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Silva Rassul Moreira Monografia - Parcelas Permanentes Pinus sp Final_Defesaa

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA 
DIVISÃO DE AGRICULTURA 
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL 
 
AVALIAÇÃO DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE Pinus elliottii Engelm. e Pinus 
caribaea Morelet. NA IFLOMA - MANICA 
 
Monografia apresentada e defendida na Divisão de Agricultura no curso de Engenharia 
Florestal - ISPG em cumprimento do requisito para a obtenção do grau de Licenciatura em 
Engenharia Florestal 
 
 
 
Autor: Silva Rassul Moreira 
Supervisor: Prof. Almeida Sitoe 
Co- Supervisores: 
Eng. Severino José Macôo 
Eng. Edson Moisés Chilaquene Massingue 
 
 
Lionde, Dezembro de 2020 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página II 
 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página III 
 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página IV 
 
ÍNDICE DE TABELAS 
Tabela 1: Espécie, densidade média inicial (na época do plantio) densidade na 1° ocasião e 
densidade actual, e sobrevivência das plantas em povoamentos de diferentes idades ... 27 
Tabela 2: Incremento médio anual (IMA) do Diâmetro a altura do peito (DAP), altura, área 
basal por hectare (G/ha) e volume por hectare (V/ha) de P. elliottii em diferentes idades e as 
respectivas medidas de precisão. .................................................................................... 37 
Tabela 3: Incremento médio anual (IMA) do DAP, da altura, da área basal (G/ha), e do 
volume de P. caribaea em diferentes idades e as respectivas medidas de precisão....... 37 
Tabela 4: Incremento periódico (IP) e percentual (IP%) do DAP, da altura, da área basal 
(G/ha), e do volume de P. elliottii de diferentes idades e as respectivas medidas de precisão.
 ........................................................................................................................................ 43 
Tabela 5: Incremento periódico (IP) e percentual (IP%) do DAP, da altura, da área basal 
(G/ha), e do volume de P. caribaea de diferentes idades e as respectivas medidas de precisão.
 ........................................................................................................................................ 44 
Tabela 6: Incremento periódico anual (IPA) do DAP, da altura, da área basal (G/ha) e do 
volume de P. elliottii de diferentes idades e as respectivas medidas de precisão. ......... 45 
Tabela 7: Incremento periódico anual (IPA) do DAP, da altura, da área basal (G/ha), e do 
volume de P. caribaea de diferentes idades e as respectivas medidas de precisão. ....... 46 
Tabela 8: Distribuição percentual das árvores em diferentes classes de qualidades, para cada 
característica qualitativa estudada para P. elliottii e P. caribaea. .................................. 51 
Tabela 9: Valores de Chi quadrado ( ) Calculado e crítico das características qualitativas, a 
nível de significância de 5%. .......................................................................................... 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página V 
 
ÍNDICE DE FIGURAS 
Figura 1: Mapa da localização das parcelas remedidas. ................................................. 18 
Figura 2: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus caribaea nas duas ocasiões.29 
Figura 3: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus caribaea nas duas ocasiões.29 
Figura 4: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 30 
Figura 5: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 30 
Figura 6: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 30 
Figura 7: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 31 
Figura 8: Comportamento das curvas de distribuição diamétrica de P. caribaea em relação a 
idade na primeira e segunda ocasião. ............................................................................. 33 
Figura 9: Comportamento das curvas de distribuição diamétrica de P. elliottii em relação a 
idade na primeira e segunda ocasião. ............................................................................. 33 
Figura 10: Curva de crescimento do diâmetro a altura do peito em diferentes idades do Pinus 
sp. .................................................................................................................................... 34 
Figura 11: Curva de crescimento da altura do peito em diferentes idades de Pinus sp.. 35 
Figura 12: Curva de crescimento da área basal em diferentes idades de Pinus sp. ........ 35 
Figura 13: Curva de crescimento do volume em diferentes idades Pinus sp. ................ 35 
Figura 14: Curva do incremento médio anual em diâmetro a altura do peito (DAP) para o P. 
elliottii em diferentes idades. .......................................................................................... 40 
Figura 15: Curva do incremento médio anual em altura para o P. elliottii em diferentes idades.
 ........................................................................................................................................ 40 
Figura 16: Curva do incremento médio anual em área basal para o P. elliottii em diferentes 
idades. ............................................................................................................................. 40 
Figura 17: Curva do incremento médio anual em volume para o P. elliottii em diferentes 
idades. ............................................................................................................................. 41 
Figura 18: Curva do incremento médio anual em diâmetro a altura do peito (DAP) para o P. 
caribaea em diferentes idades. ....................................................................................... 41 
Figura 19: Curva do incremento médio anual em altura para o P. caribaea em diferentes 
idades. ............................................................................................................................. 42 
Figura 20: Curva do incremento médio anual em área basal para o P. caribaea em diferentes 
idades. ............................................................................................................................. 42 
Figura 21: Curva do incremento médio anual em volume para o P. caribaea em diferentes 
idades. ............................................................................................................................. 42 
Figura 22: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em diâmetro a altura do peito 
(DAP) para o P.elliottii em diferentes idades. ................................................................ 47 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página VI 
 
Figura 23: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em altura para o P.elliottii em 
diferentes idades. ............................................................................................................ 48 
Figura 24: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em área basal para o 
P.elliottii em diferentes idades. ...................................................................................... 48 
Figura 25: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em diâmetro a altura do peito 
(DAP) para o P.elliottii em diferentes idades. ................................................................ 48 
Figura 26: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em diâmetro a altura do peito 
(DAP) para o P.caribaea em diferentes idades. ............................................................. 49 
Figura 27: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em altura para o P.caribaea 
em diferentes idades. ...................................................................................................... 49 
Figura 28: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em área basal para o 
P.caribaea em diferentes idades. ....................................................................................49 
Figura 29: Curvas do incremento médio anual e periódico anual em volume para o P.caribaea 
em diferentes idades. ...................................................................................................... 50 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página VII 
 
LISTA DE ABREVIATURA 
ISPG – Instituto Superior Politécnico de Gaza; 
DAP – Diâmetro a Altura de Peito; 
MAE – Ministério de Administração Estatal; 
GPS – Global Positioning System; 
N/ha – Numero de indivíduos por hectare; 
G/ha – Área basal por hectare; 
V/ha – Volume por Hectare; 
IFLOMA – Industria Florestal de Manica; 
FT – Forma do Tronco; 
ES – Estado Sanitário; 
RB – Ramificação e Berfuração; 
IMA – Incremento Médio Anual; 
IP – Incremento Periódico; 
IP% - Incremento Periódico Percentual; 
IPA - Incremento Periódico Anual; 
ICA – Incremento Corrente Anual; 
MINAG - Ministério de Agricultura; 
M% - Mortalidade Percentual; 
lFC – Inventário Florestal Continuo; 
PDM – Ponto de Medição de Diâmetro; 
FA – Faculdade de Agricultura; 
PP – Parcelas Permanentes; 
PT–Parcelas Temporárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página VIII 
 
Dedicatória 
Aos meus pais: 
Rassul Moreira e Natália André (motivo da minha existência) 
Ao meu irmão: 
Inárdio Rassul Moreira e Helena Bulawai, que assumiram o papel de pai, irmão e amigo, 
sempre do meu lado nos bons e maus momentos e que dividiu o pão da sua família pela 
metade para ver o meu sonho se concretizar (o meu herói) a ti palavras me faltam para 
mostrar a minha gratidão e satisfação por tudo. 
 
Dedico! 
 
