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Educação Ambiental-RN sem chamas_VOLUME 2_out 2021

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Volume 2: Nossa terra sem queimadas: 
as técnicas de uso de resíduos vegetais 
como práticas sustentáveis
Educação Ambiental:
RN sem chamaS
Expediente
Maria de Fátima Bezerra
Governadora do Rio Grande do Norte
Antenor Roberto Soares de Medeiros
Vice-governador do Rio Grande do Norte
João Maria Cavalcanti
Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio 
Grande do Norte (IDEMA-RN)
Leonlene de Sousa Aguiar
Diretor-geral
Werner Farkatt Tabosa
Diretor Técnico
Marcílio Andrade de Lucena Dias
Diretor Administrativo
Itan Cunha de Medeiros
Coordenador da Coordenadoria de Meio Ambiente (CMA)
Iracy Wanderley Filha
Subcoordenadora de Planejamento e Educação Ambiental do Idema (SPEA)
- 
Autores
Marcus Vinícius Bastos de Araújo– Eng. Agrônomo, SPEA
Ana Célia Baía Araújo – Gestora Ambiental, SPEA
Diagramação 
Caroline Macedo – Designer, ASSCOM
Revisão
Anadelly Fernandes – Publicitária, ASSCOM
-
Ilustrações e imagens: Freepik, Pexels e Creative Market - 2021.
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Volume 1 – Combatendo a fagulha: compartilhando saberes, multiplicando 
alternativas
Autora: Ana Célia Baía Araújo
Volume 2 – Nossa terra sem queimadas: as técnicas de uso de 
resíduos vegetais como práticas sustentáveis
Autores: Marcus Vinícius Bastos de Araújo e Ana Célia Baía Araújo
Volume 3 – Mais agricultura sustentável: manual para construção de com-
posteira orgânica
Autor: Marcus Vinícius Bastos de Araújo
Esta é uma produção da Subcoordenadoria de Planejamento e 
Educação Ambiental do Idema – SPEA no âmbito da Linha de Ação 
“Prevenção” do Plano Estadual de Prevenção Ambiental e Combate às 
Queimadas e Incêndios Florestais do RN (PEPACQIF).
Todos os materiais desenvolvidos pela SPEA/Idema estão disponíveis 
para uso da sociedade, de forma gratuita. Nosso intuito é compartilhar 
técnicas e saberes que possam sensibilizar as pessoas sobre a impor-
tância da proteção ambiental para a garantia da sustentabilidade social, 
ambiental e econômica. Nesta série, tratamos da educação ambiental 
no contexto da prevenção às queimadas e aos incêndios florestais.
Série “Educação Ambiental: RN sem chamas”
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Apresentação
 Olá, leitores.
 A humanidade vem provocando diversos danos ao meio am-
biente. Com isso, os impactos ambientais e sociais têm se intensificado, 
como vemos nos efeitos das mudanças climáticas. Por consequência, 
precisamos de alternativas sustentáveis, mudando a forma de extrair 
recursos naturais, consumir, produzir e descartar para garantir a so-
brevivência de todas as formas de vida no planeta. 
 Nesse contexto, os incêndios florestais são problemas pre-
ocupantes, que causam danos muitas vezes irreparáveis e prejudicam 
desde os biomas locais até questões socioeconômicas. Por isso, práticas 
impactantes que podem causar incêndios, como as queimadas (seja 
para a agricultura, “limpeza de terrenos”, para pastos ou loteamento, 
até na queima de lixo), precisam urgentemente ser substituídas por 
alternativas equilibradas com o meio ambiente. 
 Então, o que podemos fazer para prevenir?
 Pensando nisso, a Subcoordenadoria de Planejamento e Edu-
cação Ambiental do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e 
Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (SPEA/Idema) lança a série 
“Educação Ambiental: RN sem chamas”. Dividida em três volumes, 
a série traz informações, técnicas e dicas que podem ajudar na cam-
panha educativa de prevenção e combate às queimadas e aos fatores 
que podem levar a incêndios florestais e seus impactos.
 Neste Volume 2 – Nossa terra sem queimadas: as técnicas 
de uso de resíduos vegetais como práticas sustentáveis, convi-
damos você a compreender os impactos negativos das queimadas e 
algumas técnicas agroecológicas que utilizam resíduos vegetais como 
alternativas sustentáveis às queimadas.
Natal-RN, outubro de 2021.
