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Transtorno Dismórfico Corporal

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Projeto de pesquisa individual- Consequências e impactos do Transtorno Dismórfico Corporal (TDC). 
"Quando criariam um padrão de belo, impuseram um valor à essa beleza, e a estética virou moeda de mercado” Cleber P. Silva.
 Camilli Mathias[footnoteRef:1] [1: Camilli Mathias cursa o terceiro ano do ensino médio no Colégio Santa Lúcia Filippini e almeja à carreira de psicóloga. Endereço digital: camilli.mathias07@gmail.com ] 
 
RESUMO 
O presente artigo de pesquisa individual visa discorrer sobre as consequências e os impactos do déficit do Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), ademais pretende-se no decorrer do artigo discutir causas, sintomas, formas de tratamento e também buscar conscientizar os indivíduos sobre a importância da auto aceitação, juntamente com a tentativa de combater a indústria doentia da beleza, outro aspecto importante dessa pesquisa individual, é ressaltar que o TDC afeta indivíduos de ambos os gêneros, e de uma ampla faixa etária. Por meio do método dedutivo e a metodologia baseada na leitura de artigos relacionados ao tem, juntamente com a análise de uma pesquisa realizada virtualmente, aliada com a empírica, serão destacadas os impactos do TDC nos diferentes âmbitos sociais, partindo desde a vida pessoal dos indivíduos, para a vida de trabalho, e social, enfatizando assim, as grandes barreiras geradas por este transtorno. Além disso serão apresentados dados que evidenciam a importância de uma maior discussão sobre este transtorno, haja vista que grande parte das pessoas possuem dúvidas sobre o TDC, efetivando uma metodologia capaz de amenizar os problemas causados por este distúrbio, além de procurar métodos para que os indivíduos passem a se aceitar e reconhecer os prejuízos causados pelo transtorno em vários âmbitos da vida das pessoas.
 
PALAVRAS CHAVES: TDC, conscientização, auto aceitação, impactos, tratamento.
 
 
ABSTRACT 
The present article of individual research aims to discuss the consequences and impacts of the deficit of Body Dysmorphic Disorder (BDD), in addition, in the course of the article, it is intended to discuss causes, symptoms, forms of treatment and also seek to raise awareness about the importance of self-acceptance, together with the attempt to combat the diseased beauty industry, another important aspect of this individual research, is to emphasize that TDC affects individuals of both genders, and of a wide age group. Through the deductive method and the methodology based on the reading of articles related to tem, together with the analysis of a research carried out virtually, together with the empirical one, the impacts of TDC in the different social spheres will be highlighted, starting from the personal lives of individuals , for work, and social life, thus emphasizing the great barriers generated by this disorder. In addition, data will be presented that show the importance of a greater discussion about this disorder, given that most people have doubts about BDD, implementing a methodology capable of alleviating the problems caused by this disorder, in addition to looking for methods for individuals come to accept and recognize the damage caused by the disorder in various areas of people’s lives.
KEY WORDS: TDC, awareness, self acceptance, impacts, treatment.
 
RESUMEN 
Este artículo de investigación individual tiene como objetivo discutir las consecuencias e impactos del déficit del Trastorno Dismórfico Corporal (TDC), además, em el transcurso del artículo, se pretende discutir causas, síntomas, formas de tratamiento y también buscar concientizar sobre la importancia de autoaceptación, junto com el intento de combatir las enfermedades em la industria de la belleza, outro aspecto importante de esta investigación individual es enfatizar que el TDC afecta a individuos de ambos sexos y a um amplio grupo de edad. A través del método deductivo y la metodología basada em la lectura de artículos relacionados com la temática, junto com el análisis de uma investigación realizada virtualmente, junto com la empírica, se resaltarán los impactos de la TDC em los diferentes ámbitos sociales, desde la vida personal. De las personas, para la vida laboral y social, destacando las grandes barreras que genera este trastorno. Además, se presentarán datos que demuestran la importancia de uma mayor discusión sobre este trastorno, ya que la mayoría de las personas tienen dudas sobre el TDC, implementando uma metodología capaz de paliar los problemas que ocasiona este trastorno, además de buscar métodos para individuos por venir. Aceptar y reconocer el daño causado por el trastorno em diferentes ámbitos de la vida de las personas.
 
