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FARMACOLOGIA APLICADA A NUTRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS Letícia Hoerbe Andrighetti Lucimar Filot da Silva Brum Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 A573f Andrighetti, Letícia Hoerbe. Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais / Letícia Hoerbe Andrighetti, Lucimar Filot da Silva Brum. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 347 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-058-0 1. Farmacologia. 2. Nutrição. 3. Exames laboratoriais – Interpretação. I. Brum, Lucimar Filot da Silva. II. Título. CDU 615:613.2 Vias de administração de fármacos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Diferenciar as formas farmacêuticas para a administração por diferentes vias de administração. � Identificar as vantagens e desvantagens das vias de administração de medicamentos. � Descrever os princípios gerais para a administração segura e prevenção de erros de medicamentos. Introdução Neste capítulo, você vai estudar a administração de medicamentos ao paciente. Essa é uma importante etapa da farmacoterapia racional, seja em centros de atenção à saúde, em instituições de longa permanência ou em ambiente domiciliar. As principais vias de administração de medicamentos são: oral, paren- teral e tópica. Os princípios gerais para a administração segura e correta exigem conhecimento sobre os medicamentos, sobre as diferentes formas de apresentação dos medicamentos a serem administrados, além das características do paciente e de possíveis interferências entre fármacos e nutrientes. Vias de administração de fármacos Em centros de atenção à saúde – como hospitais, ambulatórios e Unidades Básicas de Saúde –, em instituições de longa permanência ou em atendimento domiciliar, a administração de medicamentos constitui uma importante etapa da terapia medicamentosa. Você sabe quais são as principais vias de admi- nistração de medicamentos? São a oral, a parenteral e a tópica. A escolha das vias depende das características do medicamento e também do indivíduo. A administração segura e correta de medicamentos exige conhecimento sobre segu- rança e eficácia das substâncias, sobre as diferentes formas de apresentação (forma farmacêutica) dos medicamentos a serem administrados e sobre as características do paciente (condições fisiológicas e patológicas). Tais conhecimentos, se não forem aplicados, podem provocar erros na administração e a consequente ineficácia terapêutica dos medicamentos, além de possíveis eventos adversos. É fundamental, portanto, conhecer as diferentes vias de administração, as formas farmacêuticas e as circunstâncias nas quais podem ocorrer erros de adminis- tração, interações medicamentosas ou interações fármaco-nutrientes. Assim, será possível identificar e intervir para evitar ou minimizar erros e proteger o paciente. A absorção dos fármacos Um fármaco só atinge seu efeito farmacológico quando suas moléculas se movimentam do local onde foi administrado até o sítio de ação. Esse movi- mento é chamado de absorção e influencia o início e a intensidade do efeito farmacológico. É também um dos fatores determinantes na escolha da dose e da via de administração. As vias de administração são estruturas do corpo nas quais o fármaco sofre absorção. Exceto em casos de aplicação de fármacos para ação local, esse processo ocorre longe do órgão ou tecido que sedia o local de ação. Quando os fármacos penetram no corpo em locais distantes do tecido ou órgão-alvo, devem ser transportados pela circulação para o local de ação indicado. Para entrar na corrente sanguínea, é preciso que o fármaco seja absorvido do seu local de administração. Assim, a absorção descreve a entrada do fármaco no organismo. 135Vias de administração de fármacos Não são todas as vias de administração que resultam em quantidades similares de fármaco que alcançam a circulação sistêmica e o tecido-alvo. Para algumas substâncias e determinadas vias de administração, a quantidade absorvida pode ser apenas uma pequena fração da quantidade administrada. Assim, a taxa e a eficiência da absorção do fármaco diferem conforme a via de administração usada. As duas principais vias de administração são a enteral e a parenteral. As vias denominam-se enterais quando o fármaco entra em contato com qualquer segmento do trato digestivo (vias oral, bucal, sublingual e retal). Já as parenterais são todas as rotas de absorção que não estão associadas ao sistema gastrintestinal. Elas compreendem as vias que usam os sistemas vascular, musculoesquelético, pulmonar e cutâneo para os locais de administração. Dê continuidade à leitura para saber mais sobre as vias