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UNIVERSIDADE PAULISTA CUROS DE PEDAGOGIA Eugenio Castelo da Silva PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA; O papel do professor na educação inclusiva MACAPÁ – AP 2020 SITUAÇÃO PROBLEMA Um dos problemas da formação de professores é a falta de inclusão de matérias específicas sobre a temática de educação inclusiva. São raras as graduações que habilitam ou ao menos oferecem disciplinas voltadas a essa questão. Assim, muitos acabam saindo despreparados para enfrentar situações que exijam a alfabetização e o ensino de alunos especiais. Dessa forma, é preciso que os profissionais que trabalham ou que tem o desejo de atuar na Educação Inclusiva busquem novos conhecimentos através de formação continuada. Existem cursos de pós-graduações específicos e que capacitam professores para essa área e um grande desafio aos professores o processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, atuar com um olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Muitas vezes os professores apresentam resistência quando o assunto é mudança, causando certo desconforto. A formação continuada é uma possibilidade de construção da nova proposta inclusiva, pois dá aos profissionais a possibilidade de (re) pensar o ato educativo e analisar a prática docente, com o intuito de criarem espaços para reflexão coletiva e atender ao princípio de aceitação das diferenças, valorizando o outro. Para que os objetivos do processo de inclusão sejam alcançados, deve haver mudanças nesse processo dentro do contexto escolar, que são realizadas através da reflexão comprometida e responsável pelos envolvidos referente à realidade inclusiva. OBJETIVO GERAL O papel do professor na educação inclusiva envolve o desenvolvimento das habilidades intelectuais e sociais do aluno, a partir de um plano de aula que contemple toda a turma, sem distinção. É importante ressaltar que, caso isso não seja possível, o professor deve adaptar as atividades de acordo com a limitação da criança na prática docente após o curso de formação continuada com foco na educação especial buscando identificar se esses saberes têm contribuído para a prática pedagógica e para o crescimento profissional de professores atuantes na educação inclusiva. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Analisar a formação de professores para as séries iniciais do ensino fundamental, tendo como recorte a educação inclusiva e o ensino da diversidade; -Construir um histórico da educação especial no Brasil; - Analisar a legislação da formação de professores para a educação inclusiva; -Definir os termos: educação especial, educação inclusiva e necessidades educacionais especiais, diversidade. - Identificar dificuldades e dúvidas; relativas à educação inclusiva, que permaneceram com os professores mesmo após o curso de formação continuada; - Investigar melhorias e apoio na prática docente, identificados pelos professores, que vieram da formação continuada sobre a inclusão. - Identificar a aceitação e a disponibilidade, por parte dos professores de alunos do processo de inclusão em se especializar na área de educação inclusiva. PUBLICO ALVO Alunos com necessidades educacionais especiais a cada dia a sociedade contemporânea passa por um processo de renovação em que se faz necessário agregar valores para que seja extinta toda e qualquer forma de preconceito; em que seja realizada em sua forma mais plena a execução da palavra “democracia”, onde se busca a formação plena de uma pessoa frente à educação e ao acesso aos meios de conhecimento e informação. Seguindo essa trajetória, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais está cada vez mais em crescente evidência dentro de nossas escolas. Para que as escolas atendam ao processo de inclusão, os alunos com necessidades educacionais especiais devem ser incluídos no ensino regular e o ensino precisa de uma revisão, a fim de atender as demanda individuais de cada aluno, independentemente de suas particularidades e diferenças, de modo a adequar e organizar o currículo e o Projeto Político Pedagógico da instituição, contemplando a diversidade de sua comunidade escolar, formando um equilíbrio entre o desenvolvimento dos conteúdos previstos e a socialização de todos os envolvidos. JUSTIFICATIVA A justificativa para a realização deste projeto deve-se ao fato de acompanhar a trajetória das diferentes experiências construídas durante a formação continuada de professores para atuar na educação inclusiva. Pesquisar sobre