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Vias de administração

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Via� d�
administraçã�
Definição
Medicamento é toda substância química
capaz de promover no organismo efeito
preventivo (vacinas), curativo
(antibióticos), paliativo (analgésicos) ou
diagnóstico (contrastes).
Vias de Administração é o caminho pelo
qual o medicamento é introduzido no
organismo para que ele possa chegar ao
tecido, no qual ele irá agir.
As vias de administração são definidas
como a maneira que um fármaco é
introduzido no organismo
A via de administração é a maneira como
o medicamento entra em contato com o
organismo; é sua porta de entrada.
Podemos administrar via oral (boca),
retal (ânus), sublingual (embaixo da
língua), injetável (intravenoso),
dermatológica (pele), nasal (nariz) e
oftálmica (olhos), dentre outras.
Para exercerem seus efeitos
terapêuticos, praticamente quase
todos os fármacos precisam ser
absorvidos a partir do local da
administração, ser distribuídos pela
circulação sanguínea e atingir seu sítio
de ação.
Principais vias de administração
Atualmente, são disponibilizados
fármacos com ação local e fármacos
com ação sistêmica.
Os fármacos que agem localmente são
administrados diretamente no local onde
são necessários para produzir o efeito
farmacológico.
- Exemplos de medicamentos
disponíveis para a administração
local são os disponibilizados na
forma de colírios, sprays nasais,
cremes intravaginais e
preparações tópicas para o
tratamento de doenças de pele.
Para os fármacos que atuam
sistemicamente, é requerida a sua
entrada na circulação sanguínea para
atingir o seu sítio de ação.
- Para os fármacos que atuam
sistemicamente, é requerida a sua
entrada na circulação sanguínea
para atingir o seu sítio de ação.
Exemplo de fármacos de ação
sistêmica são os antidepressivos,
que são administrados por via
oral, absorvidos pelo trato
gastrointestinal, caem na
circulação sanguínea, onde são
distribuídos ao organismo, e
atingem o sistema nervoso
central, promovendo, então, a
ação antidepressiva.
A via de administração é determinada
primariamente pelas propriedades do
fármaco (por exemplo, hidro ou
lipossolubilidade, ionização) e pelos
objetivos terapêuticos (por exemplo,
necessidade de um início rápido de ação,
necessidade de tratamento por longo
tempo, ou restrição de acesso a um local
específico).
A escolha de determinada via ou sistema
de administração das drogas depende de
vários fatores:
- Efeito local ou sistêmico da droga;
Propriedades da droga e da
forma farmacêutica administrada;
- Idade do paciente;
- Conveniência;
- Tempo necessário para o início do
tratamento;
- Duração do tratamento;
- Obediência do paciente ao
regime terapêutico.
As vias principais de administração de
fármacos incluem a enteral, a parenteral
e a tópica, entre outras.
É extremamente relevante que o
profissional de saúde
conheça as opções de vias de
administração de medicamentos, pois na
prática profissional se deparará com
situações em que as condições
fisiológicas ou patológicas do paciente
exigirão a seleção de uma via de
administração que permitirá a
disponibilização do fármaco no organismo
em concentrações adequadas para a
obtenção da resposta terapêutica
Via enteral
A administração enteral é o modo mais
seguro, comum, conveniente e econômico
de administrar os fármacos. O fármaco
pode ser deglutido, por via oral, ou pode
ser colocado sob a língua (sublingual) ou
entre a bochecha e a gengiva (bucal),
facilitando a absorção direta na
circulação sanguínea.
- As vias enterais envolvem
a administração do
fármaco nos diferentes
segmentos do trato
gastrointestinal (TGI) e
consistem nas vias de
administração oral, bucal
e sublingual e retal.
- Os medicamentos da via
enteral são
disponibilizados em
comprimidos, cápsulas,
líquidos, pós, xaropes,
suspensões e supositórios
Via oral:
- As drogas administradas por via
oral podem exercer um efeito
local no trato gastrointestinal ou
ser absorvidas pela mucosa
gastrointestinal, atingindo o
sangue ou a linfa e exercendo
efeitos sistêmicos.