Sempre agi de forma correta com quem sempre duvidou de me, não sou de me queixar e foi 
assim que a vida me ensinou, por isso agradeço o apreço de quem sempre me apoiou, com 
tudo para falhar mas não falhei, não cai mas escorreguei. 
Mas admito que muitas vezes errei, duvidaram de mim, eu também duvidei que um dia ia 
orgulhar a minha mãe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página IX 
 
Agradecimentos 
A Jeová Deus, criador do universo, razão da minha existência, Obrigado senhor pela bondade 
imerecida! 
Na conjugação do verbo agradecer, cabe mais do que uma palavra, ela é a expressão de 
gestos, momentos, ensinamentos, olhares, encontros, começos, recomeços, criações, 
recriações, compreensão, estender de mãos, coração aberto, mas sobretudo seu significado se 
traduz em pessoas. 
A minha mãe Natália André, pelo amor que me dedicou desde que me fez contemplar o 
mundo até hoje em dia, a ela nenhuma palavra no mundo expressa o meu amor infinito. 
Ao meus irmão Faustino Rassul Moreira (in memoriam), Inárdio Rassul Moreira, Eduardo 
Rassul Moreira, Clara Rassul Moreira, Jacinta Rassul Moreira, Génita Rassul Moreira, 
Cacilda Rassul Moreira, Samuel Armando Lopes, sem me alongar, apenas dizer não há nada 
no mundo que expressa a minha gratidão e amor. 
Aos meus sobrinhos e primos Delmiro Caetano, Dinoca Caetano, Dalmácia Caetano, Ernesto 
Macule, e Diorino Luanda, que tanto acreditaram na realização do sonho do “Tio Tantinho”. 
A Menita Pereira Domingos, minha melhor amiga, por dividir comigo todas as novas 
experiências, sempre me ajudando quando necessário não importando o motivo. Obrigado por 
todos os “puxões de orelha” e por estar sempre ao meu lado em todos os momentos. 
Aos meus Co-supervisores Eng. Severino José Macôo e Eng. Edson Moisés Chilaquene 
Massingue, pela orientação dada na elaboração do presente trabalho e comentários feitos na 
elaboração do trabalho, também pela paciência e pelo apoio, agradeço imenso pela atenção e 
disponibilidade imediata na interacção Estudante-Docente e dicas profissionais. 
Os meus Profundos agradecimentos ao ISPG, pela oportunidade de realizar o curso, a Divisao 
de Agricultura e em especial ao corpo docente do curso de Engenharia Florestal, dr. Sérgio 
Alfredo Bila, dr. Arão Raimundo Finiasse, Eng. Emídio José Matusse, Prof. Doutor Mário 
Sebastião Tuzine, Eng. Juvência Iolanda Malate e ao Eng. Pedro Venâncio Wate, por ter 
contribuído bastante na minha formação. 
Ao IFLOMA e seus trabalhadores pela abertura e permissão para a colecta de dados na vossa 
empresa, especialmente ao Sr. Bonade e Sr. José pela orientação na identificação dos talhões 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página X 
 
onde foram estabelecidas as parcelas permanentes, e ao Lee Raice Champungo, pelo apoio no 
fornecimento do GPS e pelas fichas de campo. 
Aos meus companheiros de Classe, especialmente aos Big Forestryers, Chibue, Inocente, 
Hedivânio, Iolanda, Timóteo e Válter, e a todos cujos nomes não foram mencionados, mas 
que sempre estiveram ao meu lado e directa ou indirectamente influenciaram na realização do 
meu sonho, pela companhia, confiança e cooperação durante o curso e durante a elaboração 
deste trabalho, vocês foram a chave “dicotómica” do meu sucesso. 
Aos meus amigos do condomínio Matusse em especial ao Tio Matusse, Celso Thangata, 
António Waite, Rodrigues Tranaquela, Nelsa Mucavel, Plácido Fidelino e ao que me 
ajudaram, directa ou indirectamente e possibilitaram a realização desse trabalho, 
Aos meus amigos da infância que continuam a fazer parte da minha vida: aos amigos da 
Escola Fepom, Escola Artes e Oficio em especial os da turma Ha e Escola Samora Moisés 
Machel em especial os da turma CNM8, José Xavito, Edgar Cristóvão, Luciano, Juvêncio, 
Santo, Mauro da Graça, Manuela, Ivania, Regina, Ana da Rosária, Baptista, Madriza, Regan e 
Bande, pela companhia, amizade, que sempre deram-me de sobra e que a bondade imerecida 
esteja com todos, com um amor indestrutível. 
 
O meu muito obrigado. 
 
Aprendemos com oque a vida nós proporciona (rindo ou chorando) a lição esta sempre lá, 
Seja humilde, paciente e forte o suficiente para ver, ouvir e calar. E mesmo que passem dias, 
meses ou anos, quando chegar a hora seja estratégico para analisar, decidir e falar.
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 1 
 
RESUMO 
No sector florestal Moçambicano a avaliação do crescimento e a determinação do rendimento 
das principais espécies plantadas (Pinus spp e Eucalypto spp) tem sido motivo de grandes 
preocupações. Portanto, o presente trabalho visa avaliar o crescimento e produção de Pinus 
elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. O estudo foi realizado nas plantações da IFLOMA 
em Bandula, distrito de Manica. Para este estudo foram utilizados dados do inventário 
florestal contínuo (IFC) oriundos de 6 parcelas permanentes de 0,125ha (50 x 25 m) em 
povoamentos de idades diferentes, sendo 4 de Pinus elliottii com 11, 11.2, 12 e 32.3 anos de 
idade e 2 de Pinus caribaea com 13 e 39.3 anos de idade. Para o monitoramento das parcelas 
usou-se uma amostragem em ocasião sucessiva com repetição total. As avaliações foram 
realizadas em duas ocasiões, 2013 e 2020. Em cada parcela, mediu-se o DAP, altura total e 
características qualitativas das árvores, nomeadamente forma de fuste (FT), estado sanitário 
(ES), e ramificação e bifurcação (RB) e também foram avaliados o incremento médio anual 
(IMA), incremento periódico (IP) e o incremento periódico anual (IPA), em termo de DAP, 
altura, área basal e volume. A densidade actual dos povoamentos foi de 912, 776, 696, 784, 
216, 712 árvores por hectare para 11; 11,2; 12; 13; 32,3 e 39,3 anos de idade, 
respectivamente. Para P. elliottii foi observado um incremento médio anual (IMA) para DAP, 
altura, área basal e volume de 2.84 cm/ano, 2.28 m/ano, 2.85 /ha/ano e 28.77 /ha/ano, 
respectivamente. E nos povoamentos de P. caribaea, o IMA foi de 3.23 cm/ano, 4.10 m/ano, 
5.98 /ha/ano e 118.86 /ha/ano paraDAP, altura, área basal e volume respectivamente. 
Quanto ao incremento periódico anual (IPA), o P. elliottii obteve uma média de 1.16 cm/ ano 
para DAP, 1.11 m/ano para altura, 2.18 /ha/ano para área basal e 22.73 /ha/ano para 
volume respectivamente, e nos povoamentos de P. cabaea o IPA foi de 0.34 cm/ano, 1.26 
m/ano, 1.91 /ha/ano, 49.54 /ha/ano para DAP, altura, área basal e volume 
respectivamente. Em ambas as espécies observou-se uma tendência de crescimento em todos 
os parâmetros dendrométricos (DAP, altura total, área basal e volume) das parcelas 
permanentes. Em relação as características qualitativas, os povoamentos de ambas espécies 
estudadas apresentaram árvores com fuste recto, sãs e com ramificação regular. Com base no 
teste de Chi-quadrado ( ) à ramificação e bifurcação das espécies mostraram diferenças 
significativas á 5% de nível de significância. Com base nos resultado observado no presente 
trabalho, todas as espécies apresentam bom crescimento e adaptação às condições daquele 
local. 
Palavras- chaves: Inventário florestal continuo, Parcelas permanentes, Incrementos, 
Produção. 
 
 
 
 
 
 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 2 
 
ABSTRACT 
In the Mozambican forestry sector, the evaluation of growth and the determination of the 
yield of the main planted species (Pinus spp and Eucalypto spp) has been of great concern. 
Therefore, the present work aims to evaluate the growth and production of Pinus elliottii 
Engelm. and Pinus caribaea Morelet. Through permanent installments. The study was carried 
out at IFLOMA's plantations in Bandula, Manica district. For this study we used data from the 
continuous forest inventory (IFC) from 6 permanent plots of 0.125 ha (50 x 25 m) in stands of 
different ages, 4 of Pinus elliottii with 11, 11.2, 12 and 32.3 years of age and 2 of Pinus 
caribaea with 13 and 39.3 years of age. For the monitoring of the plots, sampling was used on 
a successive occasion with total repetition. . The evaluations were carried out on two 
occasions, 2013 and 2020. In each plot, data were collected on DBH, height, qualitative 
characteristics of the trees, namely form of stem (FT), health status (ES), and branching and 
bifurcation (RB) and the average annual increment (IMA), periodic increment (IP) and the 
annual periodic increment (IPA) were also evaluated, in terms of DBH, height, basal area and 
volume. The population density was 912, 776, 696, 784, 216, 712 trees per hectare to 11; 
11.2; 12; 13; 32.3 and 39.2 years of age, respectively. For P. elliottii an average annual 
increase (IMA) for DBH was observed, height, basal area and volume of 2.84 cm / year, 2.28 
m / year, 2.85 / ha / year and 28.77 / ha / year / year , respectively. And in the P. 
caribaea stands, the IMA was 3.23 cm / year, 4.10 m / year, 5.98 / ha / year and 118.86 
 / ha / year, for DBH, height, basal area and volume respectively . As for the periodic 
increment (PI), P. elliottii obtained an average of 7.78 cm / year, 7.43 m / year, 12.16 / ha / 
year and 141.64 / ha / year for DBH, height, basal area and volume, respectively, and for 
the annual periodic increase (IPA), P. elliottii obtained an average of 1.16 cm / year, 1.11 m / 
year, 2.18 / ha / year and 22.73 / ha / year respectively, and in P. cabaea stands the IPA 
was 0.34 cm / year, 1.26 m / year, 1.91 2.18 / ha / year, 49.54 / ha / year for DBH, 
height, basal area and volume respectively. Regarding the qualitative characteristics, the 
stands of both studied species presented trees with straight, healthy and regular branches. 
Regarding branching and bifurcation, the species showed significant differences. Based on the 
results observed in the present study, all species show good growth and adaptation to the 
conditions of that location. 
Keywords: Continuous inventory, Permanent plots, Increments, Production. 
 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 3 
 
