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vias de administracao de farmacos

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Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA
APLICADA A
NUTRIÇÃO E
INTERPRETAÇÃO
DE EXAMES
LABORATORIAIS
Letícia Hoerbe
Andrighetti
Lucimar Filot da 
Silva Brum
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
A573f Andrighetti, Letícia Hoerbe.
 Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de 
 exames laboratoriais / Letícia Hoerbe Andrighetti, Lucimar 
 Filot da Silva Brum. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 347 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-058-0
 1. Farmacologia. 2. Nutrição. 3. Exames laboratoriais – 
 Interpretação. I. Brum, Lucimar Filot da Silva. II. Título.
CDU 615:613.2
Vias de administração 
de fármacos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Diferenciar as formas farmacêuticas para a administração por diferentes
vias de administração.
 � Identificar as vantagens e desvantagens das vias de administração
de medicamentos.
 � Descrever os princípios gerais para a administração segura e prevenção
de erros de medicamentos.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a administração de medicamentos ao 
paciente. Essa é uma importante etapa da farmacoterapia racional, seja 
em centros de atenção à saúde, em instituições de longa permanência 
ou em ambiente domiciliar. 
As principais vias de administração de medicamentos são: oral, paren-
teral e tópica. Os princípios gerais para a administração segura e correta 
exigem conhecimento sobre os medicamentos, sobre as diferentes formas 
de apresentação dos medicamentos a serem administrados, além das 
características do paciente e de possíveis interferências entre fármacos 
e nutrientes.
Vias de administração de fármacos
Em centros de atenção à saúde – como hospitais, ambulatórios e Unidades 
Básicas de Saúde –, em instituições de longa permanência ou em atendimento 
domiciliar, a administração de medicamentos constitui uma importante etapa 
da terapia medicamentosa. Você sabe quais são as principais vias de admi-
nistração de medicamentos? São a oral, a parenteral e a tópica. A escolha das 
vias depende das características do medicamento e também do indivíduo.
A administração segura e correta de medicamentos exige conhecimento sobre segu-
rança e eficácia das substâncias, sobre as diferentes formas de apresentação (forma 
farmacêutica) dos medicamentos a serem administrados e sobre as características do 
paciente (condições fisiológicas e patológicas). 
Tais conhecimentos, se não forem aplicados, podem provocar erros na administração 
e a consequente ineficácia terapêutica dos medicamentos, além de possíveis eventos 
adversos. É fundamental, portanto, conhecer as diferentes vias de administração, as 
formas farmacêuticas e as circunstâncias nas quais podem ocorrer erros de adminis-
tração, interações medicamentosas ou interações fármaco-nutrientes. Assim, será 
possível identificar e intervir para evitar ou minimizar erros e proteger o paciente.
A absorção dos fármacos
Um fármaco só atinge seu efeito farmacológico quando suas moléculas se 
movimentam do local onde foi administrado até o sítio de ação. Esse movi-
mento é chamado de absorção e influencia o início e a intensidade do efeito 
farmacológico. É também um dos fatores determinantes na escolha da dose 
e da via de administração. 
As vias de administração são estruturas do corpo nas quais o fármaco 
sofre absorção. Exceto em casos de aplicação de fármacos para ação local, esse 
processo ocorre longe do órgão ou tecido que sedia o local de ação. Quando 
os fármacos penetram no corpo em locais distantes do tecido ou órgão-alvo, 
devem ser transportados pela circulação para o local de ação indicado. Para 
entrar na corrente sanguínea, é preciso que o fármaco seja absorvido do seu 
local de administração. Assim, a absorção descreve a entrada do fármaco 
no organismo. 
135Vias de administração de fármacos
Não são todas as vias de administração que resultam em quantidades similares de 
fármaco que alcançam a circulação sistêmica e o tecido-alvo. Para algumas substâncias 
e determinadas vias de administração, a quantidade absorvida pode ser apenas uma 
pequena fração da quantidade administrada. Assim, a taxa e a eficiência da absorção 
do fármaco diferem conforme a via de administração usada.
