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Assunto 07 - Política Monetária

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H876i Hubbard, R. Glenn.
Introdução à economia [recurso eletrônico] / R. Glenn
Hubbard, Anthony Patrick O’Brien ; tradução: Christiane de
Brito Andrei, Cristina Bazán, Rodrigo Sardenberg. – 2. ed.
atual. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2010.
Editado também como livro impresso em 2010.
 ISBN 978-85-7780-623-2
1. Economia. I. O’Brien, Patrick.
CDU 330
Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922
944 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
26.1 | Definir política monetária e descrever as metas da política monetária do Federal 
Reserve (Fed).
O que é política monetária?
Em 1913, o Congresso norte-americano aprovou o Federal Reserve Act, criando o Federal Reserve 
System (“o Fed”). A principal responsabilidade do Fed era conceder empréstimos de redesconto a 
bancos que estivessem sofrendo grandes saques pelos depositantes. Isto é, o Fed era encarregado 
de evitar os pânicos bancários sobre os quais você aprendeu no Capítulo 25. Em decorrência da 
Grande Depressão dos anos 30, o Congresso norte-americano fez uma emenda ao Federal Reserve 
Act dando ao Board of Governors do Federal Reserve uma responsabilidade mais ampla para agir 
“de modo a promover eficazmente as metas de nível de emprego máximo, estabilidade de preços e 
taxas de juros de longo prazo moderadas”.
Desde a Segunda Guerra Mundial, o Federal Reserve realiza uma política monetária ativa. 
Política monetária refere-se às ações tomadas pelo Fed para gerenciar a oferta de moeda e as 
taxas de juros a fim de perseguir os objetivos da política macroeconômica.
As metas da política monetária
O Fed estabeleceu quatro metas de política monetária cuja intenção é promover o bom funcio-
namento da economia:
1. Estabilidade de preços
2. Alto nível de emprego
3. Crescimento econômico
4. Estabilidade dos mercados e instituições financeiras
Examinaremos brevemente cada uma dessas metas.
Estabilidade de preços Como vimos em capítulos anteriores, o aumento dos preços corroi o 
valor da moeda como um meio de troca comercial e um estoque de valor. Especialmente após a 
inflação ter subido drasticamente e inesperadamente durante a década de 70, os formuladores de 
políticas na maioria dos países industrializados têm na estabilidade de preços uma meta política. 
A Figura 26-1 mostra que do início da década de 50 até 1968, a taxa de inflação permaneceu abai-
xo de 4% ao ano. A inflação esteve acima de 4% durante a maior parte da década de 70. No início 
de 1979, a taxa de inflação aumentou para mais de 10%, onde permaneceu até o final de 1981, 
quando começou a cair rapidamente de volta à faixa dos 4%. De 1992 até o final de 2005, a taxa 
de inflação esteve abaixo de 4%. As taxas de inflação relativamente altas do final de 2005 e início 
de 2006 causaram preocupações no Fed.
As taxas de inflação durante os anos de 1979–1981 foram as mais altas que os Estados Uni-
dos já vivenciaram em tempos de paz. Quando Paul Volcker assumiu a presidência do Board of 
Governors do Federal Reserve em agosto de 1979, ele tornou a luta contra a inflação sua principal 
meta de política. Alan Greenspan, que sucedeu Volcker em agosto de 1987, e Ben Bernanke, que 
sucedeu Greenspan em janeiro de 2006, mantiveram o foco sobre a inflação. Volcker, Greenspan e 
Bernanke defendiam que se a inflação permanecesse baixa a longo prazo, o Fed teria a flexibilida-
de de que precisa para atenuar o impacto das recessões. E muitos economistas concordam.
Alto nível de emprego Alto nível de emprego, ou uma baixa taxa de desemprego, é uma outra 
meta de política monetária. Trabalhadores desempregados e fábricas e edifícios de escritórios 
mal aproveitados reduzem o PIB abaixo de seu nível potencial. O desemprego causa problemas 
financeiros e diminui a autoestima dos trabalhadores que não têm emprego. A meta de alto nível 
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM 26.1
Política monetária As 
ações tomadas pelo Ban-
co Central para gerenciar 
a oferta de moeda e as 
taxas de juros a fim de 
perseguir os objetivos da 
política macroeconômica.
CAPÍTULO 26 | Política Monetária 945
de emprego vai além do Fed a outras agências do governo federal. No final da Segunda Guerra 
Mundial, o Congresso norte-americano aprovou o Employment Act de 1946, que afirmava que 
era “responsabilidade do governo federal... encorajar e promover... condições sob as quais serão 
propiciados empregos úteis àqueles que forem capazes, estiverem dispostos a trabalhar e estive-
rem procurando emprego, e promover máximo nível de emprego, produção e poder aquisitivo”.
