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Apostila - EF Ensio FUNDAMENTAL UNINA

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1 
 
Disciplina: Educação Física no Ensino Fundamental 
Autores: Felipe Pereira da Luz 
Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
LUZ, Felipe Pereira da. 
Educação Física no Ensino Fundamental / Felipe Pereira da Luz – 
Curitiba, 2017. 
46 p. 
Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Educação Física no Ensino 
Fundamental – Faculdade São Braz (FSB), 2017. 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
Educação Física no Ensino 
Fundamental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio 
Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 
299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e 
Extensão Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 
Na disciplina serão abordados os conceitos políticos e históricos da 
Educação Física no Ensino Fundamental, assim como os objetivos propostos 
pela mesma. Serão abordadas também as metodologias que podem ser 
usadas nessa fase: psicomotora, construtivista, desenvolvimentista e crítica, 
assim como os critérios de avaliação. 
Os conteúdos relacionados a Educação Física serão abordados na 
terceira aula, visando principalmente o primeiro e segundo ciclo, e já na quarta 
aula, será visado o terceiro e o quarto ciclo, fechando a totalidade do ensino 
fundamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
6 
 
AULA 1 – HISTÓRICO, OBJETIVOS E METODOLOGIAS DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
Apresentação da Aula 01 
 
Na aula serão abordados os fundamentos históricos e políticos da 
Educação Física, tratando dos objetivos do Ensino Fundamental, e da 
Educação Física nesse período escolar, assim como a metodologia que deve 
ser utilizada para atingir melhor os objetivos propostos. 
 
1.1 Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Física 
 
 A Educação Física escolar é uma disciplina que foi se constituindo na 
escola seguindo algumas concepções. Portanto, é possível dizer que a 
Educação Física como disciplina escolar sofreu diversas transformações de 
acordo com as mudanças que ocorriam na sociedade no decorrer do tempo. 
 O processo de construção histórica da disciplina de Educação Física fez 
com que ela assumisse várias roupagens no decorrer do tempo tanto na escola 
quanto na sociedade. A Educação Física como um produto de transformações 
sociais está inserida na sociedade e sempre esteve voltada aos seus diferentes 
interesses em diversos momentos históricos. No regime militar, a Educação 
Física, assumiu a função de preparar o corpo para se tornar forte, ágil e apto 
para a Guerra. Em outros momentos esteve presente para a formação de 
atletas de alto rendimento, e atualmente alguns autores apontam que seu 
objetivo deveria estar voltado à formação crítica do ser humano. 
 No entanto, essa formação crítica vem se tornando um jargão na 
Educação Física. A grande maioria dos documentos da escola, como o Projeto 
Político Pedagógico (PPP) e Plano de Trabalho Docente (PTD) em algum 
momento faz referência à formação crítica do aluno em busca da 
transformação da sociedade. 
 Para que se possa compreender melhor como a disciplina de Educação 
Física sofreu essas alterações, é imprescindível que se faça análises históricas 
e políticas, buscando identificar em diversos momentos, os interesses e 
sentidos que a disciplina assumia na escola. 
 
7 
 
 A trajetória da Educação Física pode ser considerada recente, tendo em 
vista outras disciplinas na escola, como matemática e história. 
A primeira referência explícita em textos constitucionais do termo 
Educação Física foi em 1937, sendo que foi incluída no currículo como prática 
educativa obrigatória (não como disciplina curricular), na época juntamente 
com o ensino cívico e os trabalhos manuais, em todas as escolas brasileiras. 
Mais tarde, com a Lei de Diretrizes e Bases (1961), houve um amplo debate 
sobre o sistema de ensino, e ficou definida a Educação Física como obrigatória 
para o ensino primário e médio. 
Já em 1968, com a lei 5540, e em 1971 com a lei 5692, a Educação 
Física foi reforçada em seu caráter instrumental, sendo considerada como uma 
prática essencial voltada para o desempenho técnico e físico do aluno. No 
âmbito escolar, considerava-se a Educação Física como: “atividade que por 
seus meios, processos e técnicas, desperta, desenvolve e aprimora - forças 
físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando” (Decreto 69.450, 
1971, art. 1º). 
Em 20 de dezembro de 1996 foi promulgada Lei de Diretrizes e Bases 
nova, que vigora até hoje. 
 
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e 
do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser 
complementada, em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da 
economia e dos educandos. 
 § 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é 
componente curricular obrigatório da educação infantil e do 
ensino fundamental, sendo sua prática facultativa ao 
aluno: (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016) 
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis 
horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 
1º.12.2003) 
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação 
similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela 
Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 
1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) (Lei 
9394/96, artigo 26, grifo do autor) 
 
 
 
 
8 
 
1.2 Objetivos do Ensino Fundamental 
 
Antes de iniciar os objetivos da Educação Física, deve-se compreender 
os Objetivos do Ensino Fundamental, que podem ser divididos em quatro 
grandes grupos: 
 
• Compreender a cidadania como participação social e política, assim 
como exercício de direitos e deveres políticos, civise sociais, adotando, 
no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às 
injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito 
• Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, 
materiais e culturais como meio para construir progressivamente a 
noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao 
País; 
• Utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica 
e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas 
ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos 
públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de 
comunicação; 
• Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos 
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo 
com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva. 
 
 
Vídeo 
Assista ao vídeo PCN ensino fundamental, o qual explicita o que 
deve ser trabalhado em cada disciplina. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JJ0qH0HeJN8 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1.3 Objetivos da Educação Física no Ensino Fundamental 
 
O professor deve incentivar a participação dos alunos nas atividades 
corporais, de forma a estabelecer relações equilibradas e construtivas com os 
outros, reconhecendo e respeitando características físicas e o desempenho 
pessoal e dos outros, sem discriminar, seja em relação as características 
pessoais, de gênero, físicas, sexuais ou sociais. 
Deve-se ter o respeito mútuo, dignidade e solidariedade, em todas as 
disciplinas, e especialmente quando se fala em jogos e brincadeiras, sempre 
incentivando o fair play (jogo limpo), sendo que deve ser repudiada qualquer 
tipo de violência. 
 
Importante 
Deve-se conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade 
de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, 
percebendo-as como recurso valioso para a integração entre 
pessoas e entre diferentes grupos sociais. 
 
 
Os alunos devem ser reconhecidos como elementos integrantes do 
ambiente, e adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e de atividades 
corporais, de modo a melhorar sua saúde, e consequentemente, recuperando e 
ajudando na manutenção e melhoria da saúde coletiva. 
 
 
Vídeo 
Para compreender o que se pode trabalhar e como trabalhar com 
crianças sobre higiene e saúde, acesse o vídeo Higiene e Saúde. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k2z0ppvRqEY 
 
 
 
 
10 
 
A educação física tem como objetivo auxiliar em desordens corporais ou 
aperfeiçoamento de movimentos, visando o desenvolvimento integral da 
criança em diferentes contextos. O professor deve saber que o 
desenvolvimento ocorre de forma gradual e é diferente de aluno pra aluno, 
assim, deve ser perseverante e fazer um trabalho regular com seus alunos, de 
modo saudável e equilibrado. 
Para isso, é necessário entender os padrões impostos pela mídia e 
sociedade, analisando-os criticamente, a fim de evitar consumismo e o 
preconceito. 
 
