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Câncer Colorretal 01. REFERÊNCIAS Silva, M. da, & Errante, P. R. (2017). Câncer colorretal: Fatores de risco, diagnóstico e tratamento. UNILUS Ensino e Pesquisa, 13(33), 133–140. • http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/765 Ferreira de Lima, J., Macedo, A. B., Panizzon, C. P. do N. B., & Perles, J. V. C. M. (2019). Câncer colorretal, diagnóstico e estadiamento: Revisão de literatura. Arquivos do Mudi, 23(3), 315–329. https://doi.org/10.4025/arqmudi.v23i3.51555 • https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/vie w/51555/751375149168 Ramos, R. F., dos-Reis, L. C. S., Teixeira, B. E. B., Andrade, I. M., Sulzbach, J. S., & Leal, R. A. (2017). Colon cancer surgery in patients operated on an emergency basis. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 44(5), 465–470. https://doi.org/10.1590/0100-69912017005007 • https://www.scielo.br/j/rcbc/a/DFKZ6TfwN4gkBmS6W6x8x RN/?lang=pt&format=pdf Fernandes, L. C., & Matos, D. (2002). 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Impacto das mutações kras e características clínicas em câncer colorretal. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 33. https://doi.org/10.1590/0102-672020200003e1524. • https://www.scielo.br/j/abcd/a/FKkLTnVFvjfd9JpHLKHgC4p/ ?lang=pt# https://www.inca.gov.br/bvscontrolecancer/publicacoes/Estudo _epidemiologico_de_biomarcadores_em_cancer_de_pulmao_n ao_pequenas_celulas_Melo_Andreia_Cristina_de.pdf 02. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA OBJETIVO 01. A) CÂNCER COLORRETAL Neoplasia do intestino grosso de acometimento do cólon e/ou reto; Terceira neoplasia maligna mais frequente mundialmente; Segunda maior causa de morte por câncer nos EUA; Brasil: 2016 – 16.660 homens e 17.620 mulheres diagnosticadas com câncer colorretal; É considerado o câncer mais incidente entre homens e o terceiro mais incidente entre mulheres no Brasil; Região do cólon: é o local mais comum para acometimento de neoplasias primárias, como casos de adenomas e adenocarcinomas; O acometimento ocorre na região distal do reto e sigmoide, assim como ceco, cólon ascendente e transverso. A maior parte desses cânceres se da por adenocarcinomas. Etilogia: alteração genética de células da mucosa normal, ocasionando pólipos adenomatosos; Aproximadamente 75% constam como casos esporádicos sem correlação com hereditariedade. FATORES DE RISCO: • Alcoolismo; • Ingestão de gorduras; • Tabagismo; • Sedentarismo; Dietas ricas em lipídeos: a correlação com ingestão de gorduras, se da pelo consequente aumento da produção de ácidos biliares, que apresentam caráter citotóxico e mutagênico. Dietas ricas em fibras: vale ressaltar que a ingestão de fibras insolúveis é considerada um fator protetivo, devido à redução da concentração de ácidos biliares nas fezes e aumento da velocidade da digestão. Mutações: alterações genéticas, como mutação de oncogenes (K-ras), genes supressores (APC, DCC, p53) e alguns genes reparadores (DNA, MSH2, MLH1, PMS1) são importantes na manifestação do câncer colorretal. http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/765 https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/51555/751375149168 https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/51555/751375149168 https://www.scielo.br/j/rcbc/a/DFKZ6TfwN4gkBmS6W6x8xRN/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rcbc/a/DFKZ6TfwN4gkBmS6W6x8xRN/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rcbc/a/Q59TNh74Ry93zftb4wFtTmL/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rcbc/a/Q59TNh74Ry93zftb4wFtTmL/?lang=pt https://doi.org/10.1590/0102-672020180001e1371 https://www.scielo.br/j/abcd/a/psr4t6K9fGYsx3rpgChCtPJ/?lang=pt https://www.scielo.br/j/abcd/a/psr4t6K9fGYsx3rpgChCtPJ/?lang=pt https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-27102015-120903/publico/RenatoMicelliLupinacci.