PALAVRAS CLAVE: TDC, conciencia, autoaceptación, impactos, trato.
 
 	 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Os primeiros estudos relacionados ao TDC iniciaram-se no século XIX com o médico Enrico Morselli (1852-1929) recebendo sua primeira denominação como “dismorfofobia”.
 A partir do século XX, foram feitas diversas alterações nos critérios e nas categorias relacionadas ao transtorno, as alterações mais recentes foram feitas no ano de 2013, adicionando vários critérios relacionados ao transtorno.
É importante ressaltar que estes sintomas e características apresentam-se em diferentes métodos, variando de pessoa para pessoa, outro fator que deve ser levado em consideração, é que grande parte dos indivíduos que sofrem desse transtorno passam por um grande processo de negação, demorando a buscar um tratamento.
Por conseguinte, o compartilhamento e divulgação de informações sobre o TDC em geral é fundamental, visto que há uma grande quantidade de pessoas de diversas faixas etárias, e de ambos os gêneros não possuem grandes informações sobre o transtorno, contribuindo com a dificuldade de identificação e tratamento dele.
O objetivo da pesquisa em questão é produzir uma maior conscientização do público a respeito do combate à essas pressões estéticas de valor comercial, visando uma busca por aprovação incansável, e por um padrão que na realidade é inexistente, além de ressaltar a importância da auto aceitação. Utilizou-se na elaboração deste artigo o método dedutivo com o intuito de reunir informações sobre o TDC, baseando-se em uma metodologia que consistiu-se na leitura e análise de artigos e pesquisas sobre o tema em questão. 
Devido ao fato deste distúrbio estar relacionado a inúmeros fatores biológicos e externos, os sintomas foram explicados detalhadamente a fim de contribuir para que os indivíduos que sofrem desse transtorno possam reconhecer a patologia e busquem um tratamento o mais rápido possível para que a vida social e profissional do paciente não seja afetada pelo transtorno, e em casos graves, que ela seja restabelecida.
 
2. COMO DIAGNOSTICAR O TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL
 
Os primeiros sinais de TDC não costumam ser detectados por psicólogos ou psiquiatras. São os dermatologistas e cirurgiões plásticos que, na maioria dos casos, atendem pacientes em busca de procedimentos estéticos ou intervenções cirúrgicas para corrigir as “imperfeições” que eles imaginam possuir.
Para muito além dos consultórios médicos, amigos, familiares e até colegas de trabalho devem estar atentos a alguns indícios. O principal deles é o comportamento obsessivo e compulsivo, semelhante ao de quem sofre de TOC propriamente dito. No dia a dia, na hora de sair de casa, o sujeito com o distúrbio checa, repetidas vezes, seu suposto defeito. Consumido por uma feiura imaginária, tenta disfarçá-la com roupas largas, ou compridas, óculos escuros ou maquiagem excessiva.
Essa necessidade de realizar um procedimento para alterar sua aparência pode se tornar uma obsessão. A tendência é que a pessoa fique cada vez mais preocupada e insatisfeita com suas “imperfeições”, queira realizar uma cirurgia após a outra e, devido à tristeza, acabe prejudicando o seu desempenho no trabalho ou estudos.
Junto a isso, costumam apresentar alguns comportamentos compulsivos,como: verificar sua aparência no espelho e examinar seus “defeitos; Apalpar e cuidar da pele de modo excessivo; Lavar e escovar os cabelos várias vezes ao dia; Comparar sua aparência com a de outras pessoas.
Em muitos casos, o paciente deixa de sair de casa e relacionar-se com outras pessoas. Já em situações mais extremas, pode chegar a tirar a própria vida. Para evitar danos maiores, é importante que amigos e familiares contribuam na busca pela ajuda médica assim que esses sintomas se tornem frequentes.
 
