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RELATORIOS DE AUDITORIA

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AUDITORIA 
PÚBLICA
Aline Alves
Revisão técnica:
Luciana Bernadete de Oliveira
Graduada em Ciências Políticas e Econômicas
Especialista em Administração Financeira
Mestre em Desenvolvimento Regional
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
E37 Auditoria pública / João Guterres de Mattos ... [et al.] ; [revisão
 técnica: Luciana Bernadete de Oliveira]. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017. 
 213 p. il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-186-0
 1. Auditoria pública. I. Mattos, João Guterres.
CDU 657.6:336.1
Relatórios e pareceres 
de auditoria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Analisar os tipos de pareceres e a sua utilização.
  Identi� car as espécies de relatórios e a sua função.
  Reconhecer os procedimentos utilizados para a elaboração dos pa-
receres e dos relatórios de auditorias.
Introdução
Você sabia que o parecer do auditor deve ser emitido em conformidade 
com a NBC TA 700 (Formação da Opinião e Emissão do Relatório 
do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis)? No 
conteúdo, devem constar o destinatário do parecer, o parágrafo intro-
dutório, a responsabilidade da administração perante as demonstrações 
contábeis, o compromisso e a opinião do auditor, a localização, a data da 
emissão do parecer e a assinatura do auditor. 
Neste texto, você vai estudar as espécies de pareceres e sua utiliza-
ção, conhecer os tipos de relatórios existentes e suas funcionalidades e 
estudar o processo usado na elaboração dos pareceres e dos relatórios 
de auditorias. 
Pareceres dos auditores
Normas dos pareceres
A fi nalidade da auditoria independente é expor uma opinião em relação à 
propriedade das demonstrações contábeis que estão sendo auditadas. Normal-
mente, o trabalho do auditor é confi rmar as posições patrimonial e fi nanceira 
apresentadas por intermédio das demonstrações contábeis auditadas. Ele 
também deve comprovar os resultados reconhecidos no período em exame e 
outros demonstrativos que complementam o conjunto de informações.
É por meio do parecer que o auditor destaca sua opinião, em concordância 
com as normas de auditoria e depois de todo o trabalho de campo. Nesse 
parecer são agrupados comprovantes e evidências referentes às demonstra-
ções contábeis. Além disso, é nele que o auditor estabelece seu entendimento 
referente à representatividade e ao conjunto das demonstrações. A realização 
do exame de campo, efetuado por meio de um programa de trabalho, o leva 
a adquirir informações e a ficar ciente de acontecimentos que definem sua 
posição e o impulsionam a análises, ponderando os reflexos resultantes dos 
dados adquiridos.
A emissão do parecer transmite a percepção do auditor a respeito das infor-
mações em exame, de modo padrão e resumido. Isso propicia aos usuários da 
informação uma ideia concreta dos trabalhos que foram realizados e concluídos.
A Resolução CFC nº 1.231/09 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILI-
DADE, 2009a) traz definições a respeito do parecer dos auditores independentes 
sobre as demonstrações contábeis. Essa mesma resolução aprovou a NBC TA 
700 – Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente 
sobre as Demonstrações Contábeis.
As auditorias realizadas sobre as demonstrações contábeis encerradas em 31 de 
dezembro de 2016 e posteriormente a esse período estão sujeitas ao novo modelo de 
NBC TA (Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria Independente). A informação 
é decorrente do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), que afirma a existência das 
NRAs (Normas do Novo Relatório do Auditor Independente) publicadas em 4 de julho 
de 2016 no Diário Oficial da União, por meio do CFC.
A NBC TA 700 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009a) 
aborda a responsabilidade do auditor independente em relação à opinião 
formada sobre as demonstrações contábeis. Também trata do modo e da 
substância do relatório redigido como resultado da auditoria efetuada nas 
demonstrações contábeis.
A NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009b) e a NBC TA 706 
– Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do 
Relatórios e pareceres de auditoria202
Auditor Independente (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 
2010a) abordam os efeitos ocasionados no modo e no conteúdo do relatório de 
auditoria independente. Isso envolve a apresentação, feita pelo auditor, da sua 
opinião modificada, ou a inclusão de um parágrafo de ênfase, ou a inserção 
de demais assuntos no relatório de auditoria.
A NBC TA 800 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010b) 
abrange as considerações principais referentes às demonstrações contábeis, 
desenvolvidas em conformidade com composições conceituais de contabilidade 
para fins específicos. Já a NBC TA 805 define as principais considerações para 
uma auditoria de quadros isolados das demonstrações contábeis e de itens, 
contas ou elementos exclusivos das demonstrações contábeis.
A NBC TA 700 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009a) 
favorece a credibilidade no relatório do auditor independente. Ou seja, quando 
a auditoria for dirigida em conformidade com as normas do setor, de modo 
consistente com as normas internacionais, se tem por consequência a credibili-
dade no mercado global. Isso faz com que as auditorias que foram conduzidas 
conforme as normas reconhecidas mundialmente sejam compreendidas pelos 
usuários e com que situações não usuais sejam reconhecidas quando ocorrem.
Tipos de pareceres
São quatro os tipos de pareceres que o auditor pode elaborar:
  Parecer sem ressalvas ou limpo;
  Parecer com ressalvas;
  Parecer adverso;
  Parecer com abstenção de opinião ou também negativa de parecer.
Parecer sem ressalvas: esse parecer é emitido pelo auditor no momento 
em que ele executou todos os procedimentos de auditoria na dimensão que 
considerou necessária e não encontrou qualquer evidência que ocasionasse 
efeitos na opinião emitida. O parecer sem ressalva se refere a um exame em 
que não foram evidenciadas divergências.
Parecer com ressalvas: na emissão de um parecer com ressalvas, o pará-
grafo modelo referente à opinião precisa ser modificado. Isso é feito de modo 
a favorecer o entendimento quanto à natureza da ressalva e seu reflexo sobre a 
posição patrimonial e financeira. Também é preciso considerar o resultado das 
operações, as alterações do patrimônio líquido, os fluxos de caixa e os valores 
adicionais, quando forem aplicáveis, se o tal reflexo conseguir ser definido. A 
203Relatórios e pareceres de auditoria
ressalva ainda pode ser considerada tão significativa a ponto de impossibilitar 
o auditor de apresentar uma opinião referente às demonstrações contábeis. 
Geralmente, se usam termos como “exceto” e “exceção” nos pareceres com ressalva.
Parecer com opinião adversa: esse parecer é redigido pelo auditor quando 
ele adquiriu dados satisfatórios para opinar que as demonstrações financeiras 
não apresentam corretamente a situação patrimonial e financeira, o resultado 
das operações, as variações do patrimônio líquido e também as origens e a 
aplicação dos recursos, conforme as técnicas contábeis adotadas. Isso ocorre 
quando o auditor conclui que a operação é tão relevante que não se enquadra 
na emissão de um parecer com ressalvas.
Parecer com abstenção de opinião: o parecer com abstenção de opinião 
é redigido quando o auditor não conseguiu executar todos os procedimentos 
de auditoria que considerou necessários e, por esse motivo, não houve a pos-
sibilidade de formar opinião referente a algum elemento das demonstrações 
contábeis. Dessa forma, não é emitida qualquer opinião.
Distribuição do parecer dos auditores
Você deve saber que, conforme a Resolução CFC nº 1.231/09 (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009a), o parecer do auditor possui 
quatro parágrafos:
Primeiro parágrafo: aponta as demonstrações contábeis, determina ereferencia a finalidade do trabalho e a maneira como ele foi desenvolvido.