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-27102015-120903/publico/RenatoMicelliLupinacci.pdf https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10936/000592582.pdf?sequence=1 https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10936/000592582.pdf?sequence=1 https://www.redalyc.org/pdf/714/71416121.pdf https://doi.org/10.1590/0102-672020200003e1524 https://www.scielo.br/j/abcd/a/FKkLTnVFvjfd9JpHLKHgC4p/?lang=pt https://www.scielo.br/j/abcd/a/FKkLTnVFvjfd9JpHLKHgC4p/?lang=pt https://www.inca.gov.br/bvscontrolecancer/publicacoes/Estudo_epidemiologico_de_biomarcadores_em_cancer_de_pulmao_nao_pequenas_celulas_Melo_Andreia_Cristina_de.pdf https://www.inca.gov.br/bvscontrolecancer/publicacoes/Estudo_epidemiologico_de_biomarcadores_em_cancer_de_pulmao_nao_pequenas_celulas_Melo_Andreia_Cristina_de.pdf https://www.inca.gov.br/bvscontrolecancer/publicacoes/Estudo_epidemiologico_de_biomarcadores_em_cancer_de_pulmao_nao_pequenas_celulas_Melo_Andreia_Cristina_de.pdf Outros casos, como instabilidade de cromossomos, podem desencadear a formação da neoplasia também. Doenças inflamatórias intestinais: são fatores de risco para formação neoplásica no intestino. Sendo assim, doenças de manifestação crônica, ocasionando pancolites, colangites esclerosantes e colites podem estar associadas com oncogênese. PREVENÇÃO Como CCR está intimamente relacionado com hábitos alimentares, o controle do peso, realização de atividades físicas (que também auxiliam na redução da proliferação de citocinas inflamatórias) e busca por alimentação rica em fibras, baixo índice lipídico podem contribuir para a prevenção. Carnes processadas devem ser evitas e redução da ingestão de carnes vermelhas. EPIDEMIOLOGIA: Comum em países ocidentais e industrializados devido ao excessivo consumo de carnes, alimentos gordurosos e com excesso de carboidratos na dieta. Incidência consta como elevada nos seguintes países: EUA; Canadá; Grã-Bretanha; Escandinávia; Dinamarca; Austrália; Nova Zelândia; Após a adoção do estilo alimentício industrializado, o Japão tem apresentado aumento da incidência de câncer colorretal na sua população. População afetada: grande parte apresenta mais de 60 anos, cujo estilo de vida foi baseado em dietas ricas em gorduras, industrializados, conservados, baixa ingestão de fibras. Dados do INCA: Incidência maior nas regiões sul e sudeste, com cerca de 19-21 casos a cada 100.000 habitantes; A incidência é menor nas regiões: Centro-Oeste, Nordeste, Norte; Fonte:https://www.cancercenter.com/2âncer-types/colorectal- cancer/rectal-cancer-statistics Com os novos hábitos de vida, avanço tecnológico na área medicinal e novos tratamentos, alguns países, como EUA, têm apresentado redução dos casos e da mortalidade por CCR. O prognóstico aponta que a metade dos pacientes com CCR irá morrer no prazo de 5 anos após o diagnóstico, o que reflete um cenário precário e caótico no que tange às perspectivas epidemiológicas da doença. FISIOPATOLOGIA A presença de pólipos adenomatosos benignos pode desencadear adenocarcinomas de cólon e reto. O aspecto característico de carcinogênese é a manifestação de criptas de Lieberkühn, que se encontram alargadas e com hipercromia.Elas possuem uma proliferação celular rápida, com displasia e presença de antígeno carcinoembrionário, com mutações no gene K-ras; Os pólipos hiperplásicos e pólipos inflamatórios não costumam ter caráter pré-canceroso, mas alguns possuem maior possibilidade de desencadearem adenomas e câncer. A displasia é um fator pré-canceroso que pode originar um tumor com o tempo. Fonte: http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/765 O padrão mais encontrado na histologia é o de adenocarcinoma tubular, moderadamente ou bem diferenciado. A margem do adenocarcinoma costuma ser bem definida e expansiva. Em casos de carcinoma mucinoso, observa-se presença de células em anel de sinete, com acúmulo de muco no seu citoplasma. Os Cânceres colorretais costumam ter origem via células glandulares, que acometem o tecido epitelial e espalham-se para outros tecidos. Sua histologia é, normalmente, adenocarcinoma. Este pode ser dividido em três graus, no que tange à diferenciação: • Grau I – bem diferenciado; • Grau II – moderadamente diferenciado; • Grau III – mal diferenciado; A fisiopatologia do CCR se relaciona com duas hipóteses: o processo de formação de adenoma- carcinoma e as instabilidades de microssatélites. O organismo humano possui genes supressores de tumor Polipose Adenomatosa coli (APC), que pode sofrer mutações, tendo sua função inativada. Consequentemente, a degradação de b-catenina é interrompida, gerando acúmulo