 
1.4 Ensino Aprendizagem na Educação Física 
 
 Para nortear os estudos referente ao processo de ensino aprendizagem 
da disciplina de Educação Física no ensino fundamental, utiliza-se como 
referência os Parâmetros Curriculares Nacionais, que foram elaborados com a 
finalidade de orientar os professores em busca de abordagens metodológicas. 
Os PCNs traçam um novo perfil para o currículo, apoiado em algumas 
competências básicas, realizando uma nova leitura das concepções de 
sociedade, escola e ensino. Não se trata de um documento normatizador, mas 
sim, de um instrumento norteador para orientar as novas tendências 
pedagógicas que visam o desenvolvimento da construção de um novo modelo 
de ensino aprendizagem, democratizando, humanizando e diversificando a 
prática pedagógica. 
 Para atender esses interesses os PCNs buscaram transmitir as diversas 
discussões na área pedagógica, referentes aos interesses do processo de 
ensino aprendizagem na escola. 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física, foram 
divididos em dois livros para o Ensino Fundamental, que foram classificados 
segundo a normativa de ciclos de aprendizagem. O primeiro livro, diz respeito 
as orientações pedagógicas referentes ao primeiro e segundo ciclo desse nível 
de ensino, o primeiro ciclo corresponde ao 1º, 2º e 3º ano, e o segundo ao 3º, 
4º e 5º ano da nova nomenclatura do Ensino Fundamental de Nove anos - 
 
11 
 
Ensino Fundamental I. Já o segundo livro refere-se ao terceiro e quarto ciclo, 6º 
e 7º ano e 8º e 9º ano, respectivamente - Ensino Fundamental II. 
Os PCNs vieram para trazer uma proposta que visa democratizar, 
humanizar e diversificar a prática pedagógica, além de buscar ampliar sua 
visão antes puramente biológica, para uma visão mais ampla, que incorpore 
outras dimensões, como afetiva, cognitiva e sociocultural dos alunos: 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física trazem 
uma proposta que procura democratizar, humanizar e diversificar a 
prática pedagógica da área, buscando ampliar, de uma visão apenas 
biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, 
cognitivas e socioculturais dos alunos. Incorpora, de forma 
organizada, as principais questões que o professor deve considerar 
no desenvolvimento de seu trabalho, subsidiando as discussões, os 
planejamentos e as avaliações da prática de Educação Física. (PCN, 
1998, p. 15) 
 
Quando se pensa em Educação Física, se pensa muito no aspecto 
corporal, porém deve-se pensar também nos aspectos cognitivos, afeitos, além 
do corporal, pois eles então inter-relacionados em todas as situações. 
Na aula, não se deve buscar a repetição de gestos, apenas fazendo-os 
virar gestos automatizados para reprodução, apropriação do movimento, do 
processo de construção desse movimento, assim se tendo a possibilidade de 
ser autônomo em seu potencial gestual. 
 
O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física, portanto, 
não se restringe ao simples exercício de certas habilidades e 
destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas 
possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira 
social e culturalmente significativa e adequada. (PCN, 1997, p. 27) 
 
 
Dessa forma, o professor deve trazer diversas possibilidades, 
considerando todas as dimensões, de forma a todos os alunos aprenderem a 
se desenvolver. Na prática, pode-se favorecer o aluno a ter autonomia, 
fazendo-os monitorar suas atividades, criar metas, conhecendo suas 
capacidades e limitações, evitando por si, situações que podem ser 
prejudiciais. 
 
 
 
12 
 
1.5 Elementos do Conhecimento 
 
Coll (1997), segundo o PCN de Educação Física, classificou os 
elementos do conhecimento em três blocos: Conceituais “o que se deve saber”, 
procedimentais “saber fazer” e atitudinais “como se deve fazer”. 
 Dimensão conceitual: envolve conceitos, fatos e princípios relacionados 
ao conteúdo tratado, como falar sobre aspectos históricos, significado 
para comunidades, oportunidades e vivência, quando se falar sobre 
determinado modalidade esportiva. 
 Dimensão procedimental: é o tomar decisões, construir instrumentos a 
fim de analisar processos e resultados obtidos e os executar, como 
decisão sobre a melhor técnica a utilizar em determinada situação, por 
exemplo em um desporto, qual a melhor jogada a ser utilizada. 
 Dimensão atitudinal: envolve o tratamento de normas e regras que 
orientam a conduta e os valores, que possibilitam fazer juízo crítico 
sobre as ações ocorridas em aula ou jogo. 
 
Para conseguir isso, o professor deve conhecer a relevância social que 
determinado conteúdo tem, as característica de seus alunos e da área onde 
será executada determinada atividade, sendo que uma boa forma de se colocar 
em prática os conteúdos, é dividi-los em conhecimentos sobre o corpo, 
esportes, lutas e ginásticas e, atividades rítmicas e expressivas.Vídeo 
Assista ao vídeo Câmara debate – Educação Física no ensino 
fundamental. Nele há o debate sobre a educação física no 
ensino fundamental, feito na câmara municipal de Uberlândia, 
com dois vereadores, uma professora de educação física e a 
supervisora regional de ensino. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=U8_RnVWZPMQ 
 
 
 
 
13 
 
Resumo da Aula 01 
 
A aula abordou os conceitos históricos e políticos da Educação Física, 
os objetivos do ensino fundamental e da educação física nessa fase e a 
metodologia mais adequada para a mesma. 
 
 
Atividade de Aprendizagem 
Considerando que o objetivo do ensino da Educação Física na 
escola é preparar indivíduos para a autonomia na utilização de 
seu potencial motor, discorra sobre quais devem ser os 
conhecimentos procedimentais, conceituais e atitudinais a 
serem ensinados durante as aulas desse componente 
curricular. 
 
 
 
AULA 2 – ABORDAGENS METODOLÓGICAS E AVALIAÇÃO EM 
EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Apresentação da Aula 02 
 
A aula irá explicitar sobre as abordagens metodológicas na Educação 
Física, psicomotora, construtivista, desenvolvimentista e crítica, e por último os 
critérios de avaliação. 
 
2.1 Abordagens Metodológicas em Educação Física 
 
 Atualmente, tem crescido de forma significativa a discussão com relação 
a legitimação da Educação Física na escola, o que vem gerando diversos 
estudos e propostas metodológicas para o ensino da disciplina. O resultado 
dessas discussões, principalmente, a partir do final dos anos 80, tem refletido 
no processo de ensino aprendizagem da disciplina de Educação Física na 
escola. Portanto, “qual é a função das abordagens metodológicos?”, não é 
 
14 
 
nada mais, que convencer as pessoas da importância da disciplina na escola. 
Não é possível reduzir a importância das abordagens metodológicas ao 
simples fato de justificar a importância da Educação Física, pois as abordagens 
apresentam encaminhamentos importantes para a formação dos alunos, 
baseados em diferentes tipos de valores e preceitos, que podem contribuir para 
diferentes tipos de formação. 
Vídeo 
Para se compreender melhor sobre o que cada época visava e 
entender as abordagens de cada uma, até chegar na atual, 
assista o vídeo A história da Educação Física Brasileira. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hHOzvtRDtnQ 
 
A Educação Física, assim como outras manifestações sociais, 
influenciam e sofrem influencias diretas da sociedade, e com isso acaba 
assumindo características geralmente voltadas aos interesses da sociedade ao 
longo do tempo. 
 O desafio atual é fazer com que a Educação Física torne-se também 
uma disciplina importante na escola, uma vez que contribui para a formação 
dos cidadãos. Contudo, é possível observar, muitas vezes, que a ação docente 
está desconexa ao projeto político pedagógico da escola, que por sua vez, está 
desatualizado. 
 
Para Refletir 
A escola também é um instrumento ideológico e formador de 
opinião, assim, de que maneira poderia se dizer que as 
metodologias de ensino poderiam influenciar de forma ativa 
nessa construção da identidade dos cidadãos? 
 
 
Busca-se estabelecer respostas a essa pergunta, deve-se inicialmente 
compreender que as metodologias de ensino de Educação Física também 
passaram por transformações sociais que as levaram a pensar a prática da 
 
15 
 
disciplina a um determinado caminho, por meio de suas estratégias e 
encaminhamentos. 
 Sem dúvida, antes de mais nada, o professor deve ter muito claro sua 
própria visão de mundo, de sociedade, de escola e de ensino, uma vez que 
toda a ação docente está voltada nas relações que o professor implica nas 
suas próprias concepções de papel de aluno, papel de professor e papel de 
escola. Portanto, a prática pedagógica, não é simplesmente a reprodução de 
encaminhamentos metodológicos propostos por um grupo de pesquisadores 
das Universidades, mas deve sim ser pensada cotidianamente por meio de 
discussões entre toda a comunidade escolar. 
 A escolha de determinada metodologia de ensino é crucial para que se 
atinja os objetivos propostos pelo projeto político pedagógico da escola, mas, o 
que é observado é que muitas vezes esse documento não é “vivo”, ou seja, 
não são realizadas discussões para renovação de suas concepções e ideais, e 
na maior parte das vezes, é apenas realizado para fins políticos e 
constitucionais, e guardados na sala da direção. 
 Antes de mais nada, deve-se pensar a relação que o projeto político 
pedagógico da escola estabelece no processo de ensino aprendizagem, pois 
sem dúvida ele é o documento que inicia todas as discussões de 
encaminhamentos metodológicos. 
 O distanciamento entre teoria e prática vêm causando diversos 
problemas na educação, de um lado os professores que atuam no chão da 
escola, cercados por problemas institucionais, sala de aulas precárias, recursos 
materiais limitados e ainda tendo que lidar com o alto número de alunos; e do 
outro, os pesquisadores das universidades que buscam estratégias para 
minimizar os efeitos desses problemas. Não há dúvidas, que a intenção dos 
pesquisadores é solucionar esses problemas que tem afetado a Educação, 
porém, na maior parte das vezes, os professores que estão na realidade das 
escola, não conseguem realizar a aplicação de tais metodologias no chão da 
escola. 
 Não cabe nesse momento, ficar apontando os possíveis motivos para 
que tais metodologias não sejam aceitas pelos professores que estão na 
realidade escolar, mas acreditar que existe esse distanciamento que parece ser 
incontornável, uma vez que segundo alguns autores existe uma necessidade 
 
