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Slides de Aula - Unidade I (7)

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Profa. Ma. Eliana Delchiaro
UNIDADE I
Jogos e Brinquedos
na Infância
A disciplina Jogos e Brinquedos na Infância estuda:
 As teorias sobre o jogo, o brinquedo e a brincadeira para a compreensão do processo de 
construção do conhecimento pela criança na faixa etária de 0 a 10 anos de idade.
 A atuação de espaços lúdicos para o desenvolvimento integral do educando.
Conteúdos da Unidade I:
1. A história cultural do jogo, brinquedo e brincadeira.
2. Fundamentação teórica sobre jogo e brincadeira.
3. Froebel, Dewey, Bruner e Piaget.
4. Usos, costumes e brincadeira na infância
5. O brincar de faz de conta ou jogo simbólico.
Introdução – Apresentação da disciplina
 O brincar é uma forma privilegiada de aprendizagem, pois é 
nesse ato que as crianças trazem para suas brincadeiras o 
que veem, escutam, observam e experimentam.
Você já observou atentamente o modo como as crianças brincam?
Roda, Pintura de Milton Dacosta, 1942
Fonte: https://pt.slideshare.net/ElieneDias/pnaic-2015-a-roda
Qual é a força cultural dos jogos observados na obra de Bruegel?
Jogos infantis (1560) de Pieter Bruegel
Fonte: https://culturevr.fr/123-bruegel/
 Participação dos jogos adultos e crianças;
 Tradição;
 Jogos e divertimentos são os principais meios para as sociedades estreitarem 
os laços afetivos.
Como os brinquedos, jogos e brincadeiras são transmitidos de gerações a gerações?
Observe nos fragmentos da obra brincadeiras presentes ainda hoje:
Qual é a força cultural dos jogos observados na obra de Bruegel?
pula-sela
arcocadeirinha
jogo do pião
cavalo de pau
Fonte: 
https://euliricoeu.wordpres
s.com/2016/07/03/pieter-
bruegel-o-cotidiano-
medieval-e-os-brugelos-
do-arruado/
 “Quando a criança está de posse de um brinquedo ou toma parte em um jogo, ela tem a 
possibilidade de apropriar-se da cultura produzida por sua geração e por gerações
anteriores a ela.”
 “O ato de brincar é comum entre as crianças, mas a maneira como esta ou aquela criança o 
faz depende de questões culturais presentes em seu entorno.”
KLISYS (2010)
 Para Kishimoto (1999, p. 30), os objetos que concebemos 
atualmente como brinquedos “eram representações que 
tinham significados no mundo adulto, voltados para práticas 
sociais ou religiosas, e que na mão das crianças,
viraram brinquedos”.
Jogos e brinquedos na infância
 No Brasil, até o final do século XIX, os brinquedos eram confeccionados artesanalmente,
nas residências ou pequenos galpões. Com a Revolução Industrial no início do século XX,
os brinquedos saíram do âmbito dos ateliês de artesãos, que trabalhavam basicamente
com carrinhos de madeira e bonecas de pano, e passaram para outros tipos de materiais
e modelos.
 O processo de industrialização trouxe enorme diversificação em cada tipo de brinquedo.
A assimilação do uso do plástico foi outro fator importante, pois artificializou os objetos do 
cotidiano em brinquedos, substituindo gradativamente os materiais naturais como a madeira, 
chumbo e metal.
Como os brinquedos eram fabricados?
Fonte: https://www.antiguidades.eu/brinquedos/
 Com a industrialização do brinquedo, aparece a sua subordinação ao valor monetário.
 Assim, algumas indústrias, tentando abarcar faixas mais amplas da população de menor 
poder aquisitivo, lançaram a linha de produtos denominada de “brinquedos populares”, cuja 
característica principal é oferecer menor custo e menor qualidade. No entanto, esses 
mesmos brinquedos nem sempre eram atrativos para as crianças.
 O mais comum, todavia, é os brinquedos mais cobiçados pelas crianças estarem entre os 
mais caros e seduzidos pelo poder da mídia.
Brinquedos industrializados
Fonte: https://www.magazineluiza.com.br/boneca-barbie-
treinadora-de-cachorrinhos-com-acessorios-mattel-
fxh08/p/221694600/br/mdba/
Fonte: https://lista.mercadolivre.com.br/acessorio-boneco-marvel
E atualmente, como os brinquedos são fabricados?