Equipe SPEA/IDEMA
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1. O problema das queimadas e a solução na mudança de atitudes 7
2. Por práticas agropastoris sem queimadas 11
3. Prejuízos ecológicos e socioeconômicos das queimadas 14
4. Não é bem o que parece: os falsos benefícios das queimadas
para a agricultura 17
5. Alternativas ao uso do fogo na agricultura 20
6. Práticas recomendadas para uma agricultura
sem chamas e sustentável 23
7. O RN no enfrentamento ao problema das queimadas 28
Dicas de vídeos 31
Referências bibliográficas 32
Sumário
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O problema das queimadas e a 
solução na mudança de atitudes
 A destruição que o fogo provoca no meio ambiente é de difí-
cil recuperação e, no RN,acelera os processos de desertificação da nossa 
Caatinga, devasta mais ainda a nossa Mata Atlântica e atinge áreas de 
proteção e Unidades de Conservação, atingindo tambémáreas urbanas.
 A queimada consiste no processo físico de queima da biomassa 
vegetal (madeira, palha, vegetação viva, etc) e no Brasil se configu-
ra como crime, com exceção de casos em que os orgãos ambientais 
estaduais liberam autorizações específicas para uso controlado do 
1
fogo (saiba mais sobre essa questão no 
Volume 1 – Combatendo a fagulha: 
compartilhando saberes, multipli-
cando alternativas).
 Algumas crenças cercam a prática das queimadas, repetidas du-
rante séculos no nosso país, tradicionalmente repassadas de geração a 
geração. Essas crenças que pregam os supostos benefícios dessa prática, 
vem também há muitas décadas intensificando problemas ambientais, 
tanto na Mata Atlântica (veja um vídeo sobre a degradação ambien-
tal na Mata Atlântica no contexto da Paraíba) como na Caatinga com 
a desertificação.
 No RN, nossas características 
ambientais e o comportamento do cli-
ma durante as estações do ano também 
podem favorecer esse aumento dos 
incêndios florestais originados a partir 
das queimadas, já que a combinação 
de clima seco (baixa umidade do ar), 
poucas chuvas, ventos fortes e vegeta-
ção secasão agravantes para provocar 
incêndios. 
Conheça mais sobre o que são as 
Unidades de Conservação e como 
o Idema gerencia algumas aqui no 
RN na página do Núcleo de Unida-
des de Conservação do Idema.
Saiba mais sobre o grave problema 
da desertificação na Caatinga com os 
vídeos “Mudança do clima acelera 
criação de deserto do tamanho da 
Inglaterra no Nordeste” e “UFRN 
projeto reflorestamento contra 
desertificação”. Esses materiais ex-
plicam o que é “desertificação”, qual 
sua relação com as queimadas e com 
as nossas formas de explorar o meio 
ambiente, como ela tem provocado a 
morte da Caatinga e como é urgente 
salvar o que ainda podemos.
http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/idema/DOC/DOC000000000268208.PDF
http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/idema/DOC/DOC000000000268208.PDF
http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/idema/DOC/DOC000000000268208.PDF
https://www.youtube.com/watch?v=PzQLvvN38sw
https://www.youtube.com/watch?v=PzQLvvN38sw
http://www.idema.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=334&ACT=&PAGE=0&PARM=&LBL=Unidades+de+Conserva%E7%E3o
https://www.youtube.com/watch?v=ZdMfywcKMK4
https://www.youtube.com/watch?v=ZdMfywcKMK4
https://www.youtube.com/watch?v=ZdMfywcKMK4
https://www.youtube.com/watch?v=81cddGOv9wg
https://www.youtube.com/watch?v=81cddGOv9wg
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Caatinga tem aumentono número de queimadas
Fonte: https://www.climatempo.com.br/noticia/2021/07/25/caatinga-tem-au-
mento-no-numero-de-queimadas-1056
 A educação ambiental atua diretamente na prevenção desse pro-
blema, e todos e todas somos responsáveis por repassar as informações 
que podem mudar esse cenário para a melhor, evitando o desastre do 
fogo e por conseqüência, evitando seus danos. Neste Volume, iremos 
discutir um pouco do que devemos fazer nas atividades do campo ou no 
nosso cotidiano urbano para evitar toda prática que possa provocar fogo 
na natureza. 