Crescimento econômico Discutimos, nos Capítulos 21 e 22, a importância do crescimento eco-
nômico para elevar os padrões de vida. Os formuladores de políticas econômicas têm como obje-
tivo encorajar um crescimento econômico estável, pois ele permite que as famílias e as empresas 
planejem com precisão e encoraja o investimento de longo prazo que é necessário para sustentar 
o crescimento. As políticas podem incitar o crescimento econômico fornecendo incentivos à pou-
pança para garantir um grande pool de fundos de investimento, além de fornecer incentivos di-
retos para o investimento empresarial. As políticas em prol do aumento da poupança e do inves-
timento podem ser mais bem realizadas pelo Congresso norte-americano e o presidente do que 
pelo Fed, no entanto. Por exemplo, o Congresso norte-americano e o presidente podem mudar as 
leis tributárias para aumentar o retorno sobre a poupança e o investimento. Na verdade, alguns 
economistas questionam se o Fed pode desempenhar um papel na promoção do crescimento 
econômico para além da tentativa de atingir suas metas de estabilidade de preços e alto nível de 
emprego. Esses economistas observam que o alto nível de emprego tipicamente ocorre somente 
quando o PIB real está próximo ao PIB potencial e está crescendo a uma taxa sustentável. Assim, 
ao atingir sua meta de alto nível de emprego, o Fed também terá promovido o crescimento eco-
nômico. Da mesma maneira, a maioria dos economistas acredita que o crescimento econômico 
é geralmente lento durante períodos de alta inflação. Deste modo, ao alcançar a estabilidade de 
preços, o Fed também estará promovendo o crescimento econômico.
Estabilidade dos mercados e instituições financeiras Quando os mercados e instituições fi-
nanceiras não são eficientes em “casar” poupadores e mutuários, perdem-se recursos. As em-
presas que têm o potencial para produzir bens e serviços valorizados pelos consumidores não 
conseguem obter o financiamento de que precisam para projetar, desenvolver e comercializar 
tais produtos. Os poupadores desperdiçam recursos procurando investimentos satisfatórios. O 
Fed promove a estabilidade dos mercados e instituições financeiras de modo que ocorra um 
fluxo eficiente de fundos dos poupadores para os mutuários. Por exemplo, durante o abalo no 
mercado hipotecário de créditos subprime em 2007 e 2008, o Fed decidiu expandir seu papel 
como emprestador de último recurso.
A crise no mercado hipotecário durante 2007 e 2008 foi similar às crise bancárias que leva-
ram o Congresso a criar o Federal Reserve System em 1913. A diferença chave é que, enquanto 
as crises bancárias anteriores afetaram os bancos comerciais, os bancos de investimento foram 
amplamente envolvidos nos eventos de 2007-2008. Os bancos de investimento podem estar 
sujeitos a problemas de liquidez, pois frequentemente tomam empréstimos de curto prazo – às 
vezes tão curto quanto overnight – e aplicam os fundos em investimentos mais a longo prazo. 
Taxa de
inflação
anual
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
16%
Jan.
1952
Jan.
1960
Jan.
1970
Jan.
1980
Jan.
1990
Jan.
2000
Figura 26-1 A taxa de inflação, 
1952–2007.
Durante a maior parte das décadas de 50 e 
60, a taxa de inflação nos Estados Unidos foi 
de 4% ou menos. Durante a década de 70, 
a taxa de inflação aumentou, atingindo seu 
pico durante 1979–1981, quando teve uma 
média de mais de 10%. De 1992 até o final de 
2005, a taxa de inflação foi de menos de 4%.
Nota: A taxa de inflaçãoé medida como o 
aumento percentual no índice de preços ao 
consumidor (IPC) em relação ao mesmo 
mês no ano anterior.
Fonte: Bureau of Labor Statistics.
946 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
Os bancos comerciais tomam emprestado de famílias e empresas na forma de depósitos em 
poupanças, enquanto os bancos de investimento tomam emprestado principalmente de outras 
empresas financeiras, como outros bancos de investimento, fundos mútuos ou hedge funds, que 
são similares a fundos mútuos, mas tipicamente envolvem estratégias de investimento mais 
complexas (e arriscadas). Assim como os bancos comerciais podem passar por uma crise se 
os depositantes começarem a sacar fundos, os bancos de investimento podem passar por uma 
crise se outras empresas financeiras pararem de lhes oferecer empréstimos de curto prazo. Em 
2008, o Fed decidiu abrandar os problemas de liquidez encarados pelos bancos de investimento 
ao lhes permitir empréstimos de redesconto, que eram previamente disponíveis apenas para 
bancos comerciais. Mais adiante neste capítulo, discutiremos mais detalhadamente as novas 
políticas promulgadas pelo Fed para ajudar a lidar com a crise no mercado hipotecário.
Na próxima seção, veremos como o Fed tenta atingir suas metas de política monetária. Em-
bora o Fed tenha múltiplas metas de política monetária, durante a maior parte dos períodos, 
as metas mais importantes tem sido a estabilidade de preços e o alto nível de emprego. Mas o 
abalo no mercado hipotecário durante 2007 e 2008 levou o Fed a colocar uma nova ênfase na 
meta da estabilidade do mercado financeiro.
26.2 | Descrever as metas da política monetária do Federal Reserve e explicar como 
políticas monetárias expansionistas e contracionistas afetam as taxas de juros.