3. SINTOMAS 
 
O comportamento dos indivíduos com TDC, variam de acordo com a intensidade do transtorno, mas no modo geral, os pacientes mostram inquietações extremas com uma ou mais “falhas”. Elas podem ser reais (e imperceptíveis aos olhos dos outros) ou imaginárias.
Frequentemente, a pessoa costuma pedir a opinião dos outros ou tentar convencê-los de que o tal defeito existe. Quando se compara a terceiros, é normal se subestimar, o feio imaginário se olha no espelho várias vezes ao dia ou, em um único momento, por muitas horas. Na falta do espelho, vale tudo: celular, vitrine e até poça d’água.
Conviver com o TDC, é uma tarefa extremamente dolorosa, já que em muitos casos, a pessoa acaba sofrendo para esconder ou disfarçar seus defeitos, que muitas vezes, aos olhos dos outros, são vistos como uma falha “normal”, ou algo imperceptível, ou seja, só é notado pelo próprio indivíduo, é comum, o paciente que sofre de TDC, usar blusas longas e compridas para esconder o que ela considera feio mesmo em dias quentes, o uso de óculos de sol até mesmo em ambientes fechados, além de utilizar uma grande quantidade de maquiagem, também para esconder supostas ou mínimas imperfeições.
Cerca de 2,5% das brasileiras acham que têm defeitos. Nas mulheres, a dismorfia corporal aparece mais entre 18 e 30 anos e a prevalência se mantém em alta até os 60. Já 2,2% dos homens brasileiros sofrem com o distúrbio. No sexo masculino, a situação é mais comum entre 18 e 21 anos, mas há uma queda progressiva à medida que se envelhece, entretanto, é importante deixar claro, que os sintomas podem variar independente do gênero ou da faixa etária do indivíduo.
 
3.1 TDC e mulheres 
 
A maior parte dos casos de TDC ocorrem principalmente no sexo feminino, estudos apontam que em média 2,5% das mulheres sofrem com a doença, já os homens, esta porcentagem diminui um pouco, cerca de 2,2% dos indivíduos do sexo masculino sofrem com o transtorno.
As mulheres vêm manifestando mais interesse pelo embelezamento, o problema maior é excesso de peso, diante da comparação com inúmeras modelos em todos os veículos de comunicação. Isso gera busca acentuada por academias de ginástica, alimentos, fórmulas milagrosas de emagrecimento e reeducação alimentar, almejando a famosa a “barriga de tanquinho”. Aliás, o volume do abdômen e a gordura nas costas são pesadelos, pois as mulheres querem se sentir seguras para usar determinadas roupas ou trajes de praia. O cuidado é tão exagerado, que algumas chegam à bulimia ou à anorexia.
Existe ainda uma preocupação com as mamas e glúteos, pois eles são estratégicos para a sedução amorosa. Querem que eles tenham o tamanho certo no lugar exato, mesmo que para isso seja necessário enxertar silicone ou fazer uma redução, procedimentos que demandam repouso prolongado e muita habilidade do cirurgião para conferir simetria das duas porções.
 Tudo isso necessita de uma atenção diária e muitas despesas, mas elas se sacrificam porque sabem que, além da cruel avaliação das amigas, podem perder o companheiro e seu trabalho, quando sua aparência torna-se fator de depreciação de sua pessoa, o problema é que essa comparação excessiva gera grandes prejuízos, infelizmente pessoa pode chegar à depressão profunda, especialmente se não consegue superar dificuldades materiais, emocionais e sociais, presentes no cotidiano de qualquer um.
3.2 TDC e homens
 