 O problema dos incêndios tem crescido por causa da ação huma-
na, e cabe a nós nos engajarmos com o que está ao nosso alcance na busca 
e na divulgação das informações que podem sensibilizar quem usa o 
fogo nas suas atividades ou quem provoca intencionalmente incêndios.
https://www.climatempo.com.br/noticia/2021/07/25/caatinga-tem-aumento-no-numero-de-queimadas-1056
https://www.climatempo.com.br/noticia/2021/07/25/caatinga-tem-aumento-no-numero-de-queimadas-1056
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9 Desde a reflexão sobre o que fazer com o lixo (resíduos sólidos), 
como limpar terrenos e até onde se jogam cigarros acesos precisam 
também ser parte da reflexão da educação ambiental. Escolas, grupos e 
movimentos sociais, trabalhadores e trabalhadoras do campo, empre-
sas e gestão pública devem estar engajadas nessa luta contra as chamas.
 Por isso, vamos focar um pouco nos problemas do uso das 
queimadas, principalmente na agricultura, e quais as alternativas que 
podemos adotar para mudar velhos hábitos que fazem mal ao meio 
ambiente. Vamos começar?
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Por práticas agropastoris 
sem queimadas2
 No Brasil, a agricultura familiar é a principal responsável pelo 
abastecimento dos alimentos que chegam ao consumo da população 
brasileira. Responsável por aproximadamente 70% de todo o alimento 
consumido no mercado interno (Mattos, 2015), e é composta por “pe-
quenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais, assentados 
da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescado-
res” (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2019).
 Quando falamos do cultivo de alimentos que vêm de plantações, 
uma das práticas bastante utilizadas pelos agricultores e agricultoras é a 
queimada, geralmente aplicada como técnica para “limpar” o terreno 
dos restos da colheita anterior e como preparo para o próximo plantio. 
Também é comum queimar para limpar terrenos de vegetação para im-
plementação de pastagens.
 A técnica de queimar é uma prática antiga, porém, apesar de ser 
ainda utilizada como um recurso que ajudaria a agricultura, na verdade, a 
técnica traz mais malefícios do que benefícios, principalmente a longo pra-
zo. Nesse sentido, o Engenheiro Agrônomo Marcus Araújo explica que: 
 Em outras palavras, em poucos anos de uso dessa técnica, as 
queimadas provocam vários prejuízos ambientais, chegando a inviabi-
lizar a agricultura e pastagem com o extremo empobrecimento do solo.
Práticas consideradas tradicionais como a agricultura de coivara, o corte 
e a queima, provocam graves problemas ambientais. O corte de vegeta-
ção para criar as “clareiras” provoca desequilíbrio ambiental devido aos 
impactos provenientes do desmatamento. 
“[...] à primeira vista, a queimada faz com que o “mato 
indesejável” (as ervas daninhas) desapareçam e a tão 
sonhada pastagem rebrote com mais força e mais ver-
dinha do que antes. Mas essa ilusão acaba em poucos 
anos, ocasionada pela degradação físico-química e bio-
lógica do solo, trazendo prejuízos ao meio ambiente”.
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s
11 Em outras palavras, em poucos anos de uso dessa técnica, as 
queimadas provocam vários prejuízos ambientais, chegando a inviabi-
lizar a agricultura e pastagem com o extremo empobrecimento do solo. 
Práticas consideradas tradicionais como a agricultura de coivara, o 
corte e a queima, provocam graves problemas ambientais. O corte de 
vegetação para criar as “clareiras” provoca desequilíbrio ambiental devi-
do aos impactos provenientes do desmatamento. 
 Sobre essas práticas, Rego e Kato (2018) classificam a agricultura 
de corte e queima como um sistema de abertura de clareiras para cultivo 
em períodos mais curtos que as áreas destinadas ao pousio. 
Definição de pousio, segundo a LEI Nº 12.651, DE 25 
DE MAIO DE 2012 sobre proteção da vegetação nativa, 
no artigo XXIV: prática de interrupção temporária de 
atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, 
por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recu-
peração da capacidade de uso ou da estrutura física do 
solo (Brasil, 2012). 
Queimadas como ameaças à Caatinga
Fonte: https://biomacaatinga.wordpress.com/2017/09/02/ameacas-a-caatinga/
https://biomacaatinga.wordpress.com/2017/09/02/ameacas-a-caatinga/
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12 Muitos(as) agricultores(as) acreditam que recorrer às queimadas 
seria a única forma de disponibilizar nutrientes ao solo para posterior im-
plantação da roça, o que verifica-se na prática e na nos estudos que não é 
verdade, como vamos desvendar no próximo item.