A criança
Os pais Os fabricantes
Como esse objeto denominado brinquedo se torna educativo/pedagógico?
 Por meio do brinquedo educativo, o pedagógico aparece 
justaposto ao lúdico, passando a ser visto como um objeto 
sério e não um objeto que as crianças usam para se divertir e 
ocupar o tempo.
O que é e o que não é brinquedo pedagógico?
Será que o brinquedo pedagógico se restringe a ensinar formas, cores, números e letras?
Há diferenças entre o brinquedo educativo e o pedagógico?
Jogos e brinquedos na infância
Fonte: 
https://www.google.com/search?
q=brinquedos+pedagogicos&hl
Vejamos as reflexões de Brougère:
1. O que caracteriza o brinquedo é a atitude que envolve a sua utilização.
2. A educação é um processo global e contínuo. Cada etapa do desenvolvimento e cada 
momento da vida de uma criança têm prioridades diferentes, às quais a atuação 
pedagógica precisa atender.
3. Todo brinquedo pode ser educativo, dependendo das circunstâncias, mas nem todo 
brinquedo pode ser pedagógico.
 Para a criança, todo objeto se torna um brinquedo.
Obra: Ricardo Ferraro, 2012.
Fonte: 
https://br.pinterest.com/marciasordi/ri
cardo-ferrari/
 Ao brincar com os brinquedos/objetos, a criança usufrui de seu imaginário, pois ela joga, 
imita e representa, expressando emoções e sentimentos.
 O que diferencia o jogo (objeto) do brinquedo é a atuação do jogador/brincador que leva em 
consideração as regras e a proposta do jogo.
 De acordo com Kishimoto (1999), o brinquedo estimula a representação, a expressão de 
imagens que evocam aspectos da realidade. Ao contrário, jogos como xadrez e jogos de 
construção exigem, de modo explícito ou implícito, o desempenho de certas habilidades 
definidas por uma estrutura preexistente no próprio objeto e em suas regras.
Será que há diferença entre jogo e brinquedo?
Obras: Ricardo Ferraro Ivan Cruz
Fonte: 
https://br.pinte
rest.com/verf
erreira/obras-
de-
crian%C3%A
7as-
brincando/
https://br.pinte
rest.com/gisa
7132/ricardo-
ferrari/
Os brinquedos e jogos trazem a história e a engenhosidade que a humanidade levou anos para 
constituir. Existem brinquedos infantis provenientes de diversas culturas e que ainda estão 
presentes em nosso cotidiano. Isso representa:
a) A força da produção de brinquedos.
b) Que é natural o homem brincar.
c) Que ainda não há diferença entre o mundo adulto e o infantil.
d) A força cultural dos brinquedos e brincadeiras.
e) O estilo e a beleza dos brinquedos.
Interatividade
Os brinquedos e jogos trazem a história e a engenhosidade que a humanidade levou anos para 
constituir. Existem brinquedos infantis provenientes de diversas culturas e que ainda estão 
presentes em nosso cotidiano. Isso representa:
a) A força da produção de brinquedos.
b) Que é natural o homem brincar.
c) Que ainda não há diferença entre o mundo adulto e o infantil.
d) A força cultural dos brinquedos e brincadeiras.
e) O estilo e a beleza dos brinquedos.
Resposta
Como brincam as crianças atualmente?
Como propiciar e estimular a criatividade e imaginação dessas crianças?
 Brinquedos Sazonais entram e saem do mercado em determinados períodos, como o 
bambolê, cuja origem vem dos arcos de metal que os garotos retiravam de barris de madeira 
próprios para estocar vinhos e alimentos. As crianças, no Brasil colônia, usavam uma varinha 
para rolar o aro pela rua (brincadeira ainda comum no interior brasileiro).
O brinquedo, a criação e a imaginação
Brinquedos do acervo 
do Laboratório de 
Pedagogia – LAB –
Brinquedoteca –
Universidade Paulista 
– UNIP campus 
Sorocaba e Campinas 
– SP/Brasil.
 Segundo Brougère (2004), os brinquedos são, em um primeiro momento, instrumentos 
definidores do gênero dos indivíduos, não do ponto de vista biológico, portanto sexual, mas 
do ponto de vista sociocultural, ou seja, o que a sociedade define e diferencia o que vem a 
ser características do masculino e do feminino.
