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Cidadania e Modernidade Resenha

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Universidade do Estado de Minas Gerais 
Discente: Brenda Souza Castro
Docente: Denise Gisele Silva Costa
Cidadania, Processos Educativos e Movimentos Sociais
Resenha do Texto Cidadania e Modernidade
O texto Cidadania e Modernidade escrito pelo autor Carlos Nelson Coutinho retrata o processo histórico político, dinâmico e contraditório de investigação e universalização da nacionalidade na modernidade. Para o autor estamos inseridos em um plano novo e de novos costumes de cidadania em que disputa-se entre cidadania e democracia.
A democracia é um sinônimo de soberania popular, o que descreve a democracia é o fato de poder exercer todo um conjunto de deveres e direitos, conquistados historicamente pois até o ano de 1948 os direitos humanos eram quase nulos e afirmava-se que o ser humano não nascia com direitos básicos como a saúde, direitos civis, direitos políticos e também o direito a educação, que foi o primeiro direito social reconhecido como imprescindível. Sem a democracia não haveria cidadania pois ambas caminham juntas, não existe a possibilidade de um indivíduo exercer seus diretos livremente quando este se encontra em uma ditadura, a democracia é uma forma de governo que viabiliza para que o cidadão tenha voz. 
O autor contesta a ideia de que vivemos uma democracia ou cidadania plena na modernidade pois determinadas classes são excluídas, podemos concordar pois segundo o Ipea, o Brasil apresenta desigualdade total de renda de 51,5 por cento e o país também possui cerca de 33 milhões de pessoas sem moradia segundo o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. Coutinho defende a ideia de que os direitos são fenômenos sociais causados pela história, de acordo com a necessidade de uma determinada classe ou grupo social.
Para Thomas Humphrey Marshall, sociólogo britânico do início do século XX, os direitos civis surgiram na Inglaterra no século XVIII, onde os direitos foram efetivadas após a Revolução Gloriosa, de 1988, que representava essencialmente o direito à vida, liberdade de expressão, à propriedade e o direito de ir e vir. Esses direitos surgiram por demanda da burguesia em crescimento e o capitalismo tendo em vista a redução do poder abusivo do governo e o texto faz um questionamento sobre os direitos civis favorecerem apenas a burguesia. 
Marshall acarretou e identificou os direitos civis como direitos que garantem a vida em sociedade, direitos políticos, participação no governo da sociedade e direitos sociais, a participação na riqueza coletiva. Para Coutinho é impossível existir uma cidadania plena sem os direitos políticos, citados por Marshall, sem a retomada da cidadania própria dos gregos. Como por exemplo o direito ao voto, principal meio de tomada de decisões em conjunto. 
Para o autor os direitos políticos são igualmente uma conquista da classe trabalhadora pois através de suas lutas os trabalhadores postulam direitos sociais que, uma vez, materializados, são uma indiscutível conquista.
Para Karl Marx os direitos do indivíduo não são o suficiente para que tenha a cidadania plena, a emancipação humana. Marx e os marxistas rejeitam a ideia de que o acesso a moradia sejam disponíveis só para uma certa parte da sociedade com privilégios mas sim para que esses direitos sejam disponibilizados para todos pelo fruto do próprio trabalho. Podemos então resumir que o capitalismo é incompatível com a cidadania para todos. 
COUTINHO, Carlos Nelson - Cidadania e Modernidade, 1999. [Internet] Disponível em https://periodicos.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/2087.
Acesso em: 15/06/2021.

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