O mercado monetário e a escolha das metas 
da política monetária do Fed
O objetivo do Fed ao empreender sua política monetária é usar suas ferramentas de política para 
alcançar suas metas de política monetária. Lembre-se, como vimos no Capítulo 25, de que as fer-
ramentas de políticas do Fed são operações no open market, políticas de redesconto e reservas 
necessárias. Às vezes, o Fed encontra conflitos entre suas metas de política. Por exemplo, como 
discutiremos mais tarde neste capítulo, o Fed pode elevar as taxas de juros para reduzir a taxa de 
inflação. Mas, como vimos no Capítulo 24, taxas de juros mais altas tipicamente reduzem os gastos 
realizados pelas famílias e empresas, o que pode resultar em uma desaceleração do crescimento e 
em taxas de desemprego mais altas. Por isso, uma política que pretende alcançar uma meta de po-
lítica monetária, como uma inflação mais baixa, pode ter um efeito adverso sobre uma outra meta 
de política, como a de alto nível de emprego. Alguns membros do Congresso norte-americano in-
troduziram legislações que forçariam o Fed a se concentrar quase que inteiramente sobre alcançar 
a estabilidade de preços, e muitos economistas apóiam tal foco. Apesar de até agora essa legislação 
não ter sido aprovada no Congresso norte-americano, o debate ganhou peso no Federal Reserve.
As metas da política monetária
O Fed tenta manter baixo tanto o desemprego quanto as taxas de inflação, mas não pode afetar 
nenhuma dessas variáveis econômicas diretamente. O Fed não pode dizer às empresas quantas pes-
soas empregar ou que preços cobrar por seus produtos. Em vez disso, o Fed usa variáveis, chamadas 
de metas da política monetária, que ele pode afetar diretamente e que, por sua vez, afetam variáveis 
que estão estreitamente relacionadas às metas de políticas do Fed, como o PIB real, o nível de em-
prego e o nível de preços. As duas principais metas da política monetária são a oferta de moeda e a 
taxa de juros. Como veremos, o Fed tipicamente usa taxa de juros como seu alvo de política.
A demanda por moeda
Os dois alvos da política monetária do Fed se relacionam de uma maneira importante. Para 
compreender essa relação, primeiramente precisamos examinar a demanda e oferta de moeda. 
A Figura 26-2 mostra a curva de demanda por moeda. A taxa de juros se encontra sobre o eixo 
vertical, e a quantidade de moeda, no eixo horizontal. Aqui estamos usando a definição de mo-
eda M1, que é igual a moeda em circulação mais os depósitos em contas-corrente. Observe que 
a curva de demanda por moeda possui inclinação descendente.
Para compreender por que a curva de demanda por moeda possui inclinação descendente, 
considere que as famílias e empresas tenham uma escolha entre reter moeda e reter outros ati-
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM 26.2
CAPÍTULO 26 | Política Monetária 947
vos financeiros, como Letras do Tesouro norte-americano. A moeda possui uma característica 
particularmente desejável: você pode usá-la para comprar bens, serviços ou ativos financeiros. 
A moeda também possui uma característica indesejável: ou ela não obtém juros ou obtém uma 
taxa de juros muito baixa. A moeda em sua carteira não obtém nenhum juro, e o dinheiro em 
sua conta-corrente ou não obtém juros ou obtém juros muito baixos. Alternativas à moeda, 
como Letras do Tesouro norte-americano, pagam juros, mas têm que ser vendidas se você qui-
ser usar os fundos para comprar algo. Quando sobem as taxas de juros sobre ativos financeiros 
como Letras do Tesouro norte-americano, aumenta a quantidade de juros que as famílias e as 
empresas perdem por reter moeda. Quando as taxas de juros caem, diminui a quantidade de 
juros que as famílias e as empresas perdem por reter moeda. Lembre-se de que custo de oportu-
nidade é aquilo de que você tem que abdicar para se envolver em determinada atividade. A taxa 
de juros é o custo de oportunidade de se reter moeda.
Agora temos uma explicação de por que a curva de demanda por moeda possui inclinação 
descendente: quando as taxas de juros sobre as Letras do Tesouro e outros ativos financeiros estão 
baixas, o custo de oportunidade de reter moeda é baixo, então a quantidade demandada de moeda 
pelas famílias e empresas será alta; quando as taxas de juros são altas, o custo de oportunidade de 
reter moeda é alto, então a quantidade demandada de dinheiro será baixa. Na Figura 26-2, uma di-
minuição nas taxas de juros de 4% para 3% faz a quantidade demandada de moeda pelas famílias 
e empresas aumentar de US$900 bilhões para US$950 bilhões.
Deslocamentos na curva de demanda por moeda
Vimos no Capítulo 3 que a curva de demanda por um bem é traçada mantendo-se constantes 
todas as variáveis, que não o preço, que afetem a disposição dos consumidores a comprá-lo. Varia-
ções em variáveis que não o preço fazem a curva de demanda se deslocar. Da mesma maneira, a 
curva de demanda por moeda é traçada mantendo-se constantes todas as variáveis que não a taxa 
de juros, que afetam a disposição das famílias e empresas a reter moeda. Mudanças em variáveis 
que não a taxa de juros fazem a curva de demanda se deslocar. As duas variáveis mais importantes 
que fazem a curva de demanda por moeda se deslocar são o PIB real e o nível de preços.
