Buscar

SIST CARDIOVASCULAR RESUMO (VETERINÁRIA)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA CARDIOVASCULAR 
É um dos sistemas mais importante, todos os outros órgãos e sistemas dependem do sistema cardiovascular. Sist. Cardiovascular, Sist. Digestório e Sist. Respiratório formam um tripé, funcionam em conjunto, um precisa do outro para sobreviver e funcionar. Inicialmente o sangue parte do coração, o sangue transporta oxigênio e outras moléculas necessárias para o metabolismo celular normal, para tecidos e, na volta, transporta produtos celulares dos tecidos para o fígado, os rins e o pulmão para seu metabolismo e excreção.
Nos mamíferos domésticos, com exceção do gato, o volume sanguíneo é cerca de 6 a 8% do peso corporal, enquanto no gato ele representa apenas 4% do peso do corpo. O tempo de circulação, ou seja, o tempo que leva para uma célula sanguínea ser transportada de uma veia jugular ao redor do corpo, depende do tamanho do animal, mas também de fatores mediados pelo sistema neuroendócrino. Em animais de grande porte, o tempo aproximado é de 30 segundos, e de apenas 7 segundos no gato.
FUNÇÕES: (TRANSPORTE)
· Transporte de gases; (obtidos através da respiração)
· Transporte de Nutrientes; (obtidos através do sist. Digestório)
· Transporte de Restos metabólicos;
· Transporte de Hormônios;
· Transporte de Substâncias sinalizadoras;
· Transporte de células de defesa.
Anatomicamente o sist. Cardiovascular é dividido em 2 partes:
· SISTEMA VASCULAR SANGUÍNEO e SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO.
I- SISTEMA VASCULAR SANGUÍNEO
O sistema cardiovascular compreende o: coração, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos. Os órgãos circulatórios e as células sanguíneas possuem uma origem comum em aglomerados de células mesenquimais que aparecem primeiramente na parede do saco vitelino.
O coração é a bomba muscular do sistema circulatório, é o componente que impulsiona o sangue. Os vasos sanguíneos, que consistem em artérias de grande, médio e pequeno calibre, as arteríolas, os capilares e veias, formam um sistema contínuo no qual o sangue circula pelo corpo. O sist. Cardiovascular é o primeiro a atingir a sua maturidade funcional, por conta da nutrição. É um sistema difuso de vasos conectados, onde os vasos principais formam-se de forma independente.
Os vasos se dividem em: 
· Vasos arteriais que se subdividem em 3: artérias, arteríolas e os capilares arteriais. Características: Todos esses vasos transportam o sangue para fora do coração. A maioria dos vasos arteriais são ricos em oxigênio, exceto a artéria pulmonar que é rica em gás carbônico. Os vasos arteriais são profundos, protegidos por músculo, a artéria possui pulsação.
· Vasos venosos: Características: os vasos venosos são superficiais, as veias não possuem pulsação.
O sist. Vascular sanguíneo é um sistema circular fechado (circula apenas dentro dos vasos), isto é, o sangue circula de uma porção a outra constantemente, em uma única direção (unidirecional), possui dupla circulação (pequena circulação (ou circulação pulmonar) - ocorre entre coração e pulmão. / grande circulação (ou circulação sistêmica) - ocorre entre o coração e o corpo). A circulação sistêmica é maior e conduz sangue oxigenado do coração para todos os órgãos do corpo e transporta o sangue desoxigenado de volta para o coração. A circulação pulmonar é menor e transporta o sangue desoxigenado do coração para o tecido de troca dos pulmões, onde ele é oxigenado antes de ser devolvido ao coração.
Esquema circular, Representação esquemática: 
	Coração ---> vai p/ artérias----> vai p/ arteríolas ---> vai p/ capilares arteriais ----> vai p/ o tecido ----> capilares venosos ---> vênulas ---> veia que retorna para o coração.
Circulação interna, sangue sempre dentro dessas estruturas, caso o sangue saia causa hemorragia, esquema sempre na mesma direção unidirecional e sempre na mesma ordem, por ser unidirecional o sangue não se cruza, dupla circulação que remete aos 2 tipos de sangue que possuímos: sangue venoso e sangue arterial.
Os vasos sanguíneos incluem as artérias que transportam o sangue a partir do coração, enquanto as veias o conduzem de volta. Os vasos sanguíneos estão dispostos como dois circuitos de fluxo sanguíneo, seguindo um padrão semelhante ao número “8”, com o coração no centro.
Explicação: Com início no átrio esquerdo, o sangue oxigenado passa tanto passivamente quanto por meio de contração atrial para o ventrículo esquerdo. A contração muscular do ventrículo esquerdo envia o sangue para a aorta. Da aorta emergem artérias que se ramificam em arteríolas (com um diâmetro menor que as artérias) e finalmente correm para os leitos capilares (menor diâmetro dentre todos os vasos sanguíneos) dos diferentes órgãos por onde circula o sangue, o qual permitem a passagem de células e nutrientes para os tecidos. A partir dos leitos capilares, o sangue desoxigenado é coletado por vênulas menores que se tornam veias e finalmente veias principais (veia cava cranial e veia cava caudal) que conduzem o sangue até o átrio direito do coração. A partir do átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito (passivamente e por meio da contração atrial), de onde segue para o tronco pulmonar e para as artérias pulmonares, as quais conduzem o sangue desoxigenado para os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa. As veias pulmonares transportam o sangue oxigenado de volta para o átrio esquerdo. 