 Apesar da classificaçãolúdica que os brinquedos a princípio possam ter, estes definem e 
contribuem também para o desenvolvimento do papel social de cada um dos sexos.
 Para esse autor, o brinquedo tem uma participação na 
formação social e cultural dos indivíduos na nossa sociedade. 
Assim, podemos compreender o que o brinquedo/objeto faz 
com a criança ao observar o que ela faz com ele.
O brinquedo, a criação e a imaginação
 A criança dá ao brinquedo um sentido específico, o que faz com que o mesmo contexto 
produza indivíduos diferentes. Por exemplo, se um arquiteto brincou com blocos de 
construção na sua infância isso não pode ser considerado como a causa da sua
escolha profissional.
 No brinquedo não está toda a experiência infantil, mas ele é um elemento importante da 
experiência complexa e multiforme que toda criança vive.
 Também temos o uso do brinquedo como material decorativo. 
Alguns brinquedos necessariamente usados exteriorizam o 
valor da infância. Todo brinquedo pode ser investido de um 
forte valor afetivo que o transforma em fetiche, companheiro, 
suporte para confidências impossíveis de serem contadas a 
qualquer ser humano.
O brinquedo, a criação e a imaginação
Alguns elementos devem ser considerados ao dispormos os objetos/brinquedos
para as crianças:
 nem todo contato com um objeto/brinquedo é necessariamente uma brincadeira;
 o brinquedo não pode brincar sozinho, como uma TV;
 é preciso que um “brincador” o explore para descobrir o que se pode fazer com ele antes de 
apresentá-lo à criança.
Brinquedo autômato:
O brinquedo, a criação e a imaginação
Fonte: https://www.pontofrio-
imagens.com.br/Control/ArquivoE
xibir.aspx?IdArquivo=1604264713
 O brinquedo só surte efeito no cenário de uma situação organizada pela criança.
 O brinquedo inclui funções e significados, convida a criança a agir e a dar sentido
ao seu cotidiano.
 O brincar com esse objeto/brinquedo é, ao mesmo tempo, ação (que se traduz pela 
manipulação) e produção de sentido.
 O brinquedo aparece como suporte que estrutura a atividade, assim como a maior parte dos 
objetos da cultura.
 O brinquedo oferece às crianças um universo de sentidos que dão uma dimensão ao faz de 
conta, além da pura brincadeira motora. 
Brinquedo de construção:
O brinquedo, a criação e a imaginação
Fonte: 
https://media.istockphoto.com/photos/kids-toys-
child-building-tower-of-toy-blocks-picture-
id1147824553
 Os objetos e/ou brinquedos com os quais a criança brinca podem ser desde elementos 
simples da natureza até itens sofisticados. 
 Esses objetos aparecem em diferentes contextos no cotidiano infantil: na família, nas 
instituições educacionais, no contexto psicológico. 
 Em cada um deles, um brinquedo pode ser visto como objeto de solidão ou consolação, 
como objeto que estimula a autonomia ou que potencializa a socialização da criança
no coletivo.
O brinquedo, a criação e a imaginação
Bonecas Naninha: Acervo próprio.
 Brinquedo artesanal: Ele é construído com diversos materiais, como madeira, lata, borracha, 
papelão e outros recursos retirados do cotidiano, inclusive sucata. Os brinquedos artesanais 
sempre terão espaço importante na formação social das crianças, são produtos da 
habilidade manual, da fantasia e da capacidade criadora de cada pessoa.
 Ex.: carrinho, carrinho de rolimã, pipas, bonecas.
O brinquedo, a criação e a imaginação
Fonte: 
https://louveira.portaldacida
de.com/noticias/cidade/lou
veira-faz-alerta-a-
populacao-sobre-o-perigo-
do-uso-de-cerol-nas-pipas-
5228
Fonte: 
https://www.logicaed
ucativos.com.br/carri
nho-de-rolim.html
 “Do mesmo modo que uma biblioteca se compõe de livros, o sucatário é um acervo de 
sucata, organizada e classificada. Sucata é qualquer coisa que perdeu seu uso original, que 
se quebrou, que não serve mais ou que não tem mais significado” (MACHADO, 2001).
Há praticamente dois tipos:
 A sucata natural: constitui-se de sementes, pedras, conchas, folhas, penas, galhos, pedaços 
de madeira, areia, terra etc.;
 A sucata industrializada: inclui todos os tipos de embalagens, copos plásticos, chapas 
metálicas, tecidos, papéis, papelões, isopor, caixas de ovos etc.