enterais e parenterais. Administração enteral As vias de administração enteral são as vias oral, sublingual ou bucal e retal. A administração oral é definida pela deglutição do fármaco e sua absorção a partir do lúmen do sistema gastrintestinal. As vias de liberação bucal (administração no espaço entre a gengiva e a bochecha) e sublingual (administração sob a língua) permitem que seja feita a absorção direta do fármaco na circulação sistêmica sem que haja o efeito de primeira passagem, processo que pode ser rápido ou lento, dependendo da formulação física do produto. Via oral A ingestão oral é o método mais utilizado para administrar os fármacos, além de ser a via mais segura, conveniente e econômica. A administração por via oral oferece muitas vantagens ao paciente, como a comodidade da autoad- ministração. Além disso, é uma via muito útil quando realiza-se tratamento crônico. A toxicidade ou as dosagens excessivas associadas à via oral podem ser neutralizadas com antídotos, como o carvão ativado. Contudo, a absorção por essa via pode ser mais lenta e menos completa do que por algumas vias parenterais. Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais136 Eryka Eryka Eryka Eryka As desvantagens da via oral são: � absorção reduzida de alguns fármacos, conforme suas características (p. ex.; a hidrossolubilidade), � vômitos causados pela irritação da mucosa gastrintestinal; � destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo pH gástrico baixo; � irregularidades na absorção ou propulsão na presença de alimentos ou outros fármacos; � necessidade de contar com a adesão e colaboração do paciente, como no caso de crianças. O baixo pH do estômago pode inativar determinados fármacos. Por isso, a indústria farmacêutica disponibiliza inúmeras formas farmacêuticas que protegem as substâncias da inativação gástrica, como as preparações revestidas (entéricas). O revestimento entérico busca promover a proteção do fármaco da inativação pelo suco gástrico e proteger a mucosa gástrica causada pelo efeito irritante do medica- mento. Um exemplo de proteção do fármaco da inativação gástrica é o omeprazol – devido à sua instabilidade em meio ácido, é disponibilizado na forma de cápsulas com revestimento entérico. As cápsulas são resistentes ao ácido gástrico, e o fármaco é liberado somente no intestino delgado (menos ácido), onde o revestimento se dissolve e permite a liberação da substância. Os fármacos cuja administração se dá por via oral podem ser metabolizados por enzimas da flora ou mucosa intestinal ou do fígado, antes que alcancem a circulação sistêmica, o que provoca a ineficácia terapêutica. Com relação à passagem pelo fígado, quando o fármaco é administrado por via oral e ab- sorvido no estômago e no intestino, ele passa, obrigatoriamente, pelo fígado e pelas enzimas microssomais hepáticas que podem transformar o fármaco em uma forma inativa antes de entrar na circulação sistêmica. Esse efeito do fígado sobre a administração oral de um fármaco é conhecido como efeito de primeira passagem. Nenhuma via parenteral sofre o efeito de primeira passagem. 137Vias de administração de fármacos Eryka Via sublingual A administraçãopor essa via tem importância clínica especial para alguns fármacos. Apesar de a superfície da mucosa oral disponível para a absorção ser pequena, a drenagem venosa da boca dirige-se à veia cava superior que protege o fármaco do metabolismo causado pela primeira passagem pelo fígado. Por exemplo, a nitroglicerina, utilizada em casos de angina pectoris, é altamente lipossolúvel e eficaz quando retida sob a língua, o que se dá por conta de sua rápida absorção. Via retal A via retal é muito usada quando há impedimento da ingestão oral. Essa condição ocorre quando o paciente está inconsciente ou apresenta vômitos, situação bastante comum no caso de crianças pequenas. As formulações para a via retal costumam ser prescritas na forma de supositórios, inseridos na porção inferior do reto. Cerca de 50% da quantidade de fármaco que é absorvida pelo reto passa pelo fígado, portanto, a amplitude do metabolismo hepático da primeira passagem é menor quando comparada à administração por via oral. Porém, a absorção retal é irregular e incompleta, e alguns fármacos podem provocar irritação da mucosa retal. Administração parenteral As principais vias de administração parenteral são a intravenosa, a subcutânea e a intramuscular. Na administração intravenosa, o processo de absorção do fármaco não acontece, pois já é introduzido diretamente na corrente circula- tória. A absorção a partir dos tecidos subcutâneos e intramusculares ocorre por difusão simples ao longo do gradiente de concentração existente entre o