- A administração oral é definida
pela deglutição do fármaco e sua
absorção a partir do lúmen do
trato gastrointestinal.
- A ingestão oral é o método mais
comumente usado para
administrar os fármacos e
apresenta vantagens por ser o
mais seguro, conveniente e
econômico.
- A administração oral apresenta
algumas desvantagens, podendo
ocorrer a diminuição da
quantidade absorvida em
decorrência das características
de alguns fármacos, por exemplo:
fármacos com hidrossolubilidade
reduzida podem causar irritação
da mucosa gastrintestinal, induzir
vômito e inativação de alguns
fármacos pelas enzimas digestivas
ou pelo pH gástrico (ácido); a
presença de alimentos ou outros
medicamentos que podem alterar
a motilidade e propulsão
gastrointestinal podem formar
quelatos e interferir na absorção
(como leite e tetraciclinas).
- Os fármacos presentes no trato
gastrointestinal podem ser
metabolizados por enzimas da
flora ou da mucosa intestinal ou
do fígado, antes que possam
alcançar a circulação sistêmica.
Ou seja, quando o fármaco é
administrado por via oral e
absorvido no estômago e no
intestino, ele deve passar pelo
fígado antes de entrar na
circulação sistêmica, e o fígado
pode transformar o fármaco em
uma forma inativa antes de entrar
na circulação sistêmica. Tal efeito
é conhecido como efeito ou
metabolismo de primeira
passagem.
- Em resumo, a via oral é
caracterizada pela introdução do
fármaco na cavidade oral
promovendo a movimentação do
princípio ativo pelo trato
gastrointestinal, o qual será
absorvido no intestino sendo
direcionada para o fígado pela
veia porta, assim o fígado
metaboliza o fármaco,
direcionando-o para a circulação
sistêmica para encontrar seu
local de ação.
Via bucal e sublingual:
- As vias de liberação bucal
(administração no espaço entre a
gengiva e a bochecha) e sublingual
(administração sob a língua)
permitem a absorção direta do
fármaco na circulação sistêmica
sem o efeito de primeira
passagem, processo que pode ser
rápido ou lento, conforme a
formulação física do produto.
- Com relação à administração
sublingual, apesar de a superfície
da mucosa oral disponível para a
absorção ser pequena, a
absorção pela mucosa oral é
muito importante para alguns
fármacos. A drenagem venosa da
boca dirige-se à veia cava
superior e isso provoca um desvio
da circulação porta e, desse
modo, protege o fármaco do
metabolismo rápido causado pela
primeira passagem pelos
intestinos e pelo fígado.
- A colocação do fármaco sob a
língua permite que ele se difunda
na rede capilar e, assim, entre
diretamente na circulação
sistêmica. A administração
sublingual tem várias vantagens,
incluindo facilidade de
administração, absorção rápida,
ultrapassagem do ambiente
gastrintestinal hostil e
capacidade de evitar a
biotransformação de primeira
passagem (ver discussão adiante).
A via bucal (entre a bochecha e a
gengiva) é similar à via sublingual.
Via retal:
- Em torno de 50% do fármaco
absorvido pelo reto passará pelo
fígado e, portanto, fármacos
administrados por via retal
sofrem menor taxa de
metabolismo hepático de primeira
passagem quando comparado aos
fármacos administrados por via
oral.
- As formulações para a via retal
são geralmente prescritas como
supositórios, inseridos na porção
inferior do reto, mas que tendem
a migrar para a porção superior
do reto. Entretanto, a absorção
retal pode ser irregular e
incompleta e alguns fármacos
podem causar irritação da
mucosa retal.
- A via retal é utilizada em
pacientes incapazes de deglutir
ou com vômitos.