ÍNDICE 
Conteúdo...........................................................................................................................Paginas 
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... IV 
ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................. V 
LISTA DE ABREVIATURA ................................................................................................. VII 
RESUMO ................................................................................................................................... 1 
ABSTRACT ............................................................................................................................... 2 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 6 
1.1. Problema e Justificativa do Estudo .................................................................................. 7 
1.2. Objetivos .......................................................................................................................... 8 
1.2.1. Geral: ........................................................................................................................... 8 
1.2.2. Especifico: ................................................................................................................... 8 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 9 
2.1. Inventário florestal continua (IFC) .................................................................................. 9 
2.1.1. Amostragem em Múltiplas Ocasiões ........................................................................... 9 
2.1.2. Amostragem com repetição total (ART) ..................................................................... 9 
2.1.3. Amostragem com repetição Parcial (ARP) ................................................................ 10 
2.2. Parcelas Permanentes (PP) ............................................................................................ 10 
2.2.1. Tamanho, forma e número de parcelas permanentes. ................................................ 11 
2.2.2. Periodicidade das medições em parcelas permanentes .............................................. 12 
2.3. Medição dos parâmetros em parcelas permanentes ....................................................... 12 
2.4. Crescimento e produção florestal .................................................................................. 13 
2.4.1. Tipos de Crescimento ................................................................................................ 14 
2.4.2. Formas de expressar o crescimento ........................................................................... 15 
2.5. Mortalidade .................................................................................................................... 16 
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 18 
3.1. Descrição da área de estudo........................................................................................... 18 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 4 
 
3.1.1. Clima e Hidrografia ................................................................................................... 18 
3.1.2. Relevo e solo ..............................................................................................................19 
3.2. Materiais ........................................................................................................................ 20 
3.3. Métodos ......................................................................................................................... 20 
3.3.1. Medição de características fitossanitária ................................................................... 21 
3.3.2. Medição dos parâmetros quantitativos (DAP e Altura) ............................................. 22 
3.4. Análise de dados ............................................................................................................ 22 
3.4.1. Condições gerais das parcelas estabelecidas.............................................................. 23 
3.4.2. Determinação dos principais parâmetros dendrométricos ......................................... 23 
3.4.3. Analise das características qualitativas ...................................................................... 24 
3.4.4. Crescimento ............................................................................................................... 25 
3.4.4.1. Determinação do incremento médio anual (IMA) ................................................. 25 
3.4.4.2. Determinação do incremento periódico (IP) .......................................................... 25 
3.4.4.3. Determinação do incremento periódico anual (IPA) ............................................. 26 
3.4.5. Mortalidade ................................................................................................................ 26 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 27 
4.1. Condições gerais das parcelas permanentes .................................................................. 27 
4.1.1. Densidade dos povoamentos ...................................................................................... 27 
4.1.2. Distribuição diamétrica por parcela ........................................................................... 29 
4.1.3. Análise da distribuição diamétrica em relação a idade dos povoamentos ................. 32 
4.2. Principais parâmetros dendrométricos .......................................................................... 34 
4.3. Estimativa de crescimento dos povoamentos ................................................................ 36 
4.3.1. Incremento médio anual para P. elliottii e P. caribaea ............................................. 37 
4.3.2. Análise de curvas de crescimentos (IMA) para Pinus elliottii e P. caribaea ............ 39 
4.3.3. Incremento periódico e percentual de Pinus elliottii e Pinus. caribaea .................... 43 
4.3.4. Incremento periódico anual para P. elliottii e P. caribaea ........................................ 45 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 5 
 
4.3.5. Análise de curvas de crescimentos (IMA e IPA) para Pinus elliottii e Pinus caribaea
 47 
4.3.6. Avaliação das características qualitativas dos povoamentos ..................................... 51 
5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 55 
8. ANEXO ............................................................................................................................. 63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 6 
 
1. INTRODUÇÃO 
A predição do crescimento e da produção dos povoamentos florestais são informações 
essenciais e extremamente importantes para empresas actuantes no sector florestal. O 
conhecimento de estoques futuros de madeira e de outros produtos de interesse garante a estas 
empresas a possibilidade de um planeamento confiável de suas actividades relacionadas a 
todas as etapas da cadeia produtiva e, principalmente, quanto às questões voltadas ao mercado 
de seus produtos (Silva Neto, 2008). 
Para Pelico Netto & Brena, (1996) o Inventário florestal contínuo é a ferramenta básica que 
deve ser utilizada para conhecer as mudanças que ocorrem na floresta, sejam provenientes de 
perturbações naturais e/ou também de perturbações humanas, como a exploração e os 
tratamentos silviculturas. O principal objectivo desse procedimento é a obtenção de 
informações fundamentais aos manejadores para tomada de decisão como avaliação do 
crescimento e o ciclo de corte. 
Para o seu planeamento as empresas florestais se baseiam em um grande número de 
informações da espécie a produzir. Entre essas informações destaca-se o crescimento e a 
produção florestal. Essa estimativa leva em consideração o objectivo final da plantação 
(Mendoça, 2010). A dinâmica de crescimento da floresta pode ser compreendida através de 
estudos de crescimento e produção, os quais permitem relacionar parâmetros dendrométricos 
(Diâmetro, Altura, e Volume) em função do tempo (Scheeren et al., 2004). 
A estimativa do crescimento e da produção de uma espécie/povoamento pode ser feita com 
base nas medições sucessivas efectuadas em parcelas permanentes de um inventário florestal 
contínuo ou através de análise de tronco por meio da contagem de anéis de crescimento 
(Manga, 2011). 
Segundo Clutter et al., (1983), o método de parcelas permanentes tem vantagem de oferecer 
melhores dados para a estimativa de crescimento, apesar de ser bastante dispendiosa e morosa 
na obtenção de dados, enquanto a análise de tronco proporciona dados com praticamente a 
mesma qualidade dos obtidos por parcelas permanentes, apesar dos custos também serem 
altos, no entanto, os dados podem ser utilizados imediatamente. 
O presente estudo tem por objetivo, avaliar o crescimento e a produção de Pinus elliottii 
Engelm. e Pinus caribaea Morelet. na IFLOMA – MANICA 
 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 7 
 
1.1.Problema e Justificativa do Estudo 
A demanda crescente de madeira para o suprimento de matéria-prima tem suscitado a 
necessidade de realização de estudos mais detalhados sobre o crescimento de espécies 
florestais principalmente as do género Pinus (Manga, 2011). 
Em Moçambique as plantações florestais ocupam cerca de 600 mil hectares de área plantada 
em todo o país, sendo as espécies do género Pinus e Eucalyptus as mais abundantes, 
maioritariamente usadas para a produção de madeira serrada e postes Beck (2018). Contudo, a 
informação precisa e relevante sobre o crescimento de Plantações florestais é pouco 
conhecida (Mario, 2011). 
O conhecimento da dinâmica florestal é uma ferramenta importante para a melhor decisão 
quanto ao uso dos recursos florestais para diferentes fins, principalmente, quando se trata dos 
recursos madeireiros e para um gestor florestal, esse entendimento é fundamental em 
importantes tomadas de decisão, tal como projecção mais precisa do ciclo de corte e 
prescrição adequada de tratamentos silviculturais (Silva, 2001; Vatraz et al., 2012 & Sousa, 
2017). 
Para a elaboração de planos de maneio nas plantações florestais são necessárias informação 
referente à floresta sobre o estoque actual e a produtividade do estoque em crescimento, assim 
como sua produção esperada (Figueiredo, 2005 e Cunha, 2016). 
No sector florestal Moçambicano concretamente na Província de Manica em Bandula, a 
avaliação do crescimento e a determinação do rendimento nas plantações de Pinus sp e 
Eucalyptos sp tem sido motivo de grandes preocupações. A IFLOMA efectuou o 
estabelecimento das primeiras parcelas permanentes nos povoamentosde Pinus e Eucalyptos 
em 2013 na unidade de produção de Bandula (Macoô, 2013) & (Massingue, 2013), onde 
foram disponibilizadas as informações da primeira medição, contudo, no IFLOMA a falta de 
informação detalhada sobre o seu crescimento e produção nas plantações de Pinus sp e 
Eucalipto sp usando parcelas permanentes e existe pouca informação de estudos sobre 
avaliação do crescimento e produção nas plantações de Pinus usando parcelas permanentes. 
Para além de permitir o conhecimento do crescimento também permite a observação das 
mudanças ocorridas ao longo do crescimento e também servem como base para determinação 
do rendimento bem como permitir a avaliação dos efeitos das intervenções silviculturais. 
 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 8 
 