Sucata, como objeto concreto
Brinquedos do acervo: Laboratório de Pedagogia LAB – Brinquedoteca –
Universidade Paulista – UNIP, Campus Sorocaba e Campinas – SP.
A cesta dos tesouros:
 Goldschmied & Jackson (2006) propõem a brincadeira do “Cesto de tesouros” que reúne e 
oferece uma rica variedade de objetos cotidianos, escolhidos e dispostos em um cesto, os 
quais propiciam estímulos sensoriais aos bebês.
 O uso do “cesto de tesouros” consiste em uma maneira de assegurar a riqueza das 
experiências do bebê em um momento em que o cérebro está pronto para receber, fazer 
conexões e, assim, utilizar essas informações.
Os itens sugeridos para os cestos de tesouros, bem abastecidos, devem ter como objetivo 
principal despertar o máximo de interesse por meio do:
1. tato: texturas, formato, peso;
2. olfato: uma variedade de cheiros;
3. paladar: utilizar alimentos como fontes de exploração;
4. audição: sons como de campainhas, tilintar, batidas, coisas 
sendo amassadas;
5. visão: cor, forma, comprimento e brilho.
Brinquedos e brincadeiras para crianças pequenas
Com materiais do cotidiano, tais como:
 objetos naturais (conchas, cone de pinho, caroço de abacate, penas, pedaço de esponja, 
frutos etc.);
 objetos feitos de materiais naturais (alças de sacolas feitas de bambu, bolas de fio de lã, 
pincel de barba, pequena escova para sapatos etc.);
 objetos de madeira (apito de bambu, aro de cortina, colher ou espátula, pregadores
de roupa etc.);
 objetos de metal (apito de escoteiro, coador de chá, espremedor de alho, espremedor de 
frutas, pequeno funil, sino etc.);
 objetos feitos de couro, têxteis, borracha e pele (bola de 
borracha, bola de golfe, bola de tênis, bolsa de couro, 
bonequinhas de retalhos, saquinho de pano);
 objetos de papel, papelão (cilindro de papel, papel 
impermeável, papel laminado, pequenas caixas de papelão, 
pequeno caderno com espiral).
Cesto dos tesouros
 A palavra grega eurisko, da qual é derivada a palavra heurístico significa “descobrir ou 
alcançar a compreensão de algo”.
 É uma abordagem e não uma metodologia.
 É uma atividade espontânea e exploratória. Não há um padrão de como trabalhar.
 Caberá ao professor planejar os materiais e registrar as ações das crianças identificando as 
descobertas, as conquistas, interesses e curiosidades.
 O professor deve variar e incluir itens diferentes e lembrar sempre da segurança da criança.
O brincar heurístico
Fonte: 
https://www.metodomont
essori.it/attivita-
montessori/attivita-0-12-
mesi/cestino-dei-tesori
 Os materiais que compõem o brincar heurístico são organizados cuidadosamente em 
sacolas fechadas com uma pequena corda, latas que contenham tampas e/ou caixas de 
diversos tamanhos para que a criança tenha o prazer de fazer descobertas e invenções. Um 
período limitado do dia deve ser reservado para que essa atividade aconteça. Para evitar 
que as crianças fiquem todas juntas em um mesmo local, deve-se dispor das várias sacolas, 
latas e/ou caixas colocando-as no chão e aproveitando o máximo de espaço disponível.
 [...] a criança tem grande prazer ao abrir o recipiente e descobrir o que tem dentro dele, a 
princípio simplesmente esvaziando-o, mais tarde começando a substituir itens ou colocá-los 
de volta (GOLDSCHIMIED & JACKSON, 2006, p. 154).
O brincar heurístico
Fonte: 
porumolharpedagogico.wordpr
ess.com/2017/05/18/atividade
-sensorial-cesto-de-tesouros/
Escolha os itens corretos: 
O professor deve sempre pesquisar e procurar colocar itens diferentes na “cesta dos tesouros”, 
não se esquecendo de:
I. Levar em conta a segurança da criança.
II. Deixar esses materiais espalhados pelo chão da creche.
III. Observar e registrar as ações das crianças.
IV. Dispor os materiaisem sacolas em diferentes locais.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.
Interatividade
Escolha os itens corretos: 
O professor deve sempre pesquisar e procurar colocar itens diferentes na “cesta dos tesouros”, 
não se esquecendo de:
I. Levar em conta a segurança da criança.
II. Deixar esses materiais espalhados pelo chão da creche.
III. Observar e registrar as ações das crianças.
IV. Dispor os materiais em sacolas em diferentes locais.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.
Resposta
 O homem busca na ação, imitação, representação e reflexão formas de expressar e 
compreender o seu contexto social, político e cultural, procurando, assim, influenciar e 
transformar a realidade.