Um aumento no PIB real significa que o volume de compra e venda de bens e serviços aumen-
tará. Esse volume adicional de compra e venda aumenta a demanda por moeda como um meio de 
troca comercial, então a quantidade de moeda que as famílias e empresas desejam reter aumenta a 
cada taxa de juros, deslocando a curva de demanda por moeda para a direita. Uma diminuição no 
PIB real diminui a quantidade demandada de moeda a cada taxa de juros, deslocando a curva de 
demanda por moeda para a esquerda. Um nível de preços mais alto aumenta a quantidade de mo-
eda necessária para determinado volume de compra e venda. Há oitenta anos, por exemplo, quan-
do o nível de preços era muito mais baixo e podia-se comprar um automóvel novo por US$500 e 
um salário de US$30 por semana lhe colocava na classe média, a quantidade demandada de moeda 
pelas famílias e empresas era muito mais baixa do que atualmente, mesmo corrigindo o efeito do 
PIB real mais baixo e da menor população daquela época. Um aumento no nível de preçosaumen-
0
Taxa de
juros, i
Quantidade de moeda,
M (bilhões de dólares)
3
4%
US$900 950
Demanda por
moeda, MD
2. . . . causa um
aumento na
quantidade
demandada
de moeda.
1. Uma
diminuição na
taxa de juros . . .
Figura 26-2 A demanda por moeda.
A curva de demanda por moeda possui inclinação 
descendente porque taxas de juros mais baixas fa-
zem as famílias e as empresas passarem de ativos 
financeiros como Letras do Tesouro norte-ame-
ricano para moeda. Mantendo tudo mais cons-
tante, uma queda na taxa de juros de 4% para 3% 
aumenta a quantidade demandada de moeda de 
US$900 bilhões para US$950 bilhões. Um aumen-
to na taxa de juros diminui a quantidade deman-
dada de moeda.
948 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
ta a quantidade demandada de moeda a cada taxa de juros, deslocando a curva de demanda por 
moeda para a direita. Uma diminuição no nível de preços diminui a quantidade demandada de 
moeda a cada taxa de juros, deslocando a curva de demanda por moeda para a esquerda. A Figura 
26-3 ilustra deslocamentos na curva de demanda por moeda.
Como o Fed gerencia a oferta de moeda: uma breve revisão
Tendo discutido a demanda por moeda, agora passaremos à oferta de moeda. No Capítulo 25, 
vimos como o Federal Reserve gerencia a oferta de moeda. Oito vezes ao ano, o FOMC se reúne 
em Washington, D.C. Se o FOMC decidir aumentar a oferta de moeda, ele orienta o trading 
desk (mesa de negociação) no Federal Reserve Bank of New York a comprar Títulos do Tesouro 
norte-americano. Os vendedores desses Títulos do Tesouro depositam os fundos que recebem 
do Fed nos bancos, o que aumenta as reservas dos bancos. Os bancos emprestam a maior parte 
dessas reservas, o que cria novos depósitos em conta-corrente e expande a oferta de moeda. 
Se o FOMC decidir diminuir a oferta de moeda, ele orienta o trading desk a vender Títulos do 
Tesouro, o que diminui as reservas dos bancos e contrai a oferta de moeda.
Equilíbrio no mercado monetário
Na Figura 26-4, incluímos tanto a curva de demanda por moeda quanto a curva de oferta de mo-
eda. Podemos usar esta figura para ver como o Fed afeta a oferta de moeda e a taxa de juros. Por 
simplicidade, suporemos que o Federal Reserve seja capaz de determinar completamente a oferta 
de moeda (apesar de, na verdade, o comportamento do público e dos bancos também poder afetar 
a oferta de moeda). Portanto, a curva de oferta de moeda é uma linha vertical, e variações na taxa 
de juros não causam nenhum efeito sobre a quantidade de moeda ofertada. Assim como com os 
outros mercados, o equilíbrio no mercado monetário ocorre no ponto em que a curva de demanda 
por moeda cruza a curva de oferta de moeda. Se o Fed aumentar a oferta de moeda, a curva de 
oferta de moeda se deslocará para a direita, e a taxa de juros do equilíbrio cairá. Na Figura 26-4, 
quando o Fed aumenta a oferta de moeda de US$900 bilhões para US$950 bilhões, a curva de ofer-
ta de moeda se desloca de MS1 para MS2, e a taxa de juros do equilíbrio cai de 4% para 3%.
No mercado monetário, o ajuste de um equilíbrio para outro é um pouco diferente do ajus-
te no mercado de bens. Na Figura 26-4, o mercado monetário se encontra inicialmente em equi-
líbrio, com uma taxa de juros de 4% e uma oferta de moeda de US$900 bilhões. Quando o Fed 
aumenta a oferta de moeda em US$50 bilhões, as famílias e as empresas têm mais dinheiro do 
que desejam reter a uma taxa de juros de 4%. O que as famílias e empresas fazem com os US$50 
bilhões extras? É mais provável que usem a moeda para comprar ativos financeiros de curto 
prazo, como Letras do Tesouro. Ativos financeiros de curto prazo têm vencimentos — a data em 
que o último pagamento será feito pelo vendedor — de um ano ou menos. Ao comprar ativos de 
curto prazo, as famílias e empresas fazem subir seus preços e fazem cair suas taxas de juros.
Para compreender por que uma demanda crescente por Letras do Tesouro faz baixar sua 
taxa de juros, lembremos, como vimos no Capítulo 7, que os preços de ativos financeiros e suas 
0
Taxa de
juros, i
Quantidade de moeda,
M (bilhões de dólares)
MD3
MD1
MD2
Um aumento no PIB
real ou um aumento
no nível de preços
deslocará a demanda
por moeda para a direita.
Uma diminuição no
PIB real ou uma
diminuição no nível
de preços deslocará
a demanda por moeda
para a esquerda.