16 
 
emergente de criação de novas metodologias de ensino, em especial na 
disciplina de Educação Física, que como consequência deve ser transmitidas 
aos seus principais interessados: os alunos. 
 Na disciplina de Educação Física em especial, devido as próprias 
transformações que ocorrem ao interior dela, pode-se observar raízes 
metodológicas pautada em princípios de métodos antigos, que foram criados 
numa determinada época em que atendia a necessidade da sociedade, 
contudo, hoje em dia, não se faz presente. 
 A Educação Física durante muito tempo foi encarada como sinônimo de 
esporte, uma vez que durante sua trajetória histórica, um dos seus objetivos 
era o treinamento de alto rendimento. Porém nos dias atuais, após a crise que 
a Educação Física viveu na década de 90, em busca de justificativa para sua 
presença na escola, esse objetivo não está de acordo com os anseios 
educacionais contemporâneos. Para exemplificar de forma mais extremista, 
pode-se citar as raízes militaristas da Educação Física, em que suas aulas 
eram dadas por coronéis do exército, que tinham como objetivo preparar os 
indivíduos para a guerra, nesse mesmo molde, se os alunos não estivessem 
executando determinado movimento de acordo com a regra proposta, muito 
provavelmente esse aluno teria que passar por “castigos”, como o conhecido 
“paga dez”, “corre tantas voltas”, entre outros. Hoje, com a transformação dos 
modelos educacionais, se um professor determinar um “castigo” a um aluno 
após o descumprimento de determinada tarefa, muito provavelmente será 
demitido, e inclusive, pode ser processado por tal medida. 
 Observe que inúmeras transformações ocorreram na sociedade, e as 
abordagens metodológicas também foram sofrendo modificações, para que 
pudessem continuar atendendo os interesses da sociedade ao longo do tempo. 
Portanto, não há como negar que os professores devem acompanhar tais 
inovações. 
 Buscando estabelecer metodologias coerentes com o cenário atual, os 
Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física, apresentaram algumas 
abordagens metodológicas para nortear a prática pedagógica docente no 
ensino fundamental e médio. 
 
 
17 
 
 
Fonte: MUÑOZ PALAFOX, 2001, s/p 
 
2.1.1 Abordagem Psicomotora 
 
 A abordagem Psicomotora,que tem como um de seus percursores Le 
Bouch, foi o primeiro movimento mais articulado que aparece a partir da 
década de 70, em contraposição aos movimentos anteriores. Nele, o 
envolvimento da Educação Física é com o desenvolvimento da criança, com o 
ato de aprender, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores, ou 
seja, buscando garantir a formação integral do aluno. 
 A abordagem Psicomotora, apresentou a sociedade o movimento como 
instrumento de auxÍlio as demais área de conhecimento, auxiliando nas 
operações matemáticas, nas interpretações das diferentes linguagens, e tem 
seu encaminhamento voltado a estratégias que viabilizem a melhoria de outras 
disciplinas dentro da escola, e não somente visando a área esportiva, como era 
antigamente. 
 A eficácia de tal método ficou comprovado em diversos estudos em 
diferentes áreas do conhecimento, todavia, percebe-se que a Educação Física 
nessa abordagem assumiu um papel secundário na escola, servindo apenas 
como ponte para outras disciplinas curriculares. 
 
 
 
 
18 
 
2.1.2 Abordagem Construtivista 
 
 Os PCNs apresentam também como proposta metodológica que pode 
nortear as práticas pedagógicas de Educação Física, é a abordagem elaborada 
pelo professor João Batista Freire, denominado Construtivista. Essa 
abordagem começa a considerar os conhecimentos prévios dos alunos no 
processo de ensino aprendizagem, incluindo as dimensões afetivas e 
cognitivas ao movimento humano, essa proposta abrande principalmente 
crianças até os 10-11 anos. 
 Na abordagem construtivista, a intenção é a construção do 
conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, nessa concepção 
a aquisição do conhecimento é um processo construído pelo indivíduo durante 
toda a sua vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido 
passivamente de acordo com as pressões do meio. 
 As atividades baseadas na abordagem construtivista, seguem uma 
progressão pedagógica, e acredita-se que o desenvolvimento motor das 
crianças se dá por meio de pressão do meio, isto é, que o meio propicia 
experiências que levam as crianças a solucionar situações problemas. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
O Livro Educação de Corpo Inteiro de 
João Batista Freire (2002), mostra 
sobre o corpo na escola, que deve ser 
desenvolvido. O livro foi desenvolvido 
a modo de fazer os leitores pensarem 
e entenderem a disciplina assim como 
o movimento corporal em todos os 
sentidos do ensino e aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
2.1.3 Abordagem Desenvolvimentista 
 
 A abordagem desenvolvimentista foi baseada nos princípios de 
crescimento e desenvolvimento e da aprendizagem motora. Nessa abordagem, 
o movimento constitui-se no principal meio e fim do ensino da Educação Física, 
sendo o conceito de habilidade motora imprescindível para o seu 
entendimento. O principal objetivo da Educação Física, nessa perspectiva, é 
oferecer experiências de movimento adequadas ao nível de crescimento e 
desenvolvimento do indivíduo, a fim de que a aprendizagem das habilidades 
motoras seja alcançada. Essa abordagem é dirigida especificamente para a 
faixa etária de até 14 anos, pois possibilita, a adequação das atividades 
conforme a faixa etária, por meio da classificação hierárquica dos movimentos 
dos seres humanos. 
 Essa abordagem traz relevantes contribuições para área, uma vez que o 
movimento humano é a essência da Educação Física, porém, essa abordagem 
não se preocupa com as relações extrínsecas ao movimento, ou seja, não está 
interessada nos aspectos afetivo e social que entornam suas atividades. 
Foi uma tentativa de caracterizar a progressão normal do crescimento 
físico, do desenvolvimento motor e da aprendizagem motora em relação à faixa 
etária e, em função dessas características, sugerir aspectos ou elementos 
relevantes à estruturação de um programa para a Educação Física na escola. 
Grande parte do modelo conceitual dessa abordagem relaciona-se com 
o conceito de habilidade motora, pois é por meio dela que os seres humanos 
se adaptam aos problemas do cotidiano. Como as habilidades mudam ao longo 
da vida do indivíduo, desde a concepção até a morte, constituíram-se numa 
área de conhecimento da Educação Física, o Desenvolvimento Motor. 
Ao mesmo tempo, estruturou-se também uma outra área em torno da 
questão de como os seres humanos aprendem as habilidades motoras, a 
Aprendizagem Motora. 
 
 
 
 
20 
 
Saiba Mais 
A partir dessa perspectiva passou a ser extremamente 
difundida a questão da adequação dos conteúdos ao longo 
das faixas etárias. A exemplo do domínio cognitivo, foi 
proposta uma taxionomia para o desenvolvimento motor, ou 
seja, uma classificação hierárquica dos movimentos dos 
seres humanos. 
 
 
 
Fonte: Gallahue e Ozmun, 2001 
 
 
21 
 
2.1.4 Abordagem Crítica 
 
 Buscando trazer as reflexões mais aprofundadas com a relação à 
sociedade contemporânea, foram criadas as chamadas metodologias críticas 
de ensino da Educação Física, influenciadas fortemente pelas ideologias do 
chamado movimento Escola Nova. 
 Nessas concepções a Educação Física tem como objeto de estudo os 
elementos da cultura corporal de movimento, que tem como temas, o jogo, as 
ginástica, o esporte, a dança e outras temáticas que apresentam relações com 
os principais problemas dessa cultura corporal de movimento e o contexto 
histórico social dos alunos. 
 As abordagens críticas podem ser consideradas encaminhamentos 
emergentes da Educação Física, pois parece ser, as melhores alternativas para 
garantir a formação do cidadão crítico e participativo, uma vez que seus 
conteúdos devem ser contextualizados e refletidos, visando um modelo se 
superação de contradições e injustiças sociais. 
Busca-se por meio dessas abordagens minimizar os problemas sociais 
presentes na sociedade contemporânea, e pretende por meio de seus 
encaminhamentos possibilitar aos alunos tornarem-se políticos e participativos, 
podendo consumir de forma consciente das manifestações da cultura corporal 
produzida pelo homem ao longo do tempo. Essa reflexão pedagógica é 
compreendida como sendo um projeto político-pedagógico. Político, porque 
encaminha propostas de intervenção em determinada direção, e pedagógico, 
porque propõe uma reflexão sobre a ação dos homens na realidade, 
explicitando suas determinações. 
 