1.2.Objetivos 
1.2.1. Geral: 
 Avaliar o crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. 
na IFLOMA – MANICA. 
1.2.2. Especifico: 
 Analisar as características actuais dos povoamentos em termos de (Ni/ha, G/ha, Vi/ha) 
e a distribuição diamétrica; 
 Determinar as mudanças ocorridas ao longo do processo dinâmico em cada parcela 
permanente. 
 Analisar as características qualitativas de forma de tronco (FT), estado sanitário (ES) e 
ramificação e bifurcação (RB). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 9 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1.Inventário florestal continua (IFC) 
De acordo com (Lima, 2010) o Inventário florestal é uma actividade que avalia o potencial 
qualitativo e quantitativo das espécies que compõe o ecossistema na qual funciona como a 
base para o planeamento do uso dos recursos madeireiros e não madeireiros. 
No IFC todas as unidades amostrais medidas na primeira ocasião são instaladas de maneira 
que possam ser remedidas na floresta repetidas vezes, por meio da amostragem em múltiplas 
ocasiões, no qual conta com, basicamente, quatro modalidades de processos de amostragem: 
Amostragem independente, Amostragem com repetição total, Amostragem com repetição 
parcial e Amostragem dupla (Pelico Netto & Brena, 1996). Muitas vezes, a instalação de 
unidades amostrais permanentes é a melhor forma de estimar os componentes de mudança da 
floresta ao longo do tempo (Qeroz, 1998). 
Os inventários florestais são importantes ferramentas utilizadas no diagnóstico do potencial 
produtivo de florestas. É através dos resultados dos inventários florestais que se apoiam 
decisões importantes acerca da viabilidade de empreendimentos florestais que exigem 
investimentos de alguns milhões de dólares (Cunha, 2004). 
Para o planeamento de inventário florestal por amostragem alguns elementos devem ser 
considerados como base. Decisão de implementar uma distribuição sistemática ou aleatória 
das unidades amostras, Distribuição das unidades de amostras em estratos, extensão e forma 
das unidades de amostras. 
2.1.1. Amostragem em Múltiplas Ocasiões 
Amostras repetidas ou amostras em ocasiões em inventários florestais tem três objectivos 
principais sendo eles: Estimar as quantidades e características da actual floresta no primeiro 
inventário, Estimar as quantidades e características da actual floresta no segundo inventário e 
estimar as mudanças ocorridas na floresta durante um determinado período de crescimento 
(Husch et al., 1982 e Lima, 2010). 
2.1.2. Amostragem com repetição total (ART) 
Esse processo de amostragem ocorre em múltiplas ocasiões, cuja amostra da segunda ocasião 
constitui uma subamostra da primeira ocasião. Esse tipo de amostra é usado quando os 
recursos financeiros são escassos, pouco tempo para a realização do trabalho. Torna-se uma 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 10 
 
grande amostragem na primeira ocasião, obtendo-se estimativas precisas do total da 
população ou da média da variável auxiliar e na segunda ocasião torna-se apenas uma 
subamostra da primeira. Onde a remedição dessas subamostra estabelece uma correlação entre 
as variáveis medidas nas duas ocasiões, permitindo obter estimativas mais precisas na 
segunda ocasião, ou redução do custo de amostragem para uma precisão fixada (Pellico Neto 
e Brena,1997 & Lima, 2010). 
2.1.3. Amostragem com repetição Parcial (ARP) 
Neste procedimento de amostragem sucessiva, parte das unidades de amostragem medidas na 
primeira ocasião é remedida em uma segunda e a outra parte se refere a unidades de amostra 
novas. Ware e Cunia, (1962), citados por Pelico Netto e Brena (1997). 
2.2.Parcelas Permanentes (PP) 
As Parcelas Permanentes têm sido amplamente usadas para estudar o comportamento de 
florestas manejadas em relação a sua composição, crescimento, ingresso de novas plantas e 
mortalidade (Chiew and Garcia, 1989; Primack et al., 1989; Rai, 1989; Silva et al., 1996), e 
como forma de prever produção e rendimentos em projectos de maneio florestal (G-
Monitoramento, 2004). 
As unidades amostrais ou parcelas são áreas delimitadas para observar e mensurar 
características qualitativas e, ou quantitativas de uma população florestal. As parcelas 
utilizadas para a amostragem florestal, quanto sua abordagem no tempo, pode ser classificada 
em dois tipos principais: permanentes e temporárias (Neto & Brena, 1997). 
De acordo com (Couto et al., 1989 & Sousa, 2017) as parcelas permanentes são áreas 
delimitadas, onde todas as árvores a partir de um diâmetro mínimo são mensuradas, marcadas 
e identificadas. Esses procedimentos permitem reencontrar as mesmas árvores e realizar a 
mensuração ao longo do tempo. São usadas para estudos de crescimento, ou quando se quer 
estudar com precisão as mudanças ocorridas na floresta. 
Com o uso de parcelas permanentes se tem o maior controle, como as avaliações são 
realizadas nos mesmos indivíduos, os dados tendem a fornecer estimativas mais confiáveis do 
estoque e das alterações que ocorrem na floresta, ou seja, as taxas sobre as alterações relativas 
à estrutura, composição, mortalidade e regeneração e os factores ecológicos que afectam essa 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 11 
 
dinâmica dos indivíduos arbóreos em determinado período de tempo (Scolforo & Mello, 
2006). 
No entanto, o estabelecimento e a manutenção de parcelas permanentes demandam alto custo 
financeiro e exige comprometimento por longo prazo de especialistas e técnicos envolvidos, o 
que muitos administradores de empreendimentos consideram uma desvantagem, sendo 
necessário que os procedimentos de instalação e colecta de dados sejam cuidadosamente 
avaliados a fim de se evitar acurácias, erros e tendências nos dados (Sanquetta et al., 2008 e 
Sousa, 2017). 
As parcelas temporárias, por sua vez, não são marcadas no campo e após a medição são 
desprezadas. Elas são características de inventários convencionais e muito utilizadas quando 
se quer uma informação estática da floresta, como no caso de inventários pré corte quando 
pouco tempo após a medição do povoamento florestal será cortada (Couto at al., 1989 e 
Sousa, 2017). 
As parcelas temporárias fornecem estimativas sobre estoques actuais de volume e sobre taxas 
de crescimento presentes na área, que não reflectem, no entanto, com a precisão necessária, as 
tendências de comportamento futuro da floresta porque são oriundas de medições únicas em 
diferentes povoamentos (Sousa, 2017). E como desvantagem cita-se o fato de elas não 
captarem as mudanças ocorridas napopulação, no caso de inventários (Scolforo & Mello, 
2006). 
2.2.1. Tamanho, forma e número de parcelas permanentes. 
O tamanho da parcela depende dos objectivos da pesquisa, das condições do povoamento, da 
duração esperada do estudo e dos custos. Parcelas muito pequenas produzem estimativas com 
alta variabilidade e podem conduzir a estimativas tendenciosas dos coeficientes de modelos 
de regressão. A variabilidade diminui com o aumento do tamanho das parcelas (Oliveira et 
al., 2005). 
Recomenda-se a utilização de parcelas como unidades amostrais permanentes, estas podem 
possuir diferentes formatos (circulares, quadradas, rectangulares, combinações de formatos 
em agrupamentos), e ser usadas em diferentes situações. No entanto, por uma série de razões, 
recomenda-se o uso de parcelas com formatos quadrados ou rectangulares, principalmente 
pela facilidade de alocação (Filfili et al., 2005). 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 12 
 