A composição da dieta e o tipo de
alimentação podem alterar a absorção
dos medicamentos, aumentando-a,
diminuindo-a ou apenas retardando-a.
No caso de uma absorção diminuída ou
retardada, o resultado é que o
fármaco pode não atingir os níveis
eficazes nas correntes sanguíneas; no
caso de uma absorção aumentada,
esses níveis podem ser mais elevados
do que o desejável, potencializando
efeitos colaterais.
Via parenteral
A via parenteral está relacionada com o
uso externo sem utilização do tubo
digestivo. O efeito desejado é o
sistêmico, é utilizadoquando se deseja
um efeito mais rápido, mais intenso,
também indicado quando os pacientes
são incapazes de deglutir, estão
inconscientes ou com problemas
gastrointestinais.
A via parenteral introduz o fármaco
diretamente na circulação sistêmica.
Ela é usada para fármacos que são pouco
absorvidos no trato gastrointestinal
(heparina) e para os que são instáveis no
trato gastrointestinal (p. ex.,
insulina).Essa administração também é
usada no tratamento do paciente
impossibilitado de tomar a medicação
oral (paciente inconsciente) ou quando é
necessário um início rápido de ação.
Além disso, as vias parenterais têm maior
biodisponibilidade e não estão sujeitas à
biotransformação de primeira passagem
ou ao meio gastrointestinal agressivo.
Elas também asseguram o melhor controle
sobre a dose real de fármaco
administrada ao organismo.
Contudo, as vias parenterais são
irreversíveis e podem causar dor, medo,
lesões teciduais e infecções.
A injeção parenteral dos fármacos
apresenta algumas vantagens quando
comparada com a administração oral. É
útil na administração de medicamentos
em caso de emergência, em paciente
inconsciente ou com restrição de
utilização da via oral. Além disso, em
algumas situações, a administração
parenteral é necessária para que o
fármaco seja liberado em sua forma
ativa, pois, se administrado por via oral,
pode ser metabolizado no fígado antes
de atingir a corrente circulatória.
No entanto, a administração de
medicamentos por injeção tem suas
desvantagens, pois é necessária a
assepsia, em especial em situações em
que há repetidas administrações ou
infusão contínua, como ocorre em infusão
intravenosa ou intratecal. Também exige
técnica para uma administração segura e
eficaz, há custo relacionado com a
seringa e pode ser dolorosa.
A administração parenteral inclui a
administração do medicamento no leito
vascular e extravascular.
As principais vias de administração
parenteral são a intravenosa, a
subcutânea e a intramuscular. Também
pode-se utilizar a administração
intra-articular para obter alta
concentração do fármaco no espaço
articular em quadros como artrite ou
infecção da articulação.
Na via intravenosa, o fármaco é
administrado diretamente na corrente
sanguínea e, portanto, não há o processo
de absorção. Além disso, a
biodisponibilidade da dose administrada
é de 100%. Por outro lado, a absorção a
partir dos tecidos subcutâneos e
intramusculares ocorre por difusão
simples ao longo do gradiente existente
entre o depósito de fármaco e o plasma.
Exemplos das vias parenterais:
- Intravenosa
- Intra-arterial
- Intramuscular
- Intra-articular
- Intra-óssea
- Intracardíaca
- Intradérmica
- Intraperitoneal
- Subcutânea
- Peridural ou epidural (espaço
entre as estruturas ósseas da
coluna e a dura-máter)
- Intratecal ou subaracnóideo
Via intravenosa:
- A via intravenosa é a introdução
direta do fármaco no sistema
vascular tendo uma ação
terapêutica mais rápida
- Na via intravenosa, a droga é
administrada diretamente na via,
geralmente nas veias superficiais.
- A via intravenosa permite a
absorção instantânea e completa.
É potencialmente perigosa
porque, se a administração for
muito rápida, serão alcançados
elevados níveis sanguíneos do
fármaco.