Ao longo da sequência o calibre dos vasos arteriais diminui progressivamente à medida que se afasta do coração. Já os vasos venosos à medida que se aproximam do coração o calibre aumenta progressivamente. O sangue dentro das artérias não retorna por causa de um mecanismo chamado de pulsação do coração que exerce pressão e faz com que o sangue corra em uma única direção, já o sangue nas veias não retorna por causa das válvulas, mecanismo que impede o refluxo, o retorno sanguíneo, o mal funcionamento dessas válvulas causam varizes, que significa um acúmulo de sangue na região. 
As artérias se ramificam ao longo de seus trajetos, já as veias são formadas pela convergência de vênulas e veias menores. A grande maioria dos vasos, tanto sanguíneos como linfáticos, percorre seu trajeto no interior do tecido conjuntivo, por ser um tecido altamente vascularizado. 
ESTRUTURA DOS VASOS DO SISTEMA VASCULAR SANGUÍNEO:
Os vasos do sist. Vascular sanguíneo são formados por camadas denominadas TÚNICAS ou camadas de 3 tipos: Túnica intima (camada interna), Túnica Média (ou camada intermediária), e a Túnica Adventícia (ou camada externa). 
A superfície interna de todos os vasos sanguíneos e linfáticos é revestida por uma única camada de um epitélio pavimentoso com características especiais, originado do mesênquima, denominado endotélio. 
O endotélio da camada interna (túnica interna) é sustentado por uma camada fina de tecido conjuntivo especializado que é limitado externamente por uma lâmina elástica bem desenvolvida e fenestrada, a membrana elástica interna. A íntima apresenta uma camada de células endoteliais apoiada sobre uma lâmina basal. Em torno dessa lâmina há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter, ocasionalmente, células musculares lisas. Nas artérias, a túnica íntima está separada da túnica média por uma lâmina elástica interna, a qual é o componente mais externo da íntima. Essa lâmina, composta principalmente de elastina, contém aberturas (fenestras) que possibilitam a difusão de substâncias para nutrir células situadas mais profundamente na parede do vaso.
A túnica média é a camada mais espessa e mais variável. Ela é composta pela associação elaborada e organizada de tecido elástico e músculo liso em proporções variadas.
A túnica externa (túnica adventícia) é predominantemente fibrosa e transforma-se gradualmente em tecido fibroareolar, no qual muitas artérias estão inseridas. A adventícia consiste principalmente em colágeno do tipo I e fibras elásticas. A camada adventícia torna-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando. 
I.I VASOS ARTÉRIAIS 
ARTÉRIAS: As artérias consistem emuma série de vasos que se tornam menores à medida que se ramificam, e sua função é levar o sangue, com nutrientes e oxigênio, do coração para os tecidos. Elas podem ser distintas dos demais vasos por suas paredes brancas, espessas e relativamente rígidas, e seu lume vazio.
Os vasos sanguíneos arteriais são classificados de acordo com o seu diâmetro, em: grandes artérias elásticas, artérias de diâmetro médio ou artérias musculares e as arteríolas.
· ELÁSTICAS grandes: próximas ao coração (ex.: aorta). As grandes artérias elásticas contribuem para estabilizar o fluxo sanguíneo e incluem a aorta e seus grandes ramos. 
As paredes desses vasos têm cor amarelada decorrente do acúmulo de elastina na túnica média. Sua túnica íntima é rica em fibras elásticas, é mais espessa que a túnica correspondente de uma artéria muscular. A túnica média consiste em uma série de lâminas elásticas perfuradas (servem para aumentar o calibre do vaso diante da vasodilatação decorrente da pressão cardíaca), concentricamente organizadas, cujo número aumenta com a idade. Entre as lâminas elásticas, situam-se células musculares lisas, fibras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas. As lâminas elásticas da camada média contribuem para a importante função de tornar o fluxo de sangue mais uniforme, suportam a grande pressão do coração. Durante a contração ventricular (sístole), a lâmina elástica das grandes artérias está distendida e reduz a variação da pressão. Durante relaxamento ventricular (diástole), a pressão no ventrículo cai para níveis muito baixos, mas a propriedade elástica das grandes artérias ajuda a manter a pressão arterial. Já a túnica adventícia é relativamente pouco desenvolvida.
· MUSCULARES médias (distribuição): estão distribuídas ao longo do corpo. As artérias musculares podem controlar o fluxo de sangue para os vários órgãos, contraindo ou relaxando as células musculares lisas de sua túnica média.
A camada íntima tem uma camada subendotelial um pouco mais espessa do que a das arteríolas. A lâmina elástica interna, o componente mais externo da íntima, é proeminente. Se observa uma lâmina elástica interna no limite entre a túnica íntima e média. Sua túnica média em geral, é mais espessa que a túnica adventícia. A túnica média é formada por muitas camadas de fibras musculares lisas e suas fibras se dispõem em camada circular, isto é, suas fibras vão estar dispostas de maneira perpendicular ao maior eixo do vaso, pode conter até 40 camadas de células musculares lisas. Essas células são entremeadas por um número variado de lamelas elásticas (dependendo do tamanho do vaso), como também por fibras reticulares e proteoglicanos, todos sintetizados pela própria célula muscular lisa. A camada adventícia consiste em tecido conjuntivo frouxo, também são encontrados vasos capilares linfáticos, vasa vasorum e nervos da adventícia, estruturas que podem penetrar até a porção mais externa da média. Vasos grandes normalmente contêm vasa vasorum (é o vaso do próprio vaso), que são arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e, em menor quantidade, na porção externa da média. SERVE para NUTRIÇÃO da túnica externa, facilitando o transporte de nutrientes. A túnica média é bem espessa o que dificulta a passagem de nutrientes do lúmen para a camada externa, por isso existe o VASA VASORUM, para nutrir a camada adventícia. Como outros tecidos, as paredes dos vasos sanguíneos necessitam de nutrição. A difusão a partir do lume é suficiente para suprir as necessidades dos vasos menores, mas aqueles de maior tamanho necessitam de suplementação através de circulação intramural. As artérias supridoras (vasa vasorum) originam-se, geralmente, a certa distância da área nutrida da parede, frequentemente surgindo de ramos colaterais. Elas penetram na adventícia por fora e se ramificam nessa camada e na parte adjacente da túnica média.