Segundo (Alder & Synnott, 1992 & Oliveira et al., 2005) recomendam uma parcela 
permanente a cada 100 ha para inventário com vistas ao maneio florestal e uma parcela 
permanente a cada 1000 ha para estimativa do estoque em crescimento quando suplementada 
por outros tipos de inventário (uso de sensoriamento remoto ou parcelas temporárias). As 
parcelas permanentes poderão ser estabelecidas em campo de forma imediata ou gradual, na 
proporção de 1 ha de parcelas para cada 250 ha de área manejada até o limite de 50 ha 
amostrados (GT-Monitoramento, 2004). 
No que concerne ao tamanho das parcelas permanentes, estas geralmente são maiores que as 
parcelas temporárias, de modo a garantir uma boa eficiência na avaliação das variáveis 
dendrométricas por unidade de área. Desta feita, o tamanho mínimo recomendável é de 1 ha 
(100 x 100 m) para florestas tropicais, e um tamanho relativamente menor para florestas 
homogénea das zonas temperadas e plantações florestais (Alder & Synnott, 1992; Vanclay et 
al., 1995; Tomé, 2007). Portanto, em plantações florestais recomenda-se estabelecer parcelas 
permanentes com tamanho que varia 0,04 a 0,08 hectares (Alder, 1980; Oliveira et al., 2005). 
Outro factor a considerar na determinação do número de parcelas a estabelecer é a 
disponibilidade de fundos, pois, normalmente parcelas permanentes apresentam elevados 
custos de estabelecimento e manutenção e, requerem disponibilidade de recursos por um 
longo período de tempo, o que muitos administradores de empreendimentos consideram uma 
desvantagem (Oliveira, et al., 2005). 
2.2.2. Periodicidade das medições em parcelas permanentes 
Deve-se estabelecer e tentar seguir o mais fielmente possível o esquema de remedições. O 
intervalo entre as medições depende das condições do povoamento e dos objectivos das 
parcelas. Para povoamentos de crescimento rápido (povoamentos jovens, sítios bons) deve-se 
empregar intervalos curtos entre as remedições (de ano em ano). Em florestas naturais, 
normalmente, são empregados intervalos de 2 a 5 anos e em florestas plantadas de 2 a 4 anos 
em plantações adultas, o período entre duas medições consecutivas pode ser reduzido, em 
virtude de seu rápido crescimento (Alder & Synnott, 1992, Oliveira et al., 2005). 
Para (Silva & Lopes, 1984) as sucessivas medições em parcelas permanentes devem ser 
executadas no mesmo período do ano em que as primeiras foram realizadas. Este período 
deve coincidir com o período de dormência vegetativa, ou seja, na estação seca. 
2.3.Medição dos parâmetros em parcelas permanentes 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 13 
 
As medições das variáveis dendrométricos (DAP, altura total, altura dominante, etc) devem 
ser feitas com o método mais rigoroso possível e deve-se evitar mudanças no tipo de 
equipamento utilizado para a medição das variáveis ao longo do tempo (Tomé, 2007). Além 
disto, durante a marcação e medição dos indivíduos torna-se importante observar detalhes que 
possam vir a complementar as análises, tais como, evidências de perturbações, tipo de solo, 
rochosidade, inclinação do terreno, proximidade de cursos de águas ou nascentes, abertura de 
dossel, presença de espécies invasoras, dentre outros (Felfili et al., 2005). 
Na primeira medição todas as árvores inclusas na parcela, incluindo as quebradas ou 
danificadas, devem ser medidas. Nas medições subsequentes, as árvores mortas (ainda em 
pé), devem ser medidas uma única vez, na medição imediatamente após a morte, com vista a 
estimar a mortalidade em área basal e volume. Contudo, não é recomendável medir as árvores 
mortas com o fuste danificado, sem casca ou qualquer outra anormalidade, que cause erros na 
medição, sendo portanto considerado o diâmetro da medição anterior (Silva et al., 2005). 
Para obtenção de resultados confiáveis em medições sucessivas, deve-se sempre verificar a 
consistência dos dados entre medições subsequentes e corrigir discrepâncias (incrementos 
muito elevados ou negativos), considerando-se que a primeira medição é sempre mais 
propensa a erros. Não obstante, pode-se evitá-los efectuando-se duas medições sucessivas à 
época da instalação das parcelas, sendo a segunda para fins de verificação dos dados (Oliveira 
et al., 2005). 
Uma vez detectadas as discrepâncias, deve-se verificar nas anotações de campo as anomalias 
que deram origem à discrepância. Estes dados discrepantes, não participam no cálculo dos 
incrementos, pois podem mascarar os resultados. Neste caso, deve-se também explicar na 
metodologia do trabalho que foram eliminados dos cálculos de incrementos os dados 
discrepantes. Contudo, as árvores que apresentarem defeitos ou discrepâncias que impedem o 
cálculo dos incrementos devem ser usadas nas análises de sobrevivência (Felfili et al., 2005). 
2.4.Crescimento e produção florestal 
Os componentes mais importantes do desenvolvimento de floresta são o crescimento 
(incremento) e produção, ingresso e mortalidade. O crescimento consiste no alongamento e 
engrossamento das raízes, tronco e galhos. O crescimento causa mudanças na árvore, 
influenciando o seu peso, volume e forma. O crescimento linear de todas as partes da árvore é 
proveniente do meristema primário. Já o crescimento do diâmetro é proveniente do meristema 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
MANICA 
 
Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 14 
 
secundário ou câmbio através da deposição de camadas justaposta de lenho (Scolforo, 1998). 
Segundo Vanclay (1994), o incremento é o processo natural de crescimento das árvores vivas. 
Os termos crescimento, incremento e produção florestal definem diferentes aspectos da 
dinâmica de desenvolvimento de uma árvore ou de uma floresta. Assim, medidas sucessivas 
são necessárias para obter-se tal valor, considerando a mudança de tamanho no início e no fim 
do período analisado. Em contrapartida, produção de uma floresta é o resultado do 
crescimento em tamanho, peso e volume da árvore (Koehler, 2009). 
Em parcelas permanentes o crescimento é estimado através da diferença entre medições feitas 
em pelo menos duas ocasiões, uma no início e outra num dado período posterior, e a essa 
diferença se denomina "incremento." O incremento determina o rendimento e pode ser 
considerado como a “taxa de acumulação" de um produto. Em um sentido restrito das ciências 
florestais, é simplesmente a taxa de acumulação de rendimento (Martins et al., 2009). 
Enquanto a técnica de dendrocronologia, que na qual baseia-se em estudos fisiológicos das 
plantas, não for completamente dominada, o recurso mais acessível para estudar o 
crescimento individualou do povoamento florestal é o uso de parcelas permanentes, através 
de medições sucessivas sobre os mesmos indivíduos (Silva, 2001). 
2.4.1. Tipos de Crescimento 
O conhecimento apropriado do comportamento de cada variável dendrométricos é importante 
para definir as estratégias de maneio, sejam sob a óptica silvicultura, económica, ambiental 
e/ou social tanto para florestas plantadas como para florestas nativas (Scolforo, 1998). Os 
principais tipos de crescimento em florestas são: crescimento em diâmetro, em altura, em área 
basal e em volume. 
O crescimento em diâmetro é influenciado pelo genótipo, do sítio e do espaçamento em que 
esta floresta foi alocada. Quanto mais produtivo o sítio for, mais inclinada será a sua curva de 
produção (Scolforo, 1998 e Siqueira et al., 2009). 
O crescimento em altura depende do genótipo, do sítio, do espaçamento e da posição no 
povoamento em que esta árvore se encontra (Scolforo, 1998). A curva média de produção em 
altura será mais inclinada quanto mais produtiva for o sítio e quanto mais inclinada a curva de 
produção em altura, maiores serão os valores de incremento corrente anual (ICAh). 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 15 
 
O crescimento em área basal são muito influenciados pela densidade, assim como pelos 
demais factores já mencionados para o diâmetro e altura. Em um menor espaçamento se tem 
mais volume e área basal por unidade de área, mas plantas com menor média aritmética em 
diâmetro que nos maiores espaçamentos (Scolforo, 1998). 
2.4.2. Formas de expressar o crescimento 
Existem diferentes maneiras para expressar o crescimento, podendo-se citar o incremento 
corrente anual (ICA), o incremento médio anual (IMA), o incremento periódico (IP) e o 
incremento periódico médio (IPM), seja ele anual (IPA) (Scolforo, 1998). Os incrementos são 
utilizados para descrever o desenvolvimento de determinada característica quantitativa (altura, 
diâmetro, área basal, volume) em determinado período de tempo, e podem ser expressos 
através de curvas de crescimento ou também por modelos aplicados aos dados avaliados, 
assim, serão expressos os crescimentos através de curvas de crescimento (Finger, 1992; 
Scolforo, 2006 e Mamore, 2016). 
O incremento corrente anual expressão crescimento ocorrido entre o início e o fim da estação 
de crescimento, em um período de 12 meses, ou entre dois anos consecutivos. Esse 
crescimento também é conhecido como crescimento acumulado, incremento corrente anual 
(ICA) ou simplesmente como incremento anual (IA), correspondendo o que a árvore cresceu 
no período de um ano (Encinas et al., 2005 e Siqueira et al., 2009). 
 Equação 
[1] 
Onde: 
ICA = incremento corrente anual; 
Yt = dimensão da variável considerada na idade t0; 
Yt+1 = dimensão da variável considerada no ano seguinte. 
O incremento médio anual expressa o crescimento linear da variável considerada. O valor do 
incremento ou crescimento médio anual (IMA) expressa a média do crescimento total a certa 
idade da árvore. Expressa, portanto, a média anual do crescimento para qualquer idade. É 
obtido pela divisão da grandeza actual da variável considerada pela idade a partir do tempo 
zero (Siqueira et al., 2009). 
 