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 Nos itens anteriores falamos sobre a compreensão errônea de 
que queimadas trazem benefícios para as práticas agropecuárias, quando 
na verdade é o inverso, elas provocam diversos prejuízos à saúde 
ambiental. Neste item, vamos falar de outros fatores que justificam 
não queimar. Do ponto de vista ecológico, a Defesa Civil do Maranhão 
(2020) e os materiais desenvolvidos pelo Idema para a Operação AMA 
nos alertam que NÃO DEVEMOS QUEIMAR POR QUE:
Prejuízos ecológicos e
socioeconômicos das queimadas3
A queimada facilmente pode sair do controle da área dese-
jada e provocar incêndios florestais de grandes extensões 
e devastação; 
A queimada expõe o solo à ação da chuva e do sol – intensifican-
do os processos de erosão, hídrica e eólica, e desequilibrando 
a variação térmica durante noite e dia;
A queimada afeta os ciclos da água: tanto porque pode quei-
mar as matas ciliares (nos leitos dos rios) provocando assore-
amento (quando o leito/calha do corpo d’água é “enterrado” 
pelo solo) quanto por prejudicar a recarga hídrica para os 
reservatórios subterrâneos, afetando regimes de chuva e 
abastecimento de outros corpos d’água;
A queimada promove o efeito estufa contribuindo negativa-
mente com as mudanças climáticas, pois além de acabar com a 
cobertura vegetal que é a grande responsável pela purificação da 
nossa atmosfera, a queima dessa vegetação emite gases como o 
dióxido de carbono, que intensificam o aquecimento planetário 
ao potencializar o aumento anormal das temperaturas (veja nas 
Dicas de Vídeos sugestões de materiais para assistir sobre isso).
Provoca poluição atmosférica e alteração na formação 
das nuvens (que afetam diretamente o ciclo das chuvas e, con-
sequentemente, a disponibilidade de água para matar a sede das 
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14 pessoas, animais e manter os ecossistemas e corpos d’água);
Com o desmatamento provocado pelo fogo, são comprome-
tidos importantes serviços ambientais como a regulação 
do equilíbrio térmico, trocas gasosas de carbono e oxigênio, 
evapotranspiração, entre outras funções essenciais para os 
ecossistemas sobreviverem.
Perdas humanas e traumatismos provocados pelo fogo ou 
por contusões no combate às chamas de incêndios florestais;
Desabrigadose desalojados (tanto humanos quanto seres 
vivos afetados em seuhabitatnatural);
Redução das oportunidades de trabalho relacionada com o 
manejo florestal; 
Perda dos bancos de sementes nos solos;
Morte das espécies nativas (fauna e flora);
Impactos à saúde humana e também dos animais: queima-
das e incêndios podem provocar náuseas, tosse, queimaduras 
graves que podem levar a óbito, problemas na garganta, alergias 
na pele e respiratórias, problemas gastrointestinais, intoxicação, 
asfixia e outros males;
Aumento dos gastos públicos com recursos e equipamentos 
empregados no combate às chamas e nos atendimentos aos feri-
dos e afetados pelos efeitos que podem decorrer das queimadas 
e incêndios.
 Do ponto de vista socioeconômico e com base nas informações 
do Maranhão (2020) e do material da Operação AMA (RN) 2020, as 
queimadas descontroladas provocam:
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 Com base em alguns estudos e do ponto de vista das práticas 
agropastoris, apresentamos aqui informações que mostram como, na 
verdade, queimar vegetação e solo gera prejuízos à produtividade e 
impactos ambientais graves. Vamos ver os principais falsos benefícios 
que as queimadassupostamente provocariam, e quais impactos acom-
panham essa prática na lista abaixo(CAPECHE, 2012):
Não é bem o que parece: os falsos bene-
fícios das queimadas para a agricultura4
A queimada disponibiliza nutrientes após a queima, mas esse 
efeito é temporário, durando no máximo 3 anos: após esse 
período, ocorre grande perda da fertilidade do solo;
Essa perda acontece pois a queimada reduz a atividade e diver-
sidade das formas de vida (biota)que tornam o solo saudável;
A queimada também reduz o teor de matéria orgânica e a 
umidade do solo;
A queimada destrói as árvores em fase de crescimento ou 
em fase de utilização comercial, reduzindo a produção de 
madeira, celulose, essências florestais e outros insumos;
Reduz a fertilidade do solo, como conseqüência da destruição 
da matéria orgânica reciclável obrigando a um maior consu-
mo de fertilizantes;
Reduz a resistência das árvores ao ataque de pragas, obrigan-
do a um maior consumo de praguicidas.