- A injeção intravenosa dos
fármacos em solução aquosa
propicia uma rápida e completa
biodisponibilidade. Além disso, a
liberação do fármaco é
controlada e muito útil em alguns
casos, como na indução da
anestesia operatória, em que a
dose do fármaco não é
predeterminada, mas ajustada de
acordo com a resposta do
paciente. Ainda, a injeção
intravenosa permite a
administração de algumas
soluções irritantes, pois o
fármaco, injetado lentamente, se
distribui de modo amplo na
corrente sanguínea.
- Desvantagens no uso dessa via de
administração: a administração
intravenosa dos fármacos exige
monitoração cuidadosa da
resposta do paciente, pois alguns
pacientes podem apresentar
reações adversas em razão da
rápida concentração do
medicamento no sangue. Além
disso, depois da injeção do
fármaco, geralmente não há como
retirá-lo.
- A administração intravenosa é
vantajosa para fármacos que
podem causar irritação quando
administrados por outras vias,
porque o fármaco se dilui no
sangue rapidamente. Porém,
diferentemente dos fármacos
administrados por via oral, os que
são injetados não podem ser
retirados por meio de estratégias
como a ligação a carvão ativado.
- A administração intravenosa
pode, inconscientemente, causar
infecção por meio de
contaminação no local da injeção.
Ela também pode precipitar
constituintes do sangue, causar
hemólise ou outras reações
adversas se for introduzida muito
rapidamente ou se alcançar
concentrações elevadas. Por isso,
os pacientes devem ser
cuidadosamente monitorados
quanto a reações desfavoráveis,
e a velocidade de infusão deve
ser cuidadosamente controlada.
Via intra-arterial:
- Um fármaco também pode ser
injetado diretamente em uma
artéria para obtenção de seus
efeitos em um tecido ou órgão
específico (por exemplo, no caso
de tratamento de tumores
hepáticos ou cânceres da cabeça
e do pescoço).
- Em algumas situações, agentes
diagnósticos são administrados
por essa via (como albumina
sérica humana marcada com
tecnécio).
- A injeção intra-arterial requer
muito cuidado e só deve ser
realizada por especialistas.
Via intramuscular:
- Em geral, a absorção do local da
injeção intramuscular de fármacos
em solução aquosa é mais rápida
e com maior biodisponibilidade do
que a administração oral, porém,
isso depende da taxa de fluxo
sanguíneo no local da injeção.
- A absorção de fármacos em
solução oleosa ou suspensa em
veículos de depósito (depot) será
lenta e constante após a injeção
intramuscular.
- Como desvantagem, alguns
fármacos não podem ser
administrados por essa via em
razão dos efeitos adversos no
local da injeção (heparina, por
exemplo, pode provocar
hematoma se administrada na
musculatura).
- Fármacos administrados por via
intramuscular podem estar em
soluções aquosas, que são
absorvidas rapidamente, ou em
preparações especializadas de
depósito, que são absorvidas
lentamente.
Via subcutânea:
- A injeção por via subcutânea (SC)
pode ser utilizada somente com os
fármacos que não causam
irritação dos tecidos, senão pode
provocar dor intensa, necrose e
descamação dos tecidos.
- Recomenda-se não exceder a
administração de 3 mL.
- Em geral, a taxa de absorção
após a administração subcutânea
de um fármaco é constante e
lenta para produzir um efeito
prolongado.
- Essa via também permite uma
absorção lenta durante semanas
ou meses quando os fármacos são
implantados sob a pele na forma
de pellets sólidas. Alguns
hormônios (como
anticoncepcionais) são
administrados por esse
mecanismo e dispositivos
implantáveis asseguram uma
eficaz contracepção por três
anos.
- A via subcutânea de
administração, como a
intramuscular, oferece absorção
por difusão simples e é mais lenta
do que a via intravenosa.
- A injeção subcutânea minimiza os
riscos de hemólise ou trombose
associados à injeção intravenosa
e pode proporcionar efeitos
lentos, constantes e prolongados.