Esse parágrafo é nomeado de introdutório. Nele, o auditor aponta a finali-
dade do trabalho – ou seja, as demonstrações contábeis que estão em exame e 
que são comparadas com dados dos últimos dois anos –, bem como a empresa 
a que o auditor está se referindo. O auditor adquire o compromisso de dar 
sua opinião referente à representatividade e à apropriação das demonstrações 
cedidas para exame. Se não concordar com as mesmas, precisa deixar esse 
fato claro no seu parecer.
Segundo parágrafo: define a responsabilidade adquirida pela adminis-
tração da entidade, a metodologia e o modo como elas foram desenvolvidas.
Relatórios e pareceres de auditoria204
As demonstrações contábeis representam um produto que depende de 
normas, avaliação, uniformização e acumulação que precisam ser autorizadas 
pela administração da empresa. O modo pelo qual as transações repetiti-
vas são acumuladas depende de normas e métodos bem determinados que 
pertencem ao controle interno e também fazem parte dos compromissos da 
administração.
Terceiro parágrafo: estabelece a responsabilidade, a abordagem do tra-
balho de auditoria e a maneira como o trabalho foi conduzido e apresentado.
Esse é denominado de parágrafo de extensão do trabalho do auditor e 
referenciado especialmente pelo cumprimento às normas de auditoria, codi-
ficadas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCT 11) (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1997) e por meio de Resoluções do CFC. 
Esse parágrafo remete por meio de informações sintéticas aos trabalhos de 
auditoria efetuados e que estão apresentados detalhadamente nos papeis de 
trabalho do auditor. O seu conteúdo faz referência aos exames de amostras 
efetuados que, de acordo com o auditor, foram satisfatórios para confirmar 
a totalidade dos dados apresentados nas demonstrações contábeis, por meio 
dos critérios e medidas adequadas.
Quarto parágrafo: estabelece a opinião do auditor referente ao trabalho 
desenvolvido.
Esse é definido como parágrafo da opinião do auditor sobre as demonstra-
ções contábeis que foram examinadas e discriminadas no primeiro parágrafo 
do parecer.
A consideração do auditor é transmitida por meio da expressão “em nossa opinião”. Ela 
corresponde ao resumo de um grande trabalho efetuado em busca da confirmação 
dos dados evidenciados nas demonstrações contábeis.
Impedimento da emissão do parecer
A Norma NBC TA 705- Modifi cações na Opinião do Auditor Independente, 
aprovada pela Resolução CFC 1.232/09 (CONSELHO FEDERAL DE CON-
TABILIDADE, 2009b) e revogada a partir de 01/01/2017 conforme publicação 
no DOU de 04/07/2016, seção 1.
205Relatórios e pareceres de auditoria
A mesma Norma (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009b) 
trata do compromisso que o auditor possui na emissão de um relatório adequado 
nas situações em que, ao formar uma opinião referente às demonstrações 
contábeis conforme a NBC TA 700, conclui que é preciso uma alteração em 
sua opinião referente às demonstrações contábeis.
Conforme a NBC TA 705 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILI-
DADE, 2009b), o auditor deve abdicar de apresentar uma opinião quando 
não for possível adquirir evidência de auditoria adequada. Observe os tipos 
de opinião modificada a seguir.
Tipos de opinião modificada
Você deve saber que a escolha do tipo de opinião modifi cada adequada vai 
depender do seguinte: 
a) Essência do assunto que resultou na modificação, isto é, se as demonstra-
ções contábeis exibem distorção importante ou ainda se há situações de 
impedimento de obter comprovação de auditoria adequada e satisfatória. 
Essas situações podem resultar na indicação de distorção significativa;
b) Opinião do auditor referente à divulgação dos reflexos ou prováveis 
influências do assunto referente às demonstrações contábeis.