ARTERÍOLAS: As arteríolas representam o último segmento VISIVEL da ramificação dos vasos arteriais. Estes vasos possuem algumas características: seu diâmetro é pequeno. Arteríolas vão possuir um calibre maior do que as vênulas quando estiverem na mesma localização. A camada subendotelial é muito delgada. Nas arteríolas muito pequenas, a lâmina elástica interna está ausente, e a camada média geralmente é composta por uma ou duas camadas de células musculares lisas circularmente organizadas; não apresentam nenhuma lâmina elástica externa.
DIFERENÇA HISTÓLOGICA ENTRE ARTÉRIAS E VEIAS:
· Calibre e espessura dos vasos: 
(OBS: cada artéria tem sua veia correspondente (ex: artéria renal, veia renal), portanto, pode-se afirmar que artérias e veias de uma mesma localização, as artérias serão maiores, mais calibrosas e espessadas do que as veias.) SÓ SE PODE COMPARAR VEIAS E ARTÉRIAS DE UMA MESMA LOCALIZAÇÃO.
Artéria: parede mais espessa, seu diâmetro externo é menor e a luz é mais estreita. 
Veia: parede mais delgada, seu diâmetro externo é maior e sua luz é mais ampla.
 
(OBS.: Sempre observar a túnica média, pois é a que mais se diferencia entre elas.) É mais fácil coletar sangue de veia do que da artéria. Quando ocorre hemorragia arterial a perda de sangue é maior, pois a artéria pulsa fazendo com que o sangue espirre jatos, diferentemente da veia que o sangue sai devagar por não ter pulsação. 
· CAPILARES: Os vasos capilares sofrem variações estruturais que os adaptam para exercer níveis diferentes de troca metabólica entre o sangue e os tecidos circunvizinhos.
São os vasos menos calibrosos, os mais finos e pequenos. Os capilares são compostos de apenas uma túnica íntima e de uma única camada de células endoteliais que se enrolam em forma de tubo. O citoplasma dessa célula é bastante delgado, nem sempre é possível observá-lo em cortes histológicos. Através de suas paredes, ocorre a maior parte do intercâmbio entre o sangue e os tecidos adjacentes.
As células endoteliais prendem-se lateralmente umas às outras, por meio de zônulas de oclusão. As zônulas de oclusão desempenham importante papel na fisiologia do sistema circulatório, apresentam permeabilidade variável a macromoléculas, de acordo com o tipo de vaso sanguíneo considerado, e desempenham um papel fisiológico significativo tanto em condições normais como patológicas. 
Os capilares sanguíneos são parcialmente envolvidos por células denominadas de: CÉLULAS ADVENTÍCIAIS DE CAPILARES ou PERICITOS. Os pericitos são envoltos por uma lâmina basal própria, a qual, por sua vez, pode fundir-se com a lâmina basal das células endoteliais. Após a ocorrência de lesões no tecido, os pericitos diferenciam-se para formar novos vasos sanguíneos e novas células do tecido conjuntivo, participando, desse modo, do processo de reparação dos tecidos. Os pericitos representam uma população de células-tronco mesenquimatosas indiferenciadas, as quais vêm sendo muito usadas em várias aplicações da área da engenharia de tecidos. A existência de miosina, actina e tropomiosina nos pericitos sugere fortemente que essas células também tenham uma função contrátil. 
Os capilares sanguíneos podem ser reunidos em quatro grupos, dependendo da continuidade da camada endotelial e de sua lâmina basal: 
· Capilar contínuo ou somático: é caracterizado pela ausência de fenestras em sua parede. Esse tipo de vaso capilar é encontrado em todos os tipos de tecido muscular, em tecidos conjuntivos, glândulas exócrinas e tecido nervoso. 
· Capilar fenestrado ou visceral: é caracterizado por grandes orifícios ou fenestras nas paredes das células endoteliais, os quais são obstruídos por um diafragma. Este é mais delgado do que a membrana plasmática da própria célula e não tem a estrutura trilaminar típica de uma unidade de membrana. A lâmina basal dos vasos capilares fenestrados é contínua. 
Os capilares fenestrados são encontrados em tecidos nos quais acontece intercâmbio rápido de substâncias entre os tecidos e o sangue, como o rim, o intestino e as glândulas endócrinas. Macromoléculas injetadas experimentalmente na circulação sanguínea podem cruzar a parede capilarpor essas fenestras e entrar nos espaços intersticiais.
· Capilar fenestrado e destituído de diafragma: é característico do glomérulo renal. Nesse tipo de capilar, na altura das fenestras, o sangue está separado dos tecidos apenas por uma lâmina basal muito espessa e contínua.
· Capilar sinusoide: Possui caminho tortuoso e diâmetro bem maior que o dos demais capilares, o que reduz a velocidade da circulação do sangue. As suas células endoteliais formam uma camada descontínua e são separadas umas das outras por espaços amplos O citoplasma das células endoteliais exibe fenestrações múltiplas, as quais são desprovidas de diafragmas, e a lâmina basal é descontínua. Nesse tipo de capilar, macrófagos são encontrados entre as células endoteliais.