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 Além disso, algumas pessoas acreditam erroneamente que as 
queimadas fazem o melhor aproveitamento dos agroecossistemas, 
muito embora estas práticas não estejam totalmente isentas do uso de 
insumos e riscos de incêndios devido a prática do corte e queima (Res-
que et al., 2019).
 Então o que fazer e quais técnicas utilizar ao invés das tra-
dicionais que provocam tanta degradação ambiental? A solução 
pode vir na prática de sistemas alternativos de preparo do solo, com 
técnicas que vêm sendo lentamente incorporadas como opção ao uso 
do tradicional método de corte e queima (BERVALD, KATO, & REI-
CHERT, 2011). É possível não utilizar o fogo na agricultura, por isso, 
vamos falar mais sobre alternativas no próximo item.
MPF cobra medidas contra queimadas ilegais em comunidade indígena do Tapará 
12/07/2021
Fonte: https://pordentrodorn.com.br/2021/07/13/mpf-cobra-medidas-contra-
-queimadas-ilegais-em-comunidade-indigena-do-tapara/
“Agroecossistema é a unidade fundamental de es-
tudo agronômico, nos quais os ciclos minerais, as 
transformações energéticas, os processos biológicos e 
as relações sócio-econômicas são vistas e analisadas 
em seu conjunto” (Altieri, 1989, apud GRUPO TIM-
BÓ DE AGROECOLOGIA, 2009).
https://pordentrodorn.com.br/2021/07/13/mpf-cobra-medidas-contra-queimadas-ilegais-em-comunidade-indigena-do-tapara/
https://pordentrodorn.com.br/2021/07/13/mpf-cobra-medidas-contra-queimadas-ilegais-em-comunidade-indigena-do-tapara/
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Exemplo de desenvolvimento do Sistema Agroflorestal que reúne agricultores no 
Cariri cearense – 2020
Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/agrofloresta-e-alter-
nativa-para-reduzir-numero-de-queimadas-no-ce-1.3004831
Alternativas ao uso
do fogo na agricultura 5
 É possível produzir uma agricultura de forma sustentável am-
biental, social e economicamente sem a prática das queimadas e do 
corte. Martins et al. (2019) afirmam que as técnicas de preparo do solo 
sem o uso do fogo buscam eliminar riscos de incêndios e recuperar a 
fertilidade do solo, possibilitando a continuidade da atividade produ-
tiva sem grandes riscos e impactos ao ecossistema local. Agroflorestas, 
agroecossistemas e modelos agroecológicos são algumas alternativas 
que não promovem o uso do fogo para preparo do solo na agricultura.
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/agrofloresta-e-alternativa-para-reduzir-numero-de-queimadas-no-ce-1.3004831
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/agrofloresta-e-alternativa-para-reduzir-numero-de-queimadas-no-ce-1.3004831
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18 O ditado popular já diz “é melhor prevenir do que remediar”, 
por isso, a população e poder público precisam estar juntos nas campa-
nhas de educação ambiental na prevenção dos incêndios, muitos danos 
serão evitados. Segundo o Corpo de Bombeiros do RN, os números de 
incêndios florestais vêm aumentando de forma preocupante, por isso, 
precisamos evitar provocar focos de incêndios: mais um motivo para 
abolir as queimadas e substituí-las por práticas sustentáveis.
 Entre as principais alternativas ao uso do fogo e do corte, é pos-
sível recorrer às alternativas da agricultura sustentável, como as práti-
cas orgânicas que visem preservar os recursos naturais, mas que sejam 
produtivas e viáveis do ponto de vista prático(VIEIRA et al., 2019). 
 Nesse sentido, existem práticas que podemos aprender para 
tornar a agricultura mais sustentável e sem o uso do fogo. Você já ou-
viu falar em agroecologia? Essa e outras recomendações serão detalha-
das no próximo item.