Analise a seguir algumas expressões usadas e seu significado, conforme 
a NBC TA 705 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009b):
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os signi-
ficados a eles atribuídos:
Generalizado é o termo usado, no contexto de distorções, para 
descrever os efeitos disseminados de distorções sobre as demonstrações 
contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre as demonstrações 
contábeis que não são detectados, se houver, devido à impossibili-
dade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Efeitos 
generalizados sobre as demonstrações contábeis são aqueles que, no 
julgamento do auditor:
(i) não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das 
demonstrações contábeis;
(ii) se estiverem restritos, representam ou poderiam representar uma 
parcela substancial das demonstrações contábeis; ou
Relatórios e pareceres de auditoria206
(iii) em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento 
das demonstrações contábeis pelos usuários.
Opinião modificada compreende opinião com ressalva, adversa ou 
abstenção de opinião.
As situações em que é preciso modificar a opinião do auditor independente ocor-
rem quando ele concluir, fundamentado na evidência de auditoria adquirida, que as 
demonstrações contábeis exibem distorções consideráveis. Outro caso que leva à 
necessidade de modificar a opinião é quando o auditor não obtém provas necessárias 
de auditoria apropriada e satisfatória para afirmar que as demonstrações contábeis 
não exibem distorções consideráveis.
Procedimentos de auditoria
Os procedimentos de auditoria correspondem aos trabalhos aplicados pelo 
auditor na busca por evidências de auditoria que corroborarão a opinião emitida 
na conclusão dos trabalhos.
A escolha dos métodos ocorrerá durante a elaboração do planejamento de 
auditoria e será desenvolvida à medida que o trabalho for aplicado.
Os procedimentos executados dependem de muitos fatores que precisam 
ser verificados pelo auditor durante a etapa de planejamento do trabalho de 
auditoria.
O auditor deve considerar, para a seleção dos procedimentos, o seguinte:
  Considerações integrais sobre a empresa que está sendo auditada.
  Definição dos riscos de auditoria.
  Atualização dos dados base.
  Definição dos componentes relevantes.
  Reconhecimento das finalidades e riscos referentes a cada elemento 
relevante.
  Planejamento de abordagem integral de auditoria.
Quanto à seleção dos procedimentos de auditoria, você pode considerar 
que, de acordo com cada área das demonstrações contábeis, se deve identificar:
207Relatórios e pareceres de auditoria
Relações patrimoniais: correspondem às transações que envolvem a conta 
perante a auditoria e possuem em contrapartida as contas patrimoniais, como 
ativos, passivos e patrimônio líquido.
Relações de resultado: representam transações que envolvem a conta 
perante a auditoria e possuem como contrapartida contas de resultado, como 
receitas e despesas.
O apontamento dessas relações é essencial, já que ao examinar uma conta ou área 
exclusiva o auditor precisa relacionar seu trabalho com a auditoria aplicada à deter-
minada área em confronto com a operação. 
Relatórios autônomos sobre as demonstrações 
contábeis
Você já sabe que as demonstrações contábeis são responsabilidade da ad-
ministração da entidade. Esta deve proteger as informações apropriadas e 
oportunas que as demonstrações transmitem.
As demonstrações apresentadas, responsabilidade da administração, de-
vem obedecer às práticas contábeis adotadas no Brasil e ao controle interno 
determinado por elas. Isso é necessário para o desenvolvimento de demonstra-
ções sem distorções significativas, independentemente de serem ocasionadas 
mediante fraude ou erro.
Observe o que o relatório do auditor deve conter, conforme a NBC TA 700 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009a):
O relatório do auditor independente deve descrever a auditoria espe-
cificando que:
(a) a auditoria envolve a execução de procedimentos para obtenção 
de evidência de auditoria a respeito dos valores e divulgações nas de-
monstrações contábeis; 
(b) os procedimentosselecionados dependem do julgamento do 
auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas de-
monstrações contábeis, independentemente se causadas por fraude ou 
erro. Nessas avaliações de risco, o auditor considera os controles internos 
Relatórios e pareceres de auditoria208
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade 
para planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas cir-
cunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia 
dos controles internos da entidade. Nas circunstâncias em que o auditor 
também tem a responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia 
dos controles internos juntamente com a auditoria das demonstrações 
contábeis, o auditor deve omitir a frase de que a consideração do auditor 
sobre o controle interno não tem a finalidade de expressar uma opinião 
sobre a eficácia dos controles internos; e
(c) a auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas 
contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela 
administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações 
contábeis, tomadas em conjunto.