- Esta via não deve ser usada com
fármacos que causam irritação
tissular, porque pode ocorrer dor
intensa e necrose.
- Fármacos administrados
comumente por via subcutânea
incluem insulina e heparina.
Via intradérmica:
- A via intradérmica é muito
restrita e permite apenas a
administração de pequenos
volumes (0,1 a 0,5 mL). Em geral, é
usada para reações de testes de
hipersensibilidade e aplicação de
vacinas.
Via intratecal:
- A barreira hematencefálica
retarda ou impede a entrada dos
fármacos no sistema nervoso
central. Quando se desejam
efeitos locais e rápidos, é
necessário introduzir o fármaco
diretamente no líquido
cerebrospinal.
- A barreira hematoencefálica é
uma barreira formada entre
sangue e o encéfalo, o qual é
composta por capilares com
paredes contínuas (células
endoteliais) juntamente com as
células de glia e neurônios.
- As substâncias lipossolúveis
passam normalmente pela
barreira hematoencefálica, porém
a maioria dos fármacossão
hidrossolúveis e não conseguem
atravessar a barreira
hematoencefálica, por esse
motivo há a via intratecal para
inserir o fármaco diretamente no
encéfalo.
Via intraperitoneal:
- A substância é
injetada na cavidade
peritoneal entre os
órgãos abdominais.
Via intra-articular
- O medicamento administrado por
essa via é liberado diretamente
na cavidade sinovial de uma
articulação para suprimir a
inflamação, atenuar a dor, ajudar
a conservar a mobilidade
articular, evitar contraturas e
retardar a atrofia muscular.
- A via intra-articular é utilizada
com cautela pelos médicos, devido
ao risco de infecção e à
dificuldade associada à aplicação
pela articulação sinovial.
Via cutânea
A via cutânea está relacionada com a
aplicação de medicamentos na pele, a
qual consiste num órgão com uma efetiva
barreira contra a passagem de
substâncias.
Os medicamentos administrados pela via
cutânea apresentam a finalidade de
promover efeitos tópicos (local), porém
certos fármacos produzem efeitos
sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos
(transdérmica)
A absorção depende da área de
exposição, difusão do fármaco na derme
(alta lipossolubilidade), temperatura e
estado de hidratação da pele.
Via tópica:
- A administração por via tópica
envolve a aplicação de
substâncias ativas diretamente na
pele ou em áreas de superfície de
feridas, com efeito local,
disponíveis em formulações
farmacêuticas tais como
pomadas, cremes, sprays, loções,
colutórios e pastilhas para a
garganta.
- A aplicação tópica é usada
quando se deseja um efeito local
do fármaco.
- Via tópica é a aplicação do
fármaco na pele, o qual tem uma
ação local sem a necessidade de
migração para circulação.
Via transdérmica:
- A via transdérmica é a
distribuição do medicamento na
pele promovendo a absorção do
princípio ativo para circulação
sistêmica.
- A via transdérmica está
relacionada com a aplicação do
fármaco na pele para absorção
do princípio ativo, o qual será
direcionado para a circulação
com o de movimentar-se para seu
local de ação.
- A via de administração
transdérmica proporciona a
obtenção de efeitos sistêmicos
por meio da aplicação do fármaco
na pele com um adesivo cutâneo.
- Tem um padrão de absorção lento
e prolongado e a velocidade de
absorção pode variar muito,
dependendo das características
físicas da pele no local da
aplicação e da lipossolubilidade
do fármaco. Essa via é usada com
mais frequência para
disponibilizar o fármaco de forma
prolongada (como adesivos de
nicotina usados para facilitar a
interrupção do hábito de fumar).
- A vantagem é que a via é
conveniente e indolor, ideal para
fármacos lipofílicos e que têm
baixa biodisponibilidade oral, pois
evita a primeira passagem pelo
fígado. Como desvantagem
pode-se citar que alguns
pacientes podem ser alérgicos
aos adesivos, o que pode causar
irritação local.