os principais obstáculos e avanços existentes nas práticas de ensino em sala de aula, discutindo possibilidades de investimento na formação continuada do professor docente e os novos desafios no âmbito da Educação Inclusiva. A proposta visa garantir, no âmbito das escolas públicas do Rio Grande do Sul, as condições para a oferta do atendimento educacional especializado - AEE, o uso de recursos de acessibilidade e o ensino da LIBRA pelos sistemas de ensino, inserindo dispositivos na Constituição Estadual que atendem ao disposto na legislação brasileira. São dispositivas que estabelecem o compromisso da gestão pública com a organização e oferta de atendimento as necessidades educacionais específicas de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação cada vez mais presentes da rede regular de ensino da rede estadual. DESENVOLVIMENTO É um grande desafio aos professores o processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, atuar com um olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Muitas vezes os professores apresentam resistência quando o assunto é mudança, causando certo desconforto. Quanto mais conhecemos determinado fato ou assunto, mais nos sentimos seguros diante dele. O novo gera insegurança e instabilidade, exigindo reorganização, mudança. É comum sermos resistentes ao que nos desestabiliza. Sem dúvida, as ideias inclusivas causaram muita desestabilidade e resistência (MINETTO, 2008, p.17). Sendo assim, cabe aos professores procurar novas posturas e habilidades que permitam problematizar, compreender e intervir nas diferentes situações que se deparam, além de auxiliarem na construção de uma proposta inclusiva, fazendo com que haja mudanças significativas pautadas nas possibilidades e com uma visão positiva das pessoas com necessidades especiais. A formação continuada é uma possibilidade de construção da nova proposta inclusiva, pois dá aos profissionais a possibilidade de (re)pensar o ato educativo e analisar a prática docente, com o intuito de criarem espaços para reflexão coletiva e atender ao princípio de aceitação das diferenças, valorizando o outro. Para que os objetivos do processo de inclusão sejam alcançados, deve haver mudanças nesse processo dentro do contexto escolar, que são realizadas através da reflexão comprometida e responsável pelos envolvidos referente à realidade inclusiva. Considerando a importância do professor com agente principal no ensino educativo e inclusivo, os objetivos deste trabalho foram analisar e avaliar o seu papel, sua qualificação, atitudes e habilidades sociais frente à inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais e o processo de aprendizagem adotado a tais alunos, a fim de viabilizar a inclusão destes sujeitos de maneira eficaz e satisfatória. No que diz respeito ao processo de inserção de pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas comuns a educação inclusiva representa um avanço porque tem como propósito principalfacilitar a transição dos estudantes com deficiências da escola especial à escola comum e oferecer suporte ao processo de aprendizagem na rede de ensino regular. De acordo com Mittler (2003, p.25), “isto se refere a todas as crianças que não estão beneficiando-se com a escolarização e não apenas aquelas que são rotuladas com o termo 12 necessidades educacionais especiais”. Ferreira e Guimarães (2008), ao tratarem do tema educação inclusiva, enfocam que comete engano à pessoa que pensa a respeito deste tema e faz ligação apenas às crianças com algum tipo de necessidade especial. De acordo com as autoras, e preciso deixar de pensar a educação numa perspectiva simplista e reducionista, para compreendê-la sob uma ótica em que o acesso e a permanência na instituição escolar façam-se em condições viáveis e satisfatórias para a educação e formação de todo e qualquer aluno, constituindo um direito espontâneo e natural, uma responsabilidade social e política do Estado e de cada cidadão. O processo de ensino aprendizagem no atendimento inclusivo é diferente do atendimento do ensino regular, mas não substitui a escolarização. Esse atendimento tem a função de complementar a formação de alunos, com a finalidade de proporcionar a esses alunos autonomia dentro e fora da escola. O ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação, sinalização e tecnologia assistiva está presente nas atividades do atendimento da educação inclusiva, o que justifica dizer que a proposta pedagógica do ensino regular deve ser coerente durante este processo de atendimento, que