 
 
 Equação [2] 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 16 
 
Onde: 
IMA = incremento médio anual; 
to = idade a partir do tempo zero; 
Yt = dimensão da variável considerada. 
O incremento periódico (IP) é o crescimento do elemento dendrométrico considerado durante 
um determinado período de tempo. Esta é uma das formas mais usuais de expressar o 
crescimento, principalmente no caso das florestas nativas (Scolforo, 1998). Expressa o 
crescimento em um período de tempo determinado (Encinas et al., 2005). 
 Equação [3] 
Onde: 
IP = incremento periódico; 
Y = dimensão considerada; 
t = idade; 
n = período de tempo; 
O incremento ou crescimento periódico anual (IPA) é o que a árvore cresceu em média de um 
determinado período de anos. Por exemplo, o que a árvore cresceu em 5, 10 ou 15 anos. O 
cálculo se baseia nos valores do início e fim do período, e o número de anos (Encinas et al., 
2005 citado por Siqueira et al., 2009). 
 
 
 
 Equação [4] 
 
 
 
 Equação [5] 
Onde: 
IPA=Incremento periódico anual; 
IP = incremento periódico; 
IP% =Incremento periódico percentual; 
Y = valor médio da variável considerada (DAP, altura, G/ha ou V/ha); 
t = idade; 
n = período de tempo. 
2.5.Mortalidade 
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A mortalidade pode ser definida como o número de indivíduos existentes inicialmente e que 
morreram em um dado período no tempo, podendo ser expressa como uma taxa explícita dada 
pela razão entre o número de indivíduos que morreram e o total existente anteriormente ao 
evento causador da morte (Campos & Leite, 2013.) 
A morte de uma árvore é reconhecida pelas características fenotípicas do indivíduo, como a 
perda de folhas e ressecamento do material lenhoso. Do ponto de vista fisiológico, a morte de 
uma árvore é dada quando seus processos (respiração, fotossíntese etc.) cessam (Souza, 
2012). 
Em florestas naturais a mortalidade pode ser um evento aleatório e dinâmico. Em florestas 
não perturbadas pode ser causada por vários factores, tais como: ventos, queda de galhos, 
perda de copa, quebra de tronco, queda de outras árvores, dentre outros, além da simples 
mortalidade em pé (velhice, doenças e pragas) (Sanquetta, 1996). 
 Equação [6] 
 (
 
 
) Equação [7] 
Onde: 
M = número de árvores mortas/ano; N1 = número de árvores mortas ocorridas na primeira 
medição; N2 = número de árvores mortas ocorridas na segunda medição; M% = número de 
árvores mortas percentuais; N = número de árvores totais encontradas na segunda medição. 
Avaliação do crescimento e produção de Pinus elliottii Engelm. e Pinus caribaea Morelet. Na IFLOMA - 
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3. MATERIAIS E MÉTODOS 
3.1.Descrição da área de estudo 
O estudo foi realizado no IFLOMA nas plantações de P. elliottii e P. caribaea, localizada na 
unidade de produção de Bandula, na Localidade de Messica, distrito de Manica, na província 
de Manica. O distrito de Manica possui uma superfície de 2942 , E é limitado a Norte pelo 
distrito de Bárue, ao Sul pelo distrito de Sussundenga, a Este pelo distrito de Gondola e a 
Oeste pela República do Zimbabwe (Ministério de Administração Estatal – INE, 2019). As 
plantações estudadas localizam-se nos postos administrativos de Messica, e Vanduzi (actual 
distrito de Vanduzi), entre os paralelos 18°58'S e 19°03'S e entre os meridianos 33°10'E e 
33°12'E, como mostra a figura 1. 
 
Figura 1: Mapa da localização das parcelas remedidas. 
Adaptado (Autor) 
3.1.1. Clima e Hidrografia 
O clima do distrito, segundo a classificação climática de Koppen é do tipo temperado húmido 
(Cw). Aregião montanhosa de Manca regista valor médio anual na ordem dos 1000 e 1200 
mm de chuvas. Em geral, a repartição das chuvas é desigual ao longo do ano, observando 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 19 
 
claramente a existência de duas estacões bem distintas, a estacão chuvosa e a seca. A estacão 
chuvosa tem início no mês de Novembro e seu término no mês de Abril, e a estação seca tem 
duração de 2 a 5 mês A temperatura média anual é cerca de 21 ºC, com mínima de 14 0C e 
máxima de 28,4 0C (MAE, 2005). A evapotranspiração média anual é cerca de 1220 – 1290 
sendo este superior ao valor da precipitação média anual. A região de Manica é drenada pelo 
rio Revue e seu afluente. Por sua vez, este drena as suas águas no rio Buz que é a bacia 
hidrográfica principal. 
3.1.2. Relevo e solo 
O distrito de Manica é constituído por cadeias montanhosas ocorrendo de Sul a Norte da 
província ao longo da faixa fronteiriça com Zimbabwe. Esta formação compreende basaltos, 
riolitos e lavas alcalinas. A maior parte dos afloramentos formam cristas e cadeias 
montanhosas que chegam a atingir 1500 – 2000 metros de altitude. Os solos desta região são 
argilosos vermelhos óxicos ou castanhos avermelhados, profundos, bem drenados e a 
topografia é suavemente ondulada. Nos declives superiores e nos afloramentos rochosos os 
solos são litólicos com textura franco-arenosos, pouco profundos e com drenagem excessiva 
(MAE, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.2.Materiais 
No quadro abaixo esta apresentada à lista de materiais usados na execução do trabalho e as 
suas respectivas funções ao decorrer das actividades: 
Quadro 1: Matérias usadas para a realização do trabalho. 
 Material Função 
1 GPS Para marcação das coordenadas das parcelas 
2 Suta Para medir o diâmetro a altura de peito das árvores (DAP) 
3 Fita métrica Para dimensionamento das parcelas 
4 Ficha de registo Para o registo de dados 
5 Hipsômetro vertex Para medir altura total 
6 
7 
8 
Corda 
Tinta spray 
Microsoft Excel 2016 
Para delimitar as parcelas 
Para marcar as árvores medidas na parcela 
Para o processamento de dados 
3.3.Métodos 
A remedição das parcelas permanentes foi efectuado no mês de Janeiro de 2020. Para este 
estudo foram utilizados dados do inventário florestal contínuo (IFC) oriundos de 6 parcelas 
permanentes de 0,125ha (50 x 25 m) em povoamentos de idades diferentes, sendo 4 de Pinus 
elliottii Engelm. e 2 de Pinus caribaea Morelet. As parcelas foram remedidas de acordo com 
os critérios e procedimentos técnicos de instalação, medição, manutenção e, monitoria de 
Parcelas Permanentes seguindo a metodologia recomendada por Alder & Synnott, (1992). 
Para o monitoramento das parcelas usou-se uma amostragem em ocasião sucessiva com 
repetição total. As parcelas foram instaladas em 2013 por (Macoô, 2013) e remedidas no ano 
de 2020 pelo presente estudo, onde foram medidos todos os indivíduos inclusos na parcela e o 
diâmetro a altura do peito (DAP) mediu-se a 1,30 m do solo. 
As parcelas permanentes estabelecidas na primeira ocasião, foram localizadas e identificadas 
com base nas coordenadas geográficas da primeira ocasião, de seguida foram identificados os 
cantos das parcelas e cada árvore inclusa na parcela, a orientação das medições foram feitas 
de acordo com as linhas da plantação com base no vértice mais próximo do caminho de 
acesso a parcela. 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 21 
 
