Series de Taylor e Fourier VÍDEO Assista à vídeo aula a seguir: SAIBA MAIS Clicando aqui, você poderá acessar um artigo, escrito em inglês, mas que traz uma prova bem interessante sobre a série ∑ = .1n2 π2 6 http://www.academia.edu/3669174/Basel_Problem_Proof 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 30/80 Estudantes, nesta nossa quinta aula, estudaremos a Série de Taylor. Essa noção é essencial para o estudioso(a) da área. Bons estudos! Talvez alguns de vocês já tenham se perguntado sobre como uma calculadora cientí�ca funciona. Bem, calculadoras funcionam apenas com as quatro operações: soma, subtração, divisão e multiplicação. Sabendo isso, como será que uma calculadora cientí�ca consegue determinar o valor de por exemplo? Geometricamente falando, o é, na verdade, uma divisão, ela é a razão entre o cateto oposto e a hipotenusa (unitária) de um triângulo retângulo que se encontra dentro do chamado círculo trigonométrico (se lembra?). De qualquer forma, não parece ser um argumento válido no funcionamento de uma calculadora, pois dessa forma a máquina teria que estar preparada para interpretar e entender essas noções geométricas e realizar as medidas apropriadas. O que acontece na verdade é que funções como , ou , por exemplo, são aproximadas por outras funções que se parecem bastante com as originais. E essas funções são relativamente simples em sua estrutura, elas utilizam apenas as operações básicas citadas. Um exemplo de uma classe de funções simples que se utilizam apenas das operações fundamentais são os polinômios para algum natural. Se conseguíssemos escrever, por exemplo, o na forma polinomial, nosso problema de programar a calculadora estaria resolvido, a�nal um polinômio só se utiliza de duas operações, soma e multiplicação. Obviamente, o não é um polinômio, caso fosse, certamente, nesse ponto da vida você já saberia. No entanto, vou insistir nessa representação polinomial do . Nós já imaginamos que a função seja cos (π/7) , cos (π/7) sen (x) cos(x) ex p (x) = + x + + ⋯ + ,a0 a1 a2x 2 anx n n > 1 cos (x) cos (x) cos (x) cos (x) 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 31/80 isto é, diferente de um polinômio �nito usual. Mas será que conseguimos representar essa função no formato de um "polinômio" in�nito A resposta é sim! E é sobre essa representação esta aula. De forma geral, dada uma função in�nitamente diferenciável , queremos determinar a sua representação na forma A série que aparece acima é conhecida como uma série de potências, e o nosso objetivo nesta aula é determinar uma forma de encontrar a representação em série de potências de diversas funções conhecidas. Para começarmos, considere a seguinte série de potências Como você já deve ter percebido, essa série se parece em muito com a conhecida série geométrica. No caso desta série, quando , temos que ela é convergente e ou seja, a representação em série de potências da função é Voltemos ao nosso caso mais geral: representar a função na forma Essa representação se faz, na verdade, determinando os coe�cientes apropriados para cada função. Supondo que essa igualdade seja verdade e que podemos derivar os dois lados, então, temos cos (x) ≠ + x + + ⋯ + ,a0 a1 a2x 2 anx n cos (x) = + x + + ⋯ + + + + ⋯?a0 a1 a2x 2 anx n an+1x n+1 an+2x n+2 f (x) f (x) = + (x − ) + + … + + …a0 a1 x0 a2(x − )x0 2 an(x − )x0 n = (x − )∑ n=0 ∞ an x0 n = 1 + x + + + ⋯ + + ⋯ .∑ n=0 ∞ xn x2 x3 xn 0 < x < 1 1 + x + + + ⋯ + + ⋯ = ,x2 x3 xn 1 1 − x f (x) = 11−x = . 1 1 − x ∑ n=0 ∞ xn f (x) f (x) = + (x − ) + + ⋯ + + ⋯ .a0 a1 x0 a2(x − )x0 2 an(x − )x0 n (x) = + 2 (x − ) + 3 + … + n + …f ′ a1 a2 x0 a3(x − )x0 2 an(x − )x0 n−1 (x) = 2 + 2 ⋅ 3 (x − ) + 3 ⋅ 4 + … + n (n − 1) + …f ′′ a2 a3 x0 a4(x − )x0 2 an(x − )x0 n−2 (x) = 2 ⋅ 3 + 2 ⋅ 3 ⋅ 4 (x − ) + … + n (n − 1) (n − 2) + …f ′′′ a3 a4 x0 an(x − )x0 n−3 ⋮ (x) = n (n − 1) (n − 2) … 3 ⋅ 2 + (n + 1)n (n − 1) … 3 ⋅ 2 (x − ) + …f (n) an an+1 x0 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 32/80 Observe, agora, que, substituindo em cada uma dessas equações, teremos Portanto, o coe�ciente pode ser calculado a partir das derivadas da função e, logo, temos que os coe�cientes da representação da função em séries de potências são dados por Finalmente, podemos escrever a função como sendo uma série de potências na forma que é conhecida como fórmula de Taylor da função . Vamos agora determinar as formas mais usuais das séries de Taylor para algumas funções conhecidas. Exemplo 21: Um ótimo exemplo para começarmos a escrever a série de Taylor de uma função é para com . Esse é um ótimo exemplo, pois as derivadas de qualquer ordem da função exponencial são a própria exponencial, . Dessa forma, temos que , para todo . Assim, a série de Taylor da função exponencial pode ser escrita como Exemplo 22: Vamos considerar e Para determinarmos a representação em série de Taylor para o seno, basta calcularmos as suas derivadas no ponto . Temos x = x0 f ( ) =x0 a0 ( ) =f ′ x0 a1 ( ) = 2f ′′ x0 a2 ( ) = 2 ⋅ 3f ′′′ x0 a3 ⋮ ( ) = 2 ⋅ 3 ⋅ … ⋅ (n − 1)nf (n)x0 an an f (x) = .an (x_0)f (n) n! f (x) f (x) = ∑ n=0 ∞ ( )f (n)x0 n! (x − )x0 n f (x) f (x) f (x) = ex = 0x0 (x) =f (n) ex (0) = = 1f (n) e0 n =ex ∑ n=0 ∞ 1 n! xn = 1 + x + + + + ⋯ + + ⋯ . x2 2! x3 3! x4 4! xn n! f (x) = sen (x) = 0x0 = 0x0 f (0) = sen (0) = 0 (0) = cos(0) = 1f ′ (0) = −sen (0) = 0f ′′ 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/133/80 Observe que a derivada do seno se repete sempre de quatro em quatro derivadas, isto é, e . Dessa forma, podemos escrever a série de Taylor do seno como sendo Portanto, a série de Taylor do seno quando é dada por Exemplo 23: Para a função cosseno, o procedimento é muito parecido. Considere agora e . Para determinarmos a representação em série de Taylor dessa função, basta novamente calcular as suas derivadas no ponto . Temos Assim como o seno se repete sempre de quatro em quatro derivadas, o cosseno também o faz, logo , e e assim por diante. Dessa forma, podemos escrever a série de Taylor do cosseno como sendo (0) = − cos(0) = −1.f ′′′ (0) = 0,f (4) (0) = 1f (5) (0) = 0f (6) (0) = −1.f (7) f (x) = f (0) + (0)x + + + + + ⋯f ′ (0)f ′′ 2! x2 (0)f ′′′ 3! x3 (0)f (4) 4! x4 (0)f (5) 5! = 0 + (1)x + + + + + ⋯ 0 2! x2 (−1) 3! x3 0 4! x4 1 5! x5 = x − + − + ⋯ x3 3! x5 5! x7 7! = .∑ n=1 ∞ (−1)n+1 (2n − 1)! x2n−1 = 0x0 sen (x) = .∑ n=1 ∞ (−1)n+1 (2n − 1)! x2n−1 f (x) = cos (x) = 0.x0 = 0x0 f (0) = cos (0) = 1 (0) = −sen (0) = 0f ′ (0) = −cos (0) = −1f ′′ (0) = sen (0) = 0.f ′′′ (0) = 1,f (4) (0) = 0f (5) (0) = −1f (6) (0) = 0f (7) f (x) = f (0) + (0)x + + + + + ⋯f ′ (0)f ′′ 2! x2 (0)f ′′′ 3! x3 (0)f (4) 4! x4 (0)f (5) 5! = 1 + (0)x + + + + + ⋯ (−1) 2! x2 (0) 3! x3 (1) 4! x4 (0) 5! x5 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 34/80 Portanto, a série de Taylor do cosseno quando é dada por É interessante observar que o , que é uma função ímpar na sua representação em série de potências, possui apenas as potências ímpares e o que é uma função par possui apenas potências pares. Uma pergunta que podemos fazer agora é: será que essas séries que encontramos até agora para as funções convergem para todo ? A resposta é nem sempre! Basta olharmos para a série da função que não converge para valores de , por exemplo. Podemos veri�car, então, para quais valores de uma série converge utilizando uma versão modi�cada do teste da razão. O conjunto de todos os valores para o qual a série converge será chamado de raio de convergência da série. Exemplo 24: Vamos determinar o raio de convergência da série de potências = 1 − + − + ⋯ x2 2! x4 4! x6 6! = .∑ n=0 ∞ (−1)n (2n)! x2n = 0x0 cos (x) = .∑ n=0 ∞ (−1)n (2n)! x2n sen (x) cos(x) x = 1 1 − x ∑ n=0 ∞ xn x > 1 x SAIBA MAIS Raio de Convergência: Considere a série de potências , a série será convergente para valores de que satisfazem ∑an(x − )x0 n x |x − | → L |x − | < 1.∣∣ an+1 an ∣∣ x0 x0 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 35/80 Nesse caso, temos e precisamos calcular o limite pois o limite não depende de . O raio de convergência, então, é dado por isto é, Não é difícil veri�car, e é um ótimo exercício, que o raio de convergência para as séries do , e é todo o conjunto dos números reais . Voltamos agora à pergunta do começo da aula, que é como a calculadora é capaz de calcular o cosseno de um número real. Vimos que é possível escrever a função cosseno como um polinômio in�nito. Mas, infelizmente, não podemos programar uma soma in�nita na calculadora. Podemos, no entanto, programar uma versão �nita do polinômio in�nito. Vamos chamar a versão �nita da série do cosseno de observe, no grá�co a seguir, como os polinômios �nitos aproximam do cosseno até certo ponto. Assim, quanto mais termos utilizarmos, mais próximos estaremos da função cosseno por um intervalo maior de tempo. Figura 1: Aproximação da função cosseno pelas somas parciais de sua série de Taylor .( )∑ n=1 ∞ e π n (x − 1)n =an ( )eπ n |x − 1| = |x − 1| = |x − 1| = |x − 1| ,lim n→∞ ∣ ∣ ∣ an+1 an ∣ ∣ ∣ lim n→∞ ( )eπ n+1 ( )eπ n limn→∞ e π e π |x − 1|lim n→∞ e π n |x − 1| < 1, e π 1 − < x < 1 + . π e π e sen (x) cos (x) ex R (x) = 1 − + + ⋯ + ,P2k x2 2! x4 4! (−1)nx2k (2k)! 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 36/80 A música nunca esteve tão presente no dia a dia das pessoas como nos tempos atuais. Por causa disso, vários de nós tocam algum instrumento musical, ou ao menos já brincou com um. Eu mesmo, que vos escrevo, sou um músico entusiasta. VÍDEO Uma vídeo aula bem detalhada sobre a série de Taylor pode ser vista a seguir. VÍDEO As séries de potências podem ser utilizadas para encontrar soluções de equações diferenciais ordinárias (EDO). Essas equações surgem naturalmente na física em diversos contextos. Nesse vídeo, é possível ver a aplicação das séries de potências no contexto das EDOs. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 37/80 Nesse contexto, a minha pergunta favorita aos alunos quando o assunto é série de Fourier é: vocês sabem o faz com que dois instrumentos musicais diferentes, mesmo quando a�nados da mesma forma, soem diferentes? Certamente, alguns de vocês responderão que o que muda é o timbre. O timbre, de fato, é uma característica dos instrumentos musicais, e vários fatores in�uenciam nele. Por exemplo, em uma guitarra, o calibre das cordas, as madeiras utilizadas na construção, os captadores, entre outras coisas, fazem com que inclusive duas guitarras diferentes tenham um som diferente entre si, como, por exemplo, uma Fender Telecaster e uma Gibson Les Paul. No �nal das contas, o que é o timbre? Prometo que respondo essa pergunta ao �nal desta aula. Mas posso adiantar que a resposta dessa nossa pergunta reside no fato que uma onda sonora, que nada mais é que uma função periódica, será representada através de uma série in�nita conveniente. Vimos, na aula anterior, que, dada uma função que possui in�nitas derivadas, podemos reescrevê-la de uma outra forma em termos de uma série de polinômios f (x) SAIBA MAIS Convido o leitor a procurar a diferença entre essas duas guitarras! Clique aqui e saiba mais um pouco sobre essa curiosidade. https://kikipedia.wordpress.com/2009/05/30/fender-stratocaster-e-gibson-les-paul-%E2%80%93-o-projeto-da-guitarra-e-a-producao-industrial/ 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 38/80 Para uma classe de funções mais especí�ca, as funções periódicas, existe uma outra representação mais interessante do que a representação em série de potências. Uma função é dita periódica se existe um número positivo , chamado período, tal que para todo . Os exemplos mais conhecidos de funções periódicas são as funções seno e cosseno, que possuem período . Queremos aproximar uma função periódica no intervalo por uma soma in�nita de senos e cossenos, isto é, Observe que, nesse caso, não usamos a igualdade, pois teremos igualdade em apenas alguns casos (voltaremos nesse ponto depois). Para esse tipo de série, o cálculo dos coe�cientes é um pouco diferente do que foi feito para as séries de Taylor, e eles são determinados utilizando as seguintes relações Exemplo 25: Vamos encontrar a série de Fourier da função triangular de�nida de forma a ser periódica com período . Para tal, precisamos calcular as integrais para , e . Assim, temos f (x) = .∑ n=0 ∞ (a)f (n) n! (x − a)n f (x) p f (x) = f (x + p) x ∈ R 2π f (x) [0, 2π] f (x) ∼ + [ cos(nx) + sen (nx)].a0 ∑ n=1 ∞ an bn = f (x)dxa0 1 2π ∫ 2π 0 = f (x) cos(nx)dxan 1 π ∫ 2π 0 = f (x) sin (nx)dxbn 1 π ∫ 2π 0 f (x) = ⎧ ⎩ ⎨ ⎪⎪ ⎪⎪ x, 0 ≤ x ≤ π 1 π (2π − x) ,π < x ≤ 2π 1 π 2π a0 an bn = f (x)dxa0 1 2π ∫ 2π 0 = xdx + (2π − x)dx 1 2π ∫ π 0 1 π 1 2π ∫ 2π π 1 π = + 1 4π2 x2∣∣ π 0 1 2π2 (2πx − ) x2 2 2π π 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 39/80 Para o coe�ciente , temosaqui precisaremos utilizar uma integração por partes para resolver as integrais, que são dadas por Finalmente, para o coe�ciente , os cálculos são semelhantes, se não idênticos, aos para o coe�ciente . Assim, temos = ( − ) + [(2π (2π) − )−(2π (π) − )] 1 4π2 π2 02 1 2π2 (2π)2 2 (π)2 2 = + [2 − ] 1 4 1 2π2 π2 3π2 2 = . 1 2 an = f (x) cos(nx)dxan 1 π ∫ 2π 0 = x cos(nx)dx + (2π − x) cos(nx)dx, 1 π ∫ π 0 1 π 1 π ∫ 2π π 1 π = x cos(nx)dx + (2π − x) cos(nx)dx 1 π ∫ π 0 1 π 1 π ∫ 2π π 1 π = [ − 1 ⋅ ( )dx] + [ − (−1) ⋅ ( )d 1 π2 xsen (nx) n ∣ ∣ ∣ π 0 ∫ π 0 sen (nx) n 1 π2 (2π − x)sen (nx) n ∣ ∣ ∣ 2π π ∫ 2π π sen (nx) n = [ − − dx] + [ − 1 π2 πsen (nπ) n 0 ⋅ sen (n ⋅ 0) n ∫ 0 π sen (nx) n 1 π2 (2π − 2π)sen (2πn) n (2π − π)sen (πn) n = − sen (nx)dx + sen (nx)dx 1 nπ2 ∫ 0 π 1 nπ2 ∫ 2π π = −cos(nx) 1 π2n2 ∣ ∣ ∣ π 0 cos(nx) 1 π2n2 ∣ ∣ ∣ 2π π = (cos(nπ) − 1) − (cos(2πn) − cos(nπ)) 1 π2n2 1 π2n2 = (cos(nπ) − 1) . 2 π2n2 bn an = f (x) sen (nx)dxbn 1 π ∫ 2π 0 = xsen (nx)dx + (2π − x) sen (nx)dx 1 π ∫ 0 π 1 π 1 π ∫ 2π π 1 π 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 40/80 pois Portanto, temos Dessa forma, a série de Fourier da função triangular dada é Acho que a pergunta imediata após fazer esse exemplo é: quando é que temos a igualdade entre a função e a série de senos e cossenos? Uma vantagem da série de Fourier é que ela admite representar funções que não são contínuas. Sendo os coe�cientes de�nidos a partir de integrais, temos a possibilidade de permitir alguns tipos de funções descontínuas. Isso não é possível com a série de Taylor. Para que uma função possa ser escrita como série de Taylor, é necessário que ela seja in�nitamente diferenciável; logo, sempre contínua. Esse é o motivo pelo qual não colocamos de imediato a igualdade entre uma função e sua série de Fourier. Se a função for descontínua, vai existir uma incompatibilidade entre o lado direito e esquerdo, principalmente pelo lado esquerdo ser formado apenas por funções contínuas. A seguir, enunciaremos o teorema de Fourier, que diz sobre quais condições a série converge para a função. = [− − 1 ⋅ (− )dx] + [− − (−1) ⋅ (− 1 π2 xcos (nx) n ∣ ∣ ∣ π 0 ∫ 0 π cos (nx) n 1 π2 (2π − x) cos (nx) n ∣ ∣ ∣ 2π π ∫ 2π π cos (nx) n = [− + + dx] 1 π2 πcos (nπ) n 0 ⋅ cos (n ⋅ 0) n ∫ π 0 cos (nx) n + [− + − dx] 1 π2 (2π − 2π) cos (2πn) n (2π − π) cos (πn) n ∫ 2π π cos (nx) n = [− + ] + [− + ] , 1 π2 πcos (nπ) n 0 ⋅ cos (n ⋅ 0) n 1 π2 (2π − 2π) cos (2πn) n (2π − π) cos (nπ) n dx = dx = 0.∫ π0 cos(nx) n ∫ 2π π cos(nx) n = 0.bn f (x) ∼ + (cos(nπ) − 1) cos(nx). 