 O TDC atinge 2,2% do sexo masculino, um número relativamente menor ao ser comparado com os das mulheres, porém, obviamente, deve ser levado em consideração, já que os riscos desse transtorno são equivalentes em ambos os sexos.
É importante salientar que o padrão estético também afetam os homens, nas fontes midiáticas, frequentemente, homens altos, magros, porém musculosos ganham grande parte dos holofotes, o problema, é que estes fatores variam de acordo com as características biológicas de cada indivíduo.
Com isso, as buscas por planos nas academias vêm ganhando espaço atualmente, dessa forma, muitos rapazes chegam a ficar horas levantando pesos e fazendo exercícios, muitas vezes, de forma exagerada, e sem acompanhamento médico, em alguns casos, eles não estão satisfeitos, e acabam desejando obter outra forma corporal.
Como consequência dessa insatisfação, muitos homens acabam recorrendo a medicamentos, via oral, ou através de injeções, entretanto, esses medicamentos, as famosas “bombas”, oferecem grandes riscos a saúde, colocando a vida do indivíduo em risco, já que em alguns casos, não tão raros, esses medicamentos não podem ser usado em seres humanos, no caso, alguns desses medicamentos, são para fazer aplicações em cavalos, por exemplo.
Existem inúmeras maneiras de fazer exercícios de maneira saudável, e a melhor delas é procurando um especialista, para ter um conhecimento sobre o que é apropriado ou não, outro fator importantíssimo que deve ser levado em consideração, é que cada ser humano possui um biotipo. Trabalhar a auto aceitação, e uma boa alimentação, é extremamente necessário, além de entender, que na internet, as fotos passam por um grande processo de edição, muitas vezes fugindo da imagem real.
 
3.3 Relação TDC com os filtros de aplicativos
 
Atualmente, os números mostram que a busca por cirurgia plástica crescem ano após ano no Brasil, entretanto, há alguns anos as mulheres, e os homens, chegavam aos consultórios com fotos de modelos ou revistas de celebridades, o objetivo era mostrar aos cirurgiões como gostariam de ficar. Hoje, eles chegam aos consultórios, e mostram através desses filtros, como desejam ficar, muitas vezes, os filtros de aplicativos alteram o formato do rosto, nariz, boca e olhos, sendo assim, é evidente, que além das celebridades vistas nos aplicativos de redes sociais, nas TVs, e nas revistas, hoje, os filtros de Snapchat e Instagram também ditam um padrão, que é frequentemente buscado por inúmeros indivíduos.
O alerta é de cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, que publicaram recentemente um estudo que causou barulho. Segundo a análise, a nova geração quer fazer plástica para ficar parecida com a versão retocada de si mesma na tela do celular, contribuindo para a imagem “verdadeira” de si mesmo passe a ser desprezada pela pessoa, prejudicando o processo de auto aceitação, e contribuindo para o surgimento do Transtorno Dismórfico Corporal.
Para os pesquisadores, as pessoas que sofrem com o TDC atualmente recorrem cada vez mais às mídias sociais em busca da validação de sua imagem, por meio delas, elas buscam comparar cada parte do seu corpo com as de outras pessoas.
E, nesse contexto, que mais sofre com a dismorfia são os adolescentes, já que na maioria das situações, são eles que apresentam um maior domínio relacionados a internet, com isso, a insatisfação com a autoimagem pode levar ao isolamento social e até a depressão.
De acordo com os especialistas, a cirurgia estética é altamente contraindicada, haja vista, que é extremamente perigoso adolescentes se submeterem a procedimentos estéticos, tendo em vista, que ainda estão em fase de desenvolvimento, além de que, muitos desses defeitos são psicológicos, nesses casos, o melhor procedimento é buscar uma terapia para cuidar da saúde mental de quem sofre com o transtorno. 
3.4 Relação TDC com o meio industrial
 