As duas principais vias de administração são a enteral e a parenteral. 
As vias denominam-se enterais quando o fármaco entra em contato com 
qualquer segmento do trato digestivo (vias oral, bucal, sublingual e retal). Já as 
parenterais são todas as rotas de absorção que não estão associadas ao sistema 
gastrintestinal. Elas compreendem as vias que usam os sistemas vascular, 
musculoesquelético, pulmonar e cutâneo para os locais de administração. Dê 
continuidade à leitura para saber mais sobre as vias enterais e parenterais.
Administração enteral
As vias de administração enteral são as vias oral, sublingual ou bucal e retal. A 
administração oral é definida pela deglutição do fármaco e sua absorção a partir 
do lúmen do sistema gastrintestinal. As vias de liberação bucal (administração 
no espaço entre a gengiva e a bochecha) e sublingual (administração sob a 
língua) permitem que seja feita a absorção direta do fármaco na circulação 
sistêmica sem que haja o efeito de primeira passagem, processo que pode ser 
rápido ou lento, dependendo da formulação física do produto.
Via oral
A ingestão oral é o método mais utilizado para administrar os fármacos, além 
de ser a via mais segura, conveniente e econômica. A administração por via 
oral oferece muitas vantagens ao paciente, como a comodidade da autoad-
ministração. Além disso, é uma via muito útil quando realiza-se tratamento 
crônico. A toxicidade ou as dosagens excessivas associadas à via oral podem 
ser neutralizadas com antídotos, como o carvão ativado. Contudo, a absorção 
por essa via pode ser mais lenta e menos completa do que por algumas vias 
parenterais. 
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais136
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Eryka
As desvantagens da via oral são: 
 � absorção reduzida de alguns fármacos, conforme suas características 
(p. ex.; a hidrossolubilidade), 
 � vômitos causados pela irritação da mucosa gastrintestinal; 
 � destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo pH 
gástrico baixo; 
 � irregularidades na absorção ou propulsão na presença de alimentos ou 
outros fármacos; 
 � necessidade de contar com a adesão e colaboração do paciente, como 
no caso de crianças.
O baixo pH do estômago pode inativar determinados fármacos. Por isso, a indústria 
farmacêutica disponibiliza inúmeras formas farmacêuticas que protegem as substâncias 
da inativação gástrica, como as preparações revestidas (entéricas). 
O revestimento entérico busca promover a proteção do fármaco da inativação pelo 
suco gástrico e proteger a mucosa gástrica causada pelo efeito irritante do medica-
mento. Um exemplo de proteção do fármaco da inativação gástrica é o omeprazol 
– devido à sua instabilidade em meio ácido, é disponibilizado na forma de cápsulas 
com revestimento entérico. As cápsulas são resistentes ao ácido gástrico, e o fármaco 
é liberado somente no intestino delgado (menos ácido), onde o revestimento se 
dissolve e permite a liberação da substância.
Os fármacos cuja administração se dá por via oral podem ser metabolizados 
por enzimas da flora ou mucosa intestinal ou do fígado, antes que alcancem 
a circulação sistêmica, o que provoca a ineficácia terapêutica. Com relação 
à passagem pelo fígado, quando o fármaco é administrado por via oral e ab-
sorvido no estômago e no intestino, ele passa, obrigatoriamente, pelo fígado 
e pelas enzimas microssomais hepáticas que podem transformar o fármaco 
em uma forma inativa antes de entrar na circulação sistêmica. Esse efeito do 
fígado sobre a administração oral de um fármaco é conhecido como efeito 
de primeira passagem. Nenhuma via parenteral sofre o efeito de primeira 
passagem.