São encontrados principalmente no fígado e em órgãos hemocitopoéticos (formadores das células do sangue), como a medula óssea e o baço. A estrutura da parede desses vasos facilita muito o intercâmbio entre o sangue e os tecidos. Os vasos capilares anastomosam-se livremente, formando uma rede ampla que interconecta pequenas artérias (arteríolas) com pequenas veias (vênula pós-capilar). As arteríolas ramificam-se em vasos pequenos envoltos por uma camada descontínua de músculo liso, as metarteríolas as quais terminam por formar os capilares. A contração do músculo liso das metarteríolas ajuda a regular a circulação capilar em situações em que não seja necessário que o fluxo sanguíneo ocorra através de toda a rede capilar.
Em alguns tecidos, existem anastomoses arteriovenosas, possibilitando que arteríolas se esvaziem diretamente em vênulas. Esse é um mecanismo adicional que contribui para regular a circulação nos capilares. Essas interconexões são abundantes no músculo esquelético e na pele das mãos e dos pés. Quando vasos de uma anastomose arteriovenosa se contraem, todo o sangue é forçado a atravessar a rede capilar. Quando eles relaxam, um pouco de sangue flui diretamente para uma veia, em vez de circular nos vasos capilares. A circulação capilar é controlada por excitação neural e hormonal, e a riqueza de vasos da rede capilar é relacionada com a atividade metabólica dos tecidos. Tecidos que têm taxas metabólicas altas, como rim, fígado e músculos cardíaco e esquelético, contêm uma rede capilar abundante; o oposto é verdade para tecidos com baixas taxas metabólicas, como o músculo liso e o tecido conjuntivo denso.
I.II VASOS VENOSOS:
· VÊNULAS: (pós capilares) A transição dos capilares para vênulas ocorre gradualmente. A parede dessas vênulas é formada apenas por uma camada de células endoteliais, em volta das quais se situam células pericíticas contráteis. As junções entre as células endoteliais são as mais frouxas de todo o sistema vascular.
Essas vênulas pericíticas têm várias características funcionais e morfológicas em comum com os capilares; por exemplo, participam em processos inflamatórios e trocas de moléculas entre o sangue e os tecidos. Mediadores da inflamação, como a histamina produzida pelos mastócitos do tecido conjuntivo, alteram a permeabilidade vascular de vênulas pós-capilares, facilitando a passagem de células da defesa do sangue para os tecidos. A maioria das vênulas, entretanto, é do tipo muscular, contendo pelo menos algumas células musculares lisas na sua parede. As vênulas também podem influenciar o fluxo de sangue nas arteríolas por meio da produção e secreção de substâncias vasoativas difusíveis.
 1- VÊNULA/ 2- ARTERÍOLA
Arteríolas e vênulas apresentam 3 camadas: túnica intima, túnica média e a túnica adventícia (não é possível de visualizar por ser muito fina, delgada ou é quase inexistente nas arteríolas). A proporção entre a espessura de sua parede e o diâmetro da sua luz são diferentes. A parede por ser tão espessa faz com que o diâmetro da luz seja diminuído.
VEIAS: As veias resultam da convergência dos vasos capilares em um sistema de canais que se torna cada vez mais calibroso à medida que se aproxima do coração, para onde transporta o sangue proveniente dos tecidos.
Das vênulas, o sangue é coletado em veias de maior calibre, arbitrariamente classificadas como veias pequenas, médias e grandes. A maioria das veias é de pequeno ou médio calibre e contém pelo menos algumas células musculares em suas paredes. As veias são distintas por suas paredes mais finas, sua aparência frequentemente colapsada e sua capacidade, invariavelmente maior do que a de artérias associadas. Quando preenchidas por sangue coagulado, as veias parecem azuis.
A camada íntima apresenta normalmente uma camada subendotelial fina composta por tecido conjuntivo, que pode estar muitas vezes ausente. A túnica média consiste em pacotes de pequenas células musculares lisas entremeadas com fibras reticulares e uma rede delicada de fibras reticulares. Nas veias, a túnica adventícia é a mais espessa e bem desenvolvida das túnicas.
Os grandes troncos venosos, perto do coração, são veias de grande calibre. As grandes veias têm uma túnica íntima bem desenvolvida, mas a média é muito fina, com poucas camadas de células musculares lisas e abundante tecido conjuntivo. Frequentemente, a adventícia contém feixes longitudinais de músculo liso e fibras colágenas. Essas veias, particularmente as maiores, contêm válvulas no seu interior que consistem em dobras da túnica íntima em forma de meia-lua, que se projetam para o interior do lúmen do vaso. As válvulas são compostas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e são revestidas em ambos os lados por endotélio. Elas são especialmente numerosas em veias dos membros inferiores e, juntamente com a contração do músculo esquelético que circunda as veias, direcionam o sangue venoso de volta para o coração. 
II- SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO
Além dos vasos sanguíneos, o corpo humano tem um sistema de canais de paredes finas revestidas por endotélio, que coleta o líquido dos espaços intersticiais e o retorna para o sangue. Esse líquido é denominado linfa e, diferentemente do sangue, circula somente na direção do coração. 
Os capilares linfáticos originam-se como vasos finos e sem aberturas terminais (fundo de saco), que consistem apenas em uma camada de endotélio e uma lâmina basal incompleta, eles são mantidos abertos por meio de numerosas microfibrilas elásticas, as quais também se ancoram firmemente ao tecido conjuntivo que os envolve. 
Os finos vasos linfáticos convergem gradualmente e terminam em dois grandes troncos (ductos) – o ducto torácico e o ducto linfático direito –, que desembocam na junção da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda, na confluência da veia subclávia direita e da veia jugular direita interna. A estrutura dos grandes ductos linfáticos (ducto torácico e ducto linfático direito) é semelhante à das veias, exibindo uma camada média reforçada por músculo liso. A adventícia é relativamente pouco desenvolvida. Como as artérias e as veias, os ductos linfáticos de grande porte também contêm vasa vasorum e uma rica rede neural. 