 Abordagem crítico superadora 
 
Caracterizou-se por um discurso no qual se identificou uma grande 
preocupação com o caráter histórico e cultural da execução de movimentos. 
Contrapondo-se à abordagem desenvolvimentista, anteriormente apresentada, 
esses autores não defenderam a aprendizagem do movimento com a finalidade 
de buscar o desenvolvimento motor, mas como um meio para possibilitar ao 
aluno uma compreensão crítica da sociedade. 
 
22 
 
Soares et. Al. (1992) propuseram que o conhecimento a ser aprendido 
nas aulas de Educação Física escolar não é constituído pelo movimento 
humano, mas por “[...] temas da cultura corporal, ou seja, os jogos, a ginástica, 
as lutas, as acrobacias, a mímica, o esporte e outros...” (p. 8) e que a 
aprendizagem desse conhecimento deve estar “[...] vinculado à explicação da 
realidade social concreta e oferecer subsídios para a compreensão dos 
determinantes sócio-históricos do aluno [...]” (p. 31). 
 Pode-se dizer que, principalmente, referente as metodologias críticas de 
ensino de Educação Física, ainda existe uma lacuna muito grande entre teoria 
e prática. Os princípios ideológicos, filosóficos e políticos permeados a essas 
abordagens carece de encaminhamentos práticos, e muitas vezes os 
professores não conseguem identificar/intervir nas relações extrínsecas aos 
fenômenos da cultura corporal, embora o número de publicações tem crescido 
bastante nos últimos tempos. 
 Qualquer encaminhamento metodológico possui potencialidades e 
limitações, no entanto é necessário que o professor possua discernimentopara 
a determinação/escolha de uma abordagem pedagógica, sempre lembrando 
que suas propostas devem estar amparadas pelos documento da escola, de 
acordo com a realidade apresentada em cada comunidade escolar. 
 Acredita-se que novas abordagens metodológicas irão surgir, e cabe aos 
profissionais de educação buscar aperfeiçoamento para estar em constante 
atualização, possibilitando que seus alunos possam usufruir das manifestações 
corporais. 
 Portanto, é possível concluir que, não existe a melhor metodologia, mas 
sim, que os professores devem conhecê-las e determinar qual a abordagem 
mais apropriada de acordo com sua demanda, baseada nos princípios dos 
documentos da escola. 
 
2.2 Avaliação em Educação Física 
 
A avaliação não pode mais ser a antiga avaliação padronizada, que 
espera um resultado unânime de todos, dessa forma, busca-se que os alunos 
conheçam seus limites e possibilidades, e a avaliação dos aspectos físicos está 
relacionada a isso, o aluno se reconhece, percebe o seu contexto e traça 
 
23 
 
metas para melhorar seu desempenho. Os critérios para avaliação alternam 
entre: 
 
• Comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. 
• Entrega de atividades propostas pelo professor. 
• Assimilação dos conteúdos, por meio de recriação de jogos e regras. 
• Respeitar o posicionamento do grupo sem desconsiderar a opinião do 
outro. 
• Soluções para as divergências, através da participação nas atividades. 
 
E podem ser: 
 
• Avaliação como processo contínuo, permanente e cumulativo sustentado 
nas práticas corporais. 
• Apreensão do conhecimento, através de registros, atividades de 
socialização, conceitos sobre temáticas. 
• Reflexão crítica do que foi trabalhado (escrita, debate, expressão 
corporal). 
• Reconhecimento de seus limites e possibilidades. 
• Dinâmicas de grupo, seminários, debates, pesquisas. 
• Realização de festivais e jogos escolares; demonstrando liberdade e 
autonomia dos alunos. 
 
Já os instrumentos de avaliação são: 
 
• Relatório de uma atividade em grupo ou fichas de observação com 
critérios definidos sobre a participação e a contribuição no 
desenvolvimento de algumas atividades em grupo; 
• Dinâmicas de criação de jogos, produção e transmissão para outros 
grupos; 
• Relatórios ou fichas de observação e autoavaliação sobre a participação 
na organização de um evento escolar ou para a comunidade; 
• Relatórios para avaliação das etapas em trabalhos sobre projetos; 
 
24 
 
• Fichas de autoavaliação mapeando o interesse sobre os diversos 
conteúdos, propiciando uma reflexão sobre interesse e participação. 
• Fichas de acompanhamento do desenvolvimento pessoal; 
• Relatório de apreciação de um evento esportivo ou de um espetáculo de 
dança, em que determinados aspectos fossem ressaltados; 
• Ficha de avaliação do professor quanto à capacidade do grupo de 
aplicar as regras de um determinado jogo, reconhecendo as 
transgressões e atuando com autonomia; 
• Seminários; 
• Trabalhos individuais, em duplas e grupos; 
• Provas teóricas; 
• Provas práticas; 
• Debates. 
 
Resumo da Aula 02 
 
A aula abordou as metodologias utilizadas na educação física, dando 
ênfase para as abordagens psicomotora, construtivista, desenvolvimentista e 
crítica. Por último se abordou sobre as avaliações, como o aluno deve ser 
avaliado. 
 
Atividade de Aprendizagem 
A Educação Física se constitui na sociedade assumindo 
diferentes interesses ao longo do tempo. Diante dessa 
informação, discorra sobre qual é o principal interesse da 
Educação Física nos dias atuais e para o futuro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
AULA 3 – OS CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
Apresentação da Aula 03 
 
A aula irá abordar os conteúdos relacionados a Educação Física no 
Primeiro e no Segundo Ciclo, visando explicitar sobre os conteúdos que devem 
ser abordados e como eles devem ser dentro dessa fase. 
 
3.1 Conceitos e Ideias Fundamentais 
 
 Não há contraversões que a Educação Física nas séries iniciais do 
ensino fundamental é de suma importância para o desenvolvimento das 
crianças nos aspectos físico, cognitivo e afetivo social. Mas, ainda assim, 
existem diversas polêmicas que são geradas em torno do processo de ensino 
aprendizagem dessa disciplina nesse nível de ensino. 
 Para que se possa iniciar os estudos referente ao processo de ensino 
aprendizagem da disciplina de Educação Física nos primeiro e segundo ciclo 
do ensino fundamental, deve-se determinar as características dos alunos e 
como ocorre a divisão da seriação nesses ciclos. 
 De acordo com a nova legislação que entrou em vigor através da lei 
10.172 de 2001, o Ensino Fundamental passou a ter a duração de nove anos 
em todo o território nacional, com a inserção de crianças de 6 anos. 
 
• O primeiro ciclo compreende três anos, equivalente à 1º, 2º e 3º anos do 
ensino fundamental I. 
• Os segundo, terceiro e quarto ciclos são divididos em dois anos, 
equivalentes às 4º e 5º anos, 6º e 7º anos, 8º e 9º anos, 
respectivamente. 
 
A idade cronológica não é, essencialmente, o aspecto definidor da 
maneira de ser da criança e sua entrada no ensino fundamental. Com bases 
em pesquisas e experiências práticas, construiu-se uma representação 
envolvendo algumas das características das crianças de seis anos que as 
distinguem das de outras faixas etárias, sobretudo pela imaginação, a 
 
26 
 
curiosidade, o movimento e o desejo de aprender aliados à sua forma 
privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar. 
Nessa faixa etária a criança já apresenta grandes possibilidades de 
simbolizar e compreender o mundo, estruturando seu pensamento e fazendo 
uso de múltiplas linguagens. Esse desenvolvimento possibilita a elas participar 
de jogos que envolvem regras e se apropriar de conhecimentos, valores e 
práticas sociais construídos na cultura. Nessa fase, vivem um momento crucial 
de suas vidas no que se refere à construção de sua autonomia e de sua 
identidade. 
Saiba Mais 
Para Tani et al. (1988) e Gallahue (1987), durante os 
primeiros anos da escolarização a Educação Física deve 
priorizar a aprendizagem, diversificação a combinação de 
habilidades básicas como o saltar, correr, andar, 
arremessar, receber, chutar e rebater, entre outras. Daólio 
(1995, 1996), de forma semelhante, enfatizou a importância 
da aprendizagem de uma “base motora” para que o aluno 
possa praticar atividades mais complexas como a dança, o 
jogo e o esporte – Abordagem metodológica 
desenvolvimentista. 
 