 Ponto de vista histórico: Jogo como ação é feito a partir da imagem de criança presente no 
cotidiano de uma determinada época.
 Criança origem latina – creator – creatoris  ser humano de pouca idade.
 Infância  também de origem 
latina – infans – infantis
aquele que não fala.
Fundamentação teórica sobre o jogo e a brincadeira
 Segundo Ariès (1981), a concepção de infância e criança sempre esteve ligada aos modelos 
da sociedade.
 Século XII  desconhecimento do que vinha a ser infância, poucas eram as crianças que 
sobreviviam. O mundo antigo tinha representações genéricas sobre as crianças, o papel dos 
pais era poderoso sobre as crianças.
 Como surgiu a concepção de infância? Resulta de um longo processo cultural e histórico.
 Na Idade Média, não havia uma noção de passagem entre o mundo infantil e o mundo 
adulto. A criança era vista como um adulto em miniatura.
Fundamentação teórica sobre o jogo e a brincadeira
Pintura de Arnaud Julien Pallière (1784 -
1862), retratando D. Pedro II, ainda criança.
Fonte: 
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/g
aleria/detalhe.php?foto=967&evento=5
Concepção de infância ao logo da história:
 Segundo Nunes & Silva (2000), essa concepção de adulto em miniatura foi tomando nova 
forma e [...] “a partir do final do século XVII a infância adquiriria uma significação 
representada pelo estado de fraqueza e inocência associado ao reflexo da pureza divina, o 
que colocava a educação na situação de primeira obrigação humana.”
Estas representações de fraqueza e inocência davam às crianças uma identidade
de pureza angelical.
Fundamentação teórica sobre o jogo e a brincadeira
Fonte: 
https://rceliamendonca.com/2013/01/16/t
emas-da-pintura-mes-e-filhosgaleria-9/
 Ariès (1981) mostra-nos que foi necessária uma longa evolução para que o sentimento de 
infância realmente se arraigasse. Assim, a partir do início do século XVIII, os adultos 
modificaram sua concepção de infância e lhe concederam uma atenção nova que não 
manifestavam antes.
 Rousseau coloca a infância como um tempo específico, um período em que a natureza 
humana ainda não foi corrompida pela sociedade, guardando toda a sua pureza. Percebidas 
como seres inocentes e imperfeitos, as crianças precisavam ser corrigidas para tornarem-se 
adultos honrados e racionais. Tais concepções desencadeiam o movimento de “moralização” 
para que as crianças fossem preparadas para a vida adulta.
Fundamentação teórica sobre o jogo e a brincadeira
 No início do século XIX, com o avanço científico, surge uma nova concepção de criança,
com base biológica favorecida pela medicina e a psicologia do desenvolvimento, cuja ideia 
principal é do crescimento natural, ou seja, a infância é um estágio biologicamente 
determinado e que constitui um caminho para a condição humana plena (maturidade).
 Esta concepção produz um entendimento da criança pequena como um ser essencial de 
natureza universal e capacidades inerentes, com um processo de desenvolvimento inato e 
biologicamente determinado. Esta imagem desconsidera a influência da cultura e dos 
contextos sociais, colocando a ação do adulto de maneira generalizada e universal.
Fundamentação teórica sobre o jogo e a brincadeira
Na segunda metade do século XX um novo entendimento de infância:
 A infância é uma construção social, elaborada para e pelas crianças.
 Como construção social, a infância é sempre contextualizada em relação ao tempo, local e 
cultura, variando segundo gênero e condições socioeconômicas.
 As crianças são atores sociais, participando da construção e 
determinando suas próprias vidas e daqueles que a cercam, 
contribuindo para a sua aprendizagem como agentes que 
constroem sobre o conhecimento experimental.
Fundamentação teórica sobre o jogo e a brincadeira
 Assim vista, a infância é como uma convenção/interpretação cultural, consequentemente, 
uma questão sociopolítica que permite ou não reconhecer certas qualidades.