Vasos linfáticos são encontrados na maioria dos órgãos, exceto, no sistema nervoso central e na medula óssea. 
A função do sistema linfático é retornar ao sangue o líquido dos espaços intersticiais. Ao entrar nos vasos capilares linfáticos, esse líquido contribui para a formação da parte líquida da linfa. Contribui ainda para a circulação de linfócitos e outros fatores imunológicos que penetram os vasos linfáticos quando eles atravessam os órgãos linfoides.
DIFERENÇA DE VASOS LINFÁTICOS E VEIAS:
Os vasos linfáticos possuem grande semelhança com as veias. Por esta razão nem sempre é possível diferenciar veias de vasos linfáticos. Os vasos linfáticos diferem das veias por: 
· possuir uma parede mais delgada (mais fina); não apresentam uma separação clara entre as túnicas (íntima, média, adventícia); não possui hemácias (sangue) no seu interior, mas possui um material homogêneo e linfócitos (linfa- não possui hemácias), e apresentam um número maior de válvulas no seu interior. 
Uma vez que o fluido (a linfa) que contêm é geralmente pálido, esses vasos raramentesão evidentes; entretanto, são facilmente identificados quando observados, já que as válvulas existentes a pequenos intervalos dão a eles, quando repletos, uma aparência de colar de contas. Os vasos maiores seguem trajetos independentes, mas muitos dos menores acompanham vasos sanguíneos e nervos.
 CORAÇÃO:
O coração é o órgão central que, por contrações rítmicas próprias, bombeia continuamente o sangue através dos vasos sanguíneos. É uma bomba muscular de propulsão e sucção. É considerado morfologicamente como um VASO, só que um vaso adaptado, modificado para desenvolver funções fazendo com que o sist. Cardiovascular funcione, é como uma bomba. 
COMPARTIMENTOS DO CORAÇÃO: O músculo que reveste o coração é um tecido único chamado de tecido muscular estreado cardíaco, o miocárdio, o qual forma num adulto uma bolsa dividida em quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo (câmaras superiores), ventrículo direito e ventrículo esquerdo (câmaras inferiores). Os dois átrios são separados por um septo interno, assim como os dois ventrículos, mas o átrio e o ventrículo de cada um dos lados comunicam-se por meio de uma ampla abertura. O coração, portanto, é constituído por duas bombas combinadas em um único órgão. A bomba direita recebe o sangue desoxigenado (sangue venoso) do corpo e o envia ao tronco pulmonar (circulação pulmonar), que o conduz aos pulmões para a reoxigenação. A bomba esquerda recebe o sangue oxigenado (sangue arterial) dos pulmões através das veias pulmonares e o lança na aorta, que o distribui ao corpo (circulação sistêmica). 
(OBS.: o sangue arterial não pode se misturar com o sangue venoso).
(OBS.1: se o músculo cardíaco sofrer um dano ele não se regenera, entrando em ação o tecido conjuntivo com os fibroblastos rico em fibras colágenas formando uma cicatriz.)
(OBS: tudo que chega entra pelo átrio e tudo que sai é pelo ventrículo.)
(OBS.: Artéria pulmonar tem sangue venoso e veia pulmonar tem sangue arterial)
VE---> sangue arterial
AD---> sangue venoso
VD---> sangue venoso = artéria pulmonar
Pulmão= acontece a Hematose trocando o sangue venoso pelo arterial
AE---> sangue arterial = veia pulmonar ----> VE---> corpo. (e o ciclo se repete novamente).
Principal vaso do lado esquerdo é a artéria AORTA, e do lado direito é a VEIA CAVA.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
· ÁTRIO DIREITO: forma a parte direita, dorsocranial da base do coração e recebe sangue da veia cava cranial, da veia cava caudal e do seio coronário, o qual coleta por si o sangue venoso da maior parte do coração. Ele se divide em uma parte principal, o seio das veias cavas, e uma parte de terminação cega, a aurícula do átrio direito. O tubérculo intervenoso, uma crista transversa de tecido entre as aberturas das duas veias cavas, projeta-se para o interior do átrio direito e direciona o fluxo de sangue através do óstio atrioventricular.
O interior do átrio é liso entre as entradas das veias, que não são bloqueadas por valvas. Seu teto aprofunda-se entre as aberturas das cavas, sendo dentado pela passagem das veias pulmonares que cruzam o átrio direito para desembocar no átrio esquerdo. A crista (tubérculo intervenoso) produzida pela indentação previne um confronto entre os fluxos sanguíneos das cavas, desviando ambos ventralmente, em direção ao óstio atrioventricular que ocupa boa parte do assoalho. Uma área membranosa côncava (chamada de fossa oval) da parede do septo está presente caudal ao tubérculo; ela corresponde ao forame oval da vida fetal. Em notável contraste, o interior da aurícula é irregular devido à presença de uma série de cristas (músculos pectinados) que se ramificam da crista terminal, a qual marca o limite entre a aurícula e o compartimento principal.
(OBS.: AURÍCULA, é um prolongamento cego do átrio, constituída por músculos pectinados. Músculos pectinados estão presentes na superfície interna das aurículas tornando-as irregular.)
(OBS 1.: FOSSA OVAL, é uma depressão no septo interatrial do átrio direito, que permite a comunicação interatrial no feto (mistura de sangue venoso com arterial). Com o nascimento do indivíduo essa fossa oval tem que se fechar, quando não ocorre o fechamento surgem condições patológicas, porque vai haver mistura do sangue arterial com o venoso, que vai circular pelo corpo, podendo levar a óbito.)