Desde antigamente, os padrões de beleza já faziam parte da sociedade, por exemplo, ao estudarmos mitologia grega ou egípcia, é perceptível, que os soldados eram considerados homens fortes, altos, e musculosos, já as mulheres tinham uma silhuetaconsiderada perfeita para o padrão da época.
Após as revoluções industriais, juntamente com o desenvolvimento da indústria cinematográfica, o padrão foi mudando década após década, e as atrizes de Hollywood passam até hoje por inúmeros procedimentos estéticos, com isso, elas que estabelecem indiretamente um padrão de corpo, rosto, e/ou cabelo a ser seguido, a falecida atriz Marilyn Monroe, foi uma das primeiras atrizes a sofrer com essas pressões estéticas, primeiro, a atriz pintou o cabelo de loiro, na tentativa de chamar mais atenção para a sua carreira de atriz e modelo, mais tarde, um dono de uma agência pagou-lhe uma prótese de silicone, e possivelmente uma rinoplastia, esses fatores, juntamente com outros problemas envolvendo sua vida pessoal, contribuíram para que a atriz desenvolvesse uma baixa autoestima, perfeccionismo, ansiedade e insônia crônica.
No século XXI o aumento de casos de TDC pode ser relacionado com esse estereótipo imposto pelos meios midiáticos, hoje, nota-se que digitais influencers são muito bem pagos para divulgar produtos “milagrosos” que prometem uma cintura fina, um cabelo comprido e saudável, produtos que contribuem para deixar o corpo mais modelado, o problema é que o corpo perfeito dos influenciadores não são atingidos com estes produtos, mas sim com cirurgias plásticas, e muitas edições nas fotos, devido à isso, os seguidores dessas pessoas acabam desenvolvendo uma grande frustração por consumir esses produtos recomendados, e não conseguirem o corpo ou rosto desejado.
Infelizmente, quase nada é feito para combater esse problema, já que atualmente, a beleza possui um valor comercial, com uma alto valor envolvido, extremamente benéfico para o sistema capitalista, portanto é deve-se trabalhar para que a mídia não contribua ainda mais com o surgimento do TDC.
4. CAUSAS DO TDC
 
A origem do transtorno dismórfico corporal é basicamente genética e neuroquímica, porém, o fator ambiente também pode influenciar, principalmente na infância e adolescência.
Segundo estudos, realizados pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), dentre os portadores de TDC, 8% possuem algum membro da família que também recebeu o diagnóstico da doença ao longo da vida.
Assim como ocorre em outros distúrbios obsessivo-compulsivos, neste, também, foram notados desequilíbrios neuroquímicos, principalmente nas taxas de serotonina, substância responsável pelo bem-estar e por manter as ideias sob controle.
 O mesmo estudo demonstrou que pessoas que com ansiedade, inseguras, perfeccionistas, com baixa autoestima, “sozinhas”, e obsessivas são mais suscetíveis ao transtorno dismórfico corporal .
Além disso, com o advento das redes sociais, o fator externo também vem ganhando destaque. Isto porque as pessoas têm acesso a imagens que reforçam padrões que, em muitos casos, não correspondem ao seu biotipo físico e se frustram por não seguirem determinados estereótipos.
Sendo assim, nota-se que diversos fatores podem causar o TDC, desde características genéticas, até fatores externos, o mais importante, é compreender o risco dessa doença, e com a sua identificação, já que ela causa inúmeras consequências para o indivíduo, com isso, os sintomas devem ser os rapidamente identificados, para que um tratamento possa ser iniciado.
 
5. CONSEQUÊNCIAS DO TDC
 
 
O indivíduo que sofre com o transtorno sofre constantemente uma grande pressão interna consigo mesmo, essa pressão pode fazer com que os sintomas da doença evolua, agravando suas consequências.
 Infelizmente, o transtorno tem como consequência, a interferência na vida social e pessoal dos indivíduos, já que os sintomas muitas vezes impedem a pessoa de cumprir suas tarefas do cotidiano, por conseguinte, o paciente passa a se afastar da sua família e de seus amigos, se excluindo totalmente da sociedade.
 É normal no TDC que os indivíduos passem horas buscando esconder ou disfarçar supostos defeitos, usando roupas longas, óculos de sol, muita maquiagem, ou até mesmo outros acessórios, como cachecol, porém, muitas vezes, a insatisfação ainda é grande.
Como consequência da doença, além de buscar esconder os seus possíveis defeitos, os indivíduos buscam por cirurgias plásticas constantes, já que a pessoa sempre irá encontrar uma forma de ficar insatisfeita com algum fator relacionado a sua aparência.
 As intervenções cirúrgicas podem acabar fazendo com que a pessoa se sinta pior do que antes, ocasionando num desejo de mudança cada vez mais constante, aumentando também, o número de comparações entre ela mesma, e um outro indivíduo.
Muitas vezes, a vida dessas pessoas podem ser colocadas em risco, já que em alguns casos, a busca por cirurgias torna-se uma compulsão, sendo assim, é evidente que o corpo humano não aguenta tantas intervenções completamente invasivas, e em um curto espaço de tempo.
Essa busca desenfreada por uma padrão de beleza praticamente inexistente movimenta muito o mercado comercial, gerando um lucro imensurável para cirurgiões, para algumas marcas e empresas, por essa razão, poucas ações são realizadas para impedir que a vida, a saúde física, e principalmente psicológica seja colocada em risco.
6. TRATAMENTO 
 
