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AD2 LITERATURA

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AD2 – 2020.1 
 
DISCIPLINA: LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR 
 
Coordenação: Profª Ana Maria de Bulhões Carvalho 
 
 Caro (a) aluno (a): 
Esta é a segunda avaliação a distância deste semestre; uma avaliação 
individual e com consulta. Aproveite a boa ocasião para reforçar seus 
conhecimentos, considerando-a como um estudo dirigido, uma 
oportunidade de melhorar seu rendimento final na disciplina e garantir 
resultado satisfatório no Curso. 
 
Esta avaliação será realizada exclusivamente pela plataforma. Para 
responder às perguntas, leia os enunciados das questões e procure ser claro 
e objetivo na elaboração de suas respostas. 
 
INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA 
 
● Leia no Tutorial da plataforma o passo a passo 
para a realização deste tipo de avaliação on-line . 
● Se tiver alguma dúvida no preenchimento ou 
na maneira de postar a sua prova, consulte a 
tutoria a distância. 
● Revise tudo antes de enviar. 
 
A QUESTÃO 1 SERÁ FEITA NO SETOR DIÁRIODE BORDO, AS 
OUTRAS NA PROVA, ESTÁ BEM? 
Boa prova! 
 
Conteúdos: Aulas 6, 7 e 8. 
Nome: 
 
Matrícula: Polo: 
 
QUESTÃO 1 (4 PONTOS) Sobre o Maravilhoso 
 
DIÁRIO DE BORDO 
Esta questão será respondida em local específico, na 
plataforma. Não deverá ser copiada na prova, pois será 
pontuada diretamente no Diário. 
1. Leia o conto com os olhos e o coração, sem pressa. 
2. Releia-o e divida-o em partes, seguindo a lógica da 
história e as mudanças ocorridas no enredo. 
3. Agora faça um exercício de imaginação e crie dois 
diários. No Diário A você é a moça tecelã ; no Diário B você é o 
jovem criado por ela e por ela desfeito. Entre na pele deles e 
imagine o que poderiam dizer, cada um no seu respectivo 
diário, em cada uma das etapas em que o conto foi dividido. 
Preste atenção ao seguinte detalhe: apesar de o nome ser 
Diário, para registro de emoções e sentimentos, não é preciso 
que seja datado em função de um dia a dia, mas sim pelos dias 
que marcam uma mudança para cada um. São eles que vão dar 
a noção do tempo de seus diários, quantos “dias”, isto é, 
momentos, você vai registrar. Escreva um diário após o outro, 
identificando-os por A) e B). Pode intercalar as passagens de 
um e outro se achar mais interessante. 
Lembre-se de que o conto faz parte de um conjunto mágico, 
portanto use sua imaginação. Agora é com você, moça tecelã e 
moço tecido de lã! 
 
A moça tecelã , de Marina Colassanti 
 
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das 
beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o 
dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, 
enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs 
mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que 
nunca acabava. 
 
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça 
colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em 
breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em 
pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá- 
la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as 
folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios 
dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. 
Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes 
pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. 
 
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de 
escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se 
sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, 
depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila. 
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. 
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu 
sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao 
lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa 
nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe 
dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu 
emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava 
justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos, 
quando bateram à porta. 
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de 
pluma, e foi entrando em sua vida. Aquela noite, deitada no ombro dele, a 
moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua 
felicidade. 
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em 
filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada 
mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. 
— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia 
justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de 
tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. 
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. 
— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem 
querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates 
em prata. 
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e 
pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo 
para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o 
dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes 
acompanhando o ritmo da lançadeira. 
Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu 
para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre. 
— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a 
porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos 
cavalos! 
Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o 
palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o 
que fazia. Tecer eratudo o que queria fazer. 
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu 
maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou 
em como seria bom estar sozinha de novo. 
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando 
com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa 
escada da torre, sentou-se ao tear. 
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao 
contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer 
seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os 
jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que 
continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim 
além da janela. 
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, 
espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia 
o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo 
as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o 
emplumado chapéu. 
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha 
clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a 
manhã repetiu na linha do horizonte. 
A moça tecelã ( http://www.releituras.com/i_ana_mcolasanti.asp) 
 
Marina Colasanti (1938) nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 
anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de 
contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti 
com Eu sei, mas não devia e também por Rota de Colisão . Dentre 
outros escreveu E por falar em amor, Contos de amor rasgados . Este 
conto é extraído do livro Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento , 
Global Editora, Rio de Janeiro, 2000. 
 