Os relatórios e as considerações
O auditor pode ser solicitado a abordar no seu relatório de auditoria outros 
compromissos relativos às demonstrações contábeis que sejam complemen-
tares à sua responsabilidade. Nesse caso, esses compromissos precisam ser 
considerados separadamente no relatório, com o subtítulo “Relatório do auditor 
independente sobre outros requisitos legais e regulatórios”, ou ainda adequados 
ao conteúdo da seção.
Considerando algumas competências no exterior, o auditor pode ter a res-
ponsabilidade complementar de emitir relatório de auditoria sobre assuntos que 
são adicionais à sua responsabilidade, de acordo com as normas de auditoria. 
Na ocorrência de ser solicitado a detalhar assuntos que atraíram sua atenção 
durante a auditoria das demonstrações contábeis, o auditor poderá redigir 
um relatório de auditoria sobre procedimentos complementares exclusivos 
ou demonstrar uma opinião sobre assuntos específicos.
As normas relativas à auditoria na jurisdição exclusiva normalmente concedem ex-
plicações sobre a responsabilidade do auditor referente à emissão do relatório de 
auditoria com adicionais caracterizados na referida jurisdição. Essas responsabilidades 
adicionais não existem no Brasil.
209Relatórios e pareceres de auditoria
1. Avalie as alternativas que se referem 
às normas do parecer dos auditores 
e indique a resposta correta: 
a) A emissão do parecer expressa 
a opinião do auditor sobre 
as informações em exame.
b) O objetivo da auditoria é 
expor uma opinião sobre as 
demonstrações contábeis 
auditadas no exercício anterior.
c) A Resolução CFC nº 1.249/01 
definiu o Parecer dos Auditores 
Independentes a respeito das 
demonstrações contábeis.
d) A NBC TA 710 trata das 
Modificações na Opinião do 
Auditor Independente.
e) A NBC TA 700 faz referência à 
inexistência de compromisso do 
auditor independente em relação 
à opinião formada a partir das 
demonstrações contábeis.
2. Sobre os pareceres do auditor, 
analise e aponte a opção 
correta: 
a) No parecer sem ressalva, 
são muito usados termos 
como “exceto” e “exceção”.
b) O parecer com ressalva é emitido 
quando o auditor não conseguiu 
aplicar todos os métodos de 
auditoria que são importantes 
e, por esse motivo, não houve a 
possibilidade de formar opinião.
c) O parecer com opinião adversa 
é emitido pelo auditor quando 
ele obteve dados suficientes 
para formar opinião de que as 
demonstrações financeiras não 
evidenciam corretamente a 
situação patrimonial e financeira.
d) Na emissão de um parecer 
sem ressalvas, o parágrafo 
padrão sobre a opinião deve ser 
alterado de modo a permitir o 
entendimento quanto à natureza 
da ressalva e seu efeito sobre a 
posição patrimonial e financeira.
e) O parecer que também é 
denominado de “limpo” 
é o parecer adverso.
3. Leia as opções referentes aos 
procedimentos de auditoria 
e indique a correta:
a) A adoção dos métodos 
ocorrerá durante a elaboração 
do parecer de auditoria.
b) A definição dos riscos de 
auditoria deve ser considerada 
na seleção dos procedimentos.
c) Uma consideração relevante 
na seleção dos procedimentos 
de auditoria é o planejamento 
de abordagem parcial.
d) Os procedimentos aplicados 
dependem de poucos fatores, que 
devem ser analisados pelo auditor 
durante a etapa de planejamento 
do trabalho de auditoria.
e) As relações patrimoniais 
representam operações que 
envolvem a conta sob a auditoria 
e têm, em contrapartida, 
as contas de resultado.