137Vias de administração de fármacos
Eryka
Via sublingual
A administraçãopor essa via tem importância clínica especial para alguns 
fármacos. Apesar de a superfície da mucosa oral disponível para a absorção 
ser pequena, a drenagem venosa da boca dirige-se à veia cava superior que 
protege o fármaco do metabolismo causado pela primeira passagem pelo 
fígado. Por exemplo, a nitroglicerina, utilizada em casos de angina pectoris, 
é altamente lipossolúvel e eficaz quando retida sob a língua, o que se dá por 
conta de sua rápida absorção. 
Via retal
A via retal é muito usada quando há impedimento da ingestão oral. Essa 
condição ocorre quando o paciente está inconsciente ou apresenta vômitos, 
situação bastante comum no caso de crianças pequenas. As formulações para 
a via retal costumam ser prescritas na forma de supositórios, inseridos na 
porção inferior do reto. 
Cerca de 50% da quantidade de fármaco que é absorvida pelo reto passa pelo 
fígado, portanto, a amplitude do metabolismo hepático da primeira passagem 
é menor quando comparada à administração por via oral. Porém, a absorção 
retal é irregular e incompleta, e alguns fármacos podem provocar irritação 
da mucosa retal.
Administração parenteral
As principais vias de administração parenteral são a intravenosa, a subcutânea 
e a intramuscular. Na administração intravenosa, o processo de absorção do 
fármaco não acontece, pois já é introduzido diretamente na corrente circula-
tória. A absorção a partir dos tecidos subcutâneos e intramusculares ocorre 
por difusão simples ao longo do gradiente de concentração existente entre o 
local onde o fármaco foi depositado e o plasma. 
Administração intravenosa 
Esse tipo de administração exige monitorização cuidadosa da resposta do 
paciente. A via intravenosa permite a disponibilidade instantânea e completa 
do fármaco na corrente circulatória, o que pode ser muito perigoso porque, 
se a administração for muito rápida, o fármaco alcança níveis sanguíneos 
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais138
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elevados. Além disso, depois da injeção da substância, é praticamente im-
possível retirá-la.
A via parenteral promove maior biodisponibilidade do fármaco e é usada para a admi-
nistração de substâncias pouco absorvidas no trato gastrintestinal (como a heparina e 
a insulina). Essas vias de administração também são usadas no tratamento de pacientes 
inconscientes ou quando o início rápido de ação é necessário. Contudo, a administração 
parenteral pode causar dor, medo, lesões teciduais e infecções. 
Administração subcutânea
A via subcutânea permite a injeção apenas de fármacos não irritantes e em pH 
fisiológico; caso contrário, pode causar dor intensa, necrose e descamação dos 
tecidos. Em geral, a taxa de absorção de um fármaco, após a injeção subcutânea, 
é constante e lenta, o suficiente para produzir efeito farmacológico prolongado. 
Há situações clínicas nas quais a associação de um agente vasoconstritor em 
uma solução do fármaco a ser injetado por via subcutânea auxilia no retardo da 
absorção e, como consequência, prolonga o tempo de permanecia do fármaco 
no local onde foi administrado, aumentando o tempo de ação farmacológica 
do fármaco. Por exemplo, a epinefrina aumenta o tempo de ação da lidocaína, 
um anestésico local. Alguns fármacos são implantados sob a pele na forma 
de pellets, sendo que sua absorção ocorre de maneira lenta ao longo de um 
período de semanas ou meses. Há, por exemplo, anticoncepcionais que podem 
ser administrados de forma eficaz por esse mecanismo de administração. 
Administração intramuscular
A injeção intramuscular no sistema musculoesquelético é outra vida de admi-
nistração parenteral. A absorção de fármacos em solução aquosa a partir do 
local da injeção intramuscular é mais rápida e com maior biodisponibilidade 
do que com a administração oral. 
A absorção pode ser aumentada realizando-se aquecimento do local, por 
meio de massagem ou exercício. A absorção será lenta e constante se o fármaco 
139Vias de administração de fármacos
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for injetado em solução oleosa ou na forma de suspensão em outros veículos 
de depósito (depott). Antibióticos, como a benzilpenicilina, são administrados 
dessa forma. Há substâncias que não podem ser administradas por essa via 
por causa dos efeitos adversos no local da injeção. A heparina, por exemplo, 
pode provocar hematoma quando o fármaco é administrado na musculatura.