1 2 ∑ n=1 ∞ 2 π2n2 f (x) SAIBA MAIS Teorema de Fourier: Seja uma função de tal forma que e sejam seccionalmente contínuas no intervalo . Então, é igual a sua série de Fourier em todos os pontos em que é contínua. Em um ponto dd onde tem uma descontinuidade, a série de Fourier converge para f (x) f f ′ [0, 2π] f f f [ f (x) + f (x)] .12 limx→d− lim x→d+ 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 41/80 Observamos que uma função seccionalmente contínua é aquela que é contínua por partes, como, por exemplo, a função Ela não é contínua em no entanto, ela é a função constante para os positivos, ou seja, contínua. É também constante para os não negativos, contínua também. No caso do Exemplo 25, como a função triangular é contínua, temos que a série de fato converge para a função e, nesse caso, podemos escrever para de�nida periódica de período . Voltando ao assunto da música. Digamos que uma onda sonora possa ser representada por uma função . Vamos, então, olhar a sua representação em série de Fourier Observando cada um dos termos , podemos fazer duas considerações. Primeiramente, chamamos cada uma das funções de um harmônico da onda. Segundo, a frequência de cada uma das ondas é exatamente . Dessa forma, na série in�nita, os termos de alta frequência são os primeiros, e os de baixa frequência são os mais distantes do início. Em um dado harmônico , além da sua frequência ser diferente das demais frequências dos outros harmônicos, as intensidades desses harmônicos também mudam, ou podem mudar. A intensidade de cada um dos harmônicos é controlado pelos coe�cientes e . Sobre um outro ponto de vista, uma onda sonora é determinada, então, pela superposição dos seus harmônicos, cada um com suas respectivas intensidades. Neste ponto, já �cou claro o que faz com que um instrumento tenha um som diferente do outro. Quando olhadas as séries de Fourier das ondas de cada um dos instrumentos, você verá que as intensidades dos harmônicos em cada uma delas é diferente, e é isso que de�ne o timbre. f (x) = { 1,x > 0 − 1,x ≤ 0 x = 0, f (x) = 1 x f (x) = −1 x f (x) f (x) = + (cos(nπ) − 1) cos(nx) 1 2 ∑ n=1 ∞ 2 π2n2 f (x) = ⎧ ⎩ ⎨ ⎪⎪ ⎪⎪ x, 0 ≤ x ≤ π 1 π (2π − x) ,π < x ≤ 2π 1 π 2π f (x) f (x) ∼ + [ cos(nx) + sen (nx)].a0 ∑ n=1 ∞ an bn (x) = cos(nx) + sen (nx)fn an bn (x)fn (x)fn .2πn (x)fn an bn f (x) 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 42/80 Unidade 01 Aula 04 Funções, Limite, Continuidade e Derivadas Parciais Olá, estudante, bem-vindo(a) à segunda Unidade. Falaremos aqui sobre as Funções de Mais de uma Variável. Nesta primeira aula da unidade, falaremos especi�camente sobre as funções. Boa aula! SAIBA MAIS Um link interessante sobre as relações entre as séries de Fourier e a teoria musical está disponível aqu i. VÍDEO Já neste vídeo, tem-se uma abordagem diferente para a série de Fourier. Não deixe de assistir. http://www.mat.ufrgs.br/~brietzke/music/music.html 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 43/80 O conceito de função de duas ou várias variáveis reais é bastante similar ao de funções de uma única variável. Por exemplo, considere as equações a seguir: Elas exprimem como uma função das variáveis e . Em ambos os casos, a variável depende das variáveis e . Dessa forma, dizemos que é uma variável dependente, e e são chamadas de variáveis independentes. São diversas as aplicações das funções de várias variáveis reais, tanto na Matemática quanto nas demais ciências. Por exemplo: 1. O volume de um cilindro circular reto depende de seu raio e da sua altura , pois sendo o volume é dad o pelo produto entre a área da base do cilindro e a altura dele. Assim, temos 1. na lei do gás ideal, temos que a pressão que um gás exerce na parede de uma região de volume é dir etamente proporcional à sua temperatura e inversamente proporcional ao volume da região em que é o número de mols do gás e é a constante dos gases ideais. De�nimos, então, uma função de duas variáveis como sendo uma relação que a cada ponto em um subconjunto associe um número real, isto é, O conjunto é chamado de domínio da função e o subconjunto dos reais é chamado de imagem. Em geral, o domínio de uma função é de�nido pelo contexto do problema. Exemplo 1: 1. Considere a função Nosso objetivo, neste exemplo, é determinar o domínio dessa função. Para que essa função esteja bem de�nida, é necessário que o número dentro da raiz quadrada seja não negativo, isto é, z = π + 2x − youz = 1 − 1 − 2 + 3x2 y2 − −−−−−−−−−− √ z x y z x y z x y r h V (r,h) = π hr2 P V T P (T ,V ) = , nRT V n R f (x,y) D ⊆ R2 f : D ⊆ → R.R2 D f f (x,y) = .1 − −x2 y2 − −−−−−−−− √ 1 − − ≥ 0 ⋅ + ≤ 1.x2 y2 x2 y2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 44/80 Dessa forma, para que a função esteja bem de�nida, os pontos (x,y)(x,y) devem estar no interior do círculo de raio unitário , como podemos ver na�gura a seguir. Figura 1: Função bem de�nida 1. Considere agora a função Essa função só estará bem de�nida se o denominador da fração for diferente de zero, isto é, Então, o domínio da função é qualquer ponto no plano que esteja fora das duas retas mostradas no grá�co a seguir. Além disso, podemos escrever o domínio como Figura 2: Domínio da função, qualquer ponto no plano que esteja fora das duas retas Os grá�cos das funções de duas variáveis são superfícies no espaço tridimensional. Normalmente, é muito difícil esboçar tais grá�cos. Será possível, de forma simples, fazer esboços quando a nossa função estiver vinculada a algumas superfícies bem conhecidas, como, por exemplo, planos ou esferas. Essas superfícies são D = {(x,y) ∈ : + ≤ 1}R2 x2 y2 g (x,y) = . x2y2 −x2 y2 − ≠ 0 ⋅ ≠ ⋅ y ≠ ±x.x2 y2 y2 x2 D = {(x,y) ∈ : y ≠ ±x}R2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 45/80 chamadas de quádricas e elas tem o formato em que são constantes reais. A