Para facilitar a ordem de medição, marcação e enumeração das árvores, foram identificados 
todos os indivíduos enumerados na primeira ocasião. Na enumeração foram consideradas as 
árvores mortas. 
Os dados colhidos em cada parcela permanente foram referentes aos seguintes parâmetros: 
diâmetro à altura do peito (DAP), altura total (H), características qualitativas de forma do 
tronco (FT), estado sanitário (ES), ramificação e bifurcação (RB), bem como informações das 
parcelas em termos de actividades silvicultural (limpeza dos talhões, adubação, desbaste, 
desrame e colheita). 
3.3.1. Medição de características fitossanitária 
O estado fitossanitário foi avaliado através de observações directas obedecendo a 
classificação apresentada na adaptação de (Germano, 2005) e (Serrote, 2008) usada na 
primeira ocasião em 2013, sendo estado sanitário (ES), forma de tronco (FT) e ramificação e 
bifurcação (RB) de cada árvore, foram obtidos a partir da atribuição da pontuação de 1 a 5, 
representando diferentes classes de qualidade das árvores, para todos os parâmetros conforme 
a classificação estabelecida. 
Quadro 2: Descrição das classes de qualidade das árvores. 
 Características fitossanitárias 
Pontuação Forma de tronco Estado sanitário Ramificação e bifurcação 
1 Recto Sã Regular 
2 Ligeiramente curva Parcialmente afectada Ramos forte no último ¼ do tronco 
3 Muitas curvas suaves Metade afectada Bifurcação forte no último ¼ do tronco 
4 Curvo, 1 a 2 curvas 
acentuadas 
Completamente 
afectada 
Bifurcação a partir de ¼ da altura 
5 Curvo, 3 ou mais 
curvas acentuadas 
Árvore morta Bifurcação a partir do início 
Sendo Forma de tronco: Recto (troncos com curvatura no ultimo ¼ da árvore, Ligeiramente 
curva (tronco com curvas a partir de ¼ da árvore, Muitas curvas suaves (troncos com 
curvaturas no inicio até ao ultimo ¼ da árvore, Curvos, 1 a 2 curvas acentuadas (troncos com 
curvas acentuadas no inicio e depois do ¼ da árvore. 
Estado sanitário: Sá (árvores sem nenhum sinal de ataque de pragas, trepadeiras e ferimentos), 
Parcialmente afectadas (árvores com térmites no topo das copas e com ferimentos); Metade 
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afectada (árvores com presença de ramos secos e quebrados); Completamente afectada 
(árvores com sinal de ataque de pragas, trepadeiras, ferimentos); Árvore morta (covas sem 
plantas, árvores caídas e secas). 
Ramificação e Berfuração: Regular (tronco sem bifurcação a partir do inicio até no ultimo ¼); 
Ramos forte no último ¼ do tronco (troncos com ramos fortes no ultimo ¼ da árvore); 
Bifurcação a partir do início (tronco com presença de duas árvores a baixo do ponto de 
medição do diâmetro ou 1.3 do solo). 
3.3.2. Medição dos parâmetros quantitativos (DAP e Altura) 
As medições do diâmetro foram efectuadas em todas as árvores inclusas na parcela, utilizando 
uma suta com graduação em centímetros. As medições foram efectuadas a 1,3 metros da 
superfície do solo. Para árvores com defeitos na altura de 1,3 m, houve a necessidade de se 
alterar o ponto de medição, e para as árvores bifurcadas abaixo de 1,3 m da altura, 
considerou-se cada bifurcação como uma árvore individual, conforme os critérios 
apresentados na figura 1 dos anexos 3, de acordo com cada situação referida. 
Para garantir que nas ocasiões subsequentes as medições sejam efectuadas no mesmo ponto 
de medição, após a medição de diâmetro, em cada árvore marcou-se permanentemente o PMD 
com tinta Spray de cor vermelha fluorescente. E para facilitar a identificação das árvores nas 
ocasiões subsequentes, foram enumeradas apenas três árvores em cada linha, isto é, no início, 
no meio e no fim de cada linha na parcela de acordo com a ordem de medição. Na 
enumeração foram consideradas também as árvores mortas e falhas (covas sem plantas, 
árvores caídas ou secas),tendo-se colocado uma observação na ficha de campo (anexo 4). 
As alturas foram medidas com auxílio de um hipsómetro vertex III, em apenas três árvores em 
cada linha, isto é, no início, no meio e no fim de cada linha na parcela. No caso da árvore 
morta ou falha (covas sem plantas), mediu-se a altura da árvore mais próxima na mesma 
linha. 
3.4.Análise de dados 
Por meio das duas medições realizadas nos povoamentos nos anos de 2013 e 2020, foram 
determinados estimativas dos parâmetros, onde para cada parcela permanente foram 
calculados os valores dos seguintes parâmetros: número de árvores por hectare (N/ha); área 
basal (G/ha); volume (V/ha), assim como o incremento médio anual (IMA), o incremento 
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periódico (IP) e o incremento periódico anual (IPA) em DAP, altura, área basal e volume e os 
dados foram analisados na planilha electrónica Microsoft Office Excel 2010. 
3.4.1. Condições gerais das parcelas estabelecidas 
A caracterização actual das parcelas foi feita com base na análise dos seguintes parâmetros: 
densidade do povoamento, percentagem de mortalidade e distribuição diamétrica dos 
indivíduos, volume por hectare (Vi/ha) e área basal por hectare (G/ha). 
O número de árvores por hectare expressa a densidade do povoamento em termos de número 
médio de indivíduos existente em cada unidade de área e foi obtido com base na seguinte 
ralação proposta por (Campos & Leite, 2013.): 
 
 
 
 Equação [8] 
Onde: 
Ni – número de árvores por hectare da parcela i 
ni – número de árvores encontradas na parcela i 
a – área da parcela (a=0,125 ha) 
3.4.2. Determinação dos principais parâmetros dendrométricos 
De forma a conhecer o tamanho e o stock ou a quantidade de madeira de cada povoamento 
foram determinados os valores dos seguintes parâmetros dendrométricos: DAP, altura total, 
área basal e volume, de modo a caracterizar os povoamentos florestais. 
A estimativa da área basal (G) foi dada pelo somatório das seções transversais dos indivíduos 
sobreviventes nesta segunda ocasião onde determinou-se com base na seguinte fórmula 
proposta por (Campos & Leite, 2013.): 
 ⁄ ∑
 
 
 Equação [9] 
Onde: 
G/ha - Área basal por hectare em m
2
/ha 
a – área da parcela; 
gi – secção transversal de cada árvore na parcela em m
2 
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O volume individual de cada árvore foi calculado com base na relação entre o DAP, altura e o 
factor de forma. O factor de forma usado foi de 0,65, determinado por Américo (2011) para 
Pinus elliottii na plantação de Inhamacari e usado na primeira ocasião (Macoô, 2013). 
 
 
 
 Equação [10] 
Onde: 
Vi – volume da árvore i em metros cúbicos m
3 
DAP – diâmetro a altura do peito em metros; 
H- altura dominante em metros; 
ff – factor de forma igual a 0.65; 
Para o volume médio por unidade de área na qual expressa a quantidade de madeira em m
3 
disponível em cada unidade de área, foi determinada com base na seguinte fórmula: 
 
 
 
 Equação [11] 
Onde: 
V – volume por unidade de área para cada povoamento; 
n – número de parcelas; 
a – área da parcela; 
Vi – volume da árvore i, 
3.4.3. Analise das características qualitativas 
A avaliação das características qualitativas foi efectuada mediante a análise da distribuição de 
frequências de cada classe de qualidade para cada característica em estudo (FT, RB e ES). As 
frequências foram calculadas com base na seguinte expressão proposta por (Serrote, 2008): 
 
 
 
 Equação [12] 
Onde: 
Fi – frequência em cada classe de qualidade em percentagem; 
ni – número de indivíduos que apresentaram a classe de qualidade i para cada característica na 
parcela; 
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N – número total de indivíduos encontrados na parcela; 
Para verificar se a distribuição de frequências das características qualitativas varia entre os 
povoamentos de diferentes idades, avaliou-se a associação entre as classes de qualidade das 
árvores e a idade dos povoamentos. Para tal foi feito o teste de Chi-quadrado ( ) a 95% de 
nível de confiança, sob a hipótese nula de que a “qualidade das árvores não está associado a 
idade do povoamento”. Os valores de chi-quadrado calculado foram obtidos com base na 
seguinte fórmula proposta por (Correia, at al., 2008): 
 =
 