Administração intra-articular
A via de administração intra-articular é utilizada para obter alta concentra-
ção do fármaco no espaço articular em quadros como artrite ou infecção da 
articulação.
Administração intratecal
A barreira hematencefálica retarda ou impede a entrada de fármacos no sistema 
nervoso central (SNC). Portanto, quando efeitos locais e rápidos são o objetivo, 
é necessário introduzir o fármaco diretamente no líquido cerebrospinal. Por 
exemplo, a anfotericina B intratecal é usada no tratamento da meningite.
Vias de administração e absorção pulmonar
Desde que não causem irritação, fármacos na forma gasosa e voláteis podem 
ser inalados e absorvidos pelo epitélio pulmonar e pelas mucosas do trato 
respiratório. A administração no sistema pulmonar consiste nas vias intra-
nasal e de inalação. A administração pode ser indicada para efeitos locais 
ou sistêmicos. 
A administração intranasal de descongestionantes é usada para provocar 
efeito local em pacientes com resfriado ou rinoconjuntivite. Indica-se a inalação 
de fármacos broncodilatadores e anti-inflamatórios esteroides para efeitos 
locais nas vias respiratórias em pacientes com asma ou doença pulmonar 
obstrutiva crônica. A liberação sistêmica também pode ser obtida a partir 
destes locais de administração. 
Via tópica
A pele também pode ser usada para administrar fármacos. Utiliza-se a apli-
cação tópica quando se deseja um efeito localizado do fármaco. Por exemplo, 
os antifúngicos são aplicados diretamente na pele.
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais140
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Oral � Variável; 
afetado 
por vários 
fatores
 � Via de 
administração 
segura e 
mais comum, 
conveniente e 
econômica
 � Absorção limitada 
de alguns fármacos
 � Os alimentos 
podem interferir 
na absorção
 � É necessária 
aderência pelo 
paciente
 � Os fármacos 
podem ser 
biotransformados 
antes de serem 
absorvidos 
sistemicamente
Intravenosa � A absorção 
não é 
necessária
 � Pode ter 
efeitos 
imediatos
 � Imprópria para 
substâncias 
oleosas ou pouco 
absorvidas
Via transdérmica
Se o tecido-alvo for mais profundo que a pele, ou se o fármaco for aplicado 
sob a pele para ter efeitos sistêmicos, a administração será transdérmica. 
A velocidade de absorção é variável, dependendo das características físicas 
da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Em geral, 
a via transdérmica é utilizada com adesivos cutâneos, para liberar fármacos 
anti-inflamatórios e analgésicos no local sob os tecidos subcutâneos. Também 
é uma via usada para aplicação de adesivos de nicotina em indivíduos que 
desejam parar de fumar.
Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais 
comuns.
(Continua)
141Vias de administração de fármacos
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Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais 
comuns.