 
O trabalho de Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental 
é importante, pois possibilita aos alunos terem, desde cedo, a oportunidade de 
desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais, como 
jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidades de lazer, expressão 
de sentimentos, afetos e emoções. 
A satisfação que as crianças sentem e demonstram para com a aula de 
Educação Física é referente à sensação de liberdade e a saída da sala de aula, 
é o distanciamento do “escrever”, do ficar imóvel nas carteiras durante horas e 
da obrigatoriedade de realizar tarefas propostas pelos professores. 
 
 
27 
 
 
Fonte: http://brasilfront.xpg.uol.com.br/brincadeiras-auxiliam-na-educacao-das-
criancasformacao-desenvolvimento 
 
Porém, parece existir ainda um questionamento referente ao ensino da 
Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental: a necessidade da 
presença de um professor especializado. 
 É sabido que maior parte das instituições de ensino adotam como praxe 
a contratação de professores polivantes, ou seja, professor regente, que acaba 
lecionando todas as disciplinas do currículo nessa fase de escolarização. 
Contudo, existem diversos questionamentos que desfavorecem essa prática na 
escola, pois acredita-se que cada vez mais se faz necessário a presença de 
um profissional habilitado para atuar na Educação Físicanos anos iniciais do 
ensino fundamental. 
 Os professores de Educação Física devem priorizar os conhecimentos 
prévios dos alunos, pois a criança é especialista em se movimentar. Nessa 
faixa etária, 6-8 anos, os alunos tem uma grande necessidade de se 
movimentar e estão ainda se adaptando a exigência de longos períodos de 
concentração, o que muitas vezes pode gerar uma situação antagônica: de um 
lado os alunos apreciam e anseiam o horário das aulas de Educação Física, e 
por outro, devido ao seu alto nível de excitação, torna difícil o andamento da 
aula. 
 Nesse momento é possível perceber a desvalorização da disciplina de 
Educação Física na escola, pois nem mesmo os alunos a identificam como 
uma disciplina curricular, e a encaram mais como um passatempo, tempo de 
lazer para descansar de horas sentado na cadeira em frente ao quadro negro. 
Porém, os professores de Educação Física sabem de sua importância nessa 
fase de desenvolvimento, e devem por meio de suas propostas pedagógicas 
 
28 
 
estabelecer instrumentos que venham a caracterizar a importância dessa 
disciplina na escola. 
 A reflexão sobre a metodologia mais apropriada para essa fase de 
desenvolvimento também deve ser pautada no projeto político da escola, mas, 
há uma consenso entre os autores que nesse nível de ensino deve-se priorizar 
a aquisição/melhoria das habilidades motoras. 
 
3.1 Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental 
 
 As diferentes competências com as quais as crianças chegam à escola 
são determinadas pelas experiências corporais que tiveram oportunidade de 
vivenciar. Ou seja, se não puderam brincar, conviver com outras crianças, 
explorar diversos espaços, provavelmente suas competências serão restritas. 
Por outro lado, se as experiências anteriores foram variadas e frequentes, a 
gama de movimentos e os conhecimentos sobre jogos e brincadeiras serão 
mais amplos. 
 Cabe ao professor diagnosticar em que nível se encontram seus alunos, 
e procurar por meio de suas aulas, atividades que visem a melhoria dessas 
habilidades. 
 Nesse nível de ensino é comum encontrar uma discrepância muito 
grande em relação a idade motora dos alunos, como foi dito anteriormente, em 
consequência das experiência que esses alunos foram submetidos 
previamente a idade escolar. Portanto, é comum os professores encontrarem 
alunos de diferentes níveis de condicionamento motor. 
Os alunos têm grande necessidade de se movimentar e estão ainda se 
adaptando à exigência de períodos mais longos de concentração em atividades 
escolares, entretanto, afora o horário de intervalo, a aula de Educação Física é, 
muitas vezes, a única situação em que têm essa oportunidade. 
 Tal peculiaridade frequentemente gera uma situação ambivalente: por 
um lado, os alunos apreciam e anseiam por esse horário; por outro, ficam em 
um nível de excitação tão alto que torna difícil o andamento da aula. 
 
 
 
29 
 
Importante 
Ao ingressarem na escola, as crianças já têm uma série de 
conhecimentos sobre movimento, corpo e cultura corporal, frutos 
de experiência pessoal, das vivências dentro do grupo social em 
que estão inseridas e das informações veiculadas pelos meios 
de comunicação. As diferentes competências com as quais as 
crianças chegam à escola são determinadas pelas experiências 
corporais que tiveram oportunidade de vivenciar. Ou seja, se não 
puderam brincar, conviver com outras crianças, explorar diversos 
espaços, provavelmente suas competências serão restritas. Por 
outro lado, se as experiências anteriores foram variadas e 
frequentes, a gama de movimentos e os conhecimentos sobre 
jogos e brincadeiras serão mais amplos. 
 
 
 A capacidade dos alunos em se organizar é também objeto de ensino e 
aprendizagem, portanto, distribuir-se no espaço, organizar-se em grupos, ouvir 
o professor, arrumar materiais, entre outras coisas, são procedimentos que 
devem ser trabalhados para favorecer o desenvolvimento dessa capacidade. 
 
 
Tomar todas as decisões pelos alunos ou deixá-los totalmente 
livre para resolver tudo, dificilmente contribuirá para a 
construção dessa autonomia. 
 
 
 
Mesmo sendo o professor quem faz as propostas e conduz o processo 
de ensino e aprendizagem, ele deve elaborar sua intervenção de modo que os 
alunos tenham escolhas a fazer, decisões a tomar, problemas a resolver, assim 
os alunos podem tornar-se cada vez mais independentes e responsáveis. 
Principalmente no que diz respeito às habilidades motoras, os alunos 
devem vivenciar os movimentos numa multiplicidade de situações, de modo 
que construam um repertório amplo. 
O professor deve possibilitar o maior número de atividades que explorem 
diferentes capacidades físicas, desde de diferentes formas de andar, correr, 
 
30 
 
saltar, rolar até o início de atividades mais especializadas, como pequenos 
jogos, sendo que os objetivos aos alunos atingirem devem ser: 
 
• Participar de diferentes atividades corporais, procurando adotar uma 
atitude cooperativa e solidária, sem discriminar os colegas pelo 
desempenho ou por razões sociais, físicas, sexuais ou culturais; 
• Conhecer algumas de suas possibilidades e limitações corporais de 
forma a poder estabelecer algumas metas pessoais (qualitativas e 
quantitativas); 
• Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes 
manifestações de cultura corporal presentes no cotidiano; 
• Organizar autonomamente alguns jogos, brincadeiras ou outras 
atividades corporais simples. 
 
É necessário que o aluno tenha acesso a objetos, como bolas, cordas, 
elásticos, bastões, colchões, alvos, em situações não-competitivas, que 
garantam espaço e tempo para o trabalho individual. 
A inclusão de atividades em circuitos de obstáculos é favorável ao 
desenvolvimento de capacidades e habilidades individuais. O aluno também 
deve participar de jogos e lutas, respeitando as regras e não discriminando os 
colegas, explicar e demonstrar brincadeiras aprendidas em contextos 
extraescolares, participar e apreciar as brincadeiras ensinadas por outros 
colegas, sendo que se houver algum desentendimento, esse deve ser resolvido 
através do diálogo com o auxílio e supervisão do professor. 
As regras dos jogos devem ser discutidas e concordadas, e os alunos 
devem se utilizar de suas habilidades nas situações propostas, sendo que a 
avaliação deverá ser pelo esforço pessoal, resolvendo os problemas corporais 
individualmente, devendo o aluno se autoavaliar e estabelecendo metas para 
seu desenvolvimento. 
 
Saiba Mais 
O aluno do primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental, 
 
31 
 
deve ao final desse processo compreender regras, ter a 
capacidade de se organizar no espaço, desenvolver o 
esquema motor, lateralidade, equilíbrio, acuidade visual, 
óculo-pedal, entre outras habilidades motoras. Além disso, 
o aluno deve ter condição de conhecer suas 
potencialidades e limitações, entendê-las de forma 
satisfatória, se colocando como um ser social, que está 
cercado de outros indivíduos que apresentam outras 
diferentes habilidades. 
 