Figura 26-3 Deslocamentos na 
curva de demanda por moeda.
Variações no PIB real ou no nível de preços 
fazem a curva de demanda por moeda se 
deslocar. Um aumento no PIB real ou um 
aumento no nível de preços fará a curva de 
demanda por moeda se deslocar de MD1 
para MD2. Uma diminuição no PIB real ou 
uma diminuição no nível de preços fará a 
curva de demanda por moeda se deslocar de 
MD1 para MD3.
CAPÍTULO 26 | Política Monetária 949
taxas de juros se movimentam em direções opostas. Suponha que você compre uma Letra do Te-
souro norte-americano hoje por US$962 que vença em um ano, momento no qual o Tesouro 
lhe pagará US$1.000. O governo vende Letras do Tesouro a um preço abaixo de seu valor de 
face de US$1.000. A diferença entre o preço da Letra e seu valor de face de US$1.000 represen-
ta o retorno aos investidores por emprestar seu dinheiro ao Tesouro. Neste caso, você obterá 
US$38 em juros sobre seu investimento de US$962. A taxa de juros sobre a Letra do Tesouro é:
Agora suponha que muitas famílias e empresas aumentem sua demanda por Letras do Tesouro. 
Esse aumento na demanda terá o mesmo efeito sobre as Letras do Tesouro que um aumento 
na demanda por maçãs tem sobre maçãs: o preço subirá. Suponha que o preço das Letras do 
Tesouro suba de US$962 para US$971. Agora, se você comprar uma Letra do Tesouro, você 
receberá somente US$29 em juros sobre seu investimento de US$971. A taxa de juros sobre a 
Letra do Tesouro agora é:
Portanto, quando o preço de uma Letra do Tesouro aumenta, a taxa de juros sobre a Letra do 
Tesouro cai.
Quando a taxa de juros sobre as Letras do Tesouro e outros ativos financeiros cai, o custo 
de oportunidade de reter moeda também cai. As famílias e empresas deslocam-se ao longo 
da curva de demanda por moeda. Finalmente a taxa de juros terá caído o suficiente para as 
famílias e empresas estarem dispostas a reter os US$50 bilhões adicionais em moeda que o Fed 
criou, e o mercado monetário voltará ao equilíbrio. Em resumo: quando o Fed aumenta a oferta 
de moeda, a taxa de juros de curto prazo tem que cair até chegar a um nível no qual as famílias e 
empresas estejam dispostas a reter a moeda adicional.
A Figura 26-5 mostra o que acontece quando o Fed diminui a oferta de moeda. O merca-
do monetário inicialmente se encontra em equilíbrio, a uma taxa de juros de 4% e uma oferta 
de moeda de US$900 bilhões. Se o Fed diminuir a oferta de moeda para US$850 bilhões, as 
famílias e empresas irão reter menos moeda do que desejam — em relação a outros ativos 
financeiros — a uma taxa de juros de 4%. Para aumentar suas posses de moeda, elas venderão 
Letras do Tesouro e outros ativos financeiros. A maior oferta de Letras do Tesouro à venda 
diminuirá seus preços e aumentará suas taxas de juros. Elevar as taxas de juros de curto prazo 
aumenta o custo de oportunidade de reter moeda, fazendo as famílias e empresas deslocarem-
se ao longo da curva de demanda por moeda. O equilíbrio é finalmente restaurado a uma taxa 
de juros de 5%.
0
Taxa de
juros, i
Quantidade de moeda,
M (bilhões de dólares)
3
4%
US$900 950
MD
Oferta de
moeda,
MS1
1. Quando o Fed
aumenta a oferta de
moeda de MS1
para MS2 . . .
2. . . . a taxa
de juros do
equilíbrio
cai.
MS2
Figura 26-4 O Impacto sobre a taxa 
de juros quando o Fed aumenta a ofer-
ta de moeda.
Quando o Fed aumenta a oferta de moeda, famílias 
e empresas retêm mais moeda do que desejam em 
relação a outros ativos financeiros. As famílias e em-
presas compram Letras do Tesouro e outros ativos 
financeiros com a moeda que eles não querem reter. 
Esse aumento na demanda empurra para cima os 
preços desses ativos e empurra suas taxas de juros 
para baixo. Finalmente,as taxas de juros terão caído 
o suficiente para que as famílias e empresas este-
jam dispostas a reter a moeda adicional que o Fed 
criou. Na figura, um aumento na oferta de moeda 
de US$900 bilhões para US$950 bilhões faz a curva 
de oferta de moeda se deslocar para a direita, de MS1 
para MS2, e faz a taxa de juros do equilíbrio cair de 
4% para 3%.
950 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
Problema solucionado 26-2
A relação entre os preços das Letras do Tesouro e suas taxas de juros
Qual é o preço de uma Letra do Tesouro que paga US$1.000 em um ano, se sua taxa de juros é de 4%? Qual será o preço 
da Letra do Tesouro se sua taxa de juros for de 5%?
SOLUCIONANDO O PROBLEMA:
1º Passo: Revise o material do capítulo. Este problema envolve a relação entre preços e 
taxas de juros de Letras do Tesouro, então talvez você queira revisar a seção “Equilíbrio no mer-
cado monetário”, que começa na página 948.