local onde o fármaco foi depositado e o plasma. Administração intravenosa Esse tipo de administração exige monitorização cuidadosa da resposta do paciente. A via intravenosa permite a disponibilidade instantânea e completa do fármaco na corrente circulatória, o que pode ser muito perigoso porque, se a administração for muito rápida, o fármaco alcança níveis sanguíneos Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais138 Eryka Eryka Eryka Eryka Eryka Eryka elevados. Além disso, depois da injeção da substância, é praticamente im- possível retirá-la. A via parenteral promove maior biodisponibilidade do fármaco e é usada para a admi- nistração de substâncias pouco absorvidas no trato gastrintestinal (como a heparina e a insulina). Essas vias de administração também são usadas no tratamento de pacientes inconscientes ou quando o início rápido de ação é necessário. Contudo, a administração parenteral pode causar dor, medo, lesões teciduais e infecções. Administração subcutânea A via subcutânea permite a injeção apenas de fármacos não irritantes e em pH fisiológico; caso contrário, pode causar dor intensa, necrose e descamação dos tecidos. Em geral, a taxa de absorção de um fármaco, após a injeção subcutânea, é constante e lenta, o suficiente para produzir efeito farmacológico prolongado. Há situações clínicas nas quais a associação de um agente vasoconstritor em uma solução do fármaco a ser injetado por via subcutânea auxilia no retardo da absorção e, como consequência, prolonga o tempo de permanecia do fármaco no local onde foi administrado, aumentando o tempo de ação farmacológica do fármaco. Por exemplo, a epinefrina aumenta o tempo de ação da lidocaína, um anestésico local. Alguns fármacos são implantados sob a pele na forma de pellets, sendo que sua absorção ocorre de maneira lenta ao longo de um período de semanas ou meses. Há, por exemplo, anticoncepcionais que podem ser administrados de forma eficaz por esse mecanismo de administração. Administração intramuscular A injeção intramuscular no sistema musculoesquelético é outra vida de admi- nistração parenteral. A absorção de fármacos em solução aquosa a partir do local da injeção intramuscular é mais rápida e com maior biodisponibilidade do que com a administração oral. A absorção pode ser aumentada realizando-se aquecimento do local, por meio de massagem ou exercício. A absorção será lenta e constante se o fármaco 139Vias de administração de fármacos Eryka Eryka Eryka Eryka Eryka for injetado em solução oleosa ou na forma de suspensão em outros veículos de depósito (depott). Antibióticos, como a benzilpenicilina, são administrados dessa forma. Há substâncias que não podem ser administradas por essa via por causa dos efeitos adversos no local da injeção. A heparina, por exemplo, pode provocar hematoma quando o fármaco é administrado na musculatura. Administração intra-articular A via de administração intra-articular é utilizada para obter alta concentra- ção do fármaco no espaço articular em quadros como artrite ou infecção da articulação. Administração intratecal A barreira hematencefálica retarda ou impede a entrada de fármacos no sistema nervoso central (SNC). Portanto, quando efeitos locais e rápidos são o objetivo, é necessário introduzir o fármaco diretamente no líquido cerebrospinal. Por exemplo, a anfotericina B intratecal é usada no tratamento da meningite. Vias de administração e absorção pulmonar Desde que não causem irritação, fármacos na forma gasosa e voláteis podem ser inalados e absorvidos pelo epitélio pulmonar e pelas mucosas do trato respiratório. A administração no sistema pulmonar consiste nas vias intra- nasal e de inalação. A administração pode ser indicada para efeitos locais ou sistêmicos. A administração intranasal de descongestionantes é usada para provocar efeito local em pacientes com resfriado ou rinoconjuntivite. Indica-se a inalação de fármacos broncodilatadores e anti-inflamatórios esteroides para efeitos locais nas vias respiratórias em pacientes com asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. A liberação sistêmica também pode ser obtida a partir destes locais de administração. Via tópica A pele também pode ser usada para administrar fármacos. Utiliza-se a apli- cação tópica quando se deseja um efeito localizado do fármaco. Por exemplo, os antifúngicos são aplicados diretamente na pele. Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais140 Eryka Eryka Eryka V ia d e ad m in is tr aç ão Pa d rã o d e ab so rç ão V an ta ge ns D es va nt ag en s Oral � Variável; afetado por vários fatores � Via de administração segura e mais comum, conveniente e econômica � Absorção limitada de alguns fármacos � Os alimentos podem interferir na absorção � É necessária aderência pelo paciente � Os fármacos podem ser biotransformados antes de serem absorvidos sistemicamente Intravenosa � A absorção não é necessária � Pode ter efeitos imediatos � Imprópria para substâncias oleosas ou pouco absorvidas Via transdérmica Se o tecido-alvo for mais profundo que a pele, ou se o fármaco for aplicado sob a pele para ter efeitos sistêmicos, a administração será transdérmica. A velocidade de absorção é variável, dependendo das características físicas da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Em geral, a via transdérmica é utilizada com adesivos cutâneos, para liberar fármacos anti-inflamatórios e analgésicos no local sob os tecidos subcutâneos. Também é uma via usada para aplicação de adesivos de nicotina em indivíduos que desejam parar de fumar. Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais comuns. (Continua) 141Vias de administração de fármacos Eryka Eryka Eryka Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais comuns. V ia d e ad m in is tr aç ão Pa d rã o d e ab so rç ão V an ta ge ns D es va nt ag en s � Ideal para dosagens de altos volumes � Adequada para substâncias irritantes e misturas complexas � Valiosa para situações de emergência � Permite a titulação da dosagem � Ideal para fármacos proteicos de alta massa molecular e peptídeos � A injeção em bolo pode resultar em efeitos adversos � A maioria das substâncias deve ser injetada lentamente� São necessárias técnicas de assepsia estritas Subcutânea � Depende do diluente do fármaco: � soluções aquosas: imediatas preparações de depósito: liberação lenta e prolongada � Adequada para fármacos de liberação lenta � Ideal para algumas suspensões pouco solúveis � Dor e necrose se o fármaco é irritante � Inadequada para fármacos administrados em volumes elevados (Continuação) (Continua) Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais142 V ia d e ad m in is tr aç ão Pa d rã o d e ab so rç ão V an ta ge ns D es va nt ag en s Intramuscular � Depende dos diluentes do fármaco: � soluções aquosas: imediatas preparações de depósito: liberação lenta e prolongada � Adequada se o volume é moderado � Adequada para veículos oleosos e certas substâncias irritantes � Preferível à via IV se o paciente deve se autoadministrar � Afeta certos testes de laboratório (creatinacinase) � Pode ser doloroso � Pode causar hemorragia intramuscular (evitar durante o tratamento anticoagulante) Transdérmico (adesivo) � Lento e prolongado � Evita o efeito de primeira passagem � Conveniente e indolor � Ideal para fármacos lipofílicos e que requerem administração prolongada � Ideal para fármacos que são eliminados rapidamente do organismo � Alguns pacientes são alérgicos aos adesivos o que pode causar irritação � O fármaco deve ser muito lipofílico � Pode causar atraso no acesso ao local de ação farmacológica � Limitado a fármacos que podem ser tomados em doses pequenas diárias (Continua) Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais comuns. (Continuação) 143Vias de administração de fármacos Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais comuns. (Continuação) V ia d e ad m in is tr aç ão Pa d rã o d e ab so rç ão V an ta ge ns D es va nt ag en s Retal � Errática e variável � Evita parcialmente o efeito de primeira passagem � Evita a destruição pela acidez gástrica � Ideal se o fármaco causa emese � Ideal para pacientes com emese ou comatosos � O fármaco pode irritar a mucosa retal � Não é uma via “bem aceita” Inalatória � Pode ocorrer absorção sistêmica o que nem sempre é desejado � A absorção é rápida; pode ter efeitos imediatos � Ideal para gases � É eficaz para pacientes com problemas respiratórios � A dose pode ser titulada � O alvo do efeito localizado nos pulmões: são usadas doses � Principal via de viciados (o fármaco pode acessar rapidamente o cérebro) � Os pacientes podem ter dificuldade em regular a dose � Alguns pacientes têm dificuldades no uso dos inaladores (Continua) Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais144 V ia d e ad m in is tr aç ão Pa d rã o d e ab so rç ão V an ta ge ns D es va nt ag en s menores comparadas àquelas que usam as vias oral ou parenteral � Menos efeitos adversos sistêmicos Sublingual Depende do fármaco: Poucos fármacos (p.ex., nitroglicerina) tem absorção sistêmica direta e rápida A maioria dos fármacos tem absorção incompleta e errática Evita o efeito de primeira passagem Evita a destruição pela acidez gástrica Mantém a estabilidade do fármaco porque a saliva tem pH relativamente neutro Pode causar efeitos farmacológicos imediatos Limitado a certos tipos de fármacos Limitado a fármacos que podem ser tomados em pequenas doses Pode perder parte do fármaco se deglutido Quadro 1. Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais comuns. (Continuação) Fonte: Adaptado de Clark et al. (2013, p. 5). 145Vias de administração de fármacos http://p.ex/ 1. Com relação à via de administração oral de medicamentos, marque a afirmativa correta. a) Os medicamentos administrados por via oral não podem ficar retidos na boca para absorção pela mucosa oral. b) Os medicamentos administrados por via oral podem ser deglutidos e absorvidos pela mucosa do trato gastrintestinal. c) A absorção de medicamentos administrados por via oral não sofre interferência da presença de alimentos no estômago. d) A administração por via oral é útil no atendimento de pacientes inconscientes. e) A presença de medicamentos no estômago não altera a absorção de medicamentos administrados por via oral. 2. Qual informação está correta, de acordo com a via de administração intravenosa? a) A via intravenosa é ágil e segura, pois os medicamentos são disponibilizados rápida e diretamente na corrente sanguínea. b) Não é necessário o emprego de técnicas de assepsia. c) A administração intravenosa proporciona menor disponibilidade do fármaco. d) A via intravenosa não permite a administração de fármacos irritantes. e) A injeção intravenosa permite a administração de grandes volumes por um longo período de tempo. 3. Sobre a via enteral, qual afirmação está correta? a) A via oral costuma ser usada para a administração de medicamentos a pacientes inconscientes. b) É necessário o emprego de técnicas de assepsia para a administração bucal. c) A via retal é inadequada para pacientes com náuseas e vômitos. d) A via sublingual permite que o fármaco seja difundido na rede capilar e entre diretamente na circulação sistêmica. e) A via vaginal é segura e adequada para a obtenção de efeito sistêmico. 4. Selecione a alternativa que apresenta afirmativas corretas em relação às vantagens do uso da via intramuscular. a) É utilizada para a administração de formas farmacêuticas tipo “depósito”, como a administração de hormônios. É adequada para a administração de substâncias oleosas. b) Permite a administração de soluções aquosas em pH não fisiológico. É adequada para a administração de substâncias oleosas. c) Adequada para a administração de substâncias oleosas, a injeção intramuscular permite a administração de Farmacologia aplicada a nutrição e interpretação de exames laboratoriais146 CLARK, M. A. et al. Farmacologia ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. Leituras recomendadas BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da tera- pêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. HELDT, T.; LOSS, S. H. Interação fármaco-nutriente em unidade de terapia intensiva: revisão da literatura e recomendações atuais. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 162-167, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ rbti/ v25n2/v25n2a15.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2017. MIASSO, A. I.; CASSINI, S. H. DE B. Erros na administração de medicamentos: divulgação de conhecimentos e identificação do paciente como aspectos relevantes. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 34, n. 1, p. 16-25, mar. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/ pdf/reeusp/ v34n1/v34n1a03.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2017. PANUS, P. C. et al. Farmacologia para fisioterapeutas. Porto Alegre: AMGH, 2011. TORRIANI, M. S. et al. Medicamentos de A a Z: 2016-2018: enfermagem. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. TRISSEL, L. A. Guia de bolso para fármacos injetáveis. 14. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. Referência grandes volumes por um longo período de tempo. d) Proporciona uma rápida absorção do fármaco e permite a administração de soluções aquosas em pH não fisiológico. e) Permite a administração de soluções aquosas em pH não fisiológico. A injeção intramuscular promove a administração de grandes volumes por um longo período de tempo. 5. Com relação à via inalatória, selecione a alternativa que apresenta uma afirmativa incorreta. a) Permite a administração de medicamentos por via intranasal para efeito local. b) Ideal para a administração de gases e fármacos voláteis. c) Anestésicos inalatórios podem rapidamente acessaro sistema nervoso central. d) Pacientes apresentam facilidade de regulação da dose através do uso de inaladores. e) Pode ocorrer absorção sistêmica do fármaco e efeitos indesejados. 147Vias de administração de fármacos http://www.scielo.br/pdf/ http://www.scielo.br/ Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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