 Os aspectos extrínsecos a atividades práticas (brincadeiras, jogos, 
atividades rítmicas, etc.) devem ser ressaltados sempre que houver uma 
situação problema, como em uma briga entre colegas, os alunos devem ter 
condição de compreender as diferenças dos outros, e apreender a conviver de 
modo amigável, solucionando os problemas ocorridos por meio do permanente 
diálogo. 
 Nessa faixa etária o professor deve propor desafios para que os alunos 
sintam-se motivados para a prática das atividades, possibilitando numa mesma 
aula diferentes estímulos motores, pois o grau de atenção nessa idade ainda é 
reduzido. 
Quanto a avaliação, ela deve seguir alguns critérios: 
 
• Enfrentar desafios corporais em diferentes contextos como circuitos, 
jogos e brincadeiras; 
• Avaliar se o aluno demonstra segurança para experimentar, tentar e 
arriscar em situações propostas em aulaou em situações cotidianas de 
aprendizagem corporal; 
• Verificar se o aluno participa das atividades respeitando as regras e a 
organização; 
• Avaliar se o aluno participa adequadamente das atividades, respeitando 
as regras, a organização, com empenho em utilizar os movimentos 
adequados à atividade proposta; 
• Interagir com seus colegas sem estigmatizar ou discriminar por razões 
físicas, sociais, culturais ou de gênero; 
 
32 
 
• Avaliar se o aluno reconhece e respeita as diferenças individuais e se 
participa de atividades com seus colegas, auxiliando aqueles que têm 
mais dificuldade e aceitando ajuda dos que têm mais competência. 
 
3.3 Segundo Ciclo do Ensino Fundamental 
 
No que se refere à Educação Física, já têm uma gama de 
conhecimentos comum a todos, podem compreender as regras dos jogos com 
mais clareza e têm mais autonomia para se organizar. Desse modo, podem 
aprofundar e também fazer uma abordagem mais complexa daquilo que sabem 
sobre os jogos, brincadeiras, esportes, lutas, danças e ginásticas. 
A compreensão das regras e a autonomia para a organização das 
atividades permitem ainda que os aspectos estratégicos dos jogos passem a 
fazer parte dos problemas a serem resolvidos pelo grupo e, nesse sentido, o 
professor pode interromper os jogos em determinados momentos, solicitando 
uma reflexão e uma conversa sobre qual estratégia mais adequada para cada 
situação, auxiliando assim para que novos aspectos tornem-se observáveis. 
Assim, no segundo ciclo do ensino fundamental o professor deve 
proporcionar aos alunos espaço de discussão e diálogo, observando o que os 
alunos trazem consigo referente a diferentes brincadeiras e jogos vividos no 
plano extra escolar. Esses mesmos conhecimentos fazem parte da cultura dos 
alunos dessa faixa etária, e muitas vezes a reprodução dos jogos aprendidos 
na aula de Educação Física são utilizados em outros ambientes fora da escola. 
 A diferença de gêneros nessa faixa etária relacionada a aprendizagem 
motora é muito pequena, o que significa que não existem diferenças 
significativas entre meninos e meninas, porém, os meninos costumam 
participar de um repertório de atividades motoras maiores que as meninas, o 
que pode influenciar nas atividades da escola, portanto, o professor deve 
procurar, quando organizar suas atividades, estabelecer uma heterogeneidade 
entre os grupos. 
 
 
 
 
33 
 
Importante 
Ao contrário do que muitos pensam, deve se trabalhar com a 
questão da competição nessa faixa etária, pois desde cedo os 
alunos devem ter condição de compreender as relações de 
vitória e derrota, e identificar que podem melhorar determinado 
aspecto. 
 
 
O grau de dificuldade e complexidade dos movimentos pode aumentar: 
um pouco mais específicos, com desafios que visem um desempenho mais 
próximo daquele requerido nas atividades corporais socialmente construídas. 
Por exemplo, correr quicando uma bola de basquete, saltar e arremessar em 
suspensão, receber em deslocamento, chutar uma bola de distâncias mais 
longas, etc. 
 Os alunos começam a desenvolver uma criticidade em relação a escolha 
das atividades da Educação Física, muitos professores sentem-se frustrados 
com essa situação, porém em contrapartida é importante ouvir os alunos, e de 
repente, se possível, possibilitar um espaço para que eles desenvolvam suas 
ideias e posteriormente aplicá-las em outras aulas. 
Em relação à utilização do espaço e à organização das atividades, deve-
se lançar mão de divisões em pequenos grupos (por habilidade, afinidade 
pessoal, conhecimentos específicos, idades), alternando-as com situações 
coletivas de toda a classe. Por exemplo: a quadra, ou o espaço disponível, 
pode ser dividida em quatro partes, nas quais os subgrupos trabalhem com 
atividades diferenciadas. Isso permite que os alunos tenham tempo de 
experimentar determinados movimentos, treiná-los, perceber seus avanços e 
dificuldades, criar novos desafios para si mesmos, etc. 
 
Saiba Mais 
O conhecimento e o controle do corpo permite que 
comecem a monitorar seu desempenho, adequando o grau 
de exigência e de dificuldade de algumas tarefas. Podem 
também, pela percepção do próprio corpo, começar a 
 
34 
 
compreender as relações entre a prática de atividades 
corporais, o desenvolvimento das capacidades físicas e os 
benefícios que trazem à saúde. 
 
Nessa etapa da escolaridade a apreciação das mais diversas 
manifestações da cultura corporal pode ocorrer com a incorporação de mais 
aspectos e detalhes. Ao assisti-las, os alunos podem apreciar a beleza, a 
estética, discutir o contexto de sua produção, avaliar algumas técnicas e 
estratégias, observar os padrões de movimento, entre inúmeras outras 
possibilidades. Podem, principalmente, aprender a contemplar essa 
diversidade e perceber as inúmeras opções que existem, tanto para praticar 
como para apreciar, e os alunos devem: 
 
 Participar de atividades corporais, reconhecendo e respeitando algumas 
de suas características físicas e de desempenho motor, bem como as de 
seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas, 
sexuais ou sociais; 
 Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em 
situações lúdicas e esportivas, buscando solucionar os conflitos de 
forma não-violenta; 
 Conhecer os limites e as possibilidades do próprio corpo de forma a 
poder controlar algumas de suas atividades corporais com autonomia e 
a valorizá-las como recurso para manutenção de sua própria saúde; 
 Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes 
manifestações da cultura corporal, adotando uma postura não-
preconceituosa ou discriminatória por razões sociais, sexuais ou 
culturais; 
 
Já o professor deve: 
 
 Organizar jogos, brincadeiras ou outras atividades corporais, 
valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível; 
 
35 
 
 Analisar alguns dos padrões de estética, beleza e saúde presentes no 
cotidiano, buscando compreender sua inserção no contexto em que são 
produzidos e questionar aqueles que incentivam o consumismo. 
 Fazê-los enfrentar desafios colocados em situações de jogos e 
competições, respeitando as regras e adotando uma postura 
cooperativa. 
 
Quanto a avaliação pretende-se fazer o aluno aceitar as limitações 
impostas pelas situações de jogo, tanto no que se refere às regras quanto no 
que diz respeito à sua possibilidade de desempenho e à interação com os 
outros. Espera-se que o aluno tolere pequenas frustrações, seja capaz de 
colaborar com os colegas, mesmo que eles sejam menos competentes, e 
participe do jogo com entusiasmo. 
Pretende-se também: 
 
 Estabelecer algumas relações entre a prática de atividades corporais e a 
melhora da saúde individual e coletiva; 
 Avaliar se o aluno reconhece que os benefícios para a saúde decorrem 
da realização de atividades corporais regulares, se tem critérios para 
avaliar seu próprio avanço e se nota que esse avanço decorre da 
perseverança. 
 Valorizar e apreciar diversas manifestações da cultura corporal, 
identificando suas possibilidades de lazer e aprendizagem 
 
Pretende-se assim, avaliar se o aluno reconhece que as formas de 
expressão de cada cultura são fontes de aprendizagem de diferentes tipos de 
movimento e expressão. Espera-se também que o aluno tenha uma postura 
receptiva, não discrimine produções culturais por quaisquer razões sociais, 
étnicas ou de gênero. 
 