2º Passo: Use a fórmula de calcular taxas de juros para determinar o preço das Letras do 
Tesouro quando a taxa de juros é de 4%. Nesta situação, a taxa de juros será igual ao aumento 
percentual do preço de compra inicial das Letras aos US$1.000 que os compradores receberão 
em um ano. Podemos montar o problema assim, onde P é o preço de compra das Letras do 
Tesouro:
Dividindo ambos os lados por 100 e multiplicando-os por P, obtem-se:
US$1.000 – P = 0,04P,
ou:
US$1.000 = 1,04P,
ou:
ou, arredondando para o dólar mais próximo:
P = US$962.
0
Taxa de
juros, i
Quantidade de moeda,
M (bilhões de dólares)
4
5%
US$850 900
MD
MS1MS2
1. Quando o Fed
diminui a oferta de
moeda de MS1
para MS2 . . .
2. . . . a taxa
de juros do
equilíbrio
aumenta.
Figura 26-5 O impacto sobre a taxa 
de juros quando o Fed diminui a ofer-
ta de moeda.
Quando o Fed diminui a oferta de moeda, as 
famílias e empresas inicialmente reterão menos 
moeda do que desejam, em relação a outros ativos 
financeiros. As famílias e empresas vendem Letras 
do Tesouro e outros ativos financeiros, reduzin-
do seus preços e aumentando suas taxas de juros. 
Finalmente, as taxas de juros subirão até o ponto 
no qual as famílias e empresas estarão dispostas a 
reter o menor montante de moeda decorrente das 
ações do Fed. Na figura, uma redução na oferta de 
moeda de US$900 bilhões para US$850 bilhões 
faz a curva de oferta de moeda se deslocar para a 
esquerda, de MS1 para MS2, e faz a taxa de juros 
de equilíbrio subir de 4% para 5%.
CAPÍTULO 26 | Política Monetária 951
3º Passo Use a fórmula de calcular taxas de juros para determinar o preço das Letras do 
Tesouro quando a taxa de juros for de 5%. Podemos aplicar a mesma fórmula para encontrar 
o preço quando a taxa de juros é de 5%: 
Mais uma vez, dividindo ambos os lados por 100 e multiplicando ambos os lados por P, ob-
temos:
US$1.000 – P = 0,05P,
ou:
US$1.000 = 1,05P,
ou:
ou:
P = US$952.
CRÉDITO EXTRA: A taxa de juros sobre Letras do Tesouro ou outro ativo financeiro também 
é chamada de rendimento. É importante lembrar que os preços de ativos financeiros e seus ren-
dimentos se movimentam em direções opostas. Considere este trecho da coluna do mercado 
de crédito do Wall Street Journal: “A Nota benchmark de 10 anos [do Tesouro norte-americano] 
teve uma queda de... US$5 por cada valor de face de US$1.000, chegando a... [US$964,69]. Seu 
rendimento subiu de 4,892% para 4,955% na quinta-feira, com um movimento dos rendimen-
tos inverso ao dos preços.” Um lembrete similar de que o rendimento de um título de dívida se 
movimenta na direção oposta a seu preço aparece nesta coluna do jornal todos os dias. Qual-
quer fato que o Wall Street Journal considere suficientemente importante para lembrar seus 
leitores todos os dias provavelmente vale a pena ser lembrado!
Fonte: Laurence Norman, “Bond Prices Decline on Mixed U.S. Data,” Wall Street Journal, June 2, 2007.
AGORA É A SUA VEZ: Para praticar mais, solucione o problema 2.6, na página 977, no final deste 
capítulo.
Uma história sobre duas taxas de juros
No Capítulo 21, discutimos o modelo da taxa de juros de fundos emprestáveis. Nesse modelo, a 
taxa de juros do equilíbrio era determinada pela demanda e oferta de fundos emprestáveis. Por 
que precisamos de dois modelos da taxa de juros? A resposta é que o modelo dos fundos em-
prestáveis envolve a taxa de juros real de longo prazo, e o modelo do mercado monetário envolve 
a taxa de juros nominal de curto prazo. A taxa de juros real de longo prazo é a taxa de juros mais 
relevante quando os poupadores consideram comprar um investimento financeiro de longo 
prazo, como um título de dívida corporativo. É também a taxa de juros mais relevante para as 
empresas que estão tomando empréstimos para financiar projetos de investimento de longo 
prazo, como novas fábricas ou edifícios de escritórios, ou para famílias que estejam tomando 
empréstimos hipotecários para a compra de casas.
Ao conduzir a política monetária, entretanto, a taxa de juros nominal de curto prazo é a 
taxa de juros mais relevante por ser a taxa de juros mais afetada pelos aumentos e diminuições 
na oferta de moeda. Geralmente — mas nem sempre — há uma estreita conexão entre os movi-
mentos na taxa de juros nominal de curto prazo e os movimentos na taxa de juros real de longo 
prazo. Dessa forma, quando o Fed realiza ações no sentido de aumentar os juros nominais de 
curto prazo, normalmente a taxa de juros real de longo prazo também aumenta. Isto é, como 
discutiremos na próxima seção, quando a taxa de juros sobre Letras do Tesouro aumenta, a taxa 
de juros real sobre empréstimos hipotecários normalmente também aumenta, apesar de, às 
vezes, somente depois de algum tempo.