 
As melhores opções de tratamento são através do uso de medicamentos, e a realização de terapias, que é a principal maneira de combate ao transtorno dismórfico corporal. 
O uso de ISRSs e clomipramina (um antidepressivo tricíclico com efeitos serotonérgicos potentes) são frequentemente muito eficazes em pacientes com transtorno dismórfico corporal. Os pacientes frequentemente precisam de doses maiores do que aquelas normalmente necessárias para depressão e a maioria dos transtornos de ansiedade.
A terapia cognitivo-comportamental adaptada a sintomas específicos do transtorno dismórfico corporal é atualmente a terapia de escolha. Abordagens cognitivas e exposição e prevenção de rituais são elementos essenciais da terapia. Os profissionais fazem os pacientes enfrentar situações que eles temem ou evitam e, ao mesmo tempo, pedem para que eles deixem de praticar seus atos compulsivos.
 Em casos mais graves, muitas vezes os terapeutas recomendam a substituição de atos compulsivos, para atividades mais tranquilas, como a pintura, o tricô, ou até mesmo sentar sobre as próprias mãos, muitos especialistas acreditam que a combinação de terapia e medicamentos, pode ser mais eficaz em casos mais graves.
Como a maioria dos pacientes tem pouco ou nenhum senso crítico, muitas vezes são necessárias técnicas motivacionais para aumentar seu desejo pela cura e permanência no tratamento.
 
7. ESTUDOS DE CASO 
Gráfico 1-Identificação dos gêneros das pessoas que responderam pesquisa
· Parte em azul: Gênero feminino
· Parte em vermelho: Gênero masculino
· Parte em amarelo: Outro gênero
 Fonte: Autoria própria 2020
Gráfico 2- conhecimento das pessoas em relação ao TDC
· Parte em azul: Sim
· Parte em vermelho: Não
 Fonte: Autoria própria 2020
Gráfico 3- opinião das pessoas em relação a influência das redes sociais no processo de auto aceitação
· Parte em azul: Sim
· Parte em vermelho: Não
· Parte em amarelo: Talvez
Fonte: Autoria Própria
Gráfico 4- Quantidade de pessoas que possuem dificuldades em se aceitar, ou se conhecem alguém que possui
 
· Parte em azul: Sim
· Parte em vermelho: Não
Fonte: Autoria Própria
Gráfico 5 – representa numa escala de 0 à 10, o quanto que as pessoas que responderam o questionário se sentem bem com o próprio corpo
 
 Fonte: Autoria Própria 
 Logo após a realização da pesquisa, nota-se que a maioria dos indivíduos possuem algum tipo de insatisfação consigo mesmos, podendo gerar casos de TDC, ou até mesmo, já possuírem alguns sintomas da doença. Em suma, o principal fator que deve urgentemente ser levado em consideração, é que 78,2% dos participantes do questionário não possuem conhecimento sobre o transtorno dismórfico corporal, com isso, nota-se que esse assunto deve ser discutidoe divulgado com mais frequência, já que ele pode oferecer inúmeros prejuízos para a vida das pessoas.
 