 Um marco importante no reconhecimento de que existem muitas crianças e muitas infâncias 
está na Declaração dos Direitos da Criança, assinada pela Assembleia Geral das Nações 
Unidas (1959). Ela garante a dignidade de condições de vida, tais como proteção, 
alimentação, saúde, educação e lazer, o qual inclui o brincar como uma das 
necessidades de desenvolvimento adequado.
Fundamentação teórica sobre o jogo e a brincadeira
 Filósofo e educador americano.
As principais ideias de Dewey são:
 A vida social constitui a base do desenvolvimento infantil e cabe à escola a importante tarefa.
 A perspectiva ético-religiosa da democracia como única forma de vida digna de
seres humanos.
 O êxito da educação depende do enriquecimento, que 
possibilite estreitar as relações entre as atividades instintivas 
da criança, os interesses e as experiências sociais.
 A educação democrática de vida dentro e fora dos limites da 
escola. A proposta dos jogos viabilizaria essa experiência.
Dewey
 Bruner nasceu no ano de 1915, na cidade de Nova Iorque (EUA). De acordo com Kishimoto 
(2002), as principais ideias de Bruner são:
 O jogo é visto como forma de o sujeito violar a rigidez dos padrões de comportamentos 
sociais das espécies.
 O jogo, ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera familiar e de segurança 
emocional, proporciona condições para que aconteça a aprendizagem das normas sociais.
 A brincadeira proporciona à criança a descoberta das regras 
sociais e aquisição da linguagem. Pela brincadeira, a criança 
aprende a se movimentar, falar e desenvolver estratégias para 
solucionar problemas do seu cotidiano.
Bruner
 Jean William Fritz Piaget (1896-1980) foi biólogo, psicólogo e filósofo suíço, e ficou 
conhecido por seu trabalho no campo da psicologia do desenvolvimento.
Ele é um dos vários autores que tratam da questão do jogo como um sistema de regras e a 
brincadeira como conduta estruturada, o qual propõe uma classificação dos jogos baseada na 
evolução das estruturas mentais:
 jogo de exercício (aproximadamente de 0 a 2 anos de idade);
 jogo simbólico (aproximadamente de 2 a 7 anos de idade);
 jogo de regras (começa a se constituir por volta dos 4 aos 7 
anos e tem seu apogeu na fase dos 7 aos 11 anos).
Piaget
Com relação às regras propriamente ditas, temos:
 regras transmitidas: fazem parte de jogos do acervo cultural e foram transmitidas de geração 
a geração, geralmente de indivíduos mais velhos para os mais novos;
 regras espontâneas e momentâneas: acontecem de acordo com a escolha do jogador
ou dos componentes que estão participando do jogo, ou seja, são frutos de relações entre
os pares contemporâneos.
Piaget
A concepção de infância é sempre contextualizada em relação ao tempo, local e cultura, 
variando segundo gênero e condições socioeconômicas.
Chamamos esse entendimento de:
a) Cultura infantil.
b) Cultura lúdica.
c) Construção social da infância.
d) Novo paradigma da infância.
e) Contexto cultural da infância.
Interatividade
A concepção de infância é sempre contextualizada em relação ao tempo, local e cultura, 
variando segundo gênero e condições socioeconômicas.Chamamos esse entendimento de:
a) Cultura infantil.
b) Cultura lúdica.
c) Construção social da infância.
d) Novo paradigma da infância.
e) Contexto cultural da infância.
Resposta
 Na linguagem cotidiana, observamos o emprego das palavras jogo, brinquedo e brincadeira 
sem a preocupação de diferenciá-las ou delimitá-las.
No dicionário, brinquedo significa:
 Objeto que serve para brincar ou; 
 Jogo de crianças e brincadeiras;
 Divertimento, passatempo;
 Para brincadeira: festa, folguedo, folia.
A dificuldade para se conceituar aumenta quando entram valores 
culturais e sociais:
 Ex.: arco e flecha.
Usos, costumes e brincadeira na infância
Kishimoto (1999) distingue entre eles, do ponto de vista didático, as seguintes características:
 jogo: resultante de um sistema linguístico dentro de um contexto sociocultural, um sistema de 
regras, um objeto;
 brinquedo: objeto cultural (concreto ou ideológico), suporte de brincadeira, possui uma 
função lúdica e indeterminação quanto ao seu uso;
 brincadeira: descrição de uma conduta.