· ÁTRIO ESQUERDO: forma a parte esquerda dorsocaudal da base do coração. Ele recebe o sangue oxigenado das veias pulmonares e se assemelha ao átrio direito quanto à forma e estrutura. O átrio esquerdo se abre para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo. Várias aberturas marcam a entrada das veias pulmonares no átrio esquerdo.
A espessura e a estrutura das paredes cardíacas espelham a carga a que cada parte do coração está sujeita. Como possuem a função de compartimentos receptores de sangue com pouca função contrátil, as paredes dos átrios são finas.
· VENTRÍCULO DIREITO: Os ventrículos constituem a maioria da massa do coração, possui formato de meia-lua em secção transversal e molda-se à superfície do ventrículo esquerdo cônico. Ele não se prolonga até o ápice do coração. O ventrículo direito recebe o sangue desoxigenado do átrio direito e o bombeia através do cone arterial para o tronco pulmonar, o qual transporta o sangue para o pulmão. 
O cone arterial é a parte em forma de funil do ventrículo direito, que se separa da câmara principal pela crista supraventricular (é uma elevação de músculos posicionada obliquamente que se projeta ventralmente entre a origem do cone arterial e o óstio atrioventricular) e é contido pela aurícula do átrio direito externamente. No óstio atrioventricular direito, encontra-se a valva atrioventricular direita ou valva tricúspide, ela possui três válvulas que se fixam perifericamente aos anéis fibrosos do esqueleto cardíaco que circunda o óstio atrioventricular. As válvulas são fusionadas em sua fixação, mas se voltam para o centro da abertura. Cada válvula é reforçada por fios (cordões) fibrosos, as cordas tendíneas. As cordas tendíneas se dispõem de tal forma que conectam cada músculo a duas válvulas e cada válvula a dois músculos, essa disposição impede o prolapso da valva para o átrio quando os ventrículos se contraem. As cordas tendíneas emergem das projeções musculares cônicas, os músculos papilares, e se projetam até a margem livre e a face ventricular adjacente da valva atrioventricular direita. 
(OBS.: MÚSCULOS PAPILARES, são projeções musculares da parede ventricular onde se fixam as cordas tendíneas, geralmente em n° de 3 músculos em cada ventrículo. Sua função é tensionar as cordas tendíneas na contração ventricular.)
A valva atrioventricular direita é a valva de entrada para o ventrículo direito e impede que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito durante a fase sistólica do ciclo cardíaco. Durante a diástole, o refluxo do sangue do tronco pulmonar para o ventrículo direito é impedido pela valva do tronco pulmonar. A valva do tronco pulmonar se situa na raiz do tronco pulmonar e compõe-se de três válvulas semilunares, cujo lado arterial é oco. As extremidades livres das válvulas semilunares são espessadas com um nódulo no meio (nódulo das válvulas semilunares) que acelera o fechamento da valva.
O lúmen do ventrículo direito é cruzado por uma faixa ramificada ou simples, a trabécula septomarginal, que passa do septo interventricular para a parede externa. A parte ventral do ventrículo direito é marcada por várias ondulações miocárdicas, as trabéculas cárneas, que se projetam principalmente da parede externa. Acredita-se que elas reduzam a turbulência no sangue.
(OBS.: TRABÉCULAS CÁRNEAS, são cristas musculares irregulares que conferem um aspecto esponjoso ao fundo dos ventrículos, possui uma suposta função de redução do turbilhonamento sanguíneo, funciona como uma peneira impedindo que as bolhas feitas no bombeamento do sangue saiam do coração e causem uma embolia).
A abertura para o tronco pulmonar localiza-se emum nível mais dorsal do que o óstio atrioventricular e está cranial e à esquerda em relação à origem da aorta. Está fechada durante o relaxamento ventricular (diástole) pelo refluxo do sangue, forçando juntamente as três válvulas semilunares que surgem ao redor de sua margem e constituem a valva pulmonar (valva do tronco pulmonar). As cúspides são semilunares e profundamente côncavas no lado arterial, mantendo-se firmemente juntas quando a valva está fechada; o espessamento das áreas de contato, por vezes pronunciado em animais mais velhos, melhora o fechamento.
	1- Cúspide da valva atrioventricular direita;
2- CORDAS TENDÍNEAS;
3- MÚSCULO PAPILAR;
4- Valva do tronco pulmonar;
5- Aurícula direita.
· VENTRÍCULO ESQUERDO: é cônico e seu ápice forma o ápice do coração, ele recebe o sangue oxigenado dos pulmões através das veias pulmonares e do átrio esquerdo e bombeia o sangue para a maior parte do corpo, através da aorta. As paredes do ventrículo esquerdo são mais espessas que as paredes do ventrículo direito; no entanto, o volume dos dois ventrículos é o mesmo. No gato, há duas faixas musculares que cruzam o interior do ventrículo desde a parede externa para o septo interventricular, as trabéculas septomarginais.
(OBS.: TRABÉCULAS SEPTOMARGINAIS, são faixas musculares que partem do septo interventricular à parede oposta do ventrículo, sua função é ser um atalho para o sistema condutos do impulso cardíaco, permitindo contração ventricular mais simultânea).
O óstio atrioventricular esquerdo é ocupado pela valva atrioventricular esquerda (ou valva mitral ou bicúspide (duas estruturas). Sua estrutura é semelhante à da valva atrioventricular direita quanto à forma, mas compõe-se de duas válvulas. De forma correspondente, há apenas dois músculos papilares no ventrículo esquerdo. O óstio da aorta é a abertura do ventrículo esquerdo para a aorta ascendente. Ele sofre oclusão pela valva da aorta durante a diástole. A valva da aorta assemelha-se à valva do tronco pulmonar. Perifericamente a cada uma das válvulas semilunares da valva da aorta, a parede da aorta dilata-se para formar os três seios da aorta. O alargamento da base da aorta ascendente formado pelos seios da aorta é o bulbo da aorta.