>> Fim do problema solucionado 26-2
952 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
Determinando as metas da política monetária
Como vimos, o Fed usa metas da política monetária para afetar variáveis econômicas como o 
PIB real ou o nível de preços, que estão estreitamente relacionadas às metas de políticas do Fed. 
O Fed determina a oferta de moeda ou a taxa de juros como alvo de sua política monetária. 
Como a Figura 26-5 mostra, o Fed é capaz de afetar ambas. Ele geralmente se concentra mais 
sobre a taxa de juros do que sobre a oferta de moeda. Depois de 1980, a desregulamentação e as 
inovações financeiras, inclusive o pagamento de juros sobre contas-correntes e a introdução de 
fundos mútuos no mercado monetário, tornaram M1 menos relevante como uma medida do 
meio de troca comercial. Esses acontecimentos levaram o Fed a usar por um tempo M2, uma 
medida mais ampla da oferta de moeda que tinha uma relação histórica mais estável com o 
crescimento econômico.
Mesmo essa relação foi quebrada no início da década de 90. Em julho de 1993, o então pre-
sidente do Fed, Alan Greenspan, informou o Congresso norte-americano que o Fed deixaria de 
usar os alvos M1 ou M2 para guiar a conduta da política monetária. O Fed aumentou de modo 
correspondente seu uso dos alvos da taxa de juros.
Há muitas taxas de juros diferentes na economia. Para os fins da política monetária, o Fed 
estabeleceu as metas para a taxa de juros conhecido como taxa de fundos federais. Na próxima 
seção, discutiremos a taxa de fundos federais antes de examinarmos como estabelecer a taxa de 
juros pode ajudar o Fed a alcançar as metas de sua política monetária.
A importância de uma taxa de fundos federais
Lembre-se, como vimos no Capítulo 25, de que todo banco tem que manter pelo menos 10% de 
seus depósitos em conta-corrente acima de certo limite como reservas, ou como moeda guarda-
da no banco ou como depósitos junto ao Fed. Os bancos não recebem juros sobre suas reservas, 
por isso eles têm um incentivo a investir as reservas que superarem o mínimo de 10%. Os bancos 
que precisarem de reservas adicionais podem tomar emprestado no mercado de fundos federais 
de bancos que tenham reservas disponíveis. A taxa de fundos federais é a taxa de juros que os 
bancos cobram sobre empréstimos no mercado de fundos federais. Os empréstimos no mercado 
defundos federais normalmente são de muito curto prazo, geralmente só overnight.
Apesar do nome, a taxa de fundos federais não é estabelecida administrativamente pelo 
Fed. Em vez disso, a taxa é determinada pela oferta de reservas em relação à demanda por elas. 
Como o Fed pode aumentar e diminuir a oferta de reservas bancárias através de operações de 
open market, ele pode estabelecer uma meta para a taxa de fundos federais e chegar muito perto 
de alcançá-lo. O FOMC anuncia uma meta para a taxa de fundos federais após cada reunião. Na 
Figura 26-6, a linha cinza mostra os alvos do Fed para a taxa de fundos federais desde 1997. A 
linha verde irregular representa a taxa efetiva de fundos federais semanalmente.
Taxa de fundos fede-
rais A taxa de juros que 
os bancos cobram uns 
dos outros para emprésti-
mos overnight.
Taxa de
fundos
federais
Taxa efetiva de fundos federais
Taxa alvo para os fundos federais
0
1
2
3
4
5
6
7
8%
Jan.
97
Jan.
98
Jan.
99
Jan.
00
Jan.
01
Jan.
02
Jan.
03
Jan.
04
Jan.
05
Jan.
06
Jan.
07
Jan.
08
Figura 26-6 Estabele-
cimento de alvo para a 
taxa de fundos federais, 
janeiro 1997 – maio 2008.
O Fed não estabelece uma taxa de 
fundos federais, mas sua capaci-
dade de aumentar ou diminuir as 
reservas dos bancos rapidamen-
te através de operações no open 
market mantém a taxa efetiva de 
fundos federais próxima à taxa-
alvo do Fed. A linha cinza é o alvo 
do Fed para uma taxa de fundos 
federais, e a linha verde irregular 
representa o valor efetivo da taxa 
de fundos federais semanalmente.
Fonte: Board of Governors of the 
Federal Reserve System.
CAPÍTULO 26 | Política Monetária 953
A taxa de fundos federais não é diretamente relevante para as famílias e empresas. Nenhu-
ma família ou empresa, exceto os bancos, podem tomar ou conceder empréstimos no mercado 
de fundos federais. Entretanto, variações na taxa de fundos federais normalmente resultam 
em variações nas taxas de juros sobre outros ativos financeiros de curto prazo, como as Letras 
do Tesouro, e em variações nas taxas de juros sobre ativos financeiros de longo prazo, como os 
títulos de dívida corporativos e hipotecas. O efeito de uma variação na taxa de fundos federais 
sobre as taxas de juros de longo prazo normalmente é menor do que sobre as taxas de juros de 
curto prazo, e o efeito pode ocorrer com certa defasagem no tempo. Apesar de a maioria dos 
economistas apoiar a escolha do Fed da taxa de juros como alvo de sua política monetária, 
alguns economistas acreditam que o Fed deva se concentrar, em vez disso, na oferta de moeda. 
Discutiremos as opiniões desses economistas mais adiante neste capítulo.