seguir, traremos as equações das quádricas mais conhecidas. Elipsoide A equação geral do elipsoide é dada por em que representa o centro do elipsoide e os seus semieixos. A seguir, temos um esboço do grá�co de um elipsoide. Figura 3: Grá�co de um elipsoide O elipsoide nada mais é que a versão tridimensional de uma elipse. Além disso, é importante observar que, quando , o elipsoide vira uma esfera de raio e centro em . Cone Elíptico A equação geral do cone é dada por A seguir, temos um esboço da equação do cone elíptico. Figura 4: Esboço da equação do cone elíptico Nesse caso, quando diremos que o cone é circular. Hiperboloide de Uma Folha A quádrica correspondente a um hiperboloide de uma folha é dada pela equação A + B + C + Dxy + Eyz + Fxz + Gx + Hy + Iz + J = 0,x2 y2 z2 A, ⋯ ,J + + = 1, (x − )x0 2 a2 (y − )y0 2 b2 (z − )z0 2 c2 ( , , )x0 y0 z0 a, b, c a = b = c = r r ( , , )x0 y0 z0 + = . (x − )x0 2 a2 (y − )y0 2 b2 (z − )z0 2 c2 a = b 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 46/80 O esboço do hiperboloide pode ser visto na �gura a seguir. Figura 5: Esboço do hiperboloide Hiperboloide de Duas Folhas A quádrica correspondente a um hiperboloide de duas folhas é dada pela equação O esboço desse tipo de hiperboloide pode ser visto na �gura a seguir. Figura 6: Esboço do hiperboloide Paraboloide Elíptico A equação geral do paraboloide elíptico é dada por a seguir, temos um esboço dessa superfície quádrica. + − = 1. (x − )x0 2 a2 (y − )y0 2 b2 (z − )z0 2 c2 − − + = 1. (x − )x0 2 a2 (y − )y0 2 b2 (z − )z0 2 c2 + = , (x − )x0 2 a2 (y − )y0 2 b2 z − z0 c 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 47/80 Figura 7: Esboço – superfície quádrica Paraboloide Hiperbólico Por �m, a nossa última superfície quádrica conhecida é o paraboloide hiperbólico, dado pela equação a seguir: Seu esboço é dado pela �gura seguinte. Figura 8: Esboço – paraboloide hiperbólico O paraboloide hiperbólico é interessante, pois se assemelha a uma sela de cavalo. Além disso, nesse tipo de superfície, temos de imediato um exemplo do que é conhecido como ponto de sela, que será estudado nas aulas a seguir. Como você pode ter percebido, estudante, várias dessas quádricas se apresentam como versões tridimensionais de algumas �guras planas. Por exemplo, o elipsoide é a versão da elipse, assim como o paraboloide é uma versão da parábola. Como dito anteriormente, di�cilmente conseguiremos esboçar o grá�co de funções de duas variáveis quando estamos em um caso diferente das quádricas que foram citadas anteriormente. No entanto, com o objetivo de facilitar o entendimento do comportamento de uma determinada função de duas, ou mais, variáveis, utilizamos um recurso que é conhecido como curvas de nível. Dada uma função de duas variáveis , as curvas de nível correspondem aos pontos no plano no qual a função é igual uma constante . Como, por exemplo, podemos observar na �gura a seguir. − = . (x − )x0 2 a2 (y − )y0 2 b2 z − z0 c f (x,y) (x,y) c 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 48/80 Figura 9: Curvas de nível Ao cortar a função por um plano constante, obtemos uma curva circular no plano. Exemplo 2: Dada a função vamos determinar as suas curvas de nível. Para tal, fazemos constante e obtemos que as curvas de nível da função são dadas por Dessa forma, as curvas de nível da função são parábolas que vão se abrindo à medida que o aumenta, como podemos ver nas �guras a seguir. À esquerda, temos o grá�co da função e, à direita, temos algumas curvas de nível. Figura 10: À esquerda, grá�co da função; à direita, algumas curvas de nível Exemplo 3: Por �m, considere a função f (x,y) z = c f (x,y) = , y x2 f (x,y) = c c = ⋅ y = c . y x2 x2 z f (x,y) = arctg( ) .y1+ +x2 y2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 49/80 Para encontrarmos suas curvas de nível, faremos, novamente, constante. Assim, temos Para escolha conveniente da constante , por exemplo , temos que as curvas de nível são círculos em que os seus centros e raios variam dependendo da constante. A seguir, temos um esboço de como seria o grá�co à esquerda e as suas respectivas curvas de nível. Figura 11: À esquerda, esboço; à direita, curvas de nível f (x,y) = c c = arctg( ) ⇒ tg(c) = y 1 + +x2 y2 y 1 + +x2 y2 ⇒ 1 + x2 + y2 − = 0 y tg(c) ⇒ + − + = − 1 completando quadradosx2 y2 y 2tg (c) 1 4 t (c)g2 1 4 t (c)g2 ⇒ + = − 1x2 (y − ) 1 2tg (c) 2 1 4t (c)g2 c c ≠ 0 SAIBA MAIS Um ótimo site para podermos esboçar os grá�cos de funções de duas variáveis é o site do Wolfram Alpha. Esse site funciona para o nosso interesse especí�co como uma grande calculadora e, certamente, será muito útil ao longo desta disciplina. O site pode ser acessado clicando aqui. Você precisará aprender alguns comandos para poder utilizar o site anterior, dessa forma, é interessante clicar aqui. https://www.wolframalpha.com/ https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG568/nova_novo/documents/5d0d2a60945f9b5dc890e15e_texto1.pdf 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 50/80 Antes de começarmos a falar de limite e continuidade para funções de mais de uma variável, vamos lembrar como era o limite de uma função de uma variável. Dizemos que quando a função se aproxima do número sempre que se aproxima do ponto na reta . Para as funções de duas, ou mais, variáveis a ideia é similar. Diremos que quando a função de duas variáveis se aproximar arbitrariamente do número sempre que o par estiver su�cientemente próximo de Exemplo 1: 1. Temos que pois, claramente, a função se aproxima da soma entre os números e sempre que está perto de e está perto de . 