“A principal diferença entre a agricultura orgânica e 
a convencional é que a primeira vê o solo como o cen-
tro de todo o processo produtivo, valorizando-o como 
recurso-chave. Por isso, o manejo “orgânico” prioriza 
práticas que proporcionem a manutenção e a melhoria 
da qualidade do solo, por meio do revolvimento míni-
mo e do aumento dos teores de matéria orgânica e da 
atividade biológica. Desse modo, o manejo orgânico 
recomenda a manutenção de cobertura vegetal sobre o 
solo, a adubação verde, o cultivo mínimo, o plantio dire-
to, entre outras práticas conservacionistas. Além disso, o 
manejo do solo no sistema orgânico prioriza as fontes 
orgânicas de nutrientes e não utiliza fertilizantes quí-
micos de alta solubilidade” (BRASIL, 2008, p. 1).
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“A Agroecologia surge como alternativa de um novo 
modelo de agricultura sustentável capaz de fazer 
o bem ao homem e ao ambiente, com o auxílio de 
metodologias ecológicas e/ou sustentáveis. Ela busca 
explorar conhecimentos e métodos ecológicos moder-
nos, ao mesmo tempo em que mantém os aspectos de 
conservação dos recursos da agricultura tradicional 
local”. (VIEIRA et al., 2019, p. 7)
 A agroecologia tem como finalidade a sustentabilidade do siste-
ma agrícola de produção com o objetivo de resgatar o equilíbrio de todo 
o sistema de produção, com a utilização de práticas que englobem as 
questões sociais, culturais, ambientais, éticas, etc. (NEVES, 2020).
 A adoção de sistemas de produção agroecológicos apresenta-se 
como estratégia de desenvolvimento sustentável, revalorizando a agri-
cultura familiar, melhorando a saúde dos produtores e consumidores,podendo reduzir custos de produção e, até diminuir os impactos am-
bientais decorrentes do uso da terra (FINATTO; CORRÊA, 2008).
 No cotidiano da agricultura familiar é possível utilizar práticas 
agroecológicas no lugar das queimadas para garantir a saúde do solo, 
da vegetação, do ecossistema, a sustentabilidade do cultivo e a pre-
venção de possíveis incêndios florestais oriundos das queimadas. Para 
isso, recomendamos adotar algumas práticas agroecológicas como:
Práticas recomendadas para uma
agricultura sem chamas e sustentável6
Roçar o mato ou incorporá-lo ao solo (misturar o mato
no solo) na preparação do cultivo;
Adotar práticas de adubação verde, incorporando os restos
vegetais da roçagem;
Pastagem ecológica;
Rotação de culturas;
Adotar sistemas de agroflorestas e agroecossistemas;
Plantio direto na palha; e
Aproveitamento dos resíduos vegetais na compostagem.
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A prática de incorporar a materia orgânica no solo é a ação mecânica de 
transferir o material vegetal existente na superfície do solo para a camada 
arável (primeiros 30cm de profundidade), fazendo com que esse material 
se misture ao solo por meio de gradagem tratorizada ou tratos culturais 
manuais, favorecendo o solo pela melhoria física e enriquecendo com 
nutrientes, onde adiciona compostos bioquímicos específicos capazes de 
renovar a microfauna e microflora nativas.
A matéria orgânica é constituída de resíduos de origem vegetal ou ani-
mal, como: estercos; restos de cultura que ficam no campo; palhadas; 
folhas, cascas e galhos de árvores; raízes das plantas; e animais que 
vivem no solo, como minhocas, cupins, formigas, besouros, fungos, 
bactérias e outros microrganismos (Brasil, 2008, p.2).
 Alguns benefícios dessas práticas são explicadas pelo Eng. Agrô-
nomo Marcus Araújo:
 As práticas acima recomendadas podem ter seus benefícios en-
tendidos a partir do que explica a EMBRAPA sobre a importância da 
matéria orgânica no manejo do solo, ou seja, no “conjunto de todas as 
práticas aplicadas a um solo visando a produção agrícola”, incluindo 
cultivo, práticas culturais, práticas de correção e fertilização do solo, 
dentre outras.