 
 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Após analisar profundamente os aspectos mais relevantes do tema Transtorno Dismórfico Corporal, foi comprovada a tese de que uma maior conscientização coletiva da sociedade sobre os possíveis impactos e prejuízos que podem ser acarretados pelo transtorno, pode diminuir se os indivíduos passarem a ter um melhor conhecimento sobre o tema, acarretando numa melhora na qualidade de vida nos quesitos sociais, e pessoais.
Em adição, foi comprovado que devido ao fato do TDC passou a ser mais discutido recentemente, a psicologia e psiquiatria enfrentam um grande desafio na tentativa de estabelecer um conscientização por parte das pessoas, logo, o processo de melhora nos quadros de TDC, é dificultado, já que as pessoas demoram para perceber que sofrem desse transtorno, e quando isso acontece, acabam entrando em um estado de negação
Por fim, com os dados obtidos na pesquisa, demonstram que sinais do TDC estão presentes em uma parte expressiva da sociedade, portanto, o TDC é uma patologia de extrema seriedade, que pode gerar prejuízos e grandes impactos na vida das pessoas caso não tratado. 
Pelo êxito deste artigo de grande realização pessoal, agradeço às informações e instruções deixadas pelo corpo docente do Colégio Santa Lúcia Filippini, também pelo apoio e participação de todas as pessoas que colaboraram respondendo um questionário virtual. Em especial, agradeço a minha orientadora Cristiane Araújo, aos meus amigos e familiares, por fornecerem-me um grande incentivo para a realização dessa pesquisa indivíduos.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRANDAO, ALESSANDRA. Transtorno Dismórfico Corporal: uma revisão da literatura (2008). Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?q=artigo+transtorno+Dism%C3%B3rfico+Corporal&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart#. Acesso em: 09 de Março de 2020.
MONTEIRO, CÂMARA, ANDREA. Espelho, espelho meu: Percepção corporal e caracterização monográfica no transtorno Dismórfico Corporal (2003). Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?q=artigo+sobre+dism%C3%B3rfico+corporal&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart#d=gs_qabs&u=%23p%3DT8S7aMFVh-oJ. Acesso em: 25 de fevereiro de 2020.
NASCIMENTO, LEVANDO, ANTÔNIO. Comorbidade entre transtorno Dismórfico Corporal e transtornos alimentares: uma revisão sistemática (2010). Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?q=artigo+sobre+dism%C3%B3rfico+corporal&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart#d=gs_qabs&u=%23p%3DDsXUzXpH2GwJ. Acesso em: 22 de Fevereiro de 2020.
SAÚDE ABRIL. Síndrome da feiura imaginária (2019). Disponível em: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/sindrome-da-feiura-imaginaria-conheca-a-dismorfia-corporal/. Acesso em: 02 de Março de 2020.
JRM COACHING. Transtorno Dismórfico Corporal e os riscos desse problema (2019). Disponível em: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/transtorno-dismorfico-corporal-riscos-desse-problema/. Acesso em: 06 de Março de 2020.
PARENTE, LUIZ, EVANDRO. O que é o Transtorno Dismórfico Corporal (2019). Disponível em: https://sbcp-sc.org.br/artigos/o-que-e-o-transtorno-dismorfico-corporal/. Acesso em: 11 de Março de 2020.
ROSENBERG, LEVY, JOCELYNE. Lindos de Morrer: Dismorfia Corporal e outros transtornos (2004). Disponível em: https://www.americanas.com.br/produto/264212/livro-lindos-de-morrer-dismorfia-corporal-e-outros-transtornos?WT.srch=1&acc=e789ea56094489dffd798f86ff51c7a9&epar=bp_pl_00_go_liv_todas_geral_gmv&gclid=EAIaIQobChMI9evug5qE6QIVBgyRCh3ocQlJEAQYAiABEgKtzvD_BwE&i=582544e4eec3dfb1f80ebc07&o=57ac7a7ceec3dfb1f81c1ec2&opn=YSMESP&sellerid=23152466000108&wt.srch=. Acesso em: 12 de Março de 2020.
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