1. De forma semelhante, temos que pois, quando , a soma . Nos dois exemplos anteriores, usamos uma noção intuitiva de como se calcula o limite, no entanto, para grande parte dos casos, os nossos limites serão calculados utilizando as propriedades a seguir. Teorema (Propriedades do Limite): Sejam e funções tais que f (x) f (x) = Llim x→a f (x) L x a f (x,y) = Llim (x,y)→( , )x0y0 f (x,y) L (x,y) ( , ) .x0 y0 x + y = 3lim (x,y)→(1,2) 1 2 x 1 y 2 = 1lim (x,y)→(0,0) 1 1 + +x2 y2 (x,y) → (0, 0) + → 0x2 y2 f (x,y) g (x,y) VÍDEO Apesar de não ter sido falado nesta aula, todo o conteúdo apresentado é estendido de forma imediata para três variáveis. Dessa forma, a seguinte videoaula pode ser interessante no entendimento das funções de duas e três variáveis. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/151/80 Então, valem as seguintes propriedades: 1. se . Perceba que, no Exemplo 1, essas propriedades foram utilizadas intuitivamente. Além disso, uma outra característica da função que pode ser utilizada no cálculo do limite é a continuidade. A de�nição é semelhante a das funções de uma variável. Como vemos a seguir. De�nição: Dizemos que uma função é contínua no ponto se: 1. existe; 2. . Para uma função contínua, o teorema que trata das propriedades do limite pode ser reescrito na seguinte forma: Propriedades do Limite para Funções Contínuas: Sejam e funções contínuas no ponto , então, valem as seguintes propriedades: 1. . Exemplo 2: 1. Podemos calcular o utilizando o teorema anterior simplesmente substituindo os valores e na função, pois tanto o numerador e o denominador são funções contínuas no ponto . Assim, temos 1. Novamente, podemos calcular o limite f (x,y) = L e g (x,y) = M .lim(x,y)→( , )x0y0 lim(x,y)→( , )x0y0 f (x,y) ± g (x,y) = L ± M ;lim (x,y)→( , )x0y0 f (x,y) ⋅ g (x,y) = L ⋅ M ;lim (x,y)→( , )x0y0 f (x,y) /g (x,y) = L/M ,lim (x,y)→( , )x0y0 M ≠ 0. f (x,y) ( , )x0 y0 f ( , )x0 y0 f (x,y) = f ( , )lim (x,y)→( , )x0y0 x0 y0 f (x,y) g (x,y) ( , )x0 y0 f (x,y) ± g (x, y) = f ( , ) ± g ( , ) ;lim (x,y)→( , )x0y0 x0 y0 x0 y0 f (x,y) ⋅ g (x,y) = f ( , ) ⋅ g ( , ) ;lim (x,y)→( , )x0y0 x0 y0 x0 y0 f (x,y) /g (x,y) = f ( , ) /g ( , ) ,lim (x,y)→( , )x0y0 x0 y0 x0 y0 lim (x,y)→(1,2) 2x − 3y + 2x2 y2 x = 1 y = 2 (1, 2) = = .lim (x,y)→(1,2) 2x − 3y + 2x2 y2 2 (1) − 3 (2) + 2(1)2 (2)2 4 9 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 52/80 utilizando as propriedades do limite para funções contínuas. Observe que a função é contínua e que . Portanto, Nos próximos exemplos, o nosso objetivo é veri�car o limite da função para o ponto em denominador se anula. Em alguns casos, ocorrerá desse limite ser �nito e podemos de�nir a função nesse ponto; em outros casos, esse limite não existirá. Exemplo 3: Considere a função Essa função é de�nida como sendo o quociente de duas funções contínuas. Tendo em vista que quando , este é o único ponto no qual essa função pode não ser contínua. No caso, ela não será e vamos veri�car que o limite não existe. A ideia é utilizar a ideia de que se um limite existe, ele é único. Se conseguirmos mostrar que a função dada se aproxima de dois valores diferentes quando se aproxima do , então, podemos a�rmar que o limite não existe. No caso de uma função de uma variável, existiam poucas formas de se aproximar de um determinado ponto, normalmente, usávamos os limites laterais à esquerda e à direita. No caso das funções de duas variáveis, existem in�nitas maneiras de se aproximar de um ponto no plano. O que faremos é nos aproximarmos do ponto de duas formas diferentes. Podemos, por exemplo, nos aproximarmos desse ponto através da reta . Nesse caso, reescrevemos o limite Entretanto, podemos também nos aproximarmos da origem através da reta e o limite, nesse caso, é reescrito como lim (x,y)→( ,0)π2 sen (x + y) − 2 + 4yπ2 x2 − 2 + 4yπ2 x2 − 2 + 4 (0) ≠ 0π2 (π/2)2 = = .lim (x,y)→( ,0)π2 sen (x + y) − 2 + 4yπ2 x2 sen( + 0)π2 − 2 + 4 (0)π2 ( )π2 2 2 π2 f (x,y) = . xy +x2 y2 + = 0x2 y2 x = y = 0 lim (x,y)→(0,0) xy +x2 y2 (0, 0) (0, 0) y = x =lim (x,y)→(0,0) xy +x2 y2 lim x→0 x (x) +x2 (x)2 = lim x→0 x2 2x2 = 1. y = −x 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 53/80 Sobre dois caminhos diferentes que vão para a origem, os limites são diferentes. Portanto, o limite não pode existir, pois, se existisse, seria único. Exemplo 4: Considere agora a função Assim como no exemplo anterior, essa função também é de�nida como sendo o quociente de duas funções contínuas com o denominador se anulando no único ponto em que talvez a função não seja contínua, no caso . Nesse caso, vamos novamente veri�car que o limite não existe utilizando a regra dos dois caminhos. Vamos escolher o seguinte caminho para se aproximar da origem: com constante. Dessa forma, teremos Perceba que, para diferentes valores da constante , teremos diferentes valores do limite. Assim, podemos dizer que o limite depende do caminho para qual o ponto se aproxima da origem. Portanto, o limite não existe. Exemplo 5: Finalmente, vamos veri�car se o limite =lim (x,y)→(0,0) xy +x2 y2 lim x→0 x (−x) +x2 (−x)2 = −lim x→0 x2 2x2 = −1. g (x,y) = . x4 +x4 y2 (x,y) = (0, 0) lim (x,y)→(0,0) x4 +x4 y2 y = kx2 k =lim (x,y)→(0,0) x4 +x4 y2 lim x→0 x4 +x4 (k )x2 2 = lim x→0 x4 +x4 k2x4 = lim x→0 1 1 + k2 = . 