Histologia da Pele e Anexos

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12/08/2021 Izabelle Santana 
Turma XXIV – A 
PELE E ANEXOS 
Representa o maior órgão do corpo com 16% do peso corporal. 
Múltiplas funções: 
∙ Proteção contra desidratação e atrito; 
∙ Termorregulação; 
∙ Proteção contra UV e microrganismos; 
∙ Função sensorial. 
PELE 
2 camadas: 
∙ Epiderme (epitélio); 
∙ Derme (tecido conjuntivo); 
∙ **Hipoderme não faz parte da pele. 
∙ Normalmente as duas camadas da pele juntas tem em torno de 2 a 3 mm. 
EPIDERME 
Origem ectodérmica. Epitélio de revestimento. 
 
DERME 
Origem mesodérmica (mesenquimal). Tecido conjuntivo. 
ORGANIZAÇÃO: 
∙ Junção epiderme-derme é irregular (garante mais 
resistência a pele); 
∙ Papilas dérmicas (reentrâncias da derme); 
∙ Cristas epidérmicas (reentrâncias formadas pela 
epiderme). 
A papila dérmica da pele é constituída por tecido conjuntivo 
frouxo, nas lâminas histológicas a papila dérmica é de uma cor 
mais clara, caracterizando o tecido conjuntivo frouxo, 
diferente da região mais profunda que tem uma cor mais 
intensa, tecido rico em colágeno, tecido conjuntivo denso não modelado. 
∙ Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. 
OBS: a denominação de um tipo de epitélio se dá pela camada de células mais superficiais. 
5 CAMADAS DA EPIDERME 
∙ Camada basal 
∙ Camada espinhosa 
∙ Camada granulosa 
∙ Camada lúcida 
∙ Camada córnea 
Todas as camadas são bem delimitadas na pele grossa (palma da mão, sola do pé), já na pele fina a 
identificação das camadas é mais difícil, as vezes só são visíveis 3 ou 4. 
 
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Turma XXIV – A 
CAMADA BASAL OU GERMININATIVA 
∙ Localiza-se logo acima da membrana basal. 
∙ São células com alto potencial de proliferação, o que 
permite a característica de renovação celular. 
∙ Período de renovação varia de 15 a 30 dias. 
∙ Tem uma morfologia de células circulares ou 
também colunares. 
 
CAMADA ESPINHOSA 
Acima da camada basal. Apresentam hemidesmossomos, 
responsáveis pela união entre as células, e dão esse formato de 
“espinho” às células. 
Formato cubóide e células maiores, com citoplasma maior. No 
citoplasma há grande formação de filamentos de queratina 
(tonofilamentos). Os tonofilamentos junto com os 
hemidesmossomos, promovem coesão entre as células da 
camada espinhosa, promovendo também resistência ao atrito. 
À medida que a célula vai maturando para subir de estrato, vão produzindo cada vez mais queratina, e os 
filamentos de queratina vão sofrendo alterações. Em um ponto, a produção de queratina muito grande, gera 
uma pressão interna na célula, ocasionando uma lesão celular, comprimindo cada vez mais o núcleo. Antes da 
morte celular (apoptose), esse núcleo vai sofrendo alterações, vai reduzido seu tamanho até desaparecer. 
Tudo isso se inicia na camada acima da espinhosa, na camada granulosa. 
*núcleo picnótico – núcleo menor, muito condensado, antes do desaparecimento. 
*cariólise – dissolução da cromatina, dispersa, núcleo fantasma, perto de desaparecer. 
*cariorrexe – núcleo fragmentado. 
 
CAMADA GRANULOSA 
∙ De 3-5 fileiras células poligonais achatadas; 
∙ Citoplasma com grânulos basófilos; 
∙ Nessa camada, os tonofilamentos tornam-se grânulos de 
querato-hialina. 
∙ Os grânulos de querato-hialina tornam-se grânulos 
lamelares (impermeabilização), o qual, por fim, dará origem 
a queratina na camada seguinte. 
∙ Pode estar ausente na pele fina. 
∙ Em algumas células nessa camada, o núcleo já pode estar 
ausente. 
 
CAMADA LÚCIDA 
Células achatadas translúcidas, por características delas, os corantes não 
impregnam. 
∙ Núcleo e organelas digeridas, por enzimas lisossomais. 
∙ Citoplasma rico em filamentos de queratina compactados. 
∙ Mais evidente em pele espessa. 
∙ Pode estar ausente na pele fina. Ex.: orelha. 
 
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Turma XXIV – A 
CAMADA CÓRNEA (DE QUERATINA) 
∙ Células achatadas, mortas, sem núcleo ou organelas; 
∙ Em determinadas situações podem ser encontrados alguns núcleos 
nessa camada, mas de maneira geral o processo de morte celular já 
está completo; 
∙ Citoplasma repleto de queratina; 
∙ Espessura variável. 
 
 
 
Pele Grossa 
∙ Palma das mãos, solas dos pés; 
∙ 5 camadas (1,5 mm). 
 
Pele Fina 
∙ Demais regiões; 
∙ 3-4 camadas. 
 
CELULAS DA EPIDERME 
Queratinócitos 
∙ Células mais abundantes e 
responsáveis pela produção de 
queratina (80% das células 
epidérmicas). 
∙ Estão em todas as camadas da 
epiderme. 
 