Via membrana mucosa
Alguns fármacos são aplicados nas
mucosas da conjuntiva, nasofaringe,
orofaringe, vagina, colo, uretra e bexiga,
principalmente para a obtenção de seus
efeitos locais. Porém, em algumas
situações, a aplicação na mucosa visa à
obtenção de efeito sistêmico, pois a
absorção pelas mucosas ocorre
rapidamente.
Via membrana mucosa está relacionada
com a absorção do princípio ativo pelo
tecido epitelial.
Vias de administração e o tempo
de biodisponibilidade do fármaco
A biodisponibilidade refere-se à
extensão e à velocidade em que a porção
ativa (fármaco) adentra a circulação
sistêmica, alcançando, assim, o local de
ação.
A biodisponibilidade é uma medida da
extensão de uma droga
terapeuticamente ativa que atinge a
circulação sistêmica e está disponível no
local de ação.
A resposta produzida por um fármaco
que age sistemicamente é relacionada à
quantidade do fármaco que entra no
organismo e a concentração que atinge o
seu sítio de ação após a administração
(biodisponibilidade) e ao tempo que o
medicamento permanece nele.
Caso clínico
Criança de 3 anos de idade, sexo
masculino, dá entrada no pronto socorro de
um hospital municipal apresentando abalos
em todo o corpo e ficando roxa.
Você é chamado na sala de emergência no
seu primeiro dia de plantão após a
formatura.
- Os abalos em todo corpo são
abalos musculares relacionados
com as contrações musculares em
resposta a uma excitação
elétrica.
- Abalos musculares tônicos são
contrações musculares,
duradouros promovendo a tensão
dos membros (os membros ficam
estendidos).
- Abalos musculares clônicos estão
relacionados com movimentos
conclusivos dos membros
(movimentos repetidos dos
membros).
A mãe refere que há 2 dias a criança está
com febre de 38 graus, tendo sido
medicada com paracetamol gotas de 8 em
8 horas conforme orientação do pediatra;
e hoje pela manhã a temperatura chegou a
39,8 graus
Há 20 minutos a criança apresentou
desmaio
Antecedentes pessoais: mãe nega história
de crise epiléptica
Natureza química de um fármaco:
- Os fármacos são substâncias
químicas com estruturas
conhecidas, além de ser uma
substância química administrada
com um efeito biológico
específico.
- Há fármacos sintéticos que são
inteiramente produzidos em
laboratórios.
- Há fármacos naturais obtidos a
partir de plantas, animais, fungos
e etc.
- Há fármacos semi-sintéticos que
são obtidos em plantas ou animais
e no laboratório sofrem
modificações sintéticas.
- Os compostos endógenos são
substâncias produzidas pelo
próprio organismo para regular a
função corporal ( não são
considerados fármacos).
Apresentação clínica
- O paciente está em status
epilepticus (ou estado de mal
epiléptico).
- Trismo: abertura bucal limitada
pelo tensão muscular causada
pelo estado de mal epiléptico.
- No cérebro da criança está
ocorrendo uma atividade elétrica
anormal e excessiva, a qual
promove os abalos musculares.
Exame físico
Pressão arterial: 120 x 90 mmHg ->
elevado para idade
Frequência cardíaca: 160 bpm -> o valor
de referência para criança de 3 anos de
idade 80-100 bpm
Temperatura: 40;1 ºC -> temperatura de
37,8º indica estado febril
Frequência respiratória: 36 irpm-> o
valor de referência para criança de 3
anos de idade 22-34 irpm
SpO2: 89% em a.a -> o valor de
referência é 95 a 99%
É o primeiro plantão também da
enfermeira, que está nervosa e
trêmula.
Ela coloca a máscara de oxigênio na
criança e pergunta a você qual
medicamento pegar no carrinho de
emergência.
Já se passaram 5 minutos e a
enfermeira não conseguiu acesso
venoso... Criança mantém status
epilepticus!