4. Avalie as afirmativas e 
indique a correta:
a) A apresentação das 
demonstrações contábeis 
são de responsabilidade 
exclusiva dos auditores.
b) O relatório de auditoria envolve 
a aplicação de procedimentos 
Relatórios e pareceres de auditoria210
para a eliminação de provas 
de auditoria sobre os 
valores e divulgações nas 
demonstrações contábeis.
c) O relatório apresenta que a 
auditoria inclui a avaliação 
da adequação das práticas 
contábeis usadas e a 
razoabilidade das 
estimativas contábeis 
efetuadas pela 
administração.
d) Nas avaliações de risco, o 
auditor considera os controles 
internos relevantes para a 
elaboração do parecer.
e) Quando o auditor tem a 
responsabilidade de expressar 
uma opinião referente à 
eficácia dos controles internos 
junto com a auditoria das 
demonstrações contábeis, 
ele deve destacar a frase “o 
controle interno não tem 
por objetivo expressar uma 
opinião sobre sua eficácia”.
5. Sobre a divisão do parecer dos 
auditores, analise as alternativas 
e indique a correta:
a) É no terceiro parágrafo que o 
auditor obtém a responsabilidade 
de dar sua opinião sobre 
a representatividade e a 
apropriação das demonstrações 
cedidas para exame.
b) O segundo parágrafo é nomeado 
de introdutório, no qual o auditor 
aponta a finalidade do trabalho.
c) A Resolução CFC nº 1.231/09 
define que o parecer do auditor 
possui seis parágrafos.
d) O segundo parágrafo é 
definido como parágrafo da 
opinião do auditor sobre as 
demonstrações contábeis que 
foram examinadas e descritas no 
primeiro parágrafo do parecer.
e) O terceiro parágrafo define a 
responsabilidade, a abordagem 
do trabalho e o método de 
condução do trabalho de 
auditoria apresentado.
211Relatórios e pareceres de auditoria
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 706. Brasília, DF, 2010a. Disponível 
em: <http://www.crcpr.org.br/new/content/download/camaraTecnica/NBCTA706.
pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 800. Brasília, DF, 2010b. Disponível 
em: <http://www.crcpr.org.br/new/content/download/camaraTecnica/NBCTA800.
pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 820/97. Brasília, DF, 1997. 
Disponível em: <http://www.contas.cnt.br/doc/NBCT11.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.231/09. Brasília, DF, 
2009a. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1231.pdf>. 
Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.232/09. Brasília, DF, 
2009b. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1232.pdf>. 
Acesso em: 13 fev. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CTA 02. Brasília, DF, 2015. Disponível em: 
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/CTA02>. Acesso 
em: 13 fev. 2017.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
DANTAS, I. Contabilidade: introdução e intermediária. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2016.
IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed.São Paulo: Atlas, 2010.
RIO GRANDE DO SUL. Conselho Regional de Contabilidade. Normas brasileiras de 
contabilidade. Porto Alegre, 2016. Disponível em: <http://www.crcrs.org.br/arquivos/
livros/livro_normas_auditorias_pericia.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
STUART, I. C. Serviços de auditoria e asseguração na prática. Porto Alegre: AMGH, 2014.
Relatórios e pareceres de auditoria212
http://www.crcpr.org.br/new/content/download/camaraTecnica/NBCTA706.
http://www.crcpr.org.br/new/content/download/camaraTecnica/NBCTA800.
http://www.contas.cnt.br/doc/NBCT11.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1231.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1232.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015
http://www.crcrs.org.br/arquivos/
213Gabaritos
Para ver as respostas de todos os exercícios deste 
livro, acesse o link abaixo ou utilize o código QR 
ao lado.
https://goo.gl/A2z1fP
Gabaritos
https://goo.gl/A2z1fP
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
15
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