Usos, costumes e brincadeira na infância
Entre os autores que discutem a natureza do jogo, Christie aponta algumas características do 
jogo infantil que permitem identificar os fenômenos que pertencem à grande família dos jogos:
 a não literalidade: o sentido habitual é substituído por um outro. Por exemplo: a tampa da 
panela serve como direção do carro.
 o efeito positivo: a criança demonstra, por meio do prazer e da alegria, a sua satisfação
na brincadeira.
 a flexibilidade: novas combinações e ideias são aprendidas, 
muitas vezes, em situações de brincadeira, e não em outras 
atividades não recreativas. 
Usos, costumes e brincadeira na infância
Entre os autores que discutem a natureza do jogo, Christie aponta algumas características do 
jogo infantil que permitem identificar os fenômenos que pertencem à grande família dos jogos:
 prioridade do processo e não do produto: enquanto a criança brinca, sua atenção está mais 
focada na atividade em si do que em seus resultados ou efeitos. 
 livre escolha: o jogo infantil só pode ser considerado jogo quando é escolhido livre
e espontaneamente.
 controle interno: no jogo infantil, são os próprios jogadores que 
determinam o desenvolvimento dos acontecimentos.
Usos, costumes e brincadeira na infância
 Na medida em que as crianças vão crescendo, surgem novos interesses, novas situações de 
troca, novos aprendizados e, consequentemente, os jogos vão se modificando.
 Com o crescente grau de socialização do indivíduo e a ampliação de sua linguagem, os 
jogos caminham do simples prazer funcional, perpassam o jogo de faz de conta (simbólico) e 
vão até os jogos de regras que permanecem na idade adulta. 
O brincar de faz de conta ou jogo simbólico, também chamado:
 Jogo imaginativo ou Jogo de faz de conta ou Jogo de papéis ou Jogo sociodramático.
 O brincar possibilita à criança realizar desejos irrealizáveis, 
objetivando reduzir a tensão do cotidiano e acomodar os 
conflitos e frustrações da vida real.
Jogo simbólico
 O componente simbólico do jogo pressupõe a existência de regras que a criança impõe para 
que possa representar os personagens que ela incorpora.
 A criança passa de uma brincadeira, cujo conteúdo básico é a reprodução das atitudes dos 
adultos com objetos no seu cotidiano, para uma brincadeira cujo conteúdo básico torna-se a 
reprodução das relações dos adultos entre si ou com crianças.
 Brougère (2004) diz que a brincadeira aparece como um meio 
de sair do mundo real para descobrir outros mundos, para se 
projetar num universo inexistente. Assim, o brincar da criança 
não está somente ancorado no presente, mas também tenta 
resolver problemas do passado, ao mesmo tempo em que se 
projeta para o futuro.
 Exemplo: a brincadeira dos super-heróis.
Jogo simbólico
 As brincadeiras têm um impacto próprio e são, ao mesmo tempo, veículos da inteligência
e da atividade lúdica. Elas constituem um eco dos padrões culturais dos diferentes
contextos socioeconômicos.
Ao repetir a brincadeira nos contatos interativos com adultos, a criança descobre a regra, com 
a qual ela aprende:
 a desenvolver sua linguagem; a iniciar a brincadeira; a modificar a brincadeira.
 O prazer e a motivação é que impulsionam a ação para 
explorações livres. Em situações de brincadeiras, a criança 
desenvolve a intencionalidade e a inteligência.
 No âmbito social, os papéis das crianças são definidos pelo 
tipo de atividade lúdica que praticam, sendo esta definida 
como brinquedo e brincadeira para meninos e brinquedo e 
brincadeira para meninas.
Brinca comigo?
 Na cultura popular, a brincadeira tem a função de perpetuar a cultura infantil, desenvolver 
formas de convivência social e permitir o prazer de brincar. Por pertencer à categoria de 
experiências transmitidas espontaneamente, conforme motivações internas da criança, a 
brincadeira infantil garante a presença do lúdico, da situação imaginária.
 Portanto, meninos e meninas acabam compartilhando brincadeiras em comum, sendo que o 
professor deve possibilitar a participação das crianças e ampliar o repertório cultural delas.
 Para a psicologia sócio-histórica, a essência da vida humana é 
cultural e não natural. Assim, tanto a atividade lúdica como a 
atividade criativa surgem marcadas pela cultura e mediadas 
pelos sujeitos com quem a criança se relaciona.