A valva da aorta, fica posicionada na saída do ventrículo esquerdo para a aorta. O fechamento dos folhetos desta válvula ocorre no final da contração ventricular com a função de evitar que o sangue que foi para a aorta retorne para o ventrículo esquerdo. A válvula aórtica serve como a “porta” entre o coração e o resto do corpo. Cada gota de sangue ejetada pelo ventrículo esquerdo deve passar pela válvula aórtica.
O fechamento das valvas cardíacas produz distintos sons que são audíveis na auscultação. Suas características fornecem informações valiosas sobre a condição das valvas.
Por constituírem a câmara de bombeamento principal, as paredes dos ventrículos são espessas, sendo que a parede do ventrículo direito (circulação pulmonar) é mais delgada (fina) que a do ventrículo esquerdo (circulação sistêmica) que é hipertrofiada (maior), pois é o ventrículo esquerdo que bombeia o sangue para todo o corpo.
(OBS: O coração possui 3 septos internamente: Entre os átrios direito e esquerdo existe o septo que os separa chamada de SEPTO INTERATRIAL; entre os ventrículos direito e esquerdo existe o septo INTERVENTRICULAR, e entre os átrios e ventrículos existe o septo ATRIOVENTRICULAR, ele possui aberturas chamadas de VALVAS ou VALVULAS CARDIACAS).
(OBS1.: As valvas cardíacas são estruturas que permitem a comunicação interna do coração, ela abre e fecha impedindo que o sangue retorne do ventrículo para o átrio. Consistem em um arcabouço central de tecido conjuntivo denso (contendo colágeno e fibras elásticas), revestido em ambos os lados por uma camada de endotélio. As bases das válvulas são presas aos anéis fibrosos do esqueleto cardíaco).
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
CAMADAS CARDIÁCAS: Suas paredes são constituídas de três túnicas: a interna, ou endocárdio; a média, ou miocárdio; e a externa, ou pericárdio. A região central fibrosa do coração, comumente chamada de esqueleto fibroso, serve de ponto de apoio para as válvulas, além de ser também o local de origem e inserção das células musculares cardíacas.
· Internamente está o ENDOCÁRDIO: é uma camada lisa e delgada que reveste as câmaras cardíacas, cobre as aurículas dos átrios e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos.
O endocárdio é o homólogo da íntima dos vasos sanguíneos e é constituído por endotélio, que repousa sobre uma camada subendotelial delgada de tecido conjuntivo frouxo que contém fibras elásticas e colágenas, bem como algumas células musculares lisas. Conectando o miocárdio à camada subendotelial, existe uma camada de tecido conjuntivo (frequentemente chamada de camada subendocardial) que contém veias, nervos e ramos do sistema de condução do impulso do coração (células de Purkinje).
· Mediano se encontra o MIOCÁRDIO: ou músculo cardíaco, compõe a maior parte da parede cardíaca. Ele consiste em fibras de músculo estriado modificado, as quais se caracterizam por possuírem núcleos basais. Essas fibras formam anastomoses umas com as outras através de suas extremidades, o que resulta em um padrão de entrelaçamento com faixas mais leves que marcam a junção entre as células, os discos intercalares. O miocárdio dos átrios é delgado e geralmente se dispõe em arcos, formando alças ao redor da veia cava e das veias pulmonares quando elas desembocam nos átrios. A musculatura atrial se fixa à base fibrosa do coração.
Apresenta células musculares cardíacas organizadas em camadas que envolvem as câmaras do coração como uma espiral complexa. Grande parte dessas camadas se insere no esqueleto cardíaco fibroso. O arranjo dessas células musculares é extremamente variado, de modo que, mesmo em um corte histológico de uma área pequena, são vistas células orientadas em muitas direções.
· Externamente está o EPICÁRDIO: O epicárdio corresponde ao folheto visceral do pericárdio, membrana serosa que envolve o coração. A camada visceral do pericárdio se fixa firmemente à parede cardíaca formando o epicárdio, o qual cobre o miocárdio, os vasos coronários e o tecido adiposo na superfície do coração. O coração é revestido externamente pelo pericárdio visceral (epicárdio).
O coração está coberto externamente por um epitélio pavimentoso simples (mesotélio), o qual se apoia em uma fina camada de tecido conjuntivo, que constitui o epicárdio. A camada subepicardial de tecido conjuntivo frouxo contém veias, nervos e gânglios nervosos. O tecido adiposo que geralmente envolve o coração se acumula nessa camada. 
O coração é quase completamente envolvido pelo PERICÁRDIO, que se encaixa perfeitamente sobre ele, é a cobertura fibrosserosa (uma membrana) que envolve todo o coração. Trata-se de um saco com invaginação profunda com seu lúmen, a cavidade pericárdica, que se reduz a uma fenda capilar. Nessa fenda entre o folheto visceral (epicárdio) e o folheto parietal, existe uma quantidade pequena de líquido que facilita os movimentos do coração, chamado de líquido pericárdico. A inflamação do pericárdio resulta em um aumento do líquido pericárdico e da espessura do saco. O pericárdio pode ser dividido em uma parte fibrosa central e uma parte serosa interna e externa. Pode ainda ser subdividido ainda em: Pleura pericárdica; Pericárdio fibroso; e Pericárdio seroso.
Ou seja, o pericárdio se divide em 2 partes: PERICÁRDIO PARIETAL (externa) e PERICÁRDIO VISCERAL (interna). As camadas visceral e parietal do pericárdio são contínuas uma à outra, formando um espelhamento complexo que passa sobre os átrios e as raízes dos grandes vasos. A camada visceral é tão proximamente aderida à parede do coração que pode ser considerada um componente dela, é chamada de epicárdio. A camada parietal possui grossa cobertura externa fibrosa que se une à camada adventícia dos grandes vasos dorsalmente e se continua em umligamento no ápice ventral do saco.