Da lista abaixo, qual medicamento e
respectiva via de administração devem
ser escolhidos para o tratamento agudo?
E depois? Responda respectivamente:
A-Dipirona oral
B-Dipirona intravenosa
C-Midazolam oral
D-Midazolam retal
E-Diazepam oral
F-Diazepam intravenoso
O Midazolam retal é uma boa escolha
para tratar o mal epilético do paciente,
pois a administração intravenosa não é
possível pelos movimentos repetitivos dos
membros e as contrações musculares da
boca impedem o uso dos medicamentos
orais, além de apresentar uma rápida
absorção .Após tratar a crise epiléptica,
é necessário administrar a dipirona
intravenosa para tratar a febre.
Caminhos dos fármacos no organismo
O que é a disponibilidade (F) de um
fármaco?
A biodisponibilidade é uma parâmetro da
farmacocinética, o qual representa a
fração de absorção da dose
administrada transferida para circulação
sistêmica.
A biodisponibilidade representa a taxa e
a extensão com que um fármaco
administrado alcança a circulação
sistêmica. Por exemplo, se 100 mg de um
fármaco são administrados por via oral, e
70 mg desse fármaco são absorvidos
inalteradamente, a sua
biodisponibilidade é de 0,7, ou 70%.
A biodisponibilidade baseia-se no fato de
que a maioria dos fármacos alcança seus
locais de ação moleculares e celulares
diretamente a partir da circulação
sistêmica.
Em contraste com a administração
intravenosa, que confere 100% de
biodisponibilidade, a administração oral
de um fármaco envolve frequentemente
biotransformação de primeira passagem.
A biotransformação, além das
características físicas e químicas do
fármaco, determina a velocidade ea
extensão com que ele alcança a
circulação sistêmica.
Homem de 50 anos está com
infecção bacteriana nas tonsilas
palatinas e recebe prescrição
de um antibiótico durante a
consulta médica. Sabe-se que
80% do antibiótico prescrito
pode ser encontrado na
circulação após a absorção,
enquanto 20% é perdido. Qual é
a biodisponibilidade desse
fármaco?
0,8 ou 80%
Via respiratória inalatória ou pulmonar
- A administração no sistema
pulmonar consiste nas vias
intranasal e de inalação. Essa
administração pode ser indicada
para efeitos locais ou sistêmicos.
- A administração intranasal de
descongestionantes nasais é
usada para provocar efeito local
em pacientes com resfriado ou
rinoconjuntivite. Similarmente, a
inalação de fármacos
broncodilatadores e
anti-inflamatórios esteroidais é
indicada para efeitos locais nas
vias respiratórias em pacientes
com asma ou doença pulmonar
obstrutiva crônica.
- A liberação sistêmica também
pode ser obtida a partir desses
locais de administração. Desde
que não sejam irritantes,
fármacos gasosos e voláteis
podem ser inalados e absorvidos
pelo epitélio pulmonar e pelas
mucosas do trato respiratório.
- As vantagens dessa via são:
absorve quase instantânea o
fármaco, pois o acesso à
circulação é rápido, uma vez que
é grande a área de superfície
pulmonar; evita a perda pelo
metabolismo de primeira
passagem hepática; e, no caso de
doença pulmonar, permite a
aplicação do fármaco no local de
ação desejado (por exemplo, em
razão da disponibilidade de
dosímetros e aerossóis, alguns
fármacos podem ser
administrados dessa forma para
tratar a rinite alérgica ou a asma
brônquica)
O caso clínico discutido na aula de hoje
trata de uma emergência pediátrica. Caso
o medicamento indicado para dissipar o
status epilepticus fosse administrado por
via nasal, onde aconteceria a absorção do
fármaco?
Mucosa do trato respiratório e pulmões.
Dispositivo de
atomização para
absorção
pulmonar e nas
mucosas do trato
respiratório.
Vantagens e desvantagens de cada via de administração

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