 
 
 
 
36 
 
Resumo da Aula 03 
 
 Nesta aula foi demonstrado que o professor deve agir como um 
mediador, e instrumentalizar os alunos buscando auxiliar na sua autonomia e a 
capacidade de organização, instituir regras em conjunto com os alunos a cada 
nova etapa de ensino, torna-se um importante aliado para que a disciplina 
deixe de ter um caráter de brincadeira e torne-se algo mais sério, e que as 
relações de respeito entre os professores, alunos e colegas seja maisrespeitosa, e que os objetivos da disciplina sejam cumpridos na escola. 
 A situação de ensino aprendizagem da Educação Física no primeiro e 
segundo ciclo do ensino fundamental transcende as linhas das quadras, e vai 
até a organização ao final da aula, o respeito as regras de conduta ao realizar 
uma fila ou um círculo, por exemplo. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Os diferentes níveis de condicionamento motor dos alunos do 
primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental podem gerar 
dificuldades no planejamento das aulas de Educação Física? 
Discorra sobre o assunto. 
 
 
 
AULA 4 – EDUCAÇÃO FÍSICA NO TERCEIRO E QUARTO CICLO 
 
Apresentação da Aula 04 
 
 O terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental são fases importantes de 
transição na vida escolar das crianças. No primeiro e segundo ciclo do ensino 
fundamental, geralmente, as crianças são acompanhadas apenas por um 
professor(a) polivalente, que ministra todas as disciplinas, e, que acaba 
assumindo um caráter muito paternalista/maternalista estabelecendo fortes 
vínculos afetivos com seus alunos. Esses vínculos são minimizados no terceiro 
e quarto ciclo, e muitas vezes, as crianças ficam “perdidas”, pois a partir daí, 
 
37 
 
assistem aulas de diversos professores especialistas, sendo que essa quebra 
para o mundo adulto que será abordada nesta aula. 
 
4.1 Conceitos e Ideias Fundamentais 
 
 Na disciplina de Educação Física, o que se tem observado é que nas 
séries iniciais do ensino fundamental, a disciplina se confunde somente com 
brincadeiras e jogos. Contudo, a partir dessa fase de escolarização, os alunos 
se deparam com uma realidade totalmente diferente, o grau de dificuldade e de 
cobrança dos professores é bem mais alto, e as atividades deixam o caráter de 
lazer, e passam a ter uma especificidade maior. O que antes era praticado 
apenas para recriar começa a valer nota, os professores começam a observar 
a competência dos alunos com um olhar mais criterioso, e assim a Educação 
Física vai se transformando ao longo da vida escolar das crianças e 
adolescentes. 
 
Vídeo 
Assista ao vídeo Temas Transversais, o qual mostra como 
algumas escolas fazem para trabalhar com esses temas e como 
preparam seus professores para o mesmo. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=n9fTgjMY7KY 
 
 
 Os alunos nessa faixa etária já estão aptos para a prática de atividades 
corporais mais especializadas, compreendem bem as regras de conduta, a 
questão da responsabilidade de horários, organização do tempo, entre outros. 
Nesse momento da escolaridade jovens e adolescentes dão andamento a um 
processo de busca de identificação e afirmação pessoal, em que a construção 
da autoimagem e da autoestima desempenham um papel muito importante. 
Nesta construção, as experiências corporais adquirem uma dimensão 
significativa, cercada de dúvidas, conflitos, desejos, expectativas e 
inseguranças. “Quase sempre influenciados por modelos externos, o jovem e o 
adolescente questionam a sua autoimagem em relação a beleza, capacidades 
 
38 
 
físicas, habilidades, limites, competências de expressão e comunicação, 
interesses etc.” (PCN, 1998, p. 82) 
 
4.2 Educação Física e os Temas Transversais 
 
Com as inquietações das crianças nessa fase, alguns temas devem ser 
discutidos visando o formação de 
 
 Ética; 
 Saúde; 
 Pluralidade cultural; 
 Meio ambiente; 
 Orientação sexual; 
 Trabalho e consumo. 
 
Os temas transversais expressam conceitos e valores básicos à 
democracia e à cidadania e obedecem a questões importantes e urgentes para 
a sociedade contemporânea. 
As crianças nessa idade passam por transições biológicas, sociais e 
psicológicas, por exemplo, a emergência da sexualidade genital reveste as 
vivências corporais pessoais e de interação social de um colorido peculiar, em 
que ver e ser visto, expor-se ou retrair-se, escolher e ser escolhido são 
caminhos que implicam consequências reais, vividas de maneira mais ou 
menos satisfatória. 
 O processo de afirmação pessoal passa pela necessidade de inserção 
social, desde os grupos de convivência cotidiana até os grupos socioculturais 
mais abrangentes. Ser reconhecido pelo grupo é subsídio para o 
autorreconhecimento e, em alguns momentos até, negar-se a participar pode 
ser uma forma de ser percebido por ele. Pertencer a um determinado grupo 
significa experimentar um estilo diferenciado de ser, em que, paradoxalmente, 
comportamentos, posturas e valores padronizados contribuem para a 
construção da identidade pessoal. 
 
39 
 
 Nesse processo, o universo de valores, atitudes, conceitos e 
procedimentos da cultura corporal de movimento atua de maneira 
extremamente significativa como referência para o jovem e o adolescente, 
criando uma multiplicidade de interesses, uma enorme variedade de 
possibilidades de identificações com estilos e, aparentemente, inúmeras formas 
de buscar prazer e satisfação. 
 São inúmeras mudanças que ocorrem nas crianças nessa fase de 
escolarização, e acredita-se que a Educação Física como disciplina curricular 
obrigatória, deve auxiliar a criança e ao adolescente a passar por essas etapas 
de maneira saudável. 
 A partir do terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental, começa surgir 
a necessidade de uma melhor contextualização dos conteúdos aplicados em 
sala, desde das relações biológicas até as afetivas-sociais que permeiam as 
manifestações da cultura corporal de movimento. 
 As crianças e adolescentes hoje em dia recebem um bombardeio de 
informações advindas de diversos meios de comunicação, e há uma 
necessidade crescente que os professores de Educação Física reflitam sua 
prática pedagógica, afim de instrumentalizar os alunos para ter condição de 
filtrar as informações de forma coerente e satisfatória. 
 
Importante 
 
A padronização de modelos de beleza, desempenho, saúde e 
alimentação impostos pela sociedade de consumo contribui para 
a cristalização de conceitos e comportamentos estereotipados e 
alienados, tornando a discussão, a reflexão e a relativização de 
conceitos e valores uma permanente necessidade. A Educação 
Física é responsável por abrir esse espaço de produção de 
conhecimento no ambiente escolar. 
 
 
 A questão da sexualidade, das mudanças hormonais, estão evidentes no 
terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental, e o professor deve estar 
preparado para discutir essas relações com os alunos em sala, principalmente 
no que se refere a questões de higiene para a prática das atividades físicas. É 
 
40 
 
comum nessa faixa etária os meninos e meninas exalaram um odor após as 
aulas práticas de Educação Física, e nesse sentido que o professor deve 
orientar os alunos para um rotina de higiene após as aulas, adotando simples 
estratégias como pedir para que os alunos usem desodorantes 
antitranspirantes, por exemplo. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais têm como proposta que o 
processo de ensino e aprendizagem nos ciclos finais considerem 
simultaneamente três elementos: 
 
 A diversidade; 
 A autonomia; 
 As aprendizagens específicas. 
 
 O professor também deve se preocupar com a questão da postura dos 
alunos, pois nessa fase de desenvolvimento, é comum que as crianças 
desenvolvam maus hábitos posturais, devido a diversos fatores, como por 
exemplo nas meninas, o aparecimento dos seios, e nos meninos a 
preocupação com a estatura. 
 A preocupação com a estética, hábitos alimentares e a prática de 
atividade física fora dos ambientes escolares deve ser priorizado, pois um dos 
objetivos da disciplina, é que os alunos tenham criticidade de discriminar os 
efeitos da atividade física e a alimentação para a manutenção da saúde. 
Projetos extracurriculares sempre são bem-vindos nessa fase de 
escolarização, pois dessa forma os alunos se apropriam dos conhecimentos de 
forma mais ativa. 
Saiba Mais 
A cultura corporal de movimento se caracteriza, entre outras 
coisas,pela diversidade de práticas, manifestações e 
modalidades de cultivo. Trata-se de um espectro tão amplo 
e complexo, que é quase impossível sistematizá-lo 
conceitualmente de forma abrangente. De qualquer forma, é 
esse universo de informações que chega ao jovem e ao 
adolescente da mídia, de forma sedutora, fragmentada, 
manipulada por interesses econômicos e por valores 
 
41 
 
ideológicos. Dessa realidade a Educação Física escolar não 
pode fugir nem alienar-se, pois é impossível negar a força 
que a indústria da cultura e do lazer exerce na geração de 
comportamentos e atitudes. 
 
