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O método experimental em psicologia
Introdução
A pesquisa psicológica tem duas metas principais. A primeira é fornecer uma descrição do comportamento humano e de seus processos psicológicos subjacentes, e a segunda é fornecer uma explicação para esse comportamento.
A metodologia do modelo experimental desenvolveu-se, então, com o surgimento da estatística e do behaviorismo no início do século XX (por exemplo, Fischer, 1935, Skinner, 1953). Desde então, o uso de experimentos na pesquisa psicológica tornou-se sinônimo de aceitação da psicologia como uma disciplina científica. 
Dito isso, essas primeiras influências também fizeram com que a metodologia fosse associada a uma abordagem mecanicista do pensamento e do comportamento humano.
O método que se utiliza experimentos para investigar as causas do comportamentos humano supõe a aceitação de uma estrutura determinista e atomista, por meio da qual o comportamento e suas causas são observados como sendo objetivamente especificáveis e divisíveis em unidades discretas.
Todos nós temos teorias a respeito de por que as pessoas se comportam e pensam do modo que elas o fazem, e o que segue é uma série de hipóteses ou de predições que servem como ilustrações:
Assistir a programas de televisão agressivos torna as pessoas mais agressivas.
Os homens acreditam que são melhores motoristas do que as mulheres.
As crianças que são sensíveis à rima na primeira infância fazem melhor progresso na aprendizagem da leitura do que aquelas que não o são.
As mães que concentram a atenção de seus bebês em objetos são mais propensas a ter crianças cujo vocabulário inicial contém um grande número de nomes objetivos do que as mães que não o fazem.
Lembrar uma lista de itens é mais fácil se a lista é lida duas vezes em vez de uma.
Hipóteses são os enunciados formais de predições derivados da evidência obtida a partir de pesquisa e teoria anteriores, ou simplesmente o resultado de uma intuição.
Estudantes de psicologia são reiteradamente alertados quanta aos perigos de inferir causalidade de uma correlação.
Como isso pode ser feito? O método experimental cumpre essa condição manipulando um fator e procurando pela evidência de que isso produz uma mudança em outro fator.
Usando esse método, aplica-se método da um teste duplo (digamos, à mesma pessoa duas vezes, ou a dois grupos de pessoas: ver mais adiante).
Mas,em principio, o objetivo de estabelecer a causalidade é fornecer uma explicação que seja a única explicação para o fenômeno observado.
Variáveis
Variáveis e controle e manipulação de variáveis são centrais tanto para identificar o que constitui um experimento quanto para distinguir entre um Bom e um mau experimento. Uma variável e qualquer característica que possa variar através das pessoas ou das situações e que pode ser de diferentes níveis ou tipos. 
Há dois tipos básicos – variáveis independentes e variáveis dependentes. Essa distinção é central para 0 modelo experimental e, sendo assim, consideraremos cada tipo separadamente. 
Variáveis independentes: É aquela que o experimentador manipula ou controla e, como tal, é a variável em cujo efeito o pesquisador está interessado. É aquilo que difere entre os tratamentos no método da diferença de Mill. descrito anteriormente. A hipótese experimental propõe que a variável independente realmente causará a mudança no comportamento que está sendo medido (variável dependente). 
Variáveis dependentes: Essencialmente, a variável dependente (às vezes chamada "variável de resposta”) é a medida comportamental determinada pelo experimentador; e o resultado que pode, ou não (dependendo da hipótese), ser predito que dependerá da variável independente. 
Participantes adultos frequentemente adotam posições particulares com respeito ao experimento, o que depende do que eles pensam do pesquisador, da psicologia ou da ciência em geral. Isso é conhecido como viés do participante. 
Aborrecidos, deprimidos ou pessoas francamente antissociais (isto é, qualquer um que não goste de você) podem deliberadamente deixar de conformar-se às instruções experimentais, geralmente de modos sutis e imperceptíveis. 
Inversamente, a maior parte das pessoas fica contente sujeitar-se, mas vão ao extremo oposto. 	Querem fazer o que supõe que deve ser feito, e querem fazê-lo bem, mas elas elaboram suposições acerca do que exatamente lhes pedem para fazer.
Um outro problema relacionado com a seleção e a mensuração das variáveis dependentes é aquele referente aos efeitos de assoalho e efeitos de teto.
Um efeito de piso ocorre quando um resultado nulo emerge porque a maioria dos participantes obtém escore no ponto mais baixo da escala. Seja qual for a série de instruções que estejam executando, um efeito nulo pode emergir simplesmente porque a tarefa é demasiado difícil para os participantes e, consequentemente, o experimento não é suscetível a mudanças na variável independente.