 
 Equação [13] 
Onde: 
 - Chi-quadrado calculado; 
Vo – frequência observada; 
Ve - frequência esperada; 
3.4.4. Crescimento 
O crescimento foi calculado para (DAP, H, G e V) para cada povoamento, por meio da 
diferença entre as medidas nas ocasiões. Posteriormente, foi obtido o incremento médio anual 
(IMA), incremento periódico (IP) e incremento periódico anual (IPA) pelos anos 
correspondentes ao período considerado. 
3.4.4.1.Determinação do incremento médio anual (IMA) 
O IMA expressa a média do crescimento total a uma determinada idade do povoamento, isto 
é, a média anual do crescimento em Para qualquer idade. O IMA para DAP, 
altura, área basal e volume do povoamento foi calculado com base na relação entre o valor 
médio de cada parâmetro e a idade do povoamento a com base na equação 2: 
3.4.4.2.Determinação do incremento periódico (IP) 
O Incremento periódico (IP) expressa o crescimento do elemento dendrométricos considerado 
durante um determinado período de tempo. O IP para DAP, altura, área basal e volume do 
povoamento foi calculado com base na relação entre o valor médio de cada parâmetro e a 
idade do povoamento segundo a equação 3 e 10. 
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3.4.4.3.Determinação do incremento periódico anual (IPA) 
O incremento ou crescimento periódico anual (IPA) expressa o que a árvore cresceu em 
média de um determinado período de anos. O IPA para DAP, altura, área basal e volume do 
povoamento foi calculado com base na relação entre o valor médio de cada parâmetro e a 
idade do povoamento segundo a equação 4. 
3.4.5. Mortalidade 
A taxa anual de mortalidade foi calculada por meio da razão entre o número de árvores mortas 
entre as duas medições e o número de árvores vivas nesta segunda medição. Onde foram 
contabilizados o número de árvores viva na primeira ocasião e nesta segunda ocasião não 
apresentarem características vitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
4.1.Condições gerais das parcelas permanentes 
4.1.1. Densidade dos povoamentos 
A densidade dos povoamentos foi expressa em termos de números de árvores por hectare, que 
nos indica a quantidade média de indivíduos que podem ser encontrados em uma unidade de 
área, como mostra a tabela abaixo. 
Tabela 1: Espécie, densidade média inicial (na época do plantio) densidade na 1° ocasião e 
densidade actual,e mortalidade das plantas em povoamentos de diferentes idades. 
Talhão Espécie Idade 
(anos) 
Densidade (ha-1) Mortalidade 
(%) Inicial 1° Ocasião Actual 
1.11 P. ellioottii 11 1111 920 912 0.88 
1.13 P. ellioottii 11.2 953 776 776 0.00 
1.1 
7.15 
P. ellioottii 
P. caribaea 
12 
13 
1111 
1111 
680 
800 
696 
784 
-2.30 
2.04 
24.1 P. ellioottii 32.3 1111 312 216 44.44 
5.11 P. caribaea 39.3 1111 720 712 1.12 
Media 1084.67 701.33 682.67 7.70 
CV (%) 5.95 29.60 35.30 234.64 
A densidade média inicial dos povoamentos foi de 1085 árvores por hectare, sendo que na 1° 
ocasião reduziu para cerca de 701.3 árvores por hectare e nesta segunda ocasião conta com 
cerca de 682.7 árvores por hectare, o que corresponde a uma taxa de sobrevivência média de 
aproximadamente 63.38% e com uma mortalidade média de 7.70% após a primeira medição. 
A redução no número de árvores actual em relação à 1° ocasião se deve a queda e morte das 
árvores, pois segundo Sr. Paulino (comunicação pessoal), um dos trabalhadores da empresa, 
em todos os povoamentos de Pinus spp não foram realizados os desbastes até mesmo nos 
talhões antigos (talhões 5.11 e 24.1), que já atingiram a idade de rotação e já deveriam ter sido 
desbastados. Durante o trabalho de campo, no talhão 24.1, observou-se queda excessiva de 
árvores, facto que contribuiu para a baixa taxa de sobrevivência (19.44 %) e uma taxa elevada 
de mortalidade (44.44%) observado neste povoamento. 
De acordo com a tabela 1, é possível notar que a densidade actual mostrou um elevado 
coeficiente de variação enquanto a densidade inicial e a densidade na 1° ocasião apresentam 
um valor baixo. Este comportamento é justificado pelo facto destes povoamentos serem de 
idades diferentes e por beneficiarem de tratamentos diferentes na implantação e ao longo do 
seu crescimento, o que resulta numa alta variação dos valores de densidade devido a tendência 
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de redução do número de indivíduos por queda e mortalidade à medida que a idade aumenta. 
De modo a reduzir o aumento do coeficiente de variação desses povoamentos, recomenda-se a 
empresa a realizar o corte raso desses dos povoamentos adultos com idades de 32.3 e 39.3 
anos nos talhões 5.11 e 24.1 e o desbaste nos povoamentos mas jovens, de modo a reduzir as 
perdas económicas por queda e morte das árvores dentro dos povoamentos. 
Com base nas idades dos povoamentos nos quais foram remedidas as parcelas permanentes, 
verifica-se que as plantações do talhão 24.1 e 5.11 (com 32,3 e 39,3 anos de idade, 
respectivamente) já atingiram a idade de rotação, que segundo Ahrens (1987) & (Filho, 2012), 
quando a produção de madeira for para processamento mecânico (Toros para processamento 
em serrações e indústrias de produção de painéis franqueados, essencialmente), devem ser 
adoptadas rotações mais longas, talvez entre 20 e 30 anos ou mais, não havendo assim a 
necessidade de desbastar estes povoamentos. 
Segundo Lamprecht (1990) e Acerbi Jr. et al., (1999), a densidade do talhão 5.11 (712 árvores 
por hectare) esta acima do recomendado para o corte final e o talhão 24.1 (216 árvores por 
hectare) esta dentro dos intervalos recomendados. 
Os povoamentos restantes têm idade compreendida entre 11 e 13 anos, e sua densidade entre 
692 a 912 árvores por hectare. Esta densidade também esta dentro dos padrões, mais ainda 
pode ser reduzida por desbastes, de modo a alcançar a densidade final ideal para obtenção de 
rendimentos elevados. Acerbi Jr. et al. (1999) analisando diferentes regimes de desbaste de 
Pinus taeda verificou que, para uma densidade inicial de 1111 a 1667 árvores por hectare, 
pode se realizar desbaste aos 12 e 14 anos, com redução até 800 a 900 árvores por hectare no 
primeiro desbaste e 400 a 600 árvores remanescentes para o corte final aos 20 a 22 anos. 
Assim sendo, a empresa pode adoptar qualquer um dos regimes de desbastes acima 
apresentados, com vista a estimular o crescimento e elevar os rendimentos dos povoamentos 
visto que esses povoamentos já possuem idade ideal para a realização do desbaste. 
Quanto a mortalidade, houve uma redução média de 7.70% no número de árvores por hectare 
ao longo dos 7 anos após a primeira medição. A maior taxa de mortalidade foi observada no 
talhão 24.1 com cerca de 44.44 % após a 1° ocasião e o talhão 1.10 apresentou um valor 
negativo na sua mortalidade (-2.30 %), isso devido ao excesso de número de árvores não 
enumerados na primeira ocasião na qual nesta segunda ocasião passarão para outra classe de 
diâmetro e possível retancha dentro dos povoamentos. 
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 29 
 
No entanto, segundo (Macoô, 2013), ao analisar os solos das parcelas em estudo, revelou que 
os talhões 1.10 e 24.1 apresentavam texturas diferentes dos restantes talhões (franco-argiloso-
arenoso e franca, respectivamente). Nesse aspecto, conforme (Balloni & Simões, 1980), locais 
mais secos e/ou com solos de baixa fertilidade geralmente apresentam tendências a suportar 
um número menor de plantas por área quando comparados a locais mais húmidos e férteis. 
4.1.2. Distribuição diamétrica por parcela 
A distribuição diamétrica foi avaliada considerando um intervalo (amplitude) de classe de 5 
centímetros para todas as idades. As figuras abaixo mostram os gráficos de distribuição 
diamétrica de cada parcela remedida contendo dados da 1° e 2° ocasião para os povoamentos 
de Pinus caribaea e Pinus elliottii, respectivamente. 
 
Figura 2: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus caribaea nas duas ocasiões. 
 
Figura 3: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus caribaea nas duas ocasiões. 
0
100
200
300
400
500
600
0-5 5-10 10-15 15-20 20-25 25-30 30-35
N
i/
h
a
 
Classe diametrica (cm) 
Distribuição do número de indivíduos em diferentes classes 
diamétricas 
1° ocasião - 6 Anos
2° ocasião - 13 Anos
0
50
100
150
200
250
10-15 15-20 20-25 25-30 30-35 35-40 40-45 45-50
N
i/
h
a
 
Classe diametrica (cm) 
Distribuição do número de indivíduos em diferentes classes 
diamétricas 
1° ocasião - 32.3 Anos
2° ocasião - 39.3 Anos
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 30 
 
 
Figura 4: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 
 
Figura 5: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 
 
Figura 6: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 
0
100
200
300
400
500
600
0-5 5-10 10-15 15-20 20-25 25-30 30-35
N
i/
h
a
 
Classe diametrica (cm) 
Distribuição do número de indivíduos em diferentes classes 
diamétricas 
1° ocasião - 4 Anos
2° ocasião - 11 Anos
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0-5 5-10 10-15 15-20 20-25 25-30
N
I/
h
a
 
Classe diametrica (cm) 
Distribuição do número de indivíduos em diferentes classes 
diamétricas 
1° ocasião - 4.2Anos
2° ocasião - 11.2 Anos
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0-5 5-10 10-15 15-20 20-25 25-30 30-35 35-40
N
i/
h
a
 
Classe diametrica (cm) 
Distribuição do número de indivíduos em diferentes classes 
diamétricas 
1° ocasião - 5 Anos
2° ocasião - 12 Anos
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Autor: Moreira, S. R. Projecto final Página 31 
 
 
Figura 7: Distribuição diamétrica do povoamento do Pinus elliottii nas duas ocasiões. 
Fazendo uma análise detalhada de cada gráfico observa-se que para

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