da substância no corpo. Esse processo ativa a transcrição gênica de proliferação celular. No caso dos microssatélites, relaciona-se o surgimento da neoplasia após sucetivas perdas de genes de reparo do material genético. Algumas mutações irão se acumular nas repetições dos microssatélites, proporcionando irregularidade gênica nos processos de crescimento celular. Fonte:https://www.scielo.br/j/rbc/a/XfpqKsCkYBCLqBmsBsx8Brs/?lang=p t&format=pdf DIAGNÓSTICO A sintomatologia depende do tipo do tumor e do local de seu acometimento. Em estágios mais avançados, o paciente pode ter: • Anemia; • Tumores palpáveis; • Obstipação intestinal progressiva; • Fezes afiladas, escuras e presença de sangue; • Diarreia; • Caquexia (perda de peso) • Constipação; A HDA é importante, uma vez que outros problemas intestinais como verminoses, úlceras e hemorroidas podem desencadear sintomatologia parecida. Isso ocorre devido ao fato dos sintomas não estarem associados à neoplasia em si, e sim como prejudica o sistema TGI e organismo como um todo. Os métodos mais comuns envolvem procedimentos de rotina para detectar possíveis lesões pré ou cancerígenas na região do cólon ou reto. Análise de sangue oculto nas fezes: um método simples e eficaz para detecção em pacientes assintomáticos. PODE DAR: Falso-positivo: quando gera perdas sanguíneas por causas não neoplásicas (angiodisplasias, diverticulites ou hemorroidas, por exemplo); Falso-negativo: comum nos tumores de reto, devido ao sangramento ser menor; Exame proctológico: Inspeção – palpação – toque digital – anuscopia – retossigmoidoscopia É possível identificar a lesão, sua localização e até grau de penetração na parede do intestino; Alguns exames foram desenvolvidos para facilitar o diagnóstico, procurando procedimentos menos invasivos. Um exemplo é o teste de DNA em fezes de assintomáticos, chamado de DNA FIT-Fecal. Ele analisa algumas mutações em promotores gênicos como BMP3/ NDRG4 metilado, KRAS e - actina. Colonoscopia: Em pacientes com sangue oculto positivo anteriormente e sem foco de sangramento detectado via toque retal; http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/765 https://www.scielo.br/j/rbc/a/XfpqKsCkYBCLqBmsBsx8Brs/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rbc/a/XfpqKsCkYBCLqBmsBsx8Brs/?lang=pt&format=pdf Colonografia por tomografia computadorizada – CTC – muito bom para detectar pólipos com mais de 10mm. Para menores, a colonoscopia é melhor. Novidades nos estudos diagnósticos: alguns estudos estão pesquisando a respeito da detecção de testes de sangue e urina para rastrear CCR em assintomáticos. Apresentaram eficácia no rastreio de alguns genes circulantes, como o SEPT9 metilado, que não é encontrado na mucosa colorretal em si, mas é característica do tecido de CCR. Marcadores tumorais: É importante lembrar que poucas neoplasias apresentam marcadores tumorais específicos, o CCR não é uma delas. Sendo assim, os marcadores possuem sensibilidade limitada para detecção, assim como possuem fases distintas de uso. É necessário avaliar o melhor momento para utilizar cada um. Presentes em diversos cânceres, dentre eles o CCR. • CK19 exossômica, TAG72, CA125; TAG72 – revela possibilidades de resistência do paciente à quimioterapia; CA125 – marcador de metástase; O marcador CEA é muito eficaz para auxiliar no monitoramento do tratamento de CCR. Para detecção não possui uma sensibilidade muito elevada. Não é específico do CRC, estando presente em outras neoplasias como de pâncreas, pulmão e estômago. Existem alguns outros, como VEGF, CA 242, CA 19-9, CA72-4, nenhum com sensibilidade elevada para CCR, mas que podem auxiliar, por volta de 45% de sensibilidade, nos índices prognósticos ou de recidiva tumoral. Queratinas: adenocarcinomas colorretais apresentam imunoexpressão de K 20 e negatividade de K7. ESTADIAMENTO DO CCR Recomenda-se o rastreio do CCR em indivíduos a partir de 50 anos, anualmente por meio de sangue oculto nas fezes e a cada 5 anos pela retossigmoidoscopia. Critérios de Amsterdam II: teste genético em pacientes com histórico familiar (3+ parentes tiveram CRC, câncer de intestino delgado, uretral ou pélvico renal – sendo um deles parente de primeiro grau). Estadiamento é pré, intra ou pós operatório. Pré-operatório: nidificação