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 � Ideal para 
dosagens de 
altos volumes
 � Adequada para 
substâncias 
irritantes 
e misturas 
complexas
 � Valiosa para 
situações de 
emergência
 � Permite a 
titulação da 
dosagem
 � Ideal para 
fármacos 
proteicos de 
alta massa 
molecular e 
peptídeos
 � A injeção em bolo 
pode resultar em 
efeitos adversos
 � A maioria das 
substâncias 
deve ser injetada 
lentamente� São necessárias 
técnicas de 
assepsia estritas
Subcutânea � Depende do 
diluente do 
fármaco: 
 � soluções 
aquosas: 
imediatas 
preparações 
de depósito: 
liberação 
lenta e 
prolongada
 � Adequada para 
fármacos de 
liberação lenta
 � Ideal para 
algumas 
suspensões 
pouco solúveis
 � Dor e necrose se o 
fármaco é irritante
 � Inadequada 
para fármacos 
administrados em 
volumes elevados
(Continuação)
(Continua)
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais142
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Intramuscular � Depende 
dos 
diluentes do 
fármaco:
 � soluções 
aquosas: 
imediatas 
preparações 
de depósito: 
liberação 
lenta e 
prolongada
 � Adequada se 
o volume é 
moderado
 � Adequada 
para veículos 
oleosos 
e certas 
substâncias 
irritantes
 � Preferível 
à via IV se 
o paciente 
deve se 
autoadministrar
 � Afeta certos testes 
de laboratório 
(creatinacinase)
 � Pode ser doloroso
 � Pode causar 
hemorragia 
intramuscular 
(evitar durante 
o tratamento 
anticoagulante)
Transdérmico 
(adesivo)
 � Lento e 
prolongado
 � Evita o efeito 
de primeira 
passagem
 � Conveniente e 
indolor
 � Ideal para 
fármacos 
lipofílicos e 
que requerem 
administração 
prolongada
 � Ideal para 
fármacos que 
são eliminados 
rapidamente 
do organismo
 � Alguns pacientes 
são alérgicos 
aos adesivos o 
que pode causar 
irritação
 � O fármaco deve ser 
muito lipofílico
 � Pode causar 
atraso no acesso 
ao local de ação 
farmacológica
 � Limitado a 
fármacos que 
podem ser 
tomados em doses 
pequenas diárias
(Continua)
Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais 
comuns.
(Continuação)
143Vias de administração de fármacos
Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais 
comuns.
(Continuação)
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Retal � Errática e 
variável
 � Evita 
parcialmente 
o efeito de 
primeira 
passagem
 � Evita a 
destruição 
pela acidez 
gástrica
 � Ideal se o 
fármaco causa 
emese
 � Ideal para 
pacientes com 
emese ou 
comatosos
 � O fármaco pode 
irritar a mucosa 
retal
 � Não é uma via 
“bem aceita”
Inalatória � Pode ocorrer 
absorção 
sistêmica 
o que nem 
sempre é 
desejado
 � A absorção é 
rápida; pode 
ter efeitos 
imediatos
 � Ideal para 
gases
 � É eficaz para 
pacientes com 
problemas 
respiratórios
 � A dose pode 
ser titulada
 � O alvo 
do efeito 
localizado nos 
pulmões: são 
usadas doses 
 � Principal via de 
viciados (o fármaco 
pode acessar 
rapidamente o 
cérebro)
 � Os pacientes 
podem ter 
dificuldade em 
regular a dose
 � Alguns pacientes 
têm dificuldades 
no uso dos 
inaladores
(Continua)
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais144
V
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en
s
menores 
comparadas 
àquelas que 
usam as 
vias oral ou 
parenteral
 � Menos efeitos 
adversos 
sistêmicos
Sublingual Depende do 
fármaco:
Poucos 
fármacos (p.ex., 
nitroglicerina) 
tem absorção 
sistêmica direta 
e rápida
A maioria 
dos fármacos 
tem absorção 
incompleta 
e errática
Evita o efeito 
de primeira 
passagem
Evita a destruição 
pela acidez 
gástrica
Mantém a 
estabilidade do 
fármaco porque 
a saliva tem pH 
relativamente 
neutro
Pode causar 
efeitos 
farmacológicos 
imediatos
Limitado a certos 
tipos de fármacos
Limitado a fármacos 
que podem ser 
tomados em 
pequenas doses
Pode perder parte do 
fármaco se deglutido
Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais 
comuns.
(Continuação)
Fonte: Adaptado de Clark et al. (2013, p. 5).
145Vias de administração de fármacos
http://p.ex/
1. Com relação à via de administração 
oral de medicamentos, marque 
a afirmativa correta. 
a) Os medicamentos administrados 
por via oral não podem 
ficar retidos na boca para 
absorção pela mucosa oral.
b) Os medicamentos administrados 
por via oral podem ser 
deglutidos e absorvidos pela 
mucosa do trato gastrintestinal.
c) A absorção de medicamentos 
administrados por via oral não 
sofre interferência da presença 
de alimentos no estômago.
d) A administração por via oral 
é útil no atendimento de 
pacientes inconscientes.
e) A presença de medicamentos 
no estômago não altera a 
absorção de medicamentos 
administrados por via oral.