O conhecimento da cultura corporal de movimento deve constituir-se 
num instrumento de compreensão da realidade social e humana do aluno, e 
nesse sentido é fundamental que lhe garanta o acesso à informação 
diversificada e aos inúmeros procedimentos e recursos para obtê-la. Entre eles, 
incluem-se os próprios processos de ensino e aprendizagem. 
A Educação Física escolar dispõe de uma diversidade de formas de 
abordagem para a aprendizagem, entre elas as situações de jogo coletivo, os 
exercícios de preparação corporal, de aperfeiçoamento, de improvisação, a 
imitação de modelos, a apreciação e discussão, os circuitos, as atividades 
recreativas, enfim, todas devem ser utilizadas como recurso para a 
aprendizagem. 
O acesso à informação na área não se restringe aos procedimentos, 
mas está intimamente ligado a eles, à possibilidade concreta de vivenciar o 
maior número possível de práticas e modalidades da cultura corporal de 
movimento. 
 A Educação Física escolar não pode reproduzir a miséria da falta de 
opções e perspectivas culturais, nem ser cúmplice de um processo de 
empobrecimento e descaracterização cultural. 
É nesse sentido que os parâmetros curriculares nacionais de Educação 
Física orienta que a disciplina não deve ficar restrita aos muros da escola. O 
diálogo permanente com a comunidade próxima pode ser cultivado 
franqueando espaço para o desenvolvimento de produções relativas ao lazer, à 
expressão e à promoção da saúde, assim como ultrapassando os muros 
escolares na busca de informações e produções desta natureza. 
 Ensinar e aprender a cultura corporal de movimento envolve a discussão 
permanente dos direitos e deveres do cidadão em relação às possibilidades de 
exercício do lazer, da interação social e da promoção da saúde. Envolve, 
portanto, também o ensino de formas de organização para a reivindicação junto 
aos poderes públicos de equipamentos, espaços e infraestrutura para a prática 
de atividades. 
 
42 
 
 
 
Importante 
 
A Educação Física e a escola de maneira geral não precisam 
confinar-se em seus muros. O diálogo permanente com a 
comunidade próxima pode ser cultivado franqueando espaço 
para o desenvolvimento de produções relativas ao lazer, à 
expressão e à promoção da saúde, assim como ultrapassando 
os muros escolares na busca de informações e produções dessa 
natureza. 
 
 
A Educação Física deve contribuir para a construção da autonomia dos 
alunos através da possibilidade de organização de equipes, espaço para 
discussão de regras e táticas. A busca da autonomia pauta-se na ampliação do 
olhar da escola sobre o objeto de ensino e aprendizagem da cultura corporal de 
movimento. Essa ampliação significa a possibilidade de construção, pelo aluno, 
do seu próprio discurso conceitual, atitudinal e procedimental. Em vez da 
reprodução ou memorização de conhecimentos, a sua recriação pelo sujeito 
por meio da construção da autonomia para aprender. 
A evolução da autonomia do aluno, na sua relação com o conhecimento, 
não se dá naturalmente, mas é fruto de uma construção e de um esforço que 
podem ser favorecidos a partir de situações concretas e significativas para o 
seu exercício. 
Amplia-se, com isso, o universo de aprendizagem possível, somando-se 
aos conhecimentos produzidos na aprendizagem de procedimentos técnicos e 
gestuais. 
Não se trata de mera alternância entre momentos em que os alunos 
fazem o que querem e momentos em que fazem o que o professor manda, e 
sim da atribuição de responsabilidades que possam ser exercidas de forma 
produtiva em cada contexto e situação de ensino e aprendizagem. Essa 
localização de atribuições inclui, entre outras, questões sobre a organização do 
espaço e do tempo de trabalho, as metas e formas de aprendizagem, e as 
articulações entre os interesses e as possibilidades reais de desenvolvimento. 
 
43 
 
O grau de autonomia para organização das atividades pode evoluir se 
forem considerados objetos de ensino procedimentos gerais como escolha de 
times, distribuição de pequenos grupos por espaços adaptados, construção e 
adequação de materiais, discussão e elaboração de regras, distribuições 
espaciais em filas, círculos e outras. Inclui-se ainda o espaço para discussão 
de táticas, técnicas e estratégias, para a apreciação e observação. 
A busca da autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola sobre o 
objeto de ensino e aprendizagem da cultura corporal de movimento. Essa 
ampliação significa a possibilidade de construção, pelo aluno, do seu próprio 
discurso conceitual, atitudinal e procedimental. Em vez da reprodução ou 
memorização de conhecimentos, a sua recriação pelo sujeito por meio da 
construção da autonomia para aprender. 
 Nos ciclos finais do ensino fundamental, vão se consolidando 
possibilidades e necessidades de aprendizagem cada vez mais específicas, em 
função de as condições cognitivas, afetivas e motoras dos alunos permitirem 
cada vez mais um distanciamento do próprio objeto de ensino. Ou seja, 
percebe-se com nitidez que, embora se trate de instrumentos para o lazer e a 
recreação, as práticas da cultura corporal de movimento podem constituir-se 
em objetos de estudo e pesquisa sobre o homem e sua produção cultural. A 
aula de Educação Física, além de ser um momento de fruição corporal, pode 
se configurar num momento de reflexão sobre o corpo, a sociedade, a ética, a 
estética e as relações inter e intrapessoais. 
 O aprofundamento não deve estar centrado somente nos interesses dos 
alunos, e sim na possibilidade de realização de uma aprendizagem 
significativa, que articula simultaneamente a compreensão de si mesmo, do 
outro e da realidade sociocultural. 
A vivência da diversidade pode, paulatinamente, ser ampliada pela 
experiência do aprofundamento na direção da técnica e da satisfação, pautada 
nos interesses de obter respostas mais complexas para questões mais 
específicas, sejam elas de natureza conceitual, procedimental ou atitudinal. 
 Acredita-se que através desses encaminhamentos pedagógicos é 
possível trabalhar com todos os conteúdos da cultura corporal de movimento, 
enfatizando que o papel do professor é de fundamental importância no 
processo de ensino aprendizagem, no sentido que ele encaminhará todas as 
 
44 
 
ações pedagógicas, mas, que por outro lado, não deve o professor ser o centro 
do processo, uma vez que todas as suas propostas estão baseadas nos 
alunos. 
 
Vídeo 
Assista ao vídeo D-19: Didática da Educação Física, o qual 
mostra as estratégias utilizadas por alguns professores para 
trabalhar com os temas transversais nas escolas. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=qotGd8F1mfg&list=SP113DF
C80DA535F0B 
 
Resumo da Aula 04 
 
A aula apresentou sobre o terceiro e quarto ciclo do Ensino 
Fundamental, mostrando que é um período de muita mudança, o qual os 
alunos saem da “escola” que geralmente tem apenas um professor por turma, 
para se ter a “escola” com 1 professor por disciplina, gerando uma mudança 
drástica a qual irá interferir na aprendizagem desse aluno, dessa forma a 
Educação Física deve ajudar, e ensinar que não é apenas um descanso das 
aulas, e sim, uma aula que possui conteúdos que devem ser abordados e 
desenvolvidos, que irão influenciar na vida dessa criança. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Considerado os anos finais doensino fundamental uma 
importante fase de transição na vida escolar das crianças, 
repleta de muitas transformações, que muitas vezes, não são 
tão agradáveis ao alunos, discorra sobre ao menos três 
problemas e soluções que as crianças enfrentam nessa fase 
de escolarização. 
 
 
 
 
45 
 
Resumo da Disciplina 
 
A disciplina abordou sobre os conceitos da Educação Física e os 
objetivos do ensino fundamental, abordando as metodologias mais adequadas, 
dando ênfase as abordagens psicomotoras, construtivistas, desenvolvimentista 
e críticas, assim como foi abordado sobre o processo de avaliação. 
Foi explicitado como o professor deve agir, sendo um mediador, auxiliando na 
autonomia dos alunos, mostrando que a Educação Física não é só uma 
brincadeira, e sim uma disciplina como todas as outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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46 
 
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