Melanócitos 
∙ Células da camada basal ou na membrana basal. 
∙ Apresentam projeções que se estendem para a camada 
espinhosa. 
∙ Adesão à membrana basal através de hemidesmossomos. 
∙ Responsável pela produção de melanina, geralmente de 
pigmentação acastanhada. O pigmento é distribuído para as 
células ao redor e se localiza acima do núcleo dos 
queratinócitos. 
 
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Turma XXIV – A 
∙ A melanina é produzida a partir da tirosina e precisa da 
enzima tirosinase. 
∙ A eumelanina é o pigmento mais comum, presente na 
maioria das pessoas. Já a feomelanina é um pigmento 
alaranjado que pessoas ruivas apresentam em maior 
quantidade. 
∙ Um indivíduo albino não produz melanina, pois não tem a 
enzima tirosinase. Já no vitiligo ocorre a destruição dos melanócitos. 
 
 
Células de Langerhans 
∙ São os macrófagos localizados por toda a epiderme e 
derme. 
∙ Mais frequentemente na camada espinhosa da 
epiderme (mesmo assim são encontrados em pouca 
quantidade, se encontram em pequeno número, mas 
se algum agente invasor for reconhecido irão liberar 
substâncias, assim promovem a ativação da resposta 
inflamatória, aumentando a permeabilidade vascular 
e a entrada de leucócitos). 
∙ Derivados dos monócitos. 
 
Células de Merkel 
∙ Localizam-se na parte profunda da epiderme, também 
se encontram em pequenas quantidades; 
∙ Principalmente na camada basal; 
∙ Atuam como mecanorreceptores – sensibilidade tátil. 
 
 
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DERME 
∙ Tecido conjuntivo; 
∙ Espessura variável – máx. 3mm (planta do pé); 
∙ Superfície irregular – papilas dérmicas; 
∙ Presentes em áreas de maior pressão e atrito; 
∙ Reforça união com a epiderme. 
∙ Muitas fibras elásticas; 
∙ Vasos sanguíneos, linfáticos e nervos; 
∙ Folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 
 Camada papilar 
∙ Tecido conjuntivo frouxo; 
∙ Região das papilas dérmicas. 
 
 
 
 
 Camada reticular 
∙ Mais espessa; 
∙ Tecido conjuntivo denso não modelado; 
∙ Compõe a maior parte da derme; 
∙ Leva o nome de reticular por ser mais 
retilínea quando em comparação com a 
papilar. 
HIPODERME 
∙ Não faz parte da pele!! 
∙ Tecido celular subcutâneo logo abaixo da derme; 
∙ Responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas; 
∙ União com órgãos adjacentes; 
∙ Tecido conjuntivo frouxo; 
∙ Tecido adiposo – panículo adiposo (outra denominação da hipoderme). 
 
ANEXOS DA PELE 
∙ São encontrados apenas na 
derme da pele fina. 
 
∙ Pelos; 
∙ Glândulas tem origem epitelial, 
diferente do resto da derme, que 
tem origem mesenquimal 
/mesodérmica; 
∙ Sebáceas; 
∙ Sudoríparas. 
∙ Folículos pilosos normalmente 
estão associados com glândulas 
sebáceas. 
 
 
 
 
 
 
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PELO 
∙ Estrutura queratinizada; 
∙ Características influenciadas por hormônios (sexuais); 
∙ Formado pelo folículo piloso, considerada um tipo de 
pseudo-glândula. Ocorre uma invaginação de epiderme 
mediante estímulo hormonal para formação do folículo. 
∙ Bulbo piloso (parte mais externa do folículo, possui 
queratinócitos e melanócitos); 
∙ Papila dérmica (parte mais interna do folículo, possui tec. 
conjuntivo frouxo). 
 
∙ **músculo liso/oblíquo eretor do pelo – olhar no 
histologyguide. 
 
 
∙ Camadas do pelo: 
∙ medula: formada por células cúbicas, fracamente queratinizadas. 
∙ córtex: é a maior parte do pelo, formado por várias camadas de 
células achatadas queratinizadas; 
∙ cutícula células anucleadas e queratinizadas; 
 
GLANDULAS SEBÁCEAS 
∙ Glândulassebáceas podem ser identificadas por sua 
semelhança com a imagem negativa da gordura das 
células lipídicas, devido seu conteúdo. 
Presentes na derme. 
∙ Ductos podem desembocar nos folículos pilosos 
(epitélio estratificado); 
∙ Ductos podem desembocar direto na pele (lábios, 
glande e pequenos lábios); 
∙ Palma das mãos e planta dos pés não possui glândulas 
sebáceas. 
 
∙ Ácinos – células epiteliais achatadas ou arredondadas; 
∙ Acúmulo de subst. lipídica; 
∙ Núcleos desaparecem gradualmente – célula 
rompe – secreção sebácea. 
∙ Glândula holócrina. 
 
 
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GLÂNDULA SUDORÍPARA 
∙ Merócrinas (ou écrinas) – a secreção é eliminada 
sem que haja perda do citoplasma da célula 
secretora. 
∙ Qualquer região, exceto glande; 
∙ Glândulas tubulares enoveladas. 
∙ Ductos se abrem na superfície (epitélio cúbico 
estratificado, 2 camadas). 
∙ Porção secretora (células piramidais). 
 
∙ Apócrinas – a secreção apresenta porções do 
citoplasma das células secretoras. 
∙ Axilas, região perianal, pubiana e mama (derme e 
hipoderme). Porção secretora muito dilatada. 
Amplo lúmen. 
∙ Ductos desembocam em folículo piloso.