As raízes dos grandes vasos sanguíneos também são envolvidas em epicárdio, já que parte da cavidade pericárdica se curva transversalmente, atravessando a base do coração. Esse é o seio transverso do pericárdio, uma fenda em forma de “U” entre os lados direito e esquerdo da cavidade pericárdica. O seio oblíquo do pericárdio é uma invaginação formada pelo retorno das duas camadas do pericárdio seroso entre as grandes veias.
A camada parietal do pericárdio seroso se fusiona firmemente ao pericárdio fibroso, o qual é composto por fibras colágenas entrelaçadas. A base do pericárdio fibroso é contínua com as grandes artérias e veias que deixam e que penetram o coração e une-se à adventícia desses vasos. Ventralmente, o pericárdio continua nos seguintes ligamentos
· Ligamento esternopericárdico: fixa o pericárdio fibroso ao esterno.
· Ligamento frenopericárdico: está presente apenas no cão e une o pericárdio fibroso ao diafragma. Esse ligamento impõe uma severa restrição à mobilidade do coração, embora pequenos movimentos ocorram em cada excursão respiratória.
O pericárdio consegue acomodar apenas um pequeno grau de distensão durante a pulsação rítmica do ciclo cardíaco. Embora o pericárdio se deforme para acomodar as mudanças de formato do coração durante o ciclo cardíaco, seu componente fibroso previne qualquer distensão significativa em curto prazo. Ele pode se distender por longos períodos devido ao aumento do coração causado por exercício ou doença, ou devido à efusão ou coleção de pus dentro da cavidade pericárdica.
	1- Coração;
2- Grandes vasos;
3- Pericárdio Visceral (epicárdio);
4- Cavidade pericárdica;
5- Pericárdio parietal;
6- Tecido conjuntivo;
7- Pleura mediastinal;
8- Ligamento esternopericárdio.
· TAMANHO DO CORAÇÃO: varia consideravelmente entre as espécies e também entre os indivíduos; como regra geral ele é relativamente maior nas espécies e indivíduos menores, mas pode tornar-se notoriamente hipertrofiado através de exercícios intensos, pode-se dizer que ele representa cerca de 0,75% do peso corporal, ainda que possa ser menos que isso em animais letárgicos e mais em “atletas renomados” (ex.: cavalo puro-sangue e Greyhounds de corrida). 
(OBS.: quanto mais jovem é o animal maior é o coração, com o passar do tempo e idade o coração diminui de tamanho por conta do metabolismo.)
(OBS. 1: Hipertrofia (aumento de volume) é diferente de Hiperplasia (aumento da quantidade de células = alteração metabólica, mitose), Neoplasia (tumor por crescimento descontrolado de número de células).
O coração se situa no mediastino, dentro da cavidade toráxica, sendo que a parte maior (60%) se posiciona à esquerda do plano mediano. Ele se prolonga entre a 3° e a 6° costelas (7° no gato e no cão). A base do coração se localiza aproximadamente em um plano horizontal em uma linha que corta o meio do tórax. 
Ele apresenta externamente: 1 ápice (parte inferior); 1 base (parte posterior), 2 faces: auricular e atrial; e 2 margens: cranial e caudal.
O coração se assemelha a um cone, sendo que sua base se volta dorsalmente e seu ápice se volta ventralmente, próximo ao esterno. A base do coração é o hilo do órgão, através do qual as grandes veias penetram e as grandes artérias deixam o coração. O coração possui uma face lateral direita e uma face lateral esquerda, as quais se encontram cranialmente na margem ventricular direita e caudalmente na margem ventricular esquerda. As aurículas dos átrios são visíveis no lado esquerdo, envolvendo a raiz da aorta e o tronco pulmonar, enquanto as partes principais dos átrios e as grandes veias se localizam no lado direito. 
As divisões da estrutura interna do coração são visíveis como sulcos em sua superfície. A face direita ou atrial do coração é marcada pelo sulco interventricular subsinuoso, o qual se prolonga desde o sulco coronário até o ápice do coração. O sulco interventricular paraconal corre sobre a face esquerda do coração a partir do sulco coronário até o terço distal da margem cranial. O sulco coronário marca a separação dos átrios e dos ventrículos, ele contém uma grande quantidade de tecido adiposo, o qual envolve os vasos sanguíneos coronários, ele também marca a separação do músculo mais fino dos átrios do músculo muito mais espesso do ventrículo por um esqueleto fibroso. 
ESTRUTURA DO CORAÇÃO:
· Componente muscular: miocárdio.
O esqueleto cardíaco é composto de tecido conjuntivo denso. Seus principais componentes fibrosos são os:
· Parte membranácea do septo membranoso;
· Trígonos fibrosos (direito e esquerdo);
· Ânulo fibrosos das Valvas AV e Arteriais;
· Tendão do cone arterial.
Seus componentes cartilaginosos e ósseos são: (serve para fortalecer as estruturas ao redor da aorta.)
· Cartilagens cardíacas (carnívoros, equinos e suínos);
Envolve o ânuo fibroso aórtico e/ou proximidades, são inconstantes em carnívoros, calcificada em idosos (equinos e suínos); existe mais de uma nos equinos.
· Ossos cardíacos (ruminantes).
Par de ossos no ânulo fibroso aórtico, ele é único em bovinos.
Essas estruturas são formadas por um tecido conjuntivo denso, com fibras de colágeno grossas orientadas em várias direções. Nódulos de cartilagem fibrosa são encontrados em determinadas regiões desse esqueleto fibroso.

Outros materiais