QUESTÃO 2 (2 PONTOS) sobre a fábula 
Desafio! Você já percebeu que a maioria das vozes das fábulas 
são masculinas? Neste semestre, em que priorizamos as vozes 
femininas, vamos mudar esse quadro! Inicialmente, leia as 
duas fábulas de Esopo abaixo. Em seguida, faça o que se pede. 
 
O corvo e a raposa 
http://www.releituras.com/i_ana_mcolasanti.asp)
Um corvo roubou um queijo, e com ele no bico foi pousar em uma árvore. 
Uma raposa, atraída cheiro, desejou logo comer o queijo; mas como! a 
árvore era alta, e o corvo tem asas, e sabe voar. Recorreu pois a raposa às 
suas manhas: 
- Bons dias, meu amo, disse; quanto folgo de o ver assim belo e nédio 
(brilhante). Certo entre o povo alígero (veloz) não há quem o iguale. Dizem 
que o rouxinol o excede, porque canta; pois eu afirmo que V. Exa. não canta 
porque não quer; se o quisesse, desbancaria a todos os rouxinóis. 
Ufano por se ver com tanta justiça apreciado, o corvo quis mostrar que 
também cantava, e logo que abriu o bico, caiu-lhe o queijo. A raposa o 
apanhou, e, safa, disse: 
- Adeus, Sr. Corvo, aprenda a desconfiar das adulações, e não lhe 
ficará cara a lição pelo preço desse queijo. 
MORAL DA HISTÓRIA: Desconfiai quando vos virdes mui gabados; o 
adulador escarnece de vossa credulidade, e prepara-se para vos fazer pagar 
por bom preço os seus elogios. 
A cigarra e a formiga 
A cada bela estação uma formiga incansável levava para sua casa os 
mais abundantes mantimentos: quando chegou o inverno, estava farta. 
Uma cigarra, que todo o verão levara a cantar, achou-se então na maior 
miséria. Quase a morrer de fome, veio esta, de mãos postas, suplicar à 
formiga lhe emprestasse um pouco do que lhe sobrava, prometendo pagar- 
lhe com o juro que quisesse. A formiga, que não é de gênio emprestador; 
perguntou-lhe, pois, o que fizera no verão que não se precavera. 
— No verão, cantei, o calor não me deixou trabalhar. 
— Cantastes! tornou a formiga; pois agora dançai. 
MORAL DA HISTÓRIA: Trabalhemos para nos livrarmos do suplício da 
cigarra, e não aturarmos a zombaria das formigas. 
2.1 Nomeie traço mais marcante da personalidade feminina 
de cada uma das três personagens destas fábulas, usando um 
adjetivo para cada uma; e depois justifique porquê. (1,0) 
R: 
● Raposa: perspicaz - porque foi sagaz e inteligente em pensar 
uma maneira de conseguir o queijo para si. 
● Cigarra: imprudente - pelo fato de pensar apenas na 
diversão e não se preparar para o inverno. 
● Formiga: sábia - por trabalhar incansavelmente antes do 
inverno para ter um estoque de comida. 
 
2.2 Que outros elementos singularizantes da fábula 
tradicional estão presentes? (1,0) 
 
R: Subjetividade, forte carga conotativa e verossimilhança. 
 
QUESTÃO 3 (2 PONTOS) Sobre a literatura infantil 
Acesse o link 
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/ClariceLispector(1).pdf 
para ler o conto A vida íntima de Laura, escrito por Clarice 
Lispector. Em seguida, responda às questões propostas. 
 