Um efeito de teto constitui o oposto dos efeitos de assoalho e ocorrem quando as pessoas obtêm escores muito próximos ao ponto mais alto da escala.
Nos experimentos, como em toda pesquisa sistemática, os riscos são muito altos. Alegar causalidade psicológica com base em estudos precariamente planejados resulta em experimentos inúteis, no melhor dos casos, e potencialmente danosos, no pior. Tais dificuldades podem ser formalizadas utilizando os conceitos de confiabilidade e de validade.
Confiabilidade refere-se à consistência ou à estabilidade de qualquer efeito experimental. A técnica mais comum para estabelecer a confiabilidade é a replicação.
Validade refere-se ao fato de um experimento explicar ou não o que por meio dele se pretende explicar: em outras palavras, a verdade da causalidade que está sendo inferida.
O poder da técnica experimental reside em sua capacidade de assegurar que apenas a variável independente possa variar sistematicamente através das situações do experimento. Se uma ou mais das outras variáveis variam sem razão juntamente com a variável manipulada, isso resulta em confusão. A confusão de variáveis pode inutilizar um experimento, pois torna impossível a interpretação dos resultados. 
Existem dois delineamentos experimentais fundamentais, os quais formam a base de todos os modelos mais complexos e que diferem de acordo com o modo no qual lidam com o controle da variação do objeto. Tais modelos são os delineamentos intersujeitos e os delineamentos intrassujeito. 
Delineamentos intersujeitos:
Randomização: É uma técnica que garante que haja o menor número de diferenças possível entre diferentes grupos de sujeitos, dando a todo sujeito uma chance igual de ser alocado em cada uma das condições experimentais. Em termos procedimentais, a randomização é relativamente simples de ser feita. São atribuídos números arbitrários a cada sujeito e, literalmente, esses números são tirados de dentro um chapéu.
Emparelhamento: A sensibilidade de um experimento consiste em sua capacidade de descobrir qualquer efeito da variável independente. Efeitos experimentais podem ser eventualmente muito discretos e, contudo, ter grande significação psicológica. 
A randomização de nossa classe de crianças pode ajudar a garantir que a média de idade dos grupos seja similar, mas pode ser necessário fazer mais do que isso. Onde existe razão para crer que alguma variável que não é manipulada pelo experimento pode exercer um efeito, então é necessário dar o passo adicional de realmente combinar as crianças. No caso da idade, poderíamos garantir que para cada sujeito do grupo A houvesse um dos grupos B e C.
A importância de emparelhar torna-se mais evidente quando o experimento compreende grupos muito diferentes de participantes.
Delineamentos intrassujeitos: Alguns tipos de experimento resolvem o problema das diferenças entre as pessoas e a necessidade de combinar as mesmas pessoas em cada uma das condições experimentais. Delineamentos intrassujeitos, como são chamados, têm uma vantagem muito óbvia,pois cada indivíduo é testado em ambas ou todas as condições do estudo.
A natureza serial do teste pode facilmente dar origem a efeitos de ordem, nos quais fazer, em primeiro lugar, uma ordem tarefa e, em segundo, outra, influencia 0 desempenho da pessoa. Um exemplo claro seria uma tarefa envolvendo altos níveis de concentração, tal como uma tarefa de discriminação auditiva em que as duas palavras são simultaneamente apresentadas a cada ouvido e 0 participante tem de identificar uma delas de acordo com um dado critério que varia em cada urna das condições experimentais. Nessa situação, é muito provável que 0 participante tenda a mostrar um aperfeiçoamento adicional de uma condição para a próxima, na medida em que os participantes ganham experiência com a natureza da tarefa, de modo que 0 desempenho na primeira condição seria sempre inferior ao desempenho nas condições posteriores.
Efeitos de transferência aparecem quando o desempenho em uma condição é, em parte, dependente das condições que a precedem. Com isso o risco de reduzir a validade do experimento. Efeitos de transferência podem ser caracterizados de vários modos. O primeiro é aquele no qual o participante adquire habilidades relevantes para o experimento em uma tarefa, as quais ele transporta para a tarefa subsequente.
Experimentos são frequentemente criticados (e corretamente) pelo fato de lhes faltar validade ecológica. Resultados gerados nas condições de laboratório em que o comportamento deve ser controlado podem não nos dizer nada de interessante acerca da vida fora do laboratório. Em outras palavras, lhes falta validade externa. Contudo, eles constituem uma boa maneira, de fato a única maneira, de encontrar respostas definitivas para questões causais. Os estudos de correlações, por outro lado, nos dizem muito pouco sobre as causas das relações entre os eventos, mas podem ser realizados em instalações naturais da "vida real" e, desse modo, nos dizer algo substancial acerca do comportamento normal das pessoas.

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