da extensão e região da lesão primária; • Pode utilizar o CEA; • Exames de imagem (TC, RNM, ultrassom transretal; • A partir das imagens, pode-se obter um estadiamento por imagem. Imagem: Sistema TNM do American Joint Committee on Cancer. Fonte: https://www.scielo.br/j/abcd/a/psr4t6K9fGYsx3rpgChCtPJ/?lang=pt# Legenda: “Sequências coronal (A) e axial (B) ponderadas em T2 demonstrando lesão vegetante no retossigmoide comprometendo todas as camadas da sua parede (A e B - ❶ e seta), e com pequeno linfonodo satélite (B - ❷ e seta). Sequências ponderadas em T2 sagital (C) e T2FSE axial (D) caracterizando a extensão da lesão por infiltração https://www.scielo.br/j/abcd/a/psr4t6K9fGYsx3rpgChCtPJ/?lang=pt para gordura pararretal posterior (C - ❸ e setas) e na gordura pararretal anterior margeando a lesão tumoral percebida como hiperssinal (D - ❺ e seta). Presença de linfonodo satélite parassacral (C - ❹ e seta).” Disseminação tumoral do CCR: O TGI possui diversas camadas para que seja possível efetuar suas funções de absorção e digestão. A região do cólon possui as camadas ilustradas na imagem abaixo. Conforme o tumor avança pelas camadas mais externas, maior o dano tumoral e possibilidade metastática. Fonte: https://incariopreto.com.br/cancer-colorretal-2/ “As células tumorais são nutridas por difusão simples até o tumor atingir o tamanho de 1 a 2 milímetros; a partir deste ponto, o crescimento do tumor depende da secreção tumoral de moléculas pró- angiogênicas”. ( Conforme o tumor cresce, começa a infiltrar nas demais camadas teciduais, invade o estroma, que possui vênulas e vasos linfáticos. O processo de invasão vai sendo controlado por células de defesa, mas nem sempre é totalmente eficaz. Algumas células tumorais consegue proliferar nos vasos e infiltrar no estroma, ao avançar mais distalmente do foco de origem, o processo metastático inicia. Quanto maior o tamanho do tumor, mais angiogênese ele promove, aumentando o número de metástases. A disseminação, pode, portanto, ser linfática, atingindo demais linfonodos. Pode ocorrerinfiltração da camada serosa e ocorre por meio de inflamações ou hiperplasia do tumor, erosões ou ulcerações ou até células livres na superfície da serosa e que apresentam caráter tumoral. A infiltração pode ocorrer via gordura mesocólica/mesorretal, vascularização, vasos linfáticos e nervos. A maioria das metástases é de fígado (1/4 dos pacientes apresenta). Outros focos de metástase podem ser: o pulmão, sistema nervoso e ossos. Fonte: https://visualsonline.cancer.gov/searchaction.cfm?topicid=166 OBJETIVO 02. SÍNDROMES GENÉTICAS Cerca de 20% das causas de CCR é de etiologia genética. Pode-se citar: • CCHNP: câncer colo-retal hereditário não polipose; • Síndrome de Lynch I e II; • Polipose Adenomatosa Familiar – PAF; CCHNP É caracterizada por mutações nos genes MMR (reparadores de emparelhamento), responsáveis pela correção de erros replicacionais. As mutações principais ocorrem em: hMLH1 (3p21-3) e hMSH2 (2p22-p21). Instabilidade nos microssatélites – devido às mutações nos genes de reparo. Clinicamente, acomete mais o cólon direito e predominância na população com cerca de 65 anos. Os carcinomas mucinosos possuem uma relevância nos casos, com muita diferenciação e infiltração linfática. Os critérios de Amsterdam facilitam o diagnóstico de CCR hereditário. https://incariopreto.com.br/cancer-colorretal-2/ Fonte: https://www.sbcp.org.br/revista/nbr274/p459_473.htm PAF Síndrome autossômica dominante; Clínica: múltiplos pólipos adenomatosos no cólon/reto (de maioria benigna durante a adolescência); Pode ocorrer manifestações benignas extra- colônicas, como cisto epidérmico, hipertrofia congênita do epitélio pigmentado da retina, osteomas; A síndrome pode desencadear outros tumores, como no tubo digestivo superior, hepatobiliares, tireoide, síndromes de Gardner e Turcot; A gravidade dos pólipos, pode ser classificada por meio do Escore de Spigelman. Fonte:https://www.scielo.br/j/rcbc/a/HJ4htpNJ8QbfVjjsNL974Xq/?lang=p t&format=pdf Fonte: http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/41 Fonte:https://eg.uc.pt/bitstream/10316/37158/1/versao%20final%20tese%2 82%29.pdf OBJETIVO 03. CIRURGIA DE HARTMANN Procedimento é realizado no intestino grosso e possui três etapas, primeiro