2. Qual informação está correta, de 
acordo com a via de administração 
intravenosa? 
a) A via intravenosa é ágil e 
segura, pois os medicamentos 
são disponibilizados 
rápida e diretamente na 
corrente sanguínea.
b) Não é necessário o emprego 
de técnicas de assepsia.
c) A administração intravenosa 
proporciona menor 
disponibilidade do fármaco.
d) A via intravenosa não 
permite a administração 
de fármacos irritantes.
e) A injeção intravenosa 
permite a administração de 
grandes volumes por um 
longo período de tempo.
3. Sobre a via enteral, qual 
afirmação está correta? 
a) A via oral costuma ser 
usada para a administração 
de medicamentos a 
pacientes inconscientes.
b) É necessário o emprego de 
técnicas de assepsia para 
a administração bucal.
c) A via retal é inadequada 
para pacientes com 
náuseas e vômitos.
d) A via sublingual permite que o 
fármaco seja difundido na rede 
capilar e entre diretamente 
na circulação sistêmica.
e) A via vaginal é segura e 
adequada para a obtenção 
de efeito sistêmico.
4. Selecione a alternativa que 
apresenta afirmativas corretas 
em relação às vantagens do uso 
da via intramuscular. 
a) É utilizada para a administração 
de formas farmacêuticas 
tipo “depósito”, como a 
administração de hormônios. É 
adequada para a administração 
de substâncias oleosas.
b) Permite a administração de 
soluções aquosas em pH 
não fisiológico. É adequada 
para a administração de 
substâncias oleosas.
c) Adequada para a administração 
de substâncias oleosas, 
a injeção intramuscular 
permite a administração de 
Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais146
CLARK, M. A. et al. Farmacologia ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
Leituras recomendadas
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da tera-
pêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
HELDT, T.; LOSS, S. H. Interação fármaco-nutriente em unidade de terapia intensiva: 
revisão da literatura e recomendações atuais. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 
São Paulo, v. 25, n. 2, p. 162-167, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ rbti/
v25n2/v25n2a15.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2017.
MIASSO, A. I.; CASSINI, S. H. DE B. Erros na administração de medicamentos: divulgação 
de conhecimentos e identificação do paciente como aspectos relevantes. Revista da 
Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 34, n. 1, p. 16-25, mar. 2000. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/ pdf/reeusp/ v34n1/v34n1a03.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2017.
PANUS, P. C. et al. Farmacologia para fisioterapeutas. Porto Alegre: AMGH, 2011. 
TORRIANI, M. S. et al. Medicamentos de A a Z: 2016-2018: enfermagem. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2016.
TRISSEL, L. A. Guia de bolso para fármacos injetáveis. 14. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Referência
grandes volumes por um 
longo período de tempo.
d) Proporciona uma rápida 
absorção do fármaco e permite 
a administração de soluções 
aquosas em pH não fisiológico.
e) Permite a administração de 
soluções aquosas em pH 
não fisiológico. A injeção 
intramuscular promove a 
administração de grandes 
volumes por um longo 
período de tempo.
5. Com relação à via inalatória, 
selecione a alternativa que apresenta 
uma afirmativa incorreta. 
a) Permite a administração 
de medicamentos por via 
intranasal para efeito local.
b) Ideal para a administração de 
gases e fármacos voláteis.
c) Anestésicos inalatórios 
podem rapidamente acessaro sistema nervoso central.
d) Pacientes apresentam facilidade 
de regulação da dose através 
do uso de inaladores.
e) Pode ocorrer absorção sistêmica 
do fármaco e efeitos indesejados.
147Vias de administração de fármacos
http://www.scielo.br/pdf/
http://www.scielo.br/
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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