 Segundo a EMBRAPA, práticas agroecológicas como as que re-
comendamos funcionam pois, esses resíduos vegetais e animais, passam a 
sofrer um processo de decomposição natural, que é o processo de quebra 
da matéria orgânica em partes menores, realizada pelos microrganismos 
decompositores presentes no solo. Durante a decomposição, elementos 
químicos que antes se encontravam na forma orgânica são convertidos 
para a forma mineral. (BRASIL, 2008, p.2-3)
 Os nutrientes, elementos químicos essenciais ao crescimento e 
desenvolvimento das culturas, só são absorvidos pelas raízes das plan-
“A presença da vegetação aumenta a quantidade de matéria orgânica 
no solo proveniente das folhas e galhos que caem, sendo fundamental na 
manutenção de sua fertilidade e produtividade, dificultando o processo 
erosivo e diminuindo os assoreamento dos rios”, diz Marcus.
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21tas quando se encontram na forma mineral. Dos processos de decom-
posição e mineralização é que surgem os principais efeitos benéficos 
da matéria orgânica sobre a fertilidade do solo (BRASIL, 2008, p.2-3).
 A adoção de um manejo mais adequado e, consequentemente, 
mais sustentável no solo através da aplicação de compostos orgânicos 
é de grande importância para todo o sistema biológico do solo. Esses 
compostos orgânicos promovem vantagens ambientais como o au-
mento dos nutrientes, possibilitam que a microbiota do solo se sus-
tente e ainda fertilizam o solo, melhorando o potencial agronômico da 
área de cultivo. 
 Com tudo isso, um metodo prático de transformar os resíduos 
vegetais em nutrientes para as plantas de forma mais rápida e agro-
ecológica é a compostagem. A compostagem dos resíduos orgânicos 
originado dentro das propriedades, se apresenta como uma alternati-
va muito viável economicamente, tanto do ponto de vista ambiental 
como do agronômico (SILVA, 2008).
 Que tal aprender um pouco sobre compostagem orgânica? No 
nosso próximo volume da série, o Volume 3 – Mais agricultura susten-
tável: manual para construção de composteira orgânica.
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22 O RN no enfrentamento ao
problema das queimadas 7
 As queimadas e incêndios são questões muito sérias, que amea-
çam a proteção e sobrevivência dos nossos biomas, dos animais, vegeta-
ção e das atividades econômicas das localidades atingidas, colocando em 
risco até comunidades e populações próximas aos incêndios florestais. 
 Sabemos que queimar é crime ambiental, por isso, divulgar 
informações como as do Volume 1 e as deste volume sobre outras 
práticas que podem ser utilizadas no lugar das queimadas são parte 
importante da campanha educativa de prevenção do Plano“RN Sem 
Chamas”, lançado em 30/08/2021.
 Então, pensando em como a educação ambiental pode escla-
recer e informara população sobre alternativas mais sustentáveis do 
que as queimadas. A Educação ambiental é uma aliada, que deve ser 
transversal a todas as discussões, seja na esfera política, educacional ou 
no cotidiano das comunidades.
“Na busca de aumentar a capacidade e estabelecer 
formas de convivência da agricultura familiar com 
as condições do semiárido é preciso, também, tornar 
viável a educação ambiental no meio rural, de modo 
a contribuir para e estimular a permanência das 
famílias agricultoras em condições apropriadas em 
seus agroecossistemas familiares ou coletivos, a par-
tir de uma pedagogia participativa e construtora de 
alternativas sustentáveis que alie o resgate e a valo-
rização da vivência e saber popular ao conhecimento 
científico (ARAÚJO, SOUZA, 2011, p. 980)”.
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 Por isso, vamos multiplicar as ideias abaixo:
Sobre o problema do lixo acumulado em locais inadequados, 
lixões e coleta domiciliar ineficiente nas comunidades: Não quei-
me! Procure o destino correto do lixo, solicitando às Prefeituras 
Municipais a responsabilidade da estruturação da limpeza pública 
municipal e aos geradores que se responsabilizem pela destina-
ção correta – todos nós consumimos e geramos resíduos, então 
vamos procurar também as soluções para a destinação correta do 
que produzimos de “lixo”;
Seu terreno está repleto de vegetação? Vai “limpar o terreno” para 
criar pastagens? A limpeza do terreno não pode ser feita atra-
vés do fogo: ao invés de queimar tudo, busque pelas técnicas de 
capinagem, plantio direto e outras dicas de reaproveitamento da 
vegetação extraída, como nas dicas da compostagem orgânica (que 
serão detalhadas no Volume 3 desta série);
Seja na agricultura familiar, nas pequenas, médias ou grandes 
propriedades rurais, não realize queimadas, faça a diferença: 
adote as práticas sustentáveis e agroecológicas aqui suge-
ridas no lugar do corte e das queimadas! A mudança de ati-
tude na substituição das queimadas por essas recomendações de 
uma agricultura orgânica e agroecológica ajudam na prevenção 
de incêndios florestais e fazem bem para o meio ambiente, para a 
produção agrícola, para a saúde humana e animal e para o bolso 
dos produtores rurais;
Multiplique boas ideias para a mudança de atitudes em busca do 
fim das queimadas, prezando pela proteção do meio ambiente: 
repasse os materiais da nossa série, utilize as redes sociais, 
converse com seus vizinhos, leve o assunto da prevenção 
para as conversas com familiares e amigos(as). Vamos evi-
tar o problema dos incêndios a partir da extinção de suas causas.
