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Aline Marcondes O papel do professor no processo de inclusão O processo de inclusão é um grande desafio aos professores dos alunos com necessidades educacionais especiais, pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, atuar com um olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Muitas vezes os professores apresentam certa preocupação, seja a insegurança em relação a rotina de estudo ou sua inexperiência, já que nos cursos superiores aprendeu apenas a lidar com a teoria e não teve acesso às práticas pedagógicas, diretamente com alunos especiais. A Educação Especial constitui-se como um arcabouço consistente de saberes teóricos e práticos, estratégias, metodologias e recursos que são imprescindíveis para a promoção do processo ensino aprendizagem de alunos com deficiências e outros comprometimentos, matriculados no ensino regular. Estar em consonância com o paradigma da inclusão em educação especial não significa contemplar todas as especificidades dos comprometimentos oriundos das crianças e jovens que encontram barreiras em sua aprendizagem. E, sim, direcionar o olhar para a compreensão da diversidade, oportunizando a aprendizagem de seus alunos e respeitando sempre as suas necessidades. Um educador que domina os instrumentos necessários para o desempenho competente de suas funções, tem a capacidade de problematizar a própria prática, refletindo criticamente a respeito da mesma. A educação para a diversidade pressupõe a preparação do professor e do sistema educacional com a valorização profissional do educador, por meio de apoio e estímulo o aperfeiçoamento das escolas, para a oferta do ensino, o apoio e parceria da Educação Especial e a promoção do trabalho em equipe. A educação inclusiva trabalha com as diferenças individuais que se encontram no ambiente escolar, dando atenção para as experiências, formas de compreensão, dificuldades e capacidades que precisam ser levadas em consideração no ato educativo individualmente. Nesse sentido, reconhece-se que é preciso formar o professor para trabalhar com a diferença, em uma perspectiva pluralista, sendo que a formação continuada é um instrumento que potencializa a formação inicial. Cabe aos professores procurar novas posturas e habilidades que permitam problematizar, compreender e intervir nas diferentes situações que se deparam, além de auxiliarem na construção de uma proposta inclusiva, fazendo com que haja mudanças significativas pautadas nas possibilidades e com uma visão positiva das pessoas com necessidades especiais. O professor deve promover um ensino igualitário e sem desigualdade, já que quando se fala em inclusão não estamos falando somente nos deficientes e sim da escola também, onde a diversidade se destaca por sua singularidade, formando cidadãos para a sociedade.
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