é assistido por meio de mecanismos que proporcionem avaliar e monitorar o oferecimento desta prática de ensino, realizado em escolas da rede pública e centros de atendimento especializado conveniados e públicos. Estudos mais recentes sobre a educação especial mostram que o uso de classificações e definições deve estar de acordo, prevalecendo à especificação a um determinado quadro de transtorno, deficiência, aptidão ou síndrome. RECURSOS Para esse projeto foi utilizado à metodologia de trabalhos criados a próprio cunho qualitativo, com entrevista aos professores de uma escola de Macapá - AP, que possuem em sua sala de aula alunos com necessidades educacionais especializadas. Foram aplicados questionários para avaliação investigativa, com o objetivo de obter informações sobre o processo de formação desses professores para oferecer suporte ao processo de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais e observação sistemática no cotidiano da Escola. Para a construção, organização e análise das informações foram utilizadas os seguintes recursos: Roteiros de análise de documentos; Roteiro de entrevista; Questionários; CRONOGRAMA Foi realizada a pesquisa qualitativa, composta por questionário e entrevista semiestruturada, com o objetivo de obter informações sobre o processo de formação desses professores em relação ao suporte no processo de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais. O questionário foi aplicado a um professor e a entrevista foi feita com quatro professores. ATIVIDADE TEMPO Questionário UMA AULA Entrevista UM DIA CONCLUSÃO Nota-se que houve um grande avanço nas instituições de ensino para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, fazendo com que os professores buscassem novos paradigmas e novas formas de ensinar, a fim da inclusão de todos no ensino regular, melhorando a autonomia e independência desses alunos. Cabe ao professor realizar seu trabalho voltado ao direito da igualdade e de oportunidade a todos, o que não exige um único modo de educar, mas o de poder oferecer a cada indivíduo o que melhor atende às suas necessidades frente às suas características, interesses e habilidades. A inclusão implica uma mudança nas políticas educacionais e de implementação de projetos educacionais do sentido excludente ao sentido inclusivo, formando um ambiente onde a prática não precisa estar limitada a um sistema paralelo de educação. Para que os professores possam trabalhar na educação inclusiva é necessário que ocorram mudanças estruturais e pedagógicas, quebrando barreiras e abrindo portas para os alunos com diversos tipos e graus de dificuldades e habilidades. É também essencial que o professor busque especializações para mediação desse trabalho de forma que garanta um esforço voltado à qualidade de vida dos educandos e transformando-os em cidadãos responsáveis pelo desenvolvimento da sociedade como um todo, onde haja o respeito mundo diante da diversidade e das diferenças. Para que o processo de inclusão realmente aconteça é importante que haja a integração sócia afetiva e que a escola reestruture seu Currículo, respeitando e se adequando às características de cada aluno, dando-lhes oportunidades e visando um ambiente inclusivo em busca de objetivos comuns, afinal a escola não é homogênea. Por fim, nota-se a importância do professor nesse processo, pois é através dele que os alunos aprendem a conviver com as diversidades e diferenças na sala de aula, fazendo com que haja um ensino voltado à compreensão e ao respeito mútuo, onde não haja discriminações, pois não existem pessoas melhores e nem piores devidos às suas particularidades, o que existe são diferenças que precisam ser superadas. REFERENCIAS http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pd e/2010/2010_ufpr_edfis_artigo_rosana_batista_de_andrade_maia.pdf https://www.scielo.br/pdf/pusp/v26n3/1678-5177-pusp-26-03-00453.pdf FERREIRA, Maria Elisa Caputo e GUIMARÃES, Marly. Educação inclusiva. Editora: DP &A, 2008. MINETTO, M. F. O currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. 2ª ed. Curitiba: IBPEX, 2008. MITTLER, Peter. Educação inclusiva: contextos sociais. Editora: Artmed, São Paulo, 2003. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_ufpr_edfis_artigo_rosana_batista_de_andrade_maia.pdf http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_ufpr_edfis_artigo_rosana_batista_de_andrade_maia.pdf https://www.scielo.br/pdf/pusp/v26n3/1678-5177-pusp-26-03-00453.pdf
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