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24 Divulgue essas boas práticas para garantir a sustentabilidade: 
precisamos agir agora se ainda queremos ter um futuro. A educação 
ambiental será sempre uma aliada para permitir o diálogo informativo 
e formativo sobre prevenção e reflexão sobre a atuação humana e sua 
relação com Gaia, nossa Mãe Terra. Vamos fazer o que está ao nosso 
alcance para, de forma cidadã e democrática, possamos viver em um 
um mundo sem chamas.
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O aquecimento global é apenas um monte de ar quente? | Minuto da Terra 
https://www.youtube.com/watch?v=894UH09NQ88
Aos poucos, as agroflorestas vão mudando a paisagem sertaneja
https://www.youtube.com/watch?v=s6NBqSxBJ-o
Devastação da Caatinga pelas Queimadas e Desmatamento
https://www.youtube.com/watch?v=0xoZQFKO6JE
Efeito estufa e Aquecimento Global
https://www.youtube.com/watch?v=e054mplj5nw
Recuperação de áreas degradadas na Caatinga - Dia de Campo na TV
https://www.youtube.com/watch?v=yNbhllwLpQ8
Pesquisadores trabalham para retardar a desertificação na Caatinga ecor-
região brasileira
https://www.youtube.com/watch?v=lXjDWxI7fOQ
Agrofloresta do Futuro - Agrofloresta na Caatinga: MarshaHanzi Epicen-
tro Marizá; 17/49
https://www.youtube.com/watch?v=ptIYLqqPORQ
Brasil Escola -Efeito estufa e aquecimento global
https://www.youtube.com/watch?v=5SFQg3v30jE
Série Ecologia: queimadas e desmatamento
https://www.youtube.com/watch?v=DhkKpiWnW0w
Um planeta à beira do colapso | Futurando (11/12/19)
https://www.youtube.com/watch?v=02DrEkYfOxM
Dicas de vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=894UH09NQ88
https://www.youtube.com/watch?v=s6NBqSxBJ-o
https://www.youtube.com/watch?v=0xoZQFKO6JE
https://www.youtube.com/watch?v=e054mplj5nw
https://www.youtube.com/watch?v=yNbhllwLpQ8
https://www.youtube.com/watch?v=lXjDWxI7fOQ
https://www.youtube.com/watch?v=ptIYLqqPORQ
https://www.youtube.com/watch?v=5SFQg3v30jE
https://www.youtube.com/watch?v=DhkKpiWnW0w
https://www.youtube.com/watch?v=02DrEkYfOxM
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26 Modos de restaurar as florestas
https://www.youtube.com/watch?v=a2ygqm4UOkI
Queimadas em Biomas Brasileiros - Diagnóstico dos incêndios na caatin-
ga – 13/05/2021 – TV Câmara
https://www.youtube.com/watch?v=8HHywM8lnRA
Incêndio de grandes proporções devastando a caatinga (Paraíba)
https://www.youtube.com/watch?v=cFYmAuFBpX8
Queimadas e suas consequências para o meio ambiente (Curitiba)
https://www.youtube.com/watch?v=Dw2eZoIzAyk
https://www.youtube.com/watch?v=a2ygqm4UOkI
https://www.youtube.com/watch?v=8HHywM8lnRA
https://www.youtube.com/watch?v=cFYmAuFBpX8
https://www.youtube.com/watch?v=Dw2eZoIzAyk
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https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/956695/impactos-das-queimadas-na-qualidade-do-solo---degradacao-ambiental-e-manejo-e-conservacao-do-solo-e-agua
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https://www.instagram.com/p/CTlBaK-ltOQ/?utm_medium=copy_link
idema.rn.gov.br
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