26.3 | Utilizar gráficos de demanda agregada e oferta agregada para mostrar os efeitos 
da política monetária sobre o PIB real e o nível de preços.
Política monetária e atividade econômica
Lembre-se de que o Fed usa a taxa de fundos federais como meta da política monetária por 
possuir um bom controle da taxa de fundos federais através de operações no open market e por 
acreditar que variações na taxa de fundos federais acabarão afetando variáveis econômicas que 
estão relacionadas às metas de sua política monetária. Aqui, é importante considerar novamen-
te a distinção entre a taxa de juros nominal e a taxa de juros real. Lembre-se de que calculamos 
a taxa de juros real subtraindo a taxa de inflação da taxa de juros nominal. Em última análise, 
a capacidade de o Fed usar a política monetária para afetar variáveis econômicas como o PIB 
real depende de sua capacidade de afetar taxas de juros reais, como as taxas de juros reais sobre 
hipotecas e títulos de dívida corporativos. Como a taxa de fundos federais é uma taxa de juros 
nominal de curto prazo, o Fed às vezes tem dificuldade em afetar as taxas de juros reais de longo 
prazo. No entanto, para os fins da próxima discussão, suporemos que o Fed seja capaz de usar 
operações no open market para afetar taxas de juros reais de longo prazo.
Como as taxas de juros afetam a demanda agregada
Variações nas taxas de juros afetam a demanda agregada, que é o nível total de gastos na eco-
nomia. Lembre-se, com vimos no Capítulo 24, que a demanda agregada possui quatro compo-
nentes: consumo, investimento, compras do governo e saldo da balança comercial. Variações 
nas taxas de juros não afetam as compras do governo, mas afetam os três outros componentes 
da demanda agregada das seguintes maneiras:
 • Consumo. Muitas famílias financiam compras de bens de consumo duráveis, como auto-
móveis e móveis, tomando empréstimos. Taxas de juros mais baixas levam a um aumento
nos gastos com bens de consumo duráveis porque diminuem o custo total desses bens para 
os consumidores diminuindo os pagamentos de juros sobre os empréstimos. Taxas de ju-
ros mais altas elevam o custo de bens de consumo duráveis, e as famílias compram menos
deles. Taxas de juros mais baixas também reduzem o retorno sobre a poupança, levando as
famílias a poupar menos e gastar mais. Taxas de juros mais altas aumentam o retorno sobre 
a poupança, levando as famílias a poupar mais e gastar menos.
 • Investimento. As empresas financiam a maior parte de seus gastos em máquinas, equi-
pamentos e fábricas com seus próprios lucros ou com empréstimos. As empresas tomam
empréstimos ou dos mercados financeiros, emitindo títulos de dívida corporativos, ou de
bancos. Taxas de juros mais altas sobre títulos de dívida corporativos ou sobre empréstimos 
bancários tornam os empréstimos mais caros para as empresas, e por isso elas empreen-
derão menos projetos de investimento. Taxas de juros mais baixas tornam os empréstimos
menos caros para as empresas, e por isso elas empreenderão mais projetos de investimento. 
Taxas de juros mais baixas também aumentam o investimento através de seu impacto sobre 
os preços das ações. Quando as taxas de juros diminuem, as ações se tornam um investi-
mento mais atraente em relação aos títulos de dívida. O aumento na demanda por ações
eleva seu preço. Um aumento nos preços das ações envia um sinal às empresas de que a
lucratividade futura dos projetos de investimento aumentou. Ao emitir ações adicionais, as 
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM 26.3
954 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
empresas podem adquirir os fundos de que precisam para comprar novas fábricas e equi-
pamentos, aumentando, assim, o investimento.
Finalmente, os gastos realizados pelas famílias na compra de uma casa também fazem 
parte do investimento. Quando as taxas de juros sobre os empréstimos hipotecários au-
mentam, o custo de comprar novas casas aumenta, e menos casas novas serão compradas. 
Quando as taxas de juros sobre empréstimos hipotecários caem, mais casas novas serão 
compradas.
 • Saldo da balança comercial. Lembre-se de que o saldo da balança comercial é igual aos gastos 
realizados por famílias e empresas estrangeiras com bens e serviços produzidos nos Estados
Unidos menos os gastos realizados por famílias e empresas norte-americanas com bens e ser-
viços produzidos em outros países. O valor do saldo da balança comercial depende parcial-
mente da taxa de câmbio entre o dólar e as moedas estrangeiras. Quando o valor do dólar
sobe, as famílias e empresas em outros países pagam mais bens e serviços produzidos nos
Estados Unidos, mas as famílias e empresas norte-americanas pagarão menos por bens e ser-
viços produzidos em outros países. Consequentemente, os Estados Unidos exportarão menos
e importarão mais, fazendo o saldo da balança comercial cair. Quando o valor do dólar cai, o
saldo da balança comercial sobe. Se as taxas de juros nos Estados Unidos subirem em relação
às taxas de juros em outros países, investir em ativos financeiros norte-americanos se tornará
mais desejável, fazendo os investidores estrangeiros aumentar sua demanda por dólares, o que 
aumentará o valor do dólar. Quando o valor do dólar aumentar, o saldo da balança comercial
cairá. Se as taxas de juros nos Estados Unidos diminuírem em relação às taxas de juros em
outros países, o valordo dólar cairá, e o saldo da balança comercial subirá.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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