1 1 + k2 k (x,y) lim (x,y)→(0,0) 4x2y2 +x2 y2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 54/80 existe ou não. Novamente, o intuito é veri�car se a função é contínua no ponto que é único ponto que não pertence ao domínio dessa função. E, claramente, fora desse ponto a função é contínua. Ao tentarmos a regra dos dois caminhos nesse exemplo, vamos chegar a uma conclusão interessante: que todos os caminhos que tentarmos utilizar o resultando será sempre o mesmo, o limite será nulo. Por exemplo, se escolhermos a espiral e como sendo um caminho que vai para a origem quando . Substituindo no limite, temos Agora, se escolhermos o caminho , por exemplo, não é difícil perceber que chegaremos ao mesmo resultado. No entanto, isso não quer dizer que o limite existe e é igual a zero. Para mostrarmos que o limite existe e, de fato, vai para zero, precisamos de um pouco mais. Vamos utilizar algumas desigualdades para veri�car que o tal limite é zero. Perceba que, independentemente dos valores de e , temos que Dessa forma, temos que Quando , temos que . Portanto, (0, 0) , x (t) = t cos(t) y (t) = t sen (t) t → 0 =lim (x,y)→(0,0) 4x2y2 +x2 y2 lim t→0 4(t cos(t))2(t sen (t))2 +(t cos(t))2 (t sin(t))2 = lim t→0 4 (t)se (t)t4cos2 n2 t2 = 4 (t)se (t)lim t→0 t2cos2 n2 = 0. x = y x y ≥ 0(x − y)2 ⇒ − 2xy + ≥ 0x2 y2 ⇒ 2xy ≤ + elevando os dois lados ao quadradox2 y2 ⇒ 4 ≤ .x2y2 ( + )x2 y2 2 0 ≤ ≤ ≤ + . 4x2y2 +x2 y2 ( + )x2 y2 2 +x2 y2 x2 y2 (x,y) → (0, 0) + → 0x2 y2 = 0.lim (x,y)→(0,0) 4x2y2 +x2 y2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 55/80 O cálculo em função de mais de uma variável é muito semelhante ao cálculo para as funções de uma variável que estudamos com cuidado no Cálculo 1. Da mesma forma que podemos de�nir limite e continuidade para funções de mais de uma variável, podemos também de�nir derivadas para essas funções. Dada uma função de duas variáveis , vamos começar escolhendo um ponto no domínio dessa função. Ao �xarmos a variável , temos que esse corte do grá�co da função de duas variáveis representa na verdade uma função de uma única variável . Podemos ver na Figura 1 o grá�co da curva no plano de�nida por f (x,y) ( , )x0 y0 y = y0 g (x) = f (x, )y0 y = y0 g (x) . VÍDEO Exemplos nunca são demais! Nestes vídeos, disponíveis no link a seguir, o autor faz alguns exemplos de como mostrar que um limite não existe. VÍDEO Esta é mais uma videoaula sobre o conteúdo estudado nesta aula. Assista ao vídeo a seguir. 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 56/80 Figura 12: Inclinação da reta tangente a curva no ponto Para essa curva, podemos calcular a inclinação da reta tangente no ponto . Temos, do Cálculo 1, que a inclinação no ponto é dada por Perceba que estamos calculando a derivada da função com relação apenas à variável . Dessa forma, chamaremos o limite de derivada parcial da com relação a . Exemplo 1: Considere a função e o ponto . Vamos calcular a derivada parcial da com relação a no pontoutilizando a de�nição. Assim, g (x) = f (x, )y0 ( , ) .x0 y0 x0 ( ) =g′ x0 lim h→0 g ( + h) − g ( )x0 x0 h = .lim h→0 f ( + h, ) − f ( , )x0 y0 x0 y0 h f (x,y) x ( , ) = ∂f ∂x x0 y0 lim h→0 f ( + h, ) − f ( , )x0 y0 x0 y0 h f x f (x,y) = 3 y + 1x2 P = (2, 1) . f (x,y) x P (2, 1) = ∂f ∂x lim h→0 f (2 + h, 1) − f (2, 1) h = lim h→0 [3 (1) + 1]− [3 (1) + 1](2 + h)2 (2)2 h 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 57/80 De forma equivalente, considerando função de duas variáveis e o ponto no domínio dessa função. Ao �xarmos a variável , temos que esse corte do grá�co da função de duas variáveis representa, na verdade, a curva no plano dada por . Podemos ver, na Figura 12, o grá�co dessa curva. Novamente, para a curva , podemos calcular a inclinação da reta tangente no ponto e temos Chamaremos o limite de derivada parcial da com relação a . = lim h→0 3 − 12(2 + h)2 h = lim h→0 3(4 + 4h + ) − 12h2 h = lim h→0 12 + 12h + 3 − 12h2 h = lim h→0 12h + 3h2 h = (12 + 3h)lim h→0 = 12. f (x,y) ( , )x0 y0 x = x0 x = x0 h (y) = f ( ,y)x0 h (y) ( , )x0 y0 ( ) =h′ y0 lim k→0 h ( + k) − h ( )y0 y0 k = .lim k→0 f ( , + k) − f ( , )x0 y0 x0 y0 k ( , ) = ∂f ∂y x0 y0 lim k→0 f ( , + k) − f ( , )x0 y0 x0 y0 k f y 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 58/80 Figura 13: Inclinação da reta tangente a curva no ponto . Exemplo 2: Vamos considerar a mesma função e o ponto do Exemplo 1 desta aula. Novamente, iremos calcular a derivada parcial da , nesse caso, com relação no ponto pela de�nição. Assim, Apesar da coincidência, nem sempre o valor das derivadas parciais com relação a e são iguais. Além disso, conforme podemos veri�car pela de�nição, a derivada parcial com relação a nada mais é que calcular a derivada da função , considerando a variável como sendo uma constante. Por exemplo, no caso da função dos Exemplos 1 e 2, temos h (y) = f ( , y)x0 ( , )x0 y0 f (x,y) = 3 y + 1x2 P = (2, 1) f (x,y) y, P (2, 1) = ∂f ∂y lim k→0 f (2, 1 + k) − f (2, 1) k = lim