Brinca comigo?
 Compreender a origem e o significado das brincadeiras tradicionais infantis requer a 
investigação de raízes folclóricas de um determinado povo.
 As origens das brincadeiras tradicionais do Brasil estão na mistura das três matrizes étnicas 
que compõem o povo brasileiro; a matriz indígena, branca europeia e a matriz negra 
africana.
 Na matriz branca, encontramos vários elementos nas 
brincadeiras das crianças na figura dos colonizadores 
portugueses cuja influência está nos contos, histórias, lendas, 
parlendas, festas religiosas e jogos como bolinha de gude, 
jogo do botão, pião e outros que compõem o acervo derivado 
do folclore lusitano.
As brincadeiras tradicionais brasileiras
 Segundo os autores estudados, é uma tarefa complexa separar rigorosamente as diferentes 
matrizes das brincadeiras, uma vez que elas ocorriam nos engenhos, nas plantações, nas 
minas e no litoral dificultando assim uma identificação própria devido ao próprio contexto 
social.
 Um dos brinquedos interessantes e que utiliza elementos naturais vindos do folclore africano 
é a espingarda de talo de bananeira. Ela é confeccionada do talo da bananeira em que se 
faz uma série de incisões, deixando os fragmentos presos pela base. Ao levantar todos 
esses pedaços seguros por uma haste, e ao passar a mão ao longo da haste, fazendo-os 
cair, eles soltam um ruído seco e uníssono, simulando o tiro de uma espingarda.
As brincadeiras tradicionais brasileiras
 A matriz indígena trouxe grandes contribuições ao folclore brasileiro e às brincadeiras infantis 
com o predomínio de brincadeiras junto à natureza, nos rios, nas danças e jogos que imitam 
animais, e na tradição indígena das bonecas e animais de barro.
 Para Kishimoto (2003), torna-se imprescindível trazer de volta as brincadeiras tradicionais. 
No entanto, não podemos esquecer alguns problemas básicos relacionados à infraestrutura, 
às condições ecológicas, às áreas abertas ao público etc. que dificultam o seu resgate.
Para revivê-las será necessária uma adaptação às condições contemporâneas
de espaços e materiais.
As brincadeiras tradicionais brasileiras
 Matriz branca  colonizadores portugueses cuja influência está nos contos, histórias, lendas, 
parlendas, festas religiosas e jogos como bolinha de gude, jogo do botão, pião e outros que 
compõem o acervo derivado do folclore lusitano.
 Matriz negra  um dos brinquedos interessantes e que utiliza elementos naturais vindos do 
folclore africano é aespingarda de talo de bananeira.
 Matriz indígena  o predomínio de brincadeiras junto à natureza, nos rios, nas danças e 
jogos que imitam animais, e na tradição indígena das bonecas e animais de barro.
Resumindo, as brincadeiras brasileiras:
Uma característica marcante que diferencia o jogo do brinquedo é que o jogo:
a) É um suporte para a brincadeira.
b) Tem um sistema linguístico cultural com regras.
c) É uma descrição de uma conduta.
d) É um folguedo.
e) É uma espécie de faz de conta.
Interatividade
Uma característica marcante que diferencia o jogo do brinquedo é que o jogo:
a) É um suporte para a brincadeira.
b) Tem um sistema linguístico cultural com regras.
c) É uma descrição de uma conduta.
d) É um folguedo.
e) É uma espécie de faz de conta.
Resposta
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
BROUGÈRE, G. Brinquedos e companhia. São Paulo: Cortez, 2004.
GOLDSCHMIED, E.; JACKSON, S. Educação de 0 a 3 anos: o atendimento em creche. Porto Alegre: 
Artmed, 2006
KISHIMOTO, T. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 2002.
KISHIMOTO, T. (org.). Jogo, brinquedo e a educação. São Paulo: Cortez, 1999.
KISHIMOTO, T. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 2003.
KLISYS, A. Quer jogar? São Paulo: Edições Sesc, 2010.
MACHADO, M. O Brinquedo-sucata e a criança. São Paulo: Loyola, 2001.
NUNES, C.; SILVA, E. A educação sexual da criança: subsídios teóricos 
e propostas práticas para uma abordagem da sexualidade para além da 
transversalidade. Campinas: Autores associados, 2000.
Referências
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