ocorre retirada do cólon sigmoide, seguida do fechamento do reto e finalização com colostomia. Técnica utilizada em pacientes com câncer colorretal que precisam ser operados com urgência. É comum que pacientes com CCR apresentem obstruções intestinais e até perfurações, sendo assim, o procedimento cirúrgico tende a ser uma estratégia necessária. O procedimento consta como a retirada via ressecção do segmento do colo. Ele é associado com colostomia proximal, assim como fechamento do coto distal. A origem dessa cirurgia surge em 1921, por Henri Hartmann, um cirurgião francês. A partir de então, a técnica foi sendo utilizada para ressecções de adenocarcinomas de cólo, diverticulites ou traumas de colo e reto. Apesar de ser uma estratégia considerada como importante e necessária, as complicações que desencadeia devem ser levadas em considerações, principalmente em casos que a ressecção não foi acompanhada de anastomose primária. Dentre as complicações cirúrgicas, pode-se citar aderências presentes, como sangramentos e perfurações. https://www.sbcp.org.br/revista/nbr274/p459_473.htm https://www.scielo.br/j/rcbc/a/HJ4htpNJ8QbfVjjsNL974Xq/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rcbc/a/HJ4htpNJ8QbfVjjsNL974Xq/?lang=pt&format=pdf PACIENTES COMO COLOSTOMIA – aspecto psicossocial A colostomia consiste na elaboração de um novo caminho para saída das fezes, culminando com a exteriorização do intestino grosso. Além de ser uma situação desconfortável para o paciente, a colostomia necessita de diversos cuidados especiais, que devem ser realizados pelo paciente a fim de evitar complicações. Alguns aspectos, como perda do órgão, provação do controle fecal e de eliminação de flatos, mudança da imagem corporal, mudanças comportamentais, inclusive sexuais. É aconselhável estimular apoio familiar e de um profissional adequado, como psicólogos, para que seja mais fácil lidar com a situação. Seria adequado estimular, via mídias sociais, a normalização desses procedimentos, uma vez que são necessários para a sobrevida de um paciente, assim como importantes para o conhecimento e entendimento do paciente colostomizado. OBJETIVO 04. MUTAÇÕES EM KRAS E NRAS A família RAS compõem os dois genes, KRAS e NRAS, assim como o HRAS. Essa família gênica é responsável pela codificação de proteínas que auxiliam no controle da proliferação e diferenciação celular. O KRAS possui função relacionada com as GTPs, sendo dependente da hidrólise do GTP. Quando mutado, a molécula GAP não auxilia na hidrólise, fazendo com que o GTP continue ativo, e a via estimulada continua em atividade. Cerca de 1/3 dos tumores humanos possui mutação em RAS, como pulmão, cólon e até pâncreas. A localização do KRAS é no braço curto do cromossomo 12. Mutações que ocorrem em códons 12, 13, são as principais relatadas com atividade na carcinogênese. Em cerca de 35% dos casos de CCR está presente a mutação em KRAS. As mutações nos códons dependem de fatores ambientais, por exemplo, pacientes que nunca fumaram, possuem prevalência de mutações em G/A, enquanto que fumantes apresentaram mais em G/T ou G/C. Os dados de prognóstico são controversos, uma vez que existem diferentes códons atingidos pelas mutações e que apresentam resultados diferente quando comparando a sobrevida e pior prognóstico (https://accamargo.phlnet.com.br/Doutorado/2014/ MarianaMacedo/MarianaMacedo.pdf) Algumas drogas, como inibidores de farnesil- transferase apontaram péssimos resultados na melhora do prognóstico e têm-se buscado alternativas, como drogas que modulam a via do KRAS. Mutações do gene NRAS são menos frequentes no CCR, cerca de 5%, e estão presentes em códons como 61, 12 e 13. https://accamargo.phlnet.com.br/Doutorado/2014/MarianaMacedo/MarianaMacedo.pdf https://accamargo.phlnet.com.br/Doutorado/2014/MarianaMacedo/MarianaMacedo.pdf A tabela ilustra aspectos clínico-patológicos presentes nos pacientes com mutações em KRAS e NRAS e m pacientes com carcinoma colorretal. Fonte:https://accamargo.phlnet.com.br/Doutorado/2014/MarianaMaced o/MarianaMacedo.pdf https://accamargo.phlnet.com.br/Doutorado/2014/MarianaMacedo/MarianaMacedo.pdf https://accamargo.phlnet.com.br/Doutorado/2014/MarianaMacedo/MarianaMacedo.pdf
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