k→0 [3 (1 + k) + 1]− [3 (1) + 1](2)2 (2)2 k = lim k→0 12 (1 + k) − 12 k = lim k→0 12 + 12k − 12 k = lim k→0 12k k = 12lim k→0 = 12. x y x f (x,y) y 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 59/80 Se substituirmos o ponto dado no exemplo, teremos o mesmo resultado. De forma equivalente, ao fazermos a derivada parcial da com relação a , iremos considerar a variável como constante e calcularemos a derivada ordinária com relação à variável . Que, no caso da mesma função, teríamos Dessa forma, todas as regras de derivação do Cálculo 1 – regra da soma, multiplicação por constante, regra do produto e regra do quociente – se aplicam no caso das derivadas parciais. Como veremos nos exemplos a seguir. Exemplo 3: (a) A derivada parcial da função com relação a utiliza uma regra do produto. Temos (b) Na derivada parcial da função com relação a , devemos utilizar a regra do quociente. Temos = (3 y + 1) ∂f ∂x ∂ ∂x x2 = 3y ( ) + (1) pois y é constante na derivada com relação a x ∂ ∂x x2 ∂ ∂x = 3y(2x) + 0 = 6xy. f (x,y) y x y = (3 y + 1) ∂f ∂y ∂ ∂y x2 = 3 (y) + (1) pois x é constante na derivada com relação a yx2 ∂ ∂y ∂ ∂x = 3 (1) + 0x2 = 3 .x2 f (x,y) = x cos (xy) x = (xcos(xy)) ∂f ∂x ∂ ∂x = (x)cos(xy) + x (cos(xy)) ∂ ∂x ∂ ∂x = (1)cos(xy) + x(−sen(xy)) (xy) ∂ ∂x = cos(xy) − xysen(xy). f (x,y) = yx+y2 y = ( ) ∂f ∂y ∂ ∂y y x + y2 = (y)(x + ) − y (x + )∂∂y y 2 ∂ ∂y y 2 (x + )y2 2 = (1)(x + ) − y (2y)y2 (x + )y2 2 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 60/80 Podemos calcular derivadas de ordens mais altas de uma função de duas variáveis também. Em breve, nos será muito útil o conhecimento da derivada segunda de algumas funções. Por exemplo, para uma função de duas variáveis , temos as quatro possibilidades de derivadas segundas: Observe que distinguimos e , pois, de fato, elas nem sempre serão iguais. Para os nossos exemplos usuais, com funções sempre muito bem comportadas, veremos que essas derivadas coincidem, mas tenha em mente que isso nem sempre é verdade. Exemplo 4: Vamos calcular as derivadas segundas para a função Temos, Então, a segunda derivada com relação a é A segunda derivada mista com relação a e é Agora, a derivada da com relação a é = . x − y2 (x + )y2 2 f (x,y) , , e . f∂2 ∂x2 f∂2 ∂x∂y f∂2 ∂y∂x f∂2 ∂y2 f∂2 ∂x∂y f∂2 ∂y∂x f (x,y) = (2x + y) .ex−y = ((2x + y) ) ∂f ∂x ∂ ∂x ex−y = ((2x + y)) + (2x + y) ( ) ∂ ∂x ex−y ∂ ∂x ex−y = 2 + (2x + 1) .ex−y ex−y x = ( ) f∂2 ∂x2 ∂ ∂x ∂f ∂x = (2 + (2x + 1) ) ∂ ∂x ex−y ex−y = 4 + (2x + 1) .ex−y ex−y x y = ( ) f∂2 ∂y∂x ∂ ∂y ∂f ∂x = (2 + (2x + 1) ) ∂ ∂y ex−y ex−y = −2 − (2x + 1) .ex−y ex−y f y 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 61/80 Finalmente, a segunda derivada mista com relação a e depois é Como era de se esperar, as derivadas mistas são iguais para um caso de uma função contínua e derivável em todos os pontos. É muito comum utilizar algumas notações diferentes para as derivadas parciais com o intuito de diminuir o trabalho ao escrevê-las. A notação mais comum que iremos utilizar é escrever a derivada parcial como um subscrito na função . Por exemplo, e assim por diante. Finalmente, para encerrarmos, toda a discussão feita aqui para duas variáveis pode ser estendida sem di�culdades para três variáveis ou mais. Por exemplo, dada a função , a derivada parcial da com relação a é calculada da mesma forma feita em duas variáveis. Consideramos e como constantes e derivamos ordinariamente com relação a , dessa forma, temos = ((2x + y) ) ∂f ∂y ∂ ∂y ex−y = (2x + y) ( ) ∂ ∂x ex−y = − (2x + 1) .ex−y y x = ( ) f∂2 ∂x∂y ∂ ∂x ∂f ∂y = (− (2x + 1) ) ∂ ∂x ex−y = −2 − (2x + 1) .ex−y ex−y f (x,y) = , = , = , = ∂f ∂x fx ∂f ∂y fy f∂2 ∂x2 fxx f∂2 ∂x∂y fxy f (x,y,z) = 3 y − zx3 z2 f z x y z = (3 y − z)fz ∂ ∂z x3 z2 = 3 y ( ) − (z)x3 ∂ ∂z z2 ∂ ∂z = 3 y2z − 1x3 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 62/80 Unidade 01 Aula 05 Regra da Cadeia, Derivada Direcional, Máximos e Mínimos e Multiplicadores de Lagrange VÍDEO Como as derivadas de ordem superior foram tratadas rapidamente aqui, recomendamos que vocês assistam à videoaula a seguir. VÍDEO Uma aula introdutória sobre derivadas parciais pode ser assistida a seguir. Assista! 03/06/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG568/impressao/1 63/80 Estudantes, nesta aula, falaremos sobre a Regra da Cadeia e Derivada Direcional. Continue estudando para desenvolver as competências e habilidades necessárias a essa área de atuação e do conhecimento. Dadas duas funções diferenciáveis de uma variável e , podemos, utilizando a regra da cadeia já conhecida, determinar a derivada, por exemplo, da função composta que é dada por Para funções de duas ou mais variáveis, temos também uma versão da regra da cadeia. Começaremos com a versão para duas variáveis. Regra da Cadeia (duas variáveis): Seja uma função com derivadas parciais contínuas, e funções diferenciáveis de e . Então, a função composta é derivável em e sua derivada é dada por em que e Exemplo 1: Vamos considerar inicialmente a função e a curva de�nida por e . Então, a derivada da função com relação à variável , utilizando a Regra da Cadeia, é dada por f (x) x (t) h (t) = f (x (t)) = ⋅ . dh dt df dx dx dt z = f (x,y) x (t) y (t) t ( , ) = (x ( ) ,y (
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