3.1 Com base no texto teórico da Aula 6, explicite o efeito 
que o narrador produz no leitor do conto. (1,0) 
 
R: Efeito do maravilhoso, onde visa surpreender o leitor para 
deslumbrá-lo, deixando-o calmo e confiante no diferente, no que parece 
ser impossível tornado natural, como por exemplo, a vida levada no 
galinheiro que nos faz imaginar uma vida normal como a dos seres 
humanos em sociedade. 
 
3.2 Que características humanas são atribuídas a Laura? Com 
que intuito? (1,0) 
R: Simpática, modesta, vaidosa, bem arrumada, penteada, limpa. 
Todas essas caracteristicas foram colocadas com o intuito de trazer 
uma ligação com a realidade, trazer as características humanas para 
um contexto onde o leitor possa fazer link com a vida real. 
 
QUESTÃO 4 (2 PONTOS) 
 
Sobre a crônica: O fim do mundo, de Cecília Meireles 
 
 A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o 
mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de 
modo que não me interessava nem o seu começo nem o 
seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas 
mulheres nervosas que choravam meio desgrenhadas, e 
aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável 
pelo acontecimento que elas tanto temiam. 
Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o 
cometa era para elas: nós, crianças,existíamos apenas 
para brincar com as flores da goiabeira e as cores do 
tapete. 
Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada 
num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para 
me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que 
até então não me interessava nada, que nem vencia a 
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/ClariceLispector(1).pdf
preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, 
maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por 
cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela 
noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do 
cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há 
lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão 
apavoradas? A mim não me causava medo nenhum. 
Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam 
enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu 
tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a 
tristeza das crianças? 
Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as 
quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o 
mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, 
pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e 
sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um 
sentido do mundo peculiar a cada um. 
Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. 
Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de 
tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que 
conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada 
pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga. 
O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era 
o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns 
trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão 
sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que 
pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por 
que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres 
públicos – além dos particulares. Por que mentimos tanto, 
com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito 
mais do que cabe enumerar numa crônica. 
Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém 
pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da 
maneira mais digna. 
Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, 
pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate 
com benignidade as criaturas que se preparam para 
encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos 
– segundo leio – que, na Índia, lançam flores ao fogo, 
num rito de adoração. 
Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que 
lhes competem, na ordem do universo, neste universo de 
enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos 
arrogamos posições que não temos – insignificantes que 
somos, na tremenda grandiosidade total. 
Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por 
que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em 
fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês… 
 
 Texto extraído do livro Quatro Vozes. Rio de Janeiro, Distribuidora 
 Record de Serviços de Imprensa, 1998, p. 73. 
 
 
4.1 Visite a Aula 6 e diga que tipo de narrador fala nesta 
crônica, mostrando a coerência deste narrador com o tema. 
(1,0) 
 
R: Narrador testemunha, pois é um personagem que vive a história que 
está sendo contada, mas não é o personagem principal, testemunha o 
acontecimento do aparecimento do cometa e observa do interior da 
história, o que nela acontece contando a história em primeira pessoa, 
vivenciando os fatos que relata a partir do ângulo de uma personagem 
secundária. 
 
4.2 Faça uma pesquisa, encontre uma notícia do início do 
século XX sobre o tal cometa, especificando a fonte de 
consulta para descobrir que cometa seria esse a que Cecília 
Meireles se refere e como se justifica o temor das mulheres 
que “choravam”. (1,0) 
 
R: A justificativa do temor das mulheres é referente ao que diziam 
sobre a cauda do cometa varrer o planeta, ou seja, acabar com ele 
por conta de gases considerados tóxicos existentes no cometa. Diziam 
até que o gás era capaz de dissolver a pele do ser humano. 
 
https://www.dw.com/pt-br/1910-cometa-halley-semeia-p%C3%A2nico/a-52 
0868 
https://www.dw.com/pt-br/1910-cometa-halley-semeia-p%C3%A2nico/a-520868
https://www.dw.com/pt-br/1910